POSTERS - Update em medicina 2017 book 1

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IMPACTE DA INFORMAÇÃO ESCRITA DADA PELO MÉDICO DE FAMÍLIA NA DIABETES TIPO 2 Inês Rosendo 1 , Luiz Miguel Santiago 2 1 UCSP Fernão de Magalhães, 2 USF Topázio Coimbra Introdução A educação terapêutica e informação dada à pessoa com diabetes tipo 2 (DM2) parece ser importante nesta doença de prevalência crescente. Metodologia Ensaio clínico não farmacológico. Amostra: 18 primeiras pessoas com DM2 em consulta de seguimento a partir de 15/10/14. Recrutados 65 médicos de família voluntários, distribuídos pelas 5 ARS, por amostragem multietápica após estratificação. Resultados Intervenção: Na primeira consulta, as pessoas foram aleatorizadas em 4 grupos (3 de intervenção com folhetos validados e 1 controlo) e foi reforçada a leitura do folheto nas consultas seguintes de seguimento habitual, até 6 meses. Objetivo Este estudo visou estudar a efetividade da informação escrita dada ao utente diabético, a 6 meses, no controlo metabólico e cardiovascular. Variáveis: HbA1c, glicémias no domicílio, peso, altura, perímetro abdominal, tensão arterial, cigarros fumados, atividade física praticada (escala PACE validada 1 ), adesão à terapêutica (escala MAT validado 2 ), medicamentos tomados, tempo de evolução da diabetes, idade, sexo e formação. Estatística: descritiva e inferencial. 709 Recrutados Intervenção 355 • Folheto diabetes (120) • Folheto atividade física (116) • Folheto terapêutica(119) Controlo 354 702 Após 6 meses Intervenção 350 • Folheto diabetes (119) • Folheto atividade física (113) • Folheto terapêutica(118) Controlo 352 Após 6 meses da intervenção: A adesão à terapêutica farmacológica melhorou mais no grupo intervenção §Nos subgrupos: §Idade < 65 anos (p= 0,027) §Formação §≤ 4 anos (p=0,030) §≤ 9 anos (p=0,006) §Duração DM2 ≤ 5 anos (p=0,010) §HbA1c inicial ≥ 7% (p=0,008) sem diferenças significativas nas variáveis estudadas na amostra nestes 2 tempos nem entre grupos §Não melhoria controlo glicémico: §HbA1c §Com diferenças entre folhetos: Idade: média 66,04 +/- 10,45 anos Sexo: 60,1% ♂ Educação: média 6,24 +/- 3,90 anos Diagnóstico DM2: 9,28 +/- 7,85 anos Conclusões: Folhetos dados nos cuidados de saúde primários a pessoas com DM2 podem ter benefícios na adesão à terapêutica a curto prazo, nomeadamente em pessoas mais novas e com menor formação. Será importante fazer estudos mais prolongados para perceber o impacte a nível de morbimortalidade, estudos com intervenções mais frequentes e que ajudem a perceber qual o tipo de intervenção mais eficaz na população Portuguesa. Agradecimentos: Unidades de saúde e médicos de família que fizeram recrutamento e recolha de dados: Dagmara Paiva, João Monteiro, Manuel Tinoco, Ângela Neves, Raquel Braga, Maria José Teixeira, Carla Costa, Carla Morna, Maria Margarida Moreira, José Rui Caetano, Francisco Fachado, Lina Costa, Daniela Neves, Mónica Granja, Gabriela Poças, Helena Oliveira, Paulo Sousa Neves, Severina Nicora, Dilermando Sobral, José Augusto Simões, Celina Pires Rosa, Raquel Ferreira, Pedro Salgado Gomes, Ana Sofia Tavares, Helena Carvalho, António Pereira, Miguel Pereira, Vasco Queiroz, Liliana Constantino, Joana Azeredo, Luísa Carvalho, Paula Cristina Silva, Joana Abreu, Maria de Lurdes Tavares Bello, Tatiana Petrachi, Maria José Verdasca, Maria do Rosário Gonçalves, Andreia Luís, Marta Marquês, Joana Luís, Ana Andreia Matos, Raquel Henriques, Jaime Brito da Torre, Cineyde Barros, Natalyia Barchuk, Nuno Jacinto, Laura Gonçalves, Hermínia Caeiro, Viktoriia Vinagre, Nelson Brito, Margarida Feteira, Rui Miranda, Susana Costa. inesrcs@gmail.com Bibliografia: 1 – Núcleo de Exercício e Saúde, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa, ed. Aconselhamento para a actividade física PACE. Oeiras: C.M; 2003. 2 - Delgado AB, Lima ML. Contributo para a validação concorrente de uma medida de adesão aos tratamentos. Psicol Saúde Amp Doenças. 2001;2(2):81-100.

IMPACTE DA INFORMAÇÃO ESCRITA<br />

DADA PELO MÉDICO DE FAMÍLIA NA DIABETES TIPO 2<br />

Inês Rosendo 1 , Luiz Miguel Santiago 2<br />

1<br />

UCSP Fernão de Magalhães, 2 USF Topázio Coimbra<br />

Introdução A educação terapêutica e<br />

informação dada à pessoa com diabetes tipo 2<br />

(DM2) parece ser importante nesta doença de<br />

prevalência crescente.<br />

Metodologia<br />

Ensaio clínico não farmacológico.<br />

Amostra: 18 primeiras pessoas com<br />

DM2 <strong>em</strong> consulta de seguimento a<br />

partir de 15/10/14. Recrutados 65<br />

médicos de família voluntários,<br />

distribuídos pelas 5 ARS, por<br />

amostrag<strong>em</strong> multietápica após<br />

estratificação.<br />

Resultados<br />

Intervenção: Na primeira<br />

consulta, as pessoas<br />

foram aleatorizadas <strong>em</strong> 4<br />

grupos (3 de intervenção<br />

com folhetos validados e 1<br />

controlo) e foi reforçada a<br />

leitura do folheto nas<br />

consultas seguintes de<br />

seguimento habitual, até 6<br />

meses.<br />

Objetivo Este estudo visou estudar a<br />

efetividade da informação escrita dada ao<br />

utente diabético, a 6 meses, no controlo<br />

metabólico e cardiovascular.<br />

Variáveis: HbA1c, glicémias no<br />

domicílio, peso, altura, perímetro<br />

abdominal, tensão arterial, cigarros<br />

fumados, atividade física praticada<br />

(escala PACE validada 1 ), adesão à<br />

terapêutica (escala MAT validado 2 ),<br />

medicamentos tomados, t<strong>em</strong>po de<br />

evolução da diabetes, idade, sexo e<br />

formação. Estatística: descritiva e<br />

inferencial.<br />

709<br />

Recrutados<br />

Intervenção 355<br />

• Folheto diabetes<br />

(120)<br />

• Folheto atividade<br />

física (116)<br />

• Folheto<br />

terapêutica(119)<br />

Controlo<br />

354<br />

702<br />

Após 6 meses<br />

Intervenção 350<br />

• Folheto diabetes<br />

(119)<br />

• Folheto atividade<br />

física (113)<br />

• Folheto<br />

terapêutica(118)<br />

Controlo<br />

352<br />

Após 6 meses da intervenção:<br />

A adesão à terapêutica farmacológica<br />

melhorou mais no grupo intervenção<br />

§Nos subgrupos:<br />

§Idade < 65 anos (p= 0,027)<br />

§Formação<br />

§≤ 4 anos (p=0,030)<br />

§≤ 9 anos (p=0,006)<br />

§Duração DM2 ≤ 5 anos<br />

(p=0,010)<br />

§HbA1c inicial ≥ 7%<br />

(p=0,008)<br />

s<strong>em</strong> diferenças significativas<br />

nas variáveis estudadas na<br />

amostra nestes 2 t<strong>em</strong>pos<br />

n<strong>em</strong> entre grupos<br />

§Não melhoria controlo glicémico:<br />

§HbA1c<br />

§Com diferenças entre folhetos:<br />

Idade: média 66,04 +/- 10,45 anos<br />

Sexo: 60,1% ♂<br />

Educação: média 6,24 +/- 3,90 anos<br />

Diagnóstico DM2: 9,28 +/- 7,85 anos<br />

Conclusões:<br />

Folhetos dados nos cuidados de saúde primários a pessoas com<br />

DM2 pod<strong>em</strong> ter benefícios na adesão à terapêutica a curto prazo,<br />

nomeadamente <strong>em</strong> pessoas mais novas e com menor formação.<br />

Será importante fazer estudos mais prolongados para perceber o<br />

impacte a nível de morbimortalidade, estudos com intervenções mais<br />

frequentes e que ajud<strong>em</strong> a perceber qual o tipo de intervenção mais<br />

eficaz na população Portuguesa.<br />

Agradecimentos:<br />

Unidades de saúde e médicos de família que fizeram recrutamento e recolha de dados: Dagmara Paiva, João Monteiro, Manuel Tinoco, Ângela<br />

Neves, Raquel Braga, Maria José Teixeira, Carla Costa, Carla Morna, Maria Margarida Moreira, José Rui Caetano, Francisco Fachado, Lina<br />

Costa, Daniela Neves, Mónica Granja, Gabriela Poças, Helena Oliveira, Paulo Sousa Neves, Severina Nicora, Dilermando Sobral, José Augusto<br />

Simões, Celina Pires Rosa, Raquel Ferreira, Pedro Salgado Gomes, Ana Sofia Tavares, Helena Carvalho, António Pereira, Miguel Pereira, Vasco<br />

Queiroz, Liliana Constantino, Joana Azeredo, Luísa Carvalho, Paula Cristina Silva, Joana Abreu, Maria de Lurdes Tavares Bello, Tatiana<br />

Petrachi, Maria José Verdasca, Maria do Rosário Gonçalves, Andreia Luís, Marta Marquês, Joana Luís, Ana Andreia Matos, Raquel Henriques,<br />

Jaime Brito da Torre, Cineyde Barros, Natalyia Barchuk, Nuno Jacinto, Laura Gonçalves, Hermínia Caeiro, Viktoriia Vinagre, Nelson Brito,<br />

Margarida Feteira, Rui Miranda, Susana Costa.<br />

inesrcs@gmail.com<br />

Bibliografia:<br />

1 – Núcleo de Exercício e Saúde, Faculdade de<br />

Motricidade Humana, Universidade Técnica de<br />

Lisboa, ed. Aconselhamento para a actividade<br />

física PACE. Oeiras: C.M; 2003.<br />

2 - Delgado AB, Lima ML. Contributo para a<br />

validação concorrente de uma medida de adesão<br />

aos tratamentos. Psicol Saúde Amp Doenças.<br />

2001;2(2):81-100.

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