O Hipnotismo - Psicologia, Técnica e Aplicação
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K A R L W E I S S M A N N — O H I P N O T I S M O<br />
Excusado 14 será dizer que cada um dêsses três objetivos faria jus a um volume a<br />
parte, comportando o último ainda algumas aulas práticas, já que a capacidade<br />
psicológica e o desembaraço necessário para uma eficiente hipnotização não se adquirem<br />
fàcilmente através de simples leitura.<br />
Por outro lado, cabe no caso a ponderação, segundo a qual os expedientes<br />
hipnóticos dominam, embora de forma “não-sistemática”, toda nossa vida social,<br />
doméstica e profissional. O leitor, qualquer que êle seja, já experimentou e exerce, em<br />
grau maior ou menor, a técnica hipnótica no convívio cotidiano com os seus semelhantes.<br />
E muitos são autênticos hipnotizadores avant la lettre, a exemplo do personagem da peça<br />
de Mollière, que, já velho, casualmente, em conversa com um professor, descobriu que<br />
durante tôda sua vida fizera “prosa” sem o saber.<br />
Na parte técnica, o livro é necessàriamente um tanto repetitivo e monótono. É êste,<br />
no entanto, um aspecto inerente aos processos de aprendizado em geral e ao tratamento<br />
hipnótico em particular. Um dos fatôres hipnotizantes mais decisivos é, conforme veremos,<br />
a monotonia, a monotonia nos motivos sugeridos e sobretudo na maneira de sugerí-los,<br />
incluindo a monotonia do olhar, da voz e dos gestos. De um modo geral, as coisas se<br />
tornam hipnóticas pela monotonia e monótonas pela repetição. Em compensação, o leitor<br />
terá na parte teóricos aspectos mais variados e menos monòtonamente instrutivos.<br />
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Escusado: Inútil; Desnecessário.