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POSTERS - Update em medicina 2017 book 1

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Incontinência Urinária F<strong>em</strong>inina<br />

Abordag<strong>em</strong> nos Cuidados de Saúde Primários<br />

Ventura, S., Fernandes, V., Gomes, S., Guedes, V., Corral, M., Moura, D<br />

Introdução: A Incontinência Urinária (IU) é caracterizada pela perda involuntária de urina. T<strong>em</strong> uma prevalência maior no sexo f<strong>em</strong>inino (2:1), afetando até 25% após a<br />

menopausa e 50% das institucionalizadas. Apenas 25% das ♀ pede ajuda médica. O médico de Família t<strong>em</strong> um papel privilegiado no seu diagnóstico e no tratamento.<br />

Objetivos: Sist<strong>em</strong>atizar a orientação diagnóstica e terapêutica mais adequada da IU F<strong>em</strong>inina nos Cuidados de Saúde Primários.<br />

Metodologia:<br />

• Revisão clássica da literatura médica, usando as palavras-hae urinary incontinence e "women;<br />

• Consultadas diversas bases de dados e as referências bibliográficas dos artigos selecionados, nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa;<br />

• Período entre janeiro de 2010 e abril de 2015.<br />

Classificação<br />

Fisiopatologia<br />

• IU de esforço (IUE) - Perda involuntária de urina com o aumento da pressão intra-abdominal. Prevalência global entre 29-75%.É o tipo de IU mais<br />

comum nas mulheres jovens, coexistindo frequent<strong>em</strong>ente com a IU de urgência <strong>em</strong> mulheres idosas.<br />

• IU de urgência (IUU) - Perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida de urgência miccional. Prevalência global entre 7-<br />

Duração<br />

• Transitória<br />

• Crónica<br />

33%. A hiperatividade do detrusor é a causa principal.<br />

• IU mista (IUM) - Perda involuntária de urina associada a sintomas de IU de urgência e de esforço. A prevalência estimada varia entre 14-61%).<br />

• Outras: IU por extravasamento; funcional; postural; total; coital<br />

• História Clínica<br />

Avaliação e Diagnóstico<br />

- Avaliar fatores de risco (ITU, DM, DPOC, ediaetos, taao, álool, afeía,↓<br />

estrogénios, doenças neurológicas, incontinência fecal, enurese <strong>em</strong> criança, Hx familiar)<br />

- Avaliar o impacto na qualidade de vida – Questionário CONTILIFE©;<br />

• Exame objetivo (com exame da região anal, ginecológico e Cough stress test<br />

• Exames Compl<strong>em</strong>entares de Diagnóstico (análise de urina a todas as ♀)<br />

• Diário miccional<br />

‣ Identificação de causas reversíveis e/ou de comorbilidades associadas -<br />

Incontinência urinária transitória (surge de forma súbita, com evolução <<br />

6 s<strong>em</strong>anas até à avaliação, e reverte após resolução da causa subjacente)<br />

‣ Identificação dos casos de IU tratáveis pelo médico de família e dos a<br />

referenciar aos CSS<br />

Tratamento<br />

Tratamento não farmacológico<br />

• Recomendado <strong>em</strong> todas as mulheres com IU, durante 3 meses, antes do tratamento farmacológico ou cirúrgico<br />

• Correção dos fatores de risco; Evicção da ingestão de líquidos no final do dia e de alimentos associados a IU; Exercícios dos músculos pélvicos (exercícios de Kegel) ou<br />

Técnicas de Biofeedback - úteis na IUE e IUM (pod<strong>em</strong> ser tão eficazes como a farmacoterapia na IUU)<br />

Tratamento Farmacológico<br />

IU de Esforço<br />

• Estrogénios tópicos<br />

• Duloxetina: quando os objetivos não foram atingidos<br />

o o trataeto oserador ≥ eses, o<br />

depressão e não candidatas a cirurgia.<br />

IU de Urgência<br />

• 1ª linha: Anticolinérgicos anti-muscarínicos<br />

(Oxibutinina, Darifenacina, Tolterrodina, Propiverina,<br />

Solifenacina e Cloreto de Tróspio)<br />

• 2ª linha: Agonista β3-adrenérgico (Mirabegron)<br />

IU Mista<br />

• Tratar <strong>em</strong> primeiro lugar o componente mais<br />

sintomático<br />

• H<strong>em</strong>atúria persistente, na ausência de ITU<br />

• Infeções do trato urinário recorrentes<br />

• Sintomas urinários obstrutivos<br />

• Resíduo pós-miccional > 200mL<br />

• Dúvidas <strong>em</strong> relação ao diagnóstico<br />

• Dor abdominal e/ou pélvica<br />

Referenciação aos Cuidados de Saúde Secundários<br />

• IUU ou IUM se objetivos não atingidos após alterações do estilo • Antecedentes de radioterapia e/ou cirurgia pélvica<br />

de ida e terapia oportaetal ≥ eses, e terapêutia o (incluindo tratamento cirúrgico da IU)<br />

2º anti-muscarínico a dose áia tolerada ou iraegro ≥ - • Prolapso dos órgãos pélvicos visível ou sintomático<br />

6 s<strong>em</strong>anas<br />

• Sintomas neurológicos de novo ou doenças<br />

• Suspeita de fístula urogenital ou intestinal<br />

neurológicas (Doença de Parkinson, Esclerose<br />

• Intolerância à terapêutica farmacológica<br />

últipla, Lesão edular…<br />

• Falta de adesão ao tratamento conservador<br />

• Incontinência fecal<br />

Conclusão<br />

A IU é um probl<strong>em</strong>a muito frequente. Os tipos mais comuns são a IUE, IUU e IUM. Não existe consenso <strong>em</strong> relação a como e quando realizar o seu rastreio oportunístico.<br />

Contudo, quando exist<strong>em</strong> fatores de risco, pode ser útil realizá-lo anualmente nas mulheres com idade superior a 40-65 anos.<br />

Referências bibliográficas<br />

DuBeau CE. Epid<strong>em</strong>iology, risk factors, and pathogenesis of urinary incontinence in women. UpToDate. Accessed Mar 2015; Wood ; ith Uriar Iotiee ad Peli Prolapse I Wei A, Kavoussi L, Novick A. Partin A, Peters C. Campbell-Walsh Urology 10th Edition. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2012. 978-1-1460-6911-9. Páginas 1896-1908;<br />

http://www.nice.org.uk/guidance/cg171/resources/guidance-urinaryincontinence-pdf; Vasavada SP, Carmel ME, Rackley RR. Urinary Incontinence Treatment & Manag<strong>em</strong>ent. Medscape. <strong>Update</strong>d: Jul 21, 2014; Qase<strong>em</strong> A, Dallas P, Forciea MA, Starkey M, Denberg TD, Shekelle P. Nonsurgical Manag<strong>em</strong>ent of Urinary Incontinence in Women: A Clinical Practice<br />

Guideline From the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2014;161:429-440

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