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POSTERS - Update em medicina 2017 book 1

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Depressão ou D<strong>em</strong>ência,<br />

eis a questão<br />

Sara Santos<br />

USF Douro Vita – ACES Douro Sul<br />

Introdução: A d<strong>em</strong>ência e a depressão são os transtornos neuropsiquiátricos mais comuns <strong>em</strong> idosos. Em 2010, a<br />

d<strong>em</strong>ência afetava cerca de 35 milhões de pessoas <strong>em</strong> todo o mundo, com a perspeGva de este número duplicar a cada 20<br />

anos. Segundo esGmaGvas da World FederaGon for Mental Health, a depressão aGnge cerca de 350 milhões de pessoas. As<br />

duas enGdades clínicas, pela s<strong>em</strong>elhança da sintomatologia de apresentação, pod<strong>em</strong> ser facilmente confundidas. A relação<br />

entre ambas não está ainda completamente esclarecida, uma vez que a d<strong>em</strong>ência pode ser um fator predisponente para a<br />

depressão (pela própria reação do doente à doença e suas consequências) e vice-versa. Muito frequent<strong>em</strong>ente, um quadro<br />

clínico de d<strong>em</strong>ência pode ser acompanhado de depressão, o que dificulta o diagnósGco diferencial.<br />

Resultados<br />

² Presença de sintomas<br />

depressivos clinicamente<br />

significaGvos é um fator<br />

independente responsável<br />

por um risco mais elevado<br />

de desenvolvimento de<br />

défices cogniGvos<br />

moderados ou mesmo<br />

d<strong>em</strong>ência<br />

Métodos: Meta-análises, revisões sist<strong>em</strong>áGcas e ensaios clínicos<br />

Publicações entre 2006 e 2016<br />

Plataformas MedLine/Pubmed, TripDataBase e Cochrane<br />

Termos MeSH: “d<strong>em</strong>enGa”, “depression”, “elderly”, “differenGal diagnosis”<br />

o humor deprimido, irritado<br />

ou a ausência de <strong>em</strong>oções<br />

² CaracterísGcas comuns às<br />

duas enGdades<br />

o alterações somáGcas e<br />

cogniGvas que afetam<br />

significaGvamente a<br />

capacidade funcional do<br />

indivíduo<br />

² CaracterísGcas que as<br />

disGngu<strong>em</strong><br />

Depressão<br />

o início da doença é b<strong>em</strong> d<strong>em</strong>arcado<br />

o doentes queixam-se das perdas cogniGvas<br />

o idenGficação de evento responsável pela<br />

sintomatologia depressiva<br />

o perdas cogniGvas são posteriores aos<br />

sintomas depressivos<br />

o doente não se esforça durante a aplicação<br />

do exame neuropsicológico<br />

o m<strong>em</strong>ória a longo prazo é a mais afetada<br />

o habitualmente existe história familiar de<br />

depressão<br />

o medicação depressiva t<strong>em</strong> impacto nos<br />

défices cogniGvos<br />

D<strong>em</strong>ência<br />

o início indisGnto<br />

o doente pouco se queixa das perdas<br />

cogniGvas<br />

o história de uma “crise de vida” é<br />

pouco frequente<br />

o alterações cogniGvas são anteriores<br />

aos sintomas depressivos<br />

o luta/esforço para executar as tarefas<br />

cogniGvas<br />

o m<strong>em</strong>ória a curto prazo é a mais<br />

afetada<br />

o melhoria pouco significaGva dos<br />

défices cogniGvos com o uso de<br />

anGdepressivos<br />

o história familiar de d<strong>em</strong>ência<br />

Discussão: O diagnósGco diferencial entre as duas enGdades é frequent<strong>em</strong>ente diecil, o que evidencia a necessidade<br />

da uGlização de instrumentos que permitam, através da avaliação do estado cogniGvo, a disGnção entre ambas. Estudos<br />

recentes revelam que a depressão pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de um estado d<strong>em</strong>encial,<br />

parGcularmente se for de instalação tardia, no entanto, são necessários mais estudos para avaliar o eventual papel da<br />

depressão no desenvolvimento de d<strong>em</strong>ência.<br />

Bibliografia: Mar$ns R, A depressão no idoso; Reys B, Bezerra A, Vilela A, Keusen A, Marinho V, Paula E, Aks J, Diagnós$co de d<strong>em</strong>ência, depressão e psicose <strong>em</strong> idosos por avaliação cogni$va breve, Rev Assoc Med Bras, 2006; Ramos T, Depressão e d<strong>em</strong>ência no idoso: diagnós$co diferencial e correlações, 2014;<br />

Grinberg L, Depression in the elderly – diagnos$c and treatment challenges, 2006; Murray J et al, Global mortality, disability, and the contribu$on of risk factors: Global burden of disease study, Lancet, 1997; Yang Y et al, Func$onal disability, disability transi$ons and depressive symptoms in late life, J Aging Health,<br />

2005; Geiselmenn B et al, Subthreshold depression in the elderly: qualita$ve or quan$ta$ve dis$nc$on? Compr Psychiatry, 2000; Burns A et al, Ra$ng scales in old age psychiatry, Br J Psychiatry, 2002; Raskind M et al, The clinical iinterface of depression and d<strong>em</strong>en$a, J Clin Psychiatry, 1998

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