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O Hipnotismo - Psicologia, Técnica e Aplicação

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K A R L W E I S S M A N N — O H I P N O T I S M O<br />

e dar-lhe impulso científico-terapêutico. E não apenas o hipnotismo médico, senão também<br />

o hipnotismo recreativo, proporcionava às platéias daqueles tempos soberbos espetáculos.<br />

Grandes hipnotizadores de palco como D o n a t o e H a n s e n arrebatavam as<br />

multidões com suas demonstrações públicas.<br />

F R EUD<br />

E, no entanto, ocorreu um cochilo, um período de esquecimento de trinta e mais<br />

anos no mundo das atividades hipnóticas. Como responsável por êsse eclipse os<br />

historiadores apontam a popularidade da psicanálise e a pessoa de seu fundador, Sigmund<br />

Freud, que rejeitou o hipnotismo em seu método terapêutico. Acontece que o homem<br />

destinado a assestar 50 ao hipnotismo semelhante golpe se tornou posteriormente responsável<br />

pela sua ressurreição. Já se disse que a volta triunfal do hipnotismo em bases psicológicas<br />

modernas é largamente devida à psicanálise. Quanto às suas técnicas modernas, são uma<br />

conseqüência direta da orientação e penetração psicanalíticas. Fazendo nossas as palavras<br />

de Zilboorg, ninguém duvida atualmente de que a influência e os efeitos do magnetizador<br />

ou hipnotizador se fundam essencialmente, senão exclusivamente, nas profundas reações<br />

inconscientes do “sujet”. E o conceito do inconsciente ainda era desconhecido na época de<br />

Braid e coube a êste formular de uma maneira puramente descritiva o que sentia<br />

intuitivamente. Em outro capítulo tornaremos a falar na contribuição da psicanálise à<br />

moderna hipnoterapia, e na figura de Freud como personagem na história do hipnotismo.<br />

50<br />

Apontar; Dirigir.

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