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O Hipnotismo - Psicologia, Técnica e Aplicação

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K A R L W E I S S M A N N — O H I P N O T I S M O<br />

171<br />

numa verdadeira ponte. . Resistente como uma pedra… Uma ponte humana. Nem sentirá o<br />

pêso que lhe colocarei em cima. Resistirá perfeitamente.”<br />

Uns “passes” ligeiros da nuca para os pés, ajudarão a sugestão verbal.<br />

Uma vez enrijecido, retira-se a cadeira do meio, deixando o “sujet” apoiado<br />

ùnicamente nas extremidades, respectivamente na cabeça na cabeça e nos pés. Em seguida<br />

o hipnotista senta-se em cima da “ponte”, não sem certificar-se adredemente de sua<br />

resistência.<br />

Há hipnotistas profissionais que envolvem êste número em comentários macabros,<br />

tais como : “Neste momento o indivíduo se avizinha perigosamente da morte… Daqui a<br />

sepultura é um passo, etc. etc..”<br />

Por motivos óbvios evitamos semelhantes encenações, as quais a parte mais<br />

instruída da platéia poderá receber como uma afronta à sua dignidade cultural.<br />

Realizada a prova da rigidez, digo ao “sujet” :<br />

“Volta a flexibilidade dos músculos, mas o sono continua, etc..”<br />

Um dos números clássicos em demonstrações de hipnotismo é o da regência.<br />

Veremos ainda que entre as emoções positivas mais suscetíveis de dramatização hipnótica,<br />

figura o desejo de êxito. Um indivíduo hipnotizado transforma-se fàcilmente em herói e<br />

personagem famoso. É verdadeiramente assombroso como a idéia do sucesso pode eclipsar<br />

a auto-crítica, mesmo em indivíduos não hipnotizados. A pessoa em transe, então, não lhe<br />

resiste, decididamente.<br />

Escolho dentre os meus “sujets” o que me parece de dinâmica mais exacerbada e o<br />

mais musical. Ato contínuo chamo a atenção da platéia ara um famoso “Maestro” que<br />

honra o distinto auditório. Enquanto os “músicos” preparam seus instrumentos, o<br />

“Maestro” solenemente dirige-se ao seu pôsto. E ao som de um disco de música<br />

orquestrada, inicia-se a regência, os músicos tocando cada um o instrumento de sua<br />

preferência.<br />

Sugere-se, eventualmente, ao “Maestro” uma chamada para a direita e outra para a<br />

esquerda. E ao terminar o operador solicita da platéia uma calorosa salva de palmas para o<br />

“Maestro” e a sua “sinfônica”.<br />

O “Maestro” executa a clássica curvatura podendo ser solicitado a pronunciar<br />

algumas palavras de agradecimento.<br />

Nesta altura podemos intentar uma experiência telepática. Pensando em um regente<br />

famoso, digo ao “sujet” :<br />

“Maestro, o auditório deseja ouvir de sua própria bôca o seu nome imortal.”<br />

O “sujet” responderá Carlos Gomes, Toscanini, Stokovski ou outro nome famoso<br />

qualquer. Convenhamos, porém, que nem sempre o fato de o “sujet” substituir seu próprio<br />

nome por outro de celebridade musical, comporta uma explicação telepática. As palavras<br />

do operador : “Seu nome imortal, Maestro” e tôda a situação já valem por uma insinuação<br />

sugestiva. Contudo observa-se um alto índice de incidência telepática nesta experiência.<br />

Um fracasso neste número não afeta o brilho do espetáculo, e nem sequer é<br />

necessàriamente percebido pela platéia. Do programa não constam experiências de<br />

telepatia. O público não sabe qual o nome mentalmente sugerido pelo hipnotizador. Se ao<br />

invés de pronunciar um nome célebre, o “sujet” declina o seu próprio nome, o hipnotista<br />

pode dar-se por satisfeito ou, se quiser, contestar, declarando ao “sujet” que está enganado,<br />

que seu nome é outro.<br />

“… E o sono continua profundamente para êles e para elas, etc..”<br />

Termino as minhas demonstrações com um baile de gala. Êste número dá ensejo a

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