POSTERS - Update em medicina 2017 book 1
% Utentes CHEN. Jose; et al. Diabetic Foot: clinical reports; J Vacs Br 2005; 4(1):11-21; BORTOLETTO.M.S.S; et al; Diabetic Foot – a Systematic Examinatio; Arq.Ciên. Saúde; 2009:v13, n 1:37-43; YOSUF, M.K. et al; Diabetic neuropathic forefoot and heel ulcers: management, clinical presentation and outcomes; J Wound Care; Sept 2015; 2;24 (9):420-425; GEPED 2015, Tradução das recomedações do International Working Group On The Diabetic Foot; BAKER Neil, KENNY Colin; Prevention, Screening and referral of Diabetic Foot in Primary Care; CPD Module16:307-16; Norma de Orientação Clínica 005/2011 Diagnóstico Sistemático do Pé Diabético de 21/01/2011. Nº Complicações Consulta de Pé Diabético – a realidade numa Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Michelle Oliveira 1 ; Mariline Ribeiro 1 ; Madalena Santos 2 1 Interna de de Formação Específica de Medicina Geral e Familiar, UCSP Mira 2 Especialista de Medicina Geral e Familiar, UCSP Mira 4 a 7 de maio de 2017 – Palácio de Congressos do Algarve INTRODUÇÃO A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica que cresce a um ritmo estimado de nove milhões de novos casos por ano e cujas complicações tem consequências desastrosas na qualidade de vida dos doentes. O Pé Diabético tem um impacto negativo na qualidade de vida do doente e elevados custos socioeconómicos. Estima-se que 20- 25% das admissões hospitalares em utentes com DM ocorre por complicação do Pé Diabético e que um diabético tem um risco de amputação 15 a 46 vezes superior aos indivíduos sem DM. Embora o Pé Diabético seja consequência de diversas alterações fisiopatológicas irreversíveis, o seu desfecho por ser melhorado com um acompanhamento adequado e uma referenciação precoce para os cuidados especializados. OBJETIVO Caraterizar os indivíduos observados na Consulta do Pé Diabético na Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Mira e definir as alterações do pé mais prevalentes na avaliação do Pé Diabético. METODOLOGIA Análise retrospetiva dos registos feitos no SClínico e em papel, dos doentes que foram referenciados à Consulta de Pé da UCSP Mira desde Março de 2015 até Setembro de 2016, pelo seu médico assistente. RESULTADOS Número total doentes diabéticos observados na Consulta de Pé Diabético : 49 doentes • Distribuição por sexo 35% 65% Masculino Feminino • Distribuição por idade Idade média: 72 anos Idade mínima: 42 anos Idade máxima: 93 anos • Tipo de Diabetes 100% 76% 50% 24% 0% I II Tipo de Diabetes 10 8 6 4 2 0 • Complicações da Diabetes 6 8 Renal Cardiovascular Visão Amputação anterior Complicações da Diabetes 7 3 • Cuidados de Higiene dos Pés Sinais e Sintomas: 22% ••Sono não reparador 78% •Insónia •Sonolência Sim diurna Não • • Calçado Adequado 47% 53% Adequado Desadequado • Alterações: Pele Nº utentes Diminuição da pilosidade 39 Calosidades 33 Desidratação 28 Pele fina e brilhante 27 Dermatomicose 24 Edema 19 Diminuição da temperatura 15 Gretas/fissuras 13 Unhas Nº utentes Onicomicose 21 Corte incorreto 19 Onicocriptose 12 Onicogrifose 8 Alterações da Sensibilidade Nº utentes Protetora (monofilamento) 8 Tátil 4 Dolorosa 1 Vibratória 1 Dolorosa 1 Músculo-Esquelético Nº utentes Dedos em garra 19 Encavalgamento dos dedos 18 Hallux Valgus 4 Ausência do reflexo aquiliano 2 Vascular Nº utentes ITB aumentado 5 ITB diminuído 1 Ausência de pulsos palpáveis 1 CONCLUSÃO: O Pé Diabético é uma entidade com grande impacto na qualidade de vida dos utentes, pois todos os problemas com ela relacionados são causadores de sofrimento (tanto para o doente como para a sua família) e de elevados custos socias e financeiros. Um maior conhecimento dos médicos e enfermeiros da família das alterações típicas desta entidade, uma maior consciência da sua gravidade, um rastreio e tratamentos adequados, permite, não só melhorar a qualidade de vida destes utentes, como evitar as suas complicações.
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CHEN. Jose; et al. Diabetic Foot: clinical reports; J Vacs Br 2005; 4(1):11-21; BORTOLETTO.M.S.S; et al; Diabetic Foot – a Syst<strong>em</strong>atic Examinatio; Arq.Ciên. Saúde; 2009:v13, n 1:37-43; YOSUF, M.K. et al; Diabetic<br />
neuropathic forefoot and heel ulcers: manag<strong>em</strong>ent, clinical presentation and outcomes; J Wound Care; Sept 2015; 2;24 (9):420-425; GEPED 2015, Tradução das recomedações do International<br />
Working Group On The Diabetic Foot; BAKER Neil, KENNY Colin; Prevention, Screening and referral of Diabetic Foot in Primary Care; CPD Module16:307-16; Norma de Orientação Clínica<br />
005/2011 Diagnóstico Sist<strong>em</strong>ático do Pé Diabético de 21/01/2011.<br />
Nº Complicações<br />
Consulta de Pé Diabético – a realidade numa Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados<br />
Michelle Oliveira 1 ; Mariline Ribeiro 1 ; Madalena Santos 2<br />
1<br />
Interna de de Formação Específica de Medicina Geral e Familiar, UCSP Mira<br />
2<br />
Especialista de Medicina Geral e Familiar, UCSP Mira<br />
4 a 7 de maio de <strong>2017</strong> – Palácio de Congressos do Algarve<br />
INTRODUÇÃO<br />
A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica que cresce a um ritmo estimado de nove milhões de novos casos por ano e cujas<br />
complicações t<strong>em</strong> consequências desastrosas na qualidade de vida dos doentes.<br />
O Pé Diabético t<strong>em</strong> um impacto negativo na qualidade de vida do doente e elevados custos socioeconómicos. Estima-se que 20-<br />
25% das admissões hospitalares <strong>em</strong> utentes com DM ocorre por complicação do Pé Diabético e que um diabético t<strong>em</strong> um risco de<br />
amputação 15 a 46 vezes superior aos indivíduos s<strong>em</strong> DM. Embora o Pé Diabético seja consequência de diversas alterações<br />
fisiopatológicas irreversíveis, o seu desfecho por ser melhorado com um acompanhamento adequado e uma referenciação precoce para<br />
os cuidados especializados.<br />
OBJETIVO<br />
Caraterizar os indivíduos observados na Consulta do Pé<br />
Diabético na Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Mira e<br />
definir as alterações do pé mais prevalentes na avaliação do Pé<br />
Diabético.<br />
METODOLOGIA<br />
Análise retrospetiva dos registos feitos no SClínico e <strong>em</strong><br />
papel, dos doentes que foram referenciados à Consulta de Pé da<br />
UCSP Mira desde Março de 2015 até Set<strong>em</strong>bro de 2016, pelo<br />
seu médico assistente.<br />
RESULTADOS<br />
Número total doentes diabéticos observados na Consulta de Pé Diabético : 49 doentes<br />
• Distribuição por sexo<br />
35%<br />
65%<br />
Masculino F<strong>em</strong>inino<br />
• Distribuição por idade<br />
Idade média: 72 anos<br />
Idade mínima: 42 anos<br />
Idade máxima: 93 anos<br />
• Tipo de Diabetes<br />
100%<br />
76%<br />
50% 24%<br />
0%<br />
I II<br />
Tipo de Diabetes<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
• Complicações da Diabetes<br />
6<br />
8<br />
Renal Cardiovascular Visão Amputação<br />
anterior<br />
Complicações da Diabetes<br />
7<br />
3<br />
• Cuidados de Higiene dos Pés<br />
Sinais e Sintomas:<br />
22%<br />
••Sono não reparador<br />
78%<br />
•Insónia<br />
•Sonolência Sim diurna Não<br />
•<br />
• Calçado Adequado<br />
47%<br />
53%<br />
Adequado Desadequado<br />
• Alterações:<br />
Pele<br />
Nº utentes<br />
Diminuição da<br />
pilosidade 39<br />
Calosidades 33<br />
Desidratação 28<br />
Pele fina e brilhante 27<br />
Dermatomicose 24<br />
Ed<strong>em</strong>a 19<br />
Diminuição da<br />
t<strong>em</strong>peratura 15<br />
Gretas/fissuras 13<br />
Unhas<br />
Nº utentes<br />
Onicomicose 21<br />
Corte incorreto 19<br />
Onicocriptose 12<br />
Onicogrifose 8<br />
Alterações da<br />
Sensibilidade Nº utentes<br />
Protetora (monofilamento) 8<br />
Tátil 4<br />
Dolorosa 1<br />
Vibratória 1<br />
Dolorosa 1<br />
Músculo-Esquelético Nº utentes<br />
Dedos <strong>em</strong> garra 19<br />
Encavalgamento dos dedos 18<br />
Hallux Valgus 4<br />
Ausência do reflexo<br />
aquiliano 2<br />
Vascular<br />
Nº utentes<br />
ITB aumentado 5<br />
ITB diminuído 1<br />
Ausência de pulsos<br />
palpáveis 1<br />
CONCLUSÃO:<br />
O Pé Diabético é uma entidade com grande impacto na qualidade de vida dos utentes, pois todos os probl<strong>em</strong>as com ela<br />
relacionados são causadores de sofrimento (tanto para o doente como para a sua família) e de elevados custos socias e<br />
financeiros.<br />
Um maior conhecimento dos médicos e enfermeiros da família das alterações típicas desta entidade, uma maior<br />
consciência da sua gravidade, um rastreio e tratamentos adequados, permite, não só melhorar a qualidade de vida destes<br />
utentes, como evitar as suas complicações.