15.04.2017 Views

POSTERS - Update em medicina 2017 book 1

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ABORDAGEM DAS ARRITMIAS EM CUIDADOS<br />

DE SAÚDE PRIMÁRIOS<br />

Filipa Bagulho 1 , Constança Ruiz 2 , Ana Luisa Marcelino 3<br />

USF CelaSaude 1 , USF Costa do Estoril 2 , USF Ouriceira 3<br />

INTRODUÇÃO<br />

As arritmias cardiacas são uma patologia prevalente <strong>em</strong> cuidados de saúde primários (CSP).<br />

A sua avaliação inicial pelo médico de família e intervenção precoce, são fundamentais para<br />

reduzir factores de risco, eliminar sintomas e prevenir a morte <strong>em</strong>inente e o colapso<br />

h<strong>em</strong>odinâmico resultante de uma arritmia potencialmente fatal.<br />

Por este motivo os médicos de família dev<strong>em</strong> estar informados sobre as arritmias mais<br />

comuns, das suas possíveis etiologias, sintomas a valorizar, exames compl<strong>em</strong>entares de<br />

diagnóstico a requisitar, critérios de referenciação e das suas indicações terapêuticas.<br />

METODOLOGIA<br />

Pesquisa <strong>em</strong> bases de dados de<br />

<strong>medicina</strong> baseada na evidência e <strong>em</strong><br />

livros da especialidade, nas línguas<br />

portuguesa e inglesa, publicados nos<br />

últimos 5 anos.<br />

RESULTADOS<br />

Arritmias mais comuns nos<br />

CSP<br />

• Batimentos ectópicos auriculares e<br />

ventriculares<br />

• Bradicardias<br />

• Taquicardia supraventricular e ventricular<br />

• Fibrilhação e flutter auricular<br />

• Bloqueio AV<br />

Questões que dev<strong>em</strong> orientar o MGF numa abordag<strong>em</strong> inicial<br />

1. A arritmia é sintomática ou assintomática?<br />

2. Que tipo de arritmia é?<br />

3. Representa um risco de vida para o doente ou é b<strong>em</strong> tolerada?<br />

4. Requer cardioversão urgente ou implantação de pac<strong>em</strong>aker?<br />

5. Necessita de hospitalização urgente?<br />

6. Necessita de referenciação a consulta de especialidade. Se sim, quão urgente?<br />

7. Deve ser iniciada terapêutica e/ou anticoagulação?<br />

Sintomas a valorizar:<br />

• Cansaço para pequenos esforços<br />

• Diaforese<br />

• Dispneia<br />

• Palpitacões e sensação de batimento<br />

cardiaco irregular<br />

• Precordialgia<br />

• Síncope/lipotímia<br />

• Vertigens<br />

Diagnóstico<br />

• Eletrocardiograma<br />

• Holter (quando suspeita de arritmias paroxísticas)<br />

• Prova de esforço (se sintomas associados ao exercício, stress mental/físico ou<br />

suspeita de arritmias taquidependentes)<br />

• Ecocardiograma (para exclusão de doença estrutural)<br />

• Avaliação analítica<br />

Critérios de envio para o Serviço de Urgência<br />

(apenas <strong>em</strong> doentes sintomáticos)<br />

Critérios de referenciação para consulta de<br />

cardiologia<br />

• Síncope/Lipotimia <strong>em</strong> doentes com BAV de 2º e 3º grau,<br />

• Taquicardia Ventricular mantida,<br />

• Diagnóstico suspeito de arritmia maligna,<br />

• História de doença coronária, cardiomiopatia, insuficiência<br />

cardíaca e sincope (lipotimia e/ou arritmia ventricular<br />

documentadas),<br />

• Taquicardia supraventricular mantida,<br />

• Qualquer arritmia <strong>em</strong> que o médico de família esteja<br />

desconfortável com o diagnóstico ou a sua abordag<strong>em</strong>,<br />

• Candidatos a Pacing definitivo,<br />

• Candidatos a implantação de CDI,<br />

• Candidatos a ablação por cateter,<br />

• Candidatos a terapêutica antiarrítmica <strong>em</strong> particular com<br />

alterações cardíacas estruturais.<br />

• Fibrilhação auricular ou Flutter de resposta ventricular rápida<br />

ou lenta,<br />

• Síndromes de pré-excitação (Wolff-Parkinson-White, Burgada,<br />

Lown-Ganong-Levine).<br />

Prevenção das arritmias<br />

Controlo dos fatores de risco cardiovasculares, adoção de um estilo de vida saudável e dieta equilibrada, controlo da diabetes e da<br />

dislipidémia, cessação tabágica e alcoólica.<br />

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO<br />

A maioria das arritmias são inofensivas, não necessitando de terapêutica ou referenciação.<br />

As arritmias assintomáticas raramente necessitam de tratamento urgente, tendo o médico de família oportunidade para referenciar a<br />

consulta de cardiologia.<br />

A intensidade dos sintomas e/ou a presença de doença cardíaca estrutural ditam a urgência da intervenção, avaliação, instituição<br />

terapêutica e importância prognóstica da arritmia.<br />

Deste modo, o papel do médico de família no seguimento destes doentes, depende do tipo de arritmia e do seu tratamento. Em todas as<br />

consultas o doente deve ser questionado acerca de eventuais alterações sintomáticas, eficácia e cumprimento da terapêutica instituída.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

•Crawford MH, Bernstein SJ, Deedwania PC, et al. ACC/AHA guidelines for ambulatory electrocardiography: executive summary and<br />

recommendations. A report of the American College of Cardiology/American Heart Association task force on practice guidelines (committee<br />

to revise the guidelines for ambulatory electrocardiography). Circulation 1999; 100:886.<br />

•Zimetbaum PJ, Josephson ME. The evolving role of ambulatory arrhythmia monitoring in general clinical practice. Ann Intern Med 1999;<br />

130:848.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!