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POSTERS - Update em medicina 2017 book 1

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Gestão da Dor Crónica nos Cuidados de Saúde<br />

Primários <strong>em</strong> Portugal:<br />

por onde começar?<br />

Sara Araújo Machado 1 , João Vasco Barreira 5 , Raquel Sanches 2 , Pedro Barreira 4 , Sofia R<strong>em</strong>tula 3 , Tiago de Castelar Gonçalves 3<br />

USF Samora Correia, ACES Estuário do Tejo 1 . USF São Julião, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 2 . USF Conde de Oeiras, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 3 . USF Alcais, ACES Cascais 4 . ARS Lisboa e Vale do Tejo.<br />

Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Lisboa Central 5 .<br />

Introdução e Objectivos<br />

Métodos<br />

A dor crónica (DC) afecta cerca de 35% da população portuguesa, condicionando uma carga<br />

pessoal e social substancial. A sua abordag<strong>em</strong> ocorre <strong>em</strong> cerca de 4/5 dos doentes ao nível<br />

dos Cuidados de Saúde Primários (CSP). 1-5<br />

A dificuldade na gestão destes doentes passa pelo seu elevado número, complexidade das<br />

suas necessidades, escassez de recursos, falta de formação dos profissionais, e ausência de<br />

uma rede/ orientações de gestão e seguimento que oriente os profissionais e doentes. 2,5-7<br />

Neste projecto apresentamos uma proposta de um modelo para a avaliação e gestão do<br />

doente com DC ao nível dos CSP adaptada à realidade portuguesa.<br />

Foi realizada uma pesquisa na base de dados MEDLINE-pubmed usando as<br />

palavras-chave primary care, pain manag<strong>em</strong>ent model. Seleção dos artigos <strong>em</strong><br />

Português ou Inglês, com publicação após 2014 e texto completo disponível, de<br />

acordo com a sua relevância. Foram selecionadas um total de 7 publicações e<br />

adicionados dois artigos através de pesquisas paralelas. Foram realizadas śntese<br />

dos dados e ańlise narrativa dos resultados.<br />

Modelo de Gestão da Dor Crónica nos Cuidados de Saúde Primários<br />

Comorbilidades<br />

O controlo das<br />

Capacidade e<br />

Contexto<br />

comorbilidades pode<br />

limitação funcional<br />

psicossocial<br />

traduzir-se numa melhoria<br />

- Contextualização clinica e<br />

da qualidade de vida (QdV )e - Limitação causada no<br />

social 2-4,7<br />

contribuir para o controlo da quotidiano<br />

- Despiste de comorbilidades<br />

dor. 2-7 - Comparação com as suas<br />

psicológicas 2,3 capacidades físicas e<br />

psíquicas basais. 2-4,5,7<br />

Caracterização da<br />

Dor<br />

- Avaliação da dor<br />

- Despiste de causas<br />

tratáveis e factores<br />

modificáveis 2-4,6, 7<br />

1ª Etapa<br />

Avaliação<br />

4C<br />

Terapêuticas<br />

Farmacológicas<br />

- Selecção da abordag<strong>em</strong><br />

farmacológica correcta<br />

- Reavaliação/ ajuste<br />

periódico 2-4,6, 7<br />

Rede de Apoio<br />

Permanente<br />

- Acompanhamento<br />

periódico, com contacto<br />

próxima com os CSP.<br />

- Definição de um plano de<br />

<strong>em</strong>ergência 4,7-9 - Sugestão de terapias<br />

Auto-gestão<br />

Educacional<br />

Fornecer ao doente a<br />

capacidade de auto-gestão<br />

tornando-o independente e<br />

condicionando melhoria<br />

significativa na sua QdV.<br />

3ª Etapa<br />

Estabelecer<br />

um plano<br />

3A<br />

Modelo de<br />

Gestão da Dor<br />

crónica nos<br />

Cuidados de<br />

Saúde Primários<br />

2ª Etapa<br />

Tratamento<br />

e Gestão<br />

3F2C<br />

Terapêuticas Físicas<br />

- Priorizar a independência e<br />

des<strong>em</strong>penho do doente<br />

- Programa de (re)activação<br />

no domicilio ou com<br />

supervisão.<br />

2-4, 6-9<br />

Factores Psicossociais<br />

- Maximizar as capacidades<br />

sociais do doente e a sua<br />

QdV.<br />

- Recursos comunitários. 2-8<br />

Aliança e Acordo<br />

- Negociação de plano<br />

terapêutico, mutável,<br />

responsabilidade partilhada,<br />

tendo <strong>em</strong> vista prioridades,<br />

expectativas e limitações.<br />

Terapêuticas<br />

Compl<strong>em</strong>entares<br />

alternativas adjuvantes 2-4<br />

Patologias<br />

Concomitantes<br />

- Controlo de outros factores<br />

e patologias (psicológicas e<br />

físicas) como factores<br />

independentes na gestão<br />

destes doentes 2-5, 7<br />

Discussão e Conclusão<br />

A complexidade do t<strong>em</strong>a e a necessidade de uma abordag<strong>em</strong> holística e <strong>em</strong> perfeita articulação torna difícil delinear uma abordag<strong>em</strong>.<br />

2, 3, 4<br />

O modelo proposto dá enfase a um programa de auto-gestão e manutenção domiciliar, aliada a um sist<strong>em</strong>a de cuidados permanentes sediado nos CSP, favorecendo os factores<br />

psicossociais como componentes importante no sucesso terapêutico.<br />

Num país <strong>em</strong> que a rede de Cuidados Paliativos está ainda <strong>em</strong> desenvolvimento, e <strong>em</strong> que muitas regiões condicionam, pela sua localização, isolamento <strong>em</strong> relação a muitos cuidados<br />

de saúde hospitalares, consideramos que este documento pode ser uma contribuição valiosa para assegurar a igualdade de direitos entre cidadãos de diferentes regiões.<br />

1, 2,4,5<br />

Bibliografia<br />

1<br />

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Tom S Mars, Jens Foell, Chris J Griffiths and Martin R Underwood, Improving the self-manag<strong>em</strong>ent of chronic pain: COping with persistent Pain, Effectiveness Research in Self-manag<strong>em</strong>ent (COPERS), Programme Grants for apllied research, , vol. 4, issue 14, Sept<strong>em</strong>ber 2016

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