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Revista dos Pneus 43

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ATUALIDADE Viagem ao mundo da Mitas<br />

TÉCNICA Suspensão e rodas<br />

Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com N.º <strong>43</strong><br />

Abr. ‘17<br />

Qualidade<br />

.<br />

Clio R.S. Trophy<br />

Motor 1.6 Turbo de 220 cv<br />

permite atingir 235 km/h<br />

AUMENTO DOS PREÇOS<br />

Em busca<br />

da matéria-prima<br />

Custos de produção Fabricantes “obriga<strong>dos</strong>” a rever valores Procura de soluções alternativas<br />

EMPRESA<br />

Tiresur<br />

Com nova administração e ambições renovadas,<br />

a empresa quer duplicar faturação em três anos<br />

MÁQUINA DO TEMPO<br />

100 anos da Yokohama<br />

Nas comemorações do primeiro século do<br />

fabricante, recordamos os principais momentos


Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestores de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino<br />

rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

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Bimestral<br />

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Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

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DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

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239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

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TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

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João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

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2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

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Consumidor<br />

feminino<br />

As mulheres que compram ou influenciam a compra<br />

de pneus representam uma enorme categoria de<br />

consumidores. Porventura, a mais importante para as casas<br />

de pneus. O seu negócio beneficiará caso consiga gerir<br />

bem o processo de venda ao consumidor feminino<br />

Representando ligeiramente mais de metade<br />

da população mundial, as mulheres<br />

detêm uma enorme influência sobre os<br />

orçamentos domésticos e sobre as decisões<br />

de compra. Em Portugal, por exemplo, há 90<br />

homens por cada 100 mulheres. Estão em<br />

maioria e detêm a influência e as melhores<br />

capacidades de compra de qualquer substrato.<br />

Estu<strong>dos</strong> recentes, indicam que as mulheres<br />

abordam, de forma distinta, a pesquisa e a compra<br />

de pneus e de serviços automóveis face aos<br />

consumidores masculinos. Baseiam-se muito<br />

nas pesquisas online, pois consideram ser um<br />

local seguro para começar o seu processo de<br />

compra e é aí que obtêm suficiente informação<br />

sobre o que desejam comprar e onde fazê-lo.<br />

Várias pesquisas revelam que mais de 70% das<br />

mulheres baseia-se em sites e considera-os<br />

valiosos no processo de pesquisa/compra.<br />

Quando vão efetivar a compra, o consumidor<br />

feminino leva o seu próprio conjunto de prioridades.<br />

Está disposto a investir mais tempo<br />

no processo de tomada de decisão e deposita<br />

mais energia na pesquisa. E, se necessário,<br />

colocará mais questões. Estu<strong>dos</strong> revelam ainda<br />

que as mulheres necessitam de informações<br />

suficientes e não gostam de receber respostas<br />

apressadas e curtas. Estas fazem com que uma<br />

mulher sinta que não tem importância e os<br />

sentimentos representam um grande papel na<br />

derradeira decisão de compra de uma mulher.<br />

Não é correto colocar todas as mulheres na<br />

mesma categoria, mas, regra geral, no ato da<br />

compra de pneus, as mulheres procuram, em<br />

primeiro lugar, a segurança, seguida de fiabilidade,<br />

durabilidade e acessibilidade. Na<br />

realidade, o consumidor feminino prefere que<br />

exista interação com um vendedor durante a<br />

decisão final de compra. As mulheres sabem<br />

interpretar bem o discurso do vendedor, são<br />

rápidas a detetar a falsidade e detestam ser<br />

tratadas com paternalismo e de forma condescendente.<br />

Ao lidar com mulheres durante uma operação<br />

de venda, é importante ser transparente, aberto<br />

e honesto. As mulheres são capazes de saber<br />

quando estamos a ocultar algo e essa dúvida<br />

pode gerar um impasse no negócio e conduzir<br />

mesmo a situações embaraçosas. Quando a<br />

mulher faz uma pausa, poderá ser difícil prosseguir<br />

caso persistam dúvidas ou problemas<br />

por resolver. Deverá estar consciente de que<br />

uma mulher é capaz de tomar boas decisões<br />

em relação a pneus quando lhe são apresentadas<br />

boas informações. Evite a tentação de<br />

orientar ou controlar em demasia a discussão.<br />

As mulheres, normalmente, não gostam de<br />

ser controladas. Preferem que exista interação<br />

com um vendedor durante a decisão final de<br />

compra e a confiança transmitida irá aumentar<br />

a probabilidade de uma venda de sucesso.<br />

João Vieira<br />

Diretor<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Yokohama Advan Sport V105<br />

Performance premium<br />

Disponível para jantes de 16” a 20”, o Yokohama Advan Sport V105 é um desportivo<br />

pneu de verão que oferece uma performance premium, tendo sido eleito por<br />

diversos construtores de automóveis para equipar, de origem, alguns modelos<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

O<br />

Advan Sport V105, que substitui<br />

o Advan Sport V103, anuncia um<br />

rendimento mais premium e eleva<br />

a Yokohama a um patamar superior.<br />

Foi selecionado por diversos construtores<br />

de automóveis para equipar, de origem,<br />

vários modelos. Desenvolvido e testado em<br />

Nürburgring, o Advan Sport V105 faz uso de<br />

diversas tecnologias que foram adquiridas<br />

na competição.<br />

Reconhecível pelo desenho assimétrico da<br />

banda de rolamento, com o lado interior a<br />

estar direcionado para piso molhado e o lado<br />

exterior para piso seco, tem uma área de contacto<br />

com o solo que inclui um novo perfil<br />

com desenho otimizado. Mas não só. Dispõe<br />

de novo bloco de perfil elevado e anuncia<br />

integrar o melhor composto concebido até à<br />

data: à sílica e aos diferentes polímeros, junta-<br />

-se, imagine-se, óleo de laranja.<br />

Obedecendo a uma construção da carcaça<br />

com matriz body-ply, o Advan Sport V105<br />

evoluiu, consideravelmente, em to<strong>dos</strong> os<br />

domínios face ao modelo antecessor, o Advan<br />

Sport V103. Na travagem em piso seco, é<br />

4,1% mais eficaz (37,9 contra 39,5 metros). Na<br />

travagem em piso molhado, conseguiu reduzir<br />

a distância em 14,1% (<strong>43</strong>,2 contra 50,3 metros).<br />

Já no que toca a manobrabilidade,<br />

é 1% mais<br />

eficaz em<br />

piso seco (61,6 contra 62,2 segun<strong>dos</strong>) e 11%<br />

mais rápido em piso molhado (39,1 contra<br />

<strong>43</strong>,9 segun<strong>dos</strong>).<br />

Disponível com uma gama de jantes que vai<br />

de 16” a 20”, larguras de piso de 205 a 295 mm,<br />

séries 55 a 25 e índices de velocidade W e Y,<br />

o Advan Sport V105 propõe, também, várias<br />

medidas que foram projetadas para veículos<br />

sujeitos a cargas e pressões mais elevadas<br />

face às versões standard. As letras XL (Extra<br />

Load) traduzem isso mesmo. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Pub_Challenge_2017.pdf 1 03/02/17 11:48<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05


Equipamento do mês<br />

Giuliano SX 120<br />

Italian job<br />

Representada em Portugal pela<br />

Eurocofema, a marca italiana Giuliano<br />

tem no modelo SX 120 o seu expoente<br />

máximo em termos de performance<br />

para operações de troca automática de<br />

pneus, dispondo de torre fixa e braço<br />

operacional com paralelogramo vertical<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

Giuliano tem um novo representante em Portugal. Chama-se<br />

Eurocofema. Mas, antes de mais, qual a origem da marca<br />

italiana? Localizada em Correggio, a Giuliano S.p.A tem vindo<br />

a fabricar equipamentos para oficinas de automóveis e distribuidores<br />

de pneus há mais de 40 anos. Fundada, como corporação,<br />

em 1976, na cidade de Carpi, na província de Modena, Itália, por Giuliano<br />

Maselli e vários acionistas, a empresa foi convertida, em 1980,<br />

numa sociedade de responsabilidade limitada. No ano seguinte, a<br />

sua sede transitou para Correggio, na província de Reggio Emilia.<br />

Do seu vasto portefólio de produtos, um há que se destaca-se <strong>dos</strong><br />

demais: o novo SX 120, considerado como o expoente máximo em<br />

temos de performance para operações de troca automática de pneus.<br />

Desenhado para os mais exigentes profissionais que dispõem de elevado<br />

volume de serviço e que operam com to<strong>dos</strong> os tipos de veículos<br />

e pneus, este novo equipamento conta com chassis reforçado, dispõe<br />

de torre fixa e recorre a um braço operacional com paralelogramo<br />

vertical, características que o tornam extremamente robusto e rígido.<br />

Já o descolador de talão com cilindro de 200 mm de diâmetro com<br />

duplo efeito, o prato Power X com 14 mm de espessura e sistema de<br />

aperto de quatro cilindros patenteado pela Giuliano e a cabeça de<br />

encaixe projetada quer para aplicações padrão quer para pneus de<br />

baixo perfil, tornam o SX 120 num ex-líbris de eficácia.<br />

Mas as virtudes deste novo equipamento não se ficam por aqui: duas<br />

velocidades de rotação acionadas no pedal (motoinverter); sistema<br />

de insuflação do pneu através de pedal; sistema SBS patenteado para<br />

o descolador de talão, com memória do curso da pá; sistema PO<br />

(patenteado pela Giuliano) que se destina a garantir que não haja<br />

intromissão da pá no aro durante as operações com o descolador;<br />

ângulo ajustável da pá do descolador de talão (patenteado pela Giuliano);<br />

caixa de pedal de “Fácil Acesso” para serviços rápi<strong>dos</strong>. Depois,<br />

existem vários opcionais que permitem “artilhar” ainda mais o novo<br />

equipamento SX 120, como, por exemplo, o braço BP1 Plus com função<br />

de auto-armazenamento (patenteado, também, pela Giuliano). ♦<br />

FUNCIONALIDADES<br />

l Torre fixa com inovador braço operacional com paralelogramo vertical<br />

l Descolador de talão com cilindro de 200 mm de diâmetro com duplo efeito<br />

l Chassis reforçado<br />

l Prato Power X com 14 mm de espessura e sistema de aperto de quatro cilindros<br />

(patenteado pela Giuliano)<br />

l Cabeça de encaixe projetada quer para aplicações padrão quer para pneus de<br />

baixo perfil<br />

l Duas velocidades de rotação acionadas no pedal (motoinverter)<br />

l Sistema de insuflação do pneu através de pedal<br />

l Sistema SBS patenteado para o descolador de talão, com memória do curso da pá<br />

l Sistema PO (patenteado pela Giuliano) destinado a garantir que não haja intromissão<br />

da pá no aro durante as operações com o descolador<br />

l Ângulo ajustável da pá do descolador de talão (patenteado pela Giuliano)<br />

l Caixa de pedal de “Fácil Acesso” para serviços rápi<strong>dos</strong><br />

DIMENSÕES<br />

Altura<br />

2.200 mm<br />

Largura 1.350<br />

Profundidade<br />

1.250 mm<br />

CARACTERÍSTICAS STANDARD<br />

Aperto do aro a partir do exterior 10” – 26”<br />

Aperto do aro a partir do interior 12” – 28”<br />

Diâmetro máximo do pneu 1.200 mm (47”)<br />

Largura máxima do pneu 406 mm (16”)<br />

Força do cilindro do descolador a 10 bar<br />

30.800 N (3.140 kg)<br />

Pressão de funcionamento<br />

8 – 10 bar (116 – 145 psi)<br />

Fornecimento de energia<br />

220V 1PH 50/60 HZ<br />

Potência do motor<br />

0,75 kW (com motoinverter)<br />

Pressão de insuflação do pneu pré-selecionada 3,5 bar (50 psi)<br />

Velocidade de rotação do prato<br />

8 – 16 rpm<br />

Peso líquido<br />

325 kg<br />

Peso líquido com acessórios<br />

<strong>43</strong>2 kg<br />

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Destaque<br />

Revisão em alta<br />

O aumento do custo das matérias-primas e <strong>dos</strong> processos de produção está a<br />

obrigar os fabricantes de pneus a rever em alta os seus preços. Uma realidade<br />

transversal ao mercado e com efeitos imprevisíveis no setor<br />

Por: Jorge Flores<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Aumento de preços <strong>dos</strong> pneus<br />

Não um. Nem dois. Tão-pouco três.<br />

A revisão em alta <strong>dos</strong> preços de<br />

venda é uma realidade transversal<br />

a quase todas as marcas de pneus<br />

a operar em Portugal. E um fenómeno que<br />

se repete, também, na Europa. Não se trata<br />

de uma qualquer (e eventual) forma de cartelização<br />

do mercado, mas, antes, de uma<br />

resposta imposta pelo próprio aumento <strong>dos</strong><br />

custos associa<strong>dos</strong> aos processos de produção<br />

e, não menos importante, da matéria-prima<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

Em declarações à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Pedro<br />

Teixeira, diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong><br />

Portugal, esclareceu os motivos pelos quais os<br />

preços <strong>dos</strong> produtos da marca que representa<br />

aumentaram. “Maioritariamente, estamos a<br />

falar do custo das matérias-primas. Mas não<br />

só. Recentemente, foi necessário ajustar os<br />

nossos preços em vários merca<strong>dos</strong>, quer na<br />

Europa quer na América, sobretudo, em resposta<br />

ao impacto negativo que a variação das<br />

taxas de câmbio teve no custo da operação”,<br />

afirmou. De acordo com o mesmo responsável,<br />

“desde o último trimestre de 2016, o<br />

aumento exponencial <strong>dos</strong> preços das matérias-primas,<br />

particularmente da borracha<br />

sintética e natural, foi o que conduziu a custos<br />

adicionais mais significativos. Na Divisão de<br />

<strong>Pneus</strong> da Continental, estimamos que este<br />

impacto possa ultrapassar, em 2017, os 500<br />

milhões de euros”, acrescentou ainda Pedro<br />

Teixeira.<br />

Ao contrário do que se poderia supor, as verbas<br />

adjudicadas aos departamentos de novas<br />

tecnologias de produção não contribuem para<br />

Para os fabricantes, o acesso<br />

às matérias-primas, como, por<br />

exemplo, a borracha natural,<br />

proveniente das florestas<br />

tropicais, é uma questão<br />

prioritária. Mas acarreta<br />

eleva<strong>dos</strong> custos<br />

o incremento de preços <strong>dos</strong> pneus. Antes pelo<br />

contrário. A sua missão é precisamente trabalhar<br />

no sentido da poupança. “Não. De forma<br />

alguma. O investimento que, diariamente,<br />

é feito em I&D, é exatamente para se poder<br />

encontrar materiais alternativos, sustentáveis<br />

e a custos controla<strong>dos</strong>, de modo a que se<br />

possa disponibilizar ao mercado o melhor<br />

produto a um preço justo e equilibrado”, referiu.<br />

“Um exemplo que reflete esta questão<br />

é a utilização da planta dente-de-leão para<br />

substituição da borracha natural (ver caixa,<br />

nestas páginas), assim como o Aralon 350<br />

que compõe os pneus de alta performance<br />

da Continental”, afirmou Pedro Teixeira.<br />

w EM BUSCA DA MATÉRIA-PRIMA<br />

Para os fabricantes, a matéria-prima representa<br />

o fruto apetecido do sistema de produção<br />

de pneus. “No caso da borracha natural,<br />

esta é proveniente das florestas tropicais. Já<br />

o butadieno, consiste num produto químico<br />

industrial utilizado na produção de borracha<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

Aumento de preços <strong>dos</strong> pneus<br />

sintética”, revelou Pedro Teixeira. “Os pneus<br />

produzi<strong>dos</strong> para veículos ligeiros incorporam<br />

maior percentagem de butadieno e borracha<br />

sintética, enquanto os pneus produzi<strong>dos</strong> para<br />

veículos comerciais incorporam maior percentagem<br />

de borracha natural, assim como<br />

componentes em aço”, sublinhou a mesma<br />

fonte. Segundo ainda Pedro Teixeira, a “predominância<br />

do transporte de matérias-primas<br />

para as unidades de produção de pneus é<br />

realizada por vias marítima e terrestre”. De<br />

resto, no âmbito da sua estratégia 2025, a<br />

Continental “tem vindo a fazer um forte investimento<br />

na área de I&D, nomeadamente, na<br />

construção de novos centros de investigação.<br />

Em agosto de 2016, criou um novo centro de<br />

pesquisa em Anklam, dedicado à investigação<br />

do projeto Taraxagum: produção de borracha<br />

natural a partir da planta dente-de-leão. Esta<br />

é uma área a que Continental tem vindo a<br />

dedicar grande atenção, nos últimos anos,<br />

em parceria com o prestigiado Instituto Fraunhofer”,<br />

adiantou.<br />

Outras áreas em que o fabricante alemão<br />

está, particularmente, atento, diz respeito<br />

aos “novos processos produtivos” e ao “desenvolvimento<br />

de novos compostos, que<br />

permitam ajustar e melhorar, constantemente,<br />

o desempenho <strong>dos</strong> seus produtos<br />

O investimento <strong>dos</strong> principais<br />

fabricantes de pneus em<br />

tecnologia não perde de vista<br />

a necessidade de poupança,<br />

através do recurso a materais<br />

alternativos e de custos mais<br />

controla<strong>dos</strong><br />

em determinadas características, sem ‘descompensar’<br />

as restantes”, afirmou. “O grande<br />

desafio”, enfatizou Pedro Teixeira, é encontrar<br />

o equilíbrio perfeito entre segurança, economia,<br />

performance, conforto, ruído, precisão,<br />

rapidez de resposta… Ao mesmo tempo em<br />

que é necessário disponibilizar ao mercado<br />

os melhores produtos, com performance top,<br />

mas a preços competitivos”, avançou.<br />

w FUTURO SUSTENTÁVEL<br />

A Continental quer ter ainda uma palavra a<br />

dizer na criação do pneu do futuro. O que<br />

obriga a estu<strong>dos</strong> permanentes. “As empresas<br />

fabricantes de pneus são parceiras estratégicas<br />

do setor automóvel. Deste ponto de<br />

vista, a evolução <strong>dos</strong> pneus estará sempre<br />

intrinsecamente relacionada com a evolução<br />

tecnológica <strong>dos</strong> automóveis. Os fabricantes<br />

de pneus têm de estar prepara<strong>dos</strong> para responder,<br />

com a máxima precisão e eficácia, às<br />

exigências e necessidades do setor automóvel,<br />

para, desta forma, poderem equipar, na origem,<br />

respetivos modelos e marcas. Quanto<br />

mais evoluí<strong>dos</strong> forem os automóveis do ponto<br />

de vista tecnológico, mais exigentes serão<br />

os requisitos <strong>dos</strong> pneus, para poderem dar<br />

resposta às necessidades de performance e<br />

de segurança <strong>dos</strong> veículos”, sustentou.<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Deste ponto de vista, a “conservação de recursos<br />

naturais” e a “economia de combustível<br />

são metas-chave no fabrico de pneus”. Para o<br />

diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />

o “tópico da sustentabilidade é, atualmente,<br />

uma prioridade na agenda. Especialistas de<br />

diversas áreas estão a trabalhar em estreita<br />

colaboração nos setores de pesquisa e desenvolvimento,<br />

teste e produção, para tornar<br />

o pneu do futuro ainda mais eficiente em<br />

termos energéticos e ecológicos nas várias<br />

fases do seu ciclo de vida”, afirmou o mesmo<br />

responsável à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

w AUMENTOS, DIZEM ELES...<br />

Mas a Continental não é o único fabricante<br />

que se encontra nesta situação. A Bridgestone,<br />

por seu turno, também aumentou os seus<br />

Projeto Taraxagum<br />

IMPORTÂNCIA DO “DENTE-DE-LEÃO”<br />

preços em todas as marcas. Em comunicado<br />

oficial, o fabricante japonês deu conta disso<br />

mesmo. “Devido a um acréscimo <strong>dos</strong> custos<br />

das suas matérias-primas, a Bridgestone<br />

Europe apresentará um aumento de preços<br />

até 8%, nas suas gamas de pneus para automóveis,<br />

comerciais, 4x4 e SUV”. Uma decisão<br />

“transversal a todas as marcas do grupo”, com<br />

efeitos desde 1 de abril de 2017 para pneus<br />

de verão e que entrará em vigor a 1 de maio<br />

do mesmo ano para pneus de inverno. “A Bridgestone<br />

continuará a monitorizar de perto<br />

as dinâmicas <strong>dos</strong> preços das suas matérias-<br />

-primas, garantindo a continuação do desen-<br />

Na produção de pneus, a “arte” reside, muitas<br />

vezes, no aproveitamento <strong>dos</strong> recursos<br />

naturais do planeta. A Continental sabe-o<br />

bem e tem investido nesta área. Com êxito<br />

e reconhecimento, refira-se. A tal ponto,<br />

que o fabricante germânico já conquistou,<br />

inclusivamente, os prémios “Inovação” e<br />

“Verde” na feira internacional Automechanika<br />

de 2016, com o seu projeto “Taraxagum:<br />

pneus de borracha de dente-de-leão”.<br />

O jurado reconheceu a importância do trabalho<br />

de investigação e desenvolvimento<br />

da empresa sediada em Hanover. Num<br />

horizonte a longo prazo, o plano da Continental<br />

passa, inclusivamente, por começar a<br />

produzir uma parte da borracha usada nos<br />

seus pneus - e em outros produtos - a partir<br />

das raízes da planta “dente-de-leão”.<br />

A ideia do fabricante, com este cultivo, será<br />

encurtar as distâncias de transporte da borracha,<br />

o que reduzirá, significativamente, as<br />

emissões de CO2. Deste modo, a Continental<br />

pretende ainda ficar menos dependente<br />

<strong>dos</strong> desenvolvimentos do mercado mundial<br />

de borracha. Refira-se, a propósito, que a<br />

empresa tem apostado, desde há cinco anos,<br />

no desenvolvimento do “Taraxagum”, um<br />

projeto que conta com a colaboração do Instituto<br />

IME Fraunhofer, em Münster, do Instituto<br />

Julius Kühn, de Quedlinburg, e com<br />

a empresa especialista em plantas ESKUSA,<br />

de Parkstetten. O “dente-de-leão” russo foi,<br />

assim, cultivado para permitir, num futuro<br />

longínquo, uma produção por hectare em<br />

quantidades semelhantes às da árvore de<br />

borracha tradicional, a “Hevea brasiliensis”,<br />

existente nos trópicos.<br />

A Continental desenvolveu ainda novos<br />

méto<strong>dos</strong> que permitem que a borracha natural,<br />

necessária para a produção de pneus<br />

e de outros produtos de borracha, fosse extraída<br />

a partir da seiva de látex da planta. Os<br />

lotes iniciais desta borracha “Taraxagum”<br />

já foram usa<strong>dos</strong> na produção de pneus de<br />

inverno para veículos de passageiros, pneus<br />

para veículos comerciais e em suportes para<br />

motores. Os testes realiza<strong>dos</strong> em locais específicos<br />

da empresa, provaram que a borracha<br />

de “dente-de-leão” tem um desempenho<br />

idêntico – ou até melhor – ao da borracha<br />

tradicional usada em produtos semelhantes.<br />

As plantas também podem ser cultivadas no<br />

norte e no ocidente da Europa, evitando, assim,<br />

rotas de transporte mais longas.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque<br />

Aumento de preços <strong>dos</strong> pneus<br />

volvimento e fornecimento de pneus e outras<br />

soluções inovadoras”, referiu o fabricante em<br />

comunicado oficial.<br />

A nota de imprensa emitida pela Pirelli não<br />

anda longe, anunciando um aumento de<br />

preços na ordem <strong>dos</strong> “9% nos seus produtos<br />

para turismo, veículos industriais e motos, em<br />

todas as suas variantes (verão, inverno e all<br />

season)”. Uma subida que se tornou efetiva,<br />

cante italiano na mesma nota.<br />

Já a Trelleborg, anunciou um aumento médio<br />

de 5% nos preços <strong>dos</strong> seus pneus agrícolas e<br />

florestais em toda a Europa, que se tornou efetivo<br />

no dia 1 de fevereiro de 2017. De acordo<br />

com o fabricante, a subida de preços esteve<br />

relacionada com o recente aumento do custo<br />

das matérias-primas. Também o Alliance Tire<br />

Group (ATG) veio a público dar conta que pro-<br />

Nem só os fabricantes se viram obriga<strong>dos</strong><br />

a aumentar os preços <strong>dos</strong> pneus. Também<br />

os distribuidores, parceiros nesta cadeia, tiveram<br />

de alinhar pelo mesmo diapasão. Segundo<br />

fez saber a Tiresur em comunicado<br />

oficial, “existem diversos fatores que explicam<br />

o aumento <strong>dos</strong> custos de produção: aumento<br />

generalizado do preço das matérias-primas<br />

(subida de 48% no preço do aço nos últimos<br />

meses; aumento <strong>dos</strong> preços <strong>dos</strong> produtos<br />

químicos deriva<strong>dos</strong> do petróleo em cerca de<br />

20%; aumento do preço da borracha natural<br />

e sintética em mais de 65% durante o último<br />

exercício)”. Na opinião <strong>dos</strong> responsáveis do<br />

distribuidor, a “escassez de borracha originada<br />

pelas inundações ocorridas na Tailândia<br />

e que provocaram uma perda significativa da<br />

colheita e produção, é outros <strong>dos</strong> fatores que<br />

está na génese desta situação.<br />

Os eleva<strong>dos</strong> níveis de contaminação provoca<strong>dos</strong><br />

pela atividade da indústria química na<br />

maioria <strong>dos</strong> países asiáticos, o que provocou<br />

um corte importante <strong>dos</strong> níveis de produção,<br />

a depreciação do yuan face ao dólar e<br />

o aumento da procura nos países asiáticos,<br />

Tiresur<br />

A DISTRIBUIÇÃO? IDEM...<br />

que provocou o “colapso da produção destinada<br />

aos merca<strong>dos</strong> europeus, são apontadas<br />

como outras razões”, pôde ler-se na nota<br />

oficial. “Perante a repercussão destes custos<br />

<strong>dos</strong> fabricantes sobre os importadores e distribuidores<br />

de pneus, o setor depara-se com a<br />

necessidade de repassar estes aumentos para<br />

os preços de venda.<br />

Não obstante, a Tiresur leva já algum tempo<br />

a tentar minimizar o efeito das subidas de<br />

preços, estudando, ao cêntimo, a repercussão<br />

que esses custos terão sobre os preços de<br />

venda, assim como tem tentado não atualizar<br />

os seus preços de venda tão rapidamente<br />

quanto outros distribuidores o fizeram”,<br />

acrescenta ainda fonte da Tiresur num comunicado<br />

que termina com um lamento.<br />

E com um aviso de uma inevitabilidade. “A<br />

compra de maiores quantidades de pneus,<br />

antes das subidas efetivas impostas pelos fabricantes,<br />

foi, por exemplo, uma das medidas<br />

que a empresa tomou para adiar ao máximo<br />

estes reajustes de preços”. No entanto, apesar<br />

disso, no início de abril, já “não foi possível à<br />

Tiresur adiar mais estes aumentos”.<br />

Raro é o fabricante que não<br />

tenha aumentado os preços<br />

das suas gamas de pneus,<br />

em virtude <strong>dos</strong> custos de<br />

produção e das matériasprimas.<br />

Os distribuidores não<br />

fogem a esta tendência<br />

também, no dia 1 de abril de 2017. Pôde parecer<br />

mentira, mas não foi. “A alteração de<br />

preços é uma consequência do aumento<br />

do custo das matérias-primas necessárias<br />

para a fabricação <strong>dos</strong> pneus. A este, há que<br />

acrescentar o aumento do investimento na<br />

investigação e desenvolvimento de novos<br />

produtos, que contarão com uma elevada<br />

componente tecnológica”, explicou o fabricedeu<br />

a um aumento médio de 7% nos preços<br />

<strong>dos</strong> pneus em toda a sua gama na Europa,<br />

em virtude, lá está, da subida do custo das<br />

matérias-primas. “Queremos sempre fornecer<br />

produtos de qualidade a preços razoáveis para<br />

os clientes, mas, com o aumento do custo das<br />

matérias-primas nos últimos meses, vimo-nos<br />

força<strong>dos</strong> a subir os preços para conseguir prestar<br />

o melhor serviço”, explicou Pedro Blanco,<br />

country manager para a região ibérica. Esta<br />

subida de preços, que abrangeu os pneus<br />

Alliance e Galaxy, entrou em vigor no dia 1<br />

de abril de 2017. u<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Heft 12/2015<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Mercado<br />

Europool<br />

Sentimentos<br />

contraditórios<br />

No passado mês de fevereiro, o mercado de pneus de substituição em Portugal,<br />

no segmento Consumer, manteve-se igual ao período homólogo de 2016.<br />

Já no acumulado <strong>dos</strong> dois primeiros meses deste ano, caiu 5%, o que não deixa,<br />

por isso, de provocar sentimentos contraditórios<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

De acordo com o Europool, em fevereiro<br />

de 2017, no que ao mercado<br />

de substituição disse respeito, venderam-se,<br />

em Portugal, no segmento<br />

Consumer (ligeiros de passageiros, 4x4 e comerciais<br />

ligeiros), 253.365 pneus, ou seja, apenas<br />

FEVEREIRO 2016<br />

menos 481 unidades comparativamente ao<br />

período homólogo do ano passado. O que, na<br />

prática, acaba por não ter expressão. Por isso, no<br />

segundo mês deste ano, o mercado não cresceu<br />

nem diminuiu. Manteve-se. O mesmo não se<br />

pode dizer do acumulado nos dois primeiros<br />

FEVEREIRO 2017<br />

meses de 2017. Com 478.230 pneus vendi<strong>dos</strong>,<br />

o mercado português contraiu 5% face a 2016,<br />

uma vez que o registo do ano anterior havia<br />

sido de 504.292 unidades, ou seja, mais 26.062<br />

pneus. Mas mais do que as palavras, importa<br />

observar os números que, aqui, publicamos. ♦<br />

VARIAÇÃO<br />

PASSAGEIROS COMERCIAIS 4x4<br />

215.154 21.995 16.697<br />

TOTAL: 253.846<br />

PASSAGEIROS COMERCIAIS 4x4<br />

214.673 19.590 19.102<br />

TOTAL: 253.365<br />

PASSAGEIROS COMERCIAIS 4x4<br />

0% -11% +14%<br />

VARIAÇÃO: 0%<br />

PASSAGEIROS<br />

PREMIUM<br />

COMERCIAIS<br />

PREMIUM<br />

4x4<br />

PREMIUM<br />

PASSAGEIROS<br />

QUALITY<br />

COMERCIAIS<br />

QUALITY<br />

4x4<br />

QUALITY<br />

PASSAGEIROS<br />

BUDGET<br />

COMERCIAIS<br />

BUDGET<br />

4x4<br />

BUDGET<br />

FEVEREIRO 2016<br />

107.4<strong>43</strong> 8.765 13.862 31.526 5.607 2.215 76.185 7.623 620<br />

FEVEREIRO 2017<br />

103.616 7.683 13.021 40.<strong>43</strong>2 5.308 5.254 70.625 6.599 827<br />

VARIAÇÃO<br />

-4% -12% -6% +28% -5% +137% -7% -13% +33%<br />

JANEIRO / FEVEREIRO 2016<br />

PASSAGEIROS COMERCIAIS 4x4<br />

425.703 48.535 90.300<br />

TOTAL: 504.292<br />

JANEIRO / FEVEREIRO 2017<br />

PASSAGEIROS COMERCIAIS 4x4<br />

407.808 40.462 78.594<br />

TOTAL: 478.230<br />

PASSAGEIROS<br />

VARIAÇÃO<br />

COMERCIAIS 4x4<br />

-4% -17% -13%<br />

VARIAÇÃO: -5%<br />

PASSAGEIROS<br />

PREMIUM<br />

COMERCIAIS<br />

PREMIUM<br />

4x4<br />

PREMIUM<br />

PASSAGEIROS<br />

QUALITY<br />

COMERCIAIS<br />

QUALITY<br />

4x4<br />

QUALITY<br />

PASSAGEIROS<br />

BUDGET<br />

COMERCIAIS<br />

BUDGET<br />

4x4<br />

BUDGET<br />

JANEIRO / FEVEREIRO 2016<br />

220.181 17.929 28.278 62.998 10.492 5.508 142.524 15.136 1.246<br />

JANEIRO / FEVEREIRO 2017<br />

204.907 16.044 22.119 72.116 10.494 8.093 130.785 12.445 1.227<br />

VARIAÇÃO<br />

-7% -11% -22% +14% 0% +47% -8% -18% -2%<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


evista <strong>dos</strong> pneus MAR17.pdf 1 31/03/2017 10:10:55<br />

O piso do pneu AS2+ foi pensado para oferecer uma melhor<br />

performance em termos de drenagem.<br />

Foi concebido para proporcionar uma condução segura em to<strong>dos</strong> os tipos de condições climatéricas,<br />

oferecendo ao mesmo tempo uma elevada durabilidade.<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Salão Motortec Automechanika Madrid 2017<br />

<strong>Pneus</strong> destacaram-se<br />

na Motortec<br />

Os pneus estão a ganhar cada vez maior protagonismo no aftermarket e a prova<br />

disso foi a grande representatividade que este setor teve na última edição do<br />

Salão Motortec, onde estiveram presentes diversas marcas e distribuidores<br />

Por: João Vieira<br />

O<br />

compromisso da Messe Frankfurt<br />

em potenciar a presença do setor<br />

<strong>dos</strong> pneumáticos em todas as feiras<br />

que organiza, foi visível nesta<br />

edição da Motortec Automechanika Madrid,<br />

fazendo antever o que se irá passar no próximo<br />

ano na Automechanika de Frankfurt, que<br />

integra já o Salão de Reifen na sua estrutura.<br />

Como já é habitual na Motortec, a distribuição<br />

voltou a ter uma presença predominante,<br />

embora também tenham estado presentes<br />

alguns fabricantes de pneus, que apresentaram<br />

as últimas novidades a nível de produtos<br />

e serviços. À Continental, que já tinha<br />

participado na edição anterior, juntaram-se<br />

a Yokohama e a Cooper.<br />

CONTINENTAL<br />

Sob o lema “Different Ways. One Future”, a<br />

Continental apresentou a sua renovada gama<br />

de pneus geração Hybrid 3 para veículos<br />

industriais, assim como a sua proposta de<br />

controlo permanente da pressão de pneus:<br />

ContiPressureCheck. Também foi dado especial<br />

destaque ao programa de gestão de<br />

frotas e à ampla gama de produtos destina<strong>dos</strong><br />

a operações especiais em portos, aeroportos<br />

e setor logístico.<br />

COOPER<br />

A presença do piloto Xavier Foj, embaixador<br />

da marca e vencedor do Rali Dakar, foi um<br />

<strong>dos</strong> motivos de interesse no stand da Cooper<br />

Tire. O piloto e embaixador da marca<br />

norte-americana, conhecido como “Dakar<br />

Legend”, foi uma das atrações do pavilhão<br />

7 da Motortec Automechanika Madrid. Há<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


10 anos que o piloto espanhol corre com a<br />

Cooper Tires. E foi com ela que venceu a categoria<br />

T2 das duas últimas edições do Rali<br />

Dakar. A utilizar o modelo Discoverer STT Pro,<br />

exatamente igual aquele que o condutor do<br />

dia a dia pode adquirir, Xavier Foj destacou a<br />

elevada resistência e performance deste pneu.<br />

Como novidades de produto, a Cooper exibiu<br />

os pneus Zeon CS8, Zeon 4XS Sport e Discoverer<br />

A/T3 Sport, desenhado, especificamente,<br />

para o mercado europeu. Está disponível em<br />

20 medidas para jantes de 15” a 18”. Algumas<br />

referências desta gama têm índice de carga<br />

XL, pelo que podem ser utiliza<strong>dos</strong> em pick<br />

-up ou em veículos que percorram muitos<br />

quilómetros com carga extra.<br />

EURO MONTYRES<br />

O distribuidor madrileno de pneus multimarca<br />

deu particular ênfase às marcas Matador (tem<br />

exclusividade), Pace, Falken, Mabor, Roads-<br />

Estou, por isso, otimista relativamente ao<br />

futuro desta indústria”, disse o responsável.<br />

GRUPO ANDRES<br />

Com mais de 300 colaboradores, o Grupo<br />

Andres, que abriu a sua primeira casa em<br />

Salamanca, corria o ano de 1980, é <strong>dos</strong><br />

maiores operadores de pneus na Europa,<br />

comercializando dois milhões de unidades<br />

por ano. Trabalha com 70 marcas, algumas<br />

delas em regime de exclusividade para a Península<br />

Ibérica, dando resposta a quase to<strong>dos</strong><br />

os segmentos de mercado. Como novidade,<br />

deu destaque à nova distribuição exclusiva<br />

da marca Seiberling para Espanha.<br />

Autobanden B.V., apresentaram, na Motortec<br />

Automechanika Madrid 2017, um exclusivo<br />

mundial: a marca chinesa de pneus Goldline.<br />

Representada, a nível mundial, pelo Grupo<br />

Total Neumáticos (GTN), a Goldline é a nova<br />

marca de pneus chinesa que concorre no<br />

segmento budget com produtos de verão,<br />

inverno e all season. Já à venda em Espanha,<br />

esta marca chegará, também, a Portugal. Comercializada<br />

com o slogan “Any road is mine”,<br />

a Goldline conta com nove modelos distintos,<br />

anunciando ser uma marca quality com<br />

preço budget. A terminar, refira-se que o Grupo<br />

GRUPO TOTAL NEUMÁTICOS (GTN)<br />

tone e Minerva. A empresa iniciou a sua atividade<br />

em 1999 e dispõe, hoje, de 350.000<br />

pneus em stock.<br />

Com mais de 100.000 pneus em stock, os espanhóis<br />

do Grupo Total Neumáticos (GTN), que<br />

fazem parte <strong>dos</strong> holandeses da Van den Ban<br />

FEDIMA<br />

A especialista em pneus Fedima foi à Motortec<br />

dar a conhecer um pouco da sua gama,<br />

tendo apresentado algumas novidades nos<br />

segmentos de pneus agrícolas e industriais.<br />

60% da produção da Fedima destina-se aos<br />

merca<strong>dos</strong> de “França, Espanha, Alemanha, Holanda<br />

e Polónia, por esta ordem”. Conhecedor<br />

do mercado, Carlos Marques, administrador<br />

da empresa, afirma que “o recente aumento<br />

da matéria-prima está a ser favorável para a<br />

indústria da recauchutagem, uma vez que os<br />

fabricantes chineses não conseguem manter<br />

os preços baixos que têm vindo a praticar.<br />

Total Neumáticos (GTN) dispõe, também, de<br />

marcas próprias (Federal, Silverstone, Hifly,<br />

Maxxis – esta é representada no nosso país<br />

pela Easy<strong>Pneus</strong>, de Beja -, Novex e Gripmax),<br />

comercializando, contudo, qualquer outra<br />

que o cliente solicite.<br />

HTE<br />

A Headway Tyres Europe (HTE), filial europeia<br />

<strong>dos</strong> chineses Hengyu Technology Group, teve<br />

forte presença na Motortec Automechanika<br />

Madrid 2017. Headway e Horizon são as marcas<br />

próprias que a Headway Tyres Europe<br />

(HTE) exibiu no salão ibérico mais importante<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Salão<br />

Motortec Automechanika Madrid 2017<br />

dedicado ao aftermarket. Embora estivessem<br />

vários modelos expostos, a grande novidade<br />

foi o HU901 da Horizon, pneu UHP disponível<br />

para jantes de 16” a 24”. E como os merca<strong>dos</strong><br />

ibérico e europeu são de extrema importância<br />

para ambas as marcas, não admira, pois, que o<br />

corpo diretivo da Headway Tyres Europe (HTE)<br />

tivesse marcado presença na feira de Madrid.<br />

NEX TYRES<br />

Presente, pela segunda vez, na Motortec, a<br />

NEX Tyres deu a conhecer as novidades do<br />

seu projeto, que conta, atualmente, com um<br />

stock de 200.000 pneus ligeiros, 20.000 pesa<strong>dos</strong><br />

e 1.000 de kg agroindustrial. A nível<br />

logístico, dispõe de 17 plataformas, estando<br />

14 em Espanha e três em Portugal. No call<br />

center, trabalham 16 operadores e dispõe<br />

de uma equipa comercial de 16 vendedores,<br />

designado Confort, de medida 185/60R15,<br />

dotado de tecnologia Balanced Tyre.<br />

SAN JOSE NEUMÁTICOS<br />

O representante da BKT no mercado espanhol<br />

deu a conhecer as novidades mais recentes<br />

no segmento de pneus agrícolas: o Agrimax<br />

Force, com tecnologia “IF” e o multifunções<br />

Multimax MP 527. O primeiro, trata-se de um<br />

pneu radial devidamente projetado para ser<br />

utilizado na agricultura com tratores de elevada<br />

potência, garantindo máximas prestações<br />

e eficiência. O Agrimax Force é um pneu<br />

confortável tanto nas operações no campo<br />

como nas deslocações em estrada, permitindo<br />

deslocar-se sem necessidade de aumentar o<br />

enchimento <strong>dos</strong> pneus.<br />

Relativamente ao Multimax MP 527, trata-se<br />

de um pneu radial versátil projetado para levantadores<br />

telescópicos nas aplicações industriais.<br />

O pneu apresenta um desenho agressivo<br />

do piso do pneu, que garante uma excelente<br />

tração em qualquer condição de serviço. O<br />

flanco robusto assegura uma boa estabilidade<br />

em modalidade de levantamento. Também<br />

se destaca pela carcaça robusta resistente a<br />

furos e rasgões, que se traduzem numa duque<br />

cobrem toda a Península Ibérica. Entre<br />

as novidades, a NEX Tyres estava a divulgar<br />

o recente acordo com a Kumho para distribuir,<br />

em exclusivo, os pneus de camião em<br />

Espanha e Portugal, assim como a aquisição<br />

do distribuidor Neumáticos Álvarez. Os novos<br />

modelos de altas prestações da Taurus,<br />

HP e UHP, bem como a marca Özka (pneus<br />

agrícolas e OTR), que distribui, em exclusivo,<br />

para Espanha e Portugal desde 2016, foram<br />

outras das novidades da NEX na Motortec.<br />

RECAUCHUTAGEM NORTENHA<br />

A Nortenha também não deixou de estar presente<br />

na feira de Madrid, onde deu a conhecer<br />

aquilo que faz e os pneus que comercializa no<br />

mercado ibérico. Como novidade, apresentou<br />

um novo pneu recauchutado para ligeiros,<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


abilidade elevada e numa longa vida operacional<br />

do pneu.<br />

Luís Aniceto, administrador da San Jose<br />

Neumáticos, fez um balanço muito positivo<br />

da participação da empresa na Motortec.<br />

“Viemos apresentar os novos produtos da<br />

BKT e reforçar a nossa posição no mercado<br />

espanhol de pneus agroindustriais, onde já<br />

temos uma importante quota. Realçamos que,<br />

neste mercado, principalmente na vertente<br />

de pneus agrícolas, a nossa concorrência são<br />

as marcas premium, já que em Espanha o primeiro<br />

fator de escolha de um pneu agrícola<br />

é a qualidade, pois trata-se de um mercado<br />

de consumidores mais maduro, muito mais<br />

profissional, que controla os resulta<strong>dos</strong> de<br />

cada pneu, o que é vantajoso para uma marca<br />

que se impõe pela qualidade como a BKT”,<br />

afirmou.<br />

inclui marcas premium, quality e budget, como<br />

Effiplus, Nankang, Keter, Lanvigator, Goodride<br />

e Nexen. Através do site www.toprecambios.<br />

ram a participação muito positiva, pela boa<br />

receção <strong>dos</strong> clientes e reforço da posição de<br />

liderança que tem vindo a conquistar, quer<br />

no mercado espanhol, quer no português.<br />

Fausto Carvalho, responsável de vendas para<br />

Portugal, estava, também, presente no stand,<br />

tendo confirmado o bom desempenho que<br />

o grupo tem tido no nosso país.<br />

YOKOHAMA<br />

Em ano de centenário, o fabricante japonês<br />

de pneus premium destacou o patrocínio que<br />

tem com o Chelsea Football Club. E exibiu<br />

novos produtos: BluEarth ES32 (pneus para<br />

veículos utilitários), Advan A052 (pneu para<br />

circuito homologado para utilizar em estrada)<br />

e o novo Alliance 030EX (o primeiro pneu<br />

ligeiro desta marca, que foi adquirida, em<br />

julho de 2016, pela Yokohama).<br />

TIRESUR<br />

A Tiresur aproveitou a presença na Motortec<br />

para anunciar a construção do seu novo centro<br />

logístico em Getafe, Madrid. Uma instalações<br />

com mais de 11.000 m 2 , que irão dispor de<br />

todas as inovações de software informático<br />

que a empresa implementará para otimizar<br />

ao máximo a sua logística. A nível de produto,<br />

mereceu destaque a ampliação da gama da<br />

Ovation (Mud Terrain e All Terrain), a exibição<br />

da marca Sunfull e a forte presença da GT<br />

Radial, que tem nos modelos FE1 City, Champiro<br />

FE1, SportActive e Adventuro M/T e A/T<br />

as novidades.<br />

TOP RECAMBIOS<br />

Foi a terceira vez consecutiva na Motortec.<br />

Este distribuidor de pneus multimarca, sediado<br />

em Valência, conta com um stock de<br />

mais de 600.000 pneus, que contemplam mais<br />

de 9.000 referências e 70 marcas. O portefólio<br />

com, o cliente tem acesso ao stock em tempo<br />

real, com um preço competitivo e uma entrega<br />

eficiente em 24 horas. Alejandro e Juan Ramón<br />

Reig, responsáveis da empresa, considera-<br />

Z TYRES<br />

Uma das atrações da Motortec foi o Z1,<br />

considerado o pneu mais caro do mundo.<br />

Construído pela Z Tyres, o conjunto de quatro<br />

pneus está avaliado em 600.000 dólares. Ao<br />

dispor de um flanco de ouro de 24 quilates<br />

e uma seleção de diamantes, este pneu foi<br />

desenhado pela empresa Joaillier Privé, em<br />

colaboração com artesãos italianos. Mais<br />

tarde, viajou para os Emira<strong>dos</strong> Árabes Uni<strong>dos</strong><br />

para receber um banho de ouro pelas<br />

mesmas pessoas que trabalharam no palácio<br />

presidencial de Abu Dhabi. Não admira, pois,<br />

que o set de quatro pneus esteja avaliado em<br />

600.000 dólares. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Atualidade<br />

Bridgestone “Estrada Fora”<br />

No primeiro episódio de “Estrada Fora”,<br />

Joaquim Horta explorou a EN 381, fazendo<br />

a ligação Estremoz-Monsaraz e dando a<br />

conhecer as estradas e a gastronomia da<br />

região alentejana<br />

Fome de estrada<br />

“Estrada Fora” é o nome da nova série, protagonizada<br />

por Joaquim Horta, disponível nas plataformas online<br />

da Bridgestone. Na primeira temporada, de seis<br />

episódios, o ator percorrerá o país, de moto, dando a<br />

conhecer a cultura, a gastronomia e os pneus da marca<br />

À<br />

fome de estrada, Joaquim Horta juntou<br />

a vontade da Bridgestone dar de<br />

comer quilómetros aos seus pneus.<br />

O resultado desta parceria é a série<br />

“Estrada Fora”, disponível já nas plataformas<br />

digitais da marca. Ao longo da primeira temporada,<br />

o ator, amante das duas rodas, percorrerá<br />

o país, de norte a sul, relevando as estradas mais<br />

bonitas, a cultura e a gastronomia nacionais.<br />

Na apresentação do “Estrada Fora”, no espaço<br />

Touratech, em Lisboa, André Bettencourt,<br />

responsável de comunicação e marketing da<br />

Bridgestone Portugal, explicou aos jornalistas<br />

como nasceu o projeto e a relação com Joaquim<br />

Horta. “A marca patrocina o Motorcycle<br />

Diaries, uma espécie de bíblia para quem gosta<br />

de motos e de viajar para determina<strong>dos</strong> países,<br />

partilhando fotografias e deixando um<br />

conjunto de experiências para outras pessoas”.<br />

Por: Jorge Flores<br />

Partindo desta base, a Bridgestone quis ir mais<br />

longe. Dentro de Portugal. “Que não está representado<br />

devidamente”, lamentou André<br />

Bettencourt. “Queríamos algo que estivesse<br />

relacionado com o nosso país e, no fundo,<br />

convidar os motards a colocarem fotografias de<br />

Portugal”, adiantou. Ainda não era suficiente.<br />

“Já que temos um país tão bonito, com estradas<br />

tão extraordinárias”, revelou, reuniram<br />

com a agência de comunicação e chegaram à<br />

conclusão de que era possível fazer uma série<br />

“sobre as nossas estradas, sair das cidades e<br />

das aldeias, mas sempre com este sentido de<br />

descobrir o país, de viajarmos, mas em segurança”,<br />

disse.<br />

Uma premissa que não é um pormenor no<br />

“Estrada Fora”. “Entre os vários valores da<br />

Bridgestone, não fôssemos nós uma marca<br />

japonesa, a segurança foi sempre um <strong>dos</strong> mais<br />

importantes. Queríamos que, nestes episódios,<br />

se falasse em segurança”. Ou seja, a marca precisava<br />

de alguém que fosse não apenas o rosto<br />

do programa, mas que gostasse de motos,<br />

respeitasse os valores da Bridgestone e que<br />

conseguisse contar as experiências de forma<br />

interessante e dinâmica, como um programa<br />

desta natureza impõe.<br />

w PRIMEIRA TEMPORADA<br />

O nome de Joaquim Horta acabou por surgir<br />

quase de forma natural. “Sabíamos que ele<br />

tinha feito algumas ações ligadas às motos.<br />

Nunca escondeu, apareceu em eventos relaciona<strong>dos</strong><br />

com motos e sempre nos transmitiu<br />

a imagem de uma pessoa preocupada e que<br />

transmite valores de confiança”, disse André<br />

Bettencourt.<br />

A reunião entre o ator e a marca durou “cinco<br />

minutos”, brincou o responsável da Bridgestone.<br />

Tudo se torna fácil quando as mentes estão<br />

alinhadas. “Aquilo que queríamos ia muito<br />

ao encontro dele”, acrescentou. O próprio ator<br />

confessou que já tinha na gaveta um projeto<br />

semelhante, para “mais tarde, para um dia”,<br />

razão pela qual, numa segunda reunião, em vez<br />

de um pequeno esboço, tal como ficara combinado,<br />

levou já o primeiro episódio “quase”<br />

terminado, a carecer apenas de ajustes.<br />

O ator reconheceu que não era um especialista<br />

em pneus. Mas tratou de tirar um curso<br />

intensivo. Para saber do que falava, sobretudo,<br />

em matéria de segurança, dado que, em to<strong>dos</strong><br />

os programas, dará “dicas” aos condutores.<br />

“Aprendeu alguma coisa?” Perguntou André<br />

Bettencourt, a dada altura do evento. Joaquim<br />

Horta riu-se e garantiu que sim. A parceria, para<br />

si, é um “feliz encontro”. E um desfio. Terá toda<br />

a liberdade criativa para escrever, protagonizar<br />

e realizar o “Estrada Fora”. Uma responsabilidade<br />

que abraçou, desde a primeira hora, com<br />

entusiasmo e de capacete na mão. ♦<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


MáquinadoTempo<br />

Primeiro século<br />

Sobreviveu a crises económicas, a terramotos e a bombardeamentos. O fabricante<br />

japonês de pneus Yokohama comemora, este ano, o seu primeiro século de vida.<br />

Uma história que se confunde com a do próprio mundo<br />

Por: Jorge Flores<br />

Quando se olha para a história do<br />

primeiro século de existência de<br />

um fabricante conceituado de<br />

pneus, como a Yokohama, facilmente<br />

se percebe como a própria História<br />

do Mundo a atravessa e se confunde com<br />

a da empresa.<br />

Para chegar ao século XXI como um <strong>dos</strong> gigantes<br />

mundiais do mundo <strong>dos</strong> pneus, com<br />

sede europeia localizada em Düsseldorf, na<br />

Alemanha, uma produção de pneus premium<br />

na ordem <strong>dos</strong> 80%, para todo o tipo de veículos,<br />

148 subsidiárias e 41 filiais em todo<br />

o planeta, a empresa japonesa atravessou<br />

diversas e graves crises económicas, sobreviveu<br />

a terramotos e até a bombardeamentos,<br />

durante a Grande Guerra Mundial, que destruíram,<br />

completamente, as suas unidades<br />

fabris. Uma história de resiliência, determinação<br />

(e muita qualidade), que continuará<br />

a escrever-se por muitos e muitos anos. u<br />

HISTÓRIA INTERMINÁVEL<br />

1917<br />

Criação da Yokohama Rubber, no dia 13 de<br />

outubro. Começou por ser uma joint-venture<br />

entre a Yokohama Eletric Cable Manufactory<br />

Company e a BF Goodrich. Na imagem,<br />

Suekichi Nakagawa, diretor da primeira e<br />

fundamental na génese do fabricante. Mais<br />

tarde, seria o seu segundo presidente<br />

1923<br />

A unidade fabril foi<br />

completamente destruída<br />

e reduzida a cinzas pelo<br />

grande terramoto de Kanto.<br />

Perderam-se importantes<br />

documentos no fogo<br />

1920<br />

Construção da Fábrica<br />

de Hiranuma. A primeira<br />

unidade fabril começou a<br />

produzir cintas, pneus e<br />

outros produtos, recorrendo<br />

a refina<strong>dos</strong> processos<br />

provenientes <strong>dos</strong> EUA<br />

1928<br />

Novas instalações, na<br />

ordem <strong>dos</strong> 6.500 m 2 , são<br />

erguidas e concluídas a 5<br />

de dezembro<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


100.° Aniversário da Yokohama<br />

1961<br />

Fim <strong>dos</strong> trabalhos de construção do novo<br />

edifício da Yokohama Rubber<br />

1967<br />

50.° Aniversário celebrado no Tokyo Prince<br />

Hotel, em Shiba-Koen, onde estiveram<br />

presentes perto de 400 convida<strong>dos</strong>, entre<br />

muitos notáveis da sociedade<br />

1954<br />

Visita do príncipe Nobuhito Takamatsunomiya,<br />

com o intuito de inspecionar a fábrica<br />

1969<br />

Criação da Yokohama Tire Corporation<br />

como empresa comercial nos USA<br />

1974<br />

Arranque da produção de mangueiras de<br />

alta pressão na fábrica de Ibaraki<br />

1981<br />

A BF Goodrich vende a quota maioritária<br />

que tinha na Yokohama<br />

1996<br />

Criação de subsidiária da empresa nas<br />

Filipinas<br />

1945<br />

A 3 de abril, um raide aéreo destruiu<br />

as instalações, o escritório e o armazém<br />

de matérias-primas. Nenhum edifício da<br />

unidade fabril permaneceu de pé com o<br />

bombardeamento. A guerra continuava a fustigar<br />

a empresa<br />

1998<br />

A fábrica de Mishima torna-se na primeira<br />

da Yokohama Rubber a receber, no Japão,<br />

o certificado ambiental ISO 14001<br />

2001<br />

Aliança com a empresa alemã Continental<br />

AG<br />

2004<br />

Criação da fábrica na Tailândia<br />

1940<br />

A guerra Sino-Japonesa levou a uma forte<br />

crise económica e à presença de inspeções<br />

militares na fábrica<br />

2008<br />

Presença da empresa na Índia<br />

1937<br />

Mudança de nome. Os pneus deixam de<br />

chamar-se Goodrich, assumindo-se como<br />

Yokohama<br />

2010<br />

Início da etiquetagem com o nível de<br />

resistência e eficiência <strong>dos</strong> pneus da marca<br />

2015<br />

Parceria com o Chelsea Football Club<br />

2014<br />

Aliança tecnológica com a sul-coreana<br />

Kumho Tires<br />

1934<br />

Expansão da fábrica para a região<br />

este com a criação de uma área com<br />

4.500 m 2 para equipamentos, como<br />

rolos de mistura, dispondo de uma<br />

zona para vulcanização de pneus<br />

2016<br />

Fábrica da empresa, na Indonésia<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Atualidade<br />

Universo em expansão<br />

A Mitas é um <strong>dos</strong> principais líderes europeus no fabrico de pneus para máquinas<br />

agrícolas, veículos de construção, motociclos, bicicletas e outros segmentos da<br />

especialidade. O seu universo encontra-se em franca expansão<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Sediada na República Checa, país onde<br />

dispõe, atualmente, de três fábricas,<br />

a Mitas foi criada em 1932. Quando<br />

ainda não se chamava Mitas, uma<br />

vez que o nome só foi adotado em 1946. Há<br />

85 anos que a marca produz pneus, tendo<br />

começado a sua atividade na cidade de Zlín<br />

(região da Moravia), na antiga Checoslováquia.<br />

Propriedade da Holding ČGS a.s., que foi adquirida<br />

pela Trelleborg, a Mitas tem nos pneus<br />

agrícolas o seu principal core business, sem<br />

esquecer, também, os pneus para veículos<br />

de construção, motociclos, bicicletas e outros<br />

segmentos da especialidade. Do seu organigrama,<br />

fazem parte três divisões: Agricultura;<br />

Industrial & Construção; Motociclo & Bicicleta.<br />

w PRESENÇA GLOBAL<br />

Com oito fábricas espalhadas pelo mundo<br />

(cinco na República Checa; uma na Sérvia;<br />

uma na Eslovénia; uma nos EUA), às quais<br />

se junta uma extensa rede de vendas e distribuição<br />

internacional, a Mitas entrega mais<br />

de 80% <strong>dos</strong> pneus que produz a clientes localiza<strong>dos</strong><br />

na Europa. No entanto, a empresa<br />

tem uma presença global. Que começou a<br />

ganhar maior expressão com a abertura, em<br />

2012, da unidade industrial de Charles City,<br />

no estado norte-americano do Iowa. A marca<br />

tornou-se, aliás, no terceiro produtor de pneus<br />

agrícolas nos EUA. E, hoje, é selecionada por<br />

vários construtores para equipar, de origem,<br />

diversas máquinas e veículos, estando presente,<br />

também, no mercado de reposição.<br />

Totalizando 1.500 variantes, considerando os<br />

diferentes tipos de pneus e medidas de que<br />

dispõe, a Mitas anuncia uma capacidade anual<br />

de produção de mais de 100.000 toneladas.<br />

Dos seus quadros, fazem parte mais de 3.000<br />

colaboradores, espalha<strong>dos</strong> por 110 países de<br />

todo o mundo. Desde a fase da conceção até<br />

ao momento de entrar em produção, um pneu<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Mitas<br />

Mitas pode demorar até quatro anos a ser<br />

lançado no mercado. E só sairá quando tiver<br />

atingido o mais elevado nível de performance,<br />

qualidade e fiabilidade. A Mitas, que é propriedade<br />

da Trelleborg, aposta numa representação<br />

ibérica. No entanto, as duas marcas<br />

têm estratégias bem definidas. Em Portugal<br />

e Espanha, partilham a direção-geral e o marketing,<br />

tendo como country manager Ramón<br />

Martinez e como diretor de marketing Filipe<br />

Brito. Uma pergunta, contudo, impõe-se? Não<br />

existirá risco de as marcas Trelleborg e Mitas<br />

se “canibalizarem”? Não, uma vez que concorrem<br />

em segmentos diferentes. Enquanto a<br />

Trelleborg é trabalhada como marca premium,<br />

num segmento onde inovação e performance<br />

são as características mais valorizadas, a Mitas<br />

opera num segmento quality, onde o que se<br />

espera é qualidade e fiabilidade.<br />

Ramón Martinez é country manager das marcas<br />

Mitas e Trelleborg para Portugal e Espanha<br />

w RAÍZES EUROPEIAS<br />

Além da Mitas, a Trelleborg Wheel Systems<br />

dispõe de outra dupla de peso, que, aqui sim,<br />

concorrem um pouco entre si, uma vez que<br />

militam no segmento budget, ainda que trabalhadas<br />

em canais de distribuição distintos:<br />

Cultor e Maximo. Enquanto esta última já fazia<br />

parte da oferta na Trelleborg, a primeira foi<br />

adquirida juntamente com a compra da Mitas.<br />

A marca Mitas oferece uma extensa gama,<br />

tanto de pneus radiais como diagonais para<br />

tratores, ceifeiras, pulverizadores e outros<br />

tipos de máquinas agrícolas. O Mitas Super<br />

Flexion Tire (SFT), concebido para tratores<br />

de elevada potência (acima de 180 cv) e ceifeiras,<br />

bem como o Mitas Very High Flexion<br />

Tire (VF) HC 2000, desenhado para tratores<br />

de elevada potência, são dois ex-líbris. Assim<br />

como os Mitas Cyclic Harvesting Operation<br />

DADOS & FACTOS<br />

l Em 1932, começou a produzir pneus em<br />

Zlín, na Moravia (República Checa)<br />

l Nome da empresa muda para Mitas em<br />

1946<br />

l Marcas: Mitas e Cultor<br />

l Um <strong>dos</strong> principais líderes europeus no fabrico<br />

de pneus para máquinas agrícolas,<br />

veículos de construção, motociclos, bicicletas<br />

e outros segmentos da especialidade<br />

l 1.500 variantes produzidas, considerando<br />

os diferentes tipos de pneus e medidas<br />

l Oito fábricas espalhadas pelo mundo:<br />

cinco na República Checa (Praga, Otrokovice,<br />

Zlín, Nachod, Velke Porici); uma na<br />

Sérvia (Ruma); uma na Eslovénia (Kranj);<br />

uma nos EUA (Charles City, no Iowa)<br />

l Presente em 110 países de todo o mundo<br />

l Mais de 3.000 colaboradores em todo o<br />

mundo<br />

l Tipos de pneus: agrícolas, comerciais,<br />

motociclos, industriais, off-road, aviação,<br />

OTR<br />

l Capacidade anual de produção: mais de<br />

100.000 toneladas<br />

las tornaram-se no core business da Mitas<br />

l Desde a conceção à produção, o processo<br />

<strong>dos</strong> pneus pode demorar até quatro anos<br />

l Os pneus são testa<strong>dos</strong> em condições reais<br />

de utilização, no IGTT<br />

l Em junho de 2016, a Trelleborg finalizou<br />

a aquisição da Holding ČGS a.s., proprietária<br />

da Mitas<br />

(CHO) e Mitas Very High Flexion (VF) HC 3000,<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> para ceifeiras. Depois, em igual<br />

grau de importância, surge a gama de pneus<br />

de flutuação e municipais, constituída pelos<br />

modelos Mitas Agriterra 02 (flutuação radial,<br />

destina<strong>dos</strong> aos implementos mais pesa<strong>dos</strong>,<br />

como cisternas e reboques) e Mitas High Capacity<br />

Municipal (HCM – uso universal para<br />

o segmento municipal, oferecendo uma capacidade<br />

de adaptação ímpar em diferentes<br />

tipos de terreno, máquinas ou aplicações).<br />

Por último, mas não menos importante, a<br />

carteira de clientes OEM do segmento agrícola<br />

que a Mitas dispõe. São nada menos do<br />

que 22 marcas. A saber: Fendt; John Deere;<br />

New Holland; Valtra; JCB; Steyr; Case; Massey<br />

Ferguson; Sampo Rosenlew; Feraboli; Same;<br />

Goldoni; McCormick; Krone; Deutz Fahr; Hürlimann;<br />

Claas; Landini; Zetor; Laverda; Valpadana;<br />

Lamborghini. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Atualidade<br />

Obra de arte<br />

Inaugurado a 18 de outubro do ano passado, o Technodome é o novo centro de<br />

pesquisa e desenvolvimento global da Hankook Tire. São 96.328 m² localiza<strong>dos</strong><br />

em Daejeon, na Coreia do Sul, bem no coração do “Silicon Valley” da Ásia, que<br />

implicaram um investimento de cerca de 220 milhões de euros. Uma obra de arte<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Desenhado pela Foster + Partners,<br />

empresa de arquitetura fundada<br />

por Sir Norman Foster, o Technodome<br />

integra a tecnologia de<br />

ponta, a visão e a cultura da Hankook Tire.<br />

Mais: é uma expressão (artística) do seu compromisso<br />

com o desenvolvimento, a qualidade<br />

e a pesquisa rigorosa. Com 96.328 m² de área,<br />

o novo centro de pesquisa e desenvolvimento<br />

global da Hankook Tire visa atrair os melhores<br />

talentos da indústria, proporcionando-lhes<br />

um local de trabalho inspirador, com escritórios<br />

luminosos, laboratórios avança<strong>dos</strong> e<br />

espaços sociais dinâmicos para fomentar uma<br />

cultura de abertura e inovação.<br />

Localizado em Daejeon, na Coreia do Sul,<br />

bem no coração daquele que é considerado<br />

o “Silicon Valley” da Ásia, o Technodome dispõe<br />

de seis andares dedica<strong>dos</strong> a pesquisa<br />

e desenvolvimento, bem como um edifício<br />

residencial de oito andares com alojamento<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Hankook Technodome<br />

para colaboradores, onde se inclui um centro<br />

de fitness, clínicas médicas, cafés e um centro<br />

de assistência. Esta obra de arte, que implicou<br />

um investimento de 266,4 mil milhões de won<br />

(cerca de 220 milhões de euros), promove a<br />

comunicação no local de trabalho, com áreas<br />

centrais de reuniões para encontros espontâneos<br />

entre equipas. O elemento-chave deste<br />

complexo de última geração é o seu conjunto<br />

de laboratórios de teste e pesquisa de pneus,<br />

que pode ser visto através de displays por<br />

colaboradores e visitantes.<br />

w VISUAL FUTURISTA<br />

A visão arquitetónica permitiu criar um edifício<br />

elegante, contemporâneo e misterioso,<br />

mais recente gama de produtos da Hankook<br />

Tire, dispondo de vista para as áreas de teste<br />

e parque exterior.<br />

w CLASSIFICAÇÃO DOURADA<br />

O Technodome atingiu a classificação LEED<br />

‘Gold’ (a terceira numa escala de um a quatro)<br />

relativa a edifícios, graças ao facto de o seu<br />

projeto integrar uma série de estratégias de<br />

design sustentável e detalhes que o tornam<br />

eficiente do ponto de vista energético, permitindo,<br />

ao mesmo tempo, reduzir emissões. O<br />

desperdício de calor gerado por este centro<br />

de pesquisa e desenvolvimento é utilizado<br />

para aquecer o edifício adjacente, que se destina<br />

a alojar visitantes e colaboradores. Já o<br />

lago que está localizado na entrada sul do<br />

complexo, armazena a água da chuva que é,<br />

depois, utilizada como fonte de arrefecimento.<br />

Ao integrar o forte compromisso da Hankook<br />

Tire com a inovação, o Technodome atua<br />

como instrumento central da infraestrutura<br />

global de pesquisa e desenvolvimento da empresa.<br />

Uma vez que estas evoluídas instalações<br />

proporcionam um ambiente de pesquisa<br />

otimizado, o fabricante sul-coreano planeia<br />

concentrar-se na obtenção de tecnologia<br />

para o futuro, de modo a dar cumprimento<br />

aos seus planos de médio prazo. Este novo<br />

centro desempenha, também, um papel<br />

fundamental na implementação da cultura<br />

empresarial pró-ativa da Hankook Tire, inovando<br />

o seu processo de trabalho e forta-<br />

central do edifício foi a chave para resolver<br />

este enigma espacial complexo. As instalações<br />

apresentam um plano dinâmico e integrado,<br />

que promove ligações visuais entre diferentes<br />

áreas, sendo, ao mesmo tempo, altamente<br />

flexível para permitir futuras mudanças na<br />

forma como é utilizado. De perfil, os níveis<br />

aumentam de quatro para seis andares, para<br />

dar cumprimento à restrição de altura imposta<br />

pelo governo sul-coreano.<br />

Os laboratórios de pesquisa estendem-se ao<br />

longo de uma “espinha central” iluminada,<br />

que percorre desde o restaurante e a entrada<br />

sul da zona de alojamento até à secção norte<br />

desta. As cúpulas ovais vidradas encontram-se<br />

suspensas dentro do espaço total que está discom<br />

um telhado de prata flutuante. Análises<br />

às instalações anteriores, criadas em 1982,<br />

conduziram à elaboração de espaços de teste<br />

no novo centro, com as exigências a variarem<br />

consoante se tratem de salas de isolamento<br />

ou zonas de dupla altura, de modo a acomodar<br />

equipamentos especializa<strong>dos</strong>. A secção<br />

ponível em altura, atuando como um poço de<br />

luminosidade que desenha a luz do dia através<br />

do edifício. Já a estratégia de circulação, cria<br />

uma divisão natural entre áreas públicas e<br />

zonas de desenvolvimento de produtos mais<br />

sensíveis. Por seu turno, um espetacular lobby<br />

funciona como espaço de exposição para a<br />

lecendo, continuamente, a sua capacidade<br />

de investigação e desenvolvimento rumo<br />

ao topo. Até porque, além de um simulador<br />

de condução, o Technodome está equipado<br />

com SPMM (Suspension Parameter Measuring<br />

Machine). Ambos permitem realizar testes<br />

virtuais e gravar resulta<strong>dos</strong> digitais. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Notícias<br />

Empresas<br />

Joaquín Paralera é novo<br />

diretor na Michelin Ibérica<br />

A Michelin anuncia a nomeação<br />

de Joaquín Paralera como diretor de<br />

marketing na Divisão de Camiões para<br />

Espanha e Portugal. Até ao momento,<br />

Paralera era diretor de franchising da<br />

rede de oficinas Euromaster. Licenciado<br />

em Ciências Empresariais pela<br />

Universidade Hispalense de Sevilha,<br />

está há mais de 22 anos vinculado ao<br />

Grupo Michelin, em vários postos e filiais.<br />

Durante os mais de 11 anos em<br />

que desenvolveu a sua trajetória na<br />

Michelin Espanha e Portugal, ocupou<br />

diversos cargos de responsabilidade,<br />

tanto na Michelin como na Euromaster,<br />

onde ocupou o cargo de diretor de<br />

marketing Retail, além de ser diretor<br />

de franchising, funções que desempenhava<br />

até à sua incorporação no<br />

novo posto na divisão de Camiões da<br />

Michelin.<br />

Rede ContiService<br />

reuniu Conselho Consultivo<br />

A ContiService criou o Conselho Consultivo, composto por seis agentes, que se apresenta como<br />

um “instrumento” que pretende, em primeira instância, reforçar os laços de proximidade entre a<br />

estrutura de gestão da rede e os seus agentes. Com reuniões e encontros periódicos onde serão<br />

debati<strong>dos</strong> os temas de maior pertinência e atualidade do ponto de vista da gestão da rede, o<br />

Conselho Consultivo pretende ainda trazer uma visão externa para os desafios que se colocam<br />

diariamente, garantindo que a rede está alinhada com os objetivos estratégicos previamente<br />

defini<strong>dos</strong> e que se mantém “fiel” aos propósitos iniciais para os quais foi criada. “Queremos estar<br />

ainda mais próximos <strong>dos</strong> nossos parceiros. O órgão criado, recentemente, permitir-nos-á a todo<br />

o momento alinhar e ajustar a estratégia e os procedimentos ao que são as necessidades e expectativas<br />

<strong>dos</strong> nossos parceiros. O Conselho Consultivo terá, também, como função primordial<br />

ser um canal de comunicação privilegiado entre os parceiros e a gestão da rede”, referiu Marco<br />

Silva, diretor de marketing da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal.O Conselho Consultivo é constituído<br />

por Armando Barradas (Mourinha <strong>Pneus</strong> - Comércio <strong>Pneus</strong>, Lda.), Armindo Alves (Recauchutagem<br />

Famalicense, Lda.), Jaime Silva (Marcolino Alves Miguel, Lda.), João Roís (AutoMafra - <strong>Pneus</strong><br />

AC. Comércio e Viaturas, Lda.), João Sobral (H. Sobral e Costa, Lda.) e Miguel Ximenez (M. Ximenez<br />

Sociedade Unipessoal).A primeira reunião de trabalho decorreu, recentemente, em Famalicão,<br />

na sede da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal.<br />

Pirelli foi a preferida <strong>dos</strong> veículos expostos em Genebra<br />

O Salão de Genebra confirmou o seu estatuto como escaparate<br />

para os fabricantes de automóveis, que uma vez mais optaram<br />

por pneus Pirelli na hora de equipar as suas novidades. Foi esta<br />

a principal conclusão quando se analisaram as principais novidades<br />

expostas no primeiro dia da 87.ª edição do certame suíço.<br />

No total, foram mais de 63% os modelos premium exibi<strong>dos</strong> no<br />

salão, desde o McLaren à Pagani, passando pela Porsche, to<strong>dos</strong><br />

utilizavam pneus P Zero, a maioria deles correspondentes à<br />

nova edição colorida, novidade da marca em Genebra. A quota<br />

de mercado da Pirelli cresceu 28% em comparação com a edição<br />

de 2016 do certame helvético, o que consolida, assim, a liderança<br />

do fabricante italiano no segmento prestige. A presença da<br />

Pirelli entre os automóveis de topo foi significativa, tendo equipado<br />

mais de 35% <strong>dos</strong> modelos expostos.<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Goodyear volta a patrocinar<br />

Europeu de Camiões FIA<br />

Anunciada como “A competição de camiões mais espetacular<br />

do planeta”, o Campeonato Europeu de Corridas de Camiões<br />

da FIA de 2017 voltará a contar com a Goodyear como fornecedora<br />

<strong>dos</strong> pneus Truck Racing, especialmente desenvolvi<strong>dos</strong><br />

para o efeito, a to<strong>dos</strong> os participantes. Envolvida pela 13.ª época<br />

no Campeonato Europeu de Corridas de Camiões da FIA, a<br />

Goodyear voltará a fornecer os pneus Truck Racing de medida<br />

315/70R22.5, resultantes da investigação e desenvolvimento,<br />

bem como da sua experiência em corridas de camiões desde<br />

2004.Foi, então, que a empresa começou a equipar os participantes<br />

no campeonato com pneus de camião especialmente<br />

concebi<strong>dos</strong> para suportar o elevado impacto <strong>dos</strong> camiões<br />

com 1.500 cv de potência e 5,5 toneladas de peso, competindo<br />

a uma velocidade de até 160 km/h. Em 2016, a Goodyear foi<br />

eleita pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) como<br />

fornecedor exclusivo de pneus para o Campeonato Europeu<br />

de Corridas de Camiões da FIA durante três anos, ampliando a<br />

longa associação que tem sido satisfatória para ambas partes.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Notícias<br />

Empresas<br />

Continental é líder na Europa<br />

em equipamento de origem<br />

Na Europa, um em cada três automóveis<br />

sai da fábrica equipado com pneus<br />

Continental. Este dado coloca o fabricante<br />

alemão na liderança europeia em equipamento<br />

de origem (OE). A atribuição do<br />

“selo de fornecedor aprovado” <strong>dos</strong> fabricantes<br />

de automóveis é um claro sinal de<br />

um produto de elevada qualidade, além<br />

de impulsionar o negócio do mercado de<br />

substituição. Quando os automobilistas<br />

têm necessidade de trocar os pneus do<br />

seu veículo novo, tendencialmente optam<br />

pelo equipamento de origem para,<br />

desta forma, garantir a melhor performance.<br />

Uma das principais razões para a<br />

Continental ser um <strong>dos</strong> mais requisita<strong>dos</strong><br />

fornecedores de pneus de automóveis<br />

novos é o foco que tem na estrutura organizacional.<br />

Dunlop vai com a Mercedes-AMG<br />

ao VLN<br />

A Dunlop foi confirmada como parceira de pneus da equipa Mercedes-AMG nas corridas<br />

de longa distância do VLN, no lendário circuito de Nürburgring. A marca de pneus competirá,<br />

pela primeira vez, com o Mercedes-AMG GT3 no campeonato VLN de corridas de<br />

longa distância (que teve início no sábado dia 25 de março) e nas 24 Horas de Nürburgring<br />

(25 a 28 de maio). As equipas de alta performance AMG Black Falcon e HTP Motorsport<br />

utilizam pneus Dunlop nestas exigentes corridas. “Depois de uma bem-sucedida temporada<br />

em 2016, este ano estamos a intensificar a nossa cooperação com a Mercedes-AMG”,<br />

referiu Alexander Kühn, diretor da Dunlop Motorsport EMEA. No ano passado, a Dunlop<br />

e a Bonk Motorsport venceram o campeonato VLN de corridas de longa distância com o<br />

BMW M235i, equipado com Dunlop.Ao mesmo tempo, o excelente rendimento <strong>dos</strong> pneus<br />

Dunlop Racing na classe GT3 deu lugar a resulta<strong>dos</strong> sensacionais em 2016. O Audi R8 LMS,<br />

da Phoenix Racing, começou com duas vitórias e o Ford GT da equipa Alzen estabeleceu<br />

um novo recorde do VLN: equipado com um pneu GT3 standard, o novo recorde foi estabelecido<br />

em 7:58.558 minutos.<br />

NEX Portugal passou a distribuir<br />

pneus pesa<strong>dos</strong> da Kumho<br />

A Kumho Tyre e a NEX Tyres chegaram a acordo para que esta última passe<br />

a ser o único distribuidor de pneus pesa<strong>dos</strong> da Kumho para o mercado português.<br />

As duas empresas decidiram reforçar a sua parceria com o intuito de<br />

aumentar a quota de mercado da Kumho na Península Ibérica, até porque a<br />

NEX Tyres já distribuía os pneus de camião da Kumho no mercado espanhol.<br />

Com uma oferta que supera as 100 referências no segmento <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>,<br />

distribuídas por mais de 30 dimensões (jantes de 17,5” a 22,5”), a Kumho<br />

abrange to<strong>dos</strong> os segmentos: multi-performance, longa distância, regional,<br />

urbano, misto e off-road. No nosso país, a distribuição <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong><br />

da Kumho está a cargo da filial portuguesa da NEX Tyres (NEX Portugal),<br />

que iniciou a sua atividade em novembro de 2015. Com um stock de 40.000<br />

unidades, distribuídas pelos armazéns de Lisboa, Porto e Madeira, o “braço<br />

português” da NEX Tyres, que tem em Aldo Machado o seu country manager,<br />

dispõe de um centro de atendimento ao cliente e de uma plataforma B2B,<br />

servindo as necessidades de uma carteira que supera os 1.000 clientes.<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


2016 foi ano de consolidação para a Valorpneu<br />

A Valorpneu – entidade participada pela<br />

ACAP e gestora do sistema de recolha e destino<br />

final de pneus usa<strong>dos</strong> – classificou 2016<br />

como um ano de consolidação. A recolha e<br />

valorização de pneus usa<strong>dos</strong> situou-se ao<br />

nível de 2015, ano em que se registaram 84<br />

mil toneladas de pneus trata<strong>dos</strong>. Em 2016, de<br />

um total aproximado ao período homólogo,<br />

47 mil toneladas de pneus foram recicladas,<br />

24 mil toneladas tiveram como destino final<br />

o aproveitamento energético e cerca de 13<br />

mil toneladas foram submetidas à operação<br />

de recauchutagem ou reutilização. Por mais<br />

um ano, o sistema gerido pela Valorpneu<br />

integrou a totalidade <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong><br />

em Portugal, voltando a ultrapassar os<br />

objetivos de recolha e reciclagem defini<strong>dos</strong><br />

no seu licenciamento.O granulado de borracha<br />

proveniente da indústria da reciclagem<br />

de pneus continuou a ser, maioritariamente,<br />

aplicado nos campos de relva sintética e em<br />

pavimentos diversos, tendo sido exporta<strong>dos</strong><br />

cerca de 44 toneladas da produção deste<br />

produto.Na sua atividade ao longo do ano<br />

passado, a Valorpneu manteve e assumiu o<br />

compromisso com os princípios orientadores<br />

do desenvolvimento sustentável, assentes na<br />

proteção do ambiente, na criação de valor e<br />

na qualificação de recursos humanos no âmbito<br />

do sistema que gere.<br />

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<strong>Pneus</strong> fiáveis num<br />

mundo em constante<br />

evolução<br />

Campos enlamaça<strong>dos</strong>, pastos escorregadios, terrenos montanhosos e estradas longas. Os pneus<br />

Mitas trabalham com eficácia e fiabilidade em todas as condições. Equipa<strong>dos</strong> em vários tipos de<br />

máquinas agrícolas e apto para numerosas aplicações, os pneus Mitas asseguram que os<br />

agricultores profissionais consigam acompanhar o rápido desenvolvimento do mundo agrícola.<br />

Mitas, pneus que trabalham duro desde 1932.<br />

mitas-tyres.com<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Pirelli criou canal de comunicação<br />

por mensagens<br />

ContiService expandiu rede<br />

para Torres Vedras<br />

A rede ContiService inaugurou, recentemente, o seu primeiro agente em<br />

Torres Vedras, a Auto <strong>Pneus</strong> do Aranha. Hugo Santos, gerente, fundamentou<br />

a adesão à rede da Continental com a necessidade da sua empresa se<br />

adaptar às mudanças que o mercado tem vindo a sofrer nos últimos anos,<br />

de modo a corresponder, de forma excecional, às expectativas <strong>dos</strong> clientes<br />

em relação à prestação do serviço. “Optámos por ser parceiros de uma<br />

marca premium, com quem já tínhamos uma longa relação comercial, que<br />

permite com que nos posicionemos de forma distinta no mercado”, referiu<br />

o responsável. A rede ContiService conta, atualmente, com 48 pontos de<br />

venda. O objetivo visa alcançar os 100 agentes até 2018. A expansão geográfica<br />

da rede ConstiService continua a ser o pilar estratégico de desenvolvimento,<br />

em paralelo com a diversificação e o reforço das parcerias. Outro<br />

objetivo para 2017, que está, também, bem patente desde o nascimento<br />

da insígnia, é a questão da diversificação das parcerias, de forma a garantir<br />

que os agentes tenham todas as condições para dar uma resposta eficaz às<br />

constantes exigências <strong>dos</strong> consumidores.<br />

A Pirelli lançou um canal de comunicação por mensagem<br />

instantâneas dirigido à sua rede de distribuição<br />

e ao cliente final, um serviço pioneiro em Espanha entre<br />

os principais fabricantes de pneus mundiais. Através das<br />

linhas específicas para as divisões Consumer e Industrial,<br />

podem realizar-se consultas rápidas ou, no caso das oficinas,<br />

fazer pedi<strong>dos</strong>. O serviço está disponível no horário<br />

do contact center, de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h.<br />

Assim, à comunicação clássica, a Pirelli acrescenta mais<br />

uma opção. A partir de qualquer das apps existentes, os<br />

utilizadores ou responsáveis de oficina já podem contactar<br />

o fabricante italiano e receber uma resposta imediata<br />

sobre to<strong>dos</strong> os produtos comercializa<strong>dos</strong>, disponibilidade<br />

do mesmo e ainda fazer pedi<strong>dos</strong>.Para já, esta funcionalidade<br />

é exclusiva para oficinas que comercializam<br />

Pirelli em Espanha. Como correu bem nas primeiras semanas,<br />

abriu-se a possibilidade de chegar ao cliente final,<br />

que, também, pode fazer pedi<strong>dos</strong> de pneus através<br />

deste sistema.<br />

Campanha publicitária da<br />

Mitas incentiva agricultores<br />

A Mitas, pertencente ao Grupo Trelleborg, está a lançar uma nova campanha<br />

publicitária que enfatiza as necessidades <strong>dos</strong> agricultores e a qualidade<br />

do equipamento que utilizam, ajudando-os a conquistar as condições<br />

climatéricas que mudam, constantemente, e adaptando-os ao<br />

mundo da agricultura em constante desenvolvimento. A campanha da<br />

Mitas realça que os agricultores têm de trabalhar com vários tipos de maquinaria<br />

e aplicações, em terrenos diferentes com chuva, vento e neve,<br />

assim como em épocas de seca. Eleitos especificamente, os pneus com<br />

um elevado grau de fiabilidade podem ajudar os agricultores a melhorar<br />

a efetividade na agricultura.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Dunlop e Aston<br />

Martin comemoram<br />

história de sucesso<br />

A Dunlop está a comemorar os êxitos alcança<strong>dos</strong><br />

na competição em 2016 de um modo muito especial:<br />

expôs o Aston Martin Vantage GTE, vencedor<br />

do Campeonato do Mundo de Resistência<br />

(WEC), no seu stand, no Salão de Genebra.<br />

Na sua primeira época a trabalhar com a Dunlop<br />

Motorsport, a equipa Aston Martin Racing conquistou<br />

dois títulos no WEC. Em 2016, Nicki Thiim<br />

e Marco Sørensen venceram a Taça do Mundo de<br />

Resistência da FIA para Pilotos GT e a equipa assegurou<br />

o Troféu Mundial de Resistência da FIA<br />

para equipas GTE Pro. A Aston Martin tomou a<br />

decisão de trocar de fornecedor de pneus a favor<br />

da Dunlop, com a finalidade de obter uma vantagem<br />

competitiva face à nova equipa Ford GT e às<br />

consolidadas equipas de resistência da Porsche e<br />

da Ferrari.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Notícias<br />

Empresas<br />

Mastersteel distribuído<br />

em Portugal pela Create Business<br />

A Inter-Sprint, fornecedor de pneus n.º 1 na Europa, assinou<br />

um acordo de parceria com a Create Business para esta distribuir,<br />

em exclusivo, a marca Mastersteel em Portugal. Os pneus de verão<br />

Mastersteel estão disponíveis para todas as classes de veículos<br />

(ligeiros, comerciais, 4x4/SUV), numa ampla gama de tamanhos.<br />

Se o cliente optar por pneus de verão da Mastersteel, tem a<br />

garantia de um produto de alta qualidade. O composto especial<br />

de borracha e o design do perfil <strong>dos</strong> pneus de verão Mastersteel<br />

garantem uma viagem confortável e segura. Em todas as condições<br />

meteorológicas, estes pneus funcionam bem e quer a condução<br />

quer a travagem do veículo mantém-se previsível.<br />

Continental assinou acordo<br />

com a Caterpillar<br />

A Continental e a Caterpillar Inc. assinaram um acordo para equipar<br />

os camiões Cat Off-Highway (séries 770 a 775) com os pneus<br />

RDT-Master nas dimensões, 18.00R33, 21.00R33 e 24.00R35. O<br />

acordo também prevê que as duas empresas colaborem na conceção<br />

de novos pneus para dois outros produtos da Cat: as escavadoras<br />

de tamanho médio e os camiões de lixo articula<strong>dos</strong>. Os<br />

pneus RDT-Master da Continental estão equipa<strong>dos</strong> com carcaça<br />

radial totalmente em aço e cintura resistente aos cortes e impactos,<br />

que proporcionam excelente tração em todas as direções. Serão<br />

coloca<strong>dos</strong> nas tabelas de preços da Caterpillar este ano e são<br />

indica<strong>dos</strong> pelos revendedores da Caterpillar e consumidores finais<br />

como equipamento de série.<br />

Uniroyal tem nova presença online<br />

A marca de pneus inspirada na pele de turbarão, Uniroyal, tem uma nova página web. Em www.uniroyal.pt, os automobilistas podem, de uma<br />

forma rápida e intuitiva, encontrar informação sobre a vasta gama de produtos Uniroyal, as suas características, a história da marca, o pneu mais<br />

adequado tendo em conta a viatura e os locais onde poderá encontrar<br />

o mesmo. Disponível na plataforma, está, também, informação<br />

sobre a etiqueta da UE e alguns conselhos práticos de condução<br />

com chuva e de monitorização do estado <strong>dos</strong> pneus. De realçar que<br />

a nova página já disponibiliza imagens a 3D <strong>dos</strong> produtos.Com uma<br />

imagem mais moderna e mais limpa, em linha com o posicionamento<br />

da marca, a nova plataforma foi desenvolvida alinhada com aquelas<br />

que são as diretivas globais da comunicação digital e adapta-se a<br />

qualquer dispositivo móvel de acesso à Internet. Marco Silva, diretor<br />

de marketing da Continental em Portugal, e responsável pela marca<br />

Uniroyal, destacou a necessidade das empresas estarem cada vez<br />

mais próximas <strong>dos</strong> consumidores. “Sabemos, hoje, que a forma como<br />

acedemos à Internet alterou-se radicalmente com os smartphones e tablets”. O responsável acrescentou que “essa é uma realidade incontornável<br />

para as marcas. Se queremos ser competitivos, temos de estar adapta<strong>dos</strong> às novas tendências da comunicação”.<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Segunda edição da Academia Norauto já arrancou<br />

No passado dia 16 de março, foi lançada a 2ª edição da Academia<br />

Norauto, com uma apresentação oficial, que teve<br />

lugar no Pestana Sintra Golf Resort & Spa, e reuniu to<strong>dos</strong><br />

os participantes e ilustres convida<strong>dos</strong>.<br />

Este programa de formação on-job para trainees externos,<br />

que decorrerá até mea<strong>dos</strong> do mês de setembro, e<br />

que contou com mais de 400 candidaturas, pretende<br />

integrar nas funções de middle management<br />

da multinacional a totalidade <strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong>,<br />

tal como ocorrido na 1ª edição da Academia<br />

Norauto, em 2015.<br />

Nesta edição, a marca reforçou a presença de<br />

colaboradores internos, de modo a acelerar o desenvolvimento<br />

profissional <strong>dos</strong> trainees externos e internos, potenciando<br />

a sinergia fundamental para a otimização de procedimentos<br />

e para a elaboração de planos de ação.<br />

O principal objetivo da Academia Norauto é garantir o crescimento<br />

sustentável da marca no mercado português, através da formação<br />

de perfis seleciona<strong>dos</strong> e de modo a fomentar o plano de expansão<br />

previsto, de aumento do número de pontos de venda e, consequentemente,<br />

das suas equipas.<br />

Assim, os trainees recruta<strong>dos</strong> são jovens recém-licencia<strong>dos</strong> em áreas<br />

como gestão, marketing e engenharias, que integram este plano de<br />

formação acompanha<strong>dos</strong> por um sponsor interno, com a<br />

missão de os integrar, apoiar e avaliar de modo contínuo<br />

e ajustado ao perfil de cada um, dando a conhecer<br />

os principais indicadores de negócio, tal como<br />

a política comercial e a gestão de recursos humanos<br />

da empresa.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


Notícias<br />

Empresas<br />

Trelleborg tem novo responsável<br />

para o mercado português<br />

A Trelleborg Wheel Systems incorporou Frederico Carvalho como o novo<br />

responsável para o mercado português. Ramón Martínez, country manager<br />

para Espanha e Portugal da Trelleborg Wheel Systems, deu conta que<br />

“Frederico adiciona a sua experiência de gestão em empresas do setor <strong>dos</strong><br />

pneus, sendo reconhecido pelo seu profissionalismo<br />

e capacidade de transmitir<br />

os valores da Trelleborg para o mercado<br />

português”. Com esta incorporação, “podemos,<br />

agora, mostrar a todo o mercado<br />

português a ampla gama de produtos e<br />

soluções que a Trelleborg Wheel Systems<br />

oferece para os segmentos agrícola,<br />

florestal, industrial, maciços e câmaras”,<br />

acrescentou o responsável. Aqui ficam os<br />

contactos de Frederico Carvalho:Tel.: 912<br />

150 981;email: frederico.carvalho@trelleborg.com.<br />

BKT realizou meeting internacional<br />

com 36 países<br />

“Growing Together” (Crescer juntos) não é apenas o<br />

lema empresarial da BKT. É a sua filosofia e, também, o<br />

tema central do terceiro Marketing Meeting Internacional,<br />

no qual participaram os responsáveis de marketing<br />

<strong>dos</strong> distribuidores e parceiros da marca. O evento, organizado<br />

pela equipa europeia da BKT, teve lugar nos dias<br />

26 e 27 de janeiro, no Quality Hotel San Martino di Garbagnate<br />

Monastero, no distrito de Lecco.Muitas atividades<br />

nos dois dias dedica<strong>dos</strong> ao marketing, à promoção e<br />

à comunicação. Encontros em que foram partilha<strong>dos</strong> os<br />

resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong>, momentos de formação e team<br />

building, sessões de atualização em que foram partilha<strong>dos</strong><br />

os objetivos e as estratégias para um 2017, no âmbito<br />

do lema “Growing Together”.<br />

Tudo a postos para conferência da ARAN<br />

ARAN, em parceria com o CEGAA (Conseil<br />

A Eoropéen des Groupements d’Agents de<br />

l’Automobile), realizará, no dia 21 de abril, no<br />

Hotel Axis Vermar, da Póvoa de Varzim, uma<br />

conferência dedicada ao retalho automóvel,<br />

sendo o Jornal das Oficinas media partner do<br />

evento. O objetivo, segundo a organização, é<br />

que os participantes “abram os olhos” e fiquem<br />

atentos para todas as alterações a que o seu<br />

negócio vai ser sujeito.<br />

Na sequência de conversas estabelecidas entre<br />

a ARAN e os seus associa<strong>dos</strong>, verificou-se<br />

que era urgente ter uma noção exata de qual<br />

o futuro que aguardam as empresas que se<br />

dedicam ao retalho automóvel, concessionários,<br />

agentes e reparadores autoriza<strong>dos</strong>, face<br />

à evolução do automóvel, novas tecnologias<br />

e, também, postura <strong>dos</strong> construtores face às<br />

suas redes.<br />

“Muitas vezes, muito se ouve, mas com pouco<br />

conhecimento. Por isso, vamos trazer a esta<br />

conferência <strong>dos</strong> maiores especialistas do setor<br />

na Europa”, afirmou António Teixeira Lopes,<br />

presidente da ARAN.<br />

Dirigida aos operadores de retalho, concessionários,<br />

agentes e reparadores autoriza<strong>dos</strong>,<br />

nomeadamente aos seus share holders e quadros<br />

superiores, esta conferência tem como<br />

principal trunfo o elevado nível <strong>dos</strong> oradores.<br />

Está ainda prevista a presença do secretário<br />

de Estado da Economia, do Secretário de Estado<br />

Adjunto e do Comércio, do presidente<br />

da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e de<br />

membros do Parlamento Europeu.<br />

Os temas prometem cativar a atenção <strong>dos</strong><br />

mais de 200 participantes espera<strong>dos</strong>, pois<br />

tratam-se de assuntos que estão na ordem do<br />

dia nas concessões e oficinas de marca, nomeadamente:<br />

automóveis elétricos, híbi<strong>dos</strong>,<br />

fuel cell e autónomos; sharing, renting, leasing,<br />

rent-a-car no presente e no futuro; telemática<br />

- oportunidades e ameaças; importância<br />

do pós-venda no presente e futuro; o novo<br />

perfil do consumidor; vendas digitais e rentabilidade<br />

das concessões. No final <strong>dos</strong> painéis,<br />

haverá tempo para um debate com o público<br />

sobre o futuro do retalho automóvel.<br />

Para a divulgação deste evento junto das empresas<br />

do setor, a ARAN conta com a colaboração<br />

<strong>dos</strong> media partners, onde se inclui o Jornal<br />

das Oficinas, que, desde a primeira hora,<br />

apoiou a iniciativa.<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Continental eleita<br />

Fabricante de <strong>Pneus</strong> do Ano<br />

No decorrer da Tire Technology Expo 2017, que decorreu em Hanover, entre os dias 14 e 16 de<br />

fevereiro, a Continental foi distinguida pela revista especializada britânica “Tire Technology International”<br />

com o prémio “Tire Manufacturer of the Year (Fabricante de <strong>Pneus</strong> do Ano)”. Com esta<br />

distinção, o painel de 27 jura<strong>dos</strong>, incluindo peritos da Europa, Japão, Índia e Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da<br />

América, reconheceu os investimentos que a Continental iniciou nos últimos 12<br />

meses.“Estamos muito entusiasma<strong>dos</strong> com este prémio, porque reconhece vários<br />

projetos tecnológicos e inovações que fizemos, trabalhando, de forma consistente,<br />

no âmbito da nossa estratégia Vision 2025”, disse Nikolai Setzer, membro do<br />

Conselho de Administração da Continental AG. “Ao mesmo tempo, ser distinguido<br />

como o fabricante de pneus mais inovador, motiva bastante a nossa equipa global<br />

– que tem, agora, mais de 50 mil colaboradores – para que continue, passo a passo,<br />

o seu caminho”, acrescentou.Entre as inovações da Continental que convenceram<br />

os jura<strong>dos</strong>, estava a abertura, em junho de 2016, do High Performance Technology<br />

Center, em Korbach, na Alemanha, o projeto Taraxagum, que envolve a instalação<br />

do centro de pesquisa em Anklam, também na Alemanha, para a produção de borracha<br />

natural a partir de raízes de “dente-de-leão” e a produção do primeiro pneu<br />

para camião com piso feito em borracha de “dente-de-leão”. Os jura<strong>dos</strong> também<br />

mencionaram o anúncio do centro de pesquisa e desenvolvimento para pneus<br />

agrícolas em Lousado, no norte de Portugal, bem como a expansão das operações<br />

de produção de pneus para camiões em Otrokovice, na República Checa.<br />

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A nova gama TM1060 da Trelleborg proporciona uma maior efi ciência para tractores de<br />

80 CV a mais de 300 CV. Preserve o seu terreno de compactação e torne as suas operações<br />

agrícolas mais produtivas. Proteja os seus cultivos como se fossem pedras preciosas.<br />

www.trelleborg.com/wheels/es<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Notícias<br />

Empresas<br />

Vulco tem campanha<br />

promocional<br />

A Vulco, rede de oficinas apoiada pela Goodyear Dunlop<br />

especializada em pneus e mecânica rápida, lançou<br />

a sua primeira campanha promocional, em que premeia<br />

os clientes que realizem uma compra com um valor mínimo<br />

de €50 ou superior a €100. Sob o lema “Vulco dá-<br />

-te mais”, a campanha da rede oferece aos condutores a<br />

possibilidade de conseguirem um conjunto de carregadores<br />

USB e cartões de oferta online de €10, utilizáveis<br />

nas lojas Decathlon e nos postos de abastecimento Cepsa.<br />

A promoção, que teve início no dia 1 de abril, está<br />

disponível até ao final deste mês. Para poderem usufruir<br />

desta campanha, os condutores interessa<strong>dos</strong> terão apenas<br />

de aceder ao site www.vulcotedamas.pt, localizar a<br />

oficina que pretendem visitar e efetuar a sua compra na<br />

Vulco.<br />

Serviceline 24h da Goodyear<br />

reduz tempos de imobilização<br />

Em 2016, a Goodyear continuou a manter os camiões a rolar, graças ao desempenho<br />

do seu serviço de assistência na estrada ServiceLine24h. Apesar<br />

de um considerável incremento do número de veículos geri<strong>dos</strong>, o tempo<br />

médio de resposta manteve-se em torno <strong>dos</strong> 120 minutos, o que se traduziu<br />

num tempo de espera mínimo e numa maior eficiência para as frotas <strong>dos</strong><br />

clientes que fizeram uso do serviço de assistência na estrada pan-europeu<br />

da Goodyear. Em 2016, o ServiceLine24h (que providencia assistência na estrada,<br />

em toda a Europa, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por<br />

ano), foi chamado a atender quase 58.000 incidentes em 31 países. O tempo<br />

médio de imobilização das chamadas recebidas foi de 123 minutos, apesar<br />

<strong>dos</strong> incidentes regista<strong>dos</strong> em zonas isoladas e do maior número de veículos<br />

geri<strong>dos</strong> pela Goodyear. A maioria <strong>dos</strong> incidentes foi atendida pelos mais de<br />

2.000 operadores TruckForce espalha<strong>dos</strong> pela Europa.Comparativamente<br />

a 2015, a ServiceLine24h resolveu um maior número de incidentes, o que<br />

reflete um aumento do número de veículos comerciais gerido pela FleetOnlineSolutions,<br />

o programa de gestão de frotas via Internet da Goodyear. Atualmente,<br />

o FleetOnlineSolutions é utilizado para gerir mais de 350.000 veículos<br />

em toda a Europa. O centro de controlo multilingue e a aplicação para dispositivos<br />

móveis do ServiceLine24h da Goodyear, que localiza os veículos via<br />

GPS, asseguram que o auxílio é enviado com a máxima prontidão possível a<br />

partir do fornecedor de serviços mais próximo.<br />

Challenge Bibendum 2017<br />

realizar-se-á no Canadá<br />

O Michelin Challenge Bibendum tornar-se-á na Cimeira Mundial da Mobilidade Sustentável, Movin’on, e decorrerá<br />

na cidade canadiana de Montreal, nos dias 13, 14 e 15 de junho de 2017, após a memorável edição<br />

de Chengdu de 2014. Desde 1992 e da criação do primeiro pneu que poupa combustível, a Michelin impulsiona<br />

a sua visão de uma mobilidade eficiente e sustentável ao serviço de uma melhor circulação de bens e<br />

pessoas. Durante a COP21, realizada em novembro de 2015, a Michelin comprometeu-se a reduzir em cerca<br />

de 20% a pegada de carbono <strong>dos</strong> seus pneus para 2030. Além das ações levadas a cabo no próprio grupo,<br />

a Michelin quer continuar o diálogo com todas as partes interessadas para reinventar uma mobilidade<br />

segura, conectada e responsável. Em 2017, a Michelin quer iniciar uma nova dinâmica, ainda mais aberta,<br />

que permita às grandes companhias, PME, start-ups, científicos e ONG propor uma mobilidade sustentável,<br />

especialmente para aquelas cidades que concentram a maior parte da população mundial.<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Grupo Center´s Auto Portugal<br />

realizou 3.ª viagem de incentivo<br />

A Tiresur organizou, de 8 a 15 de março de 2017,<br />

a 3.ª Viagem do Grupo Center’s Auto Portugal.<br />

A viagem realizou-se a Salvador da Baía, no Brasil,<br />

tendo contado com a presença de 36 pessoas.<br />

Esta viagem de incentivo teve como objetivo<br />

premiar os associa<strong>dos</strong> do Grupo Center’s<br />

Auto Portugal pelos resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> no<br />

que toca a compras realizadas na marca GT Radial<br />

durante o ano de 2016. O espírito de grupo,<br />

a boa disposição e a alegria estiveram sempre<br />

presentes e foram uma constante durante toda<br />

a viagem, que teve como ponto alto um jantar<br />

especial realizado no Hotel Iberostar Baía, na<br />

Praia do Forte. No final do jantar, realizou-se<br />

uma cerimónia de entrega de prémios, em que<br />

a Tiresur Portugal quis agradecer e reconhecer<br />

a dedicação e o compromisso demonstra<strong>dos</strong><br />

pelos seus associa<strong>dos</strong> ao longo de 2016.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Notícias<br />

Produto<br />

Dunlop apresentou<br />

gama para clássicos<br />

Novo pneu Kenda<br />

EMERA A1 entrou<br />

em comparativo<br />

No decurso do teste de pneus de verão levado<br />

a cabo por uma organização finlandesa independente,<br />

o Kenda EMERA A1 conquistou uma<br />

excelente pontuação no segmento médio-alto.<br />

Com este resultado, o fabricante de pneus de<br />

Taiwan preencheu, com sucesso, o objetivo de<br />

desenvolver pneus premium para o mercado<br />

europeu, confirmando a sua competitividade.<br />

Estiveram em teste 18 produtos nas dimensões<br />

205/55R16, desde marcas mais conhecidas até<br />

outras menos vendidas. O teste decorreu no sul<br />

de França e foi realizado pela Test World, uma<br />

organização muito bem vista pela indústria<br />

pneumática. O EMERA A1 consiste no primeiro<br />

produto da Kenda focado na Europa e foi especialmente<br />

desenvolvido para preencher os requisitos<br />

deste mercado. Este pneu está disponível<br />

no mercado europeu desde o passado mês<br />

de janeiro e destacou-se pela sua relação preço/<br />

qualidade/durabilidade.<br />

A Dunlop lançou a sua nova gama Sport Classic, destinada a satisfazer as necessidades<br />

<strong>dos</strong> condutores de automóveis clássicos de alta performance <strong>dos</strong> anos 60,<br />

70 e 80. Os novos pneus Dunlop Sport Classic oferecem aos proprietários de automóveis<br />

clássicos o melhor de dois mun<strong>dos</strong>: uma aparência clássica, combinada<br />

com uma moderna maneabilidade e capacidade de travagem. As mais modernas<br />

tecnologias de construção e de compostos oferecem aderência, estabilidade e direcionabilidade<br />

em condições de piso molhado e seco, enquanto o desenho da<br />

banda de rolamento conserva a autêntica aparência clássica apreciada pelos proprietários<br />

de automóveis clássicos. O revestimento reforçado de última geração<br />

permite que a carcaça seja mais resistente, garantindo uma otimizada superfície<br />

de contacto com a estrada, o que gera estabilidade do pneu e precisão da direção,<br />

mesmo a velocidades mais elevadas. O moderno composto de sílica oferece uma<br />

maior adaptabilidade à superfície da estrada, resultando numa aderência e numa<br />

capacidade de travagem em piso molhado excelentes. O padrão clássico da banda<br />

de rolamento, com sulcos otimiza<strong>dos</strong> e um elevado número de blocos multidirecionais,<br />

gera inúmeros bor<strong>dos</strong> cortantes para maior aderência. Juntamente com<br />

o eficiente desenho da distribuição <strong>dos</strong> sulcos, para uma melhor evacuação da<br />

água, o padrão da banda de rolamento oferece uma aderência melhorada em piso<br />

molhado e maior resistência ao aquaplaning. O pneu estará disponível a partir de<br />

maio de 2017 com um PVP recomendado que se inicia nos €236,50.<br />

Avon aumentou produção<br />

<strong>dos</strong> pneus Cobra<br />

Para dar resposta ao sucesso da Triumph Bonneville Bobber, o fabricante britânico de<br />

pneus sentiu necessidade de aumentar a produção do modelo Cobra. O Avon Cobra é<br />

equipamento original para toda a produção desta moto, cujos pneus dianteiros<br />

e traseiros foram especialmente desenha<strong>dos</strong> para esta moto Custom Premium.<br />

A nova máquina de dois cilindros foi apresentada no final do ano passado,<br />

tendo reunido grandes elogios da parte da imprensa especializada e <strong>dos</strong> aficiona<strong>dos</strong><br />

britânicos.A procura que a Triumph Bonneville Bobber teve logo<br />

desde o lançamento, fez com que a fábrica que a Avon tem em Melksham<br />

sentisse necessidade de aumentar a produção deste pneu, investindo em capacidade<br />

adicional para satisfazer o aumento de procura da moto.<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


X Force ZL: o novo pneu<br />

da Michelin para camião<br />

A Michelin apresentou o novo X Force ZL, um verdadeiro pneu todo-o-terreno desenvolvido<br />

para veículos ligeiros civis e militares de 7 a 13 toneladas, que oferece<br />

a maior capacidade de carga do mercado e uma proteção reforçada nos ombros.<br />

O novo Michelin 335/80 R 20 X Force ZL dispõe de uma capacidade de carga de<br />

3.350 kg, o que equivale a um aumento de 775 kg em relação à geração anterior<br />

(pelo menos mais 100 kg do que os principais concorrentes), sem beliscar os 110<br />

km/h de velocidade máxima. Este pneu tem uma carcaça especial, com a zona <strong>dos</strong><br />

ombros reforçada.A tradicional resistência <strong>dos</strong> pneus Michelin aos danos acidentais<br />

foi melhorada neste pneu. Os blocos trapezoidais de 1 mm de altura da zona<br />

superior <strong>dos</strong> flancos proporcionam uma proteção adicional, sem comprometer a<br />

flexibilidade da carcaça.Com a chegada <strong>dos</strong> motores Euro 6, que aumentam o peso<br />

<strong>dos</strong> veículos, os utilizadores civis e militares têm cada vez mais necessidade de aumentar<br />

a carga útil disponível sem comprometer o potencial de velocidade do veículo<br />

para intervenções rápidas. O X Force ZL, disponível desde o passado mês de fevereiro,<br />

anuncia excelentes performances em todas as situações e permite aumentar a carga útil<br />

até aos 400 kg por veículo, sem afetar o seu código de velocidade de 110 km/h.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Notícias<br />

Produto<br />

Michelin desenvolveu pneu<br />

para novo Porsche 911 GT3<br />

Com o lançamento da última versão do Porsche 911, a GT3, oito em<br />

cada dez automóveis que saírem da linha de produção estarão equipa<strong>dos</strong><br />

com pneus de ultra-altas performances Michelin Pilot Sport<br />

Cup 2 N1, na dimensão 245/35 ZR20 para o eixo dianteiro e 305/30<br />

ZR20 para o eixo traseiro. Concebido, especificamente, para o Porsche<br />

911 GT3, o Pilot Sport Cup 2 N1 é a última geração de pneus para<br />

circuito com utilização homologada para estrada.Em comparação<br />

com o seu predecessor, denominado N0, oferece melhores tempos<br />

por volta, estabilidade e uma manobrabilidade mais desportiva,<br />

além de proporcionar aos condutores um equilíbrio único entre<br />

segurança e prazer de condução, características que o tornam adequado<br />

para o uso quotidiano na estrada, bem como nas exigentes<br />

condições em circuito.<br />

Inter-Tyre apresentou<br />

jantes Monaco GP2 e GP3<br />

ADAC classificou de “Bom”<br />

Zeon 4XS Sport da Cooper<br />

A ADAC, Automóvel Clube Alemão, descreveu o Zeon 4XS Sport da<br />

Cooper como um pneu equilibrado e destacou a contribuição deste<br />

para a redução do consumo de combustível e os bons resulta<strong>dos</strong><br />

de desgaste. Desenvolvido para equipar SUV grandes e médios, o<br />

Cooper 4XS Sport oferece uma aderência extraordinária (letra “A”<br />

na etiqueta em aderência em piso molhado) e manobrabilidade.<br />

Este pneu tem um desenho assimétrico, o que permite especificamente<br />

resistir ao peso <strong>dos</strong> grandes SUV. O Zeon 4XS Sport beneficia<br />

<strong>dos</strong> conhecimentos do embaixador da marca Cooper, 13 vezes<br />

vencedor de GP´s de F1, David Coulthard, que testou variações do<br />

pneu durante o seu desenvolvimento. O desenho do pneu inclui lâminas<br />

3D com pontos tridimensionais entrelaça<strong>dos</strong> no seu interior.<br />

A Inter-Tyre apresentou os seus mais recentes modelos de jantes<br />

da marca Monaco: GP2 e GP3. O modelo Monaco GP2, em<br />

antracite, está disponível para automóveis convencionais nas<br />

dimensões de 19” e 20”. Para Mercedes-Benz e BMW, a marca<br />

disponibiliza este modelo em tamanho de 19” para o eixo dianteiro<br />

e 20” para o eixo traseiro. O modelo confere ao veículo uma<br />

imagem mais desportiva. Em relação ao modelo Monaco GP3,<br />

é constituída por sete raios em antracite polido e está disponível<br />

para os modelos de veículos mais populares, em tamanhos<br />

de 18 “, 19” e 20”.As jantes Monaco GP2 e GP3 são produzidas<br />

com materiais de elevada qualidade e obedecendo a eleva<strong>dos</strong><br />

padrões. Em pós-venda, são propostas com preços muito atrativos.<br />

Em Portugal, a marca Monaco é importada pela Prismanil,<br />

empresa localizada em Guimarães.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Sierra Max é a nova gama da BKT para ATV<br />

A gama Sierra Max passou a fazer parte da oferta para ATV (All Terrain Vehicle) da BKT,<br />

uma ampla linha de produtos resistentes e seguros, caracteriza<strong>dos</strong> por uma elevadíssima<br />

capacidade de adaptação a qualquer percurso e capaz de equipar o melhor possível<br />

estes veículos. Uma mistura vencedora de tecnologia e inovação destinada a assegurar<br />

as melhores performances em todo o tipo de terreno. O design particular do piso deixa<br />

um rasto mais amplo no solo, garantindo uma excecional tração anterior e lateral. Além<br />

disso, o ombro reforçado confere uma ótima proteção da lateral. Igualmente importante,<br />

este pneu é feito com uma mistura resistente aos cortes e furos e distingue-se pelas<br />

importantes capacidades de autolimpeza, uma característica essencial para a utilização<br />

em terrenos de terra batida.O Sierra Max está, atualmente, disponível em quatro tamanhos<br />

diferentes: AT 26 x 9 R 14, AT 26 x 11 R 14, AT 27 x 9 R 14 e AT 27 x 11 R 14.<br />

Vipal Borrachas estreia<br />

banda mais económica<br />

Para a Vipal Borrachas, ser reconhecido<br />

é gratificante. E melhor ainda quando este<br />

reconhecimento vem em forma de testes e<br />

provas científicas, pois atestam a qualidade<br />

do trabalho desenvolvido pela líder na América<br />

Latina, sendo um <strong>dos</strong> mais importantes<br />

fabricantes mundiais para recauchutagem<br />

de pneus. Foi o que aconteceu com a Viação<br />

Vaz, transportadora de Santo André (São<br />

Paulo, Brasil), em conjunto com a NSA Pneutec,<br />

recauchutadora paulista integrante da<br />

Vipal Rede Autorizada. Ao rolar com a banda<br />

DV-UM3B ECO, a transportadora alcançou<br />

um percentagem de 18,7% de economia de<br />

combustível quando comparado com o desempenho<br />

do desenho padrão. A banda testada<br />

conta com o pioneirismo e a tecnologia<br />

da linha ECO da Vipal. Por usar compostos<br />

www.valorpneu.pt<br />

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especiais de borracha e pela configuração<br />

das bandas, as ECO garantem economia de<br />

combustível ao transportador e já foram<br />

comprovadas no Brasil e no estrangeiro.A<br />

DV-UM3B ECO foi desenvolvida, especificamente,<br />

para pneus radiais em eixos de<br />

tração ou livre. Ideal para aplicação em perímetro<br />

urbano, proporciona ótima tração e<br />

baixa resistência ao rolamento. O seu design<br />

foi projetado para minimizar a retenção de<br />

pedras e objetos indesejáveis, dando mais<br />

proteção à carcaça contra avarias.<br />

TODOS JUNTOS EVITAMOS TANTAS<br />

EMISSÕES COMO AS QUE 36.000<br />

EMITEM NUM ANO<br />

Tudo graças à Valorpneu e aos seus parceiros do Sistema Integrado<br />

de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong>, que recolhem, transportam e valorizam<br />

85 mil toneladas/ano de pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal, reciclando,<br />

recauchutando e valorizando-os como fonte de energia.<br />

Tudo por um Ambiente melhor.<br />

Poupança de emissões correspondente ao tratamento de 85.000 toneladas de pneus = 133,92 kton CO 2<br />

e equivalente às emissões resultantes da circulação média anual de 36.000 automóveis.<br />

Porque existe Amanhã.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | <strong>43</strong>


Notícias<br />

Produto<br />

Kleber Transpro 4S para comerciais<br />

Para terminar com as trocas <strong>dos</strong> pneus em cada estação<br />

e reduzir as despesas de manutenção das viaturas comerciais,<br />

a Kleber comercializa um novo pneu para quaisquer<br />

condições meteorológicas e para utilizadores profissionais: o<br />

Transpro 4S. Este novo pneu satisfaz as necessidades daqueles<br />

profissionais para os quais a viatura é uma ferramenta de<br />

trabalho. Assim sendo, poder-se-ão deslocar durante todo o<br />

ano sem se preocuparem com as alterações meteorológicas,<br />

com um único conjunto de pneus Kleber Transpro 4S.Trata-<br />

-se de um pneu para todas as estações<br />

do ano, não havendo necessidade de<br />

trocá-los nem de guardá-los, permitindo,<br />

assim, um ganho de tempo<br />

e dinheiro. O Transpro 4S permite<br />

um consumo de combustível reduzido.<br />

Obtém um “C” na etiqueta<br />

europeia no que diz respeito a<br />

eficiência energética, a melhor da<br />

sua categoria, o que lhe permite<br />

economizar mais do que o pneu<br />

de inverno Kleber Transalp 2. Sem<br />

dúvida, uma boa notícia.<br />

Semperit lançou<br />

pneu de reboque Runner T2<br />

A família Semperit Runner, recentemente lançada,<br />

teve uma resposta muito positiva por parte<br />

das empresas de transporte preocupadas com a qualidade,<br />

que atribuem muita importância a uma relação atrativa entre<br />

preço e desempenho. A Semperit está, agora, a expandir a sua vasta<br />

gama de pneus para camiões no segmento de pneus para reboques,<br />

com o Runner T2 na dimensão 445/45 R 19.5”.Esta medida é particularmente<br />

importante para os chama<strong>dos</strong> megarreboques, semirreboques<br />

que oferecem uma capacidade de carga até 100 m³ e exigem uma<br />

altura baixa da plataforma, de forma a cumprirem com a altura total<br />

regulamentada.Num setor onde a eficiência é prioritária, o Runner T2<br />

anuncia um desempenho superior, com o seu pequeno diâmetro e a<br />

elevada quilometragem que permite. O contorno otimizado do pneu,<br />

com o ombro reforçado, o novo design do piso e um novo composto<br />

de borracha, permitem uma quilometragem elevada com menor resistência<br />

ao rolamento. Algo que é reconhecido com a etiqueta “B” da UE<br />

na categoria de eficiência. O pneu para reboque dispõe, também, da<br />

sigla M+S e cumpre as leis em vigor para a utilização durante o inverno.<br />

Graças à sua robusta carcaça, o Semperit Runner T2 é recauchutável e,<br />

por isso, representa uma solução sustentável e com boa relação entre a<br />

eficiência e o preço, mesmo depois do fim da vida útil do primeiro pneu.<br />

Michelin apresentou novo Pilot Sport 4S<br />

O Michelin Pilot Sport 4S é um pneu de altas<br />

prestações (UHP) que substitui o Pilot Super<br />

Sport, pneu reconhecido como líder no<br />

segmento UHP como equipamento original<br />

e de substituição. Este novo pneu oferece<br />

o melhor do seu antecessor, mas consegue<br />

ser superior porque junta a experiência adquirida<br />

com o Michelin Pilot Sport Cup2.<br />

Desenhado para superdesportivos e berlinas<br />

premium, o Pilot Sport 4S oferece enorme<br />

prazer de condução pela extraordinária<br />

precisão e estabilidade na direção. Este pneu<br />

proporciona elevadas prestações e segurança<br />

em todas as superfícies, graças à sua zona<br />

de contacto com o solo otimizada, que se<br />

agarra à estrada em qualquer situação, inclusivamente<br />

nas mais extremas.O novo pneu<br />

revela ainda um elevado valor de travagem<br />

tanto em piso seco como em piso molhado,<br />

uma vez que incorpora a tecnologia Bi-<br />

-Compund. Com esta tecnologia, a parte exterior<br />

da banda de rolamento incorpora um<br />

composto híbrido que favorece a aderência<br />

ao piso, enquanto a parte interna dispõe de<br />

um novo composto que permite ao pneu<br />

oferecer um nível de tração elevado e mais<br />

aderência em piso molhado.<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Cometil revelou duas novidades Hunter na Motortec<br />

A Cometil, representante exclusiva da Hunter<br />

para Portugal e Espanha, apresentou, na última<br />

edição da Motortec, duas novidades desta<br />

marca norte-americana. A primeira, é materializada<br />

pela nova máquina de diagnóstico<br />

de vibrações totalmente automatizada: Road<br />

Force Elite (RFE). Identifica, automaticamente,<br />

a dimensão da jante, o diâmetro do pneu, reconhece<br />

a disposição <strong>dos</strong> raios da jante para<br />

“esconder” os pesos atrás destes, identifica<br />

a variação da força radial do pneu e define a<br />

posição de montagem <strong>dos</strong> pneumáticos na<br />

viatura, tendo em atenção a força de estrada<br />

que cada pneu gera. Define, também, de modo<br />

autónomo, a posição de colagem <strong>dos</strong> pesos, de<br />

acordo, com a fisionomia do bordo interno da<br />

jante. Esta é uma descrição sumária das potencialidades<br />

do Road Force Elite, que tem como<br />

objetivo principal permitir que seja manuseada<br />

por operadores sem experiência, porque o<br />

seu nível de automação permite evitar o erro<br />

humano. Como segunda novidade, a Cometil<br />

destacou o sistema HUNTERNet Quick View,<br />

que permite a identificação do chassis da viatura<br />

quando esta entra na oficina, através de<br />

um sistema de câmaras. Assim que a viatura<br />

é sujeita ao Check Alignment para verificação<br />

do estado da geometria de rodas, a informação<br />

sobre as especificações técnicas são transportadas,<br />

automaticamente, para o equipamento<br />

de alinhar, o que suprime a identificação e<br />

posterior escolha do modelo da viatura, tipo<br />

de suspensão, motorização e ano de fabrico<br />

no equipamento de alinhar. Neste caso, basta<br />

colocar os alvos e proceder à leitura do veículo.<br />

Este procedimento é válido para a leitura da<br />

geometria do veículo, avarias no sistema EOBD,<br />

análise do estado de carga da bateria e teste de<br />

travões, avaliações que podem ser executadas<br />

quando se utiliza o sistema Quick Check.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Notícias<br />

Produto<br />

Mastersteel reforça toda<br />

gama de pneus de verão<br />

A Mastersteel está a reforçar a aposta<br />

na sua gama de pneus de verão, que estão<br />

disponíveis numa extensa gama de referências.<br />

O seu composto especial (de borracha),<br />

em conjunto com o seu desenho<br />

do piso, permite aos pneus de verão Mastersteel<br />

proporcionar uma viagem confortável<br />

e segura. Em todas as condições meteorológicas,<br />

estes pneus anunciam uma<br />

ótima condução, assim como uma travagem<br />

segura.A relação preço/qualidade<br />

merece, igualmente, destaque, sendo que<br />

a marca garante uma escolha isenta de falhas.<br />

Os pneus Mastersteel são distribuí<strong>dos</strong><br />

em Portugal pela Create Business.<br />

Marca Semperit<br />

reforça presença online<br />

Marca de referência dentro do universo da Continental, a Semperit tem, agora, uma<br />

presença online mais moderna, mais intuitiva e mais fácil de aceder a partir de qualquer<br />

dispositivo móvel. Com um novo e mais funcional layout, esta plataforma disponibiliza<br />

conteú<strong>dos</strong> organiza<strong>dos</strong> de forma mais clara e mais adequa<strong>dos</strong> às necessidades e expectativas<br />

<strong>dos</strong> consumidores. “O novo layout e as novas funcionalidades procuram tornar a<br />

navegação mais fácil e mais intuitiva. O novo design transmite uma imagem mais moderna<br />

e mais cuidada, que pretende refletir aquele que é o posicionamento da marca”,<br />

destacou Marco Silva, diretor de marketing da Continental Portugal. Em www.semperit.com.pt,<br />

os consumidores podem encontrar informação sobre a história da marca, a<br />

gama de produtos disponíveis, indicações e conselhos de segurança. Informação sobre<br />

a etiqueta da UE e o significado <strong>dos</strong> diversos itens, bem como o produto mais adequado<br />

ao seu automóvel, também integram a nova plataforma. A marca disponibiliza ainda<br />

um localizador de agentes que permite saber o local mais próximo onde os automobilistas<br />

podem encontrar pneus Semperit.<br />

Continental disponibiliza Conti Hybrid<br />

novo e recauchutado<br />

Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> de forma integral (vulgo recauchutagem a quente) dão um importante contributo<br />

para manter os custos de operacionalidade das frotas em níveis mínimos. O pneu ContiRe Hybrid<br />

HD3 para eixo motriz é fabricado na fábrica de Stöcken, em Hanover, estando, agora, disponível nas<br />

dimensões 295/80 R 22.5”, 315/70 R 22.5” e 315/80 R 22.5”.A família de pneus Conti Hybrid oferece<br />

uma performance excecional, com capacidade de atuar numa grande variedade de aplicações. Para<br />

produzir os pneus ContiRe, a borracha é aplicada em toda a carcaça: quando aquecida, a borracha é<br />

vulcanizada com a carcaça dentro do molde do pneu original.O ContiRe Hybrid HD3 tem os mesmos<br />

compostos de borracha <strong>dos</strong> pneus novos, tanto no piso como na parede lateral. Mantém, igualmente,<br />

as melhores características de um pneu novo, tais como o baixo peso, a melhor resistência ao rolamento<br />

e um elevado conforto de condução. O piso do novo ContiRe Hybrid HD3 tem um design em bloco<br />

com várias lamelas integradas em geometria 3D. As lamelas prolongam-se até dois terços do piso, graças<br />

à maior estabilidade do bloco. Oferece, assim, um melhor comportamento relativamente ao desgaste,<br />

atuando, simultaneamente, com as suas arestas aderentes e garantindo uma excelente tração mesmo durante<br />

travagens e acelerações em piso molhado.<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


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Trelleborg apresentou novo pneu<br />

para máquinas agrícolas<br />

A Trelleborg apresentou no SIMA, em Paris, uma nova medida<br />

da sua gama de pneus TM3000 para maquinaria agrícola.<br />

O compromisso com uma agricultura sustentável leva a que<br />

a marca tenha lançado uma nova medida, a VF1050/50R32. A<br />

gama TM3000 foi desenvolvida para oferecer aos profissionais<br />

agrícolas maior produtividade, reduzindo os custos operativos<br />

globais, sempre com o máximo de respeito pelo meio ambiente.Este<br />

pneu oferece as vantagens de um desenho VF e um<br />

índice “D” de carga (65 km/h). Comparativamente às opções padrão<br />

do mercado, o desenho VF permite que a máquina transporte<br />

até 40% mais de carga com a mesma pressão ou com 40%<br />

menos de pressão. Isto significa que o pneu pode transportar<br />

até 13.200 kg a 3,6 bar.Outra característica importante é a adição<br />

da tecnologia Trelleborg Progressive Traction, que aumenta<br />

a tração e ajuda a proteger o pneu <strong>dos</strong> danos infligi<strong>dos</strong> por destroços<br />

na terra.<br />

Pirelli e Lamborghini estabelecem<br />

recorde em Nürburgring<br />

A Lamborghini bateu o recorde de volta ao circuito alemão<br />

de Nürburgring para veículos de produção em série<br />

com um Huracán Performance, “calçado” com pneus Pirelli P<br />

Zero Trofeo R, especificamente desenvolvi<strong>dos</strong> para o efeito.<br />

Há cinco anos que o cronómetro desta pista não era superado.<br />

Agora, fixou-se nos 6m 51s. Os P Zero Trofeo R utiliza<strong>dos</strong><br />

foram especificamente desenha<strong>dos</strong> pelos engenheiros da<br />

Pirelli para bater este recorde e são forneci<strong>dos</strong> nas medidas<br />

245/30ZR20 para o eixo dianteiro e 305/30ZR20 para o eixo<br />

traseiro. O desenvolvimento das borrachas foi conseguido<br />

em tempo recorde, em apenas três meses, graças ao uso de<br />

técnicas de modelação avançada e ao estudo de da<strong>dos</strong> de<br />

telemetria acumula<strong>dos</strong> na pista. Os engenheiros da Pirelli<br />

encarregues da criação destes pneus estiveram presentes<br />

no circuito de Nürburgring, na sessão em que o novo recorde<br />

foi estabelecido.Estes pneus acrescentam um plus de<br />

rendimento aos superdesportivos e têm reações de acordo<br />

com as necessidades do condutor, inclusivamente quando<br />

rodam no limite.<br />

Espírito Desportivo<br />

em ação<br />

Novo GT Radial SportActive:<br />

Prestações desportivas para<br />

uma condução única.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Notícias<br />

Produto<br />

Sava apresentou Intensa UHP 2<br />

O segmento <strong>dos</strong> pneus de ultraelevadas prestações<br />

(UHP) está em permanente crescimento. Em<br />

2010, o mercado de verão UHP representou 14% do<br />

total das vendas de pneus de verão, mas, em 2015,<br />

este segmento representou já 18% das vendas totais<br />

de pneus de verão. O fabricante europeu de pneus<br />

Sava adapta-se a este setor em crescimento com o<br />

lançamento do novo Intensa UHP 2, um pneu com<br />

prestações otimizadas para obter melhor rendimento<br />

tanto em piso seco como molhado. Sendo a travagem<br />

uma das principais exigências <strong>dos</strong> consumidores nos<br />

pneus UHP de verão, o Sava Intensa UHP 2 conta com<br />

um ombro exterior dotado de grandes blocos rígi<strong>dos</strong>.<br />

Estes blocos robustos permitem uma melhor transmissão<br />

da força, garantindo um potente desempenho<br />

em travagem. A Sava concentrou-se, também, na<br />

melhoria da maneabilidade do Intensa UHP 2 em piso<br />

molhado. Graças a uma cavidade otimizada, o piso do<br />

pneu adapta-se, de forma progressiva, às alterações<br />

das forças exteriores, oferecendo ao condutor maior<br />

controlo sobre piso molhado.<br />

Continental reforça planos<br />

para o Taraxagum Lab Anklam<br />

A Continental apresentou à Câmara Municipal de Anklam, na Alemanha, os planos<br />

de desenvolvimento para o Taraxagum Lab Anklam. A proposta foi aprovada<br />

com amplo apoio a to<strong>dos</strong> os planos da empresa. Os próximos passos passam<br />

pela aquisição, por parte da Continental, de um terreno com cerca de 30.000 m²<br />

localizado no parque empresarial de Lilienthalring, pela obtenção da licença de<br />

construção e por construir o primeiro edifício.<br />

As próximas etapas do seu projeto Taraxagum Lab Anklam, que serão implementadas<br />

passo a passo, estão, claramente, definidas. Tal como foi anunciado em<br />

agosto de 2016, durante os próximos cinco anos a Continental pretende investir<br />

35 milhões de euros para explorar os processos de produção de borracha, que,<br />

até ao momento, foram feitos apenas em laboratório, transformando-os à escala<br />

industrial, passando de gramas para quilos e toneladas. Nos últimos anos, a Continental<br />

e os seus parceiros neste projeto, o Fraunhofer Institute for Molecular<br />

Biology and Applied Ecology IME (delegação de Münster), o Julius Kühn-Institute,<br />

em Quedlinburg, e a empresa de sementes ESKUSA, sediada em Parkstätten,<br />

já receberam três prémios pelo projeto Taraxagum.Tal como demonstram estes<br />

prémios, os peritos externos consideram a produção industrial de borracha natural<br />

a partir das raízes de “dente-de-leão” um projeto extremamente promissor.<br />

Debica tem novo pneu de verão<br />

de altas prestações<br />

A Debica, um <strong>dos</strong> principais fabricantes polacos de<br />

pneus, apresenta o seu mais recente pneu de verão<br />

de ultraelevadas prestações (UHP): o Presto UHP2.<br />

Graças à sua avançada tecnologia, oferece uma maior<br />

quilometragem aos condutores exigentes, que procuram<br />

um elevado desempenho a preço competitivo.<br />

O desenho do piso do Presto UHP2 está dotado<br />

de um elevado número de arestas (340 por pneu),<br />

capazes de cortar a película de água<br />

acumulada na estrada, oferecendo,<br />

assim, uma maneabilidade e uma<br />

travagem ótimas em piso molhado.<br />

Adicionalmente, os flancos<br />

exteriores arredonda<strong>dos</strong> foram<br />

desenha<strong>dos</strong> para dispersar a<br />

água de forma efetiva, reduzindo<br />

o risco de aquaplaning. O Debica<br />

Presto UHP2 está disponível<br />

em 21 medidas, cobrindo, aproximadamente,<br />

50% do mercado<br />

UHP de verão.<br />

Fulda lançou SportControl 2<br />

A Fulda anunciou o lançamento do SportControl 2, o seu novo pneu de verão<br />

de ultraelevadas prestações (UHP), que tem como objetivo oferecer um desempenho<br />

melhorado tanto em piso seco como molhado. Uma vez mais, com o seu<br />

mais recente pneu UHP, a Fulda oferece tecnologia alemã de alta qualidade a um<br />

preço acessível, sem comprometer as suas prestações. Através da criação de um<br />

avançado design do piso do pneu, que otimiza o contacto com o asfalto e equilibra<br />

a distribuição da pressão, os engenheiros da Fulda puderam proporcionar<br />

uma distância de travagem reduzida em piso seco.A redução da deformação da<br />

banda de rodagem, alcançada graças a um flanco reforçado e mais largo, garante<br />

importantes melhorias em termos de precisão da direção para um elevado<br />

desempenho em piso seco.Adicionalmente, os múltiplos sulcos AquaFlow asseguram<br />

um rápido escoamento da água e uma ótima tração sobre superfícies<br />

molhadas. O composto de sílica da banda de rodagem garante ao condutor um<br />

melhor controlo do veículo em piso molhado.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Alliance anunciou<br />

novos pneus 363 IF e VF<br />

Os pneus Alliance 363 Agriflex IF (flexão melhorada) e VF (alta flexibilidade) são<br />

pneus modernos e adequa<strong>dos</strong> aos atuais equipamentos de pulverização de<br />

campos. A estrutura do pneu IF proporciona uma maior flexibilidade, permitindo<br />

uma capacidade de carga de até 20% mais com a mesma pressão de enchimento<br />

do que os pneus padrão.Por outro lado, o pneu VF proporciona uma<br />

flexibilidade ainda mais superior, possibilitando uma capacidade de carga de até<br />

40% mais. O desenho de tato direcional, dividido em blocos separa<strong>dos</strong>, oferece<br />

uma aderência excelente em superfícies brandas. O maior número de blocos e a<br />

elevada relação entre os tacos da banda de rolamento garantem maior vida útil,<br />

maior comodidade e menor resistência ao rolamento em transportes sobre superfícies<br />

mais duras. Uma maior superfície de contacto com o solo proporciona<br />

maior tração, reduz custos de combustível e minimiza a compactação do piso.<br />

A estrutura com correias de aço da carcaça garante uma distribuição uniforme<br />

da pressão sobre o solo, protege <strong>dos</strong> furos e prolonga a vida útil da banda de<br />

rolamento.<br />

Pneu de moto Dunlop<br />

combina competição e estrada<br />

A Dunlop acaba de anunciar o lançamento do seu<br />

último pneu de moto para a gama Hypersport. Desenvolvido<br />

para melhorar, não só, o rendimento em estrada,<br />

mas, também, a capacidade nos circuitos, o novo<br />

SportSmart2 Max combina as aprendizagens obtidas<br />

no programa de provas do Campeonato do Mundo de<br />

Endurance com a experiência no desenvolvimento do<br />

revolucionário pneu RoadSmart III da gama Sport Touring.<br />

A equipa de desenvolvimento de pneus Dunlop<br />

Europa aspirou alcançar grandes metas com a formulação<br />

deste último pneu. O anterior SportSmart2 tinha<br />

ganho uma sólida reputação pela aderência e o novo<br />

modelo devia manter esta característica e melhorar os<br />

seus resulta<strong>dos</strong> em manobra e desgaste reduzido.<br />

Para conseguir melhor aderência e desgaste reduzido<br />

no novo pneu, a Dunlop centrou-se no inovador perfil<br />

dianteiro otimizado e na transição do flanco revista.<br />

O novo perfil oferece uma condução mais leve, bem<br />

como melhor resposta de entrada em curva e menor<br />

tendência a “levantar-se” ao travar em curva. A Dunlop<br />

também desenvolveu um composto inovador, capaz<br />

de incrementar a superfície de contacto do pneu com<br />

o asfalto e, deste modo, proporcionar a máxima aderência<br />

em condições de baixa temperatura e em piso<br />

molhado.<br />

IntelliGrip Urban da Goodyear<br />

aponta caminho do futuro<br />

No Salão de Genebra de 2017, a Goodyear apresentou o aspeto do que poderá ser o<br />

pneu do futuro. O IntelliGrip Urban consiste num protótipo concebido para a futura<br />

geração de veículos partilha<strong>dos</strong>, elétricos e autónomos em zonas urbanas. O transporte<br />

a pedido (ou o automóvel partilhado), como alternativa aos táxis, aos automóveis<br />

de aluguer ou mesmo à condução de veículos particulares, já não é uma opção<br />

apenas da “geração da Internet”. O valor em comodidade do imediatismo, da localização<br />

e da forma de pagamento apela a to<strong>dos</strong> os setores demográficos, convertendo os<br />

serviços de automóvel partilhado numa das correntes do momento. A tendência no<br />

sentido da vida urbana cria um ambiente ideal para a adoção destes novos mo<strong>dos</strong> de<br />

transporte. O IntelliGrip Urban permitirá às frotas monitorizarem os seus veículos e<br />

pneus em tempo real, conferindo-lhes uma vantagem competitiva, ao mesmo tempo<br />

que contribui para incrementar a sua rentabilidade.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Empresa<br />

Tiresur<br />

Confiança reconquistada<br />

Com uma administração nova e uma vontade redobrada, a Tiresur reconquistou,<br />

em poucos meses, a confiança <strong>dos</strong> seus clientes e parceiros. O objetivo para os<br />

próximos três anos? Duplicar a faturação<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

Tiresur pertence a um forte grupo<br />

espanhol, cujo processo de internacionalização<br />

se iniciou há sete<br />

anos. Em Portugal, está presente<br />

há apenas quatro. Mas nem tudo tem sido<br />

fácil na implementação do negócio no nosso<br />

país, como confessa Armando Lima Santos à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. O novo diretor-geral da<br />

Tiresur, funções assumidas em setembro do<br />

ano passado, tem tido como missão principal<br />

“arrumar a casa” e incrementar uma energia<br />

positiva em torno da empresa, depois de, com<br />

a saída da anterior administração, a Tiresur<br />

ter funcionado, durante seis meses, sem uma<br />

presença direta em Portugal.<br />

Segundo garante o responsável, a recuperação<br />

já é uma evidência. “Estamos a recuperar<br />

aquilo que seria o normal. 2016 foi o ano da<br />

restruturação. E 2017 já é o da reconquista<br />

da confiança. Os volumes de que estamos a<br />

falar andam na ordem <strong>dos</strong> nove milhões de<br />

euros, mais de 200 mil pneus vendi<strong>dos</strong>, o que<br />

já é um volume interessante”, revela. Presente<br />

em todo o país – ilhas incluídas – a Tiresur<br />

tem visto a equipa crescer. Quando Armando<br />

Lima Santos entrou, eram 14 colaboradores.<br />

Atualmente, são 16 e, no início de maio, os<br />

quadros contarão já 18 pessoas. “Estamos a<br />

apostar nos recursos humanos”, sublinha.<br />

w REFORÇO DO PORTEFÓLIO<br />

Outra das prioridades da nova administração<br />

foi o reforço do portefólio. “A Tiresur é a nossa<br />

marca e queremos vendê-la como um operador<br />

global de pneus. Estamos presentes,<br />

também, no Brasil, Panamá, África e representamos<br />

algumas marcas exclusivas. Uma delas<br />

é a GT Radial. Em Portugal, é uma marca que<br />

tem muita presença, fruto de um trabalho que<br />

já é feito há muitos anos e é a nossa marca<br />

quality. Depois, temos outras marcas, como<br />

a Ovation, a Sunfull e estamos a incorporar<br />

uma quarta marca própria a partir do mês de<br />

abril. Além disso, vendemos tudo o que são as<br />

marcas premium reconhecidas no mercado”,<br />

explica o responsável, reconhecendo que,<br />

apesar de a empresa estar presente nos três<br />

“campeonatos” - premium, quality e budget<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


A Tiresur criou uma página de Facebook,<br />

reforçou a aposta no marketing digital e<br />

privilegia, agora, uma comunicação mais<br />

próxima com os clientes<br />

– a grande aposta é na gama mais elitista.<br />

“Desde o final do ano passado que estamos<br />

a alargar o portefólio nas marcas premium,<br />

no segmento A: Continental, Michelin, Bridgestone,<br />

Goodyear”, diz. Ou seja, jantes de<br />

17” ou superiores. “Alta gama”, reforça. Além<br />

disso, “estamos a fazer um esfoço enorme para<br />

aumentar a nossa disponibilidade e ampliar o<br />

número de referências em stock. É o caminho<br />

e uma grande diferença”. Porquê? “O mercado<br />

cresce a percentagens muito reduzidas, tem<br />

registado um ligeiro crescimento. Onde há<br />

um elevado crescimento é no mercado de<br />

alta gama. Cada vez mais, jantes maiores”,<br />

esclarece Armando Lima Santos. O stock<br />

tem, refira-se, acompanhado o crescimento<br />

da Tiresur.<br />

“Tínhamos, até ao ano passado, cerca de 40<br />

a 42 mil pneus, em média, e uma capacidade<br />

para 46 mil. Queríamos ampliar o stock. Ampliámos,<br />

no início do ano, para 56 mil unidades.<br />

Neste momento, estaremos com 52<br />

mil pneus. Era algo que precisávamos para<br />

conseguir trazer mais marcas e mais referências”,<br />

conta a mesma fonte.<br />

Quanto ao sistema de entregas, da região sul<br />

do país até Coimbra, a Tiresur garante um<br />

serviço bi-diário, enquanto de Coimbra para<br />

cima a entrega é feita em 24 horas. Armando<br />

Lima Santos considera que o mercado da distribuição<br />

de pneus está “sobrecarregado” e<br />

que a guerra <strong>dos</strong> preços não levará a um futuro<br />

promissor. Em sua opinião, de resto, 2017<br />

tornará evidente que “não é fácil manter uma<br />

estrutura com preços muito baixos”, acreditando<br />

que a tendência será a “concentração de<br />

operadores”, algo que “já está a acontecer em<br />

Espanha e em toda a Europa. Há demasia<strong>dos</strong><br />

operadores”, afirma.<br />

No caso da Tiresur, a sua ligação ao grupo<br />

espanhol continua a ser um trunfo. “As empresas<br />

são totalmente independentes, mesmo<br />

em termos de processos de decisão, até porque<br />

os merca<strong>dos</strong> são muito pareci<strong>dos</strong>, mas,<br />

ao mesmo tempo, diferentes. Há dinâmicas<br />

que acontecem em Espanha que não acontecem<br />

em Portugal. E vice-versa”. Por outras<br />

palavras, “o caminho que estamos a traçar<br />

é independente, mas, obviamente, beneficiamos<br />

de algumas economias de escala<br />

que se conseguem com a casa-mãe. Porque<br />

têm muito maior capacidade de negociação,<br />

muito maior capacidade de stock e acabamos<br />

por beneficiar dessa dimensão”, sublinha o<br />

diretor-geral.<br />

w DUPLICAR A FATURAÇÃO<br />

Os últimos quatro meses da história da empresa<br />

serviram para “tirar a fotografia da situação”<br />

e para analisar as áreas a melhorar.<br />

A principal era a da “confiança do mercado”,<br />

acabar com rumores de que a Tiresur poderia<br />

deixar de ter uma filial em Portugal ou<br />

que não seria um projeto de futuro. E esse<br />

trabalho, apesar de não ser imediato, está a<br />

ser realizado com sucesso. “Os frutos estão a<br />

começar a aparecer agora. O mês de março<br />

foi o melhor de que há memória nos quatro<br />

anos da empresa.<br />

Em termos de volume, é histórico. E quanto<br />

a faturação, também. Estamos a ampliar e a<br />

diversificar mais a nossa carteira de clientes.<br />

Quando cheguei, tínhamos na ordem <strong>dos</strong> 600<br />

clientes ativos. Neste momento, estamos a<br />

aproximar-nos <strong>dos</strong> 1.000 clientes ativos, daqueles<br />

que compram to<strong>dos</strong> os meses”.<br />

A rede de oficinas da Tiresur é prova de que a<br />

“confiança voltou a imperar”, diz. “Muitos que<br />

estavam na dúvida e a pensar sair, mantiveram-se”,<br />

acrescenta Armando Lima Santos.<br />

O trabalho efetuado é prova de vida. “Precisávamos<br />

de aumentar o armazém. Ter mais<br />

marcas, mais produto, mais disponibilidade de<br />

referências, mais stock. Passava, claramente,<br />

por aumentar a capacidade do armazém, que<br />

foi o nosso primeiro grande desafio. E concretizou-se.<br />

Os recursos humanos era outro.<br />

Assim como resgatar a confiança da equipa. E,<br />

isso, está a acontecer. Quando vendes, ajuda<br />

muito”, admite Armando Lima Santos.<br />

Com o foco no “imediato”, o responsável tem<br />

objetivos bem defini<strong>dos</strong>. “Neste primeiro ano,<br />

queremos registar mais 18% de volume e mais<br />

21% de faturação. Um objetivo ambicioso”,<br />

reconhece. Mas a ideia é, no final <strong>dos</strong> próximos<br />

três anos, “dobrar a faturação e o volume de<br />

pneus movimenta<strong>dos</strong>”, conclui. ♦<br />

Tiresur<br />

Diretor-geral Armando Lima Santos | Sede Rua do Tertir, s/n, 2615 - 382 Alverca do Ribatejo | Telefone 219 938 120<br />

Telemóvel 962 239 024 | Email encomendas@tiresur.com | Site www.tiresur.com.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Empresa<br />

Auto Calibragem Silvar<br />

Muito mais do que pneus<br />

O negócio da Auto Calibragem Silvar são, há mais de duas décadas,<br />

os pneus, com especial foco na calibragem. Mas os fortes<br />

valores humanos da empresa conferem-lhe uma dimensão<br />

de ex-líbris da cidade-berço do país<br />

Por: Jorge Flores<br />

Um oceano de pneus. Não há outra<br />

forma de descrever o armazém da<br />

Auto Calibragem Silvar. Uma casa<br />

nascida em Guimarães, em 1994, e<br />

que desenvolve a sua atividade no setor <strong>dos</strong><br />

pneus, nas suas mais variadas dimensões e<br />

serviços associa<strong>dos</strong>, mas com particular foco<br />

na calibragem, área onde são especialistas há<br />

mais de duas décadas. Uma competência, de<br />

resto, firmada e sustentada pela qualidade<br />

do seu equipamento, oriundo da Cometil.<br />

Mas uma visita à Auto Calibragem Silvar, como<br />

a que fez a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, permite constatar<br />

que existe muito mais mundo para lá<br />

da imensidão de pneus. A sua grandeza vai<br />

muito para além até <strong>dos</strong> milhões de faturação<br />

que, to<strong>dos</strong> os anos, desde que abriu portas,<br />

realiza. Trata-se da sua componente humana.<br />

Os valores defendi<strong>dos</strong> por José Carlos Mendes,<br />

fundador e administrador da empresa.<br />

w QUESTÃO DE EQUILÍBRIO<br />

Recuemos um pouco na história da Auto<br />

Calibragem Silvar. Aos tempos da sua fundação.<br />

Inicialmente, José Carlos Mendes ainda<br />

contou com um outro sócio, mas depressa<br />

entendeu que o caminho era para fazer por<br />

si. Começou com uma casa “pequenina, muito<br />

diferente das instalações atuais”. Hoje, tem a<br />

sociedade com a sua mulher. E conta com o<br />

apoio <strong>dos</strong> seus colaboradores, que são já 22.<br />

Nunca se arrependeu da escolha. Até porque<br />

os resulta<strong>dos</strong> da empresa nunca o deixaram<br />

desanimar. Foram sempre em crescendo. De<br />

forma sustentada. Basta ver que, no ano passado,<br />

passaram pela casa “22 mil veículos” para<br />

realizar um qualquer tipo de serviço. E que,<br />

ainda em 2016, “foram comercializa<strong>dos</strong> 28<br />

mil pneus”.<br />

A Auto Calibragem Silvar dispõe de serviços<br />

de mecânica, eletrónica, desempanagem de<br />

jantes, retificação de discos e venda de produtos,<br />

muito embora a grande especialidade<br />

sempre tenha sido o alinhamento de direções.<br />

O equilíbrio das rodas. Um bom equilíbrio<br />

garante muita poupança no próprio automóvel”,<br />

sustenta o responsável.<br />

“Temos dois armazéns e um stock na ordem<br />

<strong>dos</strong> 25 mil pneus, no total”, conta. Já várias<br />

marcas passaram pela casa, mas nem todas<br />

têm os predica<strong>dos</strong> que o responsável<br />

considera fundamentais. “Não vendemos<br />

qualquer uma. Queremos o melhor para o<br />

cliente. Podíamos até ter mais rentabilidade,<br />

mas eu olho, sobretudo, para a qualidade. E as<br />

principais marcas estão connosco”, sublinha.<br />

“Há três anos, apostámos na Falken. E tem sido<br />

muito bom trabalhar com esta marca. Muito<br />

bom equilíbrio, muita segurança”. Além disso,<br />

afirma, são “pessoas corretas, sérias”, o que,<br />

para o responsável, nunca será um detalhe.<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


w CLIENTE COMO PATRÃO<br />

Guimarães é um “mercado difícil” no que<br />

concerne a pneus. Há muita concorrência e<br />

obriga José Carlos Mendes a um permanente<br />

estado de “alerta”. Mas mantendo sempre a<br />

sua prioridade. “Fidelizar o cliente”, afirma. A<br />

vantagem da Auto Calibragem Silvar é que<br />

conta com muitos clientes fora da cidade:<br />

Porto, Braga, Fafe, Felgueiras e Vizela são<br />

alguns <strong>dos</strong> exemplos maiores.<br />

Uma das formas de manter a proximidade com<br />

os clientes é a existência de um registo em<br />

computador e de um pequeno livro atribuído<br />

na hora da primeira intervenção, com to<strong>dos</strong><br />

os valores das verificações e das pressões <strong>dos</strong><br />

pneus. “O cliente é o nosso patrão”, assegura.<br />

da jante, o que tornará a roda mais redonda<br />

quando rola”, esclarece o responsável.<br />

Trunfo da Auto Calibragem Silvar é ainda a<br />

“rapidez” com que realiza os serviços. “Meter<br />

entre 100 a 150 pneus, num dia? Quase nem<br />

damos por ela. É mesmo de loucos”, diz José<br />

Carlos Mendes, que faz sempre questão de<br />

mimar o veículo do cliente com uma lavagem.<br />

Desde que meta pneus, faça um alinhamento,<br />

um equilíbrio. Não estamos aqui só para despachar”,<br />

sublinha à nossa revista.<br />

Para José Carlos Mendes, o negócio não é<br />

tudo. É o caminho e não um fim em si mesmo.<br />

O fator humano está no topo das prioridades<br />

do administrador da Auto Calibragem Silvar<br />

José Carlos Mendes fala com paixão da sua<br />

especialidade em calibragem e excentricidade<br />

<strong>dos</strong> pneus. Conforme explica, “excentricidade”<br />

sucede quando um pneu ou jante, em andamento,<br />

não se encontra concêntrico, algo que<br />

pode acontecer devido à existência de uma<br />

jante empenada ou pelo desgaste irregular<br />

do pneu. Até porque, acrescenta, “os pneus,<br />

pelo seu desenho, nunca são uniformemente<br />

flexíveis nem perfeitamente redon<strong>dos</strong>”. Com<br />

o equipamento topo da casa e a experiência<br />

do responsável, a ciência passa por “otimizar a<br />

montagem do pneu com a jante, igualando o<br />

ponto mais alto da excentricidade ou o ponto<br />

mais rígido do pneu com o ponto mais baixo<br />

w PAPEL NA SOCIEDADE<br />

Para José Carlos Mendes, o negócio não é<br />

tudo. É o caminho e não um fim em si mesmo.<br />

Não esconde o orgulho que tem em ver alguns<br />

<strong>dos</strong> seus colaboradores, que entraram<br />

ainda miú<strong>dos</strong>, “fazerem-se homens” a seu<br />

lado, a trabalharem consigo. E dá exemplos<br />

concretos. Faz questão. “Como eu tenho aqui<br />

o Miguel, há 23 anos; o Hélder, há 18 anos.<br />

Tenho o Benjamim há 18 anos. Uns poucos,<br />

como o Ricardo, há 13 anos. Tenho um irmão<br />

que está, desde sempre comigo. Miú<strong>dos</strong> que<br />

vieram de baixo e que, hoje, olhamos para<br />

eles e são homens, pais de família”.<br />

Para si, não há nada melhor do que olhar para<br />

os seus emprega<strong>dos</strong> e saber que eles “têm<br />

estabilidade financeira, que podem chegar<br />

a casa e ter comida na mesa. Poderem ter os<br />

filhos a estudar na escola. Não lhes faltar nada”,<br />

adianta. Exemplo do que diz esta plasmado no<br />

vidro da frente da oficina. Uma fotografia de<br />

um jovem, seu colaborador, com um capacete,<br />

num dia feliz, a sorrir. Hoje, esse jovem está<br />

doente, com leucemia. E José Carlos Mendes<br />

faz questão de juntar ao dinheiro que o Estado<br />

paga da baixa, to<strong>dos</strong> os meses, o ordenado<br />

por completo. “Este mês fará o transplante”,<br />

refere, preocupado. “Foi um indivíduo que me<br />

ajudou a crescer. Está doente desde agosto<br />

e terá sempre o meu apoio. Não estou aqui<br />

só por mim, mas por to<strong>dos</strong> nós. O futuro é<br />

a estabilidade das pessoas”, sublinha. Num<br />

contexto mais alargado, o responsável da Auto<br />

Calibragem Silvar não deixa de dar apoio ao<br />

desporto da região, seja ao basquetebol do<br />

Vitória Sport Clube, seja aos juniores do Fafe<br />

ou à formação de alguns clubes da terra. “O<br />

meu futuro é pensar sempre em quem está<br />

comigo”, afirma. Até porque a sucessão será<br />

com a prata da casa. “Possivelmente, não vou<br />

ter seguidores. Tenho um filho já médico e<br />

uma rapariga em contabilidade. Vai ser para<br />

quem está aqui como um <strong>dos</strong> mais velhos”,<br />

remata José Carlos Mendes, que se prepara<br />

para realizar um investimento na ordem <strong>dos</strong><br />

€100.000 em equipamento para serviços de<br />

mecânica. E para integrar mais gente nova<br />

das escolas na sua equipa. ♦<br />

Auto Calibragem Silvar<br />

Administrador José Carlos Mendes | Morada Rua Sobrado, n.° 6, 4835 - 4<strong>43</strong> Silvares – Guimarães | Telefone 253 535 425 | Telemóvel 966<br />

333 822 | Email geral@autocalibragemsilvar.pt | Site www.autocalibragemsilvar.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Empresa<br />

Duraturn<br />

À conquista<br />

da Europa<br />

A Duraturn é uma marca de pneus<br />

para veículos pesa<strong>dos</strong> (camiões e autocarros)<br />

que pertence ao Shaanxi Yanchang Petroleum Group.<br />

Depois do sucesso alcançado nos EUA, decidiu,<br />

em 2015, lançar-se à conquista da Europa<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

centar: “Ainda assim, concedemos cinco anos<br />

de garantia aos clientes”. A gama da Duraturn<br />

contempla pneus para uso regional, longas<br />

distâncias, off-road, autocarros urbanos e autocarros<br />

de longo curso. Um <strong>dos</strong> modelos que<br />

maior adesão tem registado é o Multi Grip, pneu<br />

de direção que apresenta excelentes características<br />

para ser utilizado, não só, no inverno, mas,<br />

também, durante todo o ano. “Trata-se de um<br />

piso com amplos blocos avança<strong>dos</strong>, design multi<br />

sipe e reduzi<strong>dos</strong> níveis de ruído, que contribuem<br />

para aumentar o conforto e a longevidade”, destaca<br />

Anna Maciejewska. Outro modelo bastante<br />

procurado é o Max Way, que consiste num pneu<br />

de reboque para longo curso.<br />

w PARCEIROS PRECISAM-SE<br />

Com uma rede de distribuidores espalhada por<br />

diversos países do Velho Continente, a Duraturn<br />

Europe está à procura de um representante exclusivo<br />

para Portugal, que, “com o nosso apoio,<br />

irá concentrar-se na marca Duraturn e assegurará<br />

um serviço de elevada qualidade. Daremos<br />

apoio em termos de marketing e publicidade no<br />

mercado local, assim como ofereceremos os melhores<br />

preços e uma proteção do negócio”, frisa<br />

Anna Maciejewska. Segundo diz, “o mercado<br />

português é crucial, uma vez que tem uma expressão<br />

interessante no que diz respeito a pneus<br />

e transportes”. Outro <strong>dos</strong> objetivos da marca é<br />

dar a conhecer ao nosso mercado a qualidade<br />

<strong>dos</strong> seus produtos. As palavras da responsável<br />

são elucidativas: “O mais importante para nós é<br />

Ao contrário do que se possa pensar,<br />

a Duraturn não é apenas mais uma<br />

marca chinesa de pneus. Especializada<br />

em produtos para camiões e<br />

autocarros (TBR), pertence ao Shaanxi Yanchang<br />

Petroleum Group, que foi fundado, na<br />

China, em 1905. Líder na extração de recursos<br />

minerais, esta empresa, que está, hoje, entre as<br />

500 melhores do mundo, dispõe de refinarias<br />

próprias, laboratórios químicos, terrenos de<br />

borracha natural e fábricas tecnologicamente<br />

avançadas de produtos de borracha, entre outros<br />

compostos de borracha e pneus.<br />

A Duraturn Europe, cuja sede e armazém estão<br />

localiza<strong>dos</strong> na cidade de Knurów, na Polónia<br />

(no mesmo país, mas em Byczyna, fica o departamento<br />

de pesquisa e desenvolvimento),<br />

foi criada para distribuir e promover os pneus<br />

Duraturn nos merca<strong>dos</strong> do Velho Continente.<br />

“Depois do sucesso alcançado nos EUA, decidimos<br />

apresentá-los ao mercado europeu.<br />

Sabemos que existem muitos pneus chineses<br />

baratos que aparecem e, depois, desaparecem<br />

do mercado, mas decidimos trabalhar de forma<br />

diferente e concentrar-nos em pneus de classe<br />

premium”, refere Anna Maciejewska, sales manager<br />

da Duraturn Europe.<br />

Anna Maciejewska é sales manager da<br />

Duraturn Europe. O mercado português faz<br />

parte da estratégia da marca<br />

w LINHA PESADA<br />

A linha da Duraturn foi projetada, especificamente,<br />

para o mercado europeu. Por isso, cumpre<br />

as exigências e especificações europeias.<br />

“Como to<strong>dos</strong> os pneus premium europeus, os<br />

produtos Duraturn dispõem de cinco camadas<br />

de cordões de aço que integram a sua estrutura”,<br />

refere a responsável. Para, de seguida, acresprovar<br />

a elevada qualidade <strong>dos</strong> nossos pneus e<br />

deixarmos, definitivamente, de ser associa<strong>dos</strong><br />

a marcas chinesas mais baratas. Procuramos<br />

parceiros que queiram construir uma relação<br />

duradoura com a Duraturn Europe”. ♦<br />

Duraturn Europe<br />

Sales manager Anna Maciejewska | Sede Zwycięstwa 40, 44-193 Knurów, Poland | Telefone +48 786 955 470 | Email info@duraturn.eu<br />

Site www.duraturntires.eu<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


A Maior Feira de <strong>Pneus</strong> da Região Ásia - Pacífico<br />

Mais de 400 expositores<br />

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Profissionais vin<strong>dos</strong><br />

de 112 Países<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Gestão<br />

Equipamentos: relação custo/benefício<br />

Capacidade de inovação<br />

Face à conjuntura económica que (ainda) atravessamos, mencionar<br />

a palavra “equipamentos” é, para muitos empresários<br />

do setor oficinal, sinónimo de custo em vez de investimento<br />

Este artigo pretende reforçar a necessidade<br />

do empresário ir ao encontro das<br />

expectativas <strong>dos</strong> clientes (que muito<br />

mudaram no último ano) e, ao mesmo<br />

tempo, porque é crítico nos dias de hoje, otimizar<br />

a relação custo/benefício, neste caso<br />

concreto, <strong>dos</strong> equipamentos.<br />

Se o processo de aquisição de equipamentos<br />

pôde, durante anos, ser tratado com uma periodicidade<br />

algo alargada no tempo, o facto<br />

de vivermos, atualmente, numa sociedade caracterizada<br />

pela instantaneidade, velocidade<br />

e globalidade, faz com que a atualização de<br />

equipamentos e respetivos softwares necessitem<br />

de atualizações quase constantes. Em<br />

particular na tecnologia automóvel, a evolução<br />

é de tal forma frenética, que a desatualização<br />

<strong>dos</strong> equipamentos é praticamente imediata…<br />

Esta situação, que está longe de ser nova,<br />

nomeadamente em equipamentos de autodiagnóstico,<br />

deverá fazer refletir os gestores<br />

oficinais, já que não é razoável, muito menos<br />

economicamente viável, ter vários equipamentos<br />

de diferentes fabricantes para conseguir assistir<br />

de forma competente o canal multimarca.<br />

Esta realidade deverá transformar o modelo<br />

de negócio das organizações e, consequentemente,<br />

o modo de pensar e atuar <strong>dos</strong> seus<br />

responsáveis, nomeadamente na relação a ter<br />

com fornecedores/parceiros de equipamentos.<br />

A necessidade premente do aumento da produtividade<br />

e, em simultâneo, a necessidade<br />

de obter vantagem competitiva nas organizações,<br />

nomeadamente na diferenciação relativamente<br />

aos concorrentes diretos, faz-nos<br />

relançar um tema que continua a ser um fator<br />

crítico de sucesso no negócio: a capacidade<br />

de inovação.<br />

A aquisição de um equipamento, considerando<br />

o seu impacto no contexto de toda a “cadeia<br />

produtiva”, deverá ser uma vantagem competitiva<br />

que fará da empresa em causa um prestador<br />

de serviço, reconhecido pela competência<br />

técnica e pela qualidade da gestão do cliente.<br />

O tema anterior no que diz respeito ao “reconhecimento<br />

por parte do cliente” é bastante<br />

complexo e necessita de uma abordagem<br />

muito mais ampla do que aquela que este<br />

artigo nos possibilita. No entanto, será interessante<br />

constatar que muitas oficinas esforçam-se<br />

para “servir bem” o cliente, embora<br />

nem sempre a imagem percecionada pelos<br />

clientes seja essa.<br />

Para deixar um “amargo de boca” para alguns,<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


o que interessa na fidelização do cliente é a<br />

imagem percecionada pelo cliente e não a do<br />

empresário…<br />

Perante o que, anteriormente, ficou exposto,<br />

considera que a visão <strong>dos</strong> clientes relativamente<br />

à sua empresa é aquela que pretende<br />

passar? Ou será que supõe mas, na realidade,<br />

desconhece o que pensam eles? Se assim for,<br />

existem equipamentos/softwares que são excelentes<br />

ferramentas para apurar o que realmente<br />

os nossos clientes pensam…<br />

Uma vez que o tema “Índice de Satisfação do<br />

Cliente” ficou para trás, voltemo-nos, uma vez<br />

mais, para a modernidade e para o benefício da<br />

compra de um equipamento, que deverá ser a<br />

“alavanca” que a empresa necessita.<br />

Existem os mais varia<strong>dos</strong> tipos de equipamentos<br />

que uma oficina auto pode adquirir.<br />

E nem sempre a escolha é fácil, relativamente<br />

ao critério da prioridade. Para facilitar a escolha,<br />

sugerimos que os divida nos seguintes grupos:<br />

l Equipamentos para gestão comercial;<br />

l Equipamentos para gestão oficinal (produção);<br />

l Equipamentos para gestão de clientes;<br />

l Equipamentos para diagnóstico e reparação<br />

automóvel;<br />

l Equipamentos para gestão financeira/<br />

contabilística.<br />

A divisão anterior pretende classificar os mais<br />

varia<strong>dos</strong> tipos de equipamentos em cinco grandes<br />

grupos, e com estes, conseguir otimizar o<br />

processo de seleção.<br />

Como em todo o investimento, devemos avaliar<br />

o seu retorno (Retorno sobre o Investimento).<br />

O Retorno sobre o Investimento é o que habitualmente<br />

se designa de ROI (em inglês, return<br />

on investment).<br />

Em termos simples, o ROI, ou Retorno sobre<br />

o Investimento, pode ser calculado com a seguinte<br />

fórmula:<br />

l Lucro operacional/investimento x 100.<br />

Ou seja, se fazemos um investimento de 100<br />

que nos permite um lucro de 20, significa que a<br />

taxa de retorno sobre o investimento é de 20%.<br />

Como será fácil de entender, quanto maior for a<br />

taxa de retorno, melhor poderá ser considerado<br />

o investimento.<br />

De entre os principais índices para analisar o<br />

retorno do investimento, destacamos, neste<br />

artigo, o payback (ponto de equilíbrio) que,<br />

em termos simplistas, corresponde ao ponto<br />

que define o volume de negócios necessário<br />

para equilibrar os lucros. Ou seja, o payback<br />

corresponde ao montante mínimo de vendas<br />

necessário para recuperar o valor do investimento.<br />

Na análise de um projeto de investimento<br />

em equipamentos, devemos considerar<br />

o momento em que asseguramos o chamado<br />

“ponto de equilíbrio”. No fundo, é a partir desse<br />

momento que ocorre o potencial de lucro para<br />

a empresa que investiu.<br />

Regra geral, nos primeiros anos de investimento,<br />

o projeto não será rentável de imediato.<br />

Salvo situações específicas, pretende-se ter o<br />

retorno sobre o investimento nos três a cinco<br />

anos seguintes ao ano zero do investimento.<br />

Se o negócio correr bem, a empresa tenderá<br />

a gerar mais proveitos, que serão superiores<br />

aos custos, diluindo os custos de arranque do<br />

projeto. Na análise de um projeto, deve ter-se<br />

em conta os benefícios que o mesmo poderá<br />

acarretar ao nível da redução de custos.<br />

A aquisição de um equipamento poderá permitir<br />

a necessidade de menor mão de obra, o<br />

aumento da capacidade de produção da empresa,<br />

bem como a redução de outros custos<br />

associa<strong>dos</strong> ao processo produtivo. Em última<br />

análise, ao propiciar uma redução <strong>dos</strong> custos,<br />

contribui para aumentar o lucro da empresa,<br />

bem como a capacidade de concorrência no<br />

mercado.<br />

Uma vez que a redução de custos é o mote da<br />

campanha, não deixa de ser, também, muito<br />

interessante que a aquisição de um equipamento<br />

leve, por vezes, a conseguir mais clientes<br />

e/ou outro tipo de clientes que a empresa até<br />

então não “trabalhava”. Um equipamento e a<br />

forma como este é “comunicado”, poderá ter,<br />

também, um impacto grande na notoriedade<br />

da empresa. Mas, acima de tudo, no seu posicionamento<br />

relativamente a concorrentes.<br />

Muitos dizem que devido ao momento atual,<br />

os investimentos estão congela<strong>dos</strong>. Outros,<br />

afirmam que é este o momento para investir<br />

na mudança das suas organizações, para que<br />

estas estejam mais bem preparadas para enfrentar<br />

desafios e ainda mais flexíveis para se<br />

adaptarem às novas condições do mercado.<br />

Se estiver neste segundo grupo, parabéns! u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Técnica<br />

Tecnologia da suspensão e das rodas<br />

Ajude o seu cliente<br />

a compreender<br />

O componente que maior importância tem no conforto e na condução, é o<br />

pneu. Por isso, é importante explicar ao cliente as alterações que ocorrem no<br />

desempenho do veículo quando chega a altura de substitui-los<br />

O<br />

chassis de um automóvel é mais<br />

do que apenas a soma das suas<br />

partes. Tudo, desde o casquilho<br />

superior do amortecedor, passando<br />

pela superfície de contacto do pneu,<br />

está desenhado para trabalhar em conjunto<br />

como um só sistema. A alteração do design ou<br />

do material, assim como apenas o ajuste de<br />

uma das peças, poderá ter um impacto sobre<br />

a travagem e a condução do automóvel, já<br />

para não falar na sensação que o automóvel<br />

transmite durante a sua deslocação.<br />

O componente que maior impacto tem no<br />

conforto e na condução, é o pneu. Claro que<br />

já sabe disso e quando os clientes substituem<br />

os pneus originais por outros diferentes, confiam<br />

em si para que lhes comunique o que<br />

esperar <strong>dos</strong> seus novos pneus. As normas de<br />

Classificação de Qualidade de Pneu Uniforme<br />

(UTQG*) oferecem alguma informação muito<br />

específica num formato simples de explicar.<br />

Mas quando o seu cliente deseja que instale<br />

pneus não originais, as alterações resultantes<br />

no desempenho do veículo, caso existam,<br />

poderão ser difíceis de prever.<br />

Tal não significa, no entanto, que sejam difíceis<br />

de explicar ou prejudiciais para o desempenho<br />

do veículo. Aqui fica uma análise, com ilustrações<br />

simples, da tecnologia da suspensão e<br />

das rodas, que poderá utilizar para ajudar os<br />

seus clientes a compreender a forma como<br />

a dimensão das rodas de um veículo tem<br />

influência sobre o conforto e a condução. E<br />

ainda quão satisfeitos ficarão com rodas que<br />

correspondam ao equilíbrio original.<br />

w SUPERFÍCIE DE CONTACTO<br />

Equilíbrio, raio de atrito e superfície de contacto,<br />

são apenas três termos técnicos que<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Olhando de frente para o veículo, imagine<br />

uma linha que vai desde a junta esférica superior<br />

até à junta esférica inferior e, depois,<br />

até à estrada. A distância entre o centro da<br />

superfície de contacto do pneu e o ponto<br />

onde essa linha toca na estrada, é chamada<br />

de raio de atrito. Caso a linha toque na linha<br />

interior da estrada da superfície de contacto,<br />

o raio de atrito é positivo. Caso a linha toque<br />

na linha exterior da estrada da superfície de<br />

contacto, o raio de atrito é negativo (ver Figura<br />

2). Essa é a explicação técnica, mas aqui<br />

fica uma forma mais simples de recordar: O<br />

ponto pivot e a distância entre o arco e ponto<br />

pode ser de apenas alguns milímetros. Mas<br />

essa pequena distância faz uma grande diferença<br />

na sensação transmitida pelo volante<br />

ao condutor.<br />

w JOGOS DE ATRITO<br />

Agora sabemos que a mudança do equilíbrio<br />

das rodas irá deslocar a superfície de contacto<br />

do pneu para o interior ou exterior. E<br />

que tal irá, também, alterar o raio de atrito.<br />

A questão é de que forma isso afetará a condução<br />

do automóvel? A resposta depende<br />

Figura 1<br />

Equilíbrio zero<br />

Equilíbrio positivo<br />

Equilíbrio negativo<br />

temos de compreender. Provavelmente, já leu<br />

sobre “equilíbrio de rodas”(**), tipicamente<br />

descrito como a distância entre a linha central<br />

da jante e a face da flange de montagem da<br />

jante, onde esta toca no cubo. No entanto, o<br />

equilíbrio poderá ser fácil de visualizar com<br />

alguns desenhos simples que se foquem na<br />

superfície de contacto do pneu. Quando a<br />

superfície da flange de montagem está perfeitamente<br />

alinhada com o centro da superfície<br />

de contacto do pneu, o equilíbrio é zero.<br />

Caso a flange se encontre fora do centro da<br />

superfície de contacto (mais próximo da estrada),<br />

o equilíbrio é negativo. Caso a flange<br />

se encontre fora do centro da superfície de<br />

contacto (mais próximo da berma), o equilíbrio<br />

é positivo (ver Figura 1).<br />

Na maioria das jantes originais, o equilíbrio é<br />

positivo (superfície de contacto ligeiramente<br />

interior) e poderá ter um grande efeito sobre<br />

a sensação de condução e a estabilidade durante<br />

a aceleração e travagem. Isto deve-se<br />

à suspensão dianteira. O equilíbrio da roda<br />

determina o “raio de atrito”. Poderemos descrever<br />

esse aspeto através da forma como<br />

a superfície de contacto se desloca durante<br />

uma curva. Quando as rodas dianteiras são<br />

viradas para a esquerda ou para a direita, o<br />

centro da superfície de contacto não gira em<br />

redor de um ponto único, oscila através de<br />

um ligeiro arco.<br />

Para visualizar este aspeto, pouse uma caneta<br />

na mesa e segure-a pela extremidade superior.<br />

À medida que oscila a outra extremidade para<br />

a esquerda e para a direita, a extremidade não<br />

se move numa linha reta, move-se através<br />

de um arco. O raio desse arco é a distância<br />

entre o ponto pivot que está a segurar e a<br />

extremidade que se desloca através do arco.<br />

Agora, faça outro desenho para colocar esse<br />

mesmo arco no automóvel.<br />

eixo<br />

interior<br />

Figura 2<br />

flange<br />

lado da estrada<br />

eixo<br />

interior<br />

flange<br />

lado da estrada<br />

Centro de superfície de contacto<br />

Raio de atrito zero Raio de atrito positivo Raio de atrito negativo<br />

linha de<br />

referência<br />

linha de<br />

referência<br />

ponto no qual a linha encontra a estrada é o<br />

ponto pivot da direção, o mesmo pelo qual<br />

segurou a extremidade da caneta. À medida<br />

que o volante é girado, o ponto no centro da<br />

superfície de contacto desloca-se através de<br />

um arco em redor desse ponto pivot.<br />

O arco pode ser interior (raio de atrito negativo)<br />

ou exterior (raio de atrito positivo) do<br />

Centro de superfície de contacto<br />

eixo<br />

interior<br />

linha de<br />

referência<br />

parcialmente do facto de o automóvel ser de<br />

tração dianteira ou traseira. Em primeiro lugar,<br />

vamos ver um automóvel de tração dianteira<br />

com um raio de atrito negativo, já que são<br />

os mais comuns. Quando o raio de atrito é<br />

negativo (centro da superfície de contacto<br />

é interior ao ponto pivot), em aceleração, as<br />

rodas dianteiras terão tendência a divergir à<br />

flange<br />

lado da estrada<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59


Técnica<br />

Tecnologia da suspensão e das rodas<br />

medida que puxam o veículo para a frente.<br />

O comprimento do raio de atrito influencia a<br />

forma como a força de divergência é gerada. É<br />

igual ao puxar de uma alavanca: quanto mais<br />

longa a alavanca, mais força é gerada. Um<br />

automóvel de tração dianteira com um motor<br />

de 100 cv de potência não irá gerar muita força<br />

de divergência, mas imagine o que acontece<br />

caso o raio de atrito seja aumentado. Caso<br />

uma das rodas dianteiras tenha um pouco<br />

mais de tração do que a outra, a sensação<br />

será de que o volante está a ser puxado das<br />

mãos do condutor. O mesmo acontece sob<br />

travagem, exceto quando as rodas dianteiras<br />

tentam convergir. Nesse caso, não é a potência<br />

mas sim o peso do automóvel que puxa a<br />

alavanca. Um maior raio de atrito amplifica<br />

o efeito de convergência, o que poderá, na<br />

realidade, reduzir um bocado a distância de<br />

paragem, mas apenas caso o condutor seja<br />

capaz de manter o volante direito.<br />

Num automóvel com tração traseira, as forças<br />

de aceleração e de travagem têm o mesmo<br />

efeito sob as rodas dianteiras. Caso o raio<br />

de atrito seja positivo (arco da superfície de<br />

contacto é exterior ao ponto pivot), as rodas<br />

dianteiras terão tendência a divergir.<br />

Os engenheiros de chassis utilizam o raio de<br />

atrito para criar o feedback que o condutor<br />

sente através do volante. Caso este fosse zero,<br />

(pivots da direção exatamente no centro da<br />

superfície de contacto), a direção pareceria<br />

estar solta, especialmente durante a aceleração<br />

e a travagem, já que os pneus dianteiros<br />

teriam tendência a contorcer-se, tais como as<br />

rodas de um carrinho de compras.<br />

Já vimos de que forma a mudança do equilíbrio<br />

das rodas desloca o centro da superfície de<br />

contacto para o interior ou exterior, o que,<br />

por si só, altera o raio de atrito e a sensação<br />

COMPENSANDO O EQUILÍBRIO<br />

DAS RODAS<br />

Caso disponha de uma máquina de alinhamento<br />

com uma base de da<strong>dos</strong> integrada,<br />

procure por “inclinação do ângulo da direção”,<br />

por vezes chamada de “inclinação do<br />

eixo da direção” ou “ângulo do King pin.”<br />

Num veículo onde tal seja ajustável, a alteração<br />

do ângulo dessa linha irá ajustar o raio de<br />

atrito para compensar as alterações ao equilíbrio<br />

das rodas. Alguns fabricantes de peças<br />

originais utilizam este ajuste para definir o<br />

raio de atrito nos veículos que são vendi<strong>dos</strong><br />

com distintas opções de dimensão das rodas.<br />

Figura 3 – Meça a distância entre o solo e a chapa<br />

metálica reta e divida o valor por dois. Assim, é<br />

calculada a linha central da jante. Caso o número<br />

da linha central seja inferior à medição do cubo,<br />

então o equilíbrio é positivo. Caso seja superior,<br />

então o equilíbrio é negativo<br />

de condução do automóvel durante a aceleração<br />

e a travagem. Antes de instalar jantes<br />

com equilíbrio distinto, terá de calcular se<br />

essas jantes irão aumentar ou diminuir o raio<br />

de atrito, para que possa informar o cliente<br />

de que forma poderá mudar a condução do<br />

seu automóvel.<br />

w SELEÇÃO DE JANTES<br />

Os clientes muitas vezes compram jantes de<br />

aço, já que estas (normalmente) custam menos.<br />

Nem sempre é fácil encontrar jantes de aço<br />

que correspondam ao tamanho das jantes de<br />

ferro fundido originais, mas não será difícil<br />

igualar o equilíbrio. Os clientes que procuram<br />

jantes no mercado do pós-venda devido à sua<br />

aparência, desejam, normalmente, algo maior<br />

do que as jantes originais. Caso peçam o seu<br />

conselho, faça, antes de mais, o seu trabalho de<br />

casa. Navegue através <strong>dos</strong> fóruns de Internet<br />

para descobrir se mais alguém com o mesmo<br />

veículo descreve uma experiência com jantes<br />

maiores. Foram necessários espaçadores para<br />

que as jantes ultrapassassem as pinças <strong>dos</strong><br />

travões? Notaram algum problema com a direção<br />

ou desgaste <strong>dos</strong> pneus? Usaram distintas<br />

definições de alinhamento? Ainda que não<br />

encontre muitas informações, as questões,<br />

por si só, ajudariam o cliente a reconhecer<br />

os riscos associa<strong>dos</strong> à instalação de jantes<br />

de grandes dimensões. Caso o cliente já disponha<br />

das jantes e deseje que as instale, terá<br />

de verificar você próprio o equilíbrio.<br />

A maioria das jantes de liga leve dispõe das<br />

dimensões fundidas no interior do raio ou da<br />

flange de montagem e os últimos dígitos na<br />

cadeia de letras e números define o equilíbrio.<br />

Por exemplo, a dimensão 7Jx17 ET45 traduz-<br />

-se da seguinte forma:<br />

l “17” é o diâmetro da jante;<br />

l “7” é a largura da jante entre as sedes do talão;<br />

l “J” é uma classificação do formato da jante;<br />

l “ET45” é o equilíbrio, neste exemplo é de<br />

45 mm positivo.<br />

w COMO MEDIR O EQUILÍBRIO<br />

Por vezes, o equilíbrio não é impresso na roda,<br />

ou pode ser impresso em dígitos, que são de<br />

difícil leitura ou impossíveis de descodificar.<br />

Não há problema: é fácil medir por si próprio<br />

o equilíbrio.<br />

Tecnicamente, o equilíbrio representa a distância<br />

da flange de montagem do cubo até à<br />

linha central da jante entre as sedes do talão.<br />

Uma vez que não é possível medir os talões<br />

com o pneu encaixado na jante, aqui fica uma<br />

forma simples de encontrar o equilíbrio através<br />

da medição da parte lateral do pneu. Pouse<br />

Figura 4 – A distância da flange do cubo até à<br />

chapa metálica reta é a última medida necessária<br />

para determinar o equilíbrio. Caso esse número<br />

seja inferior ao do cálculo da linha central, o<br />

equilíbrio é positivo<br />

o conjunto do pneu/jante no solo e coloque<br />

uma chapa metálica reta através do pneu (ver<br />

Figura 3). Meça a distância entre o solo e<br />

a chapa metálica reta e anote esse número.<br />

Divida esse número por dois para calcular<br />

a linha central da jante. Agora, meça entre<br />

a flange do cubo até à placa metálica reta<br />

(ver Figura 4). Subtraia o número menor do<br />

número maior, obtendo, assim, o equilíbrio<br />

da roda. Caso o número da linha central seja<br />

inferior à medição do cubo, então o equilíbrio<br />

é positivo. Na maioria <strong>dos</strong> automóveis,<br />

a alteração do equilíbrio em apenas 5 mm<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


O que é a U.T.Q.G. (Uniform Tire Quality Grading)*?<br />

A classificação U.T.Q.G. mede o nível de rendimento<br />

de um pneu em função de três da<strong>dos</strong><br />

comparativos para ajudá-lo a selecionar o melhor.<br />

Estes da<strong>dos</strong> provêm de testes realiza<strong>dos</strong><br />

em condições precisas (em circuito) e os seus<br />

resulta<strong>dos</strong> são informativos. Os índices U.T.Q.G.<br />

encontram-se no flanco de um pneu (exemplo<br />

da imagem: 280-A-A).<br />

Desgaste da banda de rolamento<br />

O índice de treadwear (desgaste da banda de<br />

rolamento) corresponde à velocidade em que<br />

um pneu se desgasta. Este índice obtém-se mediante<br />

um teste efetuado em circuito sobre uma<br />

distância de cerca de 10.000 km, em condições<br />

controladas. Este índice está entre 60 e 620 e o<br />

valor de referência é de 100. Por exemplo, um<br />

pneu com um treadwear de 50 desgastar-se-á<br />

duas vezes mais rápido do que um pneu normal,<br />

enquanto um pneu com um treadwear de<br />

420 desgastar-se-á 4,2 vezes mais lentamente.<br />

Quanto mais elevado for o índice de treadwear,<br />

mais longa será a duração do pneu.<br />

Aderência - Tração<br />

O índice de tração corresponde à aderência de<br />

um pneu em estrada molhada. Este índice é expresso<br />

com as letras AA (índice mais elevado),<br />

A, B e C (índices mais baixos). O índice C é o<br />

mínimo aceitável. Quanto mais elevado for o<br />

índice de tração, mais curta será a distância de<br />

travagem. O índice de tração corresponde à aderência<br />

em piso molhado em linha reta.<br />

Resistência ao aquecimento<br />

O índice de Temperatura corresponde à resistência<br />

do pneu ao aquecimento e à sua capacidade<br />

de dissipar o calor. Este índice é obtido mediante<br />

um teste em laboratório com uma roda de teste.<br />

O excesso de calor pode provocar a degradação<br />

do pneu. Este índice é indicado com as letras A<br />

(índice mais elevado), B e C (índices mais baixos).<br />

O índice C é o mínimo que impõe a lei.<br />

Um índice de temperatura elevado significa que<br />

o pneu resiste melhor ao aquecimento. O índice<br />

de Temperatura é aplicado a um pneu enchido<br />

corretamente (nem sub-enchido, nem sobre-<br />

-enchido) em condições “normais” de utilização<br />

(sem velocidade excessiva nem sobrecarga).<br />

é o suficiente para revelar uma alteração na<br />

condução, já que é alterada a quantidade do<br />

raio de atrito, podendo já essa ser de apenas<br />

poucos milímetros. Caso as jantes originais<br />

disponham de um equilíbrio positivo, poderá<br />

instalar, de forma segura, jantes com um equilíbrio<br />

ainda mais positivo e utilizar espaçadores<br />

para mover a superfície de contacto para fora<br />

da sua posição original, mantendo igual o<br />

raio de atrito.<br />

Assegure-se de que as novas jantes e os pneus<br />

se encaixam no interior do guarda-lamas sem<br />

roçar em nada. Caso as novas jantes tenham<br />

um equilíbrio negativo, não há nada que possa<br />

fazer para deslocar a superfície de contacto na<br />

direção do centro do automóvel. A única forma<br />

de saber ao certo o quanto o novo equilíbrio<br />

afetará o raio de atrito, consiste em colocar o<br />

automóvel numa máquina de alinhamento.<br />

w ALGUNS DETALHES FINAIS<br />

Ainda que esteja confiante no facto de as rodas<br />

terem sido corretamente selecionadas para o<br />

veículo, compete ao seu técnico assegurar que<br />

tudo encaixa corretamente. Será uma boa ideia<br />

testar o encaixe da roda nos cubos traseiros<br />

e dianteiros antes da montagem do pneu. A<br />

primeira coisa a verificar é a folga das pinças<br />

<strong>dos</strong> travões. Nas jantes originais, esta poderá<br />

ser de apenas 4 mm. Este espaço poderá ser<br />

difícil de ver, mas é fácil a instalação de uma<br />

jante, rodando-a, depois, manualmente. Caso<br />

a folga seja muito apertada, o técnico terá de<br />

ter muito cuidado durante a colocação <strong>dos</strong><br />

pesos das jantes. A montagem de um pneu<br />

numa jante do aftermarket em comparação<br />

com uma jante original poderá ser diferente,<br />

dependendo da localização do centro da jante.<br />

Normalmente, o centro encontra-se na di-<br />

**EQUILÍBRIO DE RODAS<br />

A existência de vibrações no volante dependentes<br />

da velocidade e podem notar-se<br />

a partir <strong>dos</strong> 80 km/h. Esta situação pode<br />

dever-se a pneus mal equilibra<strong>dos</strong> ou<br />

ao facto de não estarem completamente<br />

redon<strong>dos</strong> em virtude de uma travagem<br />

brusca ou devido ao mau estado do pavimento.<br />

Um desequilíbrio de 30 g numa roda, detetado<br />

nas máquinas, em andamento, a 100<br />

km/h, pela força centrífuga, transforma-<br />

-se em 15 kg de força perturbadora. <strong>Pneus</strong><br />

bem equilibra<strong>dos</strong> podem ser a diferença<br />

entre uma condução confortável ou desconfortável.<br />

O equilíbrio das rodas efetua-se depois de<br />

montar o pneu na jante. A operação de<br />

equilibrar as rodas consiste em colocar pesos<br />

e contrapesos nas zonas onde a roda se<br />

encontra desequilibrada. O correto desempenho<br />

de um veículo na estrada depende<br />

muito do equilíbrio das rodas.<br />

Deve-se, de forma regular, verificar o equilíbrio<br />

das rodas. A simples passagem por<br />

um buraco na estrada, pode fazer com que<br />

a roda fique desequilibrada, mesmo que o<br />

pneu não seja afetado.<br />

A precisão de equilibragem de rodas determina<br />

o comportamento do veículo na<br />

estrada.<br />

reção da parte exterior da jante, para que a<br />

jante seja colocada com o lado exterior para<br />

cima na máquina de desmontar pneus. Mas<br />

algumas jantes do aftermarket dispõem da<br />

parte mais estreita do centro na direção do<br />

interior da jante. Estas deverão ser colocadas<br />

na máquina de desmontar pneus com o lado<br />

interior para cima. Caso contrário, a máquina<br />

irá tentar esticar o talão – que não é capaz<br />

de esticar – e, isso, poderá danificar a jante, o<br />

pneu, a máquina de desmontar pneus ou até<br />

o técnico. Finalmente, assegure-se de que os<br />

seus técnicos apertam sempre as porcas com<br />

uma chave de binário corretamente calibrada.<br />

Um binário desigual nas porcas é quase certo<br />

que provocará rotores <strong>dos</strong> travões empena<strong>dos</strong><br />

no espaço de alguns milhares de quilómetros.<br />

Finalmente, lembre os seus clientes que regressem<br />

depois de percorri<strong>dos</strong> 100 km, para<br />

voltar a apertar ao binário necessário. ♦<br />

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Avaliação obrigatória<br />

Clio R.S. Trophy<br />

Yellow submarine<br />

Qualquer semelhança com a música e álbum de uma banda de rock britânica <strong>dos</strong> anos<br />

60 ou com a alcunha de uma equipa espanhola de futebol, é pura coincidência. Equipado<br />

com motor 1.6 Turbo de 220 cv, caixa EDC, chassis Cup, sistema de escape com assinatura<br />

Akrapovič e função “Launch Control”, o novo Clio R.S. Trophy é um rebelde<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Já o escrevemos aquando do ensaio<br />

ao Clio R.S. “normal”, que custa menos<br />

€1.800, e repetimos. O novo Clio R.S.<br />

Trophy pode não ter o simbolismo de<br />

alguns desportivos compactos da marca francesa<br />

de outras épocas, casos <strong>dos</strong> 5 GT Turbo<br />

e Clio Williams, mas mediatismo e glamour<br />

não lhe faltam. Depois do Mégane, a Renault<br />

alargou o conceito Trophy ao Clio, que, agora,<br />

nesta nova evolução, já não está disponível<br />

apenas numa série limitada. Saído da divisão<br />

Renault Sport, este renovado pequeno<br />

desportivo funciona como uma espécie de<br />

bálsamo para o corpo e tem o condão de<br />

massajar o ego. Quer saber porquê? Aperte<br />

o cinto de segurança e prepare-se...<br />

w TRABALHO DE GINÁSIO<br />

Não chega ao exagero do Clio R.S. V6 que a<br />

marca francesa criou no ano 2000, mas dá,<br />

igualmente, nas vistas. Para mais, estando a<br />

carroçaria de cinco portas pintada de amarelo<br />

torrado “Sirius”. O novo Clio R.S. Trophy<br />

nunca passa despercebido. Prova disso, são<br />

os inúmeros olhares indiscretos que recebe e<br />

os polegares estica<strong>dos</strong> de vários condutores<br />

que com ele se cruzam. Afinal, o resultado não<br />

é para menos: para-choques proeminentes<br />

(no dianteiro, sobressai o sistema de iluminação<br />

R.S. Vision, com luzes de LED em forma<br />

de bandeira de xadrez; no traseiro, saltam à<br />

vista as duas saídas de escape retangulares<br />

integradas no difusor cinzento); minissaias<br />

laterais; caixas <strong>dos</strong> retrovisores e puxadores<br />

das portas dianteiras em preto lacado; siglas<br />

R.S. por baixo do símbolo Renault e no portão<br />

traseiro; defletor no topo do óculo posterior;<br />

assinatura “Trophy” de cor vermelha sob fundo<br />

preto no friso lateral cinzento, perto das rodas<br />

traseiras; pinças de travagem vermelhas;<br />

jantes de 18” em preto brilhante.<br />

O habitáculo transpira emotividade por to-<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


<strong>dos</strong> os poros. Aos pedais e apoio para o pé<br />

esquerdo em alumínio, junta-se o volante de<br />

três braços em pele com costura vermelha<br />

no ponto “0” e sigla R.S., as patilhas da caixa<br />

integradas na coluna de direção, os bancos<br />

desportivos estilo “baquet” e as costuras vermelhas<br />

no volante e bancos. Mas há mais:<br />

cintos de segurança vermelhos; inserções<br />

cromadas no punho e na base da alavanca<br />

da caixa; velocímetro digital ao centro; conta-<br />

-rotações à esquerda com grafismo branco<br />

e fundo cinzento; consola central em preto<br />

lacado; sigla R.S. nos encostos de cabeça<br />

dianteiros. Depois, importa mencionar o R.S.<br />

Monitor 2.0., um avançado sistema de telemetria<br />

que permite monitorizar temperaturas,<br />

valores de binário e de potência em tempo<br />

real, pressão do turbo, pressão da travagem,<br />

ângulo do volante, regime do motor, binário<br />

por roda, acelerações, forças g e cronómetro.<br />

To<strong>dos</strong> estes da<strong>dos</strong> podem ser grava<strong>dos</strong> numa<br />

pen, para serem, posteriormente, analisa<strong>dos</strong><br />

no computador.<br />

Dotado de um posto de condução ótimo,<br />

devido, também, à boa pega proporcionada<br />

pelo volante e ao eficaz suporte lateral do<br />

banco, o novo Clio R.S. Trophy apresenta-se<br />

com um nível de equipamento recheado e<br />

com inúmeros dispositivos de segurança. O<br />

espaço é razoável para quatro ocupantes (acomodar<br />

uma quinta pessoa requer muito boa<br />

vontade) e a bagageira oferece o volume que<br />

se espera de um pequeno desportivo. Menos<br />

convincente é, sem dúvida, a qualidade de<br />

alguns materiais, apesar da ligeira evolução<br />

sofrida. Até são agradáveis ao toque, mas estremecem<br />

por todo o lado quando se fecham<br />

as portas ou sempre que a estrada não está<br />

em perfeito estado.<br />

w ATITUDE REBELDE<br />

As prestações fulgurantes do novo Clio R.S.<br />

Trophy devem-se ao motor 1.6 Turbo de 220<br />

cv, que traz acoplada caixa automática de dupla<br />

embraiagem (EDC – Efficient Dual Clutch)<br />

com seis velocidades, podendo ser operada<br />

Elegante, musculado, exibicionista. O<br />

novo Clio R.S. Trophy dispõe de sistema de<br />

iluminação R.S. Vision, que dispõe de luzes<br />

de LED em forma de bandeira de xadrez<br />

através das patilhas situadas atrás do volante<br />

(sendo a da direita “+” e a da esquerda “-“)<br />

ou por intermédio da própria alavanca de<br />

comando (“+” para trás e “-“ para a frente).<br />

Anunciada como a caixa mais rápida do<br />

mercado, as passagens em modo sequencial<br />

podem ser efetuadas em 150 milésimos<br />

de segundo (modo “Race”). Quem o afirma,<br />

é a Renault. A caixa EDC contempla duas<br />

embraiagens, que atuam sobre veios seletores.<br />

Estes, por seu turno, acionam um determinado<br />

conjunto de carretos. A primeira<br />

embraiagem, atua as mudanças pares (2ª; 4ª;<br />

6ª). A segunda, encarrega-se das ímpares (1ª;<br />

3ª; 5ª; marcha-atrás). Quando é selecionada<br />

uma mudança, automaticamente é pré-<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63


Avaliação obrigatória<br />

Clio R.S. Trophy<br />

Michelin Pilot Super Sport<br />

Eficácia a toda a prova<br />

w Lança<strong>dos</strong> em janeiro de 2011, os Michelin Pilot Super Sport, de medida<br />

205/40ZR18 86Y XL, que equipavam o novo Clio R.S. Trophy que a <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> ensaiou, integram três inovações: cinta Twaron (fibra de alta<br />

densidade, concebida pelos nipónicos da Teijin Aramid, que assegura<br />

maior estabilidade a alta velocidade, graças à tensão variável que “aproxima”<br />

os sulcos do pneu sem alterar muito a distância entre os ombros);<br />

duplo composto no piso (pressupõe a utilização de três diferentes compostos<br />

de borracha nas extremidades); área variável de contacto com o solo<br />

(a pressão e a temperatura do piso são espalhadas por toda a superfície<br />

de contacto, que, sem alterá-la, consegue mudar a “pegada” consoante<br />

o automóvel descreva uma curva ou circule em linha reta, otimizando,<br />

assim, a aderência e o desempenho a frio). Não admira, pois, que o novo<br />

Clio R.S. Trophy seja tão eficaz e envolvente de conduzir.<br />

-engrenada uma seguinte, antes mesmo<br />

de a ordem para trocar de relação ser dada<br />

pela unidade de gestão eletrónica do sistema<br />

ou pelo condutor.<br />

Na prática, não sendo a mais rápida que já<br />

testámos (longe disso), a caixa EDC “casa”<br />

bem com o motor 1.6 Turbo de 220 cv, que<br />

emite uma sonoridade viciante, tornando-se,<br />

contudo, mais audível assim que se prime o<br />

botão “R.S. Drive”, característica que se deve,<br />

também, ao sistema de escape com assinatura<br />

Akrapovič. E o botão “R.S. Drive” permite<br />

selecionar três mo<strong>dos</strong> de condução: “Normal”<br />

(privilegia a suavidade e o conforto); “Sport”<br />

(a dinâmica fica mais apurada, a sonoridade<br />

do motor torna-se mais audível, o controlo de<br />

estabilidade fica mais permissivo e passa estar<br />

disponível a função “Launch Control” para os<br />

arranques a fundo); “Race” (as passagens de<br />

O R.S. Monitor 2.0,<br />

outro <strong>dos</strong> ex-líbris<br />

deste pequeno<br />

desportivo, permite<br />

monitorizar uma série<br />

de da<strong>dos</strong><br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cilindros em linha, trans., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1618<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

79,7x81,1<br />

Taxa de compressão 9,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 220/6050<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 260/2000 (280 em 4ª e 5ª)<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta de gasolina<br />

Sobrealimentação<br />

turbocompressor + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

dianteira com ESP + diferencial<br />

autoblocante eletrónico<br />

automática dupla embraiagem<br />

6 + ma (EDC)<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,9<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (320)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (260)<br />

ABS<br />

sim, com EBV + AFU + assistência<br />

ao arranque em subida<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

caixa fazem-se em 150 milésimos de segundo,<br />

o acelerador ganha maior sensibilidade, a direção<br />

ganha firmeza, o controlo de estabilidade<br />

é desativado e continua disponível a função<br />

“Launch Control”).<br />

Equipado com direção acutilante, travões<br />

Brembo que resistem relativamente bem à fadiga,<br />

suspensão firme e pneus excelentes (ver<br />

caixa, nestas páginas), o desempenho dinâmico<br />

do novo Clio R.S. Trophy, ainda para mais<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 235<br />

0-100 km/h (s) 6,6<br />

McPherson<br />

eixo semi-rígido<br />

sim/sim<br />

CONSUMOS (L/100 KM)<br />

Extra-urbano/Combinado/Urbano 5,1/5,9/7,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 135<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4090/1732/1<strong>43</strong>2<br />

Distância entre eixos (mm) 2589<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1504/1500<br />

Capacidade do depósito (l) 45<br />

Capacidade da mala (l) 300-1146<br />

Peso (kg) 1204<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 5,47<br />

Jantes de série<br />

7 1/2Jx18”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 205/40R18<br />

PNEUS DE TESTE<br />

Michelin Pilot Super Sport<br />

205/40ZR18 86Y XL<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €154,98<br />

Preço (s/ despesas) €34.070<br />

Unidade testada €34.070<br />

recorrendo aos préstimos de um diferencial<br />

autoblocante eletrónico e incorporando um<br />

amortecedor secundário no amortecedor da<br />

suspensão principal, é eficaz, entusiasmante<br />

e fácil de controlar. A motricidade é ótima e<br />

a estabilidade digna de elogios. Faça chuva<br />

ou faça sol, o novo Clio R.S. Trophy tem emoção<br />

para dar e vender. Custa, sem extras nem<br />

despesas, €34.070. Muito para um utilitário,<br />

pouco para a <strong>dos</strong>e de diversão que oferece. ♦<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Mercedes-Benz GLC 250d Coupé<br />

Estatuto às quatro rodas<br />

Kia Rio 1.4 CRDi EX<br />

Evolução considerável<br />

w A nova geração do Rio regista uma evolução considerável em<br />

quase to<strong>dos</strong> os domínios face ao modelo antecessor. A única exceção<br />

parece ser mesmo o design exterior, que, em nossa opinião,<br />

perde pelo facto de não ter a grelha dianteira volumosa típica<br />

da Kia. No entanto, não é por isso que este utilitário de cinco<br />

portas deixa de ser equilibrado e agradável à vista. No habitáculo,<br />

verifica-se a mesma orientação estilística. Com uma qualidade<br />

bastante razoável e um nível de equipamento recheado, o novo Rio<br />

tem tudo para agradar quem<br />

procura um modelo compacto<br />

eficaz, funcional e agradável de<br />

conduzir. Na versão 1.4 CRDi<br />

de 90 cv, disponível com caixa<br />

manual de seis velocidades, as<br />

prestações são francamente interessantes,<br />

tal como os consumos.<br />

Com uma direção comunicativa e um pisar sólido, o novo Rio<br />

exibe um desempenho homogéneo, notando-se a evolução face<br />

ao modelo antecessor. Está muito mais refinado e apresenta um<br />

nível de conforto mais apurado. Se a tudo isto juntarmos os sete<br />

anos de garantia que a Kia oferece e o desconto de campanha de<br />

€2.950 que está em vigor (as condições devem ser consultadas),<br />

parecem estar reunidas as condições para que este utilitário tenha<br />

sucesso. Resta acrescentar que a gama contempla, também,<br />

variantes a gasolina, porventura mais adequadas a quem não<br />

tenha de percorrer muitos quilómetros por dia.<br />

w É a carroçaria mais elegante do GLC. Pintada de branco e enaltecida<br />

pelo opcional Pack AMG (€3.150), este SUV tem na traseira<br />

descendente, semelhante à de um coupé, na imponente grelha<br />

dianteira e nas enormes jantes de 20”, os seus principais elementos<br />

distintos, aos quais se juntam uns grupos óticos bem elabora<strong>dos</strong>.<br />

Estatuto às quatro rodas é o que propõe, por isso, o novo GLC<br />

Coupé, até porque dispõe de tração integral permanente (4Matic).<br />

Além do design, existem muitas outras coisas que seduzem neste<br />

Mercedes-Benz. Como a elevada qualidade de construção, o posto<br />

de condução ergonómico, os inúmeros dispositivos de segurança<br />

instala<strong>dos</strong> a bordo e o amplo espaço para ocupantes (bagagem<br />

nem por isso). Equipado com o<br />

motor Diesel de 2,1 litros com<br />

quatro cilindros, que oferece 204<br />

cv e 500 Nm (designa-se 250d),<br />

o GLC Coupé a que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> teve acesso dispunha de<br />

uma caixa automática com nada<br />

menos do que nove velocidades<br />

(9G-Tronic). O que contribui para<br />

umas prestações muito boas, sempre com níveis de consumos<br />

comedi<strong>dos</strong>. Dinamicamente, este SUV também é um must, pois<br />

à elevada estabilidade, junta-se uma motricidade digna <strong>dos</strong> mais<br />

rasga<strong>dos</strong> elogios, uma direção com grande feedback, um caixa<br />

rápida, uns travões eficazes, uma suspensão firme e um carroçaria<br />

que exibe pouco rolamento em curva.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1396<br />

Potência máxima (cv/rpm) 90/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 240/1500-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 175<br />

0-100 km/h (s) 12,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 3,7<br />

Emissões de CO2 (g/km) 96<br />

Preço<br />

€22.882 (sem campanha)<br />

IUC €125,81<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Michelin Energy Saver<br />

195/55R16 87H<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 21<strong>43</strong><br />

Potência máxima (cv/rpm) 204/3800<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 500/1600-1800<br />

Velocidade máxima (km/h) 222<br />

0-100 km/h (s) 7,6<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,0<br />

Emissões de CO2 (g/km) 131<br />

Preço €61.450<br />

IUC €222,16<br />

<strong>Pneus</strong> teste fr.-tr. Michelin Latitude Sport 3<br />

255/45ZR20 105Y – 285/40ZR20 108Y<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Em estrada<br />

Volvo V90 D4 Inscription Geartronic<br />

Primeira dama<br />

w Com quase cinco metros de comprimento e mais de 1.800 kg de peso,<br />

a Volvo V90 é a mais recente primeira dama nórdica. A sua presença<br />

imponente deve-se, em parte, à grelha dianteira com lâminas verticais<br />

cromadas, às jantes de 20” e a todo um conjunto de detalhes que<br />

contribuem para um visual elegantes, como os frisos croma<strong>dos</strong> e os<br />

grupos óticos dianteiro estilo “martelo de Thor”. No habitáculo, reina<br />

a elevada qualidade, o amplo espaço para ocupantes e bagagem, os<br />

inúmeros dispositivos de segurança, o equipamento extenso, o posto<br />

de condução confortável e o design futurista, com os mostradores<br />

do painel de instrumentos e o ecrã da consola central a merecerem<br />

destaque. Na versão Diesel de 190 cv (D4), que traz acoplada, nesta<br />

unidade, caixa automática de<br />

oito velocidades (Geartronic), a<br />

V90 ganha um bom equilíbrio<br />

entre performance e preço. Os<br />

valores anuncia<strong>dos</strong> pela marca<br />

sueca traduzem isso mesmo:<br />

225 km/h de velocidade máxima;<br />

8,5 segun<strong>dos</strong> para cumprir<br />

o arranque <strong>dos</strong> 0 aos 100<br />

km/h; consumo combinado de<br />

4,5 l/100 km; emissões de CO2 de 119 g/km. Confortável, segura e<br />

com reações previsíveis, a maior carrinha da Volvo demonstra grande<br />

confiança na estrada e consegue ser mais reativa do que aquilo que<br />

a sua aparência exterior deixaria supor. E nem se pode dizer que os<br />

€60.514 pedi<strong>dos</strong> para esta versão sejam desajusta<strong>dos</strong>.<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Skoda Fabia Break 1.4 TDI ScoutLine<br />

Ar aventureiro<br />

w Seria uma Fabia Break igual a tantas outras não fosse o azul<br />

metalizado que reveste a carroçaria e o pacote ScoutLine. Dois<br />

extras que lhe conferem um ar aventureiro e que elevam a<br />

agradabilidade visual desta carrinha. O cinzento acetinado<br />

das barras de tejadilho e das capas <strong>dos</strong> retrovisores, a proteção<br />

da base do para-choques dianteiro e as cavas das rodas<br />

envolvidas por plástico, assim o determinam. As jantes de 16”<br />

com cinco raios também resultam bem. Funcional, versátil e<br />

sóbrio, o interior propõe boa habitabilidade, bagageira volumosa,<br />

posto de condução correto e qualidade bastante<br />

razoável. O equipamento oferece tudo o que faz falta, sem<br />

nada de luxos. Depois, o motor 1.4 TDI de três cilindros, com<br />

90 cv e 230 Nm, que traz acoplada<br />

caixa manual de cinco<br />

velocidades, prima mais pelos<br />

consumos reduzi<strong>dos</strong> do que<br />

pelas prestações. No que ao<br />

desempenho dinâmico diz<br />

respeito, a Fabia Break faz<br />

tudo de forma competente,<br />

com reações honestas e homogéneas,<br />

mas sem grande envolvência. Ainda assim, convém<br />

realçar que a direção tem um bom feedback e que o comando<br />

da caixa podia ser mais preciso. Assim como a suspensão<br />

dispor de um amortecimento mais firme, o que acabaria por<br />

favorecer bastante a agradabilidade de condução, ainda que<br />

penalizando o conforto. O preço é outros <strong>dos</strong> pontos fortes<br />

desta carrinha checa.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1969<br />

Potência máxima (cv/rpm) 190/4250<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 225<br />

0-100 km/h (s) 8,5<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,5<br />

Emissões de CO2 (g/km) 119<br />

Preço €60.514<br />

IUC €192,99<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Pirelli P Zero<br />

255/35R20 97W<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1422<br />

Potência máxima (cv/rpm) 90/3000-3250<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 230/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 184<br />

0-100 km/h (s) 11,3<br />

Consumo combinado (l/100 km) 3,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 101<br />

Preço €23.207<br />

IUC €125,81<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Dunlop SP Sport Maxx<br />

215/45R16 86H<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2017


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68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016

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