POSTERS - Update em medicina 2017 book 1
Bibliografia: Lopes Leonor et al. Sífilis: Prevalência num hospital de Lisboa. Acta Med.Port 2016 Jan;29 (1): 52-55| M. Janier, et al. 2014 European guideline on the management of syphilis. 2014 European Academy of Dermatology and Venereology.|Cleinman, Isabella. May, Silvia. Directrizes de atendimento de sífilis em adulto. Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nídia Cristele Nunes (1) , David Rodrigues (1) , Hugo Salgueiro (1) , Joana Fernandes (1) , Joana Pereira (1) , Susana Grilo Lourenço (1) , Nuno Páscoa (1) (1) Internos de Medicina Geral e Familiar. USF Planície – CS Évora E-mail de contacto: nidiacristele@gmail.com ENQUADRAMENTO • Doença sexualmente transmitida, causada pela espiroqueta Treponema Pallidum. • Período de incubação de 9 a 90 dias (média de 2-4 semanas). • Principal forma de transmissão sexual – 50% probabilidade de transmissão a partir de um indivíduo em fase contagiosa com acidente sifilítico. Forma clínica Sífilis primária Sífilis secundária Sífilis latente precoce/ latente tardia Sífilis terciária Características - Úlcera dura na região ano-genital, linfadenopatia local - Teste serológico reactivo - Lesões mucocutâneas não vesiculares, sintomas generalizados - Testes serológicos reactivos - 1 ano após infecção primária - Testes serológicos reactivos - Sífilis cardiovascular - Goma sifilítica - Neurosífilis CASO CLÍNICO • Sexo masculino, 28 anos • Etnia cigana • Família Nuclear, Fase VII do Ciclo de Vida de Duvall • AP: HPV anal, amigdalites de repetição medicadas mas sem resolução, observado em ORL sem diagnóstico esclarecedor • Hábitos tabágicos 09 de Novembro de 2016 – Consulta Aberta • Sintomatologia compatível com amigdalite aguda e lesões papulares no pénis; • Medicado com azitromicina 5 dias, aciclovir 200mg - 5 dias e terbinafina 250mg – 28 dias. 15 de Novembro de 2016 • Queixas de cefaleia que impediam o sono, febre e odinofagia • E.O: exantema maculopapular não pruriginoso, atingindo couro cabeludo e palmas das mãos, limitação da elevação dos membros inferiores em decúbito dorsal, dor na nuca com a flexão cervical. Serviço de Urgência • MCD: alterações da função hepática; RPR positivo; punção lombar: liquor ligeiramente turvo, aumento das proteínas e incontáveis eritrócitos; TCE sem alterações. • Dermatologia admitiu lesões penianas serem cicatriciais de cancro de sífilis primária. Testes Serológicos Não treponémicos • VDRL • RPR Treponémicos • TPHA • FTA- abs • EIA • CIA Hipóteses diagnósticas • Sífilis Secundária/Lactente • Iatrogenia a terbinafina ‣ Medicado com Penicilina Benzatinica 2.4MU 1X/semana - 2 semanas consecutivas. Feita pela médica de família a notificação obrigatória da doença. Tratamento 1ª Linha Penicilina Benzatínica CONCLUSÃO • A Sífilis é um problema de saúde pública pelo aumento da sua incidência na Europa. • Apesar do tratamento ser simples, é essencial haver um bom conhecimento da sua evolução e é crucial a relação médicodoente para que haja confiança suficiente para o próprio utente abordar os seus sintomas e alterações físicas.
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Bibliografia: Lopes Leonor et al. Sífilis: Prevalência num hospital de Lisboa. Acta Med.Port 2016 Jan;29 (1): 52-55| M. Janier, et al. 2014 European guideline on the manag<strong>em</strong>ent of syphilis. 2014<br />
European Acad<strong>em</strong>y of Dermatology and Venereology.|Cleinman, Isabella. May, Silvia. Directrizes de atendimento de sífilis <strong>em</strong> adulto. Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital<br />
Universitário Cl<strong>em</strong>entino Fraga Filho – Universidade Federal do Rio de Janeiro.<br />
Nídia Cristele Nunes (1) , David Rodrigues (1) , Hugo Salgueiro (1) , Joana Fernandes (1) , Joana Pereira (1) ,<br />
Susana Grilo Lourenço (1) , Nuno Páscoa (1)<br />
(1)<br />
Internos de Medicina Geral e Familiar. USF Planície – CS Évora<br />
E-mail de contacto: nidiacristele@gmail.com<br />
ENQUADRAMENTO<br />
• Doença sexualmente transmitida, causada pela<br />
espiroqueta Trepon<strong>em</strong>a Pallidum.<br />
• Período de incubação de 9 a 90 dias (média de<br />
2-4 s<strong>em</strong>anas).<br />
• Principal forma de transmissão sexual – 50%<br />
probabilidade de transmissão a partir de um<br />
indivíduo <strong>em</strong> fase contagiosa com acidente<br />
sifilítico.<br />
Forma<br />
clínica<br />
Sífilis<br />
primária<br />
Sífilis<br />
secundária<br />
Sífilis<br />
latente<br />
precoce/<br />
latente<br />
tardia<br />
Sífilis<br />
terciária<br />
Características<br />
- Úlcera dura na região ano-genital,<br />
linfadenopatia local<br />
- Teste serológico reactivo<br />
- Lesões mucocutâneas não vesiculares,<br />
sintomas generalizados<br />
- Testes serológicos reactivos<br />
- 1 ano após infecção primária<br />
- Testes serológicos reactivos<br />
- Sífilis cardiovascular<br />
- Goma sifilítica<br />
- Neurosífilis<br />
CASO CLÍNICO<br />
• Sexo masculino, 28 anos<br />
• Etnia cigana<br />
• Família Nuclear, Fase VII do Ciclo de Vida de Duvall<br />
• AP: HPV anal, amigdalites de repetição medicadas mas s<strong>em</strong><br />
resolução, observado <strong>em</strong> ORL s<strong>em</strong> diagnóstico esclarecedor<br />
• Hábitos tabágicos<br />
09 de Nov<strong>em</strong>bro de 2016 – Consulta Aberta<br />
• Sintomatologia compatível com amigdalite aguda e lesões<br />
papulares no pénis;<br />
• Medicado com azitromicina 5 dias, aciclovir 200mg - 5 dias e<br />
terbinafina 250mg – 28 dias.<br />
15 de Nov<strong>em</strong>bro de 2016<br />
• Queixas de cefaleia que impediam o sono, febre e odinofagia<br />
• E.O: exant<strong>em</strong>a maculopapular não pruriginoso, atingindo couro<br />
cabeludo e palmas das mãos, limitação da elevação dos m<strong>em</strong>bros<br />
inferiores <strong>em</strong> decúbito dorsal, dor na nuca com a flexão cervical.<br />
Serviço de Urgência<br />
• MCD: alterações da função hepática; RPR positivo; punção<br />
lombar: liquor ligeiramente turvo, aumento das proteínas e<br />
incontáveis eritrócitos; TCE s<strong>em</strong> alterações.<br />
• Dermatologia admitiu lesões penianas ser<strong>em</strong> cicatriciais de<br />
cancro de sífilis primária.<br />
Testes<br />
Serológicos<br />
Não treponémicos<br />
• VDRL<br />
• RPR<br />
Treponémicos<br />
• TPHA<br />
• FTA- abs<br />
• EIA<br />
• CIA<br />
Hipóteses diagnósticas<br />
• Sífilis Secundária/Lactente<br />
• Iatrogenia a terbinafina<br />
‣ Medicado com Penicilina Benzatinica 2.4MU 1X/s<strong>em</strong>ana - 2<br />
s<strong>em</strong>anas consecutivas.<br />
Feita pela médica de família a notificação obrigatória da doença.<br />
Tratamento 1ª<br />
Linha<br />
Penicilina Benzatínica<br />
CONCLUSÃO<br />
• A Sífilis é um probl<strong>em</strong>a de saúde pública pelo aumento da sua incidência na Europa.<br />
• Apesar do tratamento ser simples, é essencial haver um bom conhecimento da sua evolução e é crucial a relação médicodoente<br />
para que haja confiança suficiente para o próprio utente abordar os seus sintomas e alterações físicas.