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O Hipnotismo - Psicologia, Técnica e Aplicação

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K A R L W E I S S M A N N — O H I P N O T I S M O<br />

hipnotista. E já temos a rigidez cataléptica.<br />

E prossegue :<br />

Está bem. Vamos voltar com o braço à sua posição anterior.<br />

Continuará completamente relaxado como está agora, enquanto eu trabalhar.<br />

Por motivo algum você quererá sair dêsse agradável estado. Não sentirá nada e o<br />

pouco incômodo que por ventura experimentar, não será motivo para despertá-lo do estado<br />

agradável em que se encontra agora.<br />

O autor recomenda essa alusão a um possível pequeno incômodo para favorecer a<br />

atitude mental do paciente. À guiza de estímulo à vaidade de quem sabe suportar algum<br />

sofrimento.<br />

E terminado o trabalho diz :<br />

Por hoje é só. Vê que não sentiu nenhum mal estar. Dentro de alguns instantes vou<br />

lhe pedir para acordar-se a si mesmo. Ao acordar vai sentir-se bem disposto e repousado.<br />

De agora em diante, sempre que voltar para algum serviço, você entrará rápida e<br />

profundamente no estado de relaxamento muscular, bastando que eu lho peça. E ao<br />

despertar não sentirá nenhum pêso nos membros, nem dor de cabeça, nem outra qualquer<br />

sensação desagradável. Sentir-se-á, isso sim, bem disposto e descansado.<br />

Agora você vai contar de UM a TRÊS para você acordar-se a si mesmo. Ao dizer<br />

TRÊS estará bem acordado e sorridente.”<br />

Insiste êste autor em que o ato da indução como o de acordar não se estenda para<br />

além de cinco ou seis minutos.<br />

Notemos que o método acima é uma variante do Método de Moss que já<br />

conhecemos e o qual, por sua vez, não passa de uma variante do Método original de<br />

Bernheim. A novidade no caso consiste na supressão das palavras HIPNOSE e SONO,<br />

palavras essas que, muitas vêzes, assustam ou indispõem o paciente, constituindo-se em<br />

impecilho insuperável no intento da indução. É um método que facilita sobretudo aos<br />

principiantes o expediente psicológico da hipnotização.<br />

O Dr. G. F. Kuehner elaborou ainda um método hipnótico engenhoso para a<br />

odontopediatria à base de um teste vocabular.<br />

Senão vejamos :<br />

“Seguro a mão da criança e a pico levemente com uma agulha ou outro instrumento<br />

ponteagudo. Pergunto à criança pela sensação que experimentou. A resposta poderá ser<br />

esta : Dói, ou coisa parecida. Em seguida comprimo a mesma área com o dedo indicador.<br />

Torno a perguntar : E agora, o que está sentindo? A resposta será provàvelmente esta : não<br />

dói, ou, está apertando ou coisa semelhante. Ato contínuo fecho os meus olhos diante da<br />

criança, quedando-me muscularmente relaxado. Assumida esta postura, pergunto de novo :<br />

“E agora, que tal?” O pequeno paciente dirá “sono”, “noite” “cama” etc.. Guardo<br />

mentalmente as palavras usadas pela criança e ao proceder à indução tenho o cuidado de<br />

usar as mesmas palavras que ela usou, certo de não lhes faltar a ação sugestiva.”<br />

É êste um princípio de sugestão que se aplica também com grande probabilidade de<br />

êxito em pacientes adultos e está inteiramente de acôrdo com o que já se disse sôbre o<br />

“sexto sentido”, na qualificação do hipnotista. Para nos impor à atenção concentrada de um<br />

“sujet”, temos que nos colocar, ainda que ilusòriamente, no lugar dêle, usando, entre outras<br />

coisas suas, o mais possível, sua própria linguagem. É sabido que as palavras de maior<br />

poder sugestivo são precisamente aquelas que o próprio paciente usa.<br />

O já citado Dr. A. A. Moss divisou um método de hipnose acordada para a inibição<br />

de náuseas :

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