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<strong>Stepbrother</strong> <strong>Master</strong><br />
His Plaything
<strong>Stepbrother</strong><br />
<strong>Master</strong>
Sinopse<br />
Três meses.<br />
Três meses presa em uma fazenda distante em Montana com o mais novo<br />
marido da minha mãe... e seu filho sombrio e pensativo.<br />
Não deveria me importar que o talento do meu novo meio-irmão com<br />
cordas ultrapassa laçar o gado desgarrado. Não deveria ligar que cada olhar dele<br />
diz que me quer... mas que vai lutar contra isso até o amargo fim.<br />
Eu não deveria ligar que enquanto o verão passa, minha atração derruba o<br />
meu bom senso e agora estou agonizando para chamar meu meio-irmão de...<br />
Mestre.
Capítulo 1<br />
l<br />
Emma<br />
Esperava que o quarto casamento da minha mãe fosse por interesse como<br />
de costume. Eu tiraria alguns dias de folga, voaria para algum local exótico, ficaria<br />
sorrindo para todos e fingiria que tudo isso não terminaria com a minha mãe<br />
chorando pelo telefone. Mas o mais recente noivo possuía um rancho em Montana<br />
— e me convidou para ficar com eles no verão de seu casamento.<br />
Tentei declinar de todas as formas que possivelmente poderia. Eu tinha<br />
acabado de me formar em Stanford, depois de quatro anos ralando muito, e no<br />
outono comecei a ensinar em D.C. — uma escola carente de ensino médio. Este era<br />
o meu último verão livre antes da Vida Real começar. Eu apenas queria relaxar.<br />
Então Mamãe me visitou na escola e todas as minhas razões<br />
cuidadosamente pensadas entraram em colapso. — Este é diferente, Emma. — ela<br />
disse. — Finalmente encontrei a minha alma gêmea. E você vai estar tão ocupada<br />
em breve. Por favor, pense em ir... isso significaria muito para mim. — Não havia<br />
forma de conseguir resistir ao convite de Mamãe. Mesmo enquanto amaldiçoava<br />
minha falta de firmeza, cedi.<br />
O jato particular foi o primeiro indicador de que o meu futuro padrasto<br />
realmente podia ser diferente. Quer dizer, no sentido que ele era podre de rico.<br />
Talvez mãe finalmente tenha encontrado alguém que não vai tomar cada centavo<br />
dela, pensei enquanto bebia vinho branco em meu assento ao lado da janela,<br />
admirando o Oeste Americano que se espalhava debaixo de mim. Embora, se ele for<br />
tão rico, tenho certeza de que há um acordo pré-nupcial.<br />
O jato pousou em uma pista de pouso particular no meio do nada. Assim que<br />
a aeromoça abriu a porta, um vento quente e completamente seco bateu em meu<br />
rosto, esticando a minha pele como uma máscara. Até meu cabelo pareceu<br />
quebradiço. Pestanejei afastando as lágrimas, procurando a escada para descer.
Um cowboy de verdade se encostou contra uma caminhonete preta<br />
brilhante e cromada nas proximidades. Com o chapéu de vaqueiro, as botas de<br />
vaqueiro gastas, colete de couro e o bigode branco inclinado para baixo, ele<br />
poderia ter saído de um filme de John Wayne. Tentei não encará-lo enquanto ele,<br />
sem palavras, puxava as minhas malas do interior do avião e as jogava no fundo da<br />
caminhonete. Ainda bem que eu não trouxe nada muito frágil.<br />
— Obrigada. — Eu disse depois de um tempo.<br />
Ele me deu um aceno curto e brusco. — Senhorita. — Depois subiu no<br />
assento do motorista e ligou o motor. O.k, então. Entrando no caminhão agora...<br />
antes que ele vá embora sem mim.<br />
As montanhas cobertas com gramíneo pareciam não ter fim e o cowboy não<br />
falou durante a viagem inteira. Minhas perguntas sobre Montana foram recebidas<br />
com grunhidos ou sacudidas de queixo. Eu finalmente desisti e me concentrei em<br />
observar o horizonte, onde uma pequena casa de bonecas se tornou numa extensa<br />
mansão de pedra e madeira.<br />
Pouco tempo depois, reduzimos a velocidade no portão da frente da<br />
Fazenda Wild Cliffs antes de continuar até a casa. O cowboy saiu e deixou a minha<br />
bagagem na varanda da frente. Fiquei em silêncio, chocada, enquanto observava a<br />
mansão na minha frente. Era uma diferença gritante do condomínio em Napa que<br />
Mamãe adquiriu do Marido Número Três em seu último divórcio. Meu<br />
acompanhante colocou a cabeça dentro da cabine da caminhonete e olhou para<br />
mim, a testa franzida com aborrecimento. Ele não disse nada, mas obviamente<br />
estava esperando que eu tirasse a minha bunda da caminhonete. Assenti<br />
embaraçada e abri a minha porta. Desci, me perguntando se cairia de cara, mas<br />
então meus pés tocaram o estribo. Mal fechei a porta atrás de mim antes que ele<br />
fosse embora, deixando uma nuvem de poeira em seu rastro e a mim neste<br />
estranho novo mundo.<br />
Um homem sem camisa dobrou a esquina da casa com sacos enormes<br />
içados sob cada ombro que pareciam pedras. Ele jogou-os ao chão como se não<br />
pesassem nada. E teve a minha completa atenção. Sexy. Maldição.<br />
Ele tinha o tipo de corpo que você não esperava ver fora das revistas de<br />
fitness masculino.
Fechei a minha boca e mordi o lábio para me certificar de que não ficaria<br />
boquiaberta novamente. Esse cara é de verdade? Bronzeado, com ombros largos,<br />
peitoral em perfeita forma e seis gomos definidos. Meus olhos desceram. Risque<br />
aquilo — oito gomos. Forcei meu olhar para cima e percebi que ele havia feito uma<br />
pausa em sua tarefa.<br />
Ele tinha me avistado? A aba de seu chapéu de palha de cowboy ocultava<br />
seus olhos. Seu corpo era rígido e o pouco que pude ver de seu rosto estava ainda<br />
mais rígido: maçãs do rosto delineadas e um maxilar quadrado, acentuado por<br />
lábios carnudos.<br />
Merda. Eu estou encarando, me repreendi. Mas então seu chapéu se inclinou<br />
para baixo e presumi que ele estava fazendo a mesma coisa. Por reflexo, escovei os<br />
franzidos do meu vestido de verão rosa e amarelo, querendo saber como estava o<br />
meu estado amarrotado de viagem.<br />
Forcei-me a dar um passo para frente e erguer a cabeça ao caminhar. Não<br />
podia ficar de pé aqui como uma imbecil o dia todo. Um segundo homem se juntou<br />
a ele, mais jovem, mais magro e de alguma forma... mais principiante. Ambos me<br />
observavam enquanto eu ia para a casa. Ambos inclinaram os chapéus, mas<br />
nenhum disse uma palavra.<br />
Não tinha ideia por que meu coração bateu mais forte quando passei por<br />
eles, mas bateu. Eu agarrei a maçaneta da porta, sentindo seus olhos em mim<br />
quando entrei.<br />
Talvez este verão não seja tão ruim afinal.<br />
a<br />
Mal tive tempo de olhar ao redor do hall de entrada antes que mamãe<br />
fizesse um alvoroço. — Emmie! — Ela me envolveu num abraço apertado,<br />
pressionando um beijo muito Europeu em cada bochecha. — Como foi seu vôo?<br />
Você parece bem. Oh, é tão bom ver você.
— Você está agindo como se não me visse há meses. Foram apenas algumas<br />
semanas. — Eu disse, incapaz de conter o meu sorriso enquanto a apertava. Era<br />
bom vê-la novamente — especialmente com a mesma expressão apaixonada e feliz,<br />
que tinha no rosto quando me convidou pela primeira vez a vir aqui. — Meu vôo<br />
foi excelente. Sinceramente não tinha que enviar um jato.<br />
Ela finalmente me soltou. — Besteira. Sabe que eu apenas quero o melhor<br />
para a minha filha.<br />
Abri minha boca para argumentar, mas ela se afastou quando um homem<br />
alto e de cabelos escuros entrou pela cozinha, secando as mãos. — Russ, esta é<br />
Emma! Estou tão feliz pelos dois finalmente se conhecerem.<br />
Um sorriso sincero se espalhou por seu belo rosto. Eu já podia ver por que<br />
Mamãe gostava dele.<br />
— Bem, finalmente. Sua mãe fala sem parar sobre você, Emma. Então, fico<br />
feliz em finalmente dar um rosto ao nome. — Estendeu a mão em um aperto<br />
úmido, mas firme. — Estamos felizes por ter você conosco para as festividades e o<br />
resto do verão.<br />
Passos rangeram atrás de mim e Russ olhou sobre o meu ombro. — Ei,<br />
momento perfeito, Ford. Agora não tenho que localizá-lo para conhecer Emma.<br />
Eu me virei para ver... o homem atraente do lado de fora. Eu comecei a<br />
sorrir, mas Russ continuou. — Emma, este é Ford, meu filho. Ele administra o<br />
rancho.<br />
Sem.Chance.No.Inferno.<br />
Minha libido murchou como uma alface velha. Meu futuro meio-irmão tinha<br />
o corpo mais bonito que já vi em um homem. E uns oito gomos que eu queria<br />
delinear com a minha língua. Em que planeta isso é justo?<br />
Eu estendi a minha mão de modo educado e senti um arrepio quando sua<br />
pele se conectou com a minha. Notei quão grande a mão dele era — e quão ásperas<br />
estavam por causa de seu trabalho — quando ele segurou. Desta vez, deixei meus<br />
olhos demorarem nele por apenas um momento. Não era preciso ser um gênio<br />
para perceber a semelhança familiar: a altura, a estrutura e — agora que estava<br />
sem o chapéu — o cabelo preto e os olhos azuis. Um olhada em Russ me deu uma<br />
boa idéia de como Ford ficaria em aproximadamente trinta anos.
Os olhos azuis de Ford eram sérios... quase frios. O que aconteceu com o<br />
olhar que tinha acariciado meu corpo inteiro lá fora? Aparentemente, estive<br />
imaginando coisas. Definitivamente ele não tinha me despindo com os olhos mais<br />
cedo. Somente o pensamento fez coisas em meu ventre. E mais abaixo. Eu me<br />
esbofeteei mentalmente. Emma má! Nenhum pensamento deste tipo com um cara<br />
que está a sete dias de entrar para a família.<br />
Não consciente do meu tumulto interior, Russ sorriu para nós. — Por que<br />
você e sua mãe não colocam tudo em dia enquanto vou pegar bifes para grelhar?<br />
Mamãe comentou em um sussurro teatral. — Temos uma governanta<br />
encantadora, mas Russ gosta de queimar uma carne de vaca de vez em quando.<br />
Parte de toda a experiência de 'homem da fazenda'.<br />
Russ bateu em sua bunda com a toalha enquanto passava. Mamãe gritou e<br />
virou-se para sorrir para ele. Não conseguia decidir se me sentia enojada ou ria,<br />
então dei uma olhada em Ford. — Então... você administra este lugar todo, hein?<br />
Ele assentiu com a cabeça, mas isso foi tudo.<br />
Eu tentei novamente. — Desde quando você tem estado no comando?<br />
— Desde a faculdade. — Sua voz era profunda e tranquila; de modo que<br />
teria sido atraente se, lembrei-me à força, ele não estivesse prestes a ser o meu<br />
novo meio-irmão.<br />
— É estranho ter seu pai como chefe?<br />
Ele me estudou por um segundo. — Meu pai está aposentado, portanto, eu<br />
sou o chefe aqui. — Sua voz era tão glacial e insensível quanto a expressão em seu<br />
rosto. — Provavelmente uma coisa boa, porque alguém tem que ficar atento por<br />
ele.<br />
O que diabos isso quer dizer? Sua postura ficou tensa quando olhou para a<br />
janela. Eu segui sua linha de visão para onde os nossos respectivos pais agiam<br />
como adolescentes, brincando de apalpar as nádegas enquanto fingiam grelhar.<br />
Voltei meu olhar rapidamente para Ford. Isso não era algo que eu queria ver — e<br />
aparentemente ele sentia o mesmo. Alguma coisa me dizia que ele era o menos<br />
feliz sobre este romance repentino e o casamento próximo. Procurei uma forma de<br />
quebrar o silêncio constrangedor.<br />
Mas antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, Ford se afastou. —<br />
Desculpe. Tenho trabalho a fazer antes do jantar.
E logo depois saiu. Encarei suas costas, tentando arduamente não perceber<br />
como seu jeans desgastado se agarrava a bunda perfeita: redonda e firme.<br />
Mamãe voltou para dentro de casa, estremecendo quando a porta bateu<br />
atrás de Ford. — Está tudo bem aqui?<br />
Dei-lhe um olhar irônico. — Ford não parece ser do tipo que "finge que<br />
gosta".<br />
Mamãe fez um ruído pensativo. — Ele é um pouco... hum... tímido. — disse<br />
finalmente. — Ele demora um pouco a se abrir. Você tem que conhecê-lo.<br />
Mentira. Ele não é tímido; é um idiota. Decidi tentar o meu melhor para<br />
ignorá-lo por enquanto — tanto seu humor amargo quanto sua masculinidade<br />
perturbadora. Eu precisava mudar de assunto. — Posso ver o seu vestido de<br />
casamento, mãe?<br />
Ela imediatamente se iluminou novamente. — É claro. Eu estava morrendo<br />
para te mostrar. Ainda estou decepcionada que você não pôde vir comigo para a<br />
última prova. — Ela jogou um braço ao meu redor e apertou-me de lado. — Mas<br />
agora que concluiu a faculdade, tenho você só para mim pelo verão. O vestido está<br />
no armário do quarto de hóspedes, mas vou mudá-lo de local, assim terá espaço<br />
para as suas coisas.<br />
Ela conversou sobre seus planos para o casamento e o nosso verão<br />
enquanto eu a seguia para o andar de cima. Eu ainda estava cética quanto ao<br />
Marido Número Quatro, mas a excitação de Mamãe estava se tornando contagiosa.<br />
Não a via tão animada e sinceramente apaixonada desde que Papai morreu quando<br />
eu tinha doze anos. Se não fosse por ela ser a minha mãe, sua rotina de<br />
companheira apaixonada por Russ seria completamente engraçadinha.<br />
E a fazenda em si não algo ruim. O pouco que tinha visto de Wild Cliffs tinha<br />
sido o bastante para me encantar. A mansão rústica, com a linda visão das<br />
montanhas distantes, a vista das ondulações das colinas e um lago particular... tudo<br />
parecia a foto perfeita.<br />
Quando chegamos ao quarto de hóspedes, notei que alguém trouxe as<br />
minhas malas. Também percebi que este quarto sozinho era maior que do meu<br />
apartamento em Stanford. — Quem é este? — Apontei para a fotografia<br />
emoldurada de um homem uniformizado de aparência selvagem na cômoda. — Ele<br />
vem para o casamento?
— Esse é o irmão mais velho de Ford, Nixon. Ele agora está no exterior em<br />
uma missão de treinamento da Marinha, mas nos enviou um cartão muito amável.<br />
Me lembre de mostrá-lo a você.<br />
Passos brandos ecoaram pelo corredor. — Senhora? Está procurando... —<br />
uma mulher vestindo um avental entrou com um espanador de pó; parecia ter<br />
mais ou menos a minha idade, mas com cabelos e olhos escuros. Ela parou na<br />
soleira da porta quando me viu. Algo sobre sua rápida olhada de cima a baixo me<br />
irritou. Pareceu severa e calculista, como se estivesse tentando me marcar com um<br />
rótulo de preço.<br />
— Eu disse a você, me chame de Cynthia. Somos todos uma família aqui. —<br />
Mamãe se virou para mim. — Celeste, esta é minha filha. Emma, este é o meu anjo<br />
da guarda. Quando cheguei aqui há três meses, não conseguia fazer nada sem ela.<br />
Ela é a garota mais atenciosa e meiga — além de você, é claro. — ela acrescentou<br />
rapidamente.<br />
Celeste sorriu, mas era tão forçado, que achei que a cara dela poderia<br />
rachar. — Ah, certo. Emma. Então você vai ficar só até depois do casamento? —<br />
Sem esperar pela minha resposta, ela sorriu para a mãe. — Não se preocupe,<br />
Cynthia. Este lugar é muito grande, me perdi por semanas quando cheguei aqui.<br />
Você conseguiu se sentir em casa em tão pouco tempo.<br />
Não sabia dizer se as palavras dela foram sarcásticas ou se tinha um tom<br />
naturalmente desagradável. Eu apostaria em ambos.<br />
— Apenas mais sete dias. — Mãe suspirou. — Eu sou tão sortuda. Russ é... o<br />
homem que eu nunca imaginei que encontraria. E apenas olhar este vestido. — Ela<br />
abriu o closet e ligou a luz.<br />
Céus. O vestido de casamento era maravilhoso. Uma cascata suave de chiffon<br />
marfim descia pela cintura marcada, aberto nas costas com longas ondulações dos<br />
fios de cetim. O corpete de mangas translúcidas compridas era carregado de<br />
apliques de renda floral, acentuado com pérolas. Elegante e sofisticado, sem<br />
sacrificar um pingo de sensualidade. Pelo canto do meu olho, vi o olhar de Celeste<br />
se tornar faminto.<br />
— É desenhado sob-medida. — disse a mãe. — Ótimo para senhoras iguais a<br />
mim, com um pequeno adicional ao redor da barriga.<br />
— Como se você precisasse de qualquer ajuda. — disse Celeste.
Inspire com força; Pense antes de falar.<br />
— Se eu fosse do tipo sonhadora... bem... talvez um dia eu vá encontrar o<br />
que você encontrou com o Sr. Bennett. Só espero não ter que procurar muito. —<br />
Seu olhar foi até a janela, avistei Ford no pátio abaixo, mais uma vez, carregando<br />
sacos de pedras. Se Celeste pareceu faminta enquanto observava o vestido de<br />
casamento, agora parecia completamente voraz. Tentei não deixar isso me<br />
incomodar. Mas fez um pouco de sentido por que ela agia como uma completa<br />
vadia... mas não explicava o comportamento dele.<br />
Celeste, de repente, virou a cabeça na minha direção. — Está saindo com<br />
alguém, Emma?<br />
Pega de surpresa, respondi. — Não no momento. — Disse a mesma para não<br />
me intrometer, mas não consegui segurar a pergunta. — E você? Os olhos dela<br />
voltaram a vagar para a janela. Dando um sorriso do tipo felino, quieto e<br />
provocante.<br />
Fabuloso. Uma linda mansão rústica, uma mãe incandescentemente feliz e<br />
uma governanta desagradável e alucinada. Franzi a testa. Não poder colocar um<br />
dedo em Celeste me incomodava tanto. Seja como for, com certeza, eu não estava<br />
entusiasmada com o parecer brilhante de Mamãe. Deus sabia que ela não era a<br />
melhor analista em caráter do mundo — pelo menos, não com os homens. Mas não<br />
queria criticar alguém que tinha acabado de conhecer, também. Tentei dar a<br />
Celeste o benefício da dúvida. Talvez ela só estava tentando ser legal com a nova<br />
esposa de Russ para solidificar sua posição.<br />
Russ gritou — Hora do jantar! — no andar de baixo, e coloquei Celeste no<br />
fundo da minha mente. Estou analisando demais as coisas. Provavelmente só preciso<br />
dormir um pouco... mas primeiro, tenho que ter uma refeição com a minha nova<br />
família.<br />
Enquanto nós três entravamos na sala de jantar enorme, de teto abobado de<br />
madeira nua e uma lareira de pedra não esculpida, percebi que estávamos em<br />
quatro. Ford havia retornado.<br />
Ele nos interrompeu — Eu já volto — e foi na direção do mesmo corredor<br />
do quarto de hóspedes que havíamos estado. Merda. O quarto dele era perto do<br />
meu? Deus, porque faz isto comigo? Ainda estava tentando meditando na ideia de<br />
comer à mesa com meu novo meio-irmão; Não tenho ideia ainda de como lidar em
passar um verão inteiro no corredor dele. Meu estômago ficou tenso. Nervos, é isso.<br />
São apenas os nervos. Nada a ver com ambos os fatos de que meu futuro meioirmão<br />
era lindo de morrer e um completo idiota.<br />
Preciso começar a mentir melhor para mim mesma.
Capítulo 2<br />
l<br />
Ford<br />
Meu pai estava pensando com o pau.<br />
Não era algo que eu quisesse pensar porque nenhum filho quer pensar no<br />
pau do pai, mas era um fato que tinha que enfrentar.<br />
Joguei os dois sacos de cinquenta quilos com pedras do rio no chão e<br />
observei a nova caminhonete da fazenda passar até parar na frente da casa. Se a<br />
minha futura madrasta não tivesse a necessidade de ter aquelas malditas pedras<br />
revestindo a passarela antes do casamento, eu estaria buscando nosso novo<br />
hóspede. Em vez disso, tive que enviar Griff. Apesar de ser tão velho quanto a<br />
Terra, Griff ainda pode se mover depressa quando quer. A forma que ele bateu a<br />
porta e se apressou para pegar a bagagem deixaria óbvio até mesmo para um<br />
homem cego que queria acabar logo com aquela tarefa.<br />
Não podia dizer que o culpava.<br />
Aguardei, meus olhos protegidos pelo chapéu da exposição dos raios do<br />
nascer do sol, para ver nossa última recém-chegada.<br />
Uma meia-irmã.<br />
Uma mimada insuportável.<br />
Só o que eu precisava.<br />
A mãe dela já havia se adaptado e recebido permissão para adicionar um<br />
toque feminino à casa. Não sabia o que tinha de errado com a casa antes, mas<br />
tínhamos almofadas decoradas agora, pelo amor de Deus. Quem precisa de malditas<br />
almofadas decoradas? Eu e o meu pai sobrevivemos muito bem antes das<br />
almofadas decoradas e as pedras de rio, mas parecia que havia um novo xerife na<br />
cidade: Cynthia Carter Yates Palmer — e que podia corrigir os Bennett em poucos<br />
dias. O que me leva de volta ao meu pai pensando com o pau.<br />
Só para constar, ele amava as malditas almofadas. E Cynthia, ao que parecia.
Eu não estava pensando que Cynthia era interesseira. Ok, isso estava mais<br />
para estava tentando não pensar isso dela. O fato de que era apenas alguns anos<br />
mais nova do que o meu pai era definitivamente um ponto para ela, assim como o<br />
fato de que não havia ouvido meu pai rir tanto há anos como tinha nos últimos<br />
meses.<br />
Eu estava tentando. De verdade, estava tentando muito.<br />
Mas quando a ouvi dizer ao meu pai que tínhamos de enviar o jato particular<br />
para a filha dela, sai de imediato antes fosse tentado a compartilhar a minha<br />
opinião.<br />
E agora, finalmente, a filha estava aqui.<br />
A porta do lado do passageiro da caminhonete se abriu quase um minuto<br />
depois de Griff já ter saído.<br />
Ela estava esperando que ele abrisse a porta? Balancei minha cabeça. Já havia<br />
imaginado uma verdadeira esnobe irritante quando vi as sandálias rosa e as longas<br />
pernas bronzeadas deslizarem para fora da caminhonete e ficarem penduradas por<br />
um momento antes de conseguirem encontrar o estribo. Quando ela desceu da<br />
cabine, seu vestido de verão amarelo e rosa se moldou as curvas de sua bunda. E<br />
que bunda era. Redonda e suculenta, como um pêssego.<br />
Porra.<br />
O cabelo loiro estava preso num rabo de cavalo baixo e um par de óculos<br />
escuros gigantes cobriam a metade de seu rosto. Não deveria dar a mínima de<br />
como o seu rosto se parecia, mas, droga, se eu pudesse parar a curiosidade que<br />
despertou dentro de mim. Se ele se igualasse ao pequeno corpo firme, que meus<br />
olhos estavam devorando, este iria ser o verão mais longo de toda minha vida.<br />
Ela levantou a mão protegendo os olhos e assimilando a casa da fazenda. É<br />
uma bela visão, com certeza. Não é de fato uma casa, nem mesmo uma mansão. Meu<br />
pai fez para si mesmo antes de se aposentar jovem. Não pude resistir, me perguntei<br />
se ela estava examinando da mesma forma calculista que eu jurava ter visto no<br />
rosto de sua mãe.<br />
A maçã geralmente não cai tão longe da árvore, não é?<br />
Não pude deixar de me endireitar quando ela segurou os óculos de sol do<br />
rosto e os levantou para o topo de sua cabeça.<br />
Nem. Fodendo.
Meu gemido já havia saído, antes que tivesse o bom senso de contê-lo. Mac<br />
assobiou baixo.<br />
— Gostosa. Maldição. Eu não me importaria de montar aquela potranca.<br />
Meu olhar feroz em direção a fazenda o silenciou. — Quer permanecer neste<br />
emprego? Então vá colocar seus olhos sobre o gado e os cavalos. Mantenha-os<br />
longe da garota.<br />
— Desculpe, Chefe, mas odeio discordar de você. Aquilo não é nenhuma<br />
garota. É uma mulher feita.<br />
Desgraçado. Agora, minha atenção estava novamente nela. Especificamente,<br />
nas mamas. Aquele vestido devia estar amassado no chão de algum quarto, não<br />
cobrindo o corpo dela. Os pequenos botões brancos esticados sobre o peito farto,<br />
apenas me esperando para desabotoá-los, expor o que com certeza seriam lindos<br />
seios e chupar os mamilos.<br />
O que diabos eu estava pensando? Me livrei do pensamento perturbador.<br />
Essa garota seria a minha maldita meia-irmã em questão de dias.<br />
O que significava que estava fora dos limites, em primeiro lugar, uma buceta<br />
convencida é boa para... — imaginei aquela mistura perfeita de arrogância e<br />
insolência se submetendo a mim, mãos atadas em suas costas, de joelhos e de<br />
preferência com a boca sexy aberta e esperando por meu pau.<br />
A boca da garota caiu aberta, sincronizada com os meus pensamentos, e<br />
meu pau criou vida própria.<br />
Maldição.<br />
Me refreei quando percebi que sua expressão era um resultado direto de<br />
Griff jogar suas malas dentro da casa... um tanto informal.<br />
Lembrar de que estava acostumada a ser tratada como uma verdadeira<br />
princesa — com transporte aéreo particular — apagou o meu desejo crescente. E<br />
ficou apagado até mesmo quando se pavoneou em direção a casa.<br />
Mac fez uma pausa em sua tarefa, a boca do garoto caiu aberta. O balanço<br />
daqueles quadris tinham o hipnotizado. Gostaria de dizer que ela estava colocando<br />
algo extra em seu andar para chamar nossa atenção, mas eu havia feito um estudo<br />
cuidadoso das mulheres e tudo sobre elas durante anos. Estava disposto a apostar<br />
no fato de que ela não tinha idéia de que estava caminhando como se estivesse<br />
indo para a cama de seu amante.
Uma visão passou pelo o meu cérebro — eu, esperando no meu quarto,<br />
escorado na cabeceira da minha cama e ela exibindo aquela bunda maravilhosa na<br />
minha direção. Diria-lhe para parar e se virar, para se curvar e se expor para mim,<br />
para me deixar ver sua bunda e buceta submissa antes de foder ambos. A imagem<br />
era tão real que eu conseguia imaginar suas coxas úmidas de excitação e o aroma<br />
saindo dela. Eu comeria aquela linda buceta primeiro, saboreando o gosto forte e<br />
doce.<br />
Ela reduziu os passos na calçada há alguns metros de mim, me dando um<br />
sorriso sem jeito e tímido. Imaginei que gosto teria quando a fodesse com a minha<br />
língua.<br />
O que diabos eu estava fazendo?<br />
Retribui seu sorriso com um aceno abrupto, não encontrando seus olhos e<br />
grato pelo chapéu proteger os meus. Não poderia ser responsabilizado pelo que<br />
veria no meu olhar agora.<br />
Assim que a porta se fechou atrás dela, sabia que era só uma questão de<br />
tempo antes de meu pai me esperar entrar para nos apresentar. Apresentações que<br />
eu não queria participar e, contudo, não podia evitar. A aspereza dos meus<br />
arredores podia ter apagado os modos que haviam sido ensinados desde a minha<br />
infância, mas eles não tinham desaparecido completamente. Esvaziei a última<br />
carga de pedras, fiz o meu caminho até a porta da frente e abri calmamente as<br />
dobradiças.<br />
— Estamos felizes por ter você conosco para as festividades e o resto do<br />
verão. — Ouvi meu pai dizendo.<br />
Sim. Muito contentes de ter outra mulher estudando o espaço da casa e<br />
calculando mentalmente o valor da propriedade.<br />
Pai olhou por cima do ombro da loira. — Ei, momento perfeito, Ford. Agora<br />
não tenho que localizá-lo para conhecer Emma. — Ela virou-se para me enfrentar,<br />
um sorriso se espalhando em seu rosto... que morreu em seguida quando meu pai<br />
acrescentou. — Emma, este é Ford, meu filho. Ele administra o rancho.<br />
Ela realmente não sabia que eu estava lá fora?<br />
Seu olhar de choque sugeria que não tinha nenhuma idéia. Bem, isso não era<br />
tão interessante?
Ela ofereceu a mão e eu apertei, saboreando a sensação da palma macia e<br />
delicada contra a minha áspera, e tentando obter algum tipo de informação sobre<br />
ela — Será que ela gosta de bruto? Recuaria com nojo se lhe dissesse que queria<br />
amarrá-la e foder aquela bunda macia perfeita? Forcei meus instintos a pararem;<br />
Absolutamente, não obtive nada tentando lê-la. Ela estava completamente fora dos<br />
limites.<br />
E eu precisava dar o fora dali antes que convencesse a mim mesmo do<br />
contrário.<br />
Meu pai disse algo sobre ela se atualizar com a mãe, mas eu já estava<br />
tentando descobrir uma maneira de sair dessa situação extremamente incômoda.<br />
Cynthia riu e sussurrou algo engraçadinho sobre o meu pai, o que ele respondeu<br />
batendo na bunda dela com a toalha, como um adolescente.<br />
Jesus. Estes dois.<br />
Emma limpou a garganta e parecia tão desconfortável quanto me sentia.<br />
— Então... você administra este lugar todo, hein?<br />
Sua pergunta soou forçada, mas era uma distração bem-vinda.<br />
Assenti.<br />
— Desde quando você tem estado no comando?<br />
Ela realmente se importava, ou isso era aquele papo educado que deixei para<br />
trás quando abandonamos o Vale do Silício por Montana?<br />
Dado que esta não era uma pergunta de sim ou não, respondi com o mínimo<br />
de informação. — Desde a faculdade.<br />
Esperava que fosse desistir, considerando que eu mal estava participando,<br />
mas ela prosseguiu. — É estranho ter seu pai como chefe?<br />
Ela claramente não sabia que meu pai estava aposentado e que o único<br />
chefe neste lugar era eu. Esse fato nunca tinha me incomodado até ele fazer uma<br />
viagem para a Califórnia para trazer um pouco de vinho e voltar com uma noiva.<br />
Talvez se estivesse mais envolvido com as operações, não teria saído em primeiro<br />
lugar e a fazenda não estaria sendo invadida por Cynthia e agora por Emma.<br />
Olhei-a por um momento antes de colocá-la a par de que eu era o chefe por<br />
aqui e em seguida acrescentei: — Provavelmente uma coisa boa, porque alguém<br />
tem que ficar atento por ele.
Sua cabeça virou com às minhas palavras e quase pude vê-la perceber que<br />
eu não estava convencido com toda esta história entre nossos pais. Não preciso<br />
ficar parado aqui nem mais um minuto, desperdiçando o meu tempo, para deixar<br />
meu ponto de vista claro.<br />
— Desculpe. Tenho trabalho a fazer antes do jantar. — Eu disse, antes de<br />
me virar e caminhar de volta para a porta da frente.<br />
a<br />
Contudo, meu alívio não durou muito tempo porque meu telefone vibrou<br />
com uma mensagem. Deixei as pedras do rio que ainda estava transportando<br />
caírem para verificar.<br />
Pai: Sua bunda precisa estar em casa para o jantar.<br />
Eu: Sim, senhor.<br />
Pai: E ser legal com Emma.<br />
Não respondi a esse último texto. O que eu deveria dizer? Que seria tão<br />
agradável com Emma que ela iria ser apresentada a maravilha dos orgasmos<br />
múltiplos? Que a teria ocupando a extremidade do meu pau? Sem chance.<br />
Então voltei para dentro de casa e aguentei o jantar. Mastiguei meu bife —<br />
excelente carne de vaca — e escutei Emma e Cynthia tagarelar sobre o casamento.<br />
Embora, para ser justo, a maior parte da tagarelice veio de Cynthia. Mas ainda<br />
assim, toda vez que Emma abriu a boca para responder a uma das perguntas de<br />
sua mãe, fantasiei com a minha mordaça de bola entre seus lábios rosa carnudos. O<br />
que depois me fez pensar sobre seus outros lábios rosa carnudos.<br />
Porra. Eu tinha que dar o fora de lá antes que crescesse uma ereção do<br />
tamanho de um pinheiro.<br />
Então afastei minha cadeira, pedi desculpas e escapei para a paz e a<br />
tranquilidade do celeiro do cavalo. Inspirei o doce cheiro do feno e o aroma<br />
grosseiro proveniente das baias. Um relincho da minha égua favorita era um som<br />
bem-vindo. As besteiras que Mac dizia eram para quem estava ouvindo-o, ou não.
— Cara, você deveria ter visto o rabo dessa garota. Estou. Fodido. Meu pau<br />
poderá nunca mais ser o mesmo depois que ela passou com aquilo. Estarei<br />
arruinado para todas as outras bucetas. Isso é um fato. Estou te dizendo.<br />
Dobrei a esquina e vi Mac encostado contra a baia, com TJ, meu peão de<br />
confiança e o mais talentoso da fazenda, e Griff, ambos sentados sobre os fardos de<br />
palha. TJ geralmente não era do tipo de falar muitas besteiras sobre mulheres. Ele<br />
tendia a ser o tipo respeite-as e elas virão. Não tinha certeza de quanta sorte ele<br />
tinha tido com essa abordagem, mas independentemente disso, era um bom<br />
homem. Griff raramente falava. Apenas mastigava petiscos ou um palito de dente.<br />
Ou ambos.<br />
A primeira vez que Cynthia o viu escarrar suco de tabaco no gramado da<br />
frente, quase desmaiou. E depois se ofereceu para comprar-lhe uma escarradeira<br />
antiga. Meus pensamentos sobre Cynthia imediatamente restauraram os<br />
pensamentos sobre sua filha, a que um dos meus peões estava falando merda.<br />
Às vezes, ser o chefe é um saco. Agora não era uma dessas vezes.<br />
— Mais uma palavra saindo da sua boca sobre aquela mulher, e você<br />
montará cercas por seis meses consecutivos. A única ação que vai conseguir será<br />
da sua própria mão... fui claro?<br />
Minha voz estava fria e severa, um tom que não usava frequentemente com<br />
os caras. Mas desta vez, eu queria que não houvesse nenhum dúvida de que quis<br />
dizer aquilo.<br />
— Mas você a viu...<br />
— Não estou brincando, Mac. Ela está fora dos limites. Não olhe para ela.<br />
Não fale com ela. Não fale sobre ela. Ela não é assunto seu e nunca será.<br />
Mac se mostrou disposto a brigar, e suspeitei que era porque eu estava o<br />
repreendendo na frente de Griff e TJ. Provavelmente poderia ter sido mais<br />
diplomático sobre isso, mas eu não estava brincando. Ela não era para ele.<br />
Tampouco, para mim.<br />
Aguardei, esperando Mac dizer mais alguma coisa, mas não disse. Ele se<br />
afastou da baia, pegou o Gatorade do chão e seguiu em direção a saída.<br />
Isso deixou Griff me estudando e TJ boquiaberto.<br />
— Você tem algum problema com isso, TJ?
Ele balançou a cabeça e perdeu o olhar de choque pintado em seu rosto. —<br />
Não, Senhor. — Ele se levantou do fardo de feno. — Acho que vou ficar com a parte<br />
da cerca, estava planejando montar isso hoje.<br />
E então éramos só Griff e eu — um homem que eu confiava e respeitava,<br />
cujo meu próprio respeito ganhei com sangue, suor e determinação. Ele ainda não<br />
acreditava que o garoto rico havia aceitado administrar esta fazenda, e eu estava<br />
determinado a provar o contrário.<br />
Sua risada era baixa e sua voz áspera, por causa do charuto, ressoou pelo<br />
celeiro. Eu esperava que fizesse um comentário sobre a minha futura meia-irmã,<br />
mas em vez disso disse: — Seu pai vai me forçar a ir para o casamento? Eu não uso<br />
ternos. Nem mesmo mo meu maldito funeral.<br />
— Tenho certeza de que ele ficaria grato, mas se você não preferir, a escolha<br />
é sua.<br />
Griff assentiu com a cabeça uma vez. — Vou pensar nisso. — Ele moveu o<br />
palito de dente para a outra extremidade da boca. — Aquela garota faz muitas<br />
perguntas. Acho que ela não sabe a diferença entre um cavalo de sela e merda de<br />
vaca.<br />
— Você provavelmente está certo sobre isso. — respondi, pensando sobre a<br />
conversa no jantar.<br />
Griff se esticou, as articulações estalando com o esforço.<br />
— Então, acho que vamos descobrir quanto tempo ela dura.<br />
Ele caminhou para fora do celeiro, e mais uma vez me deixaram sozinho<br />
com os pensamentos em Emma. Talvez se ela desse o fora daqui rápido o<br />
suficiente, eu poderia manter a maldita mordaça de bola no meu saco de<br />
brinquedo, onde isso pertencia.
Capítulo 3<br />
l<br />
Emma<br />
Antes mesmo que Celeste tivesse recolhido seu prato de jantar, Ford<br />
desapareceu novamente. A expressão afável de Russ vacilou por um momento, mas<br />
Mamãe tocou seu braço e ele sorriu para ela. Contive a vontade de perguntar onde<br />
Ford estava indo. Também estava nos evitando — caso em que, todos deveriam<br />
estar deixando-o de mau humor — ou estava tentando nos dar o nosso próprio<br />
espaço. O que quer que fosse, Ford se esfriar um pouco do lado de fora poderia<br />
acabar sendo uma coisa boa.<br />
Estavamos conversando tomando um café enquanto Celeste removia os<br />
pratos. Uma hora de conversa fiada depois, Russ bocejou e pousou a caneca com<br />
um som abafado. — Acho que é hora de verificar o interior das minhas pálpebras.<br />
Você vem, Cyn?<br />
Mamãe me olhou num relance quando Russ afastou sua cadeira. — Você<br />
precisa de qualquer tipo ajuda para desfazer as malas, querida?<br />
— Não, obrigada. Vou apenas retirar o que preciso para hoje à noite e lidar<br />
com o resto de manhã. — Inclinei-me para beijá-la na bochecha. — Boa noite, mãe.<br />
Russ esperou Mamãe se levantar e, em seguida, caminhou em direção a<br />
escada que conduzia à sua ala da casa. Coloquei o meu prato e a minha caneca na<br />
pia da cozinha. Foram as únicas louças que Celeste não recolheu. Entendi a<br />
mensagem clara como o dia: Eu não era bem-vinda no que ela considerava seu<br />
território. Mamãe estava muito envolvida na agitação do planeamento do<br />
casamento e apaixonada para notar a declaração silenciosa que Celeste estava<br />
fazendo. Mas isso era algo para outro dia; Eu também estava muito cansada para<br />
lidar com Celeste agora.<br />
Subi para o meu quarto e vasculhei minhas malas, até encontrar o meu<br />
shampoo e o roupão de banho longo e macio. Mesmo estando morta de sono, eu
sabia que não conseguiria dormir sem um banho rápido; estava despenteada e suja<br />
por viajar o dia todo.<br />
Tirei a roupa e atravessei o corredor, bufando de raiva quando encontrei a<br />
porta fechada. Não havia nada que pudesse fazer além de esperar. Ou isso, ou se<br />
perder para sempre tentando encontrar outro banheiro nesta casa enorme e escura.<br />
Finalmente a porta se abriu. Uma linda garota em uma camisola<br />
transparente saiu. Seu cabelo estava bagunçado, as bochechas ruborizadas... Estava<br />
claro que ela tinha acabado de ser fodida. Ela chiou quando me viu e saiu correndo<br />
pelo corredor para o quarto de Ford como um rato assustado. Fiquei boquiaberta<br />
até que a situação finalmente se encaixou. Todos estavam transando aqui exceto eu?<br />
Atrás de mim, Ford parou na entrada do banheiro. Virei-me para olhar e<br />
imediatamente me arrependi.<br />
Ele não usava nada além de uma toalha levemente envolvida na cintura.<br />
Tirei meus olhos da trilha de pêlos escuros que desciam em seu abs e percebi que<br />
ele estava me encarando. Não me encarando com raiva, apenas... atrevido. Este era<br />
o seu território, e ele estava me desafiando a desafiá-lo ou fugir com o rabo entre<br />
as pernas. Todos decidiram me provocar esta noite?<br />
"Você vai para o chuveiro ou o que?" ele finalmente perguntou.<br />
Estreitei meus olhos para ele. Foda-se, amigo. Não é como se eu precisasse de<br />
aprovação para ficar aqui.<br />
Ele não demostrou nenhum sinal de movimento para me deixar passar. Fui<br />
forçada a me espremer ao redor dele através da entrada, tão perto que sua mão<br />
roçou meu quadril. Minha pele se arrepiou onde ele me tocou através do robe. Com<br />
um último olhar para minhas pernas nuas, ele finalmente seguiu a garota de volta<br />
para seu quarto. Observei sua bunda firme enquanto ele se afastava e disse a mim<br />
mesma que só estava fazendo isso para incomodá-lo. Definitivamente, não perdi o<br />
controle sobre os meus próprios hormônios. Com certeza, não. Não todos.<br />
a
Os dias até o casamento se arrastaram. Enquanto mãe e Russ se<br />
aconchegavam desatentos em sua ala, eu estava aprisionada, com Ford a apenas<br />
algumas portas abaixo. E ele deixou claro que não gostava que eu invadisse o seu<br />
espaço. Quando me virava, ele estava bem ali — me cobiçando, olhando feio para<br />
mim, bloqueando meu caminho, se exibindo pouco vestido. Ele fazia tudo ao<br />
mesmo tempo: me irritava e deixava excitada como o inferno. Sentia que estava<br />
sendo provocada. Eu não sabia por que não me suportava; não sabia por que não<br />
conseguia afastar meus pensamentos sujos sobre ele.<br />
Trancar-me em meu quarto para evitá-lo não funcionou. Adormeci, folheei<br />
todos os livros do meu e-reader e até mesmo repintei as unhas dos pés. O tédio só<br />
tornou mais difícil ignorar os meus desejos. E ser preguiçosa durante o dia<br />
significava estar acordada à noite, quando com certeza vislumbraria o<br />
aparentemente interminável fluxo de ficantes, entrando e saindo do quarto dele.<br />
Em minha terceira noite em Wild Cliff, já estava farta. Não suportava ficar<br />
deitada na cama, tentando dormir mais. Eu precisava de ar fresco. Precisava ficar<br />
longe o suficiente do quarto de Ford para parar de me perguntar se ele dormia nu.<br />
Coloquei as roupas que havia usado no jantar do dia anterior e me espreitei para o<br />
andar de baixo.<br />
Quando abri a porta da frente, a brisa fresca da noite acariciou meu rosto.<br />
Inspirei profundamente: poeira, grama, animais, fumaça de lenha e o aroma<br />
estranho que aprendi que era o cheiro do ar realmente puro. As estrelas cintilavam<br />
no intenso céu escuro, mais brilhante e numerosas do que eu já tinha visto na<br />
cidade. Minha cabeça já está se tranquilizando .<br />
Não sai com qualquer objetivo em particular. Fiquei na varanda por um<br />
tempo, apenas apreciando a tranquilidade da noite. Eventualmente os meus olhos<br />
vagaram até o estábulo. Como qualquer garota no mundo, um vez tinha sido<br />
obcecada por "pôneis mágicos". Agora que vi verdadeiros rebanhos e um show de<br />
cavalos correndo no pasto, animados e graciosos, eu estava apaixonada<br />
novamente. Talvez pudesse visitá-los um pouco.<br />
Tomada por pensamentos de afagar narizes suaves e oferecer torrões de<br />
açúcar, dei a volta por baixo da passarela de tijolo na frente da casa. Mas quando<br />
saio da direção do estábulo, se tornando uma trinha de terra, ouvi um barulho<br />
estranho. Parecia que vinha da sala de equipamentos. Confusa, aventurei-me mais
perto e para ouvir novamente — aquele estalo nítido, seguido rapidamente por um<br />
gemido baixo que era quase o mesmo som.<br />
A luz iluminava através da fenda na porta do quarto de arreios. Dei uma<br />
olhada através do pequeno espaço e arfei.<br />
Uma mulher nua ajoelhada no chão de concreto. Não consegui ver o rosto<br />
dela. Seus braços estavam levantados sobre a cabeça, os pulsos atados por uma<br />
corda branca; a outra extremidade da corda desaparecia nas vigas. A pele pálida de<br />
sua bunda estava coberta do que pareciam dolorosas marcas vermelhas.<br />
E Ford estava na frente dela, com um chicote de montaria.<br />
Ele usava apenas um jeans azul velho e desbotado. A luz forte da única<br />
lâmpada exposta na sala de arreios se moldou ao seu corpo incrível em um plano<br />
nítido e ângulos de sombra, definindo cada músculo. E consegui vi uma coisa em<br />
particular muito claramente: o pau longo e grosso, esticado contra o zíper. Minha<br />
boca ficou seca.<br />
Com um movimento de pulso esperiente, Ford bateu a chibata sobre a<br />
nádega direita dela. O movimento foi rápido e dinâmico, como se tivesse muita<br />
prática, e os tendões em seu antebraço franziram com a força que pôs no golpe. A<br />
mulher deu um soluço agudo alto e desesperado. Suas costas arquearam,<br />
empurrando a bunda em minha direção, e pude ver sua buceta molhada. Uma nova<br />
marca floresceu na pele sensível.<br />
— Apenas mais três, cadelinha. — Ford gritou. Sua voz grave tomou um,<br />
novo e estranho, tom áspero que fez meu clitóris responder em atenção. — Você<br />
consegue. Pediu por isso. A menos que não se importe mais com a recompensa?<br />
A mulher balançou a cabeça rapidamente, fazendo um som gutural. O cabelo<br />
castanho claro deslizou para o lado revelando uma correia de couro ao redor da<br />
base do crânio. Ela estava amordaçada.<br />
Não conseguia tirar meus olhos deles. Devo chamar mãe? Devo chamar a<br />
polícia? Mas a mulher amarrada estava se contorcendo aos golpes de Ford, não se<br />
afastando deles e gemia como uma gata no cio com cada palavra de seus lábios<br />
carnudos. O que quer diabos estava acontecendo aqui, ela gostava. Adorava. Ela<br />
não estava assustada de nenhuma maneira — e eu também não. Algum outro<br />
sentimento tinha me congelado no lugar. Uma estranha fascinação que descia para<br />
o fundo do estômago.
Com um choque, percebi que estava esfregando minhas coxas, tentando<br />
aliviar a dor quente do desejo. Mudei de posição um pouco e me senti molhar.<br />
Engoli com dificuldade. Minha mão deslizou sob a minha saia de malha fina<br />
— apenas para conferir, disse a mim mesma. Já sabia que estava quase tão<br />
encharcada quanto a mulher na minha frente. Até mesmo tocando através da<br />
minha calcinha, meus dedos sentiram a umidade.<br />
Ford golpeou uma, duas, três vezes mais, fiel à sua palavra, e a mulher<br />
gemeu a cada estalo estridente. Ele estava respirando com dificuldade, mas não de<br />
esforço. Seus olhos me queimaram sem sequer olharem em minha direção. O olhar<br />
no rosto dele era de alguma forma distante e próximo ao mesmo tempo,<br />
consumido pela necessidade absoluta do aqui e agora. Quase inconscientemente,<br />
agitei a palma da minha mão.<br />
Ele jogou a chibata no chão fazendo barulho. Se abaixou por trás da mulher,<br />
um joelho de cada lado de suas pernas. — Boa garota. — ele ronronou. Agora sua<br />
voz era hipnótica, ao invés de comandando abertamente, e coberta com pecado. —<br />
Está pronta para que eu te foda?<br />
Sem esperar por uma resposta, enfiou dois dedos dentro dela. Ela gritou<br />
contra a mordaça e se empurrou para trás, tentando levá-lo mais profundo. Ele<br />
rosnou em apreço e começou a meter a mão dele selvagemente. — Como uma boa<br />
cadelinha; Está tão molhada para mim. — Ele arfou. Sua mão livre se movendo<br />
para o zíper.<br />
Minha força de vontade fracassou. De repente não me importava se Ford era<br />
meu meio-irmão, um completo idiota ou um extraterrestre. Eu só precisava gozar.<br />
Agora. Quando meus dedos começaram a esfregar pra valer, sufoquei um gemido<br />
alto de alívio.<br />
A cabeça de Ford virou. Seus olhos encontraram os meus e se arregalaram,<br />
depois endurecem em fúria.<br />
Quebrando o encanto erótico. De repente, senti-me como a voyeur que era.<br />
Empurrou a porta, tropecei e fugi para a casa.<br />
Não parei de correr até que estivesse segura no andar de cima no meu<br />
quarto, cheia de vergonha e excitação persistente. A qualquer momento, Ford<br />
subiria as escadas em meu encalço. Se não me odiava antes, com certeza odiaria<br />
agora. Como pude espioná-los assim? Que tipo de pervertida eu era? Não me
lembrava da última vez que meu corpo tinha reagido tão violentamente a algo.<br />
Minha libido tinha tirado meu cérebro da sela e assumido as rédeas. Se Ford<br />
tivesse me parado, se tivesse me ordenado a chegar mais perto, se tivesse me<br />
perseguido quando corri e me empurrado no chão como presa...<br />
— Droga. — murmurei em voz alta. Minha buceta ainda doía, exigindo que<br />
eu terminasse o que comecei. Tenho que parar com essa merda. Aqui e agora. Sem<br />
me masturbar 'acidentalmente' pensando em meu meio-irmão. Depois do que eu<br />
tinha acabado de ver, porém, sabia que nunca conseguiria tirar aquela imagem de<br />
Ford da minha cabeça — parado perto daquela mulher com uma chibata de<br />
montaria na mão e a crua luxúria em seus olhos.<br />
Mesmo se uma ducha fria pudesse ajudar, não tinha coragem de me<br />
aventurar fora do quarto. Mas após passarem os minutos sem nenhum sinal de<br />
Ford, minha tensão começou a aliviar. Talvez ele não fosse me confrontar afinal. Se<br />
ele queria agir como se nada disso tivesse acontecido, eu estava mais do que feliz<br />
em participar. Algumas refeições familiares terrivelmente embaraçosas e todo o<br />
episódio seria esquecido.<br />
Só precisava vestir o pijama novamente, ir para a cama e fingir que não<br />
tinha visto nada. Satisfeita com essa decisão, comecei a puxar a minha blusa sobre<br />
a cabeça.<br />
E então, Ford entrou de súbito.
Capítulo 4<br />
l<br />
Ford<br />
O controle estava pulsando em minhas veias — o controle que só tenho<br />
quando estou no meio de uma cena — evaporou no segundo que avistei Emma.<br />
Meu pau, que eu tinha ralado para manter duro para Chelsea, diminuiu<br />
rapidamente.<br />
Depois que Emma e eu nos encaramos e ela virou as costas e fugiu, ajudei<br />
Chelsea a sair de suas amarras, enrolei-a em um cobertor e sentei com ela<br />
enquanto se acalmava. Alguns goles de água, algumas mordidas de chocolate e<br />
encontrou seu equilíbrio novamente.<br />
Eu a acompanhei até seu carro, e minha mente foi para a mulher na casa que<br />
tinha acabado de foder com a minha noite. A razão de que havia Chelsea vinculado<br />
em minhas cordas esta noite e sob minha mão era porque precisava aliviar a<br />
tensão que Emma tinha despertado em mim.<br />
Mas ela tinha tirado isso de mim.<br />
E agora a garotinha curiosa tinha algumas explicações a dar.<br />
Esterelizei, enrolei minhas cordas e reembalou meu saco de brinquedos.<br />
Jogando-o por cima do ombro, seguindo até a passarela de tijolos e tudo o que eu<br />
podia visualizar era o choque em seus olhos azuis brilhantes. E então o horror.<br />
Era o suficiente para destruir um cara por dentro. Ela claramente não tinha<br />
idéia do que havia interrompido. Provavelmente, estava ligando para a polícia<br />
agora para comunicar que eu tinha uma mulher amarrada. O pensamento me fez<br />
avançar um pouco mais rápido. Seria uma coisa se o deputado <strong>Jackson</strong> Harrison<br />
respondesse à chamada — sabia pelos seus comentários que compartilhavamos<br />
uma excentricidade — mas o resto do departamento do pequeno Condado iria me<br />
arrastar primeiro, independentemente do meu sobrenome e fazer perguntas<br />
depois.
Minha ala da casa — bem, o que tinha sido minha ala da casa — estava<br />
quieta e escura.<br />
Exceto pela luz suave que vinha debaixo da porta de Emma.<br />
Eu não me incomodei em bater. Empurrei a porta, entrei e a tranquei atrás<br />
de mim com um clique que fez Emma girar para me enfrentar.<br />
Ela tinha a blusa na metade do caminho sobre a cabeça, tive um bom<br />
vislumbre da pele suave e um sutiã rosa rendado. Meu pau flácido de repente não<br />
estava mais mole. Ela puxou bruscamente a blusa para baixo, cobrindo-se, mas<br />
meu pau não desceu como a maldita camisa. Não, esse filho da puta estava ficando<br />
mais duro a cada segundo. Contive a vontade de me ajustar e forcei o foco para o<br />
fato de que ela era a razão pela qual que eu não estava gozando na garganta de<br />
Chelsea bem agora. Funcionou.<br />
Minha frustração aumentou e alimentei a minha raiva.<br />
— O que porra foi isso? — Minhas palavras eram duras e cortadas. Queria<br />
ela no limite e tão incomodada quanto eu estava. Ela olhou para o chão por um<br />
momento e usei aquele instante para mudar o meu pau para uma posição mais<br />
confortável. Mas não fui rápido o suficiente ou sigiloso o bastante, porque quando<br />
os olhos dela levantaram viram minha mão.<br />
— O que... Sobre o quê está falando? — ela gaguejou, seus olhos subiram<br />
rapidamente até os meus e depois desceram novamente.<br />
Não acredito nisso, querida.<br />
Ela entrelaçou os dedos, mudando de um pé para o outro, seus dedos do pé<br />
rosa brilhante cravando no tapete espesso.<br />
Atravessei a sala em dois passos e tive seu queixo entre os meus dedos,<br />
forçando seu olhar subir até o meu. Não tinha certeza de quando decidi me mover.<br />
— A menos que eu lhe diga que quero seus olhos no chão, quero eles em<br />
mim quando estou falando com você.<br />
Seus olhos azuis se arregalaram com surpresa. Aparentemente minha doce<br />
nova meia-irmã não tinha muita experiência ser tratada com grosseria ou ordens.<br />
A confirmação do que suspeitava me fez entrar em minha próxima pergunta. Uma<br />
imprescendível.<br />
— Você contou a alguém o que viu?
Ela engoliu, e sua surpresa desapareceu aos poucos quando decidiu tentar<br />
ser corajosa.<br />
— Ainda não, mas pode acreditar que vou. Onde está ela? Ainda está<br />
amarrada? Você a machucou?<br />
Suas perguntas eram como um tapa na cara. Qualquer mulher pensar que<br />
um Dom abandonaria uma colega amarrada era abominável. Contive minha raiva<br />
crescente, lembrando-me que ela claramente não tinha a mínima ideia do que<br />
acabou de ver.<br />
— Tem alguma ideia do que flagrou? — Perguntei. Não pude conter a<br />
necessidade de educá-la. Disse a mim mesmo que era somente porque não queria<br />
que ela fugisse e espalhasse que eu era um doente fodido que gostava de amarrar<br />
mulheres e espancá-las. Embora que isso não seria uma declaração completamente<br />
falsa.<br />
Suas sobrancelhas se juntaram, endurecendo sua expressão. — Eu sei que vi<br />
algo que não era correto. — Ela lançoas as palavras e senti como se estivesse<br />
assistindo um gatinho aprendendo como afiar as garras pela primeira vez.<br />
Ah, gatinha... Não julgue o que não entende.<br />
Relaxei a pressão sob seu queixo e olhei ao redor do quarto. Vi o que<br />
procurava na escrivaninha.<br />
Um eReader.<br />
Corri um risco calculado.<br />
— Você parece o tipo de garota que passaria um bom tempo sentada com<br />
um livro.<br />
O queixo dela sacodiu baixo e recebi seu aceno de cabeça como um 'sim'.<br />
— Você já leu alguma coisa sobre BDSM? Relações de Dom/sub? Troca de<br />
poder?<br />
— Isso é ficção. Não é algo que pessoas normais fazem. — As palavras dela,<br />
embora julgadoras, não carregam um tom severo. Eram mais suaves, mais como<br />
um questionamento.<br />
Não pude deixar de roçar o meu polegar para frente e para trás abaixo de<br />
seu queixo. Ela ficou tensa com o contato.<br />
— Tem certeza de que é apenas ficção, cadelinha? Porque se fosse, seria<br />
muito difícil acreditar que há um Dom parado na sua frente bem agora.
Soltei seu queixo e desci minha mão para o arco de sua garganta. Senti o<br />
arrepio percorrer seu corpo contra meus dedos calejados.<br />
— Eu... Não sei o que quer que eu diga. Não entendo o que você está... —<br />
— Você não precisa dizer nada, cadelinha. E tudo o que você precisa<br />
entender é que alguns homens têm... necessidades específicas. Além de<br />
expectativas rigorosas. E acontece que eu sou um deles.<br />
Seu pulso bateu fortemente contra meu toque, acelerando. Não tinha<br />
certeza de como fez, mas a percepção tímida e submissa, que eu estava tendo dela<br />
se transformou em algo completamente diferente.<br />
Seus olhos brilharam, e ela se endireitou, deu um passo para o lado e<br />
esbofeteou minha mão.<br />
— Necessidades específicas e expectativas rigorosas? E o que isso requer<br />
exatamente? A necessidade de amordaçar e amarrar uma mulher antes de fodê-la?<br />
Que tal me dizer exatamente quais são essas necessidades e expectativas? Também<br />
poderia aprender alguma coisa enquanto estou aqui neste verão.<br />
Alguma coisa naqueles lindos lábios rosa, dizendo a palavra "fodê-la" me fez<br />
querer fazer exatamente isso com sua boca. Meu pau pulsou contra o zíper, duro<br />
como uma pedra. Evitei atender o seu pedido e me aproximei. Seu peito subiu e<br />
desceu a cada respiração, e senti um sensação de vitória quando ela<br />
inconscientemente se inclinou em minha direção.<br />
Quer aprender algo neste verão? Veio ao lugar certo. Congelei assim que os<br />
pensamentos se solidificaram em meu cérebro. Ela vai ser sua meia-irmã daqui a<br />
poucos dias. E o que mais? Um bela bunda, uma convencida desagradável que não<br />
tinha terminando o M.R.S. na faculdade.<br />
— Não acho que uma princesinha arrogante como você poderia sequer<br />
começar a entender o que um homem como eu precisa. Sem falar na existência de<br />
uma chance no inferno de você fazer isso.<br />
Seus olhos azuis zombaram de mim. — Me teste.<br />
A resposta me chocou extrememente. Coloquei minha mão envolta de seu<br />
ombro e a empurrei até que fosse forçada a recuar um passo. E depois outro — até<br />
suas costas batessem na parede e eu estivesse bloqueando sua fuga.<br />
— Você acha que poderia lidar com isso, querida?
Ela abriu a boca para responder, mas eu não esperei. Havia esperado o<br />
bastante esta noite. Abaixei meus lábios até os dela e os devorei. Minhas mãos se<br />
emaranharam em seu cabelo e inclinei sua cabeça, assim eu poderia aprofundar o<br />
beijo. A pequena língua quente saiu e levei isso como um sinal verde para dar um<br />
passo a mais. Movi minha perna esquerda, deslizando-a no meio de suas coxas.<br />
Enganchei em sua saia, então desci uma mão à bainha e a empurrei para cima.<br />
Agarrango a parte de trás de sua coxa, deslizei a minha mão cima... cima... até que<br />
encontrei a pele macia e suave de sua bunda nua. Gemi em sua boca pela<br />
descoberta, aprofundando o beijo. Sua bunda, que eu havia admirado abertamente<br />
desde o primeiro dia, era suave e cheia, lutei contra a vontade de dar-lhe alguns<br />
tapas , apenas para garantir que ela soubesse quem estava no comando agora. Suas<br />
mãos subiram por meu peito e pressionei-a, querendo senti-la contra mim. Engoli<br />
os pequenos choramingos que ela fez enquanto levava meu tempo acariciando<br />
cada polegada de seu pequeno corpo delicioso e cheio de curvas<br />
Porra. Se soubesse que ela estava usando um fio dental por baixo daquele<br />
vestido, não podia ser considerado responsável pelas minhas ações. Recuei<br />
aproximadamente um passo, e a palma da minha mão atormentou sua nádega<br />
antes de deslizar entre suas pernas. Meu pau latejou insistentemente no segundo<br />
que senti a renda umedecida cobrindo sua buceta. Ela se moveu, pressionando<br />
contra a minha mão, e levou todo o meu controle para não empurrar aquela<br />
barreira frágil de lado e mergulhar dois dedos dentro dela.<br />
Me afastei do beijo apenas uma fração de polegada. — Porra, você está<br />
molhada, baby. A sua buceta ficou molhada me observando mais cedo, ou enquanto<br />
esperava minha mão sobre esta bucetinha quente?<br />
Seu gemido em resposta era o som mais lindo que já tinha ouvido.<br />
Eu queria entrar nela. Apenas a queria.<br />
O pensamento me atropelou de uma forma sutil como um trem de carga.<br />
Eu me afastei, tirando minha mão e colocando alguns centímetros<br />
necessários para nos separar.<br />
Seus olhos abriram confusos, e não consegui negar o forte orgulho<br />
masculino que me cresceu em mim pela excitação aparente neles.<br />
Ambos ficamos parados, polegadas distantes, aspirando oxigênio suficiente<br />
para recobrar os níveis normais de funcionamento do nosso cérebro. Minha
atenção travou nela e em cada movimento. Quase consegui identificar o momento<br />
que sua mente retornou para o que ela tinha visto no celeiro.<br />
— Onde ela está? O que fez com a mulher? Você não me respondeu.<br />
— Ela está em casa agora. Quente e enrola na cama, provavelmente<br />
desejando que uma loirinha intrometida não tivesse interrompido uma cena que<br />
garantia fazê-la gozar mais forte do que já gozou em sua vida antes.<br />
— Por que vocês não... terminaram?<br />
E essa não era a pergunta de 1 milhão de dólares da noite?<br />
Decidi ser claro, porque esse era o tipo de cara que eu era e não me<br />
desculpava por isso. — Talvez porque depois que te vi, não era ela quem eu queria<br />
amarrada e de joelhos diante de mim.<br />
Sua inspiração brusca e pupilas dilatadas estavam mais inebriadas do que o<br />
Griff dando goles em bebidas baratas.<br />
Voltei, minhas mãos circulando seus pulsos, puxando-os acima de sua<br />
cabeça e prendendo-os na parede. Minha boca abaixou até a dela e saboreei mais o<br />
proibido.<br />
Era esse pensamento — saber que ela seria minha meia-irmã, daqui a uns<br />
dias — que tinha que me afastar e atravessar para a porta, mesmo que ela ainda<br />
estivesse arfando e necessitada.<br />
Mas foi a minha maldita falta de filtro que me fez dizer: — Se quiser um<br />
homem de verdade para te mostrar o prazer na submissão, sabe onde me<br />
encontrar. Enquanto isso, tranque a porta.<br />
A confusão em seu rosto era evidente quando fechei a porta.<br />
Desci o caminho do corredor para o meu quarto e entrei, sem me preocupar<br />
em trancar a porta. Se Emma tivesse coragem de vir pra mim esta noite, eu não iria<br />
mandá-la embora, mesmo sabendo que esta foi a pior idéia que já tive em minha<br />
vida.<br />
Mas isso não me impediu de ir para o chuveiro, agarrar meu pau e imaginar<br />
seus imensos olhos azuis e a perfeita boca rosa enquanto encontrava minha<br />
própria libertação.
Capítulo 5<br />
l<br />
Emma<br />
O frio concreto sob os pés descalços. Os braços erguidos, esticados pela<br />
corda, deixando-me indefesa. Não conseguia sequer virar a cabeça, mas sabia que<br />
Ford estava atrás de mim. Senti seus olhos sobre meu corpo nu.<br />
De repente, ele agarrou meus quadris. Seus dedos se cravaram, asperos o<br />
suficiente para machucar. Seu pau quente e duro pressionado contra a parte<br />
inferior das minhas costas como um ferro em brasa. Gemi através da apertada<br />
correia de couro entre meus dentes e me ergui nas pontas dos pés, moendo contra<br />
ele, implorando para meu captor fazer o seu pior. Uma mão forte deslizou sob<br />
minha barriga, descendo, entre as minhas coxas...<br />
Pisquei acordada, desorientada. Demorei um minuto para entender onde eu<br />
estava. Quando a bruma sonolenta finalmente se dissipou, atirei meu travesseiro<br />
na parede, segurando um grito de frustração. Eu não sabia o que era pior — meu<br />
subconsciente me traindo assim, em primeiro lugar, ou meu consciente me<br />
interrompendo justo quando cheguei a parte boa.<br />
Havia passado menos de uma semana desde que eu cheguei. Menos de dois<br />
dias desde que Ford me encurralou no quarto sobre o que tinha visto. Ele<br />
finalmente tinha quebrado o carregado impasse sexual entre nós — deixando<br />
remediar numa nova forma ainda mais angustiante. Agora sabia qual a sensação<br />
dos seus lábios nos meus. Quão talentosos seus dedos eram. Que tipo de coisas<br />
queria me ensinar.<br />
À noite, me agitava e virava, tentando esquecer. Durante o dia, evitava Ford<br />
o máximo possível, lançando-me nos preparativos de última hora do casamento.<br />
Não podia mais negar que o queria. Mas não podia ceder, também. Ficar obcecada<br />
pelo meu próprio meio-irmão era errado de vários modos. E não era apenas meu<br />
meio-irmão, ele era um Dom e um mulherengo — algo que não me atraia. Eu
precisava seguir em frente, aliviar minha cabeça dos pensamentos pornográficos<br />
que ele e seu corpo quente e seu pau grande tinham criado, e desfrutar do meu<br />
último verão de liberdade com a minha mãe. Certo. Como se isso fosse acontecer. Eu<br />
estava oficialmente mais excitada do que um adolescente em um set pornô.<br />
— Emma? Emma!<br />
Eu pisquei. — Hum?<br />
— Eu disse, você poderia me passar a tesoura? — Mamãe repetiu com um<br />
pingo de impaciência na voz.<br />
— Oh. Claro. — Dei-lhe a tesoura que estava segurando enquanto estava<br />
desorientada.<br />
Estávamos sentadas na mesa da cozinha preparando as lembrancinhas para<br />
os convidados. Mamãe tinha encomendado uma caixa de sabonetes artesanais de<br />
leite de cabra — um termo que nunca pensei que encontraria — com a ideia de<br />
envolvê-los em bonitos saquinhos de algodão. Meu trabalho em nossa linha de<br />
montagem de duas mulheres era amarrá-los com fita rosa. No entanto, como Ford<br />
me deixou temporariamente demente, eu estava agora até os cotovelos com sabão<br />
de cabra.<br />
Mãe cortou alguns quadrados extras de tecido para si mesma, depois olhou<br />
para mim novamente. Rezei para que um Eu quase transei com Ford não estivesse<br />
escrito na minha cara. Quando eu era uma adolescente, ela praticamente podia ler<br />
minha mente se quisesse. Ou talvez eu era apena uma péssima mentirosa.<br />
— Está se sentindo bem, querida? — ela disse finalmente. — Tem estado<br />
tão distraída ultimamente.<br />
Sabia que ela não quis dizer isso de um modo repreensivo, mas ainda me<br />
senti culpada. Seu grande dia era amanhã e eu não conseguia tirar o pau de Ford da<br />
minha cabeça por tempo suficiente para ajudar. — Estou bem, mãe. Apenas<br />
pensando sobre... — Peguei um embrulho e pensei em algo plausível. — Minha<br />
oferta de trabalho. Tenho que achar um apartamento em Washington e tirar<br />
minhas impressões digitais e, hum... como um milhão de outra coisas antes de<br />
começar no outono.
Mamãe assentiu prudentemente, seu sorriso se tornando um pouco<br />
agridoce 1 . — É muita coisa para se preocupar. — disse ela. Depois riu. — Crescer<br />
não é divertido, não é? Pelo menos ainda tenho mais alguns meses para mimá-la.<br />
Olhei para baixo para o bolo redondo de sabão na minha mão. Ela estava<br />
certa. Agora que eu tinha encontrado um emprego adulto de verdade, não teríamos<br />
muitos mais dias como este. Claro, tiraria férias, mas ainda não a veria quase tão<br />
frequentemente quanto costumava. Para um verão a dois com Mamãe, eu estava<br />
mais do que disposta a aguentar o comportamento estranho de Ford — para não<br />
mencionar o meu.<br />
— Cuidado para não segurá-lo por muito tempo. — mamãe disse vivamente,<br />
já amarrando a fita em outra sacolinha de sabonetes. — Pode derreter. — Seu tom<br />
soava exatamente como quando eu tinha oito anos, prestes a perder o meu sorvete<br />
de casquinha para o sol quente.<br />
Eu engoli o nó que tinha se formado de repente na minha garganta. — Ei,<br />
mãe?<br />
— Ei, Emmie? — Ela repetiu, provocando.<br />
Mas antes que eu pudesse terminar, Celeste ressoou na cozinha. — Como<br />
estão as senhoritas?<br />
Senti uma pontada de irritação com a interrupção. Nós estávamos indo muito<br />
bem antes de você se intrometer no nosso momento.<br />
— Oh, você sabe... devagar e sempre. — mãe respondeu com um aceno de<br />
sua mão. — Muito obrigado por todo seu trabalho esforçado. Não tinha certeza se<br />
estaríamos prontos a tempo, mas acho que vamos conseguir.<br />
— Não há problema... é meu trabalho, certo? — Celeste, olhou para baixo<br />
para os ladrilhos sujos e suspirou. — Embora deseje que certos homens tirassem<br />
as botas enlameadas antes de invadir a casa. Acabei de limpar o banheiro do<br />
primeiro andar ontem e aqui estou eu novamente.<br />
— Todo mundo está falando de mim. — cantarolou uma voz masculina lá<br />
fora. A tela da porta se abriu e Mac foi até a pia da cozinha.<br />
— A música não é 'todo mundo está falando para mim'? — Eu apontei.<br />
— Licença poética. — Ele começou a encher um copo com água. — Não diga<br />
Ford que entrei aqui. Estou quase terminando de organizar as mesas para a<br />
1 (Emoção) mistura de tristeza e felicidade.
ecepção... Só precisava molhar meu bico. — Com uma piscadela para mim, ele<br />
acrescentou: — e roubar um minuto das três garotas encantadoras.<br />
Celeste deu-lhe um sorriso forçado. Se a Mamãe não estivesse na sala, eu<br />
tinha a sensação de que ela teria dito a ele exatamente onde enfiar seu bico.<br />
Embora, não tinha certeza se ela queria que Mac desse o fora ou só prestasse<br />
atenção nela em vez de mim.<br />
Mãe só riu. — Cuidado, cavalheiro. Logo vou ser uma mulher casada.<br />
— Mas há a regra número um. — disse Mac. — Sempre tenha algo doce para<br />
dizer a esposa do chefe... pelo menos, quando o chefe não está. — Ele levantou a<br />
cabeça em minha direção. — O mesmo vale para a filha do patrão.<br />
Tarde demais, percebi que ele estava esperando que eu respondesse. Pisei<br />
na bola completamente.<br />
Mac era muito atraente e parecia ser um cara legal, mas eu simplesmente<br />
não conseguia entrar no balanço para flertar com ele. A mesma coisa sempre<br />
aconteceu com TJ, também. Nenhum dos peões da fazenda conseguiam estar à<br />
altura de Ford. Ele estava só... em um outro nível. Sexy, másculo, no controle,<br />
confiante sem esforço. Mesmo quando se comportava friamente, apenas fazia<br />
contraste com o resto quente dele. E há duas noites atrás, tinha vislumbrado como<br />
era quando ele se deixava queimar.<br />
Imagine se eu ficaria obcecada por um cara daqui que não posso ter.<br />
Bem, isso não era exatamente verdade. Eu poderia tê-lo. Ele tinha deixado<br />
bastante óbvio o que queria fazer comigo. Diabos, ele literalmente me deu um<br />
convite aberto para seu quarto. Mas o ponto era, que não devia. Não importava o<br />
quão curiosa estava sobre submeter-me à Ford. Não importava o quanto queria<br />
compartilhar o prazer que sua "cadelinha" tinha claramente sentindo.<br />
Naquela noite, agachada do lado de fora da porta do quarto de correias, algo<br />
tinha pegado fogo dentro de mim. Uma parte crua e selvagem em mim que nem<br />
sabia que existia — e eu estava morrendo para explorá-la. Mas havia certas linhas<br />
que nunca deveriam ser ultrapassadas. Tentei ignorar a vozinha pervertida na<br />
minha cabeça que sussurrou, ele só é tecnicamente seu irmão.<br />
Mac tomou sua água desajeitadamente. — Uau. Público difícil.<br />
Merda. Eu estava totalmente desatenta e havia pisado na bola. De novo.
Parecendo decepcionado, Mac colocou seu copo na tábua de escorrer e<br />
voltou lá para fora. Mamãe se virou para mim. — Queria me perguntar alguma<br />
coisa, querida?<br />
Eu balancei minha cabeça. — Não importa, não era importante. — Celeste se<br />
sentou à mesa, enxugando a testa, e ela era a última pessoa na Terra que eu queria<br />
por perto ao abrir minha alma. Olhei pela janela da cozinha, a tempo de ver um<br />
Ford sem camisa, carregando uma pesada caixa de decorações sob cada braço.<br />
Rapidamente, me concentrei extremamente no minúsculo laço que eu estava<br />
amarrando.<br />
a<br />
A manhã seguinte amanheceu quente, clara e calma. O dia perfeito para um<br />
casamento.<br />
Os convidados começaram a chegar logo após o nosso pequeno café da<br />
manhã atrasado; Russ ofereceu-lhes café e assentos na sala de estar até que<br />
saíssem para o quintal. A maioria estava aqui por ele, mas também apareceram um<br />
número surpreendente de parentes e velhos amigos de escola de Mamãe. Eles<br />
ajudaram ou assistiram enquanto Ford, TJ e Mac organizaram as cadeiras no<br />
gramado e estenderam um extenso tapete branco, levando ao gazebo à beira do<br />
lago privado. Como dama de honra, fiquei feliz de me esconder dentro de casa e<br />
ajudar Mamãe com seu vestido e maquiagem. Eu seria forçada a olhar melhor para<br />
aquele homem em breve.<br />
Com as primeiras notas baixas da banda, ajudei Mamãe a se preparar e<br />
acompanhei-a até o altar. Ford tinha o menor sorriso possível, enquanto estava<br />
atrás de seu pai. Não parecia exatamente extasiado, mas também não parecia<br />
irritado. Tinha começado a se sentir mais seguro sobre sua nova madrasta? Ou<br />
estava apenas com medo de Russ assassiná-lo se ele arruinasse o casamento? A<br />
música terminou e disse a mim mesma para parar de me preocupar.
A cerimônia durou menos de uma hora. Depois de algumas palavras do<br />
ministro sobre o amor como a mais verdadeira expressão de fé, Mamãe e Russ,<br />
cada um recitou um poema — "Convite ao amor", por Paul Dunbar para ela, "Mais<br />
como um arco" por John Ciardi para ele. Quando ele deslizou o anel de diamante no<br />
dedo dela, a maneira que ela sorriu para ele me fez sentir uma estranha<br />
tranquilidade. Podia ter sido o tempo bonito, com o céu de Montana nos cercando<br />
como um oceano, mas vê-los olhar um nos olhos do outro... Não pude deixar de me<br />
contagiar um pouco com seu otimismo. Não via mãe feliz assim há muito tempo.<br />
Talvez as coisas realmente dessem certo às vezes. Talvez o que ela tinha com Russ<br />
duraria.<br />
Me atingiu novamente que Mamãe e eu estavamos ambas prosseguindo com<br />
nossas próprias vidas. Apenas por momentos como este, percebi que estava feliz<br />
de ter vindo a Wild Cliff.<br />
Apenas mais onze semanas para partir. Não tinha certeza se aquele tempo<br />
era muito longo ou muito curto.
Capítulo 6<br />
l<br />
Ford<br />
Era estranho para todos os filhos adultos assistirem ao pai caminhar até o<br />
altar? Tinha que ser. Não podia ser só eu.<br />
Mas assistindo meu pai prometer amar, honrar e respeitar uma mulher me<br />
desiquilibrou. E não apenas porque a mulher em questão tinha uma filha que<br />
também me desiquilibrava completamente.<br />
Ela segurou meu braço com força quando a conduzi para fora do altar,<br />
enquanto se retiravam para a festa do casamento. Ela tirou a mão rapidamente<br />
com algum pedido de desculpa sobre a necessidade de ver algo na recepção.<br />
Forçado a comparecer novamente as fotos de família, não pude evitar, mas<br />
me perguntei quão sinceros seus sorrisos eram. Especialmente porque tinha me<br />
evitado desde então.<br />
O brinde dela na recepção sob a grande tenda branca tinha sido simples e<br />
sincero. Lembrou-me também que ela tinha feito isso muitas mais vezes do que eu.<br />
Minha confiança na longevidade do novo casamento do meu pai não era<br />
particularmente elevada. Eu me considerava um realista e o histórico de Cynthia<br />
deixava muito a desejar. Só esperava que desse certo, para o bem de ambos.<br />
Os convidados estavam conversando e misturando-se, e o bar já tinha um<br />
fluxo constante de pessoas circulando. Eu era um deles. Peguei uma cerveja e<br />
decidi participar de um jogo de bebidas por nenhuma razão em particular: toda vez<br />
que Emma me olhava e depois desviava o olhar quando a pegava me encarando, eu<br />
beberia.<br />
Não demorou muito tempo para terminar a minha primeira cerveja.<br />
Cerveja número dois foi algo parecido com isto:<br />
Emma reorganizava o buquê da mãe na mesa; nossos olhos se travavam. Eu<br />
bebi.
Emma conversava com uma convidada idosa e a ajudou em nossa mesa.<br />
Seus olhos pousaram onde eu estava encostado no bar. Eu bebi.<br />
Emma pegou uma taça de champanhe da bandeja do garçom e olhou<br />
diretamente para mim, enquanto me sentava na mesa. Eu bebi.<br />
Emma terminou um segundo copo de champanhe e permitiu ser puxada<br />
para a pista de dança pelo filho do nosso vizinho, que tinha aproximadamente<br />
cinco anos de idade. Ela olhou para mim, sorrindo, antes de voltar rapidamente sua<br />
atenção para o pequeno cowboy. Eu bebi.<br />
Eu continuei este jogo até outra cerveja antes de mudar para uísque e<br />
finalmente desistir porque acabaria muito embriagado.<br />
E agora eu queria arrastá-la da pista de dança para o meu quarto, arrancar<br />
aquele vestido azul sensual e prendê-la na minha cama antes de fazê-la gozar tao<br />
forte que esquecesse o próprio nome. E o toque de todos os outros homens.<br />
Cada olhar dela aumentava a possessividade crescente dentro de mim. Meu<br />
aperto testou a força do copo, e eu me forcei a relaxar enquanto o levantava para<br />
os meus lábios e balançava o conteúdo. Não me importava que este único malte<br />
custasse mais do que muita gente tinha conseguido em um mês. Estava mais<br />
preocupado em tirar da cabeça a mulher que zombava de mim a vinte pés de<br />
distância.<br />
Jurava por Deus que ela estava fazendo isso intencionalmente. Evitando-me<br />
— ficando pelo menos vinte pés de distância sempre — e ainda mantendo aqueles<br />
olhos azuis brilhantes pousando em mim. Seu último copo de champanhe a deixou<br />
mais ousada. Eu não estava bêbado. Sabia quando uma mulher estava interessada.<br />
E essa mulher? Ela estava preparada e pronta. Mas isso não significava que eu<br />
poderia me precipitar e satisfazer meus instintos primitivos. Não, esta situação<br />
requeria planejamento cuidadoso e discrição.<br />
Quando ela dançou com Griff, fiquei um tanto surpreso. Foi engraçadinho<br />
vê-la puxar o velho excêntrico de seu lugar e convencê-lo a dançar uma música de<br />
passo duplo. Onde Emma tinha aprendido passo duplo, não conseguia sequer<br />
adivinhar.<br />
Minha diversão morreu rapidamente, assim que Mac interveio e girou-a<br />
para longe de Griff, puxando-a para perto de seu corpo, quando a música mudou<br />
para algo mais lento. Tive que me virar de costas, ir até o bar para um
eabastecimento e me contentar com o fato de que ele teria tempo de sobra para<br />
refletir sobre seu movimento idiota pelas costas em sua sela enquanto cavalgasse<br />
cercando no sol escaldante.<br />
Retornei à minha posição na borda da tenda, olhando e esperando. A música<br />
finalmente terminou, Mac tirou o chapéu e saiu da pista de dança. Era melhor o<br />
pequeno desgraçado procurar uma mulher à sua altura.<br />
A banda seguiu em outra maldita música lenta e outro cowboy que não<br />
entendia muito bem o significado de 'não pôr as mãos' se adiantou para Emma.<br />
TJ. Aparentemente, não deu ouvidos ao meu alerta também. Os filhos da<br />
puta.<br />
Mac era o tipo de cara que pensava mais com o pau do que com o cérebro<br />
quando se aproximava de mulheres, e apenas pensava em molhar o pau. Eu não<br />
podia dizer o mesmo sobre o TJ. Ele era um cara esperto. Pensativo. Procurando<br />
uma mulher para instalar-se na fazenda e começar a fazer bebês.<br />
E odiei como ele olhava para a Emma. Como se ela pudesse ser aquela<br />
mulher. Os olhos dela dispararam para mim novamente, e os encontrei, esperando<br />
que pudesse ler a irritação e a posse queimando através de mim. Ela ruborizou,<br />
deixou os olhos desviarem dos meus e olhou novamente para o rosto de TJ,<br />
colocando as mãos atrás do pescoço dele.<br />
Oh, querida, sua bundinha apetitosa vai pagar por esse movimento.<br />
Minha palma formigou com a necessidade de tê-la sob a minha mão. Essa<br />
necessidade se intensificou vários graus quando o som claro de sua risada flutuou<br />
pela pista de dança e seu leve sorriso se alargou em sua face. TJ levantou a mão<br />
para acariciar um cacho em sua face... e quase perdi meu aperto meu bom senso.<br />
A única coisa que me evitou? Ironicamente, meu pai. Nada como o lembrete<br />
de que a mulher que queria sob você era sua meia-irmã.<br />
Pai, já há vários uísques de sua própria experiência, parou ao meu lado e<br />
tilintou nossos copos. Ele seguiu meu olhar para a pista de dança.<br />
— Você vai ser gentil com Emma enquanto Cyn e eu estivermos ausentes,<br />
ou vai se ver comigo quando voltarmos.<br />
As palavras soaram como se ele estivesse falando com uma pessoa de treze<br />
anos de idade e não de vinte e cinco.
— Imagino que tanto nos comportaremos como ficaremos bem, pai. — Não<br />
acrescento, porque se não me comportasse, haveria uma boa chance das coisas<br />
sairem de controle muito rápido.<br />
Papai tomou um gole de seu whisky e me estudou. — Ela não conhece<br />
ninguém aqui e vamos ficar fora por uma semana. Não a quero deixada ao Deus<br />
dará o tempo inteiro. Espero que a faça sentir-se bem-vinda e certifique-se de que<br />
não está entediada.<br />
— Então espera que eu largue tudo e me torne seu diretor entretenimento?<br />
Os olhos de meu pai, da mesma cor que os meus, ficaram sombrios. —<br />
Compartilhe suas refeições, pegue seu cavalo de equitação, mostre a ela a fazenda.<br />
Melhor ela estar feliz e sorridente quando voltarmos.<br />
Cada palavra que saiu da sua boca me deu várias ideias. Eu precisava<br />
terminar esta conversa — agora.<br />
— Claro, pai. — Eu disse, mas ele estava observando Cyn atentamente, que<br />
parecia que estava saindo da tenda e indo em direção a casa.<br />
Pai me deu um aceno distraído. — Bom. Sabia que podia contar com você.<br />
Agora preciso ver a minha noiva. — Ele não esperou pela minha resposta, apenas<br />
cruzou a tenda mais rápido do que já tinha o visto se mover.<br />
E seguir os movimentos do meu pai devolveu a minha atenção a pista de<br />
dança e Emma. Onde ainda estava enrolada nos braços do TJ.<br />
Deixei meu copo, agora vazio, na bandeja de um garçom que passava. Estava<br />
farto. Meu caminho foi curto e direto.<br />
TJ e Emma ficaram quietos quando parei em cima deles.<br />
O olhar de TJ era cúmplice. Ousado. Ele estava me provocando de<br />
propósito? Agora, eu não ligava.<br />
Minha voz soou áspera, até para mim, quando disse. — Acredito que me<br />
prometeu uma dança, Emma.<br />
O choque iluminou seus olhos e retornaram a TJ.<br />
Não olhe para ele, Emma. Ele não vai te salvar.<br />
Pude ver o momento em que ela decidiu ceder, para apenas não fazer uma<br />
cena. TJ tirou o chapéu para nós dois.<br />
— Chefe. Emma.
Eu assentiu em resposta e puxei Emma para dentro dos meus braços. Seu<br />
corpo estava duro, quase de madeira — o oposto da mulher flexível e apaixonada<br />
que tinha sido apenas há alguns dias atrás.<br />
Inclinei-me e falei em seu ouvido. — Pensou que porque não fizeram uma<br />
dança da dama de honra e do padrinho, atravessaria esta noite sem eu ter você em<br />
meus braços?<br />
Sua resposta foi calma, de modo a não transmitir, e peguei o menor sinal de<br />
pânico nisso. — Por que está fazendo isso? E se alguém...<br />
— Não há absolutamente nada impróprio sobre eu dançar com a minha<br />
nova meia-irmã. Seria estranho se não dançasse.<br />
— Não me chame de meia-irmã se vai esfregar isso em mim. — Ela se virou<br />
rapidamente para pressionar o quadril contra meu tesão crescente, que estava<br />
escondido entre nós.<br />
— Não posso evitar o que você faz comigo. — Admiti.<br />
Emma não se afastou, mas se pressionou em mim novamente, seus olhos<br />
fixados as abotoaduras do meu smoking.<br />
— Você não deveria fazer isso a menos que esteja preparada para lidar com<br />
as consequências. — Minha voz saiu grave, quase um rosnado.<br />
Finalmente levantou o olhar para mim, seus olhos com um toque de malícia.<br />
— Acho que posso lidar com quaisquer consequências que você possa inventar.<br />
Sua completa reviravolta tinha-me levantando as sobrancelhas e meu pau<br />
endurecendo ainda mais contra seu estômago.<br />
— Não gosto muito de garotinhas que gostam de provocar quando têm um<br />
pouco de champanhe abastecendo a coragem. — Eu sabia exatamente quanto ela<br />
tinha bebido, porque a observei de perto a noite toda. Mas acho que não era o<br />
suficiente para prejudicar seu julgamento e impedi-la de tomar uma decisão<br />
consciente quando finalmente ficamos sozinhos.<br />
— Não é o champanhe, e posso não ser tão experiente quanto você, mas não<br />
estou brincando. — Ela engoliu e sua coragem pareceu vacilar por um momento<br />
antes que acrescentasse. — Não paro de pensar nisso. Diabos, eu até sonho com<br />
isso.<br />
Lentamente nos movi para fora da pista de dança, e estávamos próximos da<br />
entrada da tenda quando ela fez essa admissão. O que era provavelmente é bom,
porque ninguém poderia me ouvir dizer-lhe: — É melhor ter certeza de que quer<br />
isso, porque pode acabar recebendo mais do que esperava.<br />
A hora de colocar nossas cartas e ver se queríamos a mesma coisa tinha<br />
chegado. Cada olhar que tinha me atirado esta noite dizia que ela queria. Eu só<br />
precisava que dissesse as palavras.<br />
— Eu quero isso. — Emma disse, sua voz calma, mas confiante.<br />
Graças a Deus.
Capítulo 7<br />
l<br />
Emma<br />
No momento em que a recepção começou, coloquei a maior distância<br />
possível entre o Ford e eu. Ainda estava terrivelmente ciente de que ele estava me<br />
observando, mas ao mesmo tempo, prazerosamente embriagada e feliz pela<br />
Mamãe. Algo que não descobri estava no ar, um tipo de... despreocupação. Como se<br />
o futuro não fosse algo para se preocupar — ou porque não existia, ou porque tudo<br />
iria ficar bem no final. Não tinha certeza. Mamãe tinha agarrado a felicidade onde<br />
quer que a encontrasse, e isso nem sempre tinha dado certo, mas finalmente, as<br />
coisas deram certo para ela. Talvez eu devesse tentar essa atitude, também. Pare de<br />
pensar tanto sobre a vida e apenas viva.<br />
Mais fácil falar do que fazer. Por isso dancei com todos os homem que<br />
pediram, até mesmo arrastei o velho Griff para a pista, tudo em um esforço para<br />
evitar de notar como Ford parecia delicioso em seu smoking. Era uma batalha<br />
perdida.<br />
Enquanto dançava com o TJ, Ford olhava para mim de uma forma que<br />
deixou minhas bochechas quentes. Com raiva, luxúria, posse. Forcei-me a desviar o<br />
olhar e voltar ao rosto do TJ, deixando a mão que tinha apoiado em seu se mover<br />
para sua nuca.<br />
— Está tendo um bom verão, Srta. Emma? — TJ perguntou.<br />
— Sim. — Respondi com um sorriso. Não podia evitar de gostar de TJ.<br />
Provavelmente ninguém poderia. Ele tinha um jeito cavalheiro, apenas áspero o<br />
suficiente em torno das bordas para ser ainda mais charmoso. E sua aparência não<br />
era ruim - tinha um corpo como de uma capa de romance Ocidental.<br />
— Bem, se houver algo que possa fazer por você, basta gritar. Como um<br />
passeio à cidade... num cavalo ou caminhão, o que achar melhor. — Ele mostrou<br />
rapidamente um sorriso torto.
Eu ri. Mac teria dito algo como: — uma visita particular a casa de um peão.<br />
— Espere, você está certo sobre isso. — Ele tirou uma mecha perdida de<br />
cabelo do meu rosto.<br />
Por trás da cabeça de TJ, Russ monopolizava Ford no posto de 'observador<br />
de Emma' na borda da tenda. Não consegui ouvir o que estavam falando, mas Ford<br />
parecia mais irritado a cada segundo. Ao menos ele finalmente tinha parado de<br />
arrancar meu vestido com os olhos. Aliviada e estranhamente desapontada, tentei<br />
focar novamente na dança com TJ.<br />
Mas mesmo uma bronca de seu pai — agora meu padrasto, também,<br />
lembrei a mim mesma — não impedia Ford por muito tempo. Assim que Russ foi<br />
na direção de Mamãe, Ford caminhou pela pista de dança, se aproximando até que<br />
nenhum de nós pudesse ignorá-lo.<br />
Ele e o TJ trocaram um longo olhar. Comunicando o quê, não sei exatamente,<br />
mas a tensão na atmosfera era inconfundível. Quando pensei que TJ havia pisado<br />
em merda, Ford virou sua atenção completamente para mim. — Acredito que me<br />
prometeu uma dança, Emma.<br />
Não te prometi nada, eu estava tentada a dizer. Mas não queria armar um<br />
barraco no meio da recepção da Mamãe. Olhei de relance para TJ para avaliar seus<br />
sentimentos e o vi já à beira de desistir. E tinha que admitir, a ideia de chegar perto<br />
de Ford não era desagradável. Oh, que diabos - uma dança não podia machucar.<br />
Assenti para Ford.<br />
Com uma rápida despedida, meu parceiro de dança saiu. TJ estava longe de<br />
ser estúpido; Ele sabia não desperdiçar seu tempo se colocando entre Ford e algo<br />
que ele queria. Senti-me de repente paranóica. O quanto o peão da fazenda sabia?<br />
Talvez pensava que Ford estava sendo superprotetor com sua nova meia-irmã. Não<br />
havia forma que pudesse buscar por informações sem torná-lo suspeito. E se ele<br />
pensava que havia algo acontecendo entre nós... iria manter sua boca fechada, já<br />
que Ford era o chefe, ou havia uma possibilidade de contar aos nossos pais?<br />
Mas antes que pudesse me perguntar demais, Ford praticamente me<br />
arrastou em seus braços. Enrijeci contra ele, assustada e muito consciente de seu<br />
corpo por baixo do smoking. Após evitá-lo por tanto tempo, sua proximidade agora<br />
me deu uma sensação eufórica, muito mais potente e perigosa do que minha<br />
excitação do champanhe.
Ele inclinou a cabeça. Tremi quando seu hálito fez cócegas em minha orelha.<br />
— Pensou que porque não fizeram uma dança da dama de honra e do padrinho, —<br />
ele disse lentamente. — atravessaria esta noite sem eu ter você em meus braços?<br />
— Por que está fazendo isso? — Silvei. Isso saiu muito ofegante do que eu<br />
pretendia. — E se alguém...<br />
— Não há absolutamente nada impróprio sobre eu dançar com a minha<br />
nova meia-irmã. Seria estranho se não dançasse.<br />
Eu estava imaginando o sorriso na voz dele? Miserável. Talvez uma dança<br />
de irmãos não era inerentemente estranha, mas ele me segurava muito perto, com<br />
sua mão, nem sequer uma polegada acima da minha bunda. Estávamos quase<br />
moendo juntos. Meu rosto aqueceu quando ele endureceu contra minha barriga.<br />
— Não me chame de meia-irmã se vai esfregar isso em mim. — repliquei,<br />
enpurrando meu quadril em sua virilha para dar ênfase.<br />
O olhar de Ford não vacilou. — Não posso evitar o que você faz comigo. —<br />
A nota de sinceridade na dele me fez parar. Queria constrangê-lo, mas ele<br />
não estava nem tentando esconder o quanto me queria bem agora. Estava sendo<br />
completamente franco consigo mesmo - seu corpo, seus desejos. A realização me<br />
encheu igualmente de inveja e choque.<br />
Mas fiquei ainda mais chocada comigo mesma quando me pressionei mais. E<br />
meu Deus, a protuberância na calça dele parecia enorme.<br />
A voz de Ford se tornou rouca, quase um rosnado: — Você não deveria fazer<br />
isso a menos que esteja preparada para lidar com as consequências.<br />
Um calafrio desceu pela minha espinha. Fiz isso com ele. E ele fez isso<br />
comigo - o calor se espalhando em meu ventre era como um ímã. Tinhamos<br />
provocado um ao outro e agora ele estava aqui, pronto para me reinvindicar<br />
quando dissesse a palavra. Senti uma estranha justaposição eletrizante de poder e<br />
vulnerabilidade.<br />
Antes que meu bom senso podesse me atingir, respondi. — Acho que posso<br />
lidar com quaisquer consequências que você possa inventar.<br />
Rá rá. Isso arrancou uma reação dele. Seus olhos faíscaram com interesse e,<br />
em seguida, estreitaram ligeiramente. — Não gosto muito de garotinhas que<br />
gostam de provocar quando têm um pouco de champanhe abastecendo a coragem.
— Não é o champanhe... — Essa poderia ser a desculpa que eu usaria<br />
amanhã de manhã, mas agora, estava bêbada por outra coisa. — ...e posso não ser<br />
tão experiente quanto você, mas não estou brincando. — Engoli, me encorajando,<br />
depois, confessei. — Não paro de pensar nisso. Diabos, eu até sonho com isso.<br />
Ele me estudou de modo aguçado enquanto nos afastavamos da multidão<br />
principal de dançarinos. — É melhor ter certeza de que quer isso, porque pode<br />
acabar recebendo mais do que esperava.<br />
Era isso. O ponto sem retorno. Não porque eu tinha medo de Ford — se eu<br />
mudasse de idéia no último minuto, sabia que ele me deixaria ir. Mas agora, ainda<br />
tinha uma negação plausível. Poderia me afastar em definitivo, culpar tudo que<br />
aconteceu entre nós, a má sorte, os hormônios, tudo... e passar o resto do verão<br />
sendo torturada por sua presença atraente. Se dissesse que sim, não seria mais<br />
capaz de mentir para mim mesma.<br />
Mas aquilo era exatamente o que eu estava vivendo, não era? Uma mentira.<br />
Novamente, senti aquela sensação de leveza de antes e de repente,<br />
claramente percebi que a vida era curta. Por que diabos deveria mentir para mim<br />
mesma? Por que não deveria me entregar? Apenas ganhar o que queria, sem<br />
importar o que um hipotético terceiro pensaria?<br />
Meu coração acelerou com antecipação. Muito antes que tivesse admitido a<br />
mim mesma, algo profundo em meu interior havia decidido por mim.<br />
Finalmente eu disse: — Eu quero isso.<br />
Ford não perdeu tempo. Com um rosnado, me puxou da pista de dança e me<br />
apressei meio passo atrás dele.<br />
a<br />
Ford me conduziu ao redor do lago particular para o gazebo onde nossos<br />
pais tinham se casado há apenas algumas horas antes. Uma lua crescente refletiu<br />
sob a água, dividida em fragmentos de luz branca. A recepção ainda estava em
pleno andamento do outro lado, mas se alguém achasse que era uma noite para<br />
passeio, nada iria impedi-los de nos ver.<br />
Ele esmagou nossas bocas num forte beijo e, então, se afastou rapidamente,<br />
me deixando ofegante. — Você sabe, sou oficialmente seu meio-irmão agora. Ainda<br />
há uma chance de voltar atrás.<br />
— Sei disso. — Se ele não entrasse em mim nos próximos cinco minutos, eu<br />
ia entrar em combustão espontânea. Até mesmo o pensamento de ser descoberta<br />
não me esfriava - apenas adicionava um fascínio proibido a aquilo que estávamos<br />
prestes a fazer. — Não me peça para fazer essa decisão, novamente.<br />
Com uma risada baixa e sombria, ele começou a desfazer a gravata de seda<br />
preta. — Enquanto tiver certeza.<br />
Agora que se trata de sexo, é positivamente brincalhão.<br />
Ele se moveu para frente, me pressionando contra uma das colunas do<br />
gazebo. — Eu vou amarrar suas mãos. — disse, acariciando minha bochecha. — Se<br />
não quer isso, fale agora.<br />
— Eu te disse que queria isso, e é verdade. — Sem ser solicitada, cruzei<br />
meus pulsos. O que havia visto no quarto dos equipamentos ainda estava ardendo<br />
em minha mente; Sonhei sobre cada detalhe. Nesta parte, pelo menos, sabia o que<br />
fazer.<br />
Com um ruído baixo e satisfeito, começou a trabalhar. A seda fria e suave<br />
deslizou sobre meus pulsos. Quando ele recuou novamente, estirei o nó<br />
experimentalmente. Estava apertado, mas não doloroso. Acho que já sabia que ele<br />
tinha muita prática nisto. Abaixei minhas mãos, ciente de repente de como meus<br />
seios pareciam, comprimidos pela parte superior dos meus braços.<br />
Ford observou de perto enquanto eu testava minhas amarras. Com mais<br />
coragem do que realmente sentia, olhei em volta e disse: — E então? O que está<br />
esperando?<br />
— Não seja tão impaciente, cadelinha. — Uma mão agarrou meu quadril. A<br />
outra subiu as minhas costas até minha nuca, segurando-a assim poderia me<br />
provar quando quizesse . Ele mordeu a minha clavícula exposta - suave por agora,<br />
mas com a promessa de mais depois - e trilhou beijos demorados em meu pescoço.<br />
Cada toque corria diretamente entre minhas pernas. — Você tem que escolher uma<br />
palavra de segurança primeir. — ele murmurou no meu ouvido.
Bem agora, mal conseguia me lembrar o que era palavra regular. Meus<br />
pensamentos se mantinham dispersos e flutuando, como o luar no lago. Ainda<br />
podia ouvir a música de jazz da recepção flutuando sobre a água. A possibilidade<br />
de ser apanhada correu pela minha mente novamente, e me contorci com<br />
excitação.<br />
Ele se aproximou de mim para abrir meu vestido. Sua ereção roçando<br />
contra minha buceta molhada, separada apenas por algumas camadas de pano, e<br />
meu estômago se amarrou em nós. Eu estava em um frenesi, desesperada para<br />
tocá-lo, ser tocada por ele, perdendo-me no prazer que tinha sido negado por<br />
muito tempo. Sabia que deveria impedi-lo até que entendessemos tudo, mas não<br />
podia me ouvir pensando acima dos meus instintos gritando: deixe-o fazer o que<br />
quiser com você. Sua pulsação constante acelerou através de nossas roupas; Talvez<br />
estivesse mantendo a calma, mas estava ficando tão selvagem quanto eu.<br />
A frente do meu vestido cedeu na frente. Ele puxou para baixo, dobrando-o<br />
até que o tecido pesado cobrisse meus braços amarrados. Meus mamilos<br />
endurecidos pelo ar fresco da noite. Por um momento, ele olhou avidamente meus<br />
seios libertos. Então se ajoelhou para lamber e chupar a carne macia e delicada.<br />
Abri minha boca, mas apenas um gemido saiu.<br />
Ele afastou a cabeça e olhou para mim. — Já pensou na sua palavra de<br />
segurança?<br />
Meu rosnado de frustração soou como um gemido. Eu ia chorar. E talvez,<br />
matá-lo depois. — Eu não... Eu não sei... — Gaguejei.<br />
— Então acho que a escolha é minha. Baseado na linda cor dos seus<br />
mamilos... — Ele rolou os dois entre o indicador e o polegar, enquanto falava,<br />
quase ocioso. — O que acha de 'rosa'?<br />
Tudo o que conseguia fazer era acenar, sem fala, tremendo de necessidade.
Capítulo 8<br />
l<br />
Ford<br />
— Preciso de mais do que um aceno de cabeça, cadelinha. Preciso que fale.<br />
— Seus grandes olhos azuis me encarram e forcei a me concentrar nas coisas<br />
importantes primeiro. Não importava quão boa era a sensação de seus pequenos<br />
mamilos rosa rolando entre os meus dedos ou quão atraentes aqueles perfeitos<br />
lábios vermelhos pareciam, precisava estabelecer o básico primeiro.<br />
— O qu... O quê? — ela ofegou.<br />
— Sua palavra-chave, Emma. Diga-a.<br />
Seus lábios formaram a palavra, e saiu como um sussurro.<br />
— Mais alto.<br />
A bruma de luxúria nos olhos dela estava lançando faíscas de rebeldia.<br />
Gostava de espírito em minhas subs, e Emma decididamente tinha.<br />
— Rosa, que droga. Agora pode acelerar isso?<br />
— Acho que a primeira lição precisa ser paciência, cadelinha - e a melhor<br />
maneira de ensiná-la é provocá-la até que esteja implorando para gozar. Vai ser<br />
seu lembrete de que sou eu quem manda aqui - não você. Vai receber o que te dar e<br />
acredite quando digo que vou me certificar que ame isso.<br />
— Mas...<br />
— Não me faça te amordaçar, Emma. Porque eu vou. — Avisei. Abaixei<br />
minha boca até seu ouvido e falei diretamente nele. — A menos que esteja<br />
esperando atrair audiência.<br />
Ela não respondeu. Diabos, não tinha certeza se ela respirava.<br />
Abri minha boca, para perguntar se ela estava comigo, mas respondeu: —<br />
Está bem.<br />
Seus lábios roçaram meu maxilar, quando disse a palavra. Não sei se o<br />
contato foi intencional, mas porra. Se meu pau já não estivesse duro como pedra,
teria ficado. O que essa mulher tinha que precisava de tão pouco para me<br />
satisfazer?<br />
Necessitando afirmar o controle da situação, soltei seus mamilos e rocei as<br />
palmas das mãos sobre seus seios, até o pescoço e enterrei meus dedos em seu<br />
cabelo. Puxando para trás, me inclinei e esmagei minha boca na dela novamente. O<br />
gosto de champagne e Emma aguçou minha fome para uma dor quase primitiva.<br />
As mãos, mesmo atadas, correram meu peito, como se estivesse<br />
desesperada por contato. Elas se atrapalharam com o botão das minhas calças<br />
formais e puxaram o zíper.<br />
Devia ter parado, mas eu queria suas mãos em mim e seu entusiasmo fez<br />
esta loucura parecer ser a melhor ideia que já tive. Afastei meus lábios dos dela<br />
para incitá-la.<br />
— É isso, cadelinha. Solte meu pau. Quero sentir suas mãos envolvidas em<br />
torno de mim.<br />
Ela inalou bruscamente, e adorei saber que meus comandos a chocaram.<br />
— Isso te deixa molhada, Emma? Quando digo que quero meu pau em suas<br />
mãos? Você ficaria molhada se dissesse que queria meu pau entre seus perfeitos<br />
lábios vermelhos, também?<br />
Ela se atrapalhou com o zíper, se devido as minhas palavras ou as<br />
restrições, não tinha certeza.<br />
— Responde-me, cadelinha. Quando fizer uma pergunta, espero que me<br />
responda.<br />
O zíper deslizou para baixo e suas mãos cercaram meu pau, quando ela<br />
sussurrou. — Sim. Muito molhada.<br />
Jesus. Eu segurei um gemido. Ela me segurou mais apertado e meti entre<br />
suas palmas.<br />
— Boa garota.<br />
Deixei-a me agarrar e me acariciar por apenas alguns momentos antes que<br />
eu soubesse que tinha de parar. Mais tempo, e poderia não merecer me considerar<br />
um homem — para não falar, um Dom. Precisava tomar as rédeas, ficar sob<br />
controle, e Emma precisava ser a única ofegante sob meu toque, pronta para<br />
despedaçar.<br />
— Basta. — Eu disse, desembaraçando meus dedos do cabelo dela.
Ela congelou, seus grandes olhos azuis me encarando. — Eu fiz algo?<br />
Eu balancei minha cabeça e um sorriso se puxou dos cantos da minha boca.<br />
— Não, cadelinha. É a minha vez de jogar.<br />
Ela tirou as mãos do meu pau, e silenciei o gemido que ameaçou sublevar-se<br />
ao perder seu toque. Minhas mãos cairam para a saia de seu vestido e deslizaram<br />
para baixo o tecido de seda, até chegar a bainha. Os olhos dela dispararam de um<br />
lado para outro, procurando alguém que pudesse ver o que eu estava prestes a<br />
fazer.<br />
— Olhos em mim, cadelinha. Apenas em mim.<br />
— Mas...<br />
— Você só precisa se preocupar com o que eu quero, e eu vou me preocupar<br />
com todo o resto. Essa é a beleza disto. Pode relaxar, se coloque em minhas mãos e<br />
tem minha palavra de que não vou trair essa confiança.<br />
Ela piscou duas vezes. — Não posso acreditar que estamos realmente<br />
fazendo isso. A coisa toda de confiança. Mal te conheço.<br />
Parei. — Você disse que queria isto.<br />
— Eu quero. Só... é apenas tão... real quando coloca isso assim.<br />
— É real. Tão real quanto você quer que seja. Tem a sua palavra de<br />
segurança, tudo o que precisa fazer é falar, e tudo pára. — Deslizei as mãos sob a<br />
bainha do seu vestido e subindo por suas coxas. — Por exemplo, se não quer que<br />
eu descubra como sua buceta está apertada, deve dizer isso bem agora, porque<br />
senão meus dedos vão se enterrar dentro de você.<br />
Pude sentir um arrepio de corpo inteiro atravessá-la. Reduzi meus<br />
movimentos, dando-lhe tempo para protestar. Ela não fez. Arrastando um polegar<br />
ao longo da frente de sua calcinha, já podia dizer que ela estava encharcada. Meu<br />
pau, que estava mal colocado dentro de minha calça social, ficou tenso quase ao<br />
ponto de doer. Olhos azuis vidrados com luxúria — uma expressão que eu tinha<br />
visto tantas vezes antes, mas que era mais bonita em Emma. Meu polegar deslizou<br />
para baixo, provocando as bordas da calcinha dela.<br />
— Quero isso fora de você. — disse e usei minha outra mão para levantar a<br />
frente do vestido até sua cintura e tirá-la por suas pernas. Ela movimentou seus<br />
quadris, me ajudando a remover sua calcinha, e lutei contra o impulso de rasgá-la.
Uma vez que a barreira final se foi, meus dedos a encontraram novamente, sem<br />
perder tempo escorregando entre suas pernas e atormentando o calor agradável.<br />
— Jesus, querida. Está tão molhada. Como um maldito sonho.<br />
Ela se pressionou em meu toque quando provoquei sua entrada. Porra. Não<br />
sabia mais quem estava provocando — Emma ou eu. Pare com essa merda. Deslizei<br />
um dedo dentro dela e não consegui conter uma maldição.<br />
Coloquei lentamente um segundo dedo para se juntar ao primeiro, fodendoa<br />
lentamente. Dolorosamente lento. Seus choramingos e gemidos me incitaram,<br />
suas mãos amarradas alcançaram meu pescoço e o rodearam, arrastando minha<br />
cabeça para baixo. Meus lábios encontraram os dela e nosso beijo foi selvagem:<br />
lábios, dentes e língua. De alguma forma, minha mão livre encontrou o caminho<br />
atrás de seu cabelo e inclinei sua cabeça para o lado para aprofundar.<br />
Profundo.<br />
Até mesmo pensar na palavra fazia meu pau pulsar com impaciência.<br />
Me afastei, mas ainda podia sentir sua respiração em meus lábios. — Eu<br />
preciso estar dentro de você. Agora.<br />
— Sim. Sim. Agora.<br />
Eu a soltei e deixei minhas mãos caírem sob sua bunda, levantando-a. —<br />
Coloque as pernas em volta de mim.<br />
Ela obedeceu minha ordem e meu pau se ajustou contra sua buceta. A<br />
cabeça arrastando através do calor escorregadio quanto eu a levantava e abaixava,<br />
provocando a ambos. Na descida seguinte, desacelerei e alinhei meu pau para<br />
deslizar à vontade. Afastei meus quadris para impulsionar — um impulso que<br />
sabia que me levaria direto para o céu.<br />
Mas então eu congelei.<br />
A razão que me sentia tão bem? Eu não tinha camisinha.<br />
— Porra. O preservativo.<br />
— O quê?<br />
— Preservativo. Eu esqueci uma maldita camisinha.<br />
A compreensão foi um balde de água gelada.<br />
Mas. Que. Porra. Minhas mãos ainda estavam segurando a bunda de Emma,<br />
mas ela já estava lutando para descer. Eu a desci.
— Merda. — Ela respirou, empurrando o vestido para baixo. Segui seu<br />
exemplo e fechando o zíper da minha calça novamente. — Não consigo acreditar...<br />
o que eu estava pensando?<br />
O que ela estava pensando? O que eu estava pensando? Jesus. Eu nunca tinha<br />
esquecido uma camisinha na minha vida. Nunca. E também nunca deixei uma<br />
submissa descarrilhar uma cena totalmente. Não sabia o que Emma estava fazendo<br />
comigo. Eu precisava sair e colocar a minha cabeça no lugar.<br />
— Deveríamos voltar para a recepção. — As palavras saíram severas e<br />
baixo, mas não fiz nada para suavizá-las. Meu olhar agarrou a seda preta aos meus<br />
pés. Sua calcinha. Eu a apanhei e ofereci. — Precisa pôr isto outra vez.<br />
Ela aceitou a calcinha enrolada, mas olhou interrogativamente para ela. —<br />
Acho que não vou colocá-la de volta... Considerando que estava no chão.<br />
Parecia que a ligação tinha acabado, sua natureza obstinada crescendo.<br />
Queria vê-la curvada a mim — mesmo em algo simples.<br />
— Emma, você vai usar sua calcinha.<br />
— Ford. — disse ela, levantando o queixo. — Ela realmente não é<br />
necessária. Apenas coloque-a em seu bolso ou algo assim.<br />
Eu me aproximei, prendendo-a contra a parede do gazebo. Minha voz era<br />
baixa e meu tom não tolerava argumentos. — Acho que não entendeu, cadelinha.<br />
Não vai deixar este gazebo sem a calcinha cobrindo essa bucetinha apertada. Não<br />
posso ser responsabilizado pelos meus atos se souber que você está aqui fora, não<br />
usando nada debaixo do vestido, ou dançando com outros homens.<br />
Sua boca caiu aberta, o que só me fez querer empurrá-la contra a parede e<br />
começar tudo de novo.<br />
Eu me afastei. Quando não fez nenhum movimento para voltar a vestir sua<br />
calcinha, falei bruscamente: — Agora, Emma. Ou vou te colocar no meu colo e não<br />
vai se sentar pelo resto da noite porque sua bunda está vermelha.<br />
Sua boca se fechou, ela colocou um pé e, em seguida, o outro em sua<br />
calcinha e subiu por suas pernas. A expressão dela se tornou teimosa. — Aqui. Feliz<br />
agora?<br />
— Estaria mais feliz se estivesse com bolas enterradas profundamente<br />
dentro de você. Agora vamos lá.
Eu estava tentado a pegar sua mão e arrastá-la de volta à recepção atrás de<br />
mim, mas não queria levantar qualquer suspeita sobre onde estavamos. Não que<br />
qualquer um dissesse o que estavamos fazendo, mas não queria desafiar o destino.<br />
Em vez disso, fui diretamente para o bar.<br />
— Marker's. Três dedos. Puro.<br />
Meu olhar se precipitaram na risadinha à minha esquerda que irrompeu. Os<br />
olhos azuis de Emma estavam brilhando, e ela tinha mordido o lábio inferior.<br />
— O que é tão engraçado? — Perguntei.<br />
Ela balançou a cabeça e olhou para o barman. — Nada. Vou ter o mesmo.<br />
O barman serviu ambos os drinks e levamos eles para uma mesa vazia.<br />
Sentei-me e engoli um bom gole. Surpreendentemente, Emma afundou no assento<br />
ao meu lado. Ela ainda tinha aquele sorriso no rosto.<br />
— O quê? — Perguntei, tomando mais um gole.<br />
Ela mordeu o lábio de novo. — Acho que esta é a minha única chance de<br />
conseguir três dedos hoje, hein?<br />
Cuspi meu uísque por todo o chão.<br />
Esta mulher vai ser a minha morte.
Capítulo 9<br />
l<br />
Emma<br />
Fiquei no assento ao lado de Ford até que engoli minha bebida ardente.<br />
Então me levantei, me sentindo inquieta. Meu sistema tinha definitivamente<br />
precisado desse whisky, mas ainda não era o suficiente para aliviar minha libido<br />
furiosa. E se eu não podia ter o homem sentado ao meu lado — ou ficar tão bêbada<br />
que acabaria me atirando nele novamente — então a comida teria que fazer.<br />
Enquanto rondava a tenda de recepção, o bolo de casamento demolido<br />
chamou minha atenção. Provavelmente não machucaria nada se eu pegasse uma<br />
segunda fatia. Apenas um punhado de pessoas acima ainda estavam fazendo<br />
barulho, e pareciam mais interessados na dança lenta ou aproveitando a bebida<br />
grátis. Os velhos e os pais com crianças pequenas tinham ido para casa há algumas<br />
horas. Mamãe e Russ estavam longe para serem vistos. Provavelmente já lá em<br />
cima, pensei, e imediatamente me senti enojada. A imagem certamente me esfriou<br />
um pouco, mas não queria me prolongar nela.<br />
Cortei uma fatia grossa e caprichada do bolo. Não era novidade,<br />
considerando Mamãe viciada em doces, o fornecedor tinha dado tudo de si. O prato<br />
de papel quase curvado sob o peso do chocolate denso e agridoce com chantilly e<br />
baunilha, coberta com ganache brilhante. Mas todo o valor calórico açucarado do<br />
mundo não poderia se igualar a frustração sexual que eu sentia.<br />
Contemplei o lago enquanto levava cada garfada macia para minha boca.<br />
Aquele maldito gazebo era apenas pouco visível à luz do luar. Dei uma risadinha,<br />
lembrando do olhar no rosto de Ford no meu comentário de "três dedos". Afinal<br />
depois de todos os choques que tinha me dado na semana passada, merecia um<br />
gostinho de seu próprio remédio.<br />
— O que é tão engraçado? — perguntou uma mulher atrás de mim.
Girei, quase derrubando o bolo do meu prato. Celeste estava parada com<br />
uma taça de champanhe na mão e um leve sorriso que não alcançava seus olhos. —<br />
Sinto muito. Não quis assustá-la.<br />
Mas também aposto que seu coração não está partido. Não estava com<br />
vontade de falar com ninguém, muito menos com Celeste. —Tudo bem. —<br />
Respondi. — Estava apenas... lembrando de algo de mais cedo.<br />
— Antes de você e Ford desapareceram? — Seu sorriso de serpente não se<br />
moveu uma polegada.<br />
Pestanejei para ela. Ok, mas que diabos? Isto era um interrogatório? — Uh...<br />
— Minha mente voou em todas as direções ao mesmo tempo, deixando-me<br />
tropeçar em minhas palavras. Se ela tinha nos notado saindo juntos, não havia<br />
razão para insistir que não tínhamos.<br />
Mas eu precisava mentir? Afinal, éramos meio-irmãos agora. Para todos que<br />
conhecia, estavamos transportando o material da recepção para a casa ou<br />
mostrando ao tio da Mamãe as estrelas ou algo assim. — Realmente, passamos um<br />
tempo fora. Ele pode ser um cara muito engraçado quando quer.<br />
Sua testa enrugado. — É mesmo? Ele sempre é tão sério comigo. Deve estar<br />
meio bêbado agora. — Ela olhou para onde Ford ainda estava sentado, tomando<br />
um segundo uísque. — Mas gosto do tipo forte e silencioso, e você?<br />
Também era uma coisa boa ela gostar do som de sua própria voz, ou eu teria<br />
que pensar rápido. Fiz um barulho incomunicável enquanto mastigava, então engoli<br />
e respondi: — Algumas vezes. Depende do cara, eu acho.<br />
Olhando não convencida, Celeste olhou para Ford novamente. — Eu deveria<br />
terminar de arrumar as malas... oh, eu mencionei? Russ e Cynthia estão me<br />
mandando para um cruzeiro enquanto estão em lua de mel. Eu tentei dizer que não<br />
- é muita generosidade - mas insistiram porque eu tinha trabalhado tão<br />
arduamente com o casamento.<br />
— Oh, isso é muito legal da parte deles. — Eu disse. — Acho que vamos ter<br />
de sobreviver sem você por uma semana.<br />
Ela assentiu seriamente. Ainda não tinha notado meu sopro de sarcasmo, ou<br />
tinha decidido ignorá-lo. — De qualquer forma, acho que vou dizer oi para Ford<br />
rapidinho. Deixá-lo saber como o smoking está bonito nele. — Seu sorriso se<br />
tornou predatório. — Só entre nós, ele parece ainda melhor fora daquilo.
Eu segurei uma carranca. Será que ela e Ford haviam transado antes? Por<br />
alguma razão eu duvidava disso - mas sua tentativa de blefe me irrita mesmo<br />
assim. Estava cansada de navegar com vários quilos de indireta que despejava. Ela<br />
claramente não estava tentando fazer amigos com uma conversa de garotas. Ela<br />
queria arrancar alguma reação de mim. Qual a reação, não sabia.<br />
Precisava parar de analisar as besteiras dela e apenas sair dali. Meu prato<br />
finalmente estava vazio e eu não estava interessada em assistir Celeste pendurada<br />
em Ford. — Acho que vou descansar esta noite. — disse. — Vejo você quando<br />
voltar.<br />
— Tchau. — respondeu por cima do ombro, já a caminho da mesa de Ford.<br />
Joguei meu prato no lixo e entrei na casa escura. Uma vez na segurança do<br />
meu quarto, tirei meu vestido de dama de honra e despenquei na cama. Por apenas<br />
um minuto encarei as madeiras do teto arredondado.<br />
Dormir com meu meio-irmão... o que diabos tinha pensado? Claro, eu quis<br />
isso e ainda fiz. Não podia negar isso. Mas agora que estava um pouco afastada da<br />
situação, percebi que eu tinha desviado de uma bala. Meus hormônios tinham me<br />
deixado temporariamente insana, isso era tudo. Isso nunca teria acontecido se eu<br />
passasse um tempinho a mais só comigo mesma.<br />
Falando nisso, nunca conseguiria dormir sem algum alívio. Suspirei e deixe<br />
minha mão rastejar para baixo. Quando fechei os olhos, senti as mãos de Ford na<br />
minha pele, as tiras ao redor dos meus pulsos onde sua gravata de seda havia se<br />
mantido. Corri minha língua sobre os lábios, ainda inchados de seus beijos<br />
poderosos.<br />
Mas congelei, dedos deslizando para a parte superior da minha calcinha, ao<br />
baques surdos de passos. Surgiram nas escadas, aproximando-se e então parou na<br />
minha porta por um breve instante antes de continuar. Acho que Ford teve o<br />
suficiente de Celeste, pensei. Ele também tinha descrito nosso encontro como um<br />
erro, ou...<br />
Minha mente se encheu com a imagem de Ford na sua própria cama,<br />
fazendo o que eu estava prestes a fazer, e algo ruim em meu ventre doía com<br />
desejo.<br />
Este ia ser o verão mais longo da minha vida.
a<br />
Após um café da manhã antecipado - Celeste foi liberada e nossos pais<br />
foram para Napa Valley. Eles estariam excursionando as vinhas por uma semana,<br />
ficando numa vila perto da adega, onde se conheceram. Ford e eu teriamos o lugar<br />
só para nós.<br />
Ainda comendo aos poucos o último dos meus ovos mexidos, limpei o<br />
batom de Mamãe da minha testa onde tinha me dado o beijo de despedida. Esta<br />
casa era muito grande em um bom dia; agora, com apenas duas pessoas fazendo<br />
barulho, seus corredores vazios pareciam cavernoso.<br />
Espiei Ford na mesa através da ampla sala de jantar. Ele tinha devorado sua<br />
comida, mas ainda continuava na mesa. Ele me viu o olhando e encontrou meus<br />
olhos com um olhar frio, indiferente. Rapidamente olhei de novo para minha<br />
comida. Ele ia mencionar a noite passada? Eu queria?<br />
Sem esperar para descobrir, levantei-me e fui até à cozinha. Precisava parar<br />
de me enlouquecer e tirar Ford da minha mente. Enquanto enxaguava meu prato e<br />
o arrumava na máquina de lavar, tentei pensar em como poderia me manter<br />
ocupada. Não queria sair com os peões, e eles tinham seu próprio trabalho para<br />
fazer de qualquer jeito. Talvez pudesse fazer uma turnê na fazenda. Bem, não nela<br />
toda - quarenta mil hectares parecia um inferno de enorme - mas podia lidar em<br />
seguir uma cerca por algumas horas. Sem alguma idéia melhor, decidi fazer isso e<br />
comecei a vasculhar a geladeira pelos acompanhamentos de um sanduíche.<br />
Passos se aproximaram por trás de mim. — O que está fazendo? — Ford<br />
perguntou.<br />
Sem virar, resmungei. — Fazendo um sacola de lanches. — Droga, por que<br />
tinha dito isso? Agora teria que explicar o porquê, e ele podia perguntar onde eu<br />
estava indo.<br />
Mas sua única resposta foi. — Não use a maionese. Ela vai te fazer passar<br />
mal, se estiver andando ao sol o dia todo.
Isso me fez olhar para trás onde se inclinou contra o batente. Acho que ele<br />
podia perceber que queria ficar sozinha... ou talvez simplesmente não desse a mínima<br />
no que ando fazendo. De qualquer forma, não devia ter esperado uma mãe de<br />
terceiro grau. — Você quer vir? — As palavras saíram antes que pudesse pensar.<br />
Ele empurrou a cabeça dele. — Agora que o maldito casamento finalmente<br />
acabou, não posso adiar o trabalho por mais tempo. — Enquanto saia da cozinha,<br />
ele comentou: — Você devia se curvar mais vezes.<br />
Eu resisti ao impulso de jogar o frasco de mostarda nas costas dele.<br />
Lá fora, não havia nuvens, mas uma brisa morna carregava o cheiro terroso<br />
de chuva antes do amanhecer. Saí na grama alta e amarelada por uma cerca que<br />
mal podia avistar. Ocasionalmente o som distante de cascos flutuou entre as<br />
colinas, mas as únicas criaturas que vi na minha caminhada foram alguns roedores<br />
da pradaria com cauda preta. Joguei minhas cascas de pão quando parei para<br />
almoçar. Eles se aproximara apenas o suficiente para pegar seus prêmios, então<br />
correram de volta ao subsolo.<br />
O sol subiu e desceu do céu novamente. Quando estava a um polegar de<br />
largura acima do horizonte, percebi que tinha ficado fora provavelmente por muito<br />
tempo. Me apressei em voltar.<br />
Assim quando o sol caiu, meus pés encontraram a passarela de tijolo,<br />
levando para a casa. A luz brilhava da janela da cozinha, uma olhar acolhedor para<br />
a face sombria da mansão. Quando abri a porta da frente, o rico cheiro de alho,<br />
orégano e tomates me cumprimentou. Encontrei Ford na cozinha, mexendo uma<br />
enorme panela de sopa vermelha borbulhante.<br />
— Você fez isto?<br />
— Quem mais está aqui? — ele respondeu, sem pausar a mão.<br />
Me aproximei para inspecionar o pote: moluscos, caranguejos, ostras e<br />
mexilhões. Minha boca encheu de água. Viver na Califórnia e me deu um gosto por<br />
frutos do mar, e sempre que visitei a Mamãe em Napa, ela sempre nos convidou<br />
para o melhor cioppino 2 da cidade. Quando mesmo mencionei que gostava disso?<br />
Quanto custava o marisco fresco em Montana? Mais surpreendente de todos, por<br />
que Ford estava sendo tão atencioso? Mas o que saiu da minha boca foi: — Não<br />
sabia que você sabia cozinhar.<br />
2 Sopa de pescados e mariscos
Ele olhou para cima e bufou. — Alguém tinha. Consegui uma boa parada no<br />
trabalho, então pensei em fazer o jantar pelos os próximos dias.<br />
Eu sorriu para ele. — Um jantar que acontece de ser uma das minhas<br />
comidas favoritas.<br />
— Você não é a única californiana no mundo. Eu cresci no Vale do Silício.<br />
Vamos misturar isso. — Entrei em seu lugar enquanto ele começava a pegar as<br />
taças e os copos de vinho dos armários.<br />
— Isso é uma vergonha. — disse. — E eu aqui pensando que você tinha<br />
decidido a ganhar o meu coração através do meu estômago.<br />
— Claro que não. Nunca ouviu falar 'doces são elegantes, mas licor é mais<br />
rápido'? É por isso que... — Ele puxou uma garrafa de Riesling da geladeira. — Eu<br />
trouxe isto da adega. Nossos pais não deveriam ser os únicos a ganharem um bom<br />
vinho bem agora.<br />
Estamos flertando? Outra coisa que não teria esperado de Ford. Ele parecia<br />
mais o tipo "Então você quer foder ou o quê?". Não exatamente tão rude, mas<br />
rápido e simples. Ele não tinha tempo de jogar jogos de amor — e com sua<br />
aparência de cair o queixo — não precisava.<br />
Isso não é apenas a razão disto ser estranho, me forcei a lembrar. Meioirmãos<br />
normais não estariam falando um com o outro assim. Ou um jantar chique a<br />
dois, também.<br />
De alguma forma, porém, não me obriguei a pensar muito nisso. Isso era<br />
divertido. Eu merecia desfrutar de minhas últimas férias de verão com meu novo<br />
meio-irmão. O fato de que tinhamos quase transado ontem era pura coincidência.<br />
Se isso me trouxe aqui, então eu seria uma pessoa fazendo coisas estranhas.<br />
Que se foda, pensei e me servi um copo de vinho.
Capítulo 10<br />
l<br />
Ford<br />
— Você trouxe um biquíni? — perguntei a Emma quando terminamos de<br />
lavar e secar os pratos.<br />
Nós tínhamos conversado durante todo o jantar e limpeza da cozinha. Bem,<br />
também flertamos muito, nunca tinha feito isso desde então... Não que eu me<br />
lembrasse. Foi perturbador em alguns níveis, mas algo em relação a Emma<br />
somente fazia com que eu me soltasse.<br />
— Biquíni?<br />
Ela olhou para mim ao fechara porta do armário. Parecia tão incrível... em<br />
sua saia rosa e blusa branca. Era simples, mas feminina e isso tinha mantido meu<br />
pau duro durante todo o jantar, bem isso e sua risada. Merda. O que estava<br />
acontecendo comigo? Encontrei seu olhar determinado e consegui recuperar meu<br />
controle novamente.<br />
— Sim, um biquíni, para o Ofurô.<br />
Ela mordeu o lábio inferior. — Tem certeza que é uma boa ideia?<br />
— Por que não seria?<br />
Ela deu de ombros. —Eu não sei... só pensei que...<br />
Interrompendo, eu disse. — Emma, não pense tanto. Vá colocar seu biquíni.<br />
Ela levantou seu lindo queixo um pouco eabriu a boca, provavelmente para<br />
discutir, mas fechei o espaço entre nós e levei meu polegar para seus lábios.<br />
— Por favor. — eu disse, ela engoliu e assentiu lentamente.— Boa garota.<br />
Emma saiu da cozinha, olhando para mim por cima do ombro, enquanto<br />
caminhava. Abri a porta do armário e fechei depois de pegar duas taças. Voltandome<br />
para o refrigerador retirei uma garrafa de vinho branco,o meu favorito, esse<br />
era mais doce que o vinho que degustamos no jantar... e perfeito para a sobremesa.<br />
Subi para o quarto e vesti minha sunga, lutando contra o desejo de ir mais devagar,<br />
quando passei pela porta do quarto de Emma. Fiquei me perguntando se ela estava
indecisa sobre a escolha de seu biquíni. Podia imagina-la parada em frente<br />
apenteadeira se perguntando qual deveria escolher. Eu estava contando com sua<br />
boa vontade para me agradar. Ela não percebeu isso, mas suas tendências naturais<br />
para submissão estavam lá, apenas esperando para ser explorada.<br />
Bati na porta do quarto de Emma e fui até o terraço para tirar a tampa da<br />
banheira de Ofurô, a água já estava borbulhando, acendi as pequenas luzes brancas<br />
penduradas na pérgola 3 de madeira e comecei a derramar o vinhoquando ela<br />
apareceu, usando um roupão branco felpudo.<br />
Seu olhar de surpresa podia ter me irritado antes, mas hoje... esta noite eu<br />
estava vendo um lado diferente dela.<br />
— Os cowboys podem ser românticos também, Emma.<br />
Ela arqueou as sobrancelhas. — Não sabia que o romance fazia parte do<br />
acordo.<br />
Dei um passo em sua direção para encara-la de frente, envolvendo minha<br />
mão no cinto de seu roupão — Se você quiser que seja assim.<br />
Ela me estudou e aparentemente viu algo para sua satisfação, porque<br />
assentiu com a cabeça. Suas mãos escorregaram para o cinto o desatando, os lados<br />
do roupão caíram revelando um pequeno biquíni turquesa. Um sorriso estendeu-se<br />
por meu rosto.<br />
— Você é uma boa menina.<br />
O encolher de ombros dela não era apenas cativante, fez seus seios saltarem<br />
deliciosamente. Quando sua bochecha corou, estendi minha mão, ela segurou e<br />
subiu as escadas para o ofurô. Pisando com cuidado na água, afundou-se até que<br />
apenas seus ombros e o topo de seus seios estavam visíveis. Eu a segui sentando<br />
um pouco afastado. Quando sua expressão tornou-se mais dura peguei as taças de<br />
vinho na borda e comecei a me aproximar.<br />
— Você faz isso frequentemente, para se exibir para as mulheres? Porque<br />
isso parece uma cena de sedução bastante praticada.<br />
O que? Bastante praticada?<br />
3
Seu tom tornou-se mais nítido quando acrescentou. — Fezisto muitas vezes com<br />
Celeste?<br />
Coloque os copos de vinho na borda da banheira com um tilintar. — O que<br />
diabos está querendo dizer?<br />
— Isto. — ela estendeu as mãos fora. — O vinho, as luzes e as estrelas.<br />
Não pude segurar uma risada. — As estrelas? Eu não posso levar o crédito<br />
por elas, querida.<br />
— Você sabe o que quero dizer.<br />
Ela lutou tanto para manter sua expressão dura que nem parecia queestava<br />
prestes a rir. Me aproximei um pouco mais até que minha coxa tocou a dela,<br />
estendi e tirei de seu rosto alguns fios de cabelo.<br />
— Eu nunca cozinhei para uma mulher antes. — meu tom de voz era suave,<br />
quase igual ao tom que usaria com um cavalo assustado.<br />
— Eu pensei que estava cozinhando para você, não para mim. — ela<br />
respondeu.<br />
— Você acha que eu iria realmente ter todo esse trabalho para cozinhar<br />
para mim?<br />
Ela deu de ombros e seus seios levantaram a água por um segundo antes<br />
que a espuma os cobrissem novamente. Minha atenção concentrou-se em uma<br />
única parte de mim, porque sou um homem de sangue quente, e todo o sangue do<br />
meu corpo estava no meu pau, antes mesmo que pudesse encara-la.<br />
— E Celeste? — ela perguntou.<br />
Tudo que pude fazer foi negar com a cabeça. — Celeste nunca fez parte da<br />
exibição, como você mesma disse. Eu sei que ela é uma mulher gananciosa, só está<br />
interessada por mim por eu ser filho de um rico fazendeiro. Além do mais, não sei<br />
como você pode pensar que eu poderia olhar para ela quando tenho você. Você é<br />
tudo quevejo, Emma. Não importa se eu estou olhando para você ou não. Você está<br />
em toda parte, o tempo todo. Sob a minha pele, no meu sangue. — acariciei meu<br />
polegar sobre sua bochecha, ainda espantado com o quão suave era sua pele.<br />
— Quando estou deitado na cama à noite, tão desesperado por um alívio<br />
porquejuro que consigo sentir você só deseus pés tocarem o fim do corredor. E
quando estou quase quebrando minha mão ao redor do meu pau até gozar<br />
chamando o seu nome.<br />
Sua boca abriu-se em um pequenoO.<br />
— Essa sua boca me dá ideias, Emma. Fico pensando como me sentiria bem<br />
com seus lábios ao redor do meu pau.<br />
Suas pupilas dilataram e sua respiração ficou fraca. Com certeza ninguém<br />
foi tão sincero com ela até hoje, mas teria que se acostumar com isso, porque eu<br />
pretendia dizer-lhe todas as coisas sujas que queria fazer com ela.<br />
Inclinei-me para mais perto. — Não é assim, Emma? Você gosta quando eu<br />
te digo o que quero fazer com você? Isso não faz você ficar molhada? "<br />
Ela engoliu, mas não respondeu. Mas isso não adiantaria nada.<br />
— Espero uma resposta, quando faço uma pergunta, querida.<br />
Eu ainda não sabia quando tinha decidido que não ia trata-la como meu<br />
animal de estimação, como tratei todas as outras que tinha tomado, mas algo em<br />
mim tinha mudado e esta mulher era a causa disso.<br />
Ela assentiu com a cabeça.<br />
— Fale, Emma.<br />
— Sim, fico molhada quando você me diz que quer meus lábios em torno de<br />
seu pau.<br />
Porra. Eu. — E fico duro como uma pedra de ouvir você dizer isso, querida.<br />
Lembra-se de sua palavra de segurança?<br />
— Rosa. — ela respondeu.<br />
— Boa garota. Você se lembra quando deve usá-la?<br />
— Quando algo for demais para suportar.<br />
— Muito bem.<br />
Suas palavras trouxeram a minha mente a lembrança de como isso<br />
começou, a linda cor que tinha a ver com seu mamilo, que eu queria ver agora.<br />
Porra, eu queria mais do que vê-los, os queria na minha boca debaixo da minha<br />
língua, entre meus dentes.<br />
Abaixei minha cabeça e rocei meus lábios ao longo de sua mandíbula,<br />
arrepios triunfante percorreram através de seu corpo. Gostei de saber o quanto eu<br />
lhe afetava e como estava completamente envolvida no momento.
— Ajoelhe-se para mim, querida. Quero ver esseslindos seios. — ela abriu<br />
os olhos, e não consegui segurar o meu sorriso. Mesmo com o choque,<br />
obedeceuminha ordem. Murmurei outra palavra. — Boa menina. —e alcancei as<br />
amarras de seu biquíni. — Estou feliz que você tenha decidido seguir as ordens e<br />
usar o biquíni ao invés de um maiô.<br />
Ela ficou boquiaberta novamente. — Como sabe eu estava pensando em<br />
usar um maiô?<br />
— Porque mesmo que tenhamos nos conhecido agora, sei o que você pensa<br />
e como você reage.<br />
Uma vez que tive o nó desfeito, puxei cuidadosamente as tiras para revelar<br />
seus seios, cada centímetro de pele era um exemplo de total perfeição, porra.<br />
Toquei em ambos os seios, e abaixei minha boca roçando meus lábios.<br />
Seu peito subiu e abaixou quando alcancei o mamilo direito, e suas palavras<br />
saíram um pouco instáveis. — O que você faria se eu tivesse desobedecido?<br />
Levantei meus olhos com minha língua ainda na aréola e mais tremores<br />
acumularam-seno corpo dela. Retirei-me por um centímetro, não a liberando de<br />
minhas mãos<br />
— Eu colocaria você sobre meu joelho e deixaria sua bunda vermelha e faria<br />
exatamente o que eu vou fazer agora,você vai gozar mais duro do que já gozou em<br />
toda sua vida. — fiz uma pausa, logo que havia descrito seu castigo, decidindo que<br />
deveríamos conversas, Emma e eu estávamos esperando por isso.<br />
— Esse provavelmente é um bom momento para discutir limites, querida.<br />
— Limites? — ela perguntou.<br />
— Sim. Seus limites rígidos. Coisas que você não quer tentar.<br />
Ela mordeu seu lábio inferior, e parei de pensar por um momento. Puta merda,<br />
meu pau ficou ainda mais duro, então decidi ajudá-la.<br />
— Tenho certeza de que você já é boa com restrições.<br />
Ela assentiu com a cabeça. — Sim. — eu sabia que nós dois podíamos<br />
recordar a maneira como amarrei as mãos da prostituta.<br />
— E um pouco de espancamento moderado.<br />
Ela assentiu com a cabeça mais uma vez com o olhos arregalados.<br />
— O que me diz de jogo anal? —porra, diga que sim.Essa bunda implora<br />
para ser fodida desde o primeiro dia que a vi.
— Eu... Nunca fiz nada assim, mas estou disposto a tentar...<br />
Essa é minha garota. Dei um aceno leve com a cabeça. — Bom. Se alguma<br />
coisa acontecer, nós discutiremos isso primeiro. Quero que se sinta confortável<br />
para experimentar coisas novas comigo.<br />
Ela respirou fundo quando fechei minha boca em seu mamilo sugando,<br />
lambendo e mordiscando, fechei meu polegar e o indicador sobre o outro, rolando<br />
entre meus dedos até começou a se esfregar e contorcer contra minha coxa,<br />
desesperada para o contato que iria fazê-la gozar.<br />
Os jatos da hidromassagem explodiam atrás e uma ideia borbulhou junto<br />
com a água cheia de espuma. Agarrei Emma por seus quadris e a puxei.<br />
— O que você está...<br />
— Confie em mim. Você vai amar isso.<br />
Apertei alguns botões no painel de controle antes de nos posicionar, então<br />
nós dois enfrentamos um dos jatos como uma vibração intensa. Puxei a tira<br />
desatando o nó da parte de baixo de seu biquíni, jogando-o na borda, em seguida<br />
posicionei Emma bem no nível da pressão da água para que atingisse diretamente<br />
em sua buceta.<br />
Seu protesto foi silenciado quando minha mão escorregou em torno de seus<br />
quadris e cobriu sua bucetado contato com o jato de água. A finalidade de meus<br />
movimentos devem ter atordoado ela, porque murmurou. — Oh, merda.<br />
— Vou cuida de você, querida. Eu disse que eu ia fazer você gozar mais duro<br />
do que já gozou em toda a sua vida. —disse com um sussurro em sua orelha.<br />
O jato explodiu atingindo-a novamente, e abri com meus dedos os lábios de<br />
sua buceta, deixando o pulso suave da água atingir seu clitóris.<br />
— Oh merda. — Emma respirou, contorcendo-se. — Oh merda. Eu não<br />
posso.<br />
— Sim, você pode.<br />
Aágua diminuiu, e deslizei dois dedos sobre seu centro, antes de mergulhalos<br />
para dentro dela. Baixando meus lábios sua nuca, arrastei meus dentes ao longo<br />
de seu ombro.<br />
— Ah — o resto de tudo o que ela estava prestes a dizer foi abafado por um<br />
outro pulso de água contra seu clitóris, ela gemeu e arqueou o corpo.
Os músculos de sua buceta contraíram-se contra meus dedos por um<br />
momento.<br />
Controlar o orgasmo de Emma foi a melhor coisa que já fiz na minha vida.<br />
Quando seu corpo parou de tremer,deslizei novamente para sentar-me e a<br />
aconcheguei em meu colo. Não pude deixar de pensar o quão bem ela estava em<br />
meus braços, tê-la assim seria a maneira mais perfeita de terminar todas as noites.
Capítulo 11<br />
l<br />
Emma<br />
Eu não podia acreditar. Estava presa em uma banheira de ofurô,me<br />
desintegrando. A ereção do meu meio-irmão pressionando contra a fissura da<br />
minha bunda, e seus lábios murmurando palavras sujas, na minha orelha. Quem<br />
era essa mulher na qual eu tinha me transformado? Ela vivia para o prazer, seus<br />
nervos cantarolando sensualmente e totalmente sem pudor, com cada<br />
movimentocausado pelo erotismo. Essa mulher se contorcia nos braços de Ford,<br />
para enfiar a mão dentro de sua sunga e acariciar aquele pau enorme e duro,<br />
apenas para senti-lo pulsando em sua mão, o imaginando em outro lugar.<br />
Nesse momento percebi... o quanto amava isso. Me sentia lasciva,<br />
gananciosa e mais viva do que nunca. Os meus músculos ainda tremiam com as<br />
consequências do meu orgasmo, mas isso só tinha aguçado o apetite. Não me<br />
importava mais com o fato de Ford ser meu meio-irmão. Tudo o que importava era<br />
a nova Emma que ele me fez descobrir,e a sua disposição para satisfazê-la.<br />
— Mas já? — ele disse baixo. — Você deve estar muito reprimida.<br />
Merda, eu estou. Estava desesperada para colocar minhas mãos, nesta coisa<br />
enorme desde o primeiro dia. O tom, possessivo em sua vozme fez estremecer. Se<br />
era para ele falar desse jeito, eu queria deixar Ford me dominar. Queria que me<br />
deixasse exausta como se eu fosse seu brinquedo.<br />
— Bem... isso soa como algo que posso cuidar. Segure na borda da banheira.<br />
Com uma pequena relutância, soltei seu pau e fiz como ordenou. Meus<br />
dedos encontraram um pacote de camisinha. Esse arrogante filho de uma...! O calor<br />
suave percorreu por minha espinha, e não pude deixar de rir.<br />
— Você presumiu que transaríamos aqui?
— Como eu disse, querida, eu te conheço. — ele enrolou a mão no meu<br />
cabelo e inclinou minha a cabeça para trás, o suficiente para expor a minha<br />
garganta. A antecipação sacudiu através de mim. — Normalmente eu prolongaria<br />
isso, diria para ser paciente, mas já estou cansado de esperar para ter você.<br />
De repente, ele sentou-se, me puxando para seu colo. Contorci para me orientar e<br />
montei seus quadris.<br />
— Foda meu pau, Emma. Mostre o que você pensa quando está sozinha à<br />
noite.<br />
Não precisava dizer duas vezes. Me atrapalhei para abrir o preservativo,<br />
rolei em seu pau e me afundei com um grito. Ele era enorme, fiz um som<br />
desesperado, como se tivesse me esforçando para caber tudo dentro.<br />
—Tome um tempo para se adaptar. — ele disse, com os dentes cerrados.<br />
— Droga, você é apertada. Essa buceta está estrangulando meu pau. Vá devagar,<br />
querida.<br />
Como ordenado, leveimeu tempo, puxando uma respiração profunda e<br />
relaxando meus músculos internos, para que meu corpo pudesse aceitar a invasão,<br />
que estava desejando desesperadamente. Uma vez que ele estava totalmente<br />
enterrado, soltei um grito de alívio, ao mesmo tempo ouvi ele amaldiçoar. Devagar,<br />
subi e desci encontrando meu ritmo. Apesar de todas as minhas preocupações -<br />
com os nossos pais descobrindo o nosso segredo, e tudo que aconteceu com<br />
Celeste - em relação a este verão, deixei ele enfiar seu pau gigante em mim, o<br />
montando com tudo o que ele tinha.<br />
Finalmente, eu podia ter minha dose de Ford. Não havia outro lugar que<br />
precisávamos estar agora, ninguém nos interromperia ou saberiam onde tínhamos<br />
ido. Novamente, me afundei em seu comprimento o quanto pude, apertandosuas<br />
pernas com as minhas. Minhas mãos molhadas se agarram em seus ombros largos<br />
e musculosos. Seu cabelo preto colado a testa com água e suor. Sua mão molhada<br />
subiu para traçar meu maxilar e pescoço, e minha pulsação aqueceu, causando<br />
arrepios. Nossos corpos emitiam vapor, como se estivéssemos fervendo a água da<br />
banheira em torno de nós.<br />
— Goze para mim, Emma. — Ford disse. —Você já está perto, não está? Sua<br />
buceta doce esta apertando meu pau... me sinto tão incrível.
Incapaz de falar, respondi com um gemido alto, cadenciado. Minhas coxas<br />
tremiam enquanto subia e descia, atacando seu pau direto nesse ponto perfeito<br />
dentro de mim. Ele agarrou meus quadris para me mover mais rápido. Um ruído<br />
como soluço rasgou minha garganta. Parecia tão bom, tão intenso que beirava a<br />
dor. Independente se me agarrasse ou soltasse, receava que ia desmaiar de<br />
qualquer maneira.<br />
— É isso, querida. Você pode fazer isso.Me deixe sentir você gozar.<br />
A boca dele desceu para mordiscar e chupar meu pescoço, sem vacilar em<br />
seus impulsos. Todo o meu ser estava derretido e tenso, tão perto que não podia<br />
parar agora, ah meu deus...<br />
O prazer esmagador me abalou. E cai em cima de Ford, meus sentidos<br />
lentamente sumindo, tremendo com a sensação dele pulsando dentro de mim. Mas<br />
ele não me deixou descansar por muito tempo.<br />
— Eu não ainda terminei com você. — ele soprou na minha orelha. Seus<br />
braços escorregaram ao meu redor, um atrás de meus ombros e um sob os joelhos.<br />
— O que diabos você está...<br />
Gritei quando ele me levantou em um movimento suave, e saiu da banheira<br />
caminhando pelo terraço como se eu não pesasse nada.<br />
— Eu quero você na minha cama, — respondeu, — e isso é o que eu vou ter.<br />
Descansei minha bochecha contra seu peitoral perfeito, considerando<br />
morder seu mamilo, então decidi aproveitar o passeio ao invés de me arriscar e ele<br />
me soltar. A água escorria de nós deixando um rastro por todo caminho da escada,<br />
e pelo corredor até o banheiro. Ford me colocou no chão suavemente, com cuidado<br />
para para não escorregar e ligou o chuveiro. Eu admirei seu estreito traseiro<br />
esculpido, quando entrou no spray fumegante. Ele se virou, parecendo divertido ao<br />
me verolhando.<br />
— Venha. — disse. — Precisamos tirar o cloro.<br />
— Oh, claro. Isto definitivamente não é uma desculpa para me manter nua e<br />
toda ensaboada. — mesmo dizendo isso, entrei no chuveiro atrás dele.<br />
— Desde quando preciso de uma desculpa para fazer alguma coisa para<br />
você?<br />
Ele deslizou as mãos sobre minhas costelas, provocando cocegas com os<br />
dedos no lado dos meus seios, todo caminho abaixo até apertar minha bunda. Sua
oca quente perseguiu as gotas de água sobre minha clavícula,deixando meus<br />
mamilos duros.<br />
Em um impulso perverso, agarrei o pulso dele. Segurei seu olhar intenso<br />
enquanto levantava sua mão, para os meus lábios. Primeiro beijei a ponta de dois<br />
dedos, então levei na minha boca, minha língua deslizou e voltou lentamente,<br />
movendo minha cabeça propositalmente para cima e para baixo. Os olhos dele<br />
queimaram e sua respiração acelerou. Sua boca se curvou em uma expressão quese<br />
parecia com um sorriso; mas na realidade, era um flash predatório dos dentes,<br />
prontos para me dominar num instante. Eu queria andar ainda mais fundo na<br />
caverna do tigre.<br />
Meu desejo logo foi concedido. — Você está limpa o suficiente. — disse<br />
Ford, mal contendo o desejo em sua voz áspera. — Mas eu vou consertar isso<br />
agora.<br />
Ele desligou o chuveiro e me arrastou para o outro lado do corredor.<br />
Eu nunca tinha entrado em seu quarto, apenas tive um vislumbre através da<br />
porta entreaberta, e era enorme quase como uma suíte master. Mas que tivesse a<br />
chance de olhar em volta,Ford me jogou em cima da cama.<br />
— Eu quero fazer você gozar até que esqueça seu nome. — ele mordeu meu<br />
pescoço e choraminguei. — Até que me peça para parar.<br />
Não podia imaginar isso acontecendo novamente. Eu já tinha gozado duas<br />
vezes, mas então, meu apetite parecia sem fim. Como se pudéssemos transar até o<br />
amanhecer, e isso nem sequer fizesse diferença.<br />
— Ah, sim. — ofeguei.— Depressa!<br />
De repente Ford mudou seu peso, prendendo meus braços e pernas.<br />
— Está me dando ordens?— sua expressão tornou-se perversa. — Talvez eu<br />
devesse apenas amarrá-la e provocá-la por um tempo. Uma ou duas horas.<br />
Eu tremi em desespero. O pensamento de me ser negado, me fazia sentir<br />
simultaneamente frenética e ainda mais excitada.<br />
— Não estou tentando lhe dizer como fazer seu trabalho. Só quero que faça<br />
isso rápido. — contorci meus quadris, para dar ênfase.<br />
Com um sorriso sombrio, ele empurrou meus joelhos até meus ombros.<br />
— Eu vou deixar isso passar, querida. Só desta vez.
Ele se inclinou sobre o criado-mudo para pegar outro preservativo. Fez um<br />
trabalho rápido de rasgar o pacote e rolar em seu pau. Assim que se alinhou com a<br />
minha entrada, os meus gemidos ecoaram no alto do teto, quando ele finalmente<br />
deslizou para dentro. Ele me penetrava mais duro desta vez. Mais rápido. Como se<br />
não conseguisse se segurar.<br />
Nossas bocas desempenharam um beijo confuso e desesperado. Me agarrei<br />
aos músculos de suas costas, enquanto ele batia sua pélvis impiedosamente contra<br />
meu clitóris. Ele era tão grande e tão grosso, que parecia bater em todos os lugares<br />
ao mesmo tempo, iluminando o centro de prazer que eu mal sabia que tinha. No<br />
momento que recuperei meu folego, Ford se retirou quase inteiramente e<br />
mergulhou de volta, tirando o ar dos meus pulmões novamente. Ecada vez que<br />
fazia esse movimento, massageava meu ponto G.<br />
— Isto é o que imaginei cada vez que olhei para você. — ele murmurou.<br />
—Masturbei todas as noites... às vezes tive que fugir no meio do dia, porque eu<br />
tinha visto seu lábios deslizarem sobre sua colher no café da manhã, ou um leve<br />
vento levantando sua saia.<br />
Ford diminuiu por um momento, quebrando o nosso beijo para se colocar<br />
de joelhos novamente empurrando ainda mais duro em um novo ângulo. Eu<br />
choraminguei, e minhas mãos caíram agarrando os lençóis. Tão profundo, tão<br />
completo, atingindo exatamente onde eu precisava.<br />
— Imaginei você exatamente assim. Seus tornozelos em torno de meus<br />
ombros e seus peitos deliciosos saltando enquanto te fodo até perder seus<br />
sentidos. — ele agarrou meus quadris com mais força com uma mão e esfregou<br />
meu clitóris com a outra. — Quando você não puder andar amanhã, vou mantê-la<br />
na minha cama e fazer tudo de novo.<br />
Fiquei desorientada e minha pele se intoxicou. Eu queria sentir mais do que<br />
o queimar sutil atrás do prazer. Queria lembrar-me dele dentro de mim cada vez<br />
que me movesse na manhã seguinte. O puro prazer pulsou concentrando-se em<br />
minha barriga, expulsando todos os outros pensamentos. Um ruído selvagem saiu<br />
do fundo no meu peito. Eu estava tão dolorosamente perto; que a qualquer<br />
momento, me perderia. Vamos Ford me faça desmontar completamente.
Nossos olhos se fixaram. Aquele olhar ardente irresistível, determinado a<br />
me possuir, foi o que finalmente me empurrou sobre a borda. Arqueei minhas<br />
costas com um grito, enquanto onda apósonda de espasmos me fazia estremecer.<br />
— Porra, Emma. — Ford rosnou na dobra do meu ombro, sua barba por<br />
fazer arranhando meu pescoço. Ele deu algumas estocadas mais vigorosas,<br />
instáveis, e se acalmou.<br />
Por vários momentos apenas ofegamos. Me senti desossada e<br />
deliciosamente dolorida. Após essa avalanche de orgasmos, acho que fui enganada<br />
anteriormente, meu tesão foi finalmente superado pela exaustão.<br />
Por fim Ford desembaraçou nossos corpos e se sentou,me atirando um meio<br />
sorriso satisfeito. A satisfação de um trabalho bem feito... emvários sentidos. Eu<br />
provavelmente parecia tão completamente fodida como me sentia.<br />
— Quer mais uma rodada? — ele disse finalmente.<br />
— Cala a boca. — gemia. Eu teria jogado um travesseiro nele se tivesse<br />
energia.<br />
— Você parece disposta. — a pior parte foi que eu estava completamente<br />
certa, de que ele não estava brincando sobre a segunda rodada.Ele balançou as<br />
pernas fora da cama. — Se você já está cansada, podemos pegar de onde paramos<br />
mais tarde.<br />
Gostei da bela vista que tive enquanto ele caminhava para o meu lado, e nu<br />
me ofereceu o braço.Surpresa com o gesto cavalheiresco, quando ele me puxou<br />
paraficar em pé. Apesar de suas palavras gentis na banheira, pensei em hoje como<br />
uma coisa independente. Não passou por minha cabeça como eu ou Ford, íamos<br />
nos sentir depois desse alívio rápido. Claro que isso não passou nem perto de ser<br />
desagradável, pelo contrário.Eu acho que estou bem em ter um amigo de foda tão<br />
talentoso como Ford, mesmo que seja meu meio-irmão.<br />
Percebi que ainda estava segurando o braço de Ford. E, mais precisamente,<br />
que ele me observava.<br />
— Você está bem para andar sozinha? —ele perguntou.<br />
Rapidamente soltei, me sentindo auto consciente. — Sim, estou bem.<br />
Eu não era uma flor delicada, que não aceitava um pouco de jogo duro. E<br />
não queria abusar da hospitalidade no quarto dele. Claro, isso era mais que um
caso de uma noite, mas uma noite foi tudo o que tivemos até agora. Mesmo a ideia<br />
de Ford me escoltando no corredor me fez senti muito íntima.<br />
Ele fez um barulho como se não tivesse acreditando no que tinha acabado<br />
de acontecer. — Então vou ver você amanhã.<br />
Isso resolveu as coisas. Ele não tinha me expulsado, mas também não me<br />
convidado para passar a noite. Não era exatamente uma surpresa, conhecendo<br />
Ford, e eu estava bem com isso. Afinal, nenhum de nós tinha ido para este jogo<br />
para abraços e flores. Nosso acordo funcionaria melhor do jeito que estava. E o<br />
mais importante, se ficasse mais tempo, acabaria caindo em sua cama novamente.<br />
Eu não tinha certeza se meu pobre corpo poderia levar um 3º Round. Ou<br />
foram quatro até agora? Forcei a prestar atenção e dei a Ford um aceno<br />
concordando.<br />
— Vejo você amanhã. — disse enquanto ele se afastava.<br />
Fui para o meu quarto, orgulhosa por apenas cambalear um pouco, e<br />
desmaieiassim que bati a minha cabeça no travesseiro.
Capítulo 12<br />
l<br />
Ford<br />
No que diz respeito ao sexo eu nunca tinha ficado sem transar. E se alguém<br />
me perguntasse há algumas semanas, eudiria que minha vida sexual era perfeita.<br />
Mesmo nos confins de Montana, eu tinha uma variedade de mulheres para<br />
me manter entretido. Mas isso foi antes de Emma. Agora que a tive, não tinha<br />
certeza de que qualquer outra mulher, pudesse satisfazer meus desejos<br />
novamente. E francamente, se eu fosse o tipo de homem que ficasse nervoso por<br />
qualquer coisa, esse pensamento poderia ter feito isso. Somente mentiria e<br />
desfrutaria o tempo que tivemos na fazenda com os nossos pais fora.<br />
Não havia lugar mais belo na terra do que Montana na primavera. Havia<br />
uma razão para chama-la de ‘Estado do Céu Maravilhoso’ e em um dia como hoje,<br />
eu só queria ficar admirando o céu e o verde vibranteda floresta. O gado<br />
mugiaàcerta distância, enquanto aguardava por Emma junto aos dois veículos<br />
estacionadosentre a casa e o celeiro. Ontem, eu havia mostrado a ela a fazenda. Era<br />
impossível cobrir cada hectare, mas tinha montado ao longo de algumastrilhas<br />
principais. Fiquei surpreso quão bem ela tinha montado a cavalo, estava natural<br />
emuito sexy. Não havia nada que quisesse fazer mais do que soltar minha rédea,<br />
desmontar, arrastá-la para o chão e fodê-la até que perdesse o sentindo. Mas eu<br />
tinha avistado Griff no quadriciclo verificando o rebanho, e se aproximando da<br />
porteira. Não fui contra ter uma reunião, mas não queria a presença de Griff. O<br />
velho poderia ter um ataque cardíaco, e não queria ninguém caindo morto na<br />
minha frente.<br />
Por outro lado parecia estranho ter passado tanto tempo com Emma, além<br />
do fato de que aparentemente tinha desenvolvido um senso de hospitalidade. Mas<br />
Griff, parecia estarsuspeitando um pouco. Por isso hoje eu e Emma vamos para<br />
bem mais longe dos caminhos comuns, portanto usaremos os quadriciclos, eu tinha
um cooleramarrado na parte de trás do meu, então não haverá nenhuma<br />
necessidade de fazer nosso caminho de volta por um tempo.<br />
Virei para ver Emma saindo da casa. Porra, essa mulher usava uma calça<br />
jeans como ninguém. Eu não tinha dito muito a ela, exceto como se vestir, e sorri<br />
quando ergueu o queixo ao receber a minha ordem, mas cumpriu. Como ela se<br />
vestia como uma boneca, só podia imaginar a sequência de maldições que<br />
provavelmente saíram de sua boca. Seu cabelo louro balançava com cada passo<br />
atrevido, enquanto caminhava em minha direção.<br />
Eu neguei com a cabeça. — Eu avisei para prender o seu cabelo.<br />
Ela fez beicinho ansiosa para entrar no quadriciclo e sair, para que pudesse<br />
mostrar a outra surpresa que tinha preparado. Esperei até que ficou na minha<br />
frente, e vi o elástico em seu pulso, o puxei, agarreiseus ombros e a virei, antes<br />
alisei seu cabelo para trás em um rabo de cavalo e escorreguei o elástico em volta.<br />
Quando terminei, ela olhou para mim por cima do ombro, levantando as<br />
sobrancelhas.<br />
— Por que é tão bom nisso?<br />
Pensei que ela não iria gostar de ouvir que estava longe de ser à primeira<br />
vez que eu tinha tirado o cabelo de uma mulher de seu rosto... normalmente<br />
porque eu estava prestes a prendê-la de outra maneira. Decidi não responder, era a<br />
coisa mais sensata a se fazer. E também não estava pronto para explicarque com<br />
ela as coisas pareciam diferentes. Inferno, eu mal podia admitir. Isso não era nada<br />
mais do que uma pequena aventura de verão. Não podia haver nada mais que isso.<br />
— Eu pensei que estaria mais interessada, em eu ser bom com outras coisas.<br />
— falei diretamente em sua orelha. Ela estremeceu, e corri minhas mãos para<br />
baixo de seus braços. — Vamos sair então posso lhe mostrar.<br />
— Por que eu tenho a sensação que você não estáfalando sobre a fazenda?<br />
— ele sussurrou.<br />
— Porque você é uma garota inteligente.<br />
Me afastei e agarrei o capacete do assento do segundo quadriciclo, um<br />
pouco antes das grandes portas do celeiro deslizarem abertas com o sacudir das<br />
dobradiças.<br />
TJ saiu e nos estudou por um momento. — Você vai ficar fora por muito<br />
tempo, chefe?
— Até o jantar. Você pode segurar as pontas até lá?<br />
Ele assentiu com a cabeça, seus olhos correndo de cima a baixo apreciando<br />
o corpo de Emma. Meus dedos fecharam em torno doplástico rígido do capacete, e<br />
exercitei o meu controle. As palavras se mova vaqueiro,veio em minha garganta,<br />
mas a forcei para baixo. Eu tinha o direito de dizer, mas não pela razão que eu<br />
queria. Ainda assim, não podia ficar completamente calado.<br />
— O gado não vai se supervisionar, TJ.<br />
— Sim, senhor. —ele disse, antes de finalmente arrastar os olhos de Emma<br />
e voltar para o celeiro.<br />
Emma estava examinando o quadriciclo, então não tinha notado a situação.<br />
Mais uma vez, um sorriso se espalhou sobre o meu rosto; ela estava passando a<br />
mão sobre o assento com singela admiração.<br />
— Eu realmente vou dirigir ?<br />
— Você tem uma carteira de habilitação, certo?<br />
Ela me jogou um olhar por cima do ombro. — É claro.<br />
— Então sim, você vai dirigir. Pensei em colocá-la na parte detrás do meu, e<br />
ter seus braços em volta do meu corpo, mas quero ter certeza de que você vai ter<br />
uma boa vista da fazenda.<br />
O sorriso dela ficou um pouco tímido. — Obrigada, Ford. Isso é muito gentil<br />
da sua parte.<br />
— Oh, querida, pensei em muitas coisas para hoje. Espere até você ver o que<br />
tenho planejado. Agora vamos pegar o capacete e montar.<br />
Depois que acomodei o capacete na cabeça de Emma, e mostrei como<br />
operar o quadriciclo, partimos. Ela me seguiu enquanto estabeleci um ritmo fácil,<br />
mas tornou-se mais ousada, a cada quarto de milha, logo, estava tentando vencer a<br />
corrida. Eu estava me divertindo mais do que lembrava em meses, talvez até anos.<br />
Não sabia o que ela pensava, mas essa natureza divertida me apanhou. Ela<br />
não era nada do que eu esperava, quando pisou fora da caminhonete, não era<br />
presunçosa, nem uma puta. O caso em questão, tinha acabado de deliberadamente<br />
espirrar água de uma poça tentando me molhar, algo que ela pagaria quando<br />
parássemos. Ela diminuiu quando nós passamos por uma parte de mata fechada,<br />
assumi a liderança, acenando paraseguir a trilha. Fomos para a minha vista<br />
panorâmica favorita, felizmente isso não exigiu uma subida muito perigosa. Uma
verificação rápida de meu espelho mostrou que Emma estava bem atrás, com um<br />
sorriso ainda curvando seu rosto, juntamente com uma faixa de lama. Antes deste<br />
momento especial, não sabia que lama poderia ser tão sexy, fora de um ringue de<br />
luta na lama com algumas garotas peitudas rolando neles. Forcei meus olhos para a<br />
trilha, caso contrário corria o risco de bater em uma árvore e ficar parecendo um<br />
verdadeiro idiota.<br />
Algumas voltas, e finalmente chegamos à clareira a beira da montanha. Com<br />
exceção a essa parte de Montana, uma outra montanha se elevava. Eu gemi quando<br />
saltei, estava desconfortável com minha ereção durante os últimos quilômetros da<br />
viagem. Emma, desligou seu quadriciclo e tirou o capacete. Se antes pensei que sua<br />
expressão de espanto foi singela, isto deveria se parecer como uma manhã de<br />
Natal, quando ela era criança. Ela girou pegando algumas flores de‘semprevivas’<br />
que cercavam a clareira.<br />
— Isso é muito lindo, Ford.<br />
Eu sorri. Ela ainda não tinha visto a melhor parte. Corri para soltar o<br />
refrigerador e mochila na parte de trás do meu quadriciclo. Carregando a mochila e<br />
o cooler em uma mão, com a outra entrelacei meus dedos aos dedos de Emma.<br />
— Vamos lá. Espere até você ver isso.<br />
A puxei em direção às árvores. Assim deixamos os pinheiros para trás, ela<br />
parou estagnada.<br />
— Uau! — sua boca estava entreaberta, mesmo diante de sua reação sensual<br />
eu não podia atribuir pensamentos lascivos nesse momento. Bem, talvez. Apenas<br />
me dar um minuto para apreciar sua excitação. — É incrível!<br />
— É meu lugar favorito na fazenda.<br />
Ela desviou os olhos da vista para olhar para mim. — Você pode ver por<br />
quilômetros.<br />
— Sim. Muito disso é nosso. Terei que te ensinar a voar, em seguida nadar.<br />
— deixei cair a mão com um gesto para o rio.<br />
As ideias preconcebidas que tinha dela ainda eram fortes, porque eu<br />
esperava que ela enrugasse o nariz e negasse, mas seus olhos se iluminaram<br />
novamente.<br />
— É mesmo? Isso seria legal.
— Que tal um pouco de comida? Tenho filé mignon com molho fresco,<br />
vegetais, um bom vinho tinto, um queijo de cabra que sua mãe ama, e trufas de<br />
chocolate.<br />
Para minha surpresa ela enrugou o nariz para isso. Coloquei o cooler e a<br />
mochila no chão.<br />
— O que? Eu sei que não é vegetariana. Já te vi comer bife.<br />
Emma ergueu os ombros. — Não é isso. É estranho saber que você cria as<br />
vacas e as come. No meu mundo, bife vem tudo perfeitamente embrulhado no<br />
supermercado. Só tenho que despejá-lo na grelha. Não há parto, marcação com<br />
ferro quente, ou massacre envolvido.<br />
Não pude deixar de sorrir. — É a vida. Pelo menos aqui, sabemos que o gado<br />
é tratado com humanidade. Eles são nosso sustento, é do nosso interesse certificar<br />
que tomamos o melhor cuidado que podemos. Temos orgulho do que fazemos.<br />
— Eu sei. É difícil para uma garota da cidade superar, eu acho. Mas<br />
costumava amassar uvas com os pés para fazer o vinho, acredito que seja a mesma<br />
coisade você criar uma vaca e comer o bife.<br />
— Mas é um bom bife.<br />
Os ombros de Emma finalmente baixaram. —Então melhor comermos.<br />
— Quero começar com a sobremesa primeiro. Curve-se sobre o quadriciclo.<br />
Emma virou a cabeça para trás e arregalou os olhos. — Como?<br />
— Você me ouviu. No caso de você estar se perguntando, é uma ordem.<br />
— Espera, o que?<br />
— Qual é a sua palavra de segurança, Emma?<br />
— Rosa. — ela suspirou. Suas pupilas já estavam dilatando; seu corpo já se<br />
atualizandocom as mudanças de planos.<br />
— Bom. Agora. Curve-se. Trouxe mais do que apenas o almoço.<br />
Ela sussurrou — Oh, merda. — era muito cativante querer puni-la por isso...<br />
mas isso não significava que eu não daria alguma força especial para não cumprir<br />
mais rapidamente.<br />
Emma inclinou-seno assento do quadriciclo, descansando seus cotovelos no<br />
banco. Não perdi tempo desabotoei sua calça, passando por sua bunda e a desci,<br />
peguei sua curva exuberante, incapaz de segurar o gemido. Meu pau saltou contra
o zíper da minha calça jeans, e sabia que minha paciência seria testada neste<br />
exercício tanto quanto seus limites.<br />
Tirei sua calcinha para encontrar a pele lisa. — Puta merda, Emma. Você<br />
tem uma bunda perfeita. Precisamos de uma nova regra: você não vai usar mais<br />
calcinha. Da próxima vez que eu mandar você se curvar, quero você nua debaixo de<br />
tudo o que estiver usando. E se estiver de saia, quero ser capaz de chegar por baixo<br />
e sentir sua buceta apertada e molhada sem nada no meu caminho.<br />
Ela respirou fundo. — Você gosta dessa ideia?<br />
Empurrei seu jeans o resto do caminho e deixei a calcinha cair no chão, e ela<br />
não precisava de nenhuma instrução minha para sairdelas e chutá-las de lado. Isso<br />
foi muito bom; suas roupas não iriam volta por algum tempo.<br />
Ela deve ter suposto que minha pergunta foi retórica, porque não<br />
respondeu. Perfeita pra caralho. Puxei minha mão para trás e acertei um tapa firme<br />
em sua bunda.<br />
Ela puxou outra respiração. — O que foi isso?<br />
— Você não me respondeu, querida. Espero uma resposta quando te faço<br />
uma pergunta.<br />
Ela ainda não respondeu, então puxei minha mão novamente. Antes de<br />
acerta-la, ela disse. — Sim. Eu entendo, mas não pare. Por favor.<br />
A resposta dela me surpreendeu. — Não pare o quê, querida?<br />
Ela sussurrou. — Eu gosto. Quando você...<br />
— Quando estou espancando sua bunda gostosa?<br />
Emma assentiu com a cabeça rapidamente acrescentou: — Sim.<br />
— Não poderia ser mais perfeito?<br />
Deslizei minha mão sobre sua bunda antes de aterrissar vários tapas mais<br />
afiados. Aliviei a ardência escorregando minha mão entre as pernas para encontrála<br />
encharcada. Caralho. Ela abriu as pernas sem me perguntar... realmente não<br />
poderia ser mais perfeita.<br />
Meu pau duro, lutou pela liberdade contra meu zíper. Mas não era a vez dele<br />
ainda. Logo, amigo. Rodei meus dedos em sua umidade e empurrei-os para dentro.<br />
Seus músculos contraíram-se contra meus dedos, quando ela inclinou seus quadris.<br />
Porra. Ela estava preparada e pronta para o próximo passo e o brinquedo<br />
que eu tinha trazido.
— Vou incentivá-la ainda mais, Emma. Se a qualquer momento, sentir que é<br />
demais, você sabe o que dizer e paramos.<br />
— Sim. Eu sei.<br />
— Boa garota.<br />
Tirei minha mão do meio de suas pernas, peguei na bolsa o brinquedo e o<br />
desembrulhei, em seguida removi da mochila um bom pedaço de corda.<br />
— Se deite de bruços no banco e coloque as mãos atrás das costas.<br />
Emma concordou, a posição arqueou sua bunda.<br />
— Linda, querida. Muito bonita.<br />
Fiz o trabalho de envolver a corda em um nó intrincado que se estendeu a<br />
alguns centímetros acima de seus antebraços, observando para quaisquer pontos<br />
de pressão, agarrei na bolsa uma tesoura. Assim poderia cortar as cordas<br />
amarradas ao guidão do quadriciclo caso ela entrasse em pânico e precisasse soltála.<br />
— Droga, você está linda em minhas cordas.<br />
Acariciei seus quadris, e ela estremeceu, deslizeiminhas mãos sob a lateral<br />
de seu corpo até seu sutiã. Rolei os mamilos entre os polegares e dedos indicadores<br />
apenas por um segundo, antes de correr para cobrir sua buceta.<br />
— Você entende que essa linda buceta é minha, não é?<br />
Escorreguei um dedo entre os lábios de sua buceta, e provoquei seu clitóris.<br />
Lutei contra a vontade de moer o meu pau em sua bunda, e procurar meu próprio<br />
alívio. Em breve, prometi. Em breve. Brinquei com ela até que se contorceu contra<br />
minha mão, seus gemidos não ajudavam no meu autocontrole. Quando ela estava<br />
oscilando à beira do orgasmo, tirei minha mão.<br />
— Por favor.<br />
— Não peça, querida. Vou dar o que você precisa.<br />
Me abaixei agarrando o lubrificante dentro da bolsa. Emma ficou rígida e<br />
levantou ligeiramente quando a substância fria, pegajosa escorreu em sua fenda.<br />
Eu abaixei minha mão livre para que voltasse a sua posição.<br />
— Se você não quiser isso, você sabe o que dizer, Emma. Caso contrário, vou<br />
jogar com essa bunda gostosa, antes de te foder.
Seu quadril sacudiu contra o banco, e teria dado qualquer coisa para ter<br />
meu pau dentro naquele momento, porque podia garantir que os músculos da sua<br />
buceta teriam apertado firme contra meu pau. Mas talvez tenha sido uma boa coisa<br />
que não estivesse dentro dela, porque provavelmente teria gozado. Circulei um<br />
pouco sua fenda e pressionei levemente. Emma congelou.<br />
— Não faça isso, querida. Você sabia que não estava fora dos limites e não<br />
há nenhuma maneira no inferno que eu possa me manter longe dessa bunda<br />
perfeita. — coloquei a mão em sua bochecha e acariciei com meu polegar. — Mas<br />
não se preocupe. — apertei com mais força, até que o anel liso demúsculo deu<br />
lugar ao meu dedo. — Meu pau continua em sua buceta apertada. Você vai ter que<br />
contentar com um plug atése estender o suficiente para eu penetrar. — o aperto do<br />
músculo tentou me manter fora, mas eu não ia deixá-lo ganhar. — Relaxe por mim,<br />
Emma. Vou te manterbem e pronta para seu plug. Você vai se acostumar a usá-lo<br />
até que esteja pronta para mim.<br />
Seu quadril começou a se mover novamente, e cheguei ao redor para<br />
provocar o clitóris com a outra mão. Sua buceta estava encharcada e necessitada.<br />
Passei vários momentos fodendo sua bunda com meu dedo enquanto acariciava<br />
seu clitóris e mais uma vez, a trouxe à beira. Ela estava implorando e suplicando<br />
para gozar, no momento que me afastei para pegar o plug lubrificado, o pressionei<br />
contra sua bunda.<br />
— Pressione de volta, querida. Mostre quão bom pode ser, e então vou dar a<br />
você um orgasmo arrasador.<br />
Hesitante no início e depois com mais confiança, Emma empurrou contra o<br />
plug. Adicionei pressão e aliviei após passar o anel tenso de músculo, quando<br />
escorregou para dentro segurei na base alargada.<br />
— Oh meu Deus. — ela respirou.<br />
— Você se sente completa, querida?<br />
— Sim, Ah meu Deus. — ela repetiu.<br />
— Está bem? — perguntei.<br />
Ela assentiu com a cabeça.<br />
—Diga, Emma.<br />
— Sim. Eu estou bem.<br />
— Boa garota. Porque você está prestes a se sentir ainda mais completa.
Enfiei a mão no meu bolso, tirei um preservativo e rasguei com os dentes,<br />
não retirando o polegar da mão esquerda da base do plugue. Precisava manter a<br />
conexão contínua com ela, enquanto estava nesta posição vulnerável. Rolei o<br />
preservativo e me posicionei em sua entrada. Uma vez que a cabeça do meu pau<br />
estava no calor de sua buceta, comecei a deslizar para a frente.<br />
— Puta que pariu. — gemi.<br />
Ela estava tão apertada com o plug em sua bunda, que fiquei feliz por ter<br />
escolhido um pequeno. Meu pau mal coube em seu buceta, algo a considerar para a<br />
próxima, porque esta podia ser a melhor e mais curta foda da minha vida. Esforceime<br />
para ir devagar, para saborear o aperto de seu corpo e os tremores ondulando<br />
através dela. Os gemidos de Emma aumentaram elevando meu prazer grau por<br />
grau. Alcancei seu clitóris com dois dedos da mão direita e dedilhei.<br />
— Ford. Por favor, eu vou.<br />
— Já? — não consegui manter a risada fora de minha voz.<br />
— Por favor. — ela gemeu.<br />
Pressionei mais seu clitóris e aumentei meu ritmo, mantendo minhas<br />
estocadas suaves e constante, até que seu corpo se abateu praticamente<br />
estrangulando meu pau.<br />
— Puta merda!<br />
Seu grito ecoou através dos hectares e colinas, ondulando pelas campinas,<br />
seguido por meu gemido de prazer, quando meu orgasmo explodiu de minhas<br />
bolas e esvaziei dentro do preservativo.<br />
Meu último pensamento antes de gozar no banco do quadriciclo foi: quem<br />
me dera que não tivesse havido nada entre nós.
Capítulo 13<br />
l<br />
Emma<br />
Na nossa última noite sozinhos, logo após o jantar, nos sentamos no sofá, e<br />
isso rapidamente virou uns amassos, como se fôssemos adolescentes. Me afastei<br />
para respirar.<br />
— Que tal um pouco, hum... umas palmadas hoje à noite? Você sabe. Com<br />
uma raquete.<br />
A mudança na expressão de Ford foi sutil; Ele nem sequer me deixou<br />
continuar. Mas eu podia ouvir a supresa em sua voz quando disse. — Você não<br />
parecia interessada quando coloquei essa ideia na mesa.<br />
— Eu não estava. — admiti. Eu não estava assustada nem nada, apenas fiz<br />
uma pausa tão longa que Ford mudou de assunto. — Mas então eu só... não<br />
consegui parar de pensar nisso. — mordi meu lábio, sorrindo. — Especialmente<br />
quando estava sozinha na cama.<br />
Apenas o pensamento de estar à mercê de Ford, e o ardor da raquete,fez a<br />
minha boca ficar seca. Agora, porém, sabia que era de excitação, em vez de medo.<br />
Como nossos pais voltariam amanhã cedo, não pude resistir me entregar a<br />
submissão, no toque de mestre de Ford, uma última vez.<br />
Se a velocidade com que ele me arrastou, era qualquer dica, Ford sentia o<br />
mesmo.<br />
Agora deitada de barriga para baixo em seus lençóis, senti seu perfume<br />
exclusivo de suor e sabão, sem ver uma réstia de luz. Meus pulsos e tornozelos<br />
foram algemados aos pés da cama. Eu tinha esperado por dez ou talvez quinze<br />
minutos para Ford terminar os preparativos, era difícil de acompanhar com os<br />
olhos vendados. Meu mundo escuro estava cheio de sensibilidade, em sintonia com<br />
cada ruído, cada cheiro, e pegando a dica ao longo de minha pele. Conhecendo<br />
Ford, ele estava tomando seu tempo de propósito, me deixando desenvolver um<br />
frenesi de antecipação. Isso definitivamente estava funcionando; desloquei contra
meu apoio e senti o desejo já difundido entre minhas pernas. A maçaneta<br />
finalmente virou. Os pés descalços se aproximaram suavemente da cama.<br />
— Você está pronta?<br />
— Sim, senhor, —e adicionei, — Minha palavra de segurança é rosa.<br />
Ele riu. — Boa garota.<br />
Um dedo tocou minha nuca e acariciou lentamente minha espinha,<br />
demorando na parte das minhas costas. Eu tremia, tensa. Ele ia enfiar o dedo na<br />
minha buceta, ou na minha bunda? Não esqueci do nosso dia com vista<br />
panorâmica. Ele apertou a minha bunda firme e dei um grito agudo.<br />
— Você está nervosa, esta noite, querida. — ele fez uma pausa. — Você sabe,<br />
podemos fazer outra coisa. Sexo excêntriconão é como recitar o alfabeto, não<br />
precisa ir para XYZ só porque você já fez o ABC. Não adianta se você não tem<br />
autocontrole.<br />
Eu balancei minha cabeça. — Eu sei. Mas eu... quero descobrir como é. O que<br />
aquela mulher na sala de arreios sentiu.<br />
Ele respirou fundo. — Maldição, Emma. —disse. Sua voz tinha um tom<br />
rouco. — Você acostuma comisso rapidamente. Nunca vi alguém se adaptar tão<br />
bem.<br />
— O que posso dizer? Eu tenho um bom professor. — balancei minha bunda<br />
em sua direção. — Agora comece a bater.<br />
Ele deu um pequeno bufo de riso. — Com esse tom de voz, jovem senhora.<br />
— ouvi um barulho de madeira na carne, e percebi que ele bateu a raquete em sua<br />
mão para que eu pudesse ouvir sua força. — Acho que vou te esquentar. Levante<br />
seu quadril.<br />
O plástico quente cutucou minha buceta encharcada. Corri para obedecer à<br />
sua ordem. O vibrador deslizou facilmente, apesar de sua circunferência, seu<br />
comprimento parecia me estender, até que me senti completa como me sentia com<br />
pau enorme de Ford. Uma protuberância curva, achatada na base, encaixou sem<br />
folga contra meu clitóris. Ele tateou ao redor por um segundo, e choraminguei<br />
quando começou a vibrar. Que seja abençoado um homem que possui um vibrador,<br />
trabalhando para o prazer da sua mulher. Se isso não era amor, estava perto.<br />
As mãos dele deixaram minha buceta, e pousaram na minha bunda<br />
novamente, massageando a pele macia até que esquentou e vibrou. Não tentei
mecontorcer. O vibrador estava perfeitamente sintonizado, me estimulando, me<br />
deixando louca. Distraída, não estava preparado para sua primeira palmada.<br />
Uma palmada. Ebalancei para a frente, abrindo minha boca. O golpecutucou<br />
o vibrador contra o meu clitóris e o ponto G. A bochecha esquerda da minha bunda<br />
queimou com um paradoxo de prazer e dor, que eu iria me tornar viciada. Mais<br />
uma palmada. E outra. Um gemido explodiu do fundo no meu peito. A este ritmo,<br />
eu ia gozar antes que chegássemos a parte divertida. Mas isso não importava, Ford<br />
poderia arrancar de mim um orgasmo após o outro. Nunca tinha gozado tantas<br />
vezes seguidas como fiz com ele. Só de saber que estava por perto já me deixava<br />
pronta para a ação.<br />
Depois de meia dúzia de palmadas, eu estava um tremendo caos e minha<br />
bundapegando fogo. Minhas coxas estavam escorregadias com suor e meus<br />
próprios sucos.<br />
— Você é uma boa menina. — Ford disse baixo. — Pronta para coisas<br />
difíceis?<br />
— Sim, senhor. Por favor. — eu gemia. Me forçando a relaxar quando a<br />
raquete veio assobiando para baixo, ao mesmo tempo rachando sobre ambas as<br />
nádegas.<br />
Puta merda. Ele tinha me batido com a mão várias vezes, mas isso eraum<br />
outro nível. As lágrimas saltaram em meus olhos e mordi meu lábio. Mas o calor<br />
doloroso, espalhou combinando com o calor do prazer em minha buceta e clitóris,<br />
misturando-se até que eu não conseguia identificar qual era qual. Ford esperou<br />
tempo suficiente para deixar o fogo diminuir, então atacou de novo, e outra vez.<br />
Cada golpe veio mais rápido do que o anterior.<br />
De repente toda vergonha caiu. Me contorcia, rangendo contra a cama, ávida<br />
por qualquer sensação que pudesse ter. Atrás de mim, a respiração de Ford veio<br />
com grunhidos de esforço e excitação. Estava perdendo a sanidade. Eu queria que<br />
ele dentro de mim e queria que continuasse a bater. Tinha permanecido na borda<br />
pelo que pareceu anos, um tapa mais ardente, mais uma coisa qualquer, me jogaria<br />
novamente.<br />
O vibrador caiu no chão, e gritei agarradaaos lençóis, soluçando o nome de<br />
Ford. A raquete bateu contra o chão de madeira e senti um corpo musculoso e<br />
suado caindo na cama atrás de mim. Seu coração batia selvagem desenhando uma
tatuagem nas minhas costas. O vazio deixado pelo vibrador foi preenchido<br />
subitamente com seu pau. Gritei assim que me colocou arqueada,<br />
insuportavelmente sensível e ainda com fome para mais. Meu segundo orgasmo já<br />
estava construindo. Suas estocadas selvagens de punição,enrolaram na boca do<br />
meu estômago apertando cada vez mais. Seu quadril bateu contra a minha bunda,<br />
enviando choques de prazer e dor. Com um rosnado, ele mordeu na dobra do meu<br />
pescoço, e todo o meu corpo sofreu espasmos novamente enquanto seu pau<br />
pulsava dentro de mim.<br />
Senti uma estranha perda quando ele se retirou e me desamarrou. A coisa<br />
mais assustadora era que sabia que minhas experiências com ele tinham me<br />
arruinado para outros homens. Sexo baunilha não poderia ser comparado com as<br />
coisas pervertidas que Ford tinha mostrado ao meu corpo. A venda foi retiradados<br />
meus olhos, e pisquei com o brilho repentino.<br />
— Você pode falar? — Ford perguntou, procurando meu rosto.<br />
Abri minha boca para dizer claro que posso, e não consegui. Meus olhos<br />
arregalaram. Uau. Não tinha ideia de que algo podia ser tão intenso.<br />
Confundindo o meu espanto com pânico, Ford acariciou meu cabelo.<br />
— Sshiii, está tudo bem. Apenas descanse. — um vestígio daquela nota<br />
hipnótica de Dom, ainda permanecia em sua voz. Ele sentou-se contra a cabeceira<br />
da cama e me aconchegou ao seu lado. Sem mover o braço que me<br />
segurava,inclinou para pegar uma garrafa de água do criado-mudo. — Você pode<br />
beber? Ou devo dar isso para você?<br />
A ideia tinha um certo apelo, mas meu orgulho venceu. Assenti com a cabeça<br />
e peguei a garrafa. Quando a água tocou minha língua, percebi que estava<br />
morrendo de sede. Assim que tinha engolido metade da garrafa, devolvi a ele que a<br />
colocou de volta no criado-mudo. — Você quer comer algo?<br />
—Humm... não. — resmunguei, me aconchegando contra seu corpo quente.<br />
— Direito de descanso.<br />
Ford riu. — Sim. Você tem uma madrugada de palmadas dentro de você.<br />
Ele olhou para mim, sua expressão quase afetuosa e possessiva. Ou isso foi<br />
só um pensamento? Eu não tinha energia para quebra-cabeças, me virei para<br />
descansar meu rosto em seu abdômen.
— Você estava incrível, querida. — ele continuou depois de um minuto.<br />
Senti as vibrações de sua voz grave na minha bochecha. — Mesmo arriscando a<br />
estragar tudo com você, estou impressionado.<br />
Um suspiro de contentamento me escapou. Os dedos deslizaram pelo meu<br />
cabelo novamente, então mudou para acariciar minhas costas, como se eu fosse um<br />
gato, os traços longos e amplos eram suaves ao invés de excitantes. Levantei minha<br />
cabeça e abaixei com seu suspiro lento.<br />
Eu não tive a intenção de ficar, mas me sentia tão esgotada e suas carícias<br />
eram tão suaves... Eu estava dormindo antes que percebesse.<br />
a<br />
Na manhã seguinte, devoramos um par de omeletes enormes,<br />
estávamos morrendo de fome após o exercício da noite passada. Depois disso, no<br />
entanto, demoramos com nosso café. Toda parte inferior do meu corpo estava<br />
agradavelmente dolorida, e ainda senti a marca da mordida onde Ford tinha me<br />
reivindicado como sua.<br />
De alguma forma minha cabeça estava descansando no ombro de Ford.<br />
Como na noite anterior, ele não me moveu. Mas seu corpo enrijeceu com o barulho<br />
de pneus na estrada de terra, e minha cabeça foi retirada de seu ombro.<br />
— O quê? — perguntei, irritada por perder meu travesseiro. — É só uma<br />
caminhonete.<br />
—Estão de volta.<br />
Oh, merda. Eu não tinha aprendido a reconhecer os sons da fazenda ainda.<br />
Ford poderia dizer sobre o som diferente de cada caminhonete... ou talvez<br />
soubesse que os empregadosnormalmente não iriam se aproximar assim da casa.<br />
Eu me levantei rapidamente.<br />
Poucos minutos depois, três vozes familiares flutuaram no ar, e nossos pais<br />
entraram pela porta da frente com Celeste. Aparentemente, eles tinham buscado<br />
ela quando estava regressando para a fazenda.
Enquanto abracei a minha mãe e cumprimentei Russ, Ford passou por eles<br />
sem dizer uma palavra. Ele voltou com o resto de suas bagagens e começou a leválaspara<br />
os seus quartos. Foi uma ótima desculpa para nos socorrer, mas desejei<br />
que ele não tivesse me deixado sozinha. Meus olhos desviaram para o seu jeans e a<br />
forma como ficava perfeito em sua bunda, quando subiu a escada. Talvez seja<br />
melhor se nós não ficarmos muito perto.<br />
— Ufá! — Celeste disse. — Eu vou fazer para vocês um café da manhã, e<br />
então tenho que deitar. Este fuso horário está me matando.<br />
— Já tomamos café da manhã, obrigada. — eu disse.<br />
— Você fez? A esta hora? —Celeste olhou para o relógio na parede.<br />
Minha mãe disse —Não precisa fazer nada. Eu me viro até você ter um<br />
descanso.<br />
Celeste agitou a mão dela. — São apenas alguns sanduíches.<br />
— Deixe-a fazer o trabalho dela, querida.— Russ disse curvado enquanto<br />
desamarrava suas botas.<br />
Fiz uma careta quando Celeste se apressou para a cozinha. Seria uma coisa...<br />
se ela realmente quisesse nos alimentar. Mas ela fez um estardalhaço quanto ao<br />
fato de estar cansada, depois não nos deixou ajuda-la. Tudo o que ela queria era ser<br />
vista como um mártir.Tanto faz. Virei minha atenção para minha mãe.<br />
— Como foi a viagem?<br />
— O resort foi incrível! — ela respondeu. — Havia um spa, um restaurante<br />
cinco estrelas... você poderia apenas sobreviver lá.<br />
Ford voltou para o hall de entrada, enquanto minha mãe continuou. — Russ<br />
não quer me falar quanto custou, mas deve ter sido uma fortuna! As diárias, todos<br />
os jantares e passeios pelas vinícolas, e ainda muitas outras coisas. — ela deu um<br />
sorriso afetuoso para Russ. — Ele não se preocupa com esse tipo de coisa.<br />
— Você também não deveria. — respondeu o Russ. — O que é meu é seu<br />
agora, lembra-se?<br />
Mamãe riu. — Suponho que vai levar algum tempo para me acostumar.<br />
Uma linha apareceu na testa de Ford. Querendo saber qual era o problema<br />
dele,interrompi. — Legal soa como uma Estância Turística, mas me preocupei com<br />
vocês.Vocês se divertiram?
— Oh, sim! —minha mãe disse. — Todas as manhãs eles colocavam uma<br />
pequena cesta de pães frescos na porta, para que nós pudéssemos tomar café<br />
quando quiséssemos. Foi a coisa mais fofa. Durante o dia jogamos croquet, tênis, e<br />
fizemos caminhadas... degustamos vinhos, claro. E nosso chalé tinha um terraço<br />
privado, onde podíamos ver o pôr do sol.<br />
Lá vai ela, jorrando sobre as comodidades novamente.Mas eu sabia como<br />
elase sentia. Eu ainda estava me acostumando com o risco de ficar insana com os<br />
homens da família Bennetts. Depois de viver com um orçamento bastante rigoroso<br />
por tanto tempo, minha mãe ficou encantada com os luxos que Russ podia pagar<br />
sem nem sequer pestanejar.<br />
— Ou tentar assistir. — enfim, Russ comentou. — Mal podíamos ver o<br />
horizonte com tantas maltidas árvores. O norte da Califórnia é lindo, mas acho que<br />
viver nessa fazenda fez de mim homem de Montana para sempre.<br />
— Vamos lá, querido, não foi tão ruim sair do campo. Naquele dia chuvoso<br />
foi uma ótima desculpa para nos aconchegarmosperto da lareira. — ela brincou,<br />
Russ riu e a beijou.<br />
Essa era a minha deixa. Havia tanta coisa que não queria ouvir sobre os<br />
aspectos particulares, da sua lua de mel. Mas antes que pudesse educadamente<br />
pedir licença, minha mãe voltou-se para nós.<br />
— O que as crianças fizeram durante toda a semana? Espero que vocês<br />
tenham se mantido entretidos.<br />
Meu estômago caiu em minhas sandálias. Ford e eu nos divertimos, tudo<br />
bem... na banheira de hidromassagem, em seu quarto, na floresta, no estábulo e<br />
praticamente todos os cômodos da casa.<br />
— Nós, Ah, não fizemos muito. — gaguejei. Sentindo meu rosto quente. Eu<br />
estava corando? Eles poderiam ver isso? Diga alguma coisa, merda!<br />
Ford interrompeu sua voz perfeitamente normal. — Claro que fizemos. Eu levei<br />
Emma a cavalo ao longo de algumas das principais trilhas da fazenda. Ela amou os<br />
pôneis e as vacas. Para alguém que nunca tinha montado antes, ela estava muito<br />
bem.<br />
Não ria, eu repetia para mim mesma.<br />
— Bem, é verdade? — Russ disse. — Devemos sair em algum momento<br />
como uma família, agora que a Ford mostrou como dominar as rédeas.
Merda. Não. Ria.<br />
Ford na verdade esboçou um sorriso. — Eu a chicoteei de alguma maneira<br />
com exercícios vigorosos. Também fomos com o quadriciclo para a vista<br />
panorâmica na floresta, fazer um piquenique. — bem, aquele piquenique. Com sua<br />
cesta cheia de guloseimas muito especiais. De repente Ford ergueu as sobrancelha<br />
para mim. — Nós apostamos uma corrida, não foi?<br />
— Sim. — eu disse, me apressando para prosseguir com o jogo. Era quase<br />
irritante, quão sereno e confiante ele estava. Onde aprendeu a ser um bom<br />
mentiroso?<br />
— Não é seu lugar favorito, Ford? — Russ sorriu, aprofundando as rugasnos<br />
cantos dos olhos. — Eu não deveria ter-me preocupado com vocês.<br />
Hein? Preocupado em que sentido? Tentei esforçar para me acalmar,<br />
ninguém estava fazendo acusações. Mas parecia que todas as coisas erradas e sujas<br />
que tínhamos feito estavam pintadas na minha testa.<br />
Ford olhou torto. — Eu te disse que eu não iria deixá-la se virar sozinha, pai.<br />
Não podia dizer se ele estava irritado ou envergonhado.<br />
Celeste escolheu aquele momento para ressurgir, e anunciou— A comida<br />
está na mesa, agora eu vou sair. — como uma onda, ela desapareceu da sala.<br />
Fomos todos para a sala de jantar para conversarmos sobre a viagem, como<br />
também sobre nossos tempo sozinhos na fazenda, enquanto nossos pais comiam.<br />
Debaixo da mesa, a mão de Ford se próximou da minha, como para me<br />
tranquilizar, no entanto afastei. Eu tinha que começar a controlar todas as reações<br />
do meu corpo, que automaticamente respondia quando estava perto de Ford. Nada<br />
mais de toques casuais, olhares persistente, ou beijo na boca, peito arfante e<br />
calcinha molhada isso era provavelmente impossível. Mas eu tinha aquele<br />
esconderijo desde que vim para a fazenda, certo? Tentei ignorar a voz na minha<br />
cabeça que zombou, Sim, durante uma semana inteira. Esconderijo maravilhoso<br />
também.<br />
Finalmente nossos pais terminaram seus sanduíches e Ford pediu licença<br />
dizendo que tinha trabalho a fazer. Fui para meu quarto, aliviada... mas já receosa<br />
para a hora do jantar.
Capítulo 14<br />
l<br />
Ford<br />
Me sentar para jantar com meu pai, minha madrasta e Emma carregava um<br />
toque surreal. Insisti que ela era na verdade minha meia-irmã, mas a dura pressão<br />
imprimida contra meu zíper não parecia entender o mesmo. Talvez porque eunão<br />
me importasse com rótulos neste ponto. Ela era só Emma, e estava se tornando<br />
muito mais a cada dia. Ter ela amarrada em minha cama foi... inebriante. Suas<br />
reações, seu entusiasmo, eratudo o que eu poderia ter pedido. Nossa última<br />
semana juntos, vendo até que ponto estávamos interligados, dentro e fora da cama,<br />
mudou tudo, e eu não sabia exatamente o que fazer sobre isso ainda. Mas isso era<br />
para outro dia.<br />
— Qualquer coisa que preciso saber sobre o que aconteceu, enquanto<br />
estávamos fora? — meu pai perguntou,me puxando dos meus pensamentos para<br />
voltar para a conversa.<br />
— Desculpe, o que?<br />
Meu pai levantou uma garfada de purê de batata na boca e mastigou, dando<br />
tempo para reunir meus pensamentos antes de prosseguir com sua pergunta.<br />
— Relatório. Atualização. Resumo.<br />
— Oh. Nada digno de nota. Está tudo bem com o gado. O ferreiro estava fora.<br />
Os cavalos estão em forma. Estou pensando quetalvez seja preciso contratar mão<br />
de obra, mesmo que Griff não admita, ele está começando a ir cada vez mais<br />
devagar e gostaria de tirar algum peso de suas costas. Sei que ele vai tentar<br />
acompanhar os caras mais jovens, mas seria ideal ele se aposentar.<br />
— Ele vai argumentar sobre ser mandado para pastar. — comentou meu<br />
pai.
— Eu sei, mas não precisamos colocar para ele dessa forma. Eu vou apenas<br />
tirar lentamente suas responsabilidades. Talvez levá-lo a treinar um novo cara<br />
para tomar um pouco do seu tempo, e pode ser um processo gradual.<br />
Meu pai deu de ombros. — Se você acha que pode andar por esse campo<br />
minado sem explodir uma perna,vou deixar para você lidar com ele.<br />
Por alguns minutos, o único som na sala era o tilintar dos talheres de<br />
pratarias chinesas.<br />
Peguei outra fatia de pão da cesta a tempo de ver o meu pai pegar o prato de<br />
purê de batatas, Cynthia o pegou de suas mãos e deslizou a salada. Uma parte de<br />
mim estava contente de ver alguém tomar conta do meu pai novamente, mas eu<br />
não podia evitar, me perguntei quanto tempo isso duraria. Esta não era a primeira<br />
lua de mel de Cynthia. Antes que pudesse pensar mais sobre isso, Cynthia enxugou<br />
os lábios no guardanapo e começou a falar.<br />
— Emma, querida, eu sabia que você iria adorar este lugar. Estou tão feliz<br />
que você tenha dado uma chance para a fazenda. Há tantas coisas para ver e fazer.<br />
Há muito tempo não me sinto tão ativa.<br />
Emma deu uma mordida forteno garfo antes de engolir. Um rubor rosa<br />
tingiu suas bochechas, me fazendo lembrar a cor de sua bunda, antes de tê-la<br />
atingido com a raquete. A vontade de provocá-la era muito forte para ceder.<br />
— Emma estava ativana semana passada. — eu disse, olhando para cima<br />
quando terminei de passar manteiga no meu pão o levando para os meus lábios. —<br />
Tivemos oportunidade de fazer muitas coisas, e nos divertimos bastante. Acredito<br />
que Montana deu a ela uma gama de experiências impactantes. Ela estava em boas<br />
mãos enquanto você estava fora.<br />
Emma não perdeu o duplo sentido; O rosa virou-se lentamente para<br />
vermelho. Provocá-la assim com certeza era muito imaturo, mas ela tinha perdido<br />
a hora do almoço quando falamos sobre 'cordas' e 'equitação'.<br />
Cynthia se endireitou em sua cadeira, sorrindo. — Estou tão feliz que vocês<br />
tenham se dando bem, fiquei preocupada. — ela olhou incisivamente para mim.<br />
— Eu odeio dizer isso, Ford, mas você não é um homem fácil de se aproximar.<br />
Estou feliz por ter sido tão acolhedor com a minha garota.
—Isso é mais uma coisa que eu amo em você, Cyn. —avoz do meu pai<br />
aumentou sobre a mesa de jantar. — Não tenha medo de dizer como ele é. Assim<br />
nos mantêm honestos.<br />
Olhei fixamente para Cynthia. — Não se preocupe.Acho que estamos nos<br />
dando muito bem. — comi minha batalha e olhei para a garota em questão. As<br />
bochechas dela estavam aquecidas em um vermelho brilhante. — Eu acho que é<br />
seguro dizer que Emma e eu... temos um ao outro. Passamos a semana passada<br />
reforçando esse laço de amizade por toda a fazenda.<br />
Emma se engasgou com o bife, tossindo no guardanapo por quase um<br />
minuto antes de empurrar-se para longe da mesa.<br />
— Desculpe-me. Eu... Eu preciso ir, não me sinto bem.<br />
Assistimos em silêncio Emma desaparecer pelo corredor.<br />
— Mas afinal o que aconteceu? — Cynthia disse, levantando e seguindo a<br />
filha.<br />
Meu pai olhou para mim, com a testa enrugada. — Você tem alguma ideia<br />
sobre o que foi isso?<br />
Eu balancei minha cabeça. — Não. Não faço ideia.<br />
Nós dois terminamos nossa refeição, mas a minha parecia rançosa no<br />
meuestômago. Eu tinha empurrado Emma longe demais? Fiz asneira com certeza.<br />
Eu pensei que nós estávamos dividindo uma brincadeira inocente, mas não<br />
tinha percebido o que ela realmente estava sentindo até que foi tarde demais. Ela<br />
teve que fugir de mim. Com raiva ou nojo ou talvez até medo... seja o que for, eu<br />
nãoqueria ver novamente aquele olhar que me foi dirigido. Algo frio infiltrou-se<br />
nas minhas veias. Senti muito medo por talvez ter prejudicado a confiança que<br />
vinha construindo. Limpei meu prato rapidamente e pedi licença. Eu precisava<br />
consertar tudo o que tinha acabado de fazer. Pela primeira vez em muito tempo...<br />
Eu não tinha certeza do meu próximo passo.
Capítulo 15<br />
l<br />
Emma<br />
Sai para o meu quarto e fechei a porta. Meu estômago ainda embrulhando. O<br />
que Ford estava pensando, ao balançar a nossa vida sexual na frente da minha mãe<br />
e Russ assim?<br />
Mas eu já sabia que esta não era a pior parte. Todas as provocações<br />
clarearam tudo, deixando-me ver como nossa relação realmente estava errada. A<br />
verdadeira questão aqui era: o que diabosestavapensado ? O que eu esperava<br />
quando me envolvi com ele?<br />
Alguém bateu na porta. A voz de minha mãe veio em seguida abafada me<br />
chamando. — Está tudo bem? Precisa de mim para trazer-lhe alguma coisa?<br />
Tentei recompor-me. — Sim, mãe. Quero dizer, não... pode entrar.<br />
Ela teria se escondido no corredor até que conseguisse entender o que tinha<br />
acontecido comigo?<br />
Minha mãe abriu a porta, franzindo a testa. — Está passando mal? — ela<br />
esticou a mão para colocar na minha testa. — Você não parece febril, mas você está<br />
corada.<br />
— Meu Deus, mãe. —eu suspirei. Por um momento, me arrependi de tê-la<br />
convidado a entrar. Eu já sentia como se tivesse viajado no tempo, de volta ao<br />
ensino médio,se não tivesse cuidado, ela iria me enfiar em um carrinho de bebê em<br />
breve. —Não se preocupe. Estou bem. É só... — optei por uma mudança de tema.<br />
— Todas essas coisas levam algum tempo para se acostumar. Acho que me<br />
empolguei me divertindo com a Ford. — eu me chutei mentalmente. — Acho que<br />
fiquei muito tempo no sol, ou fiz muito exercício, ou talvez tenha comido algo que<br />
não me fez bem...<br />
Oh Deus, por que eu não conseguia parar de divagar?<br />
Mas minha mãe assentiu com um sorriso de compreensão. — Você nunca<br />
faz nada pela metade. — ela riu. — Mesmo quando você realmente deve fazer.
Assim que você tenta fazer algo, você quer dominar, faça chuva ou sol. É<br />
ótimo que você tenha gostado tanto Montana, mas da próxima vez que sair com<br />
Ford, não se esforce tanto. Ele vem fazendo essas coisas há mais tempo do que<br />
você.<br />
Eu devolvi o sorriso um pouco tímido e triste. — Está bem, mãe. Vou tentar<br />
ir mais devagar.<br />
Ela tirou alguns fios de cabelo do meu rosto. — Foi tão bom revê-la neste<br />
verão. Sei que estou um pouco repetitiva, mas estou realmente feliz que você esteja<br />
se relacionando bem com seu novo meio-irmão. — ela fez uma pausa, olhando para<br />
baixo rapidamente. — Eu sei que é difícil lidar com a sua mãe enviando<br />
constantemente novos parentes em torno de sua vida. Você realmente tem sido<br />
uma fortaleza durante todo este tempo.<br />
Eu interrompi. — Não se culpe por...<br />
— Deixe-me acabar, querida. — ela suspirou, pensativa, ao invés de<br />
impacientemente. — O que estou tentando dizer em é... você está acostumada a<br />
esse tipo de coisa. Mas Ford não esta. Então quando cheguei aqui ele era um pouco<br />
cuidadoso e tímido.<br />
Eu quase quis rir. — Tímido. — era a última palavra que usaria para<br />
descrever Ford. Mas lembrei-me do primeiro dia que nos conhecemos: a suspeita<br />
do temperamento frio e a luxúria em seus olhos, a maneira que agiu como um cão<br />
de guarda de seu pai. Talvez minha mãe não tivessemuito longe do objetivo nesse<br />
ponto.<br />
— Você e Ford tiveramum começo difícil, mas parece que passar um tempo<br />
sozinho com você, fez bem a ele.— seu tom de voz suavizou ainda mais, para a<br />
mesma ternura que sempre mostrou quando falava sobre seu novo marido. —<br />
Russ é uma das melhores coisas que já aconteceu comigo. Sinto-me em casa aqui...<br />
isso significa tanto.<br />
Isso me surpreendeu, jamais tinha visto minha mãe tão feliz e apaixonada.<br />
Finalmente tinha terminado a sua maré de azar. Este casamento veio para<br />
ficar.<br />
Se eu não estragasse tudo com seu enteado.<br />
Meu estômago revirou com uma mistura de tristeza, culpa e raiva. Eu odiava<br />
mentir para mamãe. Sempre fomos próximas, visto que éramos presentes uma na
vida da outra, mas agora estava mentindo. O fato de que ela não sabia que eu<br />
estava a empurrando para longe da verdade, não mudou nada.<br />
— Sim, mãe. Obrigada... — eu a abracei, lutando contra as lágrimas<br />
repentinas, enquanto respirava seu perfume, aquele cheiro de jasmim e rosa de<br />
minhas primeiras memórias. — Eu... Acho que vou para a cama agora. Ainda me<br />
sinto meio mal.<br />
Ela apertou minhas costas e beijou minha bochecha. — Durma bem,<br />
querida.<br />
Concordei, com medo que minha voz partisse se falasse, e logo ela fechou a<br />
porta atrás de si. Então sentei-me na cama apoiando minha cabeça em minhas<br />
mãos. Meus pensamentos correndo em círculos. O que diabos eu vou fazer?<br />
Mas não tive muito tempo parapensar. Ouvi passos se aproximando da<br />
minha porta, mais pesados e mais espaçados do que os da minha mãe. A porta se<br />
abriu para revelar o homem que eu mais ou menos queria ver.<br />
— O que você está fazendo aqui? — as palavras saíram mais duras do que<br />
eu pretendia. — Vamos ser apanhados.<br />
— Pelo amor de Deus, relaxe. —Ford se aproximou e descansou a mão no<br />
meu ombro. Por alguma razão, não me afastei. — É normal um cara se preocupar<br />
com sua irmã. Nossos pais acham que estou aqui para saber se você está bem.<br />
— Mas eu.<br />
— Eles não sabem. Confie em mim. — ele disse. — Mesmo que soubessem,<br />
nós somos adultos. Não é da conta deles. Não temos nenhuma razão para nos<br />
preocuparmos.<br />
Eu queria muito acreditar nele. Só de ouvir sua voz calma, confiante, me<br />
deixou com vontade de cair em seus braços fortes e acolhedores. Ele não deixaria<br />
que nada de ruim acontecesse comigo. Apesar de tudo, comecei a relaxar.<br />
— É assim mesmo. — ele disse com um sorriso leve.<br />
Prendendo o meu olhar, Fordsegurou meu queixo. Meu corpo respondeu<br />
automaticamente e meu rosto virou-se para ele.<br />
Ele inclinou-se para um beijo lento e persistente, que fez meu corpo doer.<br />
Então, com os lábios ainda escovando os meus, ele murmurou. — Eu quero foder<br />
você novamente.
Um ruído suave de surpresa e desejo me escapou. Esse calor familiar, que<br />
sentia sempre quando estava perto de Ford estava subindo rapidamente sob a<br />
minha pele.<br />
— Não suporto não estar dentro de você. Quero te fazer gozar e sentir seu<br />
corpo contorcendo-se contra o meu.<br />
Ele me beijou outra vez, mais selvagem e com mais fome do que antes, e<br />
desta vez correspondi. De alguma forma a sua outra mão já estava na minha coxa;<br />
em seguida subiu, e arqueei em direção a ela. Me rendendo lentamente e<br />
derretendo sob seu toque...<br />
Mas a memória do sorriso da minha mãe ressurgiu. Ela e Russ<br />
provavelmente estavam comendo a sobremesa agora, ou assistindo TV abraçados<br />
no sofá, ou fazendo alguma outra coisa de casal, confortáveis e tranquilos na<br />
felicidade conjugal... enquanto seus filhos estavam envolvidos pela luxúria bem<br />
acima de suas cabeças. A náusea e a culpa oprimiram qualquer outra coisa que eu<br />
estava sentindo. Foi só por um momento, mas foi suficiente para me afastar de<br />
Ford.<br />
Ele piscou, uma linha apareceu entre suas sobrancelhas.<br />
— Qual é o problema?<br />
Não era óbvio? Ele estava apenas brincando comigo novamente? As únicas<br />
palavras que consegui encontrar foram: — Eu não posso. Me desculpe.<br />
— Ei, pare. — ele olhou para baixo por um minuto. —Eu agi como um idiota<br />
esta noite, não te culpo, se você estiver brava.<br />
— Não, estou... bem, mais ou menos. — balancei minha cabeça. Foi legal da<br />
parte dele confessar, mas eu não conseguia seguir outro caminho. — No entanto,<br />
não foi isso que eu quis dizer. Eu estava falando sobre tudo isso. Nós. É muito<br />
estranho.<br />
Ford tocou a minha mão novamente e dei um passo me afastando da cama.<br />
Ele bufou. —Se deixar por um segundo, eu estou tentando me desculpar.<br />
— Obrigada, eu agradeço; Eu realmente agradeço. — tentei não parecer<br />
frustrada e cai em algum lugar na região do sarcasmo. — Mas se você estava<br />
ouvindo, sabe por qual motivo fiquei chateada. — esse sentimento de união "jantar<br />
feliz em família," foi tão horrivel enfrentar a acusação sexual entre mim e Ford. Até<br />
a memória fez a minha pele arrepiar.
— Você não achou estranho ontem à noite. Ou na noite anterior. Ou<br />
qualquer umadas dúzia de vezes que te comi na semana passada. — Ford<br />
respondeu um pouco mais alto.<br />
Ele não estava se gabando por sua conquista, não havia nenhum sorriso em<br />
seu rosto ou na voz. Ele parecia genuinamente, confuso e irritado.<br />
Minha raiva inflamou-se em resposta. Por que ele não percebeu? Depois de<br />
tudo o que tinha acabado de dizer, como poderia ele ainda não perceber? Como ele<br />
não podia se sentir tão assustado quanto eu estava? Antes que pudesse-me conter,<br />
explodi.<br />
— Mas essa semana, Ford! Nossos pais estão de volta. Somos uma família<br />
agora. — dei uma risada sem humor. — Deus. Fizemos asneira.Deixei-me esquecer<br />
que você é meu meio-irmão por alguns dias, mas eu não aguento mais. Mesmo que<br />
eu quisesse, não posso.<br />
— E você quer ? — seu olhar queimou dentro de mim.<br />
—N...não com nossos pais em casa! — eu menti rapidamente. Tal como<br />
ontem, e todos os dias desde que o vi, meu corpo queimava por ele. No meu<br />
coração, sabia que a semana passada foi mais do que um deslize de bom senso. Se<br />
podia ser brutalmente honesta comigo mesma, o que sentia por Ford era mais<br />
profundo do que o meu corpo. Nenhum homem nunca tinha-me dado ordens como<br />
ele fez, ou me deu tanto prazer.<br />
— Então eu fui apenas um grande erro para você? — ele exigiu.<br />
Estreitando-me com o olhar e apertando os músculos da sua mandíbula. Ele estava<br />
completamente chateado agora, de repente percebi que não parecia apenas<br />
chateado, era como se tivesse sentido algum tipo de dor.<br />
Mas isso não fazia diferença. Mesmo que fizesse mal a nós dois, não podia<br />
recuar.<br />
Eu engoli o caroço na minha garganta. — Essa não é a questão. Nunca daria<br />
certo entre nós a longo prazo. Nossos pais são casados, agora e precisamos<br />
começar a agir como uma família. Você é meu meio-irmão. Eu sou sua meia-irmã.<br />
— virei para esconder as lágrimas estúpidas, ilógicas que encheram meus olhos.<br />
— Desculpe, Ford. Foi bom enquanto durou, mas... por favor, vá.
Capítulo 16<br />
l<br />
Ford<br />
— Ir? Você só quer que eu vá? É isso. É dessa maneira que você vai acabar<br />
com isso. Eu me excedi um pouco no jantar, e você quer fugir?<br />
Enfiei a mão pelo meu cabelo e me virei para encarar a porta. Eu tive que<br />
desviar o olhar, precisava me recompor, antes de dizer algo que não podia voltar<br />
atrás. Normalmente, não era difícil manter-me fechado, mas algo em relação a<br />
Emma tinha rasgado o meu autocontrole desde o início.<br />
Virei-me para encará-la, e uma parte de mim esperava que ela estivesse<br />
sorrindo e rindo. Suas palavras fossem uma piada, eque agora ela esperasse que eu<br />
a puxasse para a cama e a colocasse sobre o meu joelho para fazer jorrar fora suas<br />
besteiras. Mas seu rosto estava definido em uma máscara fria e severa. Nem sequer<br />
havia um vislumbre de diversão da Emma atrevida, que eu tinha conhecido. Era<br />
como olhar para uma estranha. E odiei isso. As palavras saíram antes que eu<br />
pudesse segura-las.<br />
— Então é assim que vai ser. — uma risada cruel escapou de meus lábios<br />
enquanto Emma acenava bruscamente com a cabeça. — Acho que é o melhor de<br />
qualquer forma. Nenhum de nós realmente acredita que este casamento vai durar.<br />
Você vai estar aqui no verão, mas depois quanto tempo mais você acha que sua<br />
mãe realmente estará aqui? Nem sequer colocaria a proababilidade de sermosuma<br />
família até o feriado de Ação de Graças. Então acho que não terá que se preocupar<br />
com isso ser estranho.<br />
O rosto de Emma mudou quando puxou uma respiração, curvando-se como<br />
se eu tivesse lhe dado um soco no estômago, entãorapidamente se endireitou<br />
recuperando seu temperamento explosivo.<br />
— Então você está basicamente dizendo que minha mãe não é melhor que<br />
Celeste, que esta atrás de um cara rico, para levá-la para um passeio e obter o que
puder dele? Bem adivinhe, Ford? Foi bom eu ter decidido acabar com isso agora,<br />
porque esta claro que você não sabe nada sobre mim ou minha mãe. Agora saía do<br />
meu quarto.<br />
Que se foda. Virei-me e alcancei a maçaneta da porta, rasgando-a aberta, eu<br />
queria bater ao fechar, mas sabia que não podia arriscar atraindo a atenção. Eu<br />
precisava sair desta casa então caminhei para o celeiro.<br />
a<br />
Longas horas na sela davam a um homem bastante tempo para pensar, e<br />
fuilonge o suficiente para cobrir uma grande área, literal e figurativamente. Evitar<br />
os lugares onde eu tinha estado comEmma não a manteve fora dos meus<br />
pensamentos. Na verdade, eu pensava nela ainda mais. E minha conclusão? Acho<br />
que posso ter estragado tudo. Imensamente. Fiquei olhado fixamente para ela<br />
enquanto dizia as coisas sobre sua mãe, em seguida ela se curvou como se tivesse<br />
com dor.<br />
Merda.<br />
Puxei Richter, meu cavalo e dei um tapinha em seu pescoço.<br />
— Bom garoto.<br />
Parei em frente a meu acampamento favorito. Encontrei esse lugar por<br />
acaso na primavera passada. Tinha uma saliência rochosa, com uma bela vista eum<br />
poço de água quente. Eu realmente considerei trazer Emma aqui para passar a<br />
noite, mas tínhamos ficado tão envolvidos, e não queria deixa-la fora da minha<br />
cama.<br />
Emma.<br />
Malditos pensamentos.<br />
Desmontei, peguei meu equipamento eme preparando para fazer uma<br />
fogueira. Trouxe bastante uísque para esquecer durante a noite, pelo menos<br />
esperava por isso. Mas quando olhava para as chamas, só podia ver seu rosto, seus
sorrisos, a maneira que seus olhos turvavam com prazer, como seu nariz enrugava<br />
quando ria.<br />
Estou ferrado.<br />
a<br />
Eu fiquei longe de casa por dois dias, esperando que a distância pudesse<br />
meajudar a obter um controle das minhas emoções, mas isso não fez nada exceto<br />
tornar a situação pior. Ainda sentia sua falta. Eu não era orgulhoso demais para<br />
admitir isso. O velho Ford, teria percorrido sua agenda telefônica e ligado para uma<br />
mulher disposta a virrapidamente, para obter o tipo de prazer que eu tinha a<br />
oferecer. Mas não consegui reunir qualquer apetite para isso, ou para qualquer<br />
coisa. Até mesmo o meu troféu, carne com ervas que eu tinha caçado tinha gosto de<br />
merda. E essa descoberta me fez ver de fato, eu tinha um grande problema. Bem,<br />
isso e o fato de querer puxar a arma do meu coldre e disparar contra Mac e TJ,<br />
quando eles estavam babando em cima de Emma vestida com um short, que teria<br />
envergonhadoaté Daisy Duke. Eu não preciso salientar que meu pau aprovava de<br />
todo o coração.<br />
— O que ela fez agora? — murmurei, desmontando e enganchando as<br />
rédeas de Richter num poste perto do celeiro. — Vocês não têm trabalho a fazer?—<br />
gritei para os empregados da fazenda. Mac e TJ se afastaram da cerca.<br />
— Desculpe, chefe. —Mac disse. — Só estávamos observando para ver se a<br />
Srta. Emma precisava de ajuda com sua jardinagem.<br />
Emma estava de joelhos, outra posição que meu pau gostava me lembrei,<br />
arrancando as ervas daninhas dos canteiros de flores ao longo da frente da casa.<br />
Ela estendeu as mãos para a parte de trás para limpa-las em seu short,<br />
balançando seu traseiro, aquele maldito short não deixava nada para a imaginação.<br />
Eu queria ir até lá, colocá-la sobre meus joelhos e deixar sua bunda vermelha para<br />
mostrar a qualquer um que ela me pertencia. Exceto que ela não me pertencia. Ela<br />
tinha deixado isso perfeitamente claro.
— Observando para ver se ela precisava de ajuda há cem metros de<br />
distância? Certo, voltem para a merda do trabalho. — rosnei.<br />
Mac se virou e foi para o celeiro, mas TJ ficou ao meu lado. — Peço<br />
desculpas se você acha que estávamos aqui falando merda sobre sua meia-irmã.<br />
Não é bem assim. Ela é uma mulher e tanto. Você sabe que eu estou esperando para<br />
me casar, e ela é exatamente o que estou procurando. Acho que ela e eu<br />
poderíamos ter algo real.<br />
Cada instinto possessivo em mim inflamou-se, e eu não queria nada mais do<br />
que agarrá-lo pelo pescoço, e dizer-lhe que não havia nenhuma chance de merda<br />
para ele, porque ela já era minha.Mas não consegui.<br />
TJ Continuou. — Hoje cedo, ela queria ir para um passeio e tentou por os<br />
arreios em Delilah por conta própria. Estava muito bonita. Ela não sabia muito<br />
sofre o freio. Tudo estava ao contrário, mas Delilah, é uma coisa doce, apenas se<br />
levantou e deixou Emma agitada sobre ela. E a maldita parte mais bonita? Emma<br />
ficava perguntando para a égua, 'agora onde é que isto vai?' como se Delilah<br />
realmente pudesse responder. — TJ abanou a cabeça. — Claro, sendo o cowboy<br />
cavalheiro que sou, entrei para oferecer minha ajuda.<br />
Eu cerrei os dentes para impedir de dizer a ele para ficar com o resto da<br />
história para si. Eu não queria ouvi-lo, mas novamente porque era sobre<br />
Emma...uma parte de mim me obrigou a ouvir. Virei-me e caminhei para o celeiro,<br />
esperando que os dois não me seguissem. Mas claro, TJ veio atrás, e continuou<br />
falando.<br />
— Eu mostrei a ela as cordas e começamos a conversar, e ela me disse tudo<br />
sobre o trabalho, que tinha ajudado crianças carentes. Ela tem tanta paixão pelo<br />
que faz. O brilho praticamente sai dela. Acabei por levá-la para um passeio na trilha<br />
para não ficar perdida, e homem, eu poderia falar com ela pelo resto da minha vida.<br />
Emma é o tipo de garota que você encontra, e compra um anel para colocar no<br />
dedo tão rápido quanto você puder para nunca deixá-la ir.<br />
Pisando no interior do celeiro frio, automaticamente cerrei meu punho, o<br />
desejo de lança-lo através da parede, zumbia através de mim. Se TJ dissesse mais<br />
uma palavra, eu iria perder o controle, e tudo que Emma estava querendo tão<br />
desesperadamente esconder fingindo que nunca tinha acontecido seria<br />
escancarado.
Porra.<br />
Minha salvação veio de uma fonte improvável. — TJ,Mac vai treinar alguns<br />
bezerros de corte, é a sua vez de orientá-lo. Estou velho demais para<br />
ensinaralguém sobre essa merda. — disse Griff, se arrastando para o celeiro. O<br />
velho fez o seu caminho para os fardos de palha para descansar, encostando seu<br />
corpo magro em uma viga. Puxando do bolso uma pequena lata de comida<br />
industrializada, ele passou o abridor ao redor. Uma vez que estava satisfeito,<br />
retirou a tampa, manuseou e começou a comer. Quando que terminou o ritual<br />
familiar, TJ tinha desaparecido do celeiro, e Griff passou a olhar para mim.<br />
— Você está pronto para parar de pensar em si mesmo, rapaz?<br />
O velho não dizia muita coisa, mas quando falava não desperdiçava<br />
palavras. Sempre ia direto ao ponto.<br />
Eu tentei desviar. — Você nunca irá se aposentar, velho?<br />
— Não estamos falando sobre mim. Tem algo acontecendo entre você e<br />
aquela garota, e se você não se recompor rápido vai perdê-la.<br />
Fiquei atordoado em silêncio por um momento, e meu estômago revirou. O que ele<br />
sabe? Aparentemente não tínhamos tomado tanto cuidado na semana passada.<br />
Merda.<br />
— Não tenho ideia sobre o que você está falando. — as palavras tinham<br />
gosto de cinzas na minha língua. Mesmo tentando negar me senti muito mal.<br />
— Você pode mentir para mim e para todos se quiser, mas mentir para si é<br />
uma perda de tempo.<br />
Enfiei meus dedos pelo meu cabelo, dei meia dúzia de passos para perto dos<br />
fardos e me sentei na frente de Griff.<br />
— Ela que acabou com tudo.<br />
Griff tirou uma garrafa do bolso, e levantou-a para a boca por um segundo<br />
antes de responder. — E isso é tudo? Você andou por aí como um urso depois de<br />
ser picado por uma tonelada de abelhas, por ter comido o mel. Você está bem por<br />
ela ter terminado?<br />
— Eu não disse que estava tudo bem com isso.<br />
— Então o que diabos você vai para fazer sobre isso?<br />
— Eu não sei. Eu não... aceitei isso muito bem. Disse coisas que não devia.
Griff bufou uma risada. — Então peça desculpa. Mande flores. Seja<br />
romântico. Um velho não deveria ter que explicar como essa merda funciona, para<br />
um cara esperto como você.<br />
— Eu sei. Só que ainda não descobri como. Preciso consertar isso. Preciso<br />
agir como um homem e fazê-la entender que não vou deixar que ela vá embora,<br />
mesmo que isso fosse facilitar nossas vidas.<br />
Griff assentiu com a cabeça. — É a melhor coisa a se fazer. Porque você não<br />
seria o garoto punk, que veio para cá recém-formado da faculdade,pensando que<br />
sabia comandar essa fazenda melhor do que qualquer outro maldito vaqueiro, se<br />
não fosse um homem de atitude. — seus olhos azuis encontraram os meus. — E só<br />
para que saiba, Ford, você fez um ótimo trabalho. Tenho orgulho de você, rapaz.<br />
Agora saia daqui e vá pegar a garota.<br />
Meu peito se apertou com orgulho, ao receber finalmente a aprovação de<br />
Griff, algo tinha mudado desde o dia em que eu tinha voltado a morar na fazenda,<br />
como ele disse, eu era um garoto punk recém-saído da faculdade.<br />
— Obrigado. Você não sabe o quanto isso significa para mim.<br />
—Eu precisava dizer. Agora saía daqui paspalho.<br />
Caminhei para a porta do celeiro, minha confiança que sempre foi minha<br />
marca registrada, caminhava a minha frente. Griff estava certo; Precisava parar de<br />
pensar em mim e ficar com a garota. Porque porra, ela era minha. E não ia deixar<br />
que fosse embora.<br />
Só que assim que passei do limite da porta do celeiro, todo o inferno parecia<br />
ter se soltado. TJ estava correndo em direção a casa gritando.<br />
— Você precisa levar Mac ao hospital!A o osso da perna esta para fora!<br />
Merda.
Capítulo 17<br />
l<br />
Emma<br />
Dois dias depois e Ford ainda estava evitando a casa tanto quanto possível,<br />
e eu estava muito bem com isso. A raiva que senti sobre as coisas que ele disse de<br />
minha mãe mal tinha esfriado. Se ele queria ficar de mal-humor como um garoto<br />
que tinha se descontrolado, eu apenas tinha encontrado uma razão para me<br />
encaixar na vida da fazenda.<br />
Decidi selar Delilah, uma das éguas mais lentas e menos entusiasmada, para<br />
levá-la a fazer alguns exercícios suaves. Mas aparentemente eu não tinha<br />
entendido muito sobre equitação, como eu e Ford pensávamos. Toda vez que<br />
pensei que tinha descoberto um pedaço, encostando-o para conectar com outro,<br />
percebia que não tinha ideia de como anexar a terceira peça. Felizmente, TJestava<br />
passando e me deu uma mão. Ele até escapou por algumas horas para me mostrar<br />
uma das trilhas de equitação da fazenda.<br />
Nós caminhamos sobre as colinas verdes, nossas éguas parando aqui e ali<br />
para comer. Meu humor melhorou enquanto conversávamos, TJ parecia<br />
genuinamente interessado em minhas aulas em Stanford e o trabalho que estava<br />
me esperando no fim do verão. Mas a atmosfera descontraída não durou. Eu<br />
acabava me distraindo, querendo saber o que Ford estava fazendo, ou pensando<br />
em seus beijos apaixonados, então a lembrança de suas palavras faziam tudo ferver<br />
novamente.<br />
Quem me dera se eu pudesse me interessar em TJ. Um cavalheiro bonito,<br />
atencioso, que não era meu maldito meio-irmão. Porque tinha de ficar obcecada<br />
pelo cara mais inapropriado de todo o Condado? Por que não posso escolher<br />
porquem devo estar atraída?<br />
Quando voltamos, procurei um trabalho que pudesse fazer, e fui capinar os<br />
canteiros de flores na frente da casa. Mas mesmo me ocupando não conseguia tirar<br />
da minha cabeça as besteiras de Ford. Especialmente porque podia senti-lo me<br />
observando do estábulo.
Espero que consiga uma boa olhada, amigo, porque isso é tudo o quevocê<br />
vai ter de agora em diante.<br />
Dei várias punhaladas com a espátula no mato como se estivesse tentando<br />
matar a própria terra. Onde diabos Ford queria chegar, afinal? Como podia até<br />
mesmo pensar essas coisas, quanto mais dizer? Ele não sabia qualquer coisa sobre<br />
a minha família. Não tinha ideia do que passamos com a morte do meu pai, e como<br />
isso tinha quase destruído minha mãe, de várias maneiras.<br />
O relacionamento deles foi como algo saído deLeave It To Beaver 4 :Eram<br />
namorados no ensino médio, casaram jovens, meu pai trabalhava e minha mãe era<br />
dona de casa. Um dia, cheguei em casa do colégio e a encontrei chorando no sofá,<br />
com o telefone ainda na mão. Meu pai tinha apenas... caído morto, em cima da sua<br />
mesa no trabalho, foi o que nos disseram. Foi uma espécie de aneurisma cerebral.<br />
Em um único telefonema, tínhamos perdido o único homem que mamãe<br />
havia amado e nossa única fonte de renda.<br />
A vida da minha mãe girava em torno de nós. Ela nunca teve um emprego,<br />
nem foi para faculdade. Mas o pouco dinheiro que meus pais tinham guardado não<br />
foi o suficiente, então mamãe poupou mais que podia e procurou um trabalho. Sem<br />
qualquer experiência ou habilidade, porém, não teve muito sucesso, e quando ela<br />
conseguiu um emprego, foi demitida porque estava muito destruída<br />
emocionalmente para se concentrar.<br />
Seu emprego mais longo foi como recepcionista em uma empresa de direito<br />
privado. O sócio majoritário era viúvo, então simpatizou-se com ela, como entendia<br />
a situação pela qual estava passando não ficou muito irritado com seus pequenos<br />
erros. Ele era um homem gentil, um pouco velho e solitário, e quando ele propôs<br />
casamento... Minha mãe foi realista sobre suas opções. Ela não sabia mais como me<br />
sustentar, então aceitou. Sem surpresa, o casamento durou apenas alguns anos, já<br />
que eles estavam casados pelas razões erradas. Mamãe casou-se novamente depois<br />
disso, não porque ela precisava do dinheiro, pois o primeiro divórcio tinha deixado<br />
o suficiente para uma vida modesta, mas porque não suportava ficar sozinha. Mas<br />
morar na casa de um homem, não é o mesmo que estar apaixonada por ele. Ela<br />
4 Leave It To Beaver, é uma das primeiras séries de comédia escrita do ponto de vista de uma<br />
criança.Com vários dramas de televisão, teve início em 1950.
nunca conseguiu superar o que teve com meu pai.Não até que finalmente conheceu<br />
Russ. E eu estive tão perto de estragar seu relacionamento.<br />
Lentamente tirei tudo do canteiro, exceto o que pertencia ali: Iúcas<br />
vermelhas, Flor-de-duas-esporas azuis, Colombina amarelo manteiga, Flor-de-cera<br />
rosa pálido e Arbustosvioleta florescendo de Hissopo e Lavanda Inglesa. Ao meu<br />
lado um amontoado de ervas daninhas retiradas, suas folhas moles e pesadas<br />
comraízes sujas e secas. Minhas pernas doíam pelo longo tempo que passei de<br />
joelhos, minhas mãos pareciam estar na carne viva e meus ombros queimavam.<br />
Meu humor estava ainda pior do que quando tinha começado; pensar sobre a<br />
história da minha família foi exatamente a coisa mais errada a se fazer.<br />
Eu queria poder limpar minha mente tão facilmente quanto este jardim.<br />
Talvez a pausa para o almoço ajudasse. A julgar pelo sol, tinha trabalhado<br />
durante horas. Um pouco de comida elevaria a taxa de açúcar no meu sangue, e me<br />
distrairia enquanto decidia de que maneira gastaria o resto do meu dia. Sem ideias<br />
melhores, entrei na casa e fui para a cozinha.<br />
O ar-condicionado da casa fez meus braços arrepiarem. Não tinha notado<br />
que estava apenas superaquecida até meu suor começar a esfriar. Ao entrar na<br />
cozinha abri a geladeira, deixando o frio me atingir enquanto procurava o que<br />
comer. Um pão integral, presunto fatiado, salada de melancia, as sobras do jantar<br />
da noite passada... nada chamou minha atenção. Eu não estava com muito apetite<br />
nos últimos dois dias. Mas sabia que meu estômago ficaria mais sensível se o<br />
deixasse vazio.<br />
— Você quer comer alguma coisa?<br />
Eu quase bati a cabeça no teto da geladeira, recuei fechando a portae olhei<br />
para Celeste, inclinando-se com uma mão na ilha da cozinha. Por que ela tem<br />
sempre que aparecer assim do nada? Eu suspirei em frustração.<br />
— Você me assustou.<br />
— Desculpe. — disse, não parecendo realmente arrependida. Ela puxou um<br />
banco e sentou-se. — Você sabe, é bom que eu a tenha encontrado aqui. Quero<br />
falar com você.<br />
Eu vasculhei no armário para encontrar, manteiga de amendoim e geleia. Se<br />
ela queria ser enigmática comigo, então podia fazer isso enquanto eu comia.<br />
— Sobre o quê?
— Você e Ford.<br />
Minhas entranhas congelaram. Forcei-me a fazer meu sanduíche, abrir a<br />
gaveta de talheres peguei um prato, dando um passo após o outro, como se Celeste<br />
não tivesse preste a derrubar uma bomba potencial para arruinar a minha vida.<br />
— Isso não responde minha pergunta. Poderia ser mais específica? —<br />
perguntei, mantendo minha voz mais calma possível.<br />
— Ora, Emma. Você sabe exatamente do que estou falando. — seu lábio<br />
enrolou como se tivesse com nojo de um rato morto que teve que limpar. — Como<br />
esses olhares pegajosos que você dá a ele, estou surpresa que seus pais ainda não<br />
tenham notado. Como você pôde fazer isso com eles? Como você é capaz de fazer<br />
isso com seu próprio irmão... só de pensar me fazter vontade de vomitar.<br />
Está bem. Eu estava um pouco em pânico. Mas até agora, ela não tinha dito<br />
nada que eu já não tivesse me culpado mais de uma centena de vezes. Quando a<br />
censura veio de seus lábios, sobre meus pensamentos mais profundos e mais<br />
vergonhosos, isso simplesmente me irritou. Eu estava preocupada o tempo todo<br />
para o caso de Russ ou minha mãe descobrir, mas nunca me ocorreu que Celeste<br />
seria a bisbilhoteira. Não gosto de ser surpreendida, especialmente por alguém<br />
como ela.<br />
De repente, fiquei sem insultos para oferecer uma resposta. Eu tinha usado<br />
todos ao ficar com raiva de Ford. Se eu mentisse sobre ter transado com ele, ela ia<br />
continuar acreditando, em tudo que queria acreditar e continuaria me<br />
perseguindo. Minha paciência estava em farrapos, e eu não tinha energia suficiente<br />
para ser discreta, especialmente com a mulher que foi uma cadela comigo desde<br />
que cheguei aqui. Abaixe o frasco de geleia e encontrei seu olhar frio.<br />
— Uma pergunta rápida, Celeste: o que te faz pensar que minha vida é da<br />
sua conta?<br />
O rosto dela ficou duro por uminstante. — Céus. Nem sequer nega isso?<br />
— Sinceramente estou curiosa, Celeste. Por que tem que enfiar o nariz em<br />
tudo? Há um nome científico para tudo o que se passa com você? — desfrutei de<br />
seu olhar de indignação e voltei a espalhar a manteiga de amendoim no pão. Eu<br />
sabia que estava sendo imatura, mas não cheguei a me sentir menos satisfeita. —<br />
Fique fora disso.
— Eu não vou deixar uma... uma puta arrogante de faculdade roubá-lo de<br />
mim! Você sabia que Ford era meu, mas só entrou aqui e...<br />
— Não, eu sabia que você o queria. — ela moveu-se com toda a sutileza de<br />
um cão urinando em sua árvore favorita. — E não me importo. Porque quem ele<br />
fode é uma decisão dele, não minha. — pensei em mencionar que Ford sabia<br />
exatamente o que ela estava planejando, e nunca ia cair nessa, então decidi guardar<br />
isso. Eu não seria a única a tornar esta conversa ainda mais complicada do que já<br />
estava. — Você não pode reclamar seus direitos sobre outro ser humano.<br />
— Talvez não. Mas posso tornar as coisas mais difícies para ele não ter<br />
tempo de se distrair com você. — seu tom de repente se iluminou, meloso fazendome<br />
virar novamente. Ela usava o sorriso falso que eu tinha visto nela muitas vezes.<br />
— Como isso soa? Não conto a seus pais sobre o pequeno jogo doente que<br />
você tem jogado com Ford. Em troca, você não o toca para o resto do verão, e não<br />
entrará em contato com ele depois que você for embora.<br />
Segurei um riso sem emoção. Eu praticamente já tinha destruído nossa<br />
relação,então não tinha nenhuma chantagem real. Mas o que devo dizer agora?<br />
Mesmo que as coisas tivessem acabado entre nós, eu ainda queria proteger<br />
do conhecimento de minha mãe o que tínhamos feito. Aceito o acordo, Celeste será<br />
fiel à sua palavra?<br />
A porta da frente foi aberta, seguida por passos barulhentos e rápidos. Vireime<br />
quanto TJ entrou correndo e veio até cozinha.<br />
— Desculpe interromper, senhoritas. — ele disse. — Mas Ford está a<br />
caminho de St. Peter's.<br />
Meu coração pulou em minha garganta. Um hospital? Ele se machucou? Vai<br />
se "foder" foi a última coisa que eu tinha dito a ele? Merda. O que eu tinha feito?<br />
Celeste parecia quase tão chocada quanto eu. — O que aconteceu? —ela<br />
perguntou.<br />
— Mac quebrou sua perna. — respondeu TJ. — De onde eu estava,parecia<br />
muito mal. Ford o colocou na caminhonete e dirigiu para o hospital.<br />
O medo foi drenado para fora de mim, deixando-me um pouco aliviada. Foi<br />
quase imediatamente seguido pela culpa, Mac era um ser humano sentindo dor, eu<br />
não podia me sentir aliviada.
Mas o pensamento de Ford se machucar me assustou muito. E foi então que<br />
percebi o quão ferrada estava. Gostando ou não... Eu ainda tinha sentimentos por<br />
ele. Sentimentos sérios.<br />
— Vamos atrás deles? — perguntei.<br />
TJ negou com a cabeça. — Não faria qualquer diferença. Isso vai demorar o<br />
tempo que for preciso, não importaquantos de nós estaremos lá. — ele suspirou e<br />
tirou o chapéu e franziu suas sobrancelhas.<br />
— Oh. Bem... Obrigada por ter avisado. — eu disse. Minhas palavrasfizeram<br />
me senti medíocre, mas TJ deu-me um sorriso reconfortante.<br />
— Claro, senhorita Emma. — ele inclinou a cabeça para Celeste, que ainda<br />
estava atrás de mim. — Eu nunca deixaria nenhuma de vocês esperando por<br />
notícias. Ele não vai voltar até depois do jantar, ou talvez até mais tarde,<br />
dependendo de como vai estar o pronto-socorro.<br />
Enquanto TJ foi para contar a má notícia a Russ, Celeste me atirou um olhar<br />
sombrio, então segui TJ. Com certeza, meus dias estavam contados. Mas ela não era<br />
estúpida. Se me entregasse agora que Mac estava com a perna quebrada, iria<br />
roubar seu momento. De qualquer forma, eu não tinha tempo para ficar realmente<br />
nervosa com suas ameaças. Celeste iria esperar até que tudo isto passasse, e eu<br />
tinha receio sobre as minhas opções: prometer a ela o que queria, ou me atrever a<br />
desafia-la a fazer o seu pior.Há cinco minutos atrás, pensei que sabia que tinha<br />
tomado a atitude mais inteligente. Mas agora... Não tinha tanta certeza se poderia<br />
arranjar a coragem necessária para fazer um acordo com ela.
Capítulo 18<br />
l<br />
Ford<br />
A casa estava escura quando finalmente consegui entrar na garagem. Ficou<br />
resolvido que Mac ficaria hospedado no quarto de Griff, e o velho parecia uma<br />
galinha cuidando exageradamente de seu pintinho, se é que eu já tinha visto algo<br />
assim. Talvez apenas encontrei uma maneira de conseguir que Griff se aposentasse<br />
um pouco mais rápido, colocando-o no comando de recuperação de Mac.<br />
Fechei a porta e caminhei para a cozinha. Era mais de meia-noite já, e a casa<br />
estava em silêncio. Olhando para as manchas de terra e grama em minha calça,<br />
sabia que precisava de caminhar direto para o meu quarto, tomar um banho, em<br />
seguida dormir, mas meus pés me levaram até a porta do quarto de Emma. Apesar<br />
da condição de Mac, eu tinha pensado nela sem parar desde que a vi cuidando do<br />
jardim. O que eu tinha que dizer não podia esperar, mesmo que tivesse que acordála<br />
para isso. Fiquei sentado na sala de espera do hospital por horas pensando,<br />
lembrei-me de uma coisa que meu pai tinha me dito há anos. Há algumas coisas<br />
que você não espera para dizer a alguém, ‘eu te amo e sinto muito,’ eram duas<br />
dessas coisas. Porque se você esperar muito tempo, não haverá nenhuma garantia<br />
de que você vá conseguir ter outra chance. Emma poderia fazer as malas e sair<br />
daqui amanhã, e talvez eu nunca mais fosse vê-la novamente. Se isso acontecesse,<br />
eu ficaria com nada além de memórias e arrependimento. Não era um risco que<br />
queria correr.<br />
Bati na porta suavemente e esperei alguns minutos, odiei sentir a<br />
necessidade de bater e não poder entrar, levantei a mão para bater novamente e<br />
antes que meus dedos pudessem se conectar com a madeira a porta abriu. Emma<br />
estava ali, vestindo o mesmo maldito short Daisy Duke e camisa que estava usando<br />
mais cedo.<br />
— Não consegue dormir? — perguntei.<br />
Ela deu de ombros. — Como Mac está? Como está a perna dele?
— Quebrada, apesar da confusão do caralho. Felizmente, eles foram capazes<br />
devoltar no lugar e engessar, então não precisou de cirurgia, caso contrário eu<br />
teria que passar a noite com ele no hospital.<br />
Soltando um longo suspiro, Ela inclinou-se contra o batente da porta.<br />
— Graças a Deus. Estava tão preocupada. Mac pode ser muito arroganteas<br />
vezes, mas é tão cativante que é impossível não gostar dele. — o ciúme inflamou<br />
dentro de mim, e isso era ridículo. Ela estava falando sobreMac, que tinha acabado<br />
de quebrar a perna. Eu ainda estava colocando minha reação sob controle quando<br />
ela acrescentou calmamente. — Não consegui dormir pensando nisso. Estava<br />
muito preocupada pensando várias coisas horríveis, que poderia ter acontecido. É<br />
uma loucura como algo tão simples como uma perna quebrada, faz-me lembrar<br />
sobre quão rápido perdi meu pai. Lembro-me de vê-lo em uma manhã de quartafeira,<br />
dei nele um abraço não percebendo que seria a última vez que o veria. —seus<br />
olhos se encheram com lágrimas por um segundo, mas ela piscou se livrando delas<br />
rapidamente. — Eu nunca sei quais ações que vão trazer essa lembrança.Isso me<br />
faz voltar atrás e perceber o que é importante. — ela tomou uma respiração<br />
profunda, e eu podia ver como realmente estava perturbada. Era apenas mais uma<br />
coisa que gostava nela. — De qualquer forma, isso é que tudo o que você queria me<br />
contar? — ela afastou-se da porta e cruzou os braços.<br />
Dei um passo a frente, invadindo o seu espaço. Ela deixou cair os braços,<br />
dando um passo para trás, mas continuei em frente até que estávamos dentro do<br />
quarto e fechei a porta atrás de nós.<br />
— Te devo um pedido de desculpas. Eu disse algumas coisas que não devia<br />
ter dito. Eu não tinha o direito de falar nada sobre sua mãe. Eu...realmente, estou<br />
arrependido, sinto muito, Emma.<br />
—Ford...<br />
— Deixe-me esclarecer isto, está bem?<br />
— Está bem.<br />
— A semana em que nossos pais foram viajar, significou muito para mim.<br />
Não esperava que acontecesse. Não esperava me apaixonar por você. Mas<br />
aconteceu. Você é um pacote completo, é tudo que um homem deseja. Muito sexy<br />
na cama eincrível fora dela. Você me deu um gostinho, e depois me tirou tudo, isso
me destruiu. Eu não soube como lidar com isso, exceto atacar. Eu disse coisas que<br />
não queria dizer.<br />
—Ford...<br />
— Se você não me perdoar, e me dizer que não dá a mínima para os rótulos<br />
de meio-irmãos, então vou continuar a pedir desculpas até que me perdoe. Eu tive<br />
muito tempo para pensar sobre isso nos últimos dias, e não vou deixar você ir, não<br />
há nenhuma maneira me faça esquecer isso.<br />
Ela deu um passo a frente e pressionou as palmas da mão contra meu peito.<br />
— Ford. Cale-se.<br />
Parei de falar.<br />
— Se você pensa que é o único que esteve infeliz por esses dias você está<br />
errado. Não importa quantas vezes eu já disse a mim mesma que isso não ai<br />
funcionar; Não consigo esquecer. Porque você é o pacote completo também. Como<br />
você disse? Muito sexy na cama e incrível fora dela? Tenho certeza que você me fez<br />
perder o interesse por qualquer outro homem.<br />
Envolvi meus braços em volta dela puxando-a contra o meu peito. — Graças<br />
à Deus. — inalei o perfume do seu cabelo. — Porque não consigo imaginar não<br />
poder sentir você contra meu corpo. — passei meus lábios ao longo de sua<br />
mandíbula. — Não poder provar de sua pele novamente. — contra os lábios,<br />
sussurrei. — Não te beijar novamente.<br />
Emma abriu a boca e nossas línguas se entrelaçaram. E porra, minha garota<br />
sabia beijar muito bem. Dois dias sem isto e parecia uma vida inteira. Sua<br />
ansiedade brilhou em cada movimento, dos dedos agarrando meus músculos dos<br />
ombros, até os gemidos escapando de seus lábios. Afastei-me um pouco, deslizando<br />
minha mão do cabelo para seus quadris até entre suas pernas, e rosnei.<br />
—Não conseguia imaginar, não poder estar dentro de você novamente.<br />
Ela gemeu, pressionando-se contra meu corpo. — Não podia imaginar isso<br />
também. Mesmo quando disse que não queria isto, não imaginava...Ford, por favor.<br />
Eu preciso...<br />
Abaixei, peguei-a por trás de seus joelhos e ombros e a ergui em meus<br />
braços.<br />
— Isso é tudo que tem quedizer, querida. Se lembra a sua palavra de<br />
segurança?
— Rosa. —ela disse, e eu sorri.<br />
— Incrivelmente linda, querida. Muito bonita.<br />
Caminhei com ela até a porta e seus olhos se arregalaram. — O que você...<br />
— Eu estou coberto de sujeira e grama, e te sujei também. Hora de tirar a<br />
roupa e limpar.<br />
Seus olhos caíram para a mancha cinza na sua camisa, e quando voltou a me<br />
olhar, eles brilharam — Você sabe o quanto gostei de transar no chuveiro, da<br />
última vez, certo?<br />
Era essa centelha ardente, esse brilho interior, que me atraiu para ela desde<br />
o começo, e isso simplesmente continuou a queimar. Emma girou a maçaneta da<br />
porta, empurrando-a aberta. Começamos a caminhar pelo corredor, e eu esperava<br />
que ficasse apreensiva, olhando de um lado para o outro, procurando por alguém<br />
que pudesse nos ver, assim que meus pés tocaram o piso de madeira. Mas ela não<br />
fez, seus olhos estavam fixos aos meus. Meu coração inchou um pouco. Foi comoa<br />
ensinei, eu estava no controle de tudo; Tudo o que ela tinha que fazer era se soltar.<br />
A convicção refletida em seus olhos apressou meus passos em direção ao<br />
banheiro. Porra, eu precisava dela nua e molhada, com meu pau enterrado dentro<br />
dessa buceta doce.<br />
Emma apertou o interruptor da luz, tão logo que empurrei a porta do<br />
banheiro fechada, mas não a coloquei no chão, até que estávamos na frente do<br />
chuveiro. Deixei ela deslizar por meu corpo, despreocupado com sujeira que estava<br />
grudando em sua roupa. Eu a deixaria limpa e então ficaria suja novamente com<br />
tudo o que eu ia fazer com ela. A sensação de suas curvas pressionando contra meu<br />
corpo deixou minha ereção indomável dentro da minha calça.<br />
— Você precisa estar nua em cinco segundos, ou vou ter que tirar essas<br />
roupas de você toda encharcada.<br />
Pressionei meus lábios contra o dela. Em vez de seguir as minhas ordens, os dedos<br />
de Emma emaranharam na bainha da minha camisa arrastando-a para cima, e<br />
afastei-me para deixa-la passar por minha cabeça.<br />
—Com pressa?<br />
— Não te vejo nu há muito tempo. Então, sim, você poderia dizer que estou<br />
com pressa. Só para constar, seu corpo é uma loucura.
Não pude evitar o sorriso que irradiou da ponta de meus pés para meus<br />
lábios. —Como seu também, querida. Meu pau dói só de pensar você.<br />
Empurrei a porta de vidro, alcançando dentro da ducha. Minha risada ecoou<br />
quando virei a torneira de água quente. Fiquei olhando para ela enquanto o vapor<br />
tomou conta flutuando para fora da porta aberta.<br />
— Agora camisa. Tenho certeza que sabe que estou tão animado quando<br />
você, para vê-la nua, querida.<br />
Os dedos dela caíram para a bainha de sua camisa e puxou-a para cima,<br />
expondo centímetro após centímetro da pele perfeita e macia. Minha risada<br />
diminuiu para um gemido quando deslizou sobre as ondas de seus peitos.<br />
Porra, eu quase perdi isso. Cobri suas mãos com as minhas e puxei a camisa<br />
por cima de sua cabeça.<br />
— Parece que você está excitado.<br />
— Você não tem ideia.<br />
Peguei um preservativo do bolso antes de colocar as minhas mãos no botão<br />
da minha calça jeans. Nossas roupas restantes sumiram em segundos, e então<br />
estávamos nus, olhando um ao outro.<br />
— Você é a mulher mais bonita que já vi. — disse, minha voz baixa e rouca.<br />
— E você tem que saber que você é a fantasia de praticamente toda mulher,<br />
certo?<br />
Eu balancei minha cabeça. — Não ligo para nenhuma mulher além de você.<br />
Agora entre no chuveiro, querida. Temos tempo perdido para compensar.<br />
Amei o tremor que percorreu por ela, e meu pau saltou assim que virou-se<br />
para me mostrar aquela bunda linda quando pisou dentro do box.Porra, essa<br />
bunda. Ideias começaram a surgir quando a segui para dentro do box.<br />
Emma estava já sob o spray, virou-se para o lado, a água escorrendo de seu<br />
cabelo por seu corpo. Ela se virou e a necessidade selvagemrasgou através de mim.<br />
Como um Dom, me orgulhei de ter controle, mas agora, eu só queria minha mulher.<br />
Rápido, quente e duro, contra a parede do chuveiro.<br />
Rasguei o pacote de preservativo com os dentes e deslizei em meu pau<br />
enquanto ela se virou para me encarar. Em dois passos, mandei ela contra a<br />
parede, suas pernas em volta da minha cintura. Era como se tudo o que tinha<br />
ficado entre nós, os rótulos, as palavras duras, tudo fosse lavado.
Minha boca encontrou a dela e me deliciei, reconhecendo todos os cantos de<br />
sua boca com minha língua e todas as curvas do seu corpo com minha mão, assim<br />
como ia reconhecer, cada centímetro de sua buceta com meu pau. Quando levantei<br />
minha cabeça, Emma estava se contorcendo contra meu corpo, e a umidade em<br />
meu abdomem não tinha nada a ver com a água caindo ao nosso redor.<br />
— Por favor. Eu preciso...<br />
— Você vai conseguir tudo o que você quiser, querida. Isto vai ser duro e<br />
rápido. Você tem sua palavra de segurança se precisar.<br />
As unhas de Emma cravaram nos músculos dos meus ombros. — Não, eu<br />
não preciso da palavra de segurança. Quero forte e rápido. Agora. Não se segure,<br />
Ford, me dê tudo o que tenho direito.<br />
Eu apertei sua bunda e deslizei minhas mãos para cima e para baixo em<br />
suas pernas. — Essa buceta apertada está mesmo pronta para mim, querida? — eu<br />
tinha minhas dúvidas, me lembreida primeira vez que estivemos juntos na<br />
banheira. Ela mal aguentou meu pau inteiro, agora que ficamos vários dias sem<br />
transar eu tinha que esticá-la... enchê-la.<br />
Suas coxas apertaram minha cintura. — Sim. — ela disse, assentindo.<br />
Me afastei, liberando seu quadril para que pudesse segurar meu pau e<br />
posicionar na sua entrada. Nem o calor do chuveiro tinha nada a ver com o calor do<br />
seu corpo. Eu não me incomodei de segurar meu gemido. — Porra, querida. Vai me<br />
queimar vivo.<br />
— Não me provoque, Ford.<br />
Eu a encarei. — Você esqueceu quem dá as ordens aqui?<br />
Emma me desafiou com o olhar — Fode-me depois me bata, mas por favor,<br />
não me faça esperar.<br />
A mulher sabia como me irritar, e sabia muito bem que estaria bem<br />
satisfeitano final.<br />
— Sua bunda estará vermelha mais tarde, mas por agora, vou dar a nós dois<br />
o que precisamos. — eu disse, e então me empurrei para dentro do calor de seu<br />
corpo.<br />
Casa. Eu estava em casa.<br />
Emma estava sussurrando e gemendo, esses eram os sons que eu queria ter<br />
no meu chuveiro para o resto da minha vida. Eu empurrei mais e mais, até que o
prazer nos deixou irracionais. Mudei a minha mão para cobrir seu clitóris com meu<br />
polegar, pressionando levemente até que seus gemidos ficaram mais altos. Ela<br />
enterrou seu rosto no meu pescoço, para abafar o grito.<br />
O aperto de seus músculos internos no meu pau me levou ao limite, e deixei<br />
a minha porra rolar para fora.<br />
A única coisa que sabia era que nunca ia deixar Emma ir embora.
Capítulo 19<br />
l<br />
Emma<br />
Naquela manhã, rolei na cama de Ford e encontrei uma bandeja de café da<br />
manhã com um bolinho de mirtilo e uma xícara de café. Sentei-me para tomar um<br />
gole, apenas um toque de açúcar e creme, exatamente como gostava. Um sorriso<br />
tonto espalhou em meu rosto. Este pequeno gesto era muito lindo. Não muito<br />
tempo atrás, eu teria dito, “isso é absolutamente o contrário de Ford." Mas eu tinha<br />
percebido seu ponto fraco era cuidar de mim. E ontem à noite, ele havia confessado<br />
como estava louco por mim... no meu quarto, no chuveiro, uma e outra vez na cama<br />
dele.<br />
Eu ri, sem me importar que estava parecendo uma estudante apaixonada.<br />
Ford fez o seu melhor para me deixar esgotada, provavelmente foi por essa razão<br />
que tenha sido tão cuidadoso para não me acordar. Eu olhei de relance para o<br />
despertador e viu que era quase onze e meia.<br />
Vesti seu roupão de banho, inalando o perfume de sabão e caminhei pelo<br />
corredor para pegar meu telefone antes que alguém passasse. Em seguida, retornei<br />
para cama de Ford novamente e comi um pedaço do meu bolo. Enquanto<br />
saboreava meu café abri meu e-mail...<br />
E minha felicidade flutuante caiu. Misturada com todo o spam normal,<br />
notificações do Facebook, e correntes que minha mãe mandava, estava um<br />
lembrete:<br />
Querida Sra. Carter,<br />
Você está escalada para a nova orientação dos professores em 12 de Agosto.<br />
Por favor, deixe-nos saber se precisa de ajuda para fazer planos de viagem. As<br />
aulas começam no dia 19 de Agosto. Estamos ansiosos para vê-la neste outono!<br />
Mary Blomkamp<br />
Administrador<br />
Lincoln High School
Foi uma dura chamada para a realidade, e uma que eu estava preocupada.<br />
Eu tinha responsabilidades esperando por mim. Não apenas uma carreira,<br />
mas uma chance de fazer a diferença e trabalhar com as crianças que mais<br />
precisavam de ajuda. E mesmo que eu ficasse,o ensino em uma escola rural de<br />
Montana não era o desafio que eu precisava. Mas eu sabia que queria ficar com a<br />
Ford. O que aconteceu conosco foi mais que apenas uma aventura de verão, eu<br />
sabia disso agora. Não podia desistir dele como também não podia abandonar essa<br />
oportunidade de emprego. Até mesmo abordar o assunto com ele não seria<br />
divertido. Não tinha medo de que ele ficasse bravo, ou algo assim, mas voltamos a<br />
ficar juntos ontem à noite e eu estava relutante por ter que destruir a atmosfera<br />
positiva novamente.<br />
Eu estava sendo imatura sobre tudo isto? Terminei o meu café da<br />
manhãsem saboreá-lo. Me vesti e desci para colocar meus pratos na pia, então<br />
deixei que meus pés me levassem para onde eles queriam enquanto roía sobre<br />
meu dilema.<br />
Meu ritmo inquietante acabou levando-me para o estábulo. Sua sombra<br />
fresca me acolheu. Eu inalei os aromas suaves e empoeirado, de madeira e feno<br />
fresco; até mesmo o odor persistente de estrume de alguma forma me fazia bem.<br />
Os poucos cavalos no estábulo nesse dia mastigavam sua alimentação,<br />
ocasionalmente dando alguns sopros de satisfação.<br />
— Ei, Griff. — chamei quando entrei.<br />
Ele estava derramando água no balde cheio de bolinhas avermelhadas. Sem<br />
levantar a cabeça, virou brevemente em minha direção. — Senhorita.<br />
— Hum... o que é dentro do balde?<br />
— Polpa de beterraba. Me ajude aqui.<br />
— Hein? Oh! — comecei a abrir a porta divisória que eu tinha ignorado<br />
estar em pé na frente.<br />
Dentro um potro castanho malhado de branco estava amarrado, com uma<br />
corda longa de algodão. Com a visão da comida, ele relinchou alto e raspou as patas<br />
no chão. Assim que Griff pôs o balde, ele deu um passo para enterrar seu nariz na<br />
massa roxa, quase derrubando.
— Pequeno filho da mãe. — disse Griff, acariciando seu pescoço, em seguida<br />
caminhou para fora e sentou-se sobre um fardo de feno, tirando uma lata de tabaco<br />
do bolso.<br />
Depois que fechei a porta divisória, me encontrei sem saber o que fazer.<br />
Griff evidentemente tinha terminado suas tarefas, e desde que mal tinha falado<br />
comigo, me senti estranha em incomodá-lo. Eu vaguei no celeiro... por um tempo.<br />
Mas assim que visitei os cavalos e examinando o equipamento de montagem<br />
continuei a andar de um lado para o outro novamente.<br />
— Você vai dizer o que se passa por sua cabeça, menina, ou vai apenas<br />
manter suspirando uma tempestade?<br />
Virei-me bruscamente, assustada. Quase me esqueci que Griff ainda estava<br />
aqui.Em nossa viagem de carro do aeroporto para a mansão, ele parecia calado e<br />
sem humor. Depois de ter passado algum tempo na fazenda, porém, o conheci. Ele<br />
não tinha intenção de afastar as pessoas com o seu silêncio, ele só não queria falar.<br />
E agora, eu precisava de um conselho e isso soou bem. Alguém que sabia<br />
ouvir sem julgar. Parecia que Griff era meu homem.<br />
Eu hesitei... então derramei meus problemas. Mesmo deixando de fora os<br />
detalhes sórdidos, falei por meia hora sobre a importância da carreira, amor, e<br />
como fui pega no meio de duas coisas importante. Quase pensei que ele iria<br />
cochilar de tanto que tagarelei. Quando terminei, ele estava olhando para o nada<br />
enquanto coçava a barba. Assim quando comecei a pensar se ele realmente tinha<br />
ouvido uma única palavra, ele perguntou.<br />
— Você já pensou no reformatório fora dos limites do Condado?<br />
Eu neguei com a cabeça. — Há algo assim por aqui?<br />
— Pode ser chamado de 'reformatório juvenil', ou seja lá o que for chamado<br />
nos dias de hoje. — ele virou a cabeça para cuspir. — Eles precisam de pessoas<br />
boas, que realmente gostam de ajudar as crianças a obter seus diplomas e ficar fora<br />
de confusão... não somente pessoas que só querem receber seu salário.<br />
Comecei a roer minha unha enquanto pensava sobre isso. Eu não estava<br />
especificamente certificada para isso, mas os vários diplomas que tinha<br />
provavelmente teria que sobrepor, eu escolhi as minhas aulastendo como objetivo<br />
ensinar pessoas de baixa renda. Alunos que passaram a vida inteira em escolas<br />
subfinanciadas, com falta de pessoal e em bairros perigosos. Um centro de
detenção juvenil era apenas um passo além disso, crianças que tinham cometido<br />
alguns delitos era um achado ainda maior. Definitivamente, que tipo de trabalho<br />
não teria qualquer desafio?Nunca me ocorreu procurar um trabalho no sistema<br />
penitenciário, mas...<br />
— Isso é uma ótima ideia. —respondi em voz alta. — Você sabe alguma<br />
coisa sobre a escola?<br />
Griff negou com a cabeça. — Não tinha muitos motivos para descobrir. Eu<br />
provavelmente não tenho as informações corretas. Pode ser um reformatório para<br />
meninos e outro para as meninas.<br />
Suponho que não sei o que me espera. Eu sorri para o velho capataz.<br />
— Obrigada mesmo assim. Foi de grande ajuda.<br />
Uma pesquisa no Google iria acabarcom o resto das minhas dúvidas; o<br />
querealmente importou foi o vislumbre de esperança que Griff tinha plantado em<br />
mim. Talvez eu pudesse ficar em Montana, afinal.<br />
Ele grunhiu em reconhecimento e abaixou a cabeça. Mas quando me virei<br />
para sair, ele disse. — Você tem algum problema com a senhorita Celeste. —foi<br />
uma declaração, não uma pergunta.<br />
Pega de surpresa, eu murmurei. — Uh...<br />
Não tinha revelado muito sobre bater de frente com Celeste. O que mais eu<br />
podia dizer a ele?<br />
— Antes deste trabalho, ela morava com a irmã e seu marido inútil.<br />
Enquanto ela servia mesas, ele assaltava suas gorjetas para beber. — Griff virou e<br />
cuspiu no chão novamente. — Isso não é uma desculpa para seus disparates,você<br />
entende? Só uma razão.<br />
Eu assenti lentamente. —Então como ela começou a trabalhar para Russ?<br />
— Bem, o bastardo maltratou muitas vezes a irmã de Celeste, e uma noite a<br />
situação chegou no ouvido do xerife. Não sei se Celeste que o chamou ou se foi um<br />
vizinho, mas de qualquer forma, a fofoca correu pela cidade. Russ foi até a<br />
lanchonete e ofereceu-lhe um emprego, casa, comida e salário. Ele disse que<br />
Celeste era bem-vinda a trazer sua irmã, mas acho que ela não quis vir... não sei os<br />
detalhes. Celeste envia o dinheiro a cada dois meses.<br />
Por um momento, eu estava atordoada. Não podia imaginar ter que lidar<br />
com algo assim. — Obrigada, Griff. —eu disse finalmente. — Vou me lembrar.
E eu iria, foi a mais longa conversa que tive com ele, e colocou muita coisa<br />
em perspectiva.<br />
Durante a minha briga com Ford, gritei que minha mãe não era como<br />
Celeste. Agora, porém, me perguntava se a diferença entre elas era realmente tão<br />
grande. Claro, Celeste era traiçoeira e cruel em relação ao dinheiro, enquanto<br />
minha mãe era apenas pragmática, sem nunca perder a sua atitude positiva. Mas se<br />
aquele advogado viúvo e gentil não tivesse chegado? Minha mãe tinha que tomar<br />
conta de mim. Até que ponto ela chegou para manter a comida na mesa? Ela se<br />
tornaria amarga depois de anos de má sorte e medo? Não sabia se eu poderia<br />
responder a essa pergunta.<br />
Me senti um pouco culpada. Eu nem sequer tinha me preocupado, em<br />
perguntar o motivo pela qual Celeste,tinha agido da forma como agiu; Apenas a<br />
descrevi como uma cadela. Ela teve uma vida difícil antes, e provavelmente faria<br />
qualquer coisa para evitar isso novamente. Isso não era uma desculpa, como disse<br />
Griff, e eu tinha certeza que ela não precisava da minha pena,especialmente por<br />
não saber que eu tinha desenterrado o seu passado. Mas agora sabia que<br />
precisávamos de ter uma conversa. Em breve.<br />
Primeiro tinha que cuidar da minha situação de trabalho. Agradeci a Griff<br />
por ter me ouvido, em seguida, voltei para a casa e fui para o andar de cima e<br />
ligueimeu laptop. Uma rápida pesquisa mostrou que na verdade havia dois centros,<br />
separados por sexo. O dos meninos era do outro lado do Condado, mas o centro<br />
das meninas não era muito longe da fazenda, uma facilidade para ir e vir todos os<br />
dias.Puta merda, essa ideia poderia funcionar. A excitação despertou no meu peito.<br />
Dois braços quentes me envolveram por trás, criando um tipo diferente de<br />
faísca. O queixo de Ford descansou em cima da minha cabeça.<br />
— O que esta fazendo? — ele perguntou. — O almoço está pronto.<br />
— Você realmente quer que eu fique aqui? Na fazenda? — eu disse.<br />
Ele ficou imóvel, respiração difícil despenteando meu cabelo. Droga, Emma,<br />
você poderia ter levado isso um pouco mais suave. Não tinha pensado em pedir<br />
para que ele avaliasse nosso relacionamento nesse momento. Nervosa, esperei<br />
ouvindo Jeopardy, tocando em um volume baixo como plano de fundo no laptop.<br />
Finalmente, ele respondeu, — Eu não pretendia deixá-la sair.
Meu estômago vibrou com alívio e agradável surpresa. — Desculpe por isso<br />
parecer estranho. — eu disse. — É só que... se eu vou ficar, preciso encontrar um<br />
emprego. Algo com um propósito, onde eu posso estar confiante de que o meu<br />
trabalho vá fazer realmente diferença para o mundo. Griff sugeriu para que eu<br />
ensinasse no reformatório juvenil. — eu hesitei e, em seguida, continuei — Eu<br />
contei a Griff sobre nós. Me desculpa. Eu deveria ter falado com você para me<br />
certificar de que estava tudo bem.<br />
Não sabia como ele reagiria comigo porter contado nossos segredos. Mas<br />
todos os meus medos foram dissipados quando Ford respondeu. — Não se<br />
preocupe. Griff vêtudo o que acontece nessa fazenda, afinal...Eu acabei de falar com<br />
ele, também, mas ele provavelmente já sabia. — ele sorriu. — E acho que sua ideia<br />
de trabalho é muito boa. Na verdade, conheço o cara que dirige o lugar. Vou ligar<br />
para ele agora e pedir uma visita agendada.<br />
Eu deitei minha cabeça no encosto da cadeira, ele se inclinou para me beijar.<br />
Passamos muito tempo nos beijando até que finalmente o deixei fazer o<br />
telefonema.<br />
a<br />
No dia seguinte, depois de ter passado vinte minutos incansáveis<br />
eimpressionante na minha bagunça de roupas de férias, fomos para o carro e<br />
dirigimos para o Condado. O centro de detenção parecia uma típica escola melhor<br />
do que eu esperava: meia dúzia de edifícios baixos, com telhado vermelho<br />
distribuídos por um grande gramado, aparado. No escritório principal, Ford<br />
apresentou-me ao Superintendente, um homem de meia-idade loiro e<br />
calvochamado Ted Wright.<br />
Ted apertou a mão Ford evitando olhar para mim . — Bem-vindo ao centro<br />
de reabilitação Oak Creek e Miss Carter. — ele cresceu. — Esta instituição serve até<br />
vinte delinquentes femininos entre as idades de dez e dezoito anos...Onde disse<br />
que foi para a faculdade?
Distraída por ele soar como um folheto, quase não entendi sua pergunta.<br />
— Não acho que disse. Mas acabei de me formar em Stanford.<br />
— Como o mundo é pequeno, e uma ótima faculdade. O sobrinho da minha<br />
esposa apenas recebeu a carta de aceitação. — Ted entrou no hall, acenando para<br />
seguirmos. — E o que você estudou?<br />
Desta vez eu tinha uma resposta pronta para disparar. — Matemática de<br />
nível secundário e Ciências, com ênfase no ensino de recuperação de jovens em<br />
risco. Eu fiz o meu ensino para alunos no nívelsecundário. Mas eu também tenho o<br />
curso de pedagogia e psicologia do desenvolvimento, que concentraram-se sobre o<br />
nível de ensino fundamental.<br />
Ele nos mostrou as salas de aula, dormitórios, sala de aconselhamento, Ted<br />
se manteve lançando perguntas repentinas. Ford seguiu-me um passo atrás,<br />
commãos nos bolsos, deixando-me falar. Finalmente a turnê terminou no escritório<br />
principal. Acenando para uma mulher de cabelo curto em um terninho verde<br />
escuro, Ted disse.<br />
— Eu quero que conheça Maddie Baker. Ela é a gerente aqui. Maddie, esta é<br />
Emma Carter.<br />
— Prazer em conhecê-la. — respondi, apertando a mão bem cuidada e<br />
pensando no que estava acontecendo.<br />
— Com base na sua formação e experiência a Senhorita Carter tem muitas<br />
qualificações. — Ted pigarreou alto, fazendo minha esperança despencar. — Mas<br />
as instalações juvenil rural como se esta, não recebe muitos candidatos...<br />
especialmente aqueles bem treinados, talentoso como você parece ser.<br />
Maddie interrompeu. — O que Ted quer dizeré que seria uma honra tê-la<br />
conosco.<br />
Ford me deu uma rápida olhada de soslaio que disse: pode crer que sim.<br />
— É mesmo? Mas... Eu nem mesmo passei por uma entrevista. — gaguejei.<br />
Ford tinha passado o meu currículo todo pelo telefone ou algo assim?<br />
Ted apenas riu. — Eu sei reconhecer um bom professor quando vejo um.<br />
— Agora, sobre seus deveres. — Maddie disse vivamente. — As aulas são<br />
ministradas por oito horas todos os dias da semana durante todo o ano. Só temos<br />
um professor agora, então você vai lidar com aulas de Matemática e Ciências para
todos os níveis. Quando pode começar? Assumindo, claro, que você passe seus<br />
antecedentes.<br />
Uma centelha de emoção explodiu em um verdadeiro brilho. Isso estava<br />
realmente acontecendo, e percebi que era aqui exatamente onde eu estava<br />
destinada a ficar. Se eu soubesse mais sobre lei juvenil, poderia ter visto esta<br />
oportunidade de emprego, mesmo sem o conselho de Griff. Essas meninas<br />
precisavam de mim mais do que os alunos de D.C., seria mais fácil para Lincoln<br />
High School encontrar um substituto qualificado do que para Oak Creek encontrar<br />
alguém. E se trabalhar aqui deixava-me perto de Ford, poderia considerar que isso<br />
foi apenas a cereja no bolo. Eu queria pular de alegria, beijar Ford na frente de<br />
todos o assustando, mas em vez disso eu respondi friamente.<br />
— Adorei a oportunidade, e posso começar assim que precisarar de mim.
Capítulo 20<br />
l<br />
Emma<br />
Os dedos de Ford entrelaçaram-se com os meus, enquanto guiava a<br />
caminhonete ao longo do trecho da estrada de mão dupla de volta para a fazenda.<br />
Dentro de mim floresceu um contentamento desenfreado. Tudo estava se<br />
encaixando. Eu estava com medo sobre as coisas que poderiam acontecer nesse<br />
verão, mas a sorte tinha me dado oportunidades incríveis, um relacionamento e<br />
um trabalho.Reflexivamente, apertei a mão de Ford que me olhou de relance,<br />
sorrindo.<br />
— Você está feliz, querida?<br />
— Feliz? Essa não a palavra certa para o que estou sentindo. — eu respondi.<br />
— Precisamos pegar suas coisas para que se mude para cá. E comprar para<br />
você um carro antes que chegue o inverno.<br />
Suas palavras trouxeram a minha mente, a imagem de um caminhão de<br />
mudanças estacionado na frente da fazenda, com homens descarregando todas as<br />
coisas que estava aguardando para ser embaladas, no meu pequeno apartamento<br />
de Stanford, antes de vir para Washington. Eu imaginei minha mãe e Russ de pé na<br />
varanda da frente boquiabertos se perguntando o que diabos estava acontecendo.<br />
Algumas alegrias desapareceram, mas agarrei a mão de Ford mais forte.Não, nós<br />
vamos resolver isso.<br />
— Ford. — eu comecei suavemente. — Como vamos contar aos nossos pais<br />
sobre nós?<br />
Ele me olhou por um segundo antes que seus olhos focassem na estrada<br />
outra vez.<br />
— Vamos falar com eles quando chegarmos. Não há jogos. Eu amo você e<br />
você me ama, e nós vamos ficar juntos. Os rótulos não importam; o que sentimos<br />
um pelo outro é mais importante. Se eles tiverem um problema com isso, podemos<br />
discutir como adultos, e isso é o fim.<br />
Seu dedo acariciou as costas da minha mão quando terminou de falar.
Estávamos em uma estrada deserta, e essefoi o momento que o homem<br />
decidiu contar que me amava.<br />
— Encoste.<br />
Ford virou a cabeça para me olhar. — O que? O que há de errado? — ele<br />
perguntou, mas já estava desacelerando.<br />
— Apenas faça, encoste.<br />
Eu já estava desafivelando o cinto de segurança quando Ford encostou a<br />
caminhonete ao lado da estrada. Agradeço aos deuses pelos bancos regulaveis,<br />
pensei. Deslizei para o banco de Ford empurrando minha pernas para monta-lo.<br />
— O que eu fiz para merecer isto? — ele perguntou.<br />
— Que homem diz a uma mulher que a ama, enquanto está voando em uma<br />
estrada rural a 100p/hr? Essa é a verdadeira questão.<br />
Eu tentei soar severa, mas estava sorrindo loucamente, o sorriso de Ford<br />
estendeu-se refletindo o meu.<br />
— Como se você não tivesse descoberto por si. — ele murmurou,<br />
aproximando os lábios dos meus.<br />
Eu levantei a minha mão, colocando um dedo em sua boca,algo não podia<br />
acreditar que estava fazendo... mas só desta vez.<br />
— Diga novamente.<br />
Seus olhos brilharam. — Eu amo você, Emma. Muito mesmo.<br />
Deixei meu dedo cair. — Eu também te amo, Ford. Agora me beije.<br />
Inclinei minha cabeça e nossos lábios se tocaram, ele mergulho a língua me<br />
provando. Eu queria que ele possuísse cada centímetro de mim, e não apenas com<br />
a língua. As minhas mãos deslizaram de seu peitopara o botão de seu jeans,uma<br />
vez que uma mão já estava dentro puxei seu pau grosso e duro, com isso Ford<br />
afastou-se do beijo.<br />
— Você percebe que estamos do lado de uma estrada pública, certo?<br />
Olhei pela janela, com a mão ainda em seu pau e observei ao longo da<br />
estrada vazia. Os vidros estavam embaçados e não tinha visto nenhum carro passar<br />
nos 20 minutos que estávamos nessa estrada. Estou com sorte, porque este homem<br />
incrível e lindo me ama.<br />
Voltei a olhar para Ford que resistia, enquanto minha mão o acariciava.<br />
— O que pode acontecer se formos apanhados?
Ele deu um sorriso. — Eu pareço um louco?<br />
— Com sorte no amor. — eu o corrigi.<br />
— Foda-se, então. Quero dizer foda-me.<br />
— Coisa atrevida. — suas mãos saíramdas minhas pernas e agradeci quem<br />
estava ouvindo lá em cima, por eu ter decidido de usar uma saia para minha<br />
entrevista improvisada. Quando Ford tocou a minha calcinha, ele suspirou. — Falei<br />
sem calcinha.<br />
— Era uma entrevista de emprego. — disse, exasperada.<br />
Ele franziu o cenho. Querido Deus, um Dom lindo e arrogante. A imagem de<br />
seus lábios carnudos recusando os meus quando me aproximei me fez sentir como<br />
se meus ovários tivessem derretido. Quando os dedos se alternaram na parte da<br />
frente da minha calcinha, Ele gemeu.<br />
— Sempre esta molhada para mim.<br />
Dois dedos escorregaram para dentro, e foi minha vez de gemer. Meus<br />
mamilos endureceram contra o sutiã, e de repente minha ideia para uma rapidinha<br />
na estrada, não parecia mais tão inteligente, porque queria estar nua e espalhada<br />
na cama dele. Então ele mudou os movimentos dos dedos, e não me preocupei mais<br />
com nada, somente em como me sentia com seu dedo dentro de mim. Droga, mas a<br />
sensação de ter qualquer parte dele dentro de mim nunca falhava, enviando<br />
tremores que provocavam arrepios em cada polegada da minha pele.<br />
Ford ergueu minha saia agrupando-a na minha cintura, agarrou meu quadril me<br />
puxando para a frente e me posicionou contra a cabeça de seu pau. E então ele<br />
congelou.<br />
— Merda. O preservativo.<br />
— Eu estou bem com isso, se você estiver.<br />
Seus olhos encontraram os meus.— Tem certeza, Emma?<br />
— Eu não tenho nenhuma doença. E não há nada que eu queira mais do que<br />
ter você sem nada entre nós.<br />
O quadril de Ford contrariou contra o meu. — Eu quero seus braços em<br />
volta de mim, querida.<br />
Coloquei meus braços em volta do pescoço, e pressionei minha testa a<br />
sua,Ford abaixou-me sobre seu pau delicioso centímetro por centímetro. Puta<br />
merda. Perguntava-me se iria me acostumar ao seu tamanho.
Meu corpo se rendeu ao seu, e apreciei a plenitude extraordinária. Quando<br />
ele começou a empurrar, lentamente subi e desci recebendo cada golpe enquanto<br />
olhava em seus olhos. Uma de suas mãos deixou meu quadril emaranhando em<br />
meu cabelo, nossos lábios colidiram-se novamente, incapazes de obter o suficiente<br />
um do outro.<br />
Meus músculos internomais apertado com cada impulso. Meu orgasmo<br />
estava construindo, prestes a quebrar através de mim.<br />
O aperto de Ford no meu cabelo tornou-se mais firme, em seguida ele se<br />
afastou de minha boca.<br />
— Amo você, Emma. Porra. Vou gozar. Me acompanhe, querida?<br />
— Sim.<br />
O que eu esperava ser uma rapidinha no banco da frente da caminhonete, se<br />
transformou em uma sinfonia, perfeitamente coreografada de movimentos e<br />
reações. Quando olhei nos olhos de Ford o prazer selvagem do orgasmo estava<br />
prestes a passar por mim, e foi um dos momentos mais belos da minha vida, o qual<br />
jamais tinha experimentado.<br />
a<br />
Havia algumas desvantagens para sexo no carro, como a limpeza, mas dado<br />
o meu aquecimento pós-orgasmo...eu tive um momento difícil para lidar. Mas com<br />
cada quilômetro mais perto de chegamos a fazenda minha apreensão aumentava.<br />
— O que exatamente vamos falar com eles? —perguntei.<br />
Mais uma vez, meus dedos estavam entrelaçados com os dedos fortes de<br />
Ford, em uma aperto firme. Estar com um homem que possuía uma mão como<br />
essa, era maravilhoso, e eu estava começando a perceber que ele poderia pegar<br />
minha mão, que o seguiria para qualquer lugar.<br />
— Nós só vamos falar com eles. Sem besteiras. Sem desculpas. Somos<br />
adultos. Temosa sorte de saber que os nossos pais genuinamente querem que
sejamos felizes. — ele olhou para mim antes de olhar para a estrada. — Não acho<br />
que vai ser uma produção tão grande quanto você está imaginando, querida.<br />
— Isso é tão... Eu não sei. Estranho?<br />
— Ponha-se no lugar deles. Quão estranho foi para sua mãe dizer para você<br />
que ia se casar novamente? Como você acha que ela se sentiu? E meu pai? Para vir<br />
para casa e me dizer que ele tinha caído de amor por uma mulher no espaço de<br />
uma semana? Estranho, com certeza, mas você acha que por um minuto eles<br />
deixaram aquele embaraço impedi-los de ficar juntos?<br />
Ok, o homem tinha um ponto válido. — Então vamos entrar, e dizer a eles.<br />
—minha apreensão foi drenada pelo rosto confiante de Ford. —E se eles se<br />
assustarem?<br />
Ele atirou-me um sorriso devastador. — Lidamos com isso. Você é minha,<br />
Emma. Sem susto, ou caso contrário nossos pais vão nos impedir de ficarmos<br />
juntos. Tenha um pouco de fé, está bem?<br />
Puxei uma respiração. Eu poderia ter fé, poderia fazer muitas coisas com<br />
Ford ao meu lado. Ou atrás de mim. Ou abaixo de mim. Ou em cima de mim. Com<br />
esses pensamentos dei a ele um sorriso sedutor.<br />
— Droga, Emma. Não me faça te levar primeiro para o celeiro, para dar<br />
umas palmadas na sua bunda até que ela fique vermelha, para que você possa se<br />
comportar.<br />
— Eu não sei se isso era para ser uma suposta ameaça... mas você<br />
definitivamente está errando o alvo.<br />
Sua risada encheu a cabine da caminhonete, junto com algo que parecia<br />
muito, "pelo menos eu sei o que vamos fazer depois."<br />
Quando paramos, Ford estacionou na garagem pedindo para que eu o<br />
esperasse, logo que saltou veio para o meu lado e abriu a porta me ajundando a<br />
saltar.<br />
— Não se preocupe. Emma,temos tudo sobre controle.<br />
Assentindo com a cabeça, respondi. — Você está certo.<br />
Mais uma vez agarrei sua mão e senti que juntos nós poderiamos dominar o<br />
mundo.
a<br />
Entrei na cozinha, meu corpo ainda sentindo o aperto esmagador dos<br />
braços de minha mãe e de Russ. Dizer que as coisas tinham saído melhores do que<br />
esperava era puro eufemismo. Os olhares horrorizados e desafios acusatório?<br />
Completamente ausente. Os sorrisos felizes e felicitações? Autênticos e<br />
enormes. Eu não sabia se seria capaz de parar de sorrir por vários dias.<br />
Até que Celeste saiu da despensa segurando um saco de supermercado, e<br />
uma expressão azeda que imediatamente torceu suas feições ao me ver.<br />
Não. Apenas não ia aceitar isso,Montana podia ser o Oeste, mas não era o<br />
Oeste Selvagem, e esta fazenda era de fato grande o suficiente para nós duas. Tinha<br />
chegado o momento de fazer as pazes. E eu não ia fugir de Celeste.<br />
Recusei a deixar meu sorriso vacilar enquanto ela me estreitava com o<br />
olhar.<br />
— Você não tem que parecer tão presunçosa. Embora, eu não devesse estar<br />
surpresa. Você está provavelmente disposta a fazer o que quiser...<br />
Eu ergui uma mão. — Chega Celeste já foi o suficiente. Estou cansada de<br />
tudo isso que estamos fazendo. — ela fechou a boca, então tomei isso como minha<br />
oportunidade perfeita para continuar. — Eu vou ficar aqui na fazenda,para sempre.<br />
E nossos pais sabem que eu e Ford estamos juntos. Eles estão<br />
completamente bem com isso. Então, você não precisa gostar de mim, mas vamos<br />
ter que descobrir uma maneira de nos entender.<br />
Celeste ficou rígida. — Então me demita. Isso é o que você quer fazer, não é?<br />
Eu neguei com a cabeça. — Não. Você vai trabalhar aqui enquanto quiser.<br />
Essa casa é sua também, e certamente não é minha intenção de mandá-la embora.<br />
Só quero ter a certeza de que fique claro que Ford não é uma opção.<br />
Eu esperava uma resposta maliciosas, mas o que ouvi foi algo totalmente<br />
diferente: Ela riu e sacudiu os ombros enquanto envolvia um braço em torno de si<br />
e o outro levantou para seu rosto.
— Nem quero Ford. Meu Deus, Eu sou uma idiota. Eu pensei que... apenas<br />
talvez... se conseguisse que ele me notasse, eu nunca teria que me preocupar<br />
novamente. Mas Mac tinha que arruinar tudo!<br />
Certo, agora eu estava completamente perdida. —Mac?<br />
Celeste tirou a mão do rosto. — Você não pode escolher por quem vai se<br />
apaixonar... mesmo quando sabe o que é melhor. — ela sacudiu a cabeça<br />
acrescentando. — Eu disse a mim mesma que nunca iria me apaixonar por um<br />
cowboy, mas ele simplesmente conquistou o meu coração, e agora não há nenhuma<br />
maneira de retira-lo.<br />
Meu cérebro girou para acompanhar a conversa. Celeste e Mac? Desde<br />
quando? O que?<br />
Ela se aproximou da mesa reunindo a sacola novamente e pegou meu olhar<br />
confuso.<br />
— Eu estou cuidando dele enquanto está acamado no quarto de Griff. Como<br />
Griff vai visitar o seu sobrinho, Mac e eu vamos ter um tempinho para nós, não que<br />
vá acontecer muita coisa já que sua perna esta machucada. — seu sorriso<br />
amoleceu. — Mas vai ser bom ter um tempo sozinho.Isso me dá a oportunidade<br />
para falar sobre o que vamos fazer.<br />
Com isso, ela caminhou para fora da cozinha, com um olhar melancólico no<br />
rosto. A porta do fundo fechou com um clique tranquilo, antes da voz de Ford<br />
enchera cozinha.<br />
— Ela esta ainda causando problemas?<br />
—Não.<br />
Levantei-me e virei para olha-lo. Adorei não ter de olhar por cima do meu<br />
ombro ou dele,para ver quem poderia estar nos observando. Gostei de saber<br />
quepodia atravessar a cozinha envolver meus braços em volta dele e apertar sua<br />
bunda sem consequências, não que eu não estivesse completamente excitada para<br />
experimentar. Então eu fiz exatamente isso.<br />
Ford enfiou seus dedos pelo meu cabelo e inclinei meu rosto em sua direção.<br />
— Você tem certeza que está tudo bem?<br />
Estendi a mão e envolvi meus braços em volta do pescoço, ficando na ponta<br />
dos pés ao mesmo tempo que puxei o rosto dele em direção a meu.
— Completamente bem. Absolutamente perfeito. — sussurrei, antes de<br />
pressionar os meus lábios nos dele. A mão de Ford segurou a parte de trás da<br />
minha cabeça, e não falamos por um tempo.
Epílogo<br />
Emma<br />
Uma brisa quente, bateu em nossas costas suadas enquanto minha mãe,<br />
Ford, e eu andávamos em direção a fazenda. Não tinha chovido por semanas e o pó<br />
da trilha revestiu minha garganta.<br />
— Ford? Me dá um pouco da sua água?<br />
— Já bebeu tudo? —mesmo me provocando, Ford guiou Richter para mais<br />
perto da minha égua e entregou seu cantil. Tomei um gole e devolvi.<br />
— Oh, vocês são tão fofos juntos! — minha mãe disse atrás de nós. Seu<br />
cavalo estava mais interessado nas flores silvestres na borda da trilha que em<br />
acompanhar a passada rápida de nossos cavalos.<br />
Dei um gemido simulado. — Por favor mãe, acalme-se. Eu precisava de uma<br />
bebida.<br />
Nós estávamos voltando de um piquenique na floresta. O tempo todo,<br />
mamãe tinha falado algo sobre nós, sempre que fazíamos qualquer coisa<br />
semelhante a um casal: quando deitei minha cabeça no ombro de Ford, e ele me<br />
ofereceu um pedaço do seu bolo, até mesmo o fato de encostarmos nossas mãos<br />
quando tentamos pegar uma maçã no mesmo momento.<br />
Russ apareceu em nosso passeio, mas depois do almoço de hoje, ele tinha<br />
saído da fazenda no caminhão, e nem minha mãe nem a Ford me contaram o que<br />
ele estava fazendo. Eu sabia que minha mãe tinha seu lado bobo, mas nunca<br />
esperei que Ford entrasse no jogo dela.Mas como ele gostava de jogosno quarto<br />
então não podia estar surpresa...suspirei com um sorriso, apenas um pouco<br />
irritada. Mesmo quando minha nova família decidiu se juntar para me esconder<br />
algo, não deixei de amar o modo como vivia: calma, feliz e livre.<br />
Nossos cavalos relincharam quando entramos no celeiro. Eles sabiam que<br />
isso significava que seu trabalho tinha terminado por hoje e tudo o que queriam<br />
era um pouco de feno. Desmontei Delilah e afrouxei sua sela, cuidando para não<br />
prender o meu anel de noivado como da última vez, e comecei a levá-la para a<br />
frente na rédea solta. Eu sorri, era praticamente um profissional.
Enquanto caminhávamos levando nossos cavalos para suas baias, ouvi o<br />
barulho de cascalho sendo triturado pelo ronco de um motor. Olhei para minha<br />
mãe através da luz fraca.<br />
— É Russ?<br />
Ela me deu um sorriso manhoso. — Talvez. Vá olhar lá fora...nós cuidaremos<br />
do seu cavalo.<br />
Quando olhei para Ford para me dar uma pista, ele apenas estendeu a mão,<br />
seus lábios ligeiramente sorrindo com diversão.<br />
Oh, eu desisto! Terei que descobrir sozinha por que eles estão agindo de<br />
maneira estranha.<br />
Passei as rédeas de Delilah para Ford e sai para fora, piscando rápido.<br />
Perto da casa, um carro prateado acabava de parar .A porta do motorista se<br />
abriu e um borrão de saia de seda, blusa com babados voou para fora, gritando.<br />
— Emma!<br />
— Avery! — gritei, antes de caminhar para ela e a envolver em um abraço<br />
esmagador.<br />
Avery Palmer era minha meia-irmã do terceiro casamento de minha mãe.<br />
Quando eu era adolescente, eu e mamãe nos mudávamos com muita<br />
frequência a era difícil fazer amigos permanentes, então fiquei emocionada quando<br />
mamãe se casou com alguém, que tinha uma filha um ano mais nova que eu. Foi<br />
como ganhar uma irmã de Natal, de imediato nós conversamos sobreestereótipo<br />
feminino. Minha mãe ficou com o Senhor Palmer apenas por alguns anos, mas eu e<br />
a Avery ainda mantínhamos contato, mesmo depois que ela deixou a Califórnia<br />
para estudar em London College of Fashion.<br />
— Não te vejo há muito tempo. — eu disse. — Como vai?<br />
Ela deu um gemido exagerado. — Fico feliz de ter terminado aquele<br />
semestre sangrento! Às vezes pergunto-me se me formar cedo vale a pena...<br />
especialmente depois da mais recente notícia do casamento da Senhorita Cynthia.<br />
— Cada vez que te vejo você parece um pouco mais britânica. — provoquei.<br />
— Aposto que os rapazes americanos adoram quando volta para casa para<br />
visita-los.
— Está um pouco dificil encontrar rapazes tanto Americano como Britânico<br />
a maioria deles andam em um nível de relacionamento diferente. — ela disse,<br />
deliberadamente exagerar o sotaque. — Só pareço uma mutante descendente de<br />
uma patricinha triste. —rapidamente, ela colocou dois dedos sobre os lábios<br />
cereja. Como sempre, suas unhas estavam primorosamente pintadas; a obra-prima<br />
de hoje contava com um toque de glitter azul em marfim polonês, sobrepostos com<br />
flores de prata. — Esqueça que eu disse isso, foi rude como o inferno.<br />
Eu ri. — Bem, seja lá o que for, você terminou com os exames finais e agora<br />
vai poder relaxar com a gente. — coloquei meu braço em volta de seus ombros.<br />
— Já comeu? Nós já almoçamos... hum, mas acho que temos uns bifes na geladeira...<br />
Nós sempre temos bife.<br />
Eu parei quando notei que ela não estava prestando atenção. Segui seu<br />
olhar para a caminhonete que tinha acabado de chegar do outro lado do jardim da<br />
frente. Russ tinha saído e estava agora falando alto, com um homem de cabelo<br />
preto e uniforme de militar azul acinzentado. Algo nele me pareceu familiar.<br />
Eu sorri sarcasticamente para Avery. — Oh, eu vejo o que você está realmente com<br />
fome para isso.<br />
— Vá a merda. — ela respondeu, sem qualquer sinal de estar realmente<br />
brava. — Quem é esse?<br />
Boa pergunta. Olhei fixamente para o homem, por um segundo. Então me<br />
lembrei de onde tinha visto aquela fisionomia esculpida antes, nos quadrosno<br />
quarto de hóspedes.<br />
— Oh! Esse é o nosso outro meio-irmão. O novo marido da nossa mãe tem<br />
dois filhos, Ford e Nixon.<br />
Avery franziu a testa. — Meio-irmão? Droga. Que sorte a minha.<br />
— Nunca diga nunca. Apontei para a Ford, que tinha saído do estábulo para<br />
acolher Nixon. — Eu tenho um deles.<br />
O olhar dela caiu para o diamante brilhando na minha mão. — Então isso é...<br />
dele?<br />
Assenti, mordendo meu lábio contra um enorme sorriso tolo. Ford tinha<br />
proposto casamento a poucos dias atrás, e eu ainda mal podia acreditar. Meu anel<br />
era absolutamente deslumbrante. Um modesto de 2 quilates, feito a mão por um
joalheiro local por especificações exatas de Ford. Eu realmente gostei do anel como<br />
gostava do homem que me deu.<br />
— Uau. Isso é uma tremenda pedra. Sem duvida soube como escolher.<br />
Antes que eu pudesse rir e diz-lhe para se calar, nossa mãe veio para<br />
abraçar Avery. Logo em seguida ela recebeu os cumprimentos de Nixon, Ford e<br />
Russ. Não perdi o duplo sentido no olhar de Nixon quando viu Avery, admirando a<br />
minha meia-irmã da cabeça aos pés, antes que seus olhos azuis vívidos, finalmente<br />
encontrassem os dela. O rosto de Avery estava ligeiramente corado e sua boca<br />
curvada em um sorriso sutil, surpreso mas ainda sensual.<br />
Você vai ter ele, garota, pensei.<br />
Quando Ford veio para o meu lado, apertou minha mão. Eu ainda ficava<br />
maravilhada com esse pequeno gesto, como podíamos apenas serafetuosos sem<br />
pensar em nada, sem precisar esconder de ninguém e sem nos preocuparmos<br />
sobre o dia que seríamos descobertos. E pensar que a meia hora mais<br />
terrivelmente embaraçosa da minha vida, foi quando nós revelamos a nossa<br />
relação para minhamãe e Russ. Mas olhando de onde eu estava agora tinha válido a<br />
pena cada minuto. Agora podemos desfrutar um do outro na presença de qualquer<br />
pessoa. E nossa vida perfeita estava apenas começando.
His Plaything
Sinopse<br />
Aviso: Se você não consegue lidar com um Fuzileiro da marinha com uma<br />
boca suja e um pau enorme que quer transformá-la em seu brinquedo, esse não é<br />
um livro para você. Continue.<br />
Um imbecil que você poderia expulsar do quarto.<br />
Esse é o cenário que encontro: meu novo companheiro de quarto fodendo<br />
uma loira na mesa da cozinha.<br />
Isso é certo, antes olhei com cuidado para seu pau gigante. Dica: calcinha<br />
molhada.<br />
Ah, e mencionei que ele é um fuzileiro naval?<br />
Um semestre. É o tempo que tenho que aguentar, e depois vou embora,<br />
formada, para entrar no mundo real.<br />
Mas posso sobreviver tanto tempo sem me tornar... Seu brinquedo?
Capítulo 1<br />
l<br />
Nixon<br />
Eu tinha planejado desfrutar de minhas férias de Outono ao máximo. Assim<br />
que pousei em Coronado Island, tinha pedido comida chinesa gordurosa e dormi<br />
como uma pedra. Depois fui ao Trader Joe e reabasteci minha geladeira, com<br />
comida e cerveja, e não consegui uma folga. Mais tarde encontraria Fox e Logan no<br />
basquetebol, vamos frenquentar os bares, ou o que diabos sentirmos vontade de<br />
fazer. Gostaria de desfrutar de uma boa solidão também, só relaxando no<br />
abençoado silêncio e privacidade do meu apartamento. Claro, eu iria me<br />
familiarizar novamente com todo pedaço perfeito de bunda no Condado de San<br />
Diego. Isto vai ser demais.<br />
Então meu pai atirou tudo para o inferno em um único telefonema.<br />
— Avery vai morar aqui? A partir de hoje? — impossível ter ouvido direito.<br />
Mudei o telefone para o meu ombro para poder segurar melhor o cabo da frigideira<br />
com uma mão e virar o bacon com a outra. — Você não pode estar falando sério,<br />
pai. Acabei de sair de um período de nove meses de serviço.<br />
— Oh, você está de licença? Perfeito. Isso significa que você pode ajudá-la a<br />
se mudar.<br />
Segurei um rosnado. Ele sabia muito bem como era os meus horários. Eu<br />
tinha praticamente acabado de voltar da visita que fiz a ele e sua nova esposa em<br />
Wild Cliffsfa. Estaria voltando outra vez em dois meses, caramba. Realmente fiquei<br />
pouco tempo para perguntar pessoalmente? No meu longo silêncio, taciturno, meu<br />
pai deixou seu tom de voz cair.<br />
— Nixon. Você será educado para Avery. Você vai cuidar dela. Na verdade,<br />
você fará com que seu último semestre na UCSD seja o melhor. Estamos<br />
entendidos?<br />
— Claramente, senhor.
Tentei e não consegui suprimir algumas imagens mentais muito<br />
perturbadoras. Eu tomaria conta dela muito bem, sem dúvida.<br />
— Se eu ouvir que não mostrou hospitalidade adequada...<br />
Meu pai deu sermão sem parar, mas eu não estava ouvindo mais. Tudo o<br />
que podia pensar era na princesa que conheci há duas semanas atrás, dormindo,<br />
tomando banho e tirando a roupa, com apenas uma fina parede nos separando.<br />
Minha primeira impressão de Avery foi de dar água na boca. Verdadeiro<br />
doce refinado, implorando para ser desembrulhado, derreter na minha língua e<br />
devorada. A alta performance fashionista geralmente não vale a pena o meu tempo,<br />
muito certinha para conseguir falar sujo, ou muito esnobe para até mesmo querer<br />
aprender. Mas isso não me impedia de querer foder sua Majestade de seis<br />
maneiras imagináveis. Qual o problema se ela era tecnicamente minha nova meiairmã?<br />
Se a maneira que seus olhos me seguiram ao redor da fazenda significasse<br />
alguma coisa, ela não se preocupava com este pequeno detalhe, também.<br />
Um fio desagradável de fumaça picou meu nariz. Merda, o bacon. Puxei a<br />
panela do fogo e comecei a transferir as tiras carbonizadas para um prato.<br />
— Você ouviu alguma palavra do que eu disse? — meu pai pressionou.<br />
— Sim. Seja legal com Avery. Tenho que ir, pai. Tem alguém na porta.<br />
Eu menti. Desliguei antes que começasse a repetir, e sentei-me na pequena<br />
mesa de café da manhã para comer. Eu amava meu pai como qualquer filho adulto,<br />
mas ainda não fazia ideia de como Ford podia viver sob o mesmo teto. Pelo menos<br />
os comandantes me deixavam dirigir a minha vida privada, isso me agradava.<br />
Peguei uma tira de bacon encontrando-a já fria. Talvez eu tenha aumentado<br />
demais a temperatura do ar condicionado. Por outro lado, Agosto no sul da<br />
Califórnia não era brincadeira, e estava farto do calor do deserto durante a minha<br />
última missão. Meus pensamentos voltaram para Senhorita Certinha. Com este<br />
clima e minha sorte, ela iria aparecer parecendo um crime. Um shortinho jeans<br />
apertado abraçando seu traseiro durinho. Seus seios quase derramando dos lados<br />
de uma blusinha, mamilos endurecendo quando entrasse no ar frio do interior do<br />
apartamento...<br />
Jesus Cristo, já faz muito tempo. Minha imaginação estava ficando sem<br />
controle. Precisava arranjar uma vadia rápido, antes que minha nova companheira<br />
de quarto chegasse aqui e me deixasse louco. Felizmente, isso não seria algo difícil.
Havia mulheres que tinham orgasmos inesperados em suas calcinhas, por<br />
marinheiros a preço de banana nessa cidade... uma em particular vivia no<br />
apartamento ao lado.<br />
Rolei para baixo minha lista de contatos para "frog hog 5 , início de edição" e<br />
disparei um texto rápido:<br />
Oi, Pamhá quanto tempo, não fodemos. Você está tão excitada quanto eu?<br />
Não era elegante, mas Pam não era exigente ou apreciava discrição.<br />
Nem cinco minutos mais tarde, meu telefone tocou: (não comece sem mim,<br />
marujinho. ;)<br />
Eu ri. Pam era uma das amigas de foda mais confiáveis que eu tinha. A<br />
menos que ela estivesse no trabalho, nunca hesitou em vir aqui e me ajudar a<br />
aliviar a tensão. Deus abençoe a América.<br />
Assim que acabei de localizar alguns preservativos, alguém bateu na porta.<br />
Abri e imediatamente estava com os braços ao redor de Pam. Seus lábios carnudos<br />
caíram contra os meus. As mãos dela serpentearam ao redor da minha cintura até<br />
que apertaram minha bunda.Entreguei-me em nosso beijo faminto por um<br />
momento, minha língua mergulhando em sua boca, então me retirei com um<br />
sorriso.<br />
— Imagino que sentiu a minha falta, também.<br />
— Não tem ideia. — ela respirou.<br />
Sem mais delongas, ela se escorou na mesa da sala e inclinou-se para tirar<br />
os saltos, sabendo que meus olhos estavam colados em suas curvas tonificadas. Ela<br />
ainda estava usando o uniforme do trabalho: uma minissaia preta apertada e blusa<br />
de listras, cujo decote profundo se aproximava do atentado ao pudor. Não era<br />
nenhum mistério porque ela fazia tanto dinheiro com gorjetas. Havia um monte de<br />
caras locais que iam ao Bar Pete's Sports para comer as garçonetes com os olhos e<br />
Pam era a atração principal, loira, seios grandes e pernas compridas.<br />
Fechei a porta atrás de mim, não querendo perder o jeito que balançava a<br />
bunda suculenta enquanto desfazia as correias da sandália.<br />
— Porra, você tem uma bela bunda. — comentei.<br />
Lançando-me um olhar sensual por cima do ombro, ela deu uma gargalhada.<br />
5 “Frog hog”, mulheres que se prostituem com oficiais da marinha.
— Obrigada, querido. É uma bunda cansada. Acabei de sair de um turno de<br />
trabalho.<br />
— Oh? Quer remarcar? — provoquei, já seguindo em sua direção. — Posso<br />
agendar você para a próxima sexta-feira.<br />
— Nem no inferno. — ela virou e sentou-se na mesa da sala, afastando os<br />
joelhos para revelar uma calcinha preta com laço. — Eu sempre tenho energia para<br />
o meu marinheiro favorito. Especialmente depois que passou tanto tempo fora. —<br />
uma mão arrastou da sua barriga para o seu decote, desfazendo os botões um a<br />
um, revelando os seios redondos enormes mal contidos pelo sutiã.<br />
Puta merda. Meus olhos não tinham sido agraciados com uma visão tão<br />
deliciosa em muitos meses, e era quase o suficiente para me fazer babar. Bem, dois<br />
podem jogar esse jogo. Tirei a minha camiseta e não perdi seu olhar lascivo de<br />
apreciação.<br />
Ela lambeu os lábios pintados de cereja. — Venha aqui e me foda.<br />
— Ei, só porque ganho minha vida recebendo ordens não significa que você<br />
está no comando aqui. — sorrindo, dei um passo entre suas pernas e empurrei-a<br />
para deitar de costas, balançando meu quadril para deixá-la sentir o quão duro eu<br />
estava.<br />
Ela gemeu e se contorceu contra meu corpo. — Espertalhão. E se chupar seu<br />
pau primeiro?<br />
Apesar de tudo puxei uma respiração profunda. Que homem de sangue<br />
quente poderia recusar o efeito explosivo de um boquete de Pam? Além disso,<br />
provavelmente era melhor. Depois de meses de nada mais que me masturbar,<br />
minha resistência não estaria boa o suficiente, e eu estava mais do que capaz de<br />
ficar duro para duas rodadas seguidas. Concordei com ela.<br />
— Nesse caso, eu vou permitir. Só desta vez.<br />
Ela imediatamente se passou por baixo, entre a mesa e eu, se ajoelhando.<br />
Encarando-me por intermédio de sua mascará de cílios, descarada e sedutora,<br />
desabotoou meu jeans e puxou meu pau duro como rocha. Ela segurou a base com<br />
uma mão, lambeu uma lenta linha até à ponta, circulando a língua em torno da<br />
cabeça. Meu quadril tremeu. Apoiei-me na mesa com uma mão e a outra<br />
emaranhei em seu cabelo, enquanto ela mergulhava a boca toda.
Eu dei um gemido longo e alto. Pam sempre chupava meu pau como se<br />
tivesse tentando tirar a minha vida. A este ritmo, eu ia gozar a qualquer momento.<br />
Era exatamente o que ela queria. Suas bochechas escavaram e sacudiu a cabeça<br />
mais rápido, apertando o punho, sua língua tocou diretamente no ponto sensível<br />
onde à cabeça encontra o eixo, sua mão livre em uma concha em minhas bolas, e eu<br />
disse um palavrão em voz alta.<br />
De repente, a imagem de Avery passou pela minha cabeça. O calor correu<br />
através de mim como um raio. Os lábios suaves de pêssego da minha meiairmãfechados<br />
em torno do meu pau. Seus cílios tremendo ao me dar um olhar<br />
furtivamente tímido, querendo saber se estaria me agradando, querendo provar a<br />
minha porra. Ah, porra ah.<br />
Antes que percebesse, gozei forte. Pam cavou as unhas postiças nas minhas<br />
coxas e engoliu cada gota. Então, sem hesitar, ela tirou a calcinha e deitou<br />
novamente na mesa com as pernas abertas. Dois dedos deslizaram para seu<br />
clitóris, provocando meu próprio espetáculo privado.<br />
— Rápido, ou vou terminar o serviço. — ela gemeu.<br />
Balancei minha cabeça, tentando dissipar a imagem sedutora e<br />
desorientadora de Avery, de joelhos na minha frente.<br />
— Nem pense que vou deixar você ter toda a diversão. — respondi.<br />
Agarrei os pulsos de Pam com uma mão, empurrando com a outra a blusa<br />
para cima. Eu lambi e massageei seus seios firmes até que se contorceu com<br />
antecipação, fazendo barulhos articulados sem palavras, que passaram direto pela<br />
minha espinha. Essa dor familiar de dureza foi rastejando rapidamente para meu<br />
pau novamente. Tirei minha calça, puxando uma camisinha do bolso e rolei-a.<br />
Não perdi mais tempo com qualquer preliminar; Ela estava encharcada<br />
desde o instante em que entrou aqui, e Deus sabia que não aguentaria esperar<br />
outro segundo. Eu apenas empurrei seus joelhos até seus ombros e a penetrei.<br />
— Sim! — ela gritou.<br />
Meti rápido e profundo, fodendo-a de uma forma que garantiria que ela<br />
ainda estaria me sentindo amanhã. Seus seios saltavam enquanto lutava para<br />
encontrar meus impulsos. Sua buceta tão quente, molhada e incrivelmente ansiosa,<br />
agarrando meu pau como se nunca fosse deixar sair. Eu não tinha percebido o<br />
quanto tinha implorado por isto até que experimentei novamente. Eu abaixei
minha cabeça para mordiscar seus enormes seios redondos, que balançavam<br />
tentadoramente na minha cara. Os seios de Avery provavelmente seriam menores,<br />
mas firmes e bem formados para compensar. A pele dela era pálida em vez de<br />
bronzeada, mostraria todos os tipos de sinais de chupada que eu pudesse deixar.<br />
Tarde demais, me lembrei. Porra! Por que não podia manter Avery fora da<br />
minha cabeça? Eu não conseguia parar de imaginar como ela ficaria debaixo de<br />
mim, não conseguia parar de sobrepor o rosto dela em cima do de Pam. Toda vez<br />
que repelia um pensamento dela, mais dois apareciam.<br />
Por que diabos Avery estava vindo para cá tão de repente, afinal? Por que<br />
tinha que invadir todos os aspectos da minha vida? Vou ter que perguntar isso a<br />
ela, quando chegar. Por agora apenas rosnei na boca de Pam, nosso beijo distraído,<br />
manchando o batom brilhante e tentando de tudo para afugentar a fantasia com<br />
minha linda meia-irmã.
Capítulo 2<br />
l<br />
Avery<br />
O som das rodas das minhas malas de repente suavizou quando rolei da<br />
calçada para a entrada acarpetada. Caminhando, olhei em volta, tentando não ficar<br />
boquiaberta com o opulento complexo de condomínio do meu meio-irmão.<br />
Paredes com painéis de carvalho, pisos de mármore preto e branco, vasos de<br />
orquídea em cada mesa de acento. Um candelabro de cristal pendurado sobre uma<br />
área do salão de baixo-relevo contendo uma mesa de centro de vidro oblongo, e<br />
várias cadeiras antigas estofadas em azul e ouro. Caramba... Bem, acho que a<br />
família Bennett tem uma tonelada de dinheiro.<br />
Estudar em Londres foi incrível, mas o e-mail do meu pai foi o oposto do incrível.<br />
Ei, a propósito, não posso pagar seu aluguel e as mensalidades de sua<br />
faculdade, então você tem que ir morar com um cara que mal conhece.<br />
Ao mesmo tempo, porém, era bom estar na Califórnia. As boutiques e<br />
restaurantes familiares, eu sonhava com as pessoas bronzeadas. A brisa suave,<br />
quente que sempre cheirava a sal. O sol ardente, como se nunca tivesse visto uma<br />
nuvem. E as praias de areia branca e ondas azuis de Coronado Island, do outro lado<br />
da Baía de San Diego, com pequenas cabanas onde turistas alugavam bicicletas e<br />
tomavam coquetéis de fruta em cafés históricos.<br />
Então era isso, apesar de ter sido arrastada abruptamente a essa estranha<br />
situação, me sentia muito bem. Eu ia viver em uma cidade linda de cair o queixo,<br />
em um apartamento caro, e só pensava em chutar a bunda do meu último<br />
semestre. Formar mais cedo. Conquistar o mundo surpreendente da moda. Tudo<br />
daria certo.<br />
Ainda assim, senti um nervosismo persistente enquanto arrastava minhas<br />
malas até o apartamento de Nixon no sexto andar. Estava grata pelo lindo lugar
que ia viver, e chegando um pouco antecipada. Se isso o irritar? Como ele se<br />
sentiria em estar preso a uma garota como companheira de quarto?<br />
Tentei silenciar minhas dúvidas, chequei o número do apartamento e bati<br />
duas vezes na porta. Nenhuma resposta. Após mais algumas batidas e mais espera,<br />
tentei a maçaneta e senti que girou. Talvez tivesse deixado seu apartamento<br />
aberto, caso eu aparecesse, enquanto ele estivesse fora? Não querendo esperar no<br />
corredor até ele voltar, coloquei minha cabeça para dentro.<br />
Gemidos femininos imediatamente atingiram meus ouvidos. Meu rosto<br />
corou ligeiramente. Ele tinha deixado um filme pornô ou algo assim?<br />
Provavelmente teria que me acostumar com esse tipo de coisa, se ia morar com um<br />
cara. Os gemidos aumentaram e pareciam mais reais. Havia uma mulher real e ao<br />
vivo aqui? Ah, merda, e se eu estivesse no endereço errado? Arrastei-me para<br />
dentro do apartamento... E finalmente vi meu novo meio-irmão.<br />
Nu como veio ao mundo. Fodendo uma loira na mesa de jantar em plena luz<br />
do dia.<br />
Desejei gritar ao invés disso sufoquei um suspiro. Nixon virou a cabeça com<br />
o ruído. Nossos olhos se encontraram. Esperava que ele fosse gritar ou perder o<br />
bom senso, talvez até mesmo rir. Mas ele só olhou levemente surpreso. Como se o<br />
tivesse interrompido enquanto estava no final de um bom livro em vez de com um<br />
ser humano.<br />
Ele se retirou e virou para me encarar. Sua parceira sentou para ver o que<br />
estava acontecendo. Ela parecia uma boneca Barbie, com grandes seios falsos e<br />
uma longa crina loira oxigenada. Seus olhos fortemente maquiados arregalaram ao<br />
me ver. Mas meus olhos estavam concentrados na virilha de Nixon, na sua longa,<br />
ereção grossa, latejante, mal contida pelo látex liso esticado em torno dele.<br />
— Oi, mana. — disse casualmente.<br />
Só essas duas palavras. O que? Meu cérebro estava explodindo e meu<br />
estômago estava implodindo e ele só disse Oi, mana? Um grito estrangulado me<br />
escapou, e fugi para o corredor como um coelho aterrorizado. De alguma forma<br />
consegui segurar minhas malas em vez de arremessá-las na cara dele.<br />
Por pura sorte, encontrei o quarto de hóspedes vazio e bati a porta atrás de<br />
mim. Meu rosto estava pegando fogo. Eu tinha agido com indignação. Mas em outro
nível, algo mais primitivo, arranhando acima da vale do meu ventre, tudo o que<br />
havia testemunhado estava queimado em minha mente.<br />
Não conseguia parar de lembrar da cena que encontrei quando entrei. Como<br />
poderia algo tão enorme caber dentro de alguém? O único cara que eu tinha<br />
dormido não chegava perto do tamanho de Nixon. Os gemidos daquela mulher<br />
eram tão altos, e o pau de Nixon brilhava com a umidade quando se virou para me<br />
encarar. Ela devia estar se sentido bem. Incrível, mesmo. A bunda dele estava tensa<br />
com a força de seus golpes duros. Com um pau assim, acho que ele mal teria que se<br />
mover para fazer uma mulher gozar. Mudei de um pé para o outro, tentando aliviar<br />
a tensão, reunida entre as minhas pernas, o lustroso poliéster do meu macacão<br />
deslizando por minha pele. Por que de repente eu estava tão ciente dessa<br />
sensação? E quando ficou tão quente aqui? Meus braços nus estavam arrepiados<br />
por causa do ar condicionado e ainda me sentia suada.<br />
Minha atenção animou ao som de vozes abafadas na sala de estar. Será que<br />
eles iam continuar de onde pararam? Nixon não parecia se importar com minha<br />
presença, e não me pareceu que eles tinham acabado. Uma parte muito pequena,<br />
muito vergonhosa de mim, queria que continuasse para que pudesse ouvir tudo.<br />
Puta merda, o que estava errado comigo? Aquele cara lá fora, com o corpo mais<br />
perfeito e o maior pau que já tinha visto, não, não Cale a boca, faz parte da minha<br />
família. Mas eu ainda não conseguia parar de ouvir.<br />
As vozes continuaram por um minuto, muito calmamente escolhendo suas<br />
palavras. A voz profunda de Nixon definitivamente estava fazendo a maior parte da<br />
conversa. Persuadindo-a a voltar para cima da mesa? Pedindo desculpas pela<br />
interrupção embaraçosa? Então alguns passos abafados e o clique de uma porta se<br />
fechando. Seu brinquedo deve ter ido embora essa noite.<br />
Assustei-me com uma batida na porta do meu quarto. Depois que tinha me<br />
esforçado para ouvir os sons distantes de sua conversa, o barulho tão perto soou<br />
alto e acusatório. Merda! Claro, ele quer falar comigo enquanto estou sentada aqui<br />
comendo ele com os olhos mentalmente. Corri para ajeitar o rabo de cavalo, tirar a<br />
poeira inexistente do meu macacão oliva Kate Spade, tudo para adiar a entrada<br />
dele.<br />
— Espere! — disse.
A porta se abriu. Nixon não fez uma tempestade, não gritou ou fez uma<br />
carranca, mas a raiva que saia dele era impossível de confundir. Eu dei um passo<br />
para trás, e sem perceber a parte de trás dos meus joelhos colidiram contra a<br />
armação da cama. Um arrepio me percorreu, a cama, estávamos no meu quarto, eu<br />
estava no apartamento dele, e não podia dizer se era medo, excitação ou pura<br />
adrenalina. Sua energia masculina dominou completamente o quarto pequeno.<br />
De repente me surpreendeu o quão grande ele era. Quão alto, largo e<br />
musculoso. Ser fodida por Nixon deveria ser como ir a um parque de diversões,<br />
andar numa montanha-russa, gritar e ter seu coração batendo muito forte. Ele<br />
ainda cheirava a sexo e suor almiscarado, dos momentos antes de ser<br />
interrompido. Seu jeans desbotado montava baixo em seu quadril saliente,<br />
revelando a borda inferior de oito gomos em seu abdómem e o início de um escuro<br />
caminho da felicidade. Sua camiseta gola V manga curta pendia sob seus peitorais<br />
musculosos. Estava impresso na parte da frente: “O Único Dia Fácil Foi Ontem.” Eu<br />
disse a mim mesma, estava apenas lendo a citação em vez de olhar para seus<br />
músculos. Tanto quanto eu apreciei o homem vestido, não pude deixar de perder o<br />
seu aspecto nu.<br />
Ele cruzou os braços sobre o peito enorme, os olhos azuis de gelo me<br />
perfurando. Era absurdo, mas naquele momento, cada um dos seus bíceps<br />
expostos pareciam tão grande quanto minha cabeça. Eu poderia sentar-me na<br />
dobra do seu braço como um balanço na varanda? Poderia ele me segurar pela<br />
cintura enquanto me fodia contra a parede? Então percebi que estava me olhando,<br />
ele disse algo, e eu precisava parar de pensar com meu clitóris. Eu pisquei para ele<br />
como uma idiota.<br />
— Desculpe o quê?<br />
— Isso não vai funcionar. — ele repetiu.<br />
Certo. Estava aqui por dez minutos, e já estamos tendo problemas de<br />
colegas de quarto. Concordei, limpei a garganta na tentativa de limpar minha<br />
mente.<br />
— Não poderia concordar mais. — respondi. Ele pareceu um pouco<br />
surpreso por um segundo, como se estivesse esperando mais discussões. Mas sua<br />
expressão endureceu novamente quando continuei. — Não quero ver essa merda
quando chegar. Se eu for viver aqui, você não pode trazer mulheres estranhas e<br />
transar por todo o apartamento. É nojento.<br />
Esforçando-me para olhar em seus olhos, cruzei meus braços e endireitei<br />
minhas costas para igualar a postura dele. Ele não podia mais viver como um<br />
homem das cavernas. E se eu tivesse que estabelecer a lei, mais cedo ou mais tarde,<br />
podia muito bem ser agora.
Capítulo 3<br />
l<br />
Nixon<br />
Tudo que pude fazer foi ficar olhando. O que diabos ela disse para mim?<br />
Metade de mim queria estrangular minha nova irmã... A outra metade queria<br />
fodê-la sem sentido.<br />
Agora que tive a chance de dar uma boa olhada para ela, vi que tinha imaginado<br />
errado sobre o que ela usaria: um estranho macacão verde escuro, sem mangas.<br />
Mas de alguma forma, ela conseguiu fazer com que parecesse bom. As partes que<br />
não eram suavemente cobertas por tecido só chamavam a atenção para a pele<br />
macia. O pálido pescoço praticamente implorava para ser mordido. Com seus<br />
saltos baixos e cintura alta, as pernas dela pareciam ter cerca de dez milhas de<br />
comprimento. Até os mais inocentes detalhes batiam direito no meu pau. Eu<br />
imaginei os lábios com gloss rosa fazendo beicinho ou abertos com prazer, as<br />
unhas rosa, segurando os lençóis da cama ou arranhando minhas costas, seus<br />
dedos dos pés curvando enquanto ela gozava duro. Quão próximo sua buceta<br />
perfeita estava dessa cor rosa chiclete?<br />
Porra! Fique concentrado em seu objetivo, Nixon. Não importa quão<br />
fodível ela pareça, eu tenho que me desligar de suas besteiras agora. Uma garota<br />
malcriada não ia entrar aqui e mandar em mim. Eu balancei minha cabeça<br />
bruscamente, ao olhar para ela.<br />
— Desculpe, mas esta é minha casa e meu pau. Vou usar os dois como bem<br />
entender.<br />
— Ser colegas de quarto não funciona desse jeito! — ela reagiu. — Eu tenho<br />
o direito de comer, dormir e fazer minha lição de casa aqui. Este lugar é meu,<br />
também.<br />
Ela nem sequer hesitou. No mínimo, eu tinha que admirar a contragosto sua<br />
coragem. Mas isso era tudo.<br />
— Se tenho algo a dizer sobre esse assunto é, esta não é a sua casa.
Ela vacilou por um segundo e, depois me olhou com coragem renovada.<br />
— Seu pai apenas casou com a minha madrasta, lembra? — ela ergueu seu<br />
polegar e o mindinho para imitar um telefone e um falso soluço. — Boo hoo, Nixon<br />
não para de esconder prostitutas no apartamento. Não é minha culpa se tenho de<br />
viver com ele. Por que ele é tão cruel? — a voz dela voltou ao normal. — Reclamo<br />
com a Cynthia, ela reclama para Russ, e Russ vai se arrastar de tão longe para cima<br />
de seu alvo.<br />
Eu levantei um dedo. — Certo, em primeiro lugar: nunca mais chame Pam<br />
de prostituta novamente. Ela é uma garota legal. Na verdade, é uma mulher adulta,<br />
o que significa que pode foder com quem quiser. Mesmo se não fosse minha amiga,<br />
não merece seus insultos banais. Então amadureça. — fiz uma pausa para apreciar<br />
o olhar de choque no rosto de Avery. — Consegue ver o esquema aqui? Como as<br />
outras pessoas vivem a vida sexual delas não é da sua conta.<br />
— Se torna da minha conta quando você e sua amiga. — ela cuspiu a palavra<br />
como se estivesse tentando tirar o gosto de sua boca. — Rolam nus por toda parte<br />
da casa. As pessoas têm de comer na mesa!<br />
Eu ergui minhas mãos. — Então vou limpar quando terminarmos. Solução<br />
fácil. Ainda bem que tivemos esta conversa.<br />
— Isso não é nem perto do que eu quis dizer, e você sabe disso! Todas as<br />
suas... Coisas precisam parar. Sem vadias aleatórias no apartamento. Sem sexo<br />
quente em cada superfície horizontal. — ela jogou os pulsos em um gesto rápido de<br />
não, fazendo um sinal sonoro com suas pulseiras e agitando seu peito. Que droga.<br />
— É só um semestre. Eu não vou transar também, então acho que você vai<br />
sobreviver.<br />
Eu não conseguia decidir, se queria rir ou socar a parede. Como diabos eu<br />
manteria meu pau seco por mais de sete semanas? Mais catorze semanas, se contar<br />
a missão de treinamento que fui atribuído para depois que terminasse minha<br />
licença. Eu estava esperando desde Novembro passado e nada no mundo poderia<br />
me manter por mais um segundo. Mas tive que admitir, meu pai tinha interferido o<br />
bastante no meu negócio por um dia, e realmente prefiro que meu apartamento<br />
não vire uma zona de guerra. Não queria estar constantemente em desacordo com<br />
Avery... Então eu tinha um dilema nas mãos.
Mas e se a solução estivesse olhando para mim? Meus lábios se curvaram<br />
enquanto olhava para Avery com uma nova intenção. Se eu não tinha permissão<br />
para trazer mulheres estranhas em casa, e ela não estava fazendo sexo com<br />
alguém... Talvez nós poderíamos matar dois coelhos com uma cajadada.<br />
Deixei meus olhos cair em seu corpo novamente. Era lindo, e provavelmente<br />
não tinha chegado a uma boa sessão suada de foda, em um tempo, ou talvez nunca.<br />
Eu ficaria mais que feliz cumprindo essa função. Mas por outro lado, a<br />
personalidade dentro desse corpo parecia dura como uma tábua... Mesmo que suas<br />
roupas fossem caras, não entendi o sentido dela ser arrogante. Mas tudo era sexy,<br />
quem era eu para reclamar sobre isso? Ela se cuidava e gostava de sentir-se bem<br />
arrumada. Etiquetas de grifes polvilham suas roupas e as pulseiras de ouro em<br />
cada braço me diziam muito. Sua veia explosiva foi uma boa surpresa; Ela<br />
provavelmente pesava 54 quilos, mas não hesitou em repreender um Fuzileiro<br />
Naval construído com tijolos, uma parede de dois metros. Um cara não conhece<br />
esse tipo de garota todos os dias. E tenho que dizer, mesmo me irritando um<br />
pouco, gostei do que vi até agora, e quero ver mais. Não tivemos muita chance de<br />
interagir durante nossa semana na fazenda. Agora que estamos vivendo juntos, eu<br />
definitivamente não me importaria de conhecê-la melhor.<br />
A linha de raciocínio descarrilou quando Avery retrucou. — O quê? Eu disse<br />
algo engraçado?<br />
Fiquei a encarando em silêncio. — Não, só pensando. — eu disse<br />
lentamente. Dane-se, a única maneira de descobrir o que está em cima da mesa é<br />
pedir. — Então o que propõe?<br />
— Hein? Eu não acabei de dizer o que quero?<br />
— E eu disse que era ridículo. Mas desde que você aparentemente não<br />
estava escutando, vamos esclarecer algumas coisas. — levantei minhas<br />
sobrancelhas para ela até ter certeza que ia ficar em silêncio. — Passei nove meses<br />
com as tropas. Você entende o que isso significa? Trinta e seis semanas sob fogo<br />
inimigo, assando vivo em algum deserto abandonado com apenas minha mão para<br />
me fazer companhia. — ela piscou seus grandes olhos verdes. Minha nossa. Se o<br />
nível de franqueza tinha ofendido sua delicada sensibilidade, ela estava em um<br />
mundo completamente diferente. — E depois eu estive visitando a família na<br />
fazenda. Você se lembra dessa parte. Não é exatamente uma oportunidade
privilegiada para caçar buceta. — seu rubor inocente me fez querer pressionar<br />
mais ainda. Quão vermelhas eu poderia fazer essas bochechas ficarem? Segurando<br />
as minhas mãos nas costas, dei meio passo mais perto, inclinado ligeiramente para<br />
frente para enfatizar a diferença de altura entre nós. Seus cílios longos, enrolados<br />
vibraram, e ela molhou os lábios, respirando quase imperceptivelmente mais<br />
rápido. Eu tinha feito o palpite certo; Ela era uma dessas mulheres que gostava de<br />
ser comandada, comecemos com a vibração de macho alfa. Em um tom<br />
perigosamente baixo, concluí. — Então eu estava planejando passar os próximos<br />
dois meses me re-familiarizando com as bucetas... Quentes... Molhadas.<br />
— Por que você está me dizendo isso? — ela finalmente rangeu. Seus olhos<br />
eram enormes piscinas no rosto vermelho brilhante.<br />
— Por que aquela coisa anterior com Pam mal conseguiu me descontrair.<br />
— meus lábios arquearam em um sorriso duro, com fome. — Você disse que vamos<br />
viver juntos por um semestre inteiro. Isso é o que, quatro meses, do caralho? Nós<br />
dois precisamos de um pouco de diversão, e posso te dizer agora que minha mão<br />
não vai acabar com isso. Então, se não quer que eu transe com outras mulheres por<br />
todo apartamento... Que tal ajudarmos um ao outro? — meu sorriso se tornou<br />
lascivo.<br />
— Você... Quer... — ela gaguejou. As emoções brilharam em seu rosto,<br />
rápidas demais para contar choque, desejo ou raiva. — Isso é nojento. Você é<br />
nojento! Somos praticamente parentes! — seu tom subiu para um grito. — Saia do<br />
meu quarto!<br />
Então, é raiva. Merda. Talvez esse não fosse o melhor momento.Peguei sua<br />
sugestão educada e virei meus calcanhares. A porta bateu atrás de mim tão<br />
depressa que quase pegou minha bunda na saída.<br />
Não havia nada que eu pudesse fazer, mas levei minhas bolas tristes para o<br />
chuveiro e me masturbei. E agora, nem tentei me impedir de imaginar Avery<br />
debaixo de mim. Esses quatro meses vão ser longos.
Capítulo 4<br />
l<br />
Avery<br />
Com meu coração batendo acelerado, pressionei minhas costas contra a<br />
porta e deslizei para o chão, como se estivesse tentando segurar o pensamento de<br />
Nixon sob controle. Mas não importava a quão chateada estava, não conseguia<br />
parar de pensar em seu corpo, naquela sugestão libertina. Não conseguia parar de<br />
imaginá-lo me fodendo. O ponto de encaixe de seus quadris, enquanto empurrava<br />
seu longo e espesso pau, até o fim. Todos os seus músculos ondulando enquanto<br />
metia em mim com tudo o que tinha. Suas longas costas musculosas, seus músculos<br />
abdominais, seu quadril estreito...<br />
Eu queria gemer alto com pura frustração. Apenas o pensamento dele era<br />
suficiente para me fazer sofrer. Nunca pensei que pudesse estar tão excitada e tão<br />
zangada ao mesmo tempo. Por que meu corpo tinha que ter vontade própria? Por<br />
que aquele pedaço perfeito de corpo de Senhor Universo, tinha que pertencer ao<br />
meu irmão?<br />
Uma porta bateu, e ouvi o tamborilar da água no banheiro. Ele estava no<br />
chuveiro? Engoli a grossa imagem que me veio à mente. O jato correndo sobre seus<br />
ombros largos e peitorais salientes, todos os ângulos duros de músculos e ossos,<br />
até seu...<br />
Deixei minha cabeça bater contra a porta. Não muito forte, apenas o<br />
suficiente para expressar o meu ódio repentino pelo universo. Então me forcei a<br />
ficar em pé, deslizando as costas na porta. Tinha que tirar Nixon da minha cabeça<br />
antes que me perdesse completamente. Tentando ignorar qualquer ruído vindo do<br />
chuveiro, tomei o meu primeiro olhar real ao redor do quarto que ficaria pelos<br />
próximos quatro meses.
Era quase tão grande quanto o apartamento em Londres que eu tinha<br />
compartilhado com outras duas garotas. À minha direita estava uma cama Queen<br />
Size com cabeceira esculpida e criado-mudo anexado, com lençóis branco. Um<br />
grande closet com portas largas de correr espelhadas ocupava a maior parte da<br />
parede esquerda. Ao longo da parede oposta estava uma estante alta, uma mesa de<br />
computador sob um par de janelas duplas, e uma cômoda. Toda a mobília<br />
compunha-se de uma bela cor de caramelo, um conjunto que deve ter custado<br />
milhares de dólares.<br />
Apertei os lábios. Nunca diria isso, mas fiquei impressionada com o quão<br />
limpo, ordenado e elegante era tudo. Outra vantagem de viver com um homem<br />
militar... Ele não pode alegar que não sabe como manter as coisas limpas.<br />
Espera outra vantagem? Eu quis dizer uma vantagem. Apenas uma. Eu<br />
definitivamente não havia começado uma lista mental que começava com "confie<br />
ele está errado" e terminava com "puta merda o homem sabe como tirar poeira”.<br />
Agora que pensei nisso, na verdade, meu novo quarto era quase muito<br />
arrumado. A cor suave e mobília espartana deprimentemente, em minha opinião,<br />
era como uma suíte de hotel. Mas consertaria isso assim que começasse a arrumar<br />
as minhas coisas. Talvez se colocasse um pouco de arte nas paredes, me sentiria<br />
em casa nesse lugar antes que eu percebesse.<br />
Tirei minhas sandálias de gatinho da Gucci, mexendo os dedos dos pés no<br />
tapete macio azul acinzentado e abri ambas as janelas para deixar entrar a brisa<br />
fresca do oceano. Depois abri minhas malas e comecei a retirar cuidadosamente<br />
camada sobre camada de roupas, sapatos e maquiagens. Tinha levado uma<br />
embalagem bem criativa para caber tudo que precisava. Isto tudo só duraria por<br />
mais um mês ou dois, quando as estações mudassem, precisaria ir até a casa do<br />
meu pai para trocar meu guarda-roupa. Isso provavelmente aspiraria um dia<br />
inteiro de estudo, desde que Irvine fica cerca de três horas de carro. O que de fato<br />
seria divertido... Espero que o verão dure até depois de meus exames.<br />
Comecei a encontrar lugares para todos os meus bebês no gabinete do<br />
closet, me deixando ser absorvida pelo projeto simples e repetitivo. Pendurei<br />
blusas e saias, dobrei pilhas de shorts e calças. Roupa íntima em uma gaveta, meias<br />
na outra. Caixas de sapatos alinhadas de acordo com a cor e altura do salto. Logo<br />
minhas mãos moviam-se inconscientemente, como meus pensamentos.
Apenas mais um precioso fim de semana, e estaria de volta a sala de aula.<br />
Seria incrível ver todos meus amigos de escola novamente. E eu estava ansiosa<br />
para a aula de jornalismo de moda, desde que me inscrevi na primavera passada.<br />
Espero que meu estágio em cabelo e maquiagem não leve muito tempo; apenas<br />
uma professora ensinava durante o semestre do outono, e ela tinha uma reputação<br />
de extremamente severa. Se eu realmente precisasse, provavelmente poderia<br />
economizar em Análise de Mercado. Não que eu fosse para o lado dos negócios da<br />
indústria da moda. Eu ri, enquanto montava minha árvore de joias, poderia<br />
definitivamente caminhar através da história da Alfaiataria Americana. Eu estava<br />
obcecada com estilos vintage, desde o dia em que descobri a alta-costura.<br />
Às vezes era ainda difícil de acreditar que me formaria em apenas poucos<br />
meses. Pelo menos estaria se não me deixasse distrair por certo colega de quarto,<br />
que aparentemente não podia manter o pau dentro das calças, enquanto eu<br />
estivesse tentando estudar. Franzi a testa quando aquela mulher passou pela<br />
minha cabeça outra vez, Pat ou Penny ou sei lá. Não, o nome dela era Pam. Fiquei<br />
surpresa quando Nixon saltou em defesa dela assim. Quem teria pensado que um<br />
jogador realmente via suas conquistas como seres humanos?<br />
Mas aquela pontinha de cavalheirismo não deixou de ser falsa. Eu não<br />
estava pedindo nada irracional aqui. Tinha o direito de me sentir confortável no<br />
maldito apartamento, e isso não aconteceria com aleatórias mulheres nuas,<br />
entrando e saindo o tempo todo. Talvez dizer "Vou contar para Mamãe" tenha sido<br />
um pouco demais, apesar de tudo. Rejeitei rapidamente a ideia, ele me forçou a<br />
isso. Ele não queria falar sobre os limites como um adulto razoável, então tive que<br />
descer ao nível dele. Um homem imaturo como Nixon nunca me levaria a sério se<br />
não lhe desse um ultimato.<br />
Não é como se ele fosse seu irmão de verdade, meus hormônios<br />
prestativamente sugeriram. Ele nem é seu meio-irmão. O pai dele é casado com a<br />
sua ex-madrasta, o que o torna meio-irmão de Emma, não seu. O que diabos sequer<br />
chamam isso, seu meio-irmão distante? Como poderia ser errado se não há sequer<br />
uma palavra para como vocês estão relacionados?Mas eu disse firmemente a mim<br />
mesma que era impossível. Nunca pensei em Emma como uma ex-meia-irmã, ou<br />
até mesmo uma meia-irmã, apenas uma irmã. A única que eu tinha. Depois que<br />
mamãe morreu, Cynthia me tratou como sua própria filha. Se minha mãe não
oficial casou com um novo marido, os filhos do cara eram meus meios-irmãos. Só<br />
que meus hormônios não estavam recebendo a entrega do aviso, e eu queria gritar.<br />
Em vez disso, me estiquei, rangendo quando minhas costas estalaram. Eu<br />
tinha desembalado por mais de uma hora. Mas ainda havia um bom pedaço da luz<br />
do dia, e Deus sabia que eu precisava sair daqui e arejar a cabeça. Será que aquela<br />
praia pequena que vi no meu caminho para aqui ainda estava aberta? Eu podia<br />
mergulhar os dedos dos pés na água, deixar o sol aquecer e relaxar meus músculos<br />
doloridos. Tentei voltar para o ritmo positivo que estava curtindo, antes do homem<br />
das cavernas roubar meu espírito zen. Sim, parece que é tudo que preciso... E sei<br />
exatamente o que vestir.<br />
Atirei-me no armário atrás do meu biquíni favorito: vermelho papoula com<br />
pequenas bolinhas brancas, composto por um topzinho e uma tanga de corte alto.<br />
Eu consegui isso há anos em um brechó especializado em peças retrô. Troquei meu<br />
macacão agora enrugado, pelo biquíni, verificando-me no espelho por um<br />
momento. Olha só, Eu disse com firmeza. Você é Marilyn Monroe.Você está muito<br />
bonita. Você pode lidar com qualquer coisa.<br />
Depois que encontrei minha toalha branca macia e o péssimo livro de<br />
suspense que tinha começado a ler no aeroporto de Heathrow, eu estava pronta<br />
para ir.<br />
Onde Nixon estava? Jesus me controla. Obriguei-me a aguentar firme e<br />
desfilar na sala de estar, como se fosse dona do lugar.<br />
Ouvindo os meus passos, ele se virou de onde estava sentado no sofá. — Ei,<br />
você...<br />
Ele interrompeu, e eu congelei. Podia sentir seus olhos traçando cada curva.<br />
Diabos, praticamente podia ler os pensamentos sujos correndo por sua mente.<br />
Minha pele arrepiou como se ele estivesse do meu lado, mesmo eu ainda estando<br />
no corredor.<br />
Mas tudo o que ele disse foi: — Não chegue tarde. O jantar estará na mesa as<br />
sete, você estando aqui ou não.<br />
Nenhum comentário rude? Nenhum interrogatório? Ele ia cozinhar? Isto era<br />
um universo alternativo?
— Oh. Hum... — eu comecei. De repente, porém, não me importava o<br />
suficiente para questionar. Se ele queria parar de ser tão egoísta e me cozinhar um<br />
jantar de graça, então um viva para nós dois. — Está bem. Obrigada...<br />
Então me apressei para fora da porta e fui até à praia. Eu tinha apenas três<br />
dias para relaxar antes de voltar para a escola. Esperava que ainda pudesse<br />
aproveitar o máximo deles.
Capítulo 5<br />
l<br />
Nixon<br />
Apesar de ter saído do banho um pouco mais calmo, ainda não tinha<br />
nenhuma estratégia. O que diabo ia fazer com essa garota? Meu pai disse para ser<br />
hospitaleiro, então alimentá-la seria um bom começo. Nada pode realmente dar<br />
errado num jantar.<br />
Vesti uma calça e fiz um inventário rápido da geladeira e despensa; Não<br />
queria ir à loja novamente. Tortilhas de milho. Um saco de camarão congelado,<br />
arroz, salsa e abacate. Tostadas de mariscos e arroz espanhol? Isso era bom, certo?<br />
Mesmo se não fosse ela provavelmente não se importaria, de alguma forma,<br />
duvidava que houvesse boa comida no estilo Baja 6 em Londres. Mas o que ela<br />
gostava de beber? Consegui encontrar uma garrafa de vinho branco de só Deus<br />
sabe quando... Claro, qualquer coisa. Vinho sempre era uma boa opção para beber<br />
amigavelmente com as mulheres.<br />
Andei em volta da cozinha por mais um tempo, distribuindo um par de<br />
pratos na mesa do café da manhã, assim não teríamos que comer onde eu tinha<br />
acabado de espalhar as pernas da minha vizinha. Então cortei um limão, espremi<br />
na minha cerveja Corona geladinha e cai na frente da TV. Eu tinha que falar com<br />
Avery eventualmente, mas com certeza não queria começar outro jogo de gritos.<br />
Esperaria para começar a cozinhar até que ela saísse de sua toca.<br />
Apenas quando pensei que ela tinha morrido, ouvi passos no corredor. Me virei no<br />
sofá.<br />
— Ei, você...<br />
O que eu estava dizendo mesmo?<br />
6 “Baja é praticamente uma mistura entre as culinárias mexicana, americana e espanhola”.
Avery estava vestindo um biquíni. Não era o biquíni mais escandaloso que<br />
eu já tinha visto, longe disso na verdade, dado que as coisas eram bem animadas<br />
nas praias do Sul da Califórnia. Mas era muito sexy. Essa era uma garota que sabia<br />
como escolher roupas que mostravam suas curvas perfeitamente.<br />
Eu nem sequer tentei evitar de olha-la. Que homem poderia resistir uma<br />
visão assim? Mas ao mesmo tempo, eu não era um menino estúpido que não<br />
conseguia ler a atmosfera. Ela provavelmente ainda estava assustada com o que<br />
aconteceu anteriormente, e a última coisa que eu queria fazer era recomeçar a<br />
argumentar mais uma vez. Então guardei meus comentários para mim e disse.<br />
— Não chegue tarde. O jantar estará na mesa as sete, você estando aqui ou<br />
não.<br />
— Oh. Hum... Tudo bem. Obrigada... — ela pareceu surpresa, mas não<br />
perdeu tempo, se retirou imediatamente.<br />
Considerei uma sessão improvisada de punheta, tendo como protagonista<br />
Avery na praia como uma garota poderosa, depois optei por uma segunda cerveja<br />
em vez disso. Ela provavelmente esqueceria sua bolsa ou qualquer outra coisa, e<br />
enlouqueceria com a visão de um homem segurando seu próprio pau.<br />
Um pouco depois das seis, desliguei o decepcionante jogo de futebol na TV...<br />
Comecei a cozinhar. Assim que levei o arroz e tomate para ferver, a porta da frente<br />
foi aberta. Bem na hora... Ela era mais obediente do que eu esperava. Ou talvez<br />
estivesse com muita fome para se preocupar em mostrar seu ponto de vista.<br />
— Ei. — ela disse enquanto desaparecia no corredor. Uma única palavra,<br />
não era grandiosa, mas aceitei isso como um progresso.<br />
O chuveiro ligou e deligou; a porta do quarto abriu e fechou. Quando ouvi os<br />
passos novamente, chamei.<br />
— O jantar está pronto.<br />
— Você esterilizou a mesa? — ela respondeu. — Existe qualquer outro lugar<br />
neste apartamento que eu deva evitar tocar?<br />
Evidentemente sua insolência tinha voltado enquanto estava fora. Com uma<br />
calma forçada, respondi. — Eu limpei. Não vamos comer na mesa, de qualquer<br />
forma. Use o raio dos seus olhos.<br />
Ela zombou, silenciosamente, tocando na garganta, parecia que isso vinha<br />
pré-programado em todas as garotas da faculdade. Eu quase poderia imagina-la
evirando os olhos, mas ela arrastou o banco sentando-se no seu lugar e se<br />
estabelecendo de qualquer maneira. Resistindo ao impulso de fazer uma<br />
observação sarcástica optei apenas por servir a comida.<br />
Por quase dez minutos, focamos na nossa refeição em silêncio. Pelo menos a<br />
roupa dela não era tão perturbadora; Ela havia mudado para uma legging e uma<br />
camisa de colarinho branca.<br />
— A comida está boa? — finalmente perguntei.<br />
Ela assentiu com a cabeça. — Está ótima. Obrigada...<br />
Mais um minuto se passou e eu disse a primeira coisa que me veio à cabeça.<br />
— Você parece diferente.<br />
Suas sobrancelhas franziram — O quê?<br />
— Quando nos conhecemos na fazenda. Você parecia meio britânica.<br />
— Oh... Hein? Eu não mudaria tão rápido. — ela retirou outra colherada de<br />
arroz. — Deve ser porque estou rodeada do sotaque sulista da Califórnia<br />
novamente.<br />
Depois de mais uma rodada de silêncio constrangedor, coloquei meu garfo<br />
na mesa. Foda-se. Isso estava ficando doloroso. Precisávamos falar sobre nossa<br />
situação de vida, se ela ia fingir que não havia nada de errado, então só tinha que<br />
forca-la.<br />
— Avery. — disse categoricamente. Ela olhou para cima, e continuei. — Eu<br />
sei que nossa conversa anterior não foi boa.<br />
Ela bufou. — Isso é certeza.<br />
Estreitei os olhos, mas continuei. — Nós precisamos conversar sobre as<br />
regras de colegas de quarto ou apartamento ou o que você quiser chamá-lo. Que tal<br />
nós afirmarmos um recomeço?<br />
Ela cruzou os braços. — Bem. Por onde você quer começar?<br />
Estou tão feliz que tenha perguntado Senhorita Perfeita. Bem-vinda a bordo.<br />
— Em primeiro lugar, há apenas um banheiro. Então você não pode deixar<br />
suas coisas femininas penduradas por todo o lado. Não quero ver um milhão de<br />
frascos de shampoos no banheiro, ou qualquer absorvente espalhado no balcão.<br />
Eu sabia que era um pouco mesquinho, mas foda-se. Um homem não pode<br />
deixar o pau bloqueado tão facilmente.
— Bem, desde que o grande homem viril esta tão ofendido pela biologia<br />
básica feminina, é uma coisa boa que eu não menstrue. — ela retrucou.<br />
— Sobre o que você está falando? Você é uma dessas malucas que fazem<br />
controle de natalidade com remédios? — perguntei. Não fazia ideia do porque<br />
perguntei, não era da minha conta. Mas... Havia algo em seu tom, sangrando<br />
através da resposta, e a expressão dela era séria... Até mesmo sombria.<br />
Ela olhou para baixo. Eu esperava que me dissesse para cuidar da minha<br />
vida, mas ela não fez.<br />
— Eu... Tinha células cancerígenas. — ela murmurou.<br />
Espera. Que diabos?Isso definitivamente não era a conversa de jantar casual<br />
que esperava. Tomei um gole profundo da minha cerveja enquanto lutava por uma<br />
resposta. Maldição. Como já tinha conseguido errar novamente? O que poderia<br />
dizer para uma confissão tão pessoal?<br />
— Não quero dizer que tinha tipo, câncer, câncer. — ela prosseguiu, me<br />
salvando de ter que inventar uma resposta. — Mas foi isso que matou a minha mãe.<br />
Então quando encontraram células malignas, quando eu tinha vinte anos, tive que<br />
decidir o que fazer. Eu poderia passar por uma pequena cirurgia, e correr o risco<br />
do câncer voltar um dia, ou conseguir uma histerectomia completa. Apenas... Tirar<br />
tudo antes que pudesse se espalhar.<br />
— Jesus. — eu disse e imediatamente desejei não ter feito.<br />
Quanta perspicácia. Nixon, seu idiota inútil.Eu tinha visto Avery como uma<br />
menina, um incômodo imaturo com todas as preocupações de uma garota normal<br />
da faculdade, quando ela já tinha enfrentado algumas coisas difíceis. Ela viu sua<br />
mãe morrer, percebeu que a mesma coisa poderia acontecer com ela, e se recusou<br />
a tomar seu destino desistindo. Fora da minha linha de trabalho, quantos jovens de<br />
vinte e um anos foram forçados a confrontar sua própria morte assim?<br />
Ela assentiu com a cabeça algumas vezes, mais para ela do que para mim.<br />
— Minha mãe foi diagnosticada quando tinha vinte e três anos, logo depois que me<br />
teve,ela não tratou rápido o suficiente... Morreu quando tinha trinta e um. Não<br />
queria cometer o mesmo erro. Cheguei à conclusão que a infertilidade não era um<br />
preço tão alto a se pagar. Se eu quiser filhos, posso sempre adotar. — ela brincou<br />
com o último pedaço de comida. — Pelo menos posso planejar viver tempo<br />
suficiente para criá-los.
Sem pensar, estendi a mão para colocar sobre a dela. Toda a ousadia na qual<br />
normalmente confiava tinha dissolvido. Eu ainda não sabia o que dizer, então disse<br />
calmamente.<br />
— Sinto muito.<br />
Avery olhou surpresa, mas não recuou. — Eu... Não se preocupe. É passado. — ela<br />
sorriu. —Meio que acabei com o humor agora. — balancei minha cabeça, abri a<br />
boca para dizer que não era um problema, mas ela interrompeu. — Então o que é<br />
ser um fuzileiro? É realmente tão perigoso quanto às pessoas fazem soar?<br />
— Pode ser. — respondi. — Mas nós treinamos muito, para nos<br />
certificarmos de que estamos preparados para qualquer situação. — tirei minha<br />
mão de cima da dela para assinalar itens com os dedos. — Natação e mergulho,<br />
combate armado e desarmado, armar e desarmar explosivos, rapel, navegação,<br />
pequenas unidades táticas... Demora mais de um ano para conseguir o tridente. E<br />
então você treina uma especialidade que é destinada a complementar as<br />
habilidades dos seus outros parceiros. Nunca termina.<br />
Ela assentiu lentamente. — Uau. Parece violento.<br />
Eu ri. — É muito brutal. Mas gosto disso. A adrenalina, a maneira que estou<br />
constantemente me testando é disso que preciso... Além disso, sirvo o meu país. —<br />
lembrando a pergunta que na verdade ela fez, diminuí. — Devo explicar que os<br />
fuzileiros representam o mar, ar e terra. A Marinha originalmente criou fuzileiros<br />
para reconhecimento secreto nas áreas costeiras, mas hoje, iniciamos ataques por<br />
terra e ar. Somos especializados em ambientes extremos: desertos, selvas,<br />
montanhas, tundras 7 . Você provavelmente ouviu falar sobre isso no noticiário, mas<br />
era uma equipe do SEAL 8 que pegou o Osama Bin Laden. Fazemos missões,<br />
matamos ou capturamos alvos terroristas específicos, resgatamos reféns, paramos<br />
a atividade de milícias...<br />
A expressão de Avery se transformou em admiração. — Então você é tipo,<br />
um herói na vida real.<br />
— Oh Deus, não. Não diga isso. Eu estou apenas fazendo meu trabalho. — eu<br />
tinha tomado o resto da minha cerveja; Provavelmente a última pela noite. — Se<br />
sou alguma coisa, é um masoquista. — antes que ela pudesse continuar com essa<br />
7 Tundra é um bioma no qual a baixa temperatura impede o desenvolvimento de árvores. Existem três<br />
tipos de tundras: tundra ártica, tundra alpina e tundra antártica.<br />
8 SEAL. É a principal força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos.
admiração de herói novamente, mudei de assunto. — Você está estudando coisas<br />
de moda, certo? Parece que você se dá bem com isso.<br />
Ela riu. — Sim, coisas de moda. Eu amo roupas e maquiagens desde que<br />
estava no ensino médio. Era algo que eu e minha mãe gostávamos de fazer juntas,<br />
só não quero deixar isso acabar. — foi incrível como de repente o rosto dela<br />
iluminou.<br />
— Então o que vai fazer com isso depois se formar? — perguntei.<br />
Ela baixou a cabeça. — Se eu pudesse levar meu hobby e fazer uma carreira<br />
nisso... Não consigo pensar em nada que prefiro fazer para viver. O que eu<br />
realmente quero é começar um Blog de moda. Não para celebridades, elas já têm<br />
ajuda mais do que suficiente. Apenas para pessoas comuns. — seu sorriso suavizou<br />
em uma estranha doçura. — Mães, senhoras, adolescentes descobrindo quem elas<br />
querem ser. Garotas da minha idade que estão trabalhando por um salário mínimo<br />
e vivendo de macarrão instantâneo, mas ainda querem um pouco de graça em suas<br />
vidas. Todo mundo merece se sentir bem e definir como pretendem se mostrar,<br />
não importa quanto dinheiro ou tempo livre tenham. — ela parou, subitamente<br />
auto consciente, lançando seus olhos para mim e depois para longe. — Mas você<br />
provavelmente acha bobagem 'coisas de moda'.<br />
— Ei, eu estava só brincando. — acenei ligeiramente com a mão em um<br />
gesto de acalme seu coração. — Não posso dizer que entendo o que há de tão<br />
mágico nisso, mas você obviamente se importa, então... Isso é importante. Parece<br />
que você está dando duro para fazer seu sonho acontecer. Tenho de respeitar isso.<br />
Ela piscou, como se tivesse esperando que eu tirasse sarro dela, então deu<br />
um grande sorriso brilhante dessa vez. — Você precisa de ajuda para limpar a<br />
cozinha?<br />
Eu balancei minha cabeça. — Não. Só vou jogar tudo na máquina de lavar<br />
louça.<br />
Percebi tarde demais, que ela tinha feito uma oferta de paz. Mas não parecia<br />
ofendida. Enquanto ela tomava o último gole de seu vinho, comecei a recolher<br />
todos os pratos e panelas sujas, ainda tentando me acostumar a ter outra pessoa<br />
no meu espaço. Parece que a gatinha tem seu lado fofo, quando as garras não estão<br />
para fora. Na verdade, provavelmente não pôde obter um sem o outro; a mesma
natureza apaixonante que a tornava feroz também a fazia afetuosa. Ela ainda era<br />
um pouco ingênua e inocente, mas era engraçada ao invés de irritante.<br />
Pela segunda vez hoje, me ocorreu que eu queria saber mais sobre ela. Foi<br />
uma sensação estranha. Meu trabalho exigia um estilo de vida que não combinava<br />
bem com coisas típicas de namoro, então a fase de conhecer um ao outro não era<br />
algo que alcancei muitas vezes. Mas eu estava preso com Avery pelos próximos<br />
meses. Então por que diabos não?
Capítulo 6<br />
l<br />
Avery<br />
Depois do jantar, me sentei no sofá da sala com Nixon, segurando uma taça<br />
de Chardonnay gelado. Eu estava começando a ficar cansada, talvez um pouco<br />
tonta, mas a tensão começou a aliviar entre nós e não queria deixar que isso<br />
terminasse ainda. Como é que um dia que tinha começado com meu meio-irmão<br />
nu, transando, sem mencionar o argumento insano logo em seguida, ao fim acabar<br />
com a gente conversando durante o jantar como amigos?<br />
Geralmente nunca falava sobre a morte da Mamãe, especialmente em minha<br />
primeira conversa com alguém. Mas por alguma razão... Só não consigo definir<br />
qual, senti como se pudesse confiar nele. Ele não me decepcionou, mesmo que não<br />
tivesse conhecimento o bastante para me responder.<br />
Não conseguia esquecer a maneira como seus olhos iluminaram quando<br />
falou sobre ser um fuzileiro. Sua devoção era tão intensa, mas tinha vislumbrado<br />
um lado humilde, doce também, quando ele tinha dispensado meu elogio<br />
admirado. Definitivamente não esperava que se importasse com minha paixão por<br />
roupas bonitas. Mesmo que seu trabalho fosse bem mais sério, me ouviu falar<br />
sobre minha carreira como se moda fosse tão importante, quanto prender<br />
bandidos e salvar vidas.<br />
No entanto, a atmosfera calma logo se tornou tensa novamente. Nixon<br />
estava inclinado para frente no sofá, com os cotovelos sobre os joelhos, deixando a<br />
cerveja dele oscilar precariamente entre seus dedos.<br />
— Ainda há uma última coisa que precisamos conversar. — ele disse.<br />
— Essa regra de 'nenhuma mulher estranha no apartamento'... Esta brincando,<br />
certo?<br />
Engoli meu gole de vinho e balancei minha cabeça com firmeza. — Ainda<br />
estou cem por cento séria.
— Bem, então estou muito sério na minha oferta de antes. — ele olhou para<br />
mim, com olhos arregalados. — Eu sou um homem de sangue quente, Avery. Já te<br />
disse que passei nove meses no Oriente Médio, e a única ação que tive foi com a<br />
minha própria mão. Então, eu vou foder alguém e ponto final. Se vai viver comigo<br />
até se formar e não quer que outras mulheres venham aqui, então... — seus lábios<br />
arquearam e ele deu de ombros. — Há uma solução fácil. Temos dois participantes<br />
dispostos sentados bem aqui.<br />
Fiz uma carranca, ignorando a centelha de calor que cintilou no meu ventre.<br />
Essa merda de novo? Estava começando a pensar que ele havia aprendido a lição,<br />
mas estava claro que seria demais esperar por isso.<br />
— Dois participantes dispostos? Talvez queira contar novamente. Use os<br />
dedos se ajudar.<br />
Um sorriso mal puxou a boca dele quando balançou a cabeça lentamente.<br />
— Vamos lá. Eu vi você olhando meu pau mais cedo.<br />
Todas as células do meu cérebro gritavam um impasse. Abri minha boca<br />
para negar, chamá-lo de estúpido, pervertido ou responder com algo inteligente,<br />
qualquer coisa. Mas nem uma única palavra saiu.— Você fez questão de dar uma<br />
boa olhada, antes de sair em disparada. Agora, por que uma mulher jovem e<br />
saudável faria isso? — ele levantou suas sobrancelhas para mim. — Hum? Será que<br />
você nem mesmo tem necessidades físicas?<br />
Eu finalmente desengasguei. — Patético, não precisa falar sobre mim e<br />
minhas necessidades na mesma frase.<br />
— Você não precisa ficar na defensiva. — ignorando completamente o meu<br />
balbuciar, ele continuou. — Isso não precisa ser uma grande coisa. É só sexo. — ele<br />
virou-se para mim, seus olhos ardentes, e me senti aquecendo novamente. — Sem<br />
compromisso. Sempre que quisermos. — fiquei muda novamente. Ele colocou sua<br />
cerveja na mesa do café e relaxou no sofá. — Em minha opinião, seria uma vitória.<br />
Estive com muitas mulheres para saber o que diabos eu estou fazendo. — sua mão<br />
deslizou até a parte superior da coxa. Eu engoli incapaz de olhar longe seu zíper.<br />
Isso era apenas uma dobra em seu jeans, ou era seu pau duro? — Eu posso te fazer<br />
gozar tão forte que vai esquecer seu nome.<br />
— Pare. — resmunguei. Eu não quero ouvir mais. Ou melhor, eu queria<br />
desesperadamente ouvir mais, mas não queria querer isso.
Ele acenou com a mão quase ociosamente. — Bem, enfim, meu ponto é: nós<br />
podemos aliviar nossa tensão. E você pode ter sua zona livre de sexo. — ele pegou<br />
sua garrafa novamente e tomou mais um gole de cerveja. — A oferta está em cima<br />
da mesa. É tudo o que vou dizer. Quando você decidir, sabe onde eu estou.<br />
Sim, eu sabia. Sabia exatamente que ele estaria não mais do que um metro<br />
de distância, não me deixando esquecer as imagens que colocou na minha mente.<br />
Desfilando seu lindo corpo na minha frente. Despindo-me com seus olhos. Mesmo<br />
agora, sentia o cheiro fresco de sabão masculino. Era diferente do almíscar<br />
anterior, mas ainda intoxicante. Como me concentrar em alguma coisa quando<br />
podia sentir sua presença no ar como uma promessa de vida sexual? Como poderia<br />
levar uma vida normal com Nixon permanentemente na borda da minha<br />
consciência?<br />
Mais importante, porque ainda não tinha dito a ele para ir para o inferno? Já<br />
devia estar andando pelo corredor agora, gritando e batendo a porta do meu<br />
quarto. Meu cérebro devia estar de férias. Essa era a única explicação para o<br />
porquê ainda estava aqui, ouvindo a proposta louca de Nixon com olhos<br />
arregalados e o queixo caído. Tínhamos feito uma conexão inesperada, durante o<br />
jantar mais cedo, mas todos os pequenos momentos de conversa franca no mundo,<br />
não podiam fazer bem a essa ideia.<br />
— Você é basicamente meu meio-irmão. — consegui finalmente cuspir.<br />
— Isso não estragaria tudo?<br />
Ele encolheu os ombros. — Se somos parentes, é só mais pela remota<br />
possibilidade técnica. Então... Não, não realmente.<br />
— Sim, realmente! — eu estava ficando frustrada. Como poderia ele ainda<br />
não me entender? Era como se nós dois estivéssemos olhando para a mesma lasca<br />
de pintura e vendo duas cores diferentes. — Cynthia é minha madrasta, então<br />
quando se casou com Russ, ele se tornou meu padrasto. Faça as contas.<br />
— Quanto a Emma e Ford? Ninguém se importou e eles estão juntos.<br />
— Eu, hum...<br />
Honestamente, eu não tinha pensado muito nessa situação. Simplesmente<br />
aceitei como as coisas estavam. Mas era verdade que, no papel, eles eram mais<br />
estreitamente relacionados do que eu e Nixon...
Eu balancei minha cabeça. Essa linha de pensamento era perigosa;<br />
Precisava voltar essa conversa para os trilhos.<br />
— Isto é sobre nós, não eles. — insisti. — Não importa o que você pensa. Eu<br />
o considero meu meio-irmão, então não há mais nada a dizer.<br />
Talvez se dissesse muitas vezes, ele começaria a acreditar, e a parte<br />
responsável do meu cérebro acordaria e afugentaria todos esses pensamentos<br />
sujos.<br />
— Hm... Justo. Ainda, porém, não é como se estivéssemos quebrando alguma<br />
lei. — não respondi, e Nixon esfregou o queixo proeminente, quieto por um<br />
momento. Então ele perguntou abruptamente. — Com quantos homens esteve?<br />
O que? A indignação me rasgou, me deixando pasma e piscando para ele<br />
como um peixe fora d'água. Como ele sai perguntando algo assim? Como ele ousa!<br />
Quando tomei fôlego para gritar que não era da sua maldita conta, o que saiu foi:<br />
— Um.<br />
Um sorriso francamente pecaminoso enrolou lentamente em seus lábios.<br />
Ele parecia um gato que tinha visto um pássaro com a asa quebrada. Como se me<br />
tivesse bem onde queria, e brincaria comigo em seu tempo livre.<br />
— Sério? — ele murmurou. — Nesse caso... Posso mostrar coisas que você<br />
apenas sonhou. — sua vozbaixou até perto de um gemido. — Você ficaria tão<br />
apertada ao redor do meu pau, Avery. Eu provavelmente teria que trabalhar a<br />
abrindo com meus dedos primeiro, até que estivesse encharcada, tremendo,<br />
desesperada por mim. Então eu iria deslizar devagarinho, deixando que você<br />
sentisse cada polegada, antes de fazer com força... Você não saberia o que a atingiu.<br />
Eu quase engasguei. Cada palavra passou em linha reta entre as minhas<br />
coxas com calor latejante. Nixon lambeu os lábios perversamente e minha buceta<br />
doía, querendo tanto sentir aquela língua percorrendo meu clitóris. Querendo<br />
aquele pau longo e grosso para me preencher até que não pensasse em nada além<br />
do prazer. A parte de mim que considerava vergonha essa situação com meioirmãoestava<br />
à beira de ser expulsa do lugar do condutor. Tanto que se Nixon<br />
tocasse meu joelho, minhas pernas poderiam se abrir. Se ele subisse em cima de<br />
mim agora, eu deixaria, imploraria, dando a ele tudo que tinha.
Abortar, abortar! Meu cérebro gritava comigo. Eu tinha que tomar o<br />
controle, agora, ou meu corpo não me daria outra chance. Saltei, colocando o meu<br />
copo de vinho na mesa de café tão rápido que quase o derrubei.<br />
— É tarde. — gaguejei. — Eu vou dormir. Sinto muito.<br />
Sem esperar por sua resposta, fugi de Nixon pela segunda vez nesse dia.<br />
Nem sequer olhei para trás enquanto corria pelo corredor. Eu realmente não<br />
estava arrependida, mas ainda queria ver a reação dele. Eu não sabia o que seria<br />
pior: ele franzindo a testa com decepção, encolhendo os ombros em bem seja o que<br />
for,ou olhando avidamente para minha bunda. Não conseguia lidar com isso agora.<br />
Bebi muito vinho, viajei muito, muito sol, muita testosterona em um espaço muito<br />
pequeno. A verdade estava aqui: nada sobre esta noite era minha culpa.<br />
E outra vez, tentei desculpar por meus hormônios enlouquecidos. Mas<br />
quando tinha escovado os dentes e vestido meu pijama e me aconchegado debaixo<br />
dos lençóis de seda suave, e percebi que na verdade não tinha dito não para Nixon.
Capítulo 7<br />
l<br />
Nixon<br />
No dia seguinte, meu alarme disparou às quatro e meia da manhã. Vesti uma<br />
calça de moletom e uma camiseta velha, enchi minha garrafa de água e caminhei<br />
até à praia de Coronado, para encontrar com meu companheiro de equipe Logan<br />
para nossa corrida regular de 16 quilômetros.<br />
Agora era o horário mais calmo deste lugar. A praia o calçadão e suas lojas<br />
estavam quase desertos. O sol não nasceria na verdade por mais uma hora e meia,<br />
mas o horizonte brilhava alaranjado, e o frio do ar estava perfeito para exercício<br />
difícil. Movi para onde Logan estava se aquecendo perto do portão.<br />
— O que se passa? — perguntei. — Fazendo algo interessante com o seu tempo<br />
livre?<br />
— Não. — resmungou, terminando seu alongamento. — Está pronto para ir?<br />
Eu ri um pouco. Eu conhecia Logan quase minha carreira inteira da<br />
marinha, e ele nunca foi de desperdiçar palavras. No geral, era um cara legal,<br />
confiável, equilibrado, difícil, mas pensativo. No passado, eu tinha resolvido alguns<br />
problemas pessoais com seus conselhos, ou apenas pensava em voz alta ao redor<br />
dele.<br />
— Quando estiver pronto.<br />
Logan se levantou e começamos a correr. Durante cinco ou dez minutos, o<br />
único som era dos nossos tênis batendo na areia molhada, o barulho das ondas e<br />
algumas gaivotas gritando à distância. Normalmente falamos um pouco nos<br />
primeiros 12 quilômetros ou mais, antes de realmente pouparmos nosso fôlego e<br />
nos concentramos em queimar o restante do percurso. Eu definitivamente tinha<br />
um tema em mente para hoje. Mas não sabia o que dizer sobre a minha nova
companheira de quarto, ou que tipo de resposta que queria de Logan. Então deixei<br />
cair em silêncio confortável.<br />
— Minha nova irmã Avery acabou de se mudar. — disse depois de um<br />
tempo.<br />
— Fez sem aviso prévio. — Obrigado por isso, pai. Logan não disse nada.<br />
Mas sua cabeça virou ligeiramente, então continuei. — Este é seu último semestre<br />
na UCSD, então estará fora da vista novamente em janeiro próximo, mas...<br />
Eu parei. A sua curta estadia seria boa ou ruim? Ainda mal sabia como me<br />
sentia por este acordo. Por um lado, queria foder Avery até perder o juízo desde<br />
que nos conhecemos, ela tinha conseguido despertar meu interesse ainda mais. De<br />
outro lado, fiquei como um convidado que fizeram regras estúpidas em relação a<br />
sua vida privada.<br />
Depois que ficou claro que não ia completar a frase, Logan disse. — Sim.<br />
Boa sorte, eu acho.<br />
Eu dei uma risada sem humor. — Para mim ou para ela?<br />
— Para qualquer um. Você já viveu com uma mulher antes?<br />
— Eu me alistei logo após a escola. Então depois de viver sob o teto do meu pai fui<br />
direto viver na Marinha. — levantei minha cabeça para olhar para ele. — Que<br />
diferença faz? Não é como se não entendesse as mulheres.<br />
Ele balançou a cabeça. — É diferente. Compartilhei minha casa com uma<br />
amiga. Não por muito tempo, embora. — sua expressão tornou-se sombria. — Ei...<br />
O que você vai fazer depois dos SEALs? Vai deixar a Marinha?<br />
— Não sei. — não esperava por esta súbita mudança de assunto, muito<br />
menos uma pergunta tão absurda. — Claro que não. Você me conhece. Eu amo cada<br />
maldito segundo. — onde mais eu poderia conseguir o mesmo tipo de adrenalina,<br />
aquela camaradagem e fluxo concentrado que vinha com o trabalho em equipe no<br />
meio do perigo? — Quando eu ficar velho demais para o serviço ativo, apenas me<br />
juntarei a uma Equipe Reserva do SEAL, ou uma Unidade Especial de Guerra Naval<br />
ou algo assim. Ainda não tenho certeza.<br />
— Você nunca pensa em casar ou ter filhos?<br />
Eu dei uma casca de riso. — Lembra com quem você está falando? — então<br />
olhei para Logan, percebendo que poderia tê-lo humilhado. — Não que essas coisas<br />
sejam ruins. Por que, você quer?
— Às vezes. Mesmo que não tenha feito, ainda quero a opção, sabe? — ele<br />
parou por um momento. — Já reparou que todos os caras em nossa equipe são<br />
solteiros? Há uma boa razão. Ninguém realmente quer um SEAL. Não em longo<br />
prazo, de qualquer maneira.<br />
Eu bufei — Então estou imaginando todas aquelas prostitutas de<br />
marinheiro na minha agenda.<br />
Não que teria muita chance de bater quaisquer daqueles traseiros por um<br />
tempo.Ele deu um grunhido negativo, uma mistura entre o ceticismo e a decepção.<br />
— Tenho certeza de que são ótimas garotas, mas todas estão atrás de uma<br />
noite. Elas só querem uma boa transa e se gabar sobre ganhar um SEAL. Qualquer<br />
mulher que esteja interessada em algo mais do que isso... É esperta o suficiente<br />
para ficar longe dos rapazes neste tipo de trabalho. Quem casaria com alguém que<br />
vive com um estilo de vida como o nosso?<br />
Ouvir Logan derramar sua coragem assim foi bizarro. Nunca soube que ele<br />
tinha sequer considerado se casar, muito menos se preocupasse tanto com isso.<br />
Mas desconsiderei. Não estava preparado pensar em um namoro sério, muito<br />
menos casamento.<br />
Em silêncio novamente, terminamos nossos 16 quilômetros só quando o sol<br />
apareceu no horizonte, e em seguida, caminhamos de volta para minha casa com<br />
calma. Conforme nos aproximamos do condomínio, avistei uma figura familiar,<br />
encostado em uma das colunas da entrada, estava Fox, outro companheiro nosso.<br />
Ele estava jogando algo no seu celular, mas colocou no bolso quando nos viu<br />
chegando.<br />
— Ei, vocês finalmente terminaram de desperdiçar o tempo? — gritou.<br />
— Tivemos um ótimo treino, obrigado por perguntar. O bebê já dormiu? —<br />
respondi.<br />
Ele me mostrou o dedo, e eu ri. Aos vinte e três anos, Fox era o mais velho<br />
do nosso time, e nunca deixamos ele nos chatear a respeito disso. Mas ele sabia<br />
como fazer uma piada. Ele deveria, já que ele estava sempre fazendo isso.<br />
— Pode rir filho da puta. Enquanto vocês dois estavam correndo em<br />
círculos, eu estava me despedindo. — Fox agarrou sua virilha, deixando claro<br />
exatamente o tipo de despedida que tinha dado. — A senhorita mais gostosa que já<br />
conheci. Ela parece com Salma Hayek.
— Tenho certeza de que sua boneca inflável vai estar lá quando você voltar.<br />
—Logan disse com uma cara séria.<br />
Fox e eu começamos a rir. Era tão raro Logan se inclinar ao nosso nível que<br />
a simples surpresa sempre era hilariante. Mas era cedo e pessoas normais ainda<br />
estavam dormindo, então mandei todos calarem antes de irmos para dentro.<br />
Eles me seguiram pelo corredor e subimos as escadas para o meu<br />
apartamento. Quando abri a porta da frente, ouvi a água correndo no banheiro.<br />
Hein... Avery deve estar no chuveiro. Nunca pensei que uma menina da faculdade<br />
acordaria tão cedo em um sábado.<br />
Fox levantou as sobrancelhas. — Você tem uma amiga?<br />
— Minha nova irmã está morando aqui agora. — eu disse. — É uma longa<br />
história. Vamos comer primeiro.<br />
Ele olhou em direção ao banheiro de novo, quase especulativamente, então<br />
deu de ombros. — Funciona para mim. Estou muito faminto.<br />
Bufei com a maneira com que Fox arrastou para fora aquela última palavra<br />
em um gemido. Você pensa que ele nunca come exceto quando está por aqui.<br />
— Então sanguessuga, você pode fazer as batatas.<br />
Fox resmungou, mas começou a lavar e cortar as batatas para fazê-las fritas.<br />
Cortei alguns bifes de presunto enquanto Logan oleava e aquecia duas frigideiras<br />
de ferro fundido. Era bom voltar à nossa velha rotina de licença: uma corrida antes<br />
do amanhecer para fazer o sangue circular, seguido de um pequeno almoço,<br />
explodindo em gargalhadas e vadiando por aí juntos. Talvez fôssemos jogar algum<br />
jogo no videogame ou o basquete mais tarde e, então procurar alguns bares depois<br />
de escurecer. Mesmo que não pudesse trazer mais mulheres para cá,<br />
provavelmente não seria muito difícil conseguir uma mulher para me levar para<br />
casa dela. Isso ainda era um pé no saco, no entanto... Eu sempre preferi a minha<br />
cama.<br />
Quando quebrei o último dos oito ovos na frigideira pequena, a porta do<br />
banheiro rangeu. Todos três olhamos para ver Avery saindo.<br />
Uma Avery muito nua.<br />
Seus seios redondos perfeitos eram maiores do que eu esperava mais<br />
atrevido. Mamilos perfeitos endurecidos em picos... Um estômago liso e macio,
quadris levemente bronzeados, afilando-se para coxas magras. Aninhado entre<br />
aquelas coxas... Uma buceta lisa, completamente nua.<br />
Pelo amor de deus.<br />
Todos ficaram em silêncio chocados, incapazes de mover um músculo ou<br />
fazer qualquer coisa além de beber no modo de exibição. Mesmo que pudesse ter<br />
sido apenas uma fração de segundo, pareceu uma eternidade até ela finalmente<br />
reparou em nós. Com um grito de pavor, abraçou-se em uma vã tentativa de se<br />
encobrir e fugiu pelo corredor. Seu belo traseiro firme balançou apenas<br />
ligeiramente enquanto correu para o quarto.<br />
Nosso feitiço quebrou quando a porta bateu atrás dela. Girei para encarando<br />
meus amigos antes que qualquer um deles pudesse dizer uma palavra. Logan<br />
pegou a dica e rapidamente voltou ao trabalho de fritar os bifes de presunto,<br />
embora seu rosto estivesse uma poeira vermelha.<br />
Fox nem se quer moveu seu sorriso de satisfação. — Uau, Nixon, você<br />
realmente tem... — começou.<br />
— Tem certeza que quer terminar essa frase? — rebati.<br />
Sua boca fechou tão rápido, que ouvi os dentes dele clicarem juntos. Bom,<br />
pensei, a criança pode aprender.<br />
Minha mente estava uma bagunça de excitação e raiva. Eu ainda estava<br />
repetindo essa breve vislumbre do corpo de Avery, várias vezes, incapaz de<br />
acreditar quão sexy e perfeita ela estava. Nunca seria capaz de esquecer um único<br />
detalhe. Assim que estivesse sozinho, provavelmente eu acabaria masturbando<br />
com a imagem, até que meu pau estivesse dolorido demais para continuar. Mas eu<br />
não era o único homem aqui que tinha visto suas curvas sensuais. Eu não era o<br />
único homem que sabia como era Avery nua, a cor exata dos seus mamilos rosados<br />
e cada polegada de sua pele cremosa, a pinta logo acima de sua nádega direita, das<br />
linhas bronzeadas do biquíni que tinha visto ontem, em torno de seus seios e<br />
virilha. Eu odiava isso.<br />
Não me lembrava da última vez que tinha estado tão irritado. Mesmo que<br />
Fox e Logan fossem meus amigos mais próximos, senti como se estivesse a cinco<br />
segundos de espanca-los até que tivessem sofrido apenas danos cerebrais o<br />
suficiente para apagar o que tinham visto. Uma voz na minha cabeça sussurrou
distante da razão, calma cara, isto é um exagero. Mas eu mal podia ouvi-la sobre o<br />
fluxo de sangue em meus ouvidos.<br />
Lavei minhas mãos rapidamente e joguei a espátula de omelete para Fox.<br />
— Eu já volto. Não deixe os ovos queimarem. — disse enquanto caminhava<br />
para o quarto de hóspedes. Parece que eu e minha querida irmã precisamos ter<br />
uma pequena conversa.
Capítulo 8<br />
l<br />
Avery<br />
Quando acordei, a fina luz brilhando através das minhas cortinas ainda era<br />
um lilás anêmico. Olhei cansada para o despertador, e gemi quando vi que era só<br />
cinco e meia. Tempo nem sequer deveria existir numa manhã de sábado. Eu enrolei<br />
para voltar a dormir, com a intenção de pelo menos mais três horas.<br />
Mas meu subconsciente já tinha girado em ação. Eu não conseguia parar de<br />
pensar na proposta maluca de Nixon de ontem à noite. Meu corpo não me tinha<br />
traído assim desde... Bem, possivelmente nunca, mas definitivamente desde o<br />
colegial. Ainda me sentia quase bêbada, como uma adolescente derretendo com<br />
algumas fantasias de seu primeiro beijo. Não.<br />
Depois de tentar desligar meu cérebro por cerca de dez minutos, desisti e<br />
sai da cama. Esta vigília irritante claramente não ia embora. Talvez um bom banho<br />
quente ajude de alguma forma, acalme, me deixando entender essa bagunça, ou<br />
ambos. Sempre posso tirar um cochilo de tarde se precisar. Ainda de pijama, espiei<br />
o corredor e vi que a porta do quarto de Nixon estava fechada. Ele ainda devia estar<br />
dormindo... Como uma pessoa sã. Tirei minha roupa e entrei no banheiro.<br />
A explosão de água quente me aliviou quase instantaneamente. Enquanto<br />
ensaboava meu cabelo, tentei bolar um plano para hoje. Nixon não podia mais<br />
continuar levando seu plano, eu não o conhecia bem, como abordá-lo? Melhor<br />
manter isso profissionalmente. Só negócios. Deixá-lo saber que não gosto de suas<br />
brincadeiras.<br />
Desliguei a torneira, limpei o vapor do espelho e comecei a pentear meu<br />
cabelo. Esse chuveiro realmente tinha feito algum bem depois de tudo. Senti-me<br />
solta, revigorada e pronta para assumir o mundo, ou pelo menos uma conversa<br />
muito estranha. Olhei ao redor procurando por uma toalha e não encontrei nada.<br />
Porcaria. Durante esse motim contra as regras de Nixon "nada feminino", tinha
pendurado meu shampoo e estava muito distraída por meus pensamentos para<br />
verificar até mesmo a toalha antes entrar no chuveiro. Mordi meu lábio,<br />
considerando as opções. Bem... Ainda assim, era 06h00min no sábado, certo? Ele<br />
provavelmente não estava acordado.Voltar furtivamente ao meu quarto não seria<br />
grande coisa.<br />
Eu andava nua no corredor...<br />
Grande. Erro. Maldito.<br />
Nixon estava na cozinha. Com dois homens estranhos. Todos me encararam.<br />
Gritando de horror, corri para meu quarto e bati a porta atrás de mim. Eu<br />
tinha que me cobrir. Corri para colocar meu roupão, as mãos trêmulas com choque<br />
e constrangimento. Meu coração estava batendo tão alto que mal ouvi, mas<br />
definitivamente havia uma conversa na cozinha. Eles estavam rindo de mim? Quem<br />
diabos eram outros caras? Será que alguma coisa funcionaria em meu favor<br />
enquanto estivesse morando aqui, ou devo abandonar a esperança agora?<br />
A porta abriu novamente e assustei. Nixon entrou depois de mim,<br />
carrancudo.<br />
— O que diabos foi isso? — ele exigiu.<br />
Meu rosto estava pegando fogo. Senti-me como um cervo paralisado.<br />
— Não sabe bater? — rangi.<br />
— Fiz uma pergunta.<br />
Absolutamente assustada por sua invasão e sua expressão irritada, gaguejei<br />
uma resposta. — Eu... Esqueci minha toalha...<br />
— Ah, é isso? Você deu aos meus amigos um bom show para adicionar ao<br />
seu banco de fantasias masturbatórias. — sua voz era um rosnado baixo,<br />
combinando para manter a conversa de ser ouvida. — Agora não tenho nenhuma<br />
chance no inferno de mantê-los longe de você. Não que ia ser fácil antes.<br />
Ele estava tão ridiculamente irritado, que a minha raiva deflagrou em<br />
resposta, dominando minha paralisia por um momento. — O que você está falando<br />
mesmo? Quem são eles? E por que eles perderiam a cabeça por causa disto? Se<br />
alguém deve ficar louca aqui, sou eu.<br />
— Eles são meus companheiros, Fox e Logan.<br />
Quando ele não continuou, percebi que ele achou que tinha explicado.
— Hum, certo. — isso respondeu à minha pergunta de segunda, mas nem<br />
chegamos perto da primeira. Balancei minha cabeça e abri minhas mãos em um<br />
gesto, e daí? . Minha próxima pergunta só saiu. — Por que você se importa que me<br />
vejam?<br />
Ele levantou suas sobrancelhas como se eu tivesse sendo estúpida.<br />
— Colegas de equipe, Avery. Nós fomos enviados juntos. — eu só fiquei<br />
olhando para ele até que continuou. — Eles não veem uma mulher em nove meses.<br />
Ah. Agora entendi. Será que todas as garotas com um irmão mais velho têm<br />
que lidar com esta porcaria superprotetora? Cruzei meus braços e dei meu melhor<br />
olhar mortal.<br />
— Controle-se. Eu sou sua meia-irmã, não sua filha de quatorze anos de<br />
idade. Sou perfeitamente capaz de decidir com quem namoro, — só para irritá-lo<br />
ainda mais, adicionei. — e com quem eu durmo.<br />
— É mesmo?<br />
— Cale-se! Você não pode puxar do ato 'em questão grande irmão' em um<br />
momento e tentar-me foder no próximo!<br />
— Não sei por que não. — ele surtou. — Agora vista alguma roupa. De<br />
preferência calça de moletom ou uma camiseta de gola alta ou algo assim.<br />
— O que? Em agosto?<br />
Mas ele já tinha batido minha porta atrás dele. Sentei na cama, muito<br />
zangada. Bolas qual era o problema? Se não o conhecesse, poderia chamar isso de<br />
ciúmes.<br />
Em seguida, me levantei outra vez e fui para o meu guarda-roupa. Bem, eu<br />
só teria que dizer a Nixon onde ele poderia enfiar suas opiniões, e sabia<br />
exatamente como fazer isso. Escolhi a roupa mais provocante, contudo ainda<br />
casual: um short curto Daisy Dukes que mal cobria minha bunda, um top branco<br />
apertado sem sutiã. Então passei um pouco de bronzeador e sombra nude nos<br />
olhos para uma luz natural ao olhar. Isso vai mostrar-lhe o que penso de suas birras<br />
estúpidas.<br />
Meu estômago roncou com o cheiro de fritura do café da manhã. Tentando<br />
esquecer meu desastre anterior, respirei fundo, cavei fundo para encontrar minha<br />
coragem e fiz meu melhor passo para a cozinha.<br />
— Desculpe por isso, rapazes. — anunciei.
Nixon parecia que tinha engolido um limão. Segurei uma risada maléfica.<br />
Oh, você não gosta da minha roupa? Boa sorte em gritar comigo sobre isso sem<br />
parecer um idiota na frente de seus amigos.<br />
— Não há nada que se desculpar. — disse um dos outros homens. Havia<br />
uma melodia inconfundivelmente de paquera na voz dele. Ele parecia quase ter a<br />
minha idade e a de Nixon, com um corpo Impressionante e um sorriso brilhante.<br />
O segundo tipo só balançou a cabeça, os olhos colados aos meus. Foi quase<br />
engraçado quão duro ele estava tentando não olhar para o resto de mim. Do tipo<br />
forte e silencioso, hein? Ou talvez apenas tímido.Ele era visivelmente mais velho que<br />
o cara que tinha falado primeiro. Seu rosto estava sério, no entanto, era calmo e<br />
gentil, que de alguma forma minimizou o fato de que ele estava ainda mais suave<br />
do que Nixon. Não pensei que isso fosse possível.<br />
Nixon deu um tapa na cabeça do primeiro cara e falou sobre seu comentário<br />
indignado. — Esse idiota é Fox. O que sabe ter bons modos é Logan. Pessoal, esta é<br />
Avery. — a introdução já parecia relutante, e então acrescentou significativamente.<br />
— Lembrem-se, a nova meia-irmã que lhes falei.<br />
Eu queria revirar meus olhos. Por quanto tempo Nixon ai manter essa<br />
merda de marcação de território machista? Em vez disso, dei um belo sorriso para<br />
os dois homens. Estava muito ocupada em pânico para obter uma boa olhada neles<br />
antes, mas ambos eram muito quentes em sua própria maneira. Um inabalável e<br />
educado, o outro enérgico e um pouco impertinente. Como a diferença entre um<br />
Saint Bernard e um Border Collie. Mesmo se não tivesse provocando Nixon estaria<br />
interessada em falar com eles. Desde que ele estava visivelmente irritado... Iria<br />
matar dois coelhos com uma cajadada.<br />
— Muito prazer! — chiei. — Nixon já pode ter dito, mas eu vou para UC San<br />
Diego. Vou morar aqui até me formar em dezembro. — então estarei fora daqui.<br />
Balancei em direção as frigideiras amontoadas. — Precisa de alguma ajuda com a<br />
comida?<br />
Logan finalmente anunciou. — Terminamos, mas obrigado. Você quer<br />
comer conosco?<br />
Aceitei a oferta dele antes que Nixon pudesse dizer qualquer coisa.<br />
— Se você tem espaço para mais um, parece ótimo. Estou com muita fome.
Isso não era mesmo uma mentira, estava há mais de uma hora, e só a visão<br />
de toda a comida estava dando água na boca.<br />
Nixon parecia um pouco irritado por eu ter estragado sua festa masculina,<br />
mas não fez nenhum movimento para me impedir. Sentei-me a mesa de jantar<br />
quando os três homens começaram a transferir o seu café da manhã da cozinha.<br />
Logo a mesa de jantar gemeu com uma montanha fumegante de presunto frito<br />
batatas e ovos mexidos. A enorme porção quase não deixou qualquer espaço para<br />
os pratos.<br />
Eles começaram com conversa fiada na tentativa de me incluir. Mas logo<br />
entraram em uma gíria militar estúpida que me deixou totalmente perdida.<br />
BOHICA 9 ? FUBAR 10 ? Sala de diversão e monster mashes 11 ? Sneak 12 e peek 13 , Evasão e<br />
Fuga, rope-a-dope 14 ... Dizem o quê?A testosterona no ar era quase irresistível. O<br />
pouco que pude entender da conversa é que era cheia de palavrões, piadas sujas e<br />
anedotas de combate. Eles recordavam e riam sobre o perigo de arrepiar os<br />
cabelos como se fosse uma divertida excursão ao zoológico. Sentindo-me um pouco<br />
ignorada, desisti de tentar acompanhar e me concentrei apenas em comer. Que<br />
provavelmente foi uma jogada inteligente, o grande volume de calorias que já<br />
tinham comido era incrível, e eles podiam acabar cavando embaixo de minha parte<br />
se eu não fosse cuidadosa.<br />
— Ei, Avery. — Fox disse de repente. — Você conhece Nixon há uns dias,<br />
certo? É estranho estar vivendo com alguém que é basicamente um estranho?<br />
Peguei um bocado enorme de presunto, e murmurei, — Hein? — da forma<br />
menos sensual possível.<br />
Nixon grunhiu. — A única coisa que é estranha por aqui é o seu rosto, Fox.<br />
— Meu rosto é o favorito e você sabe disso. Está com ciúmes da minha<br />
aparência atraente.<br />
Finalmente consegui engolir acompanhado de um copo de café. — Nós, nos<br />
conhecemos há algumas semanas. Estava visitando seu pai em Montana depois que<br />
9 Bohica: Gíria para indicar que uma adversa situação que está preste a se repetir. “Incline-se, aqui vem<br />
ele novamente”. Muito usado entre os militares, especialmente a marinha.<br />
10 Fubar: Gíria militar da Segunda Guerra Mundial, “fodido além de todo o reconhecimento”.<br />
11 Monster mashes: Duas pessoas feias fazendo sexo.<br />
12 Sneak: Uma pessoa considerada furtiva, que apronta silenciosamente e de forma clandestina.<br />
13 Peek: Espiar furtivamente de um esconderijo.<br />
14 Rope-a-dope: Uma estratégia para parecer fraco para convencer um adversário para atacar e cair em<br />
uma armadilha.
ele se casou com minha madrasta. Então passou... — escolhi minhas próximas<br />
palavras com cuidado. Por mais tentador que fosse rasgar Nixon, também não<br />
queria lidar com mal humor infinito mais tarde. — Temos que resolver algumas<br />
coisas.<br />
Eu não pude evitar olhar para Nixon, julgando a reação dele, vi os olhos de<br />
Logan percorrer entre nós ao mesmo tempo. Quanto a isso... Parece que o bebê tem<br />
uma babá.<br />
—Bem, se você estiver interessado em conhecê-lo melhor, eu tenho algumas<br />
histórias bizarras sobre Nixon. — Fox deu um sorriso torto, mostrando suas<br />
covinhas. — Eu adoraria contar lhe algum dia.<br />
Eu tive que rir da terrível insinuação. — Sou toda ouvido.<br />
Nixon empurrou abruptamente sua cadeira. — Para a próxima. — ele<br />
interrompeu. —Vocês me dão uma mão com os pratos?<br />
Logan se levantou, sacudindo a cabeça para Fox, que franziu a testa, mas<br />
obedeceu. Os três homens marcharam de volta para a cozinha, me deixando<br />
sozinha na mesa, empurrei o resto do ovo em torno de meu prato... Mais uma vez<br />
pensei como ia sobreviver ao semestre.<br />
Quando Cynthia originalmente sugeriu para morar aqui, ela fez parecer que<br />
teria o apartamento inteiro para mim, desde que Nixon estava fora em missões<br />
militares. Foi por isso que Russ apresentou a ideia em primeiro lugar. Mas desde<br />
que eu tinha entrado pela porta, Nixon invadiu cada polegada quadrada do meu<br />
espaço pessoal, praticamente sem parar. Para não mencionar os outros dois caras<br />
enormes que acabaram de ver cada polegada quadrada de mim, a parte traseira e a<br />
frente. As coisas provavelmente seriam diferentes, se ele não tivesse de licença.<br />
Mas eu estava meus nervos espedaçados.<br />
Talvez preciso afastar por um tempo. Esconder-me no meu quarto para dar<br />
espaço para ambos respirar. Mesmo se Nixon não utilizasse disto, eu seria capaz de<br />
me reorganizar... Ou até mesmo descobrir como obter a vantagem. Lutando para<br />
recuperar um senso de calma, levei minha caneca de café meio cheia para meu<br />
quarto, insistindo para mim mesma que não estava a fugindo novamente.<br />
As próximas horas passaram rápidas e ao mesmo tempo lentas. Enganei-me<br />
organizando meu material escolar para segunda-feira, desembalei a última<br />
bagagem, reorganizei as coisas, enquanto mantinha minhas orelhas sempre em
direção à animação na sala de estar. Eventualmente a porta da frente abriu, então<br />
fechou, e o apartamento ficou quieto. Fox e Logan tinham desaparecido. Eu não<br />
tinha certeza se Nixon tinha saído, também, ou só se fechou em seu quarto. De<br />
qualquer forma, fiquei agradecida pelo indulto. Sua masculinidade constante era<br />
muito perturbadora.<br />
a<br />
Para a primeira semana do meu semestre, me dediquei a evitar<br />
Nixon como uma praga. Tomei meu café da manhã a caminho da aula, estudando<br />
na cafeteria por horas a fio, e jantei fora com meus amigos. Nas raras ocasiões em<br />
que ia para casa para nada além de dormir, fiz meu melhor para ficar no meu<br />
quarto. Só me aventurei na cozinha para comer quando ouvia a porta da frente<br />
bater ou ligar o chuveiro. Eu estava um pouco orgulhosa das minhas técnicas de<br />
distração, mas ainda irritada por precisar usá-las em tudo. Era absurdo me<br />
esconder do meu colega de quarto, como um ladrão. Como é que eu ia continuar<br />
assim por mais quatro meses?<br />
Pelo menos havia vantagens para viver como uma eremita. Na quinta-feira,<br />
eu já tinha terminado toda minha leitura para as próximas duas semanas. Eu decidi<br />
ter uma noite de folga. Com tudo o que tinha passado ultimamente, eu merecia um<br />
pouco de mimo.<br />
Depois do jantar, fui para casa para um banho rápido e me enrolei na cama,<br />
ainda vestida com o meu roupão macio. Apoiei-me em alguns travesseiros e puxei<br />
meu leitor de livro. Meu autor favorito tinha lançado seu romance há quase um<br />
mês, mas como a minha vida, estava de cabeça para baixo, eu ainda não tinha lido<br />
muito ainda. Mas a sorte estava ao meu lado esta noite. Parecia que a história<br />
estava finalmente ficando interessante:<br />
Não havia nenhum escândalo responsável por um guerreiro ferido Jayla<br />
tentou dizer a si. Ela tinha comprado a habilidade de Garrett como mercenária para<br />
reconquistar o trono do seu pai. Era justo que ela limpasse os ferimentos doloridos
em seu serviço. Seu senso de realeza não tolerava nada menos. Mas os dedos dela<br />
tremiam em seu corpo, o brilho do suor na luz da fogueira.<br />
Oh... Eu quase poderia imaginar os músculos magros e tensos de Garrett. Ele<br />
era esquisito, como Nixon? O mercenário "sexy" foi apresentado a caminhar de<br />
volta ao início e há muito que esqueci exatamente como ele era. Definitivamente<br />
cicatrizes de batalha, apesar de tudo. Nixon tinha alguma cicatriz? Eu não vi<br />
nenhuma, mas talvez tivesse ocupada demais olhando seu pau para notar. Forcei<br />
minha atenção de volta para a história. Droga tinha pulado alguns parágrafos sem<br />
perceber.<br />
Ela não podia negar o que ela sentia por Garrett, ou deixar de reparar como<br />
ele olhava para ela. Seria tão fácil deixar se levar o que ambos queriam. Mas ela<br />
tinha prometido se casar com Duke Wagnaf em troca de sua ajuda. Quando ela fosse<br />
mais uma vez a princesa de Orvany, ele se tornaria o príncipe.<br />
Naquele dia, porém, foram muito longe. Agora, Garrett estava próximo.<br />
Ela inclinou-se em seu toque, sua ousadia surpreendeu os dois. Garrett não<br />
perdeu tempo colocando-a abaixo do fogo. Seus lábios se encontraram no primeiro<br />
beijo selvagem de muitos. Sua mão escorregou sob a saia e ela engasgou com sua<br />
habilidosa tortura. "Por favor", ela implorou, "Eu estou mais que pronta”.<br />
Minha respiração veio um pouco mais rápida, deixei uma mão vaguear,<br />
deslizando em meu roupão imitando do toque de Garrett. A outra mão manteve<br />
rolando a tela:<br />
Jayla gemeu quando ele a encheu. Suas estocadas rápidas, com certeza<br />
atingiram profundamente em seu centro. Foi tão bom finalmente fechar a lacuna<br />
entre eles, um prazer tão intenso, ela mal poderia tomar um fôlego para gritar. Mas<br />
ela gritou. Antes que percebesse, foi se desfazendo em torno dele.<br />
"Não terminei com você ainda, minha senhora," Ele soprou em sua orelha. O<br />
sangue dela agitou novamente na promessa de sua voz rouca. Por apenas uma noite,<br />
ela se rendeu à paixão.<br />
Logo, perdi a noção do tempo, absorta na luxúria proibida dos personagens<br />
e minha própria necessidade de alívio. Pouco a pouco, minha imagem mental de<br />
Garrett se transformou em Nixon, seu cabelo escuro e penetrantes olhos azuis e<br />
corpo esculpido. Quando percebi, estava também longe, longe demais para me<br />
importar.
Capítulo 9<br />
l<br />
Nixon<br />
A princípio parecia que não podia passar sem me livrar de Avery. Mas<br />
depois do almoço no sábado, me virei enquanto lavava os pratos para ver uma<br />
cadeira de repente vazia. Ela DESAPARECEU por quase uma semana inteira. Eu<br />
poderia contar o número de vezes que a tinha visto, em uma mão, uma mão muito<br />
cansada, graças a sua regra de nada de sexo, e por alguma razão desconhecida, eu<br />
estava seguindo. O que diabo estava acontecendo com aquela mulher? Estava<br />
estudando a história do batom, ou seja, lá sobre o que suas aulas eram realmente a<br />
manteria tão ocupada? Ela estava cozinhando metanfetamina em seu quarto? Ou<br />
este pequeno desaparecimento era apenas uma besteira feminina? Minha<br />
curiosidade estava me matando.<br />
Finalmente, na noite de quinta-feira, cheguei em casa depois de me divertir<br />
com Fox e Logan, e encontrei a porta do quarto fechada. Ela nunca fazia isso, a<br />
menos que estivesse escondida lá dentro. Eu arrumei meus sapatos sujos de areia<br />
no suporte e andei para mais perto da porta dela. Podia ouvir barulhos estranhos<br />
lá dentro; Eles eram muito tranquilos, mas ela estava definitivamente em casa. Se<br />
eu quisesse confrontá-la sobre por que estava me evitando, era agora ou nunca.<br />
— Você está viva? — perguntei. Quando nenhuma resposta veio, franzi a<br />
testa. Não tinha como ela não ouvir,comecei a abrir a porta. — Vamos lá, Avery,<br />
precisamos conversar sobre...<br />
As palavras ficaram presas na garganta. Fiquei lá como um idiota,<br />
segurando a maçaneta, incapaz de acreditar no que estava vendo.<br />
Minha meia-irmã estava deitada sobre a cama, com as coxas espalhadas e a<br />
mão enterrada entre elas. Pura luxúria sacudiu por mim e meu pau pulsou<br />
instantaneamente, doloroso. Ela parecia um poster da Playboy roubado direto dos<br />
meus sonhos eróticos. Os olhos fechados apertados, testa franzida, bochechas<br />
coradas de rosa. Seu robe tinha caído aberto para revelar seus mamilos duros e
lábios liso de sua buceta. Trabalhou quase freneticamente, dois dedos brilhantes<br />
mergulhando fundo enquanto esfregava o clitóris com a palma da mão. O som do<br />
seu dedo a fodendo harmonizando com seus gemidos desesperados, ela não estava<br />
clamando em êxtase, percebi através da minha neblina de excitação. Ela estava<br />
frustrada e insatisfeita. Lutando pelo alívio que estava fora de alcance. Ela estava<br />
tão excitada como eu estive todo esse tempo?<br />
Os olhos de Avery piscaram, então estalaram totalmente abertos, quando<br />
olhou mim. Ela deu um grito estridente e puxou o roupão ao redor de seu corpo<br />
lindo.<br />
— O que... Nixon! Que diabo? Por que você nunca bate? — ela gritou,<br />
esforçando-se para amarrar a cinto.<br />
— Eu, hum... Ouviu barulhos vindos do seu quarto. Eu estava preocupado.<br />
— Você realmente pensa que sou burra o suficiente para acreditar nisso? —<br />
ela pegou um travesseiro e jogou, ele caiu perto do meu pé. — Fora!<br />
OK, essa não foi a melhor desculpa que já bolei... Mas eu não vou deixar<br />
escapar esta oportunidade. Seu olhar vacilou enquanto a espreitava mais perto,<br />
prendendo-a com meu olhar animado.<br />
— É mesmo? Parece que você poderia usar alguma ajuda. Eu ficaria feliz em<br />
dar uma mão. — lambi meus lábios. — Ou uma língua.<br />
Os olhos dela escureceram e os meus brilharam. Seus cílios vibraram, ao<br />
olhar para baixo, só por uma fração de segundo, rápido o suficiente que poderia ter<br />
confundido com timidez. Mas não havia nenhuma maneira que ela pudesse perder<br />
a ereção furiosa em meu jeans. Ela estava lutando consigo. Isso significava que<br />
alguma parte dela estava a pensando em minha oferta.<br />
O ar estava tão denso e pesado como uma tempestade. Arriscando-me,<br />
sentei ao lado de Avery na cama, mantendo meus pés no chão. Não a toque, ainda<br />
não. Mas eu estava perto o suficiente para sentir o cheiro de sua excitação. O pouco<br />
espaço entre nós rachou com energia sexual. Logo, eu pretendia fechar essa<br />
distância por completo.<br />
— Você... Eu tinha tudo sob controle. — disse, tentando soar indignada. Mas<br />
a voz dela tremeu e pude ouvir um tom áspero da necessidade. Ela não tinha-se<br />
retirado, nem me mandado sair da cama.
Balancei minha cabeça, incapaz de segurar um sorriso. — Você não pode se<br />
esconder de mim. Eu vi você com um dedo enterrado dentro da sua buceta, se<br />
lembra?<br />
Ela deu o mais baixo, e mais bonito grito constrangedor, que eu já tinha<br />
ouvido. Com um esforço, me forcei a voltar a por as mãos na obra. Por assim dizer.<br />
— Eu sei como é a aparência de mulher quando está gozando, e você não<br />
estava em qualquer lugar perto disso.<br />
Não pude deixar de notar seus lábios rosados quase da mesma cor que seus<br />
mamilos, pressionados em uma linha fina.<br />
— Certo. Como eu poderia esquecer a sua experiência quase divina? Até<br />
você pode aprender algo sobre as mulheres, quando transou o suficiente para<br />
encher uma agenda de telefone. — sou apenas a mais recente nessa grande lista,<br />
elanão tinha que adicionar.<br />
Merda, eu disse o que não deveria. Praguejei silenciosamente amaldiçoando<br />
a boca grande do meu companheiro de equipe. — Certo, concedido, Fox não<br />
mentiu ontem. Eu já tive minha quota de vezes selvagens e loucas. — estendi a mão<br />
para descansar sobre a mão dela. — Agora, no entanto... Tudo o que estou<br />
pensando é em você. — e sua bucetinha linda e apertada, que parece muito boa para<br />
comer.<br />
Se ela tivesse vacilado ou desviado o olhar, teria sido o fim de tudo. Mas ela<br />
apenas me olhava, olhos arregalados e respirando com dificuldade. Como se<br />
tivesse me desafiando a falar. Como um gato de rua, uma coisa meio selvagem, seu<br />
nervosismo perfeitamente equilibrado com sua curiosidade e desejo. Tudo o que<br />
eu fizesse em seguida decidiria tudo. O menor erro poderia desequilibrar a balança<br />
mental e enviá-la pelos ares. Ou lutar, tendo em conta que tinha visto sua maré de<br />
azar ardente.<br />
Tomando mais um voto de confiança, levei seus dedos ainda molhados no<br />
meu nariz. Ela piscou uma expressão intermitente de confusão ao choque, mas não<br />
puxou a mão. Meus olhos fecharam, enquanto inalava seu almíscar doce e<br />
inebriante. Só o cheiro de sua excitação me fez sentir como se tivesse tomado uma<br />
dose de tequila, turvando minha mente e queimando todo o caminho até o<br />
estômago. Meu pau forçou contra meu zíper. Antes que percebesse, meus lábios<br />
tinham fechado em torno de seus dedos. Levei-os fundo, chupando e lambendo
para obter cada gota picante, desejando que pudesse sentir seus sucos na fonte em<br />
vez disso.<br />
Ela choramingou, e quase gemi em resposta. Ah, foda-se, um golpe e eu<br />
estaria viciado. Queria esse doce barulhinho de seus lábios novamente. Seus<br />
olhosestavam enormes, suas lindas jades verde quase eclipsadas pelas pupilas<br />
negra. Ela estava completamente cativada. Todo o julgamento cauteloso em seu<br />
olhar tinha evaporado, deixando somente a luxúria. Pura rendição.<br />
Sabendo que não mentiria agora, perguntei — Quanto tempo faz que você<br />
não goza?<br />
Meus lábios roçaram os dedos dela enquanto eu falava.<br />
Seus lábios entreabriram pegos de surpresa da pergunta. Mas ela não<br />
desviou o olhar. Eventualmente, relutantemente, ela respondeu:<br />
— Muito tempo.<br />
Isso era um crime contra a humanidade. Minha mente estava correndo,<br />
pulando de uma imagem para a imagem em uma névoa de luxúria. A mista<br />
expressão de choque e desejo de Avery quando me viu fodendo Pam. Nosso<br />
primeiro jantar, quando me disse segredos dolorosos sem deixar seu sorriso<br />
valente vacilar. Seu salto no corredor pelada e pingando do chuveiro. Zombando de<br />
mim e flertando com os meus amigos, naquela roupa criminalmente atraente.<br />
Desde sábado passado, senti que estava constantemente duro como pedra, só<br />
esperando a chance de tê-la. Eu tinha intensificado minhas rotinas de treino e<br />
comecei a me masturbar duas vezes por dia, como se fosse um maldito adolescente<br />
novamente, mas ainda não consegui desligar essa obsessão. Mesmo quando saí<br />
para os bares, onde podia ficar com uma vadia qualquer, nenhuma mulher fez meu<br />
sangue pegar fogo como o mero pensamento de Avery fazia.<br />
Certo. Então, tudo o que queria era levá-la a se libertar. Estava prestes a<br />
mostrar a ela que eu era um morto para as fodas aleatórias, sério na minha<br />
proposta desde o primeiro dia. Especificamente, a parte de fazê-la gozar tão duro<br />
que esqueceria seu próprio nome, e então iria continuar, novamente, até que<br />
nenhum de nós pudesse tomar outro segundo de prazer. Uma vez que<br />
experimentasse o que eu poderia fazê-la sentir, estava disposto a apostar que ela<br />
não iria embora.
Ainda segurando o pulso, deixei minha outra mão vaguear até o rosto dela, sem<br />
aviso prévio ao longo de sua mandíbula para seu queixo.<br />
— Se me quer fora daqui, vou embora. Eu prometo. Mas eu também<br />
prometo que... Se não disser não, agora... Vou beijar você.<br />
Ela fez um barulho suave, gutural que apenas mal soou como uh-huh. Era<br />
necessitado e melancólico, quase um gemido e eu não pude resistir por mais<br />
tempo. Minha mão escorregou por trás da sua cabeça, puxando-a para perto.<br />
Inclinei a cabeça e fechei meus lábios no dela.<br />
Sua boca se abriu para mim imediatamente. As nossas línguas quentes<br />
deslizaram uma sobre a outra em uma exploração sensual. Meus dedos<br />
entrelaçados em seu longo cabelo úmido; Ela cheirava a sexo e shampoo floral.<br />
Mesmo após o banho, podia sentir o pequeno vestígio de baunilha do batom que<br />
ela deve ter usado naquele dia. Mordi seu lábio inferior, provocando e degustando<br />
a carne macia, e ela suspirou em êxtase. Seu pequeno corpo se apertava e contorcia<br />
contra mim, tentando se aproximar. Suas mãos agarram nos meus bíceps, então<br />
meus ombros e costas, como se ela não pudesse se decidir onde tocar primeiro.<br />
Incapaz de resistir ao calor beijei com força, a língua patinando ao longo do céu de<br />
sua boca. Minha outra mão deslizou de seu robe para copo e acariciei seus seios<br />
firmes e atrevidos. Ela gemeu e a senti se derreter contra os travesseiros. Esse<br />
beijo era a resposta que precisava, ela queria cada parte tanto quanto eu a queria.<br />
Perguntei-me se ela poderia provar seu próprio sabor nos meus lábios e gemi com<br />
o pensamento.<br />
O pensamento que Avery era minha, finalmente toda minha, era quase<br />
demais para suportar. Logo, iria ouvir seus gritos bem na minha orelha em vez de<br />
através de uma porta. Mas eu não podia simplesmente abrir suas pernas e levá-la<br />
ainda. Mesmo que não precisasse, ela merecia um pouco mais de sutileza do que<br />
isso. Eu queria aproveitar o momento.<br />
Afastei-me e quase perdi minha determinação no olhar perdido no rosto<br />
dela. — Faz strip tease para mim. — pedi tão suavemente, quanto pude<br />
controlando meu pau prestes a explodir. — Quero ver você.<br />
Avery estava preparada e pronta, e nem hesitou. Observando minha reação,<br />
ela subiu de joelhos e desamarrou seu robe. Fiquei olhando avidamente enquanto<br />
escorregou dos seus ombros para revelar o corpo perfeito, que eu tinha
vislumbrado no sábado passado. Desabotoei minha calça, dando um suspiro de<br />
alívio quando meu pau dolorido saltou livre e chutou para fora quando puxei<br />
minha camisa sobre minha cabeça. Deixei ela me olhar por um momento antes de<br />
adicionar.<br />
— Agora se deite de costas e abra as pernas.<br />
Uma vez que obedeceu, me deitei entre seus joelhos me sustentando em<br />
meus cotovelos. Esta seria a minha primeira boa olhada nela, e seria amaldiçoado<br />
se não tomasse o meu tempo.<br />
Ela era rosa, lisa e perfeita porra. Dei ao seu clitóris de uma longa e lenta<br />
lambida de baixo para cima e apreciei seu suspiro alto. Mas não tive paciência<br />
agora para jogar muito por aí, ela provavelmente também não teria. Rapidamente<br />
estabeleci em pinceladas firmes, lado a lado com a parte plana da minha língua,<br />
provocando sua abertura com a ponta dos meus dedos. Tão logo seus ruídos<br />
começaram a diminuir, me dizendo que tinha-se acostumado ao que estava<br />
fazendo, escorreguei um dedo lá dentro até a segunda junta. Depois outro dedo.<br />
Então os passei para provocar seu ponto G, enquanto minha língua continuou<br />
trabalhando em seu clitóris.<br />
De repente ela deu um grito selvagem, cortante e resistiu. As coxas dela<br />
prenderam minha cabeça e suas unhas cravaram no meu couro cabeludo. Seus<br />
músculos internos entraram em espasmos em torno de meus dedos, tão forte, que<br />
não conseguiria puxa-los para fora se tentasse. Continuei com tudo o que tinha até<br />
ela choramingar e me empurrar para longe, dizendo:<br />
— Pare.<br />
Porra mulher, você veio como um trem de carga. Senti um estranho flash de<br />
orgulho territorial. Do nada, pensei no primeiro amante de Avery. O cara que tinha<br />
feito sexo com ela, eu nem o conhecia, mas de repente ele me irritou. Ele já tinha<br />
comido ela? Ele era tão bom nisso como eu? Se algo a julgar pela sua reação<br />
explosiva, a resposta a uma ou ambas dessas perguntas provavelmente era "não".<br />
Uma pena. Mas eu estava aqui agora, e mostraria a Avery quão incrível o sexo<br />
poderia ser.<br />
— Tão sexy. — comentei com as sobrancelhas levantadas. — Você<br />
realmente deve ter estado reprimida. — ela assentiu com a cabeça lentamente, e eu<br />
sorri. Poderia acostumar a vê-la assim. Lambi os meus dedos os limpando e
satisfeito com a forma como ela passou a olhar a minha boca. — Você está pronta<br />
para o evento principal? — perguntei.<br />
Uma sombra cruzou seu rosto. Hesitação. — Eu...<br />
— Ei, está tudo bem. Não quero que esteja insegura. — inclinei sobre seu<br />
corpo para outro beijo, mais gentil desta vez. Então soprei em sua orelha: — A<br />
primeira vez que fizermos isto, vai ser porque você está implorando para montar<br />
meu pau.<br />
Ela estremeceu os olhos vidrados por um segundo. — Certo. — então ela<br />
olhou para baixo entre os nossos corpos para meu pau ainda duro. — Você não...<br />
Quer gozar?— perguntou.<br />
— Bem, eu não me importaria. — a piada caiu um pouco furada; Eu<br />
precisava tanto que doía e estava pingando sobre os lençóis. — Mas não se sinta<br />
como se tivesse que fazer qualquer coisa se não estiver confortável.<br />
— Não, eu estou bem. — seu olhar se manteve arremessando entre meus<br />
olhos e meu pau duro. —Talvez... Eu possa cuidar disso para você?<br />
Eu não poderia acenar rápido o suficiente. Sim, por favor. Ela era tão bonita.<br />
Tão curiosa e excitada, mas ainda tímida demais para dizer "boquete" em voz alta,<br />
mesmo quando estava prestes a fazê-lo.<br />
Sentei-me contra a cabeceira da cama e Avery se ajoelhou entre minhas<br />
pernas. Com olhos e bochechas rosa, enrolou a mão em torno de meu eixo e correu<br />
a língua na cabeça escorregadia. Fiz um ruído gutural que era para ser de apoio,<br />
mas saiu desesperado. Ela balançou a cabeça dela, hesitante no início, depois com<br />
crescente confiança, cintilou a língua em toda a parte inferior sensível e seu punho<br />
apertou e bombeou.<br />
Ficou na pura medida técnica, não foi o melhor boquete que já tive na minha<br />
vida, mas não tinha ideia que a doce princesinha da moda era boa em chupar pau, e<br />
ela estava claramente se divertindo. O ruído que fez enquanto ofegava para<br />
respirar, e a visão de seus lábios brilhantes, deslizando em meu pau era quase o<br />
suficiente para explodir minha carga. Logo, meus gemidos eram apenas por<br />
incentivo. Já podia sentir o calor na minha barriga, chegando a ferver, meus<br />
músculos todos enrijecendo e soltando de uma vez. Tentei dar um desconto; Eu<br />
estava em abstinência por nove meses, insanamente quente por uma semana e<br />
brincando com Avery por quase uma hora. O tempo não estava do meu lado.
— Avery... Eu vou... — minhas palavras dissolveram em um gemido áspero<br />
enquanto ela sugava ainda mais forte. Mordi meu lábio e longos jorros<br />
percorreram meu corpo deixando todo formigando, e ela engoliu cada gota. Antes<br />
que qualquer um de nós pudesse recuperar o fôlego, a puxei em meu corpo para<br />
um profundo e ardente beijo. Meu pau usado se contorceu com o sabor do meu<br />
esperma na boca dela. Eu precisava dar o fora daqui, ou nunca a deixaria.<br />
— Porra. — ofegante. — Foi incrível.<br />
Um sorriso orgulhoso, quase felino contraiu seus lábios. Mas parecia um<br />
pouco sem brilho. Agora que a névoa de excitação tinha começado a diminuir, ela<br />
tinha acordado rapidamente para o que tinha feito. Eu não tinha ideia de como ela<br />
ia acabar se sentindo sobre isso, e minha presença provavelmente não iria ajudá-la<br />
a descobrir isso. Com certeza eu não gostaria de alguém olhando por cima do meu<br />
ombro enquanto lutava com coisas pessoais. Outra razão para eu fazer uma saída<br />
rápida.<br />
— Tenho que acordar cedo amanhã para me encontrar com Logan. — disse<br />
rapidamente. — Caso contrário passaria mais tempo. Mas vou ver você no jantar,<br />
certo?<br />
Ela abriu a boca, então hesitou. Será que ela pensou que eu iria chupá-la e<br />
deixá-la? Será que ela estava machucada? Ou apenas pronta para mais uma<br />
rodada?<br />
Finalmente ela assentiu com a cabeça e disse. — Sim. Vou estar em casa por<br />
volta das cinco e meia.<br />
Ela me deixou levantar e me observava enquanto me vestia. Quando fechei a<br />
porta do quarto atrás de mim, ela disse. — Boa noite! — a voz dela era<br />
inesperadamente alegre.<br />
Não percebi o porquê até que estava de pé na pia do banheiro, lavando os<br />
seus sucos do meu rosto. "Mas eu vou ver você no jantar, certo?" Em vez de se<br />
esconder de mim, como fez na semana passada. Parei meu rosto enterrado em uma<br />
toalha úmida. Eu tinha perguntado a Avery se iria comer comigo. De uma forma<br />
que parecia que estava com saudades dela.<br />
O que tinha de mais... Talvez estivesse.
Capítulo 10<br />
l<br />
Avery<br />
Na tarde seguinte, eu estava sentada em uma sala de palestras abafada,<br />
olhando fixamente para uma apresentação no PowerPoint sobre os tecidos no final<br />
do século XVIII. Não é meu assunto favorito, mesmo em um dia bom, e este<br />
definitivamente não era um dia bom. Nesse momento, até mesmo a era de<br />
Christian Dior e Edith Head não teriam mantido meu interesse. Tudo no que<br />
conseguia pensar era em Nixon.<br />
Detalhes íntimos da noite passada permaneciam lotando minha cabeça, tão<br />
vívidos que era como se estivesse em meu quarto com ele novamente. Seu corpo<br />
delineado. Sua língua injustamente talentosa e suas mãos. Os olhos azuis-gelo que<br />
se tornaram escuros com o desejo. O calor de sua estrutura firme entre as minhas<br />
pernas, me desloquei no meu assento plástico duro. Professor Worth falava, mas<br />
eu não ouvia uma palavra. Estava muito perdida nas minhas lembranças de<br />
"molhar a calcinha".<br />
O pau de Nixon era tão incrivelmente longo e grosso. Minha mão mal tinha<br />
encaixado ao redor de seu eixo, e a minha boca... Movi minha mandíbula inferior de<br />
um lado para o outro, sentindo uma leve dor persistente. Ainda não conseguia<br />
acreditar como havia o chupado com vontade. O primeiro e único pensamento em<br />
minha mente tinha sido fazer ele gozar. Quem era aquela garota sensual descarada<br />
e o que ela fez com Avery Palmer? A concentração pura de feromônios no ar deve<br />
ter conduzido minha insanidade temporária. Era a única explicação para tudo o<br />
que fizemos. Tudo o que eu tinha feito.<br />
E a nossa noite poderia ter ido ainda mais longe. O que aconteceria se eu<br />
não tivesse hesitado quando pediu para me tomar? Como me sentiria deixando<br />
aquele pau enorme me preencher? O pensamento me fez contorcer por diversas<br />
razões. A noite passada foi emocionante, mas, além disso, desorientadora. Antes de
conhecer Nixon, nunca tinha estado tão instantânea e devastadoramente atraída<br />
por um homem. Como a seta de uma bússola apontando na direção de um imã. Mas<br />
quão longe conseguiria me afastar do curso? O sexo mudaria tudo, se já não tinha<br />
mudado. Eu estava pronta para algo assim? Inferno, nem sabia o que "isto" era.<br />
Amigos com benefícios? Sexo sem compromisso? As palavras tinham um gosto<br />
estranho, quase azedo na parte de trás da minha língua; não estava segura de como<br />
me sentia sobre uma relação puramente sexual e nenhum romance.<br />
Provavelmente, saber que Nixon ficaria bem com esse acordo não ajudou. Na<br />
verdade, apenas me fez sentir estranha.<br />
Mas todas as emoções confusas do mundo não poderiam mudar o que meu<br />
corpo queria. Até mesmo o fato de que tecnicamente éramos parentes não<br />
importava mais. Alguma coisa profunda dentro de mim, algo primitivo, estava<br />
gritando para Nixon me foder com força. Deitar-me, reivindicar e me satisfazer até<br />
que não conseguisse pensar direito.<br />
Suspirei em frustração, olhei minhas anotações e vi uma página quase em<br />
branco. Havia escrito apenas o título da palestra, cinco ou seis pontos de marcação<br />
e um punhado de rabiscos cada vez mais abstratos. Esfreguei meus olhos, sem me<br />
importar com qualquer mancha infernal do delineador e tentei rabiscar o slide<br />
atual antes que o Professor Worth o passasse. Sacanagem... Isto está em nosso<br />
manual e o olhar esfumaçado está na moda agora. Minha mente tinha andado em<br />
círculos durante todo o dia. Metade de mim estava agonizando para sentir o toque<br />
ardente de Nixon novamente. A outra metade ainda estava cautelosa, não havia<br />
disparado ainda qualquer alarme, mas estava ciente que aquele calor tão intenso<br />
podia queimar gravemente também. Não tinha ideia de como juntar as minhas<br />
duas metades novamente.<br />
Você devia ter pensado em tudo isso antes de deixá-lo enterrar a cara entre<br />
as suas pernas, me repreendi. Bem, agora era tarde demais. Só tinha que pensar<br />
nessa bagunça enquanto prosseguia.<br />
Todos ao meu redor, de repente, começaram a se levantar, tagarelando ao<br />
som de papéis e guardando suas mesas. O professor Worth devia ter anunciado o<br />
fim da aula, mas eu não tinha sequer notado. O alívio me percorreu. Finalmente<br />
estava livre. Graças a Deus só tenho duas aulas às sextas-feiras. Coloquei meu<br />
caderno novamente em minha bolsae sai da sala de aula, indo para o edifício do
centro estudantil para me despedir de meus amigos, antes de ir para casa. Em<br />
seguida, fiz uma pausa e mudei de rumo em direção ao estacionamento do campus.<br />
Eu provavelmente poderia ter poupado quinze minutos, mas disse a Nixon para me<br />
esperar por volta das cinco e meia, e não queria correr o risco de ser sugada para<br />
dentro das últimas fofocas recentes das celebridades e faltar ao nosso...<br />
Impedi-me de terminar essa frase. A palavra "encontro" mexia com meus<br />
pensamentos de uma forma que não sabia como interpretar.<br />
a<br />
Quando cheguei em casa, fiquei surpresa ao encontrar Logan e Fox<br />
relaxando no sofá. Um jogo de basquete soava alto da televisão de tela plana.<br />
Através da janela da sala, podia ver Nixon do lado de fora na varanda, cutucando o<br />
churrasco com o pegador. O cheiro da carne grelhada e fumaça de carvão<br />
flutuavam no ar.<br />
Ao som da porta da frente, Logan se virou e sorriu.<br />
— Ei, Avery.<br />
— Hum... Ei, pessoal. — respondi, esmagando minha decepção.<br />
Nixon tinha esquecido essa festa com todas as emoções de ontem à noite, ou<br />
tinha mentido sobre jantar comigo. Ou é só um cara típicamente idiota que pensa<br />
que um grande encontro em grupo é tão bom quanto uma refeição individual.<br />
Fox no sofá deixou cair à cabeça para olhar para mim de cabeça para baixo.<br />
— Bem na hora! O jogo deve começar em poucos minutos. Exibição de prétemporada.<br />
Você é uma garota dos Lakers ou Clippers?<br />
Oh, bem. Acho que apenas devo aproveitar a festa. — Como qualquer tipo de<br />
garota. — gritei enquanto me dirigia para o meu quarto.<br />
Joguei minha bolsa em cima da cama, tirei meus dedos das minhas sandálias de<br />
salto de Steve Madden e mudei de minha saia plissada para umas calças capri<br />
macia.
Quando voltei ao fundo do corredor, Logan estava no balcão, derramando<br />
vinho tinto no copo. Podia sentir o cheiro frutado, até mesmo o buque de flores<br />
sobre a fumaça de churrasco do lado de fora.<br />
— Aqui. — ele disse. — Compramos um Merlot, quando fomos à loja de<br />
bebidas.<br />
— Oh, obrigada. Que surpresa agradável. — eu disse verdadeiramente<br />
satisfeita. Nixon não me parecia ser um cara de vinho. Ele deve ter pegado minha<br />
falta de entusiasmo para a cerveja.<br />
— Sem problemas. — respondeu Logan. — Que bom que gostou.<br />
Quando ergui o copo para um gole, meus olhos correram novamente a<br />
silhueta de Nixon na janela. Nem sabia o que queria dizer, e ainda estava louca para<br />
falar com ele. Provavelmente não era super educado pegar a bebidas de Logan e<br />
depois abandoná-la, mas não conseguia concentrar em outra coisa senão Nixon<br />
agora.<br />
Após um minuto de silêncio constrangedor, eu disse, — Acho que vou... Ir<br />
verificar a situação da comida. —Dah. Quão suave Avery.<br />
Mas Logan não pareceu se importar com minha total falta de boas maneiras.<br />
Ele simplesmente abaixou a cabeça e foi recuperar seu lugar no sofá. Ao mesmo<br />
tempo aliviada e nervosa, dei um passo para fora, fechando a porta da varanda<br />
atrás de mim.<br />
Quatro bifes enormes e um pacote de papel alumínio com batatas cobertas<br />
na grelha. Nixon inclinou a cabeça para olhar para mim enquanto vigiava a comida.<br />
Minha barriga tremeu; mesmo com esse pequeno contato visual me senti<br />
explosiva. Com a carga de promessa.<br />
— Então. — ele disse calmamente. — Será que você pensou sobre a noite<br />
passada durante todo o dia de hoje, também?<br />
Calma. Parece que estamos cortando direto no ponto. — Sim. — admiti sem<br />
hesitação.<br />
— Então eu deveria ir para o seu quarto esta noite. — ele respondeu. Foi<br />
uma declaração, não uma pergunta.<br />
Tinha lutado para manter afastada durante a aula, todas aquelas memórias<br />
superaquecidas, mas elas regressaram misturando e me afundando em fantasias.<br />
Mais cedo, me perguntei como teria me sentido se tivesse deixado Nixon
transar comigo. Agora minha chance de descobrir estava aqui. Tão logo que seus<br />
amigos fossem embora... Tudo o que teria que fazer era pedir. Ou implorar.<br />
Apesar da noite quente, sem vento, eu tremia muito. Todas as minhas<br />
dúvidas, minhas perguntas ansiosas sobre o que tudo isso significava e como isso<br />
afetaria nossa relação, de repente me senti muito longe. Enquanto os olhos do meu<br />
meio-irmão estavam em mim, nada mais importava.<br />
Assim quando abri minha boca para responder, a porta se abriu, Fox e<br />
Logan amontoaram na varanda.<br />
Gostava dos amigos de Nixon. Eu realmente gostava. Mas naquele momento,<br />
queria socá-los.<br />
Fox se jogou em uma cadeira da varanda. — Ei, os bifes não estão prontos<br />
ainda?<br />
Se Nixon estava irritado com a interrupção, ele fez um bom trabalho<br />
escondendo. — Eu não sei. Os grãos verdes estão no fogão?<br />
— O que isso tem a ver com o bife? — Fox abriu sua lata de cerveja<br />
Guinness.<br />
— Não há nada. Uma dessas cervejas é para mim?<br />
Torcendo seu sorriso em falsa indignação, Fox olhou entre mim e Logan em<br />
rápida simulação. — Você está vendo isso? Você vê o que ele me faz passar? Não<br />
acumule informações essenciais, cara. As informações querem ser livres.<br />
— Nós simplesmente colocamos. — Logan ofereceu, colocando uma lata no<br />
alto da prateleira do lado da grelha.<br />
— Que diabos, uma resposta direta. Bebida! Obrigado, senhor. — Nixon<br />
entregou os bifes e eles assobiaram bem alto. — Seus serviços para esta grande<br />
nação não serão reconhecidos.<br />
Logan riu enquanto se sentava. Eu teria rido, também, se não tivesse tão<br />
frustrada. Estava presa a um nó o dia todo, e apenas quando comecei a falar com<br />
Nixon, os amigos dele tinham entrado. Quanto tempo tenho que esperar para<br />
terminar nossa conversa? Fox e Logan mostraram todos os sinais de acampar aqui<br />
até que a comida acabasse. Desisti quando Nixon abriu sua lata de Guinness.<br />
Enquanto os bifes chiavam na churrasqueira afastada, os rapazes bebiam suas<br />
cervejas e tentei meu melhor para desfrutar do meu vinho.
Finalmente, Nixon virou a cabeça para anunciar. — Eu vou checar os<br />
legumes e buscar os pratos. Alguém pode tomar conta?<br />
Logan se aproximou da churrasqueira e Nixon entrou no apartamento. Com<br />
um sorriso torto, Fox imediatamente se virou para mim, como se tivesse esperado<br />
para esta janela de oportunidade.<br />
— Ah, Finalmente a sós. — ele ignorou o bufar de Logan. — Há algumas<br />
coisas que você deve saber sobre seu novo meio-irmão.<br />
Imagens de ontem novamente brilharam espontaneamente em minha<br />
mente, e a palavra meio-irmão de repente parecia unhas num quadro negro.<br />
— Então o que você quer ouvir primeiro? Talvez a vez que ele quase foi<br />
preso por atentado ao pudor?<br />
Fiquei boquiaberta. O... O que?<br />
Por cima do ombro, Logan atirou um olhar ilegível para mim. Devo ter<br />
parecido tão chocada quanto me senti.<br />
— Oh, sim. Estávamos todos no restaurante, e nosso pedido estava<br />
demorando muito, então ele foi encontrar a garçonete. Depois desapareceu,<br />
também. Acabou que ele a encontrou, sem dúvida... No beco nos fundos. — Fox deu<br />
uma gargalhada. — Ele tinha tirado e exibido muita coisa bem antes, mas o carma<br />
finalmente o pegou.<br />
Eu estava além de horrorizada. Claro, Nixon estava longe de ser<br />
inexperiente com mulheres, eu soube disso desde que nos conhecemos. Mas nunca<br />
pensei que era um maldito maníaco sexual. Alguém que vivia só para pegar novos<br />
pedaços excitantes de bunda. Alguém que faria qualquer coisa para transar...<br />
Pensei que ele tivesse algum respeito, alguns padrões.<br />
— Também foi naquele ano, onde ele esteve todo obcecado com sexo a três.<br />
— Fox continuou. — Algumas histórias bem legais aqui. Não tenho certeza<br />
qual é a melhor, aquela sobre as contorcionistas ou sobre as gêmeas suecas<br />
idênticas. — ele tocou os dedos nos lábios por um segundo. — Bem, falar sobre as<br />
gêmeas, provavelmentenão é apropriado. Não tenho certeza porque elas<br />
precisavam de mais um, quando elas poderiam jogar ping-pong 15 com...<br />
— Fox!<br />
15 Ping-pong: Um ato sexual envolvendo três pessoas. Uma pessoa fica de quatro, enquanto umafode<br />
sua boca a outra fode a buceta ou anús.
Todos nós assustamos até mesmo Logan. Nixon olhou da porta com um<br />
punhado de pratos e um rosto tempestuoso.<br />
— Você quer comprar um bilhete só de ida desta varanda, cara? Posso te<br />
dar um gancho de direita se não calar a boca. — a voz de Nixon era quase um<br />
rosnado.<br />
O sorriso de Fox tinha desaparecido. Ele levantou as mãos em sinal de<br />
rendição meio sério, embora o efeito tenha sido arruinado por ele ainda segurar a<br />
lata de cerveja.<br />
— Está bem, cara. Merda. Toma um calmante.<br />
Mas era tarde demais. O dano já tinha sido feito.<br />
Ontem à noite, quando Nixon tinha sussurrado tão gentilmente, coisas sujas<br />
no meu ouvido, eu tinha pensado que era especial. Pensei que ele me queria. Eu<br />
devia ter adivinhado. Ele era apenas um jogador que perseguia qualquer coisa com<br />
dois seios e uma bunda. Ele havia dito tudo o que eu queria ouvir. Eu tinha<br />
comprado a linha, e o anzol com peixe. Como pude ter sido tão estúpida? Eu estava<br />
realmente assim tão desesperada?<br />
Piscando para conter as lágrimas, engoli tentando firmar minha voz.<br />
— Desculpe. Eu, hum... Sinto uma enxaqueca chegando. Vou me deitar.<br />
Sem esperar por uma resposta, corri para dentro do meu quarto e fechei a<br />
porta.
Capítulo 11<br />
l<br />
Nixon<br />
Quando Avery desapareceu dentro do apartamento, tudo que eu queria<br />
fazer era matar Fox. Mas uma acusação de homicídio seria terrível na minha ficha<br />
de serviço. Apenas carreguei meu prato cheio esentei-me à mesa da sacada. Eu não<br />
queria que nem Avery ou os caras pensasse que eu estava perseguindo ela. Talvez<br />
bastante proteína e carboidratos fossem sufocar a raiva fervendo no meu<br />
estômago.<br />
Fox riu quando se sentou ao meu lado com o seu prato cheio.<br />
— Você é louco mano?<br />
Então, novamente, o assassinato podia não ser um plano tão ruim, afinal. Eu<br />
pensei que iria apenas colocar o temor de Deus a este garoto, mas, aparentemente,<br />
deixou escapar a lição de sua cabeça vazia. Estreitei Fox com o olhar.<br />
— Você nunca sabe quando calar a boca?<br />
— Puxa, cara, você levantou do lado errado da cama ou o quê? Eu estava<br />
apenas brincando. — Fox tocou a língua em um pedaço de batata cozida, então<br />
soprou sobre ela. — Por que você se importa tanto? Não é como se Avery fosse<br />
pedaço de bunda que você está tentando impressionar.<br />
Esfaqueei violentamente meu bife, mal passado e sangrento.<br />
— Ele não quer ficar mal na frente de sua nova meia-irmã. — Logan<br />
murmurou ao redor de sua boca cheia de comida. Silenciosamente agradeci por me<br />
mergulhar em uma desculpa conveniente. Então retomei quando ele continuou.<br />
— Mas você tem que admitir, foi meio engraçado.<br />
Virei-me para olhar para Logan. — Não, eu realmente não estava brincando.<br />
Logan me deu um olhar estranho. — Hum... Desculpe?
Droga. Talvez eu precisasse diminuir um pouco. De suas perspectivas, eu<br />
estava pirando sobre algumas histórias estúpidas. Eles não tinham ideia do quanto<br />
Fox tinha intencionalmente acabado com minha foda. Quantos dias de persuasão e<br />
frustração sexual que ele tinha mandado por água abaixo...<br />
— Avery está na família agora. — disse Fox. — Conhecer as merdas<br />
vergonhosas sobre você é algo absolutamente natural, homem. Eu estou apenas<br />
vendo se funciona mais rápido.<br />
Mas quando Fox falou assim, foi impossível manter minha boca fechada.<br />
— Eu não me importo com o que você pensa que está fazendo. — rebati.<br />
Basta parar.<br />
Felizmente, antes que pudesseaprofundar, o temporizador zumbiu na cozinha. As<br />
vagens estavam cozidas. Que significava que...<br />
— Merda, estamos perdendo o jogo. — eu disse. — Vocês vão à frente. Vou<br />
pegar as coisas.<br />
Eles grunhiram a afirmação e entraram. Coloquei o resto da comida da<br />
churrasqueira no prato que trouxe para Avery, depois entrei. Servi-me de alguns<br />
vegetais e deixei o prato dela próximo a pia da cozinha. Quando me sentei no sofá,<br />
notei que a porta do quarto estava fechada.<br />
Durante todo o jogo de basquete, Fox e Logan xingavam ou aplaudiam em<br />
pontos adequados, mas eu mal conseguia concentrar. Não tinha ideia de como<br />
terminou a pontuação. Até a comida que provei parecia sem graça. Tudo o que<br />
euconseguia pensar era Avery, estava escondida em seu quarto. Ela estava<br />
chateada ou apenas enjoada? Será que ela me odeia? Por que ela me odiaria? Se<br />
estivesse chorando? A ideia sentou como um pedaço de chumbo quente nas<br />
minhas entranhas. O que diabo ia fazer?<br />
Quando Fox e Logan finalmente saíram, coloquei nossos pratos na máquina<br />
de lavar e reaqueci a comida que tinha guardado para Avery: um bife de lombo<br />
perfeitamente preparado, com vagem, e as batatas que estavam apenas<br />
ligeiramente queimadas. Então bati na sua porta.<br />
Depois de um minuto desconfortável, ela se abriu. Pode ter sido minha<br />
imaginação, mas pensei que seus olhos pareciam um pouco vermelho. Ela olhou<br />
para o prato na minha mão como se estivesse cheio de lesmas.
Finalmente ela pegou, com um: — Obrigada. — quase inaudível, e começou<br />
a fechar a porta.<br />
— Avery, espere. Podemos conversar? — perguntei.<br />
Agora, ela estava olhando para mim como se eu fosse uma lesma. — Não há<br />
nada para falar.<br />
Puta que pariu. Eu estava encalhado em um território desconhecido sem<br />
sequer uma bússola.<br />
— Você está chateada ou algo assim?<br />
Esperava que ela não ficasse ofendida com a minha confusão. E se ficasse,<br />
pelo menos que deixasse cair uma sugestão sobre o que eu deveria fazer.<br />
— Por que eu estaria chateada? — respondeu, olhando e soando<br />
completamente zangada.<br />
Eu balancei a cabeça, ainda totalmente perdido. Eu não sei querida, é por<br />
isso que perguntei porra. Por que as mulheres não podiam vir com um<br />
manual? Como fui de herói a zero à esquerda, em uma única noite? Eu levei uma<br />
facada, à única coisa que conseguia pensar.<br />
— Tudo o que Fox estava falando... Tudo isso foi há muito tempo atrás. Eu<br />
amadureci muito desde então.<br />
Seus olhos eram tão serenos e cansados como moedas antigas. Exaustos<br />
demais para se importar. — Obrigada novamente pela comida. — ela finalmente<br />
murmurou.<br />
Então, antes que pudesse sair outra palavra, ela fechou a porta na minha<br />
cara.<br />
Sabendo que era melhor não bater novamente, me retirei para o meu quarto<br />
para uma reflexão séria. Uma coisa era certa, eu teria um trabalho enorme. Foi um<br />
golpe de má sorte, Avery ouvir toda a lavagem da minha roupa suja logo após nós<br />
finalmente nos envolvermos. Ao julgar a quão magoada e enojada ela parecia mais<br />
cedo, provavelmente pensou que eu era o maior babaca que já andou no planeta. E<br />
talvez eu fosse, quando era mais jovem, mas não era agora. No entanto, como eu<br />
poderia fazê-la acreditar que tinha mudado?<br />
Jogando-me na minha cama, gemi frustrado em vários sentidos. Eu ainda<br />
queria transar com ela até que gritasse meu nome, mas esta situação exigiria um
monte de reparação se quisesse mesmo vera doce buceta novamente. Querido<br />
Deus, eu queria ver.<br />
Na manhã seguinte de sábado, depois da minha corrida com Logan, saímos<br />
para tomar nosso café da manhã habitual, e caminhei até a floricultura na Avenida<br />
Orange. Percebi que não podia dar errado, comprar algumas flores. Esse<br />
movimento era clássico por uma razão, certo? Eu perguntei ao caixa o que ele<br />
poderia recomendar. Rosas não, elas querem dizer romance, e tampouco um<br />
grande buquê. Apenas algo brilhante e colorido que você daria para uma<br />
amiga. Provavelmente pensando que eu era um diota, ele me vendeu três talos de<br />
flores roxas e amarelas e um pequeno vaso de vidro.<br />
Escondi as flores no meu quarto até que Avery saiu para estudar com seus<br />
amigos, depois, as deixei em sua mesa de cabeceira e comecei a fazer o almoço.<br />
Normalmente, eu teria apenas arranjado um sanduíche de peru, mas tinha com o<br />
objetivo ganhar Avery mais uma vez. Táticas de meia boca não contariam para esta<br />
operação. Depois de pensar, decidi que espaguete de frango com molho de tomate<br />
caseiro atingiria um bom equilíbrio entre "por que se preocupar" e "estranho<br />
exagero”.<br />
Preparei uma panela enorme, comi um prato, em seguida, preparei o Xbox e<br />
me acomodei para acumular conquistas. Isso ia ser um dia chato; com a minha<br />
sorte, Avery voltaria assim que eu deixasse o apartamento, então não podia sair de<br />
casa até segunda ordem.<br />
No momento que desisti e fui para a cama naquela noite, Avery ainda não<br />
tinha chegado.<br />
Saí do meu quarto no domingo de manhã e a encontrei comendo cereal na<br />
mesa de jantar. Ela me viu e parou de mastigar por um momento. Segurei a<br />
vontade de perguntar se ela tinha sido abduzida por alienígenas. Se nós<br />
entrássemos em uma discussão, só iria distrair do meu objetivo.<br />
Finalmente, ela engoliu um bocado de cereais e disse:<br />
— As flores são realmente bonitas. Obrigada. — sua voz era suave, quase<br />
tímida, ou talvez resguardada.<br />
Perguntas zumbiam na minha mente: Onde diabo você estava? Passou a<br />
noite, ou simplesmente chegou tarde? É porque você está chateada comigo?<br />
Recordar Avery de sua ação aparentemente caprichosa parecia incoerente, e ela
poderia pensar que eu estava tentando me meter em sua vida ou algo assim.<br />
Finalmente eu apenas balancei a cabeça e disse:<br />
— Que bom que você gostou delas. — mas não pude resistir e acrescentei:<br />
— Então... Você ficou até tarde com seus amigos?<br />
— Oh. Hum, sim. Nós assistimos alguns filmes no apartamento de<br />
Heather. Eu não queria preocupá-lo. Eu deveria ter mandado uma mensagem. —<br />
ela mexeu com as mãos por um segundo. — Apenas não pensei nisso.<br />
Se ela estivesse dizendo a verdade, isso significava que não tinha ficado fora<br />
especificamente para me evitar. Se estivesse mentindo, isso significava que estava<br />
me evitando, mas não queria que eu compreendesse esse fato. De qualquer forma<br />
parecia um progresso. Decidi tomar minhas pequenas vitórias onde eu poderia<br />
encontrá-las.<br />
— Legal. — respondi. — Bem, eu vou sair. Provavelmente estarei de volta<br />
para o jantar, mas se não, há sobras de espaguete na geladeira.<br />
Avery concordou e a deixei sozinha. Ela parecia tocada por meu gesto, mas ainda um<br />
pouco distante, e me perguntava quanto caminho ainda tinha pela frente.<br />
a<br />
No dia seguinte, quando estava indo para a cama, notei que a luz<br />
ainda estava brilhando sob porta do quarto de Avery. Bati, e depois de uma longa<br />
pausa, ouvi o seu chamado.<br />
— O quê?<br />
— Posso entrar?<br />
— Sim.<br />
Abri a porta e vi Avery debruçada sobre sua mesa, vestindo moletom e uma<br />
camiseta, com o rosto banhado no brilho de seu laptop. Um livro grosso estava<br />
aberto em seu cotovelo e mais três empilhados nas proximidades.<br />
— Você está ocupada? — perguntei.<br />
— O que lhe parece? — então ela suspirou esfregou sua testa entre o<br />
polegar e os outros dedos. — Estou cansada, desculpe. Eu só estou arrependida de
ter aceitado essa quarta turma. Tenho que entregar um trabalho quarta-feira, e<br />
tenho um milhão de outras coisas para fazer, mas meu cérebro simplesmente<br />
desliga cada vez que olho para esta maldita linha de trabalho.<br />
Fui até ficar atrás dela, me apoiei na parte traseira de sua cadeira de<br />
escritório. — Parece que você precisa de uma pausa.<br />
— Não. — ela gemeu, arrastando a palavra em várias sílabas. — Isso é<br />
exatamente o oposto do que eu preciso. Eu tenho que tomar coragem e acabar com<br />
isso!<br />
— Apenas dez minutos. Isso vai ajudá-la a se concentrar, eu prometo. —<br />
Comecei a massagear seus ombros e ela fez um pequeno, barulho surpreso, que<br />
rapidamente se transformou em um gemido misto de dor e prazer. Eu murmurei,<br />
— Nossa, você está dura como uma tábua.<br />
— Eu não estou... Surpresa... — a vozdela veio em rajadas tensas enquanto<br />
meus dedos cavaram mais fundo nos músculos rígidos. — Estou sentada aqui... Há<br />
cinco horas... Ah, por que você parou?<br />
Sentei-me na cama e dei uma batidinha. — Vamos. A menos que eu continue<br />
todos os nós, simplesmente se espalharão nos músculos novamente, e você estará<br />
de volta onde você começou. — eu não tinha ideia se era ou não verdade, mas fazia<br />
sentido o suficiente.<br />
Sua boca se contorceu em ceticismo. Finalmente, porém, ela saiu de sua<br />
cadeira e colocou a face para baixo sobre a cama. Montei a bunda dela, rezando<br />
para meu pau não fazer uma aparição nos próximos dez minutos, e retomei a<br />
massagens na sua parte superior das costas. Ficamos em silêncio, quebrados<br />
apenas por um chiado ocasional ou suspirar de Avery.<br />
Depois que tinha trabalhado meu caminho até a parte baixa das costas, me<br />
arrisquei.<br />
— Ei.<br />
— Hum?<br />
Houve uma imprecisão sonhadora em seu tom de voz e me perguntei se a<br />
tinha acordado.<br />
Respirei fundo e mergulhei de cabeça na sinceridade. — Na noite de sextafeira<br />
passada, Fox disse um monte de coisas sobre mim. — quando ela não reagiu,<br />
continuei, — Eu não vou mentir dizendo que nada disso aconteceu. Mas está tudo
no passado. Eu não sou mais aquele cara. — bufei uma pequena risada. — Você<br />
tem que entender que eu era jovem e idiota. Mesmo antes de eu ter o meu tridente,<br />
mencionei que estava fazendo meu treinamento de pré-seleção, e as meninas<br />
faziam fila em volta do quarteirão para tirarem suas calcinhas. Isso não significava<br />
nada para ninguém. Elas só queriam ficar com um SEAL, como se fôssemos troféus<br />
e nós aceitamos as suas ofertas. Inferno, a maioria dos caras ainda agem assim.<br />
Avery não disse nada. Sua respiração veio suavemente, ela nem sequer<br />
abriu os olhos. Mas eu sabia que estava ouvindo cada palavra que disse. O que<br />
mais, ela queria estar convencida. Caso contrário, não teria ficado tão chateada<br />
com o meu passado. Tudo que eu tinha que fazer agora era apenas me concentrar.<br />
— Dormir com alguém foi divertido por alguns anos. Mas eu não poderia<br />
importar menos sobre esse tipo de coisa agora. Tudo isso está no passado. Eu<br />
posso prometer uma coisa. — inclinando para falar em seu ouvido, abaixei a minha<br />
voz a um murmúrio íntimo. — Se fizermos isso, e eu quero dizer realmente fazer<br />
isso... Será só você e eu. Ninguém mais. Eu não compartilho, e espero que você<br />
também não. — meus lábios roçaram seu pescoço, e a ouvi engatar uma respiração.<br />
— Então você não tem nada para se preocupar.<br />
A minha massagem tornou mais suave e mais sensual. Gradualmente<br />
minhas mãos varreram mais para fora, roçando os lados de seus seios através da<br />
fina camisa de algodão. Com uma onda de calor, percebi que ela não estava usando<br />
um sutiã. Espalhei beijos sobre seu pescoço e ombros os tornando cada vez menos<br />
casto. Logo suas bochechas estavam vermelhas e as costas subiam e desciam com<br />
respirações rápidas. Quando me atrevi a correr minhas mãos sob seus seios, senti<br />
que os mamilos tinham endurecido em pequenos pontos, e ela não me impediu.<br />
Queríamos um ao outro. Nós dois sabíamos que não havia nenhuma<br />
maneira que ela não pudesse sentir a dureza pressionando sua bunda bem<br />
torneada. Quando comecei a empurrar sua camiseta para cima, ela se contorceu<br />
virando entre as minhas pernas e ajudou a tirá-la. Minha respiração ficou presa na<br />
visão de seus seios perfeitos. Tinha sido apenas alguns dias desde que tive Avery<br />
pela primeira vez debaixo de mim, mas pareciam meses. Dividido entre o desejo de<br />
me apressar e o desejo de saboreá-la, a despi lentamente, beijando cada polegada<br />
de pele nua. Com exceção de alguns murmúrios suaves de prazer, ela ficou tão
silenciosa quanto um ratinho. Quando estava ajoelhado entre suas pernas, olhei<br />
para ela.<br />
— Tem certeza de que está tudo bem?<br />
Ela assentiu com a cabeça lentamente, suas bochechas coradas e lábios<br />
rosados separados, não queria perder mais tempo. Eu respirei, saboreando o<br />
cheiro de sua excitação, então coloquei o beijo mais gentil possível em seu<br />
clitóris. Ela gemeu e se contorceu. Incapaz de segurar comecei a lamber com<br />
determinação. Logo as unhas deixaram uma trilha de formigamento no meu couro<br />
cabeludo, oprimido, mas ainda desesperado por mais. Pela primeira vez na minha<br />
carreira militar, me arrependi de ter cabelo curto, porque isso significava que ela<br />
não podia meter os dedos no meu cabelo. Seus gritos subiram alto até que ela<br />
quase chorou, cada músculo tremendo quando o orgasmo tomou conta dela. Isso<br />
só aguçou meu apetite, eu não podia esperar mais um segundo para finalmente ter<br />
tudo dela. Me levantei e coloquei meus braços sob os ombros e joelhos.<br />
— O que? — ela murmurou ainda confusa com o prazer.<br />
— Preciso de você na minha cama — eu disse com a voz rouca. Quando me<br />
endireitei, ela rangeu e se agarrou a minha nuca. — Não se preocupe. Eu entendo<br />
você.<br />
Embriagado com desejo a levei para o meu quarto e a deitei. Senti seus<br />
olhos ardentes em mim enquanto corria para tirar minhas roupas. Rolei uma<br />
camisinha e seu suspiro misturou com meu gemido quando alinhei meu pau até<br />
sua entrada e empurrei para dentro, tão lento que senti como uma tortura celestial.<br />
Sua pele já brilhava com um fino de suor. Normalmente gostava de foder por trás,<br />
mas para a minha primeira vez com Avery, queria ver seu rosto. Ver seus longos<br />
cílios escuros tremendo, sua boca aberta enquanto gemia, de modo que soubesse<br />
que ela estava gostando disso tanto quanto eu. Eu nunca tinha trabalhado tão duro<br />
para fazer sexo na minha vida. Não cozinhava para as mulheres ou levava flores ou<br />
lhes mandava massagens. Então, agora, ia perfeitamente saborear os frutos do meu<br />
trabalho. Eu ia assistir Avery desmoronar debaixo de mim. Ela desmoronou de<br />
novo e de novo e de novo. Até que caímos no sono agarrados, com um braço em<br />
volta de sua cintura fina e o outro ao redor de sua cabeça sedosa.<br />
Na manhã seguinte, acordei com a cama vazia, o cheiro persistente de<br />
Avery, e o som distante de água correndo no banheiro. Ela deve ter escapado em
algum momento durante a noite. Talvez se sentisse estranha por transar comigo<br />
novamente, talvez dormir juntos ainda era muito íntimo para ela. Ou talvez ela<br />
tenha acordado antes. Seja qual for seu motivo para me deixar, eu já a queria<br />
novamente. Agora que tinha tido um gostinho de Avery, eu não poderia dar a ela a<br />
chance de mudar de ideia sobre mim. Precisava dela na minha vida, precisava de<br />
seu toque seu gosto e agradá-la todos os dias necessários. Apenas o pensamento de<br />
suas curvas nuas, úmidas e ensaboadas, fez meu pau se contorcer. Sem preocupar<br />
em me vestir, rolei para fora da cama e fui para corredor juntar-me a ela.
Capítulo 12<br />
l<br />
Avery<br />
Um grande vapor com perfume de Hibisco saía do chuveiro. Minhas mãos<br />
mantiveram uma pausa no meu cabelo lavando-o, a espuma grossa do shampoo<br />
escorreu por meus braços, enquanto pensava sobre ontem à noite. Parte de mim,<br />
inferno, grande parte de mim, ainda não podia acreditar no que tinha acontecido.<br />
Eu fiz sexo com Nixon. Sexo incrivelmente extasiante, suado, que era ainda<br />
melhor do que minhas fantasias. Sentia-me lânguida mais ainda cheia de energia,<br />
esgotada e ainda alegre. Minha buceta ainda estava dolorida e os músculos dos<br />
meus quadris e pernas igualmente cansados. De um modo estranho, senti que era<br />
meio gratificante... Até mesmo sensual. Como uma memória gravada no meu corpo.<br />
Eu tinha ganhado aquelas dores e eram dores de prazer. Toda vez que me movesse<br />
hoje, me lembraria de como foi bom sentir Nixon dentro de mim.<br />
Minha respiração já estava vindo um pouco mais rápido. Apesar do ar<br />
quente, úmido, percebi que tinha apertado meus mamilos. Merda, o que é que este<br />
homem que fez comigo? Ontem à noite, eu não podia sequer manter o controle de<br />
quantos orgasmos que tive, mas aparentemente nada era suficiente quando se<br />
tratava de Nixon. Só de pensar em seu toque me fez querer tudo de novo.<br />
Fora de todos os cenários que imaginei quando me mudeificar viciada a ele<br />
definitivamente não era um deles. Eu tinha medo de que "vício" fosse a palavra<br />
certa para isso. O que vai acontecer? Ele inventou isso tudo sobre o compromisso e<br />
a monogamia?<br />
A cortina de chuveiro fez um som suave. Corri para lavar o sabão do meu<br />
rosto a tempo de ver Nixon dar um pequeno passo sob o spray na minha frente.<br />
— O... O que está fazendo? — gaguejei meus olhos colados ao seu corpo<br />
lindo. Cada gota de água e a ondulações de seus músculos brilhavam com a
umidade. Provavelmente eu parecia com uma menina de escola excitada com um<br />
show da banda dos meninos.<br />
O invasor no chuveiro apenas sorriu para mim, não se importando com meu<br />
tumulto interior. — Ei, eu só queria conversar. Posso ficar? Por favor?<br />
Desarmada, eu consegui olhar nos seus olhos ao invés de mais para o sul.<br />
Ele foi extremamente gentil ao longo dos últimos dias... Nós precisamos conversar.<br />
Ele realmente quis dizer tudo o que disse ontem à noite? Minha curiosidade, para<br />
não mencionar que estava tão cansada de viver em um estranho ambiente tenso,<br />
finalmente superou tudo isso.<br />
— Bem. — disse, cedendo. — Falar sobre o que?<br />
— Como você está se sentindo. Muita coisa aconteceu entre nós, nos últimos<br />
dias.<br />
— O eufemismo do século. — bufei.<br />
Ele me deu um olhar exasperado. Mas havia algo mais, algo que parecia<br />
quase como afeição. Eu não tinha certeza se deveria confiar em mim para ler essa<br />
expressão corretamente.<br />
— Esse negócio de família ainda te incomoda? — ele perguntou. — O fato de<br />
que sou seu meio-irmão... ou qualquer outra coisa?<br />
— Você quer dizer meu meio-irmão, ponto final? Sim... Já falamos sobre isso.<br />
— suspirei. — Ainda estou tendo dificuldade para entender como você não está<br />
preocupado.<br />
— Não é uma ligação de sangue. Nem sequer é uma ligação direta através do<br />
casamento, realmente. Você praticamente precisa de um maldito fluxograma para<br />
explicar para as pessoas.<br />
—Sim mas nós... — eu não sabia o que dizer.<br />
Em vez disso, eu só torci minhas mãos, com medo que elas impulsionassem<br />
para seu perfeito peitoral e acabássemos transando outra vez em vez de conversar.<br />
Tão insistente como o calor entre minhas pernas estava ficando, precisávamos<br />
discutir nossa relação. Precisávamos ter certeza de que estávamos na mesma<br />
página antes de voltarmos... Puta que pariu! Nixon nu é um perigo para a minha<br />
sanidade.<br />
— Ford e Emma estão na mesma situação que a nossa, na verdade, eles<br />
estão muito mais próximos do que nós, e eles estão noivos, pelo amor de Deus. Meu
pai e Cynthia deram a eles sua bênção. — com um sorriso gentil, ele descansou a<br />
mão no meu ombro. — Nós não temos nada para nos envergonhar. Ninguém<br />
pensaria mal de nós. Ninguém nem se importaria.<br />
— É mesmo? Você está dizendo que vai dizer que sou sua namorada em<br />
público?<br />
Ele piscou, olhando confuso. — Por que não? Pode levar algum tempo para<br />
me acostumar, mas...<br />
— Você diria agora a seus amigos que estamos namorando?<br />
— Fox e Logan podem ir se foder. — Nixon fez uma pausa. — Especialmente<br />
Fox. No final do dia, eu tenho uma garota incrível, e eles não têm nada além de suas<br />
mãos. — a testa dele tocou minha; mesmo com o ar carregado de vapor, podia<br />
sentir sua respiração escapando em meus lábios. — Avery... Ontem à noite foi fora<br />
do normal... Foi diferente em um nível totalmente novo para mim. Quero realmente<br />
acreditar nisso.<br />
Você tem um bom número de exemplares para comparação, não é? Eu<br />
pensei. De alguma forma, porém, não tinha o mesmo veneno como antes. Sua longa<br />
lista de conquistas selvagens tinha perdido muito do seu poder sobre mim. O<br />
desejo nos olhos dele por mim, Avery Palmer, era honesto demais para ser<br />
qualquer coisa menos que irresistível.<br />
— Ontem à noite... Foi bom para mim, também. — finalmente admiti. Outro<br />
eufemismo do século. Quase me assustou o quanto nós combinamos. Além de<br />
qualquer coisa que tinha experimentado. Eu mal podia acreditar que o que tinha<br />
sentido com Nixon e o que senti com meu namorado do colegial sequer existia no<br />
mesmo universo. Para chamar os dois atos de, "sexo" parecia ser um descuido<br />
grave da língua inglesa.<br />
Embalando minha cabeça em uma mão, ele me puxou. Seu beijo era<br />
afetuoso, quase sensível nos lábios. Não casto, não podia imaginar Nixon me<br />
tocando sem deixar de me excitar, apenas inocentemente sensual. Apenas um<br />
beijo, em vez de um primeiro passo em direção para algo calculado. Mas o spray<br />
tinha molhado nossas bocas e antes que percebesse, nossas línguas estavam<br />
deslizando um contra a outra. A outra mão dele descendo até meu quadril. Quando<br />
ele se afastou, nós estávamos respirando mais rápido.
— Eu sabia. — eu disse, rindo apesar de mim mesma. — Eu sabia que você<br />
não veio aqui só para conversar. Caso contrário você poderia ter esperado cinco<br />
minutos, até que eu estivesse fora do chuveiro.<br />
— Não estava mentindo. Eu realmente queria vê-la. — ele beijou logo<br />
abaixo da minha orelha. — Mas admito que... Uma Avery nua, molhada foi um<br />
grande bônus. —outro beijo, mais baixo em cima do meu pulso vibrante. —<br />
Poderia realmente me culpar por querer isso? — ele mordiscou suavemente minha<br />
clavícula, em seguida lambeu o ponto sensível com a língua. — Por ser incapaz de<br />
ficar longe de você? — seu polegar esfregou círculos sobre o vinco onde minha<br />
coxa encontra meu quadril. Mesmo o toque sutil provocou direto para meu clitóris.<br />
Eu mordi meu lábio. — Nixon tenho... Oohh... Tenho aula daqui à uma hora...<br />
— Tire o dia de folga. — a boca dele desceu para o meu mamilo, sugando<br />
com sua língua cintilando quente. Um gemido alto rasgou minha garganta. Talvez<br />
tivesse caído se sua outra mão não tivesse me segurando pelas costas.<br />
— Você é mal. — eu engasguei. — Você é mal e preciso de você... Para me<br />
foder agora.<br />
Ele me deu um sorriso que implorava para ser esbofeteado. — Eu posso<br />
viver com isso. Só vou pegar uma camisinha. — ele começou a puxar a cortina do<br />
chuveiro do lado para sair.<br />
Algo me fez agarrar seu cotovelo. — Espere. Eu, hum... — quase não podia<br />
acreditar que estava prestes a dizer isto. —Eu não tenho nenhuma doença, e não<br />
consigo engravidar, então se você também não tem nenhuma doença...<br />
Seus olhos se arregalaram. —Tem certeza?<br />
— Sem mais espera. Eu quero você agora. E quero, — eu engoli. — Eu quero<br />
saber como é.<br />
O choque já foi substituído por um sorriso pervertido. —Quer dizer que<br />
você quer sentir meu pau dentro de sua doce buceta?<br />
As palavras sujas foram como um choque elétrico. Rapidamente assenti com<br />
a cabeça e disse. — Sim. — minha voz tão rouca, que quase não pude reconhecê-la.<br />
Nixon me puxou para um beijo ardente, em seguida me fez virar para<br />
encarar torneira. Apoiando-me no azulejo da parede... Enquanto ele empurrou<br />
para dentro de mim. Curvei-me para frente, ofegante enquanto ele me enchia<br />
polegada por polegada me tirando o fôlego, tão grosso, tão comprido que parecia
interminável. Finalmente seu abdômem definido encontrou minha parte de trás,<br />
ele apenas se retirou para bater de volta. Eu gemia em êxtase, dedos enrolaram<br />
contra a porcelana lisa da banheira. Ele estabeleceu um ritmo, castigando meus<br />
quadris com marteladas, seus lábios e dentes na minha nuca, os dedos esfregando<br />
meu clitóris trabalhando em círculos, e eu o estimulei com meus gritos imperfeitos.<br />
Ontem à noite, tinha amado sentir o peso de Nixon em cima de mim. Ver seu<br />
rosto e saber que estava observando o meu, os beijos profundos, compartilhando<br />
nossa respiração, sua língua na minha boca ecoando os movimentos do seu pau.<br />
Perdemo-nos um no outro. Ficar de bruços desse modo me senti... Primitiva.<br />
Diferente, mas igualmente bem. O tamborilar do jato quente do chuveiro<br />
apenas adicionou a ilusão, como se nós estivéssemos transando em uma<br />
tempestade de verão. Cada posição e cenário tinham seu próprio sabor, descobri<br />
rapidamente, e olhei para frente para explorá-las com Nixon. O prazer<br />
incandescente enrolou no meu estômago, mais e mais apertado, pronto para<br />
quebrar, e eu gemi,<br />
— Estou gozando! Oh, mais forte!<br />
— Sim, madame. — ele rosnou.<br />
Senti seus dedos deixando marcas em meu quadril e palpitações de seu pau<br />
dentro de mim. Ficamos assim por um minuto, Nixon empurrou lentamente, me<br />
deixando saborear cada tremor quente enquanto deixava sair seu orgasmo. Eu<br />
podia sentir seu peito largo, musculoso, arquejar contra minhas costas. Havia algo<br />
incrivelmente erótico e sensual sobre a sensação de seu corpo duro pressionando<br />
por cima do meu.<br />
Estiquei meu pescoço, olhei por cima do ombro e sorri para ele. Não um<br />
tímido ou inquieto sorriso, como estava usando há alguns dias atrás, mas um<br />
brilhante, cheio de dentes e real. Ele me deu o mesmo olhar.<br />
Em seguida, se virou completamente e se empurrou para longe, rindo, me<br />
senti quase tonta.<br />
— Agora eu tenho que tomar outro banho, — eu ri, repreendendo. Antes<br />
que pudesse pedir, eu adicionei, — e não, você não pode ajudar. Pelo menos me<br />
deixe fazer minhas duas aulas hoje. Só temos três ausências justificadas e eu não<br />
quero perdê-las por causa de sexo. — Não importa o quão insanamente incrível o<br />
sexo seja.
— Certo droga. Atire-me para fora, por que não? — com um sorriso torto,<br />
Nixon me deu um último beijinho na boca e saiu do chuveiro. —Eu vou fazer o café.<br />
— Gosto dos meus ovos com a gema para cima. — disse alegremente atrás<br />
dele.<br />
Meu período de seca estava oficialmente banido. Tive mais orgasmos nas<br />
últimas vinte e quatro horas do que nos seis meses atrás. Correr atrás do tempo<br />
perdido, anos de sexo morno e celibato frustrado, tenho certeza de que vai ser<br />
divertido. E no fundo do meu coração, ainda havia uma pequena esperança. Um<br />
sentimento de que esta coisa entre nós, seja lá o que fosse, poderia realmente se<br />
tornar algo mais do que apenas físico.<br />
Talvez isso fosse só um pensamento. Mas eu queria esperar para ver.
Capítulo 13<br />
l<br />
Nixon<br />
Depois que Avery voltou para casa, passamos o resto da terça-feira juntos,<br />
então quarta-feira de manhã e à noite. Poucas horas aqui, algumas horas lá, e o<br />
tempo que podíamos roubar entre os estudos de Avery. Parecia estávamos nos<br />
esgueirando, com rapidinhas escondidas como um casal de colegiais, mas não me<br />
sentia tão relaxado e satisfeito em anos. Era incrível como, apenas em poucas<br />
semanas atrás, o pensamento de alguém invadindo meu espaço tinha feito meu<br />
sangue ferver. Agora eu estava feliz que Avery tinha-se mudado e ainda mais feliz<br />
que confiava em mim.<br />
Na quinta-feira a tarde, nós tiramos proveito das aulas só na parte da<br />
manhã de Avery, para ficar abraçados no sofá o resto do dia. Na TV um estúpido<br />
reality show sobre competições de bolo, nenhum de nós estávamos prestando<br />
muita atenção. Meus pés estavam apoiados na mesa do café. Avery estava deitada<br />
na dobra do meu braço, com a cabeça aconchegada no meu peito, respirando como<br />
se estivesse meio dormindo enquanto eu acariciava seu cabelo. Como as mulheres<br />
conseguem ter seus cabelos tão macios? Shampoo especial? Algo a ver com<br />
estrogênio?<br />
— Eu estive pensando sobre algo. — Avery murmurou sem abrir os olhos, e<br />
por um momento absurdo, pensei que ia ler a minha mente. — Onde você<br />
aprendeu a cozinhar?<br />
Flexionei meus dedos em seu cabelo ondulado, passando delicadamente as<br />
pontas dos meus dedos sobre o couro cabeludo e senti quando ela tremeu um<br />
pouco.<br />
— No serviço militar.
— De verdade?<br />
Olhei para ela. Ela provavelmente não podia ver minhas sobrancelhas<br />
levantadas, mas podia me sentir mudar de posição ligeiramente. — Sim, realmente.<br />
—É tão surpreendente? — perguntei.<br />
— Bem, você sabe. — a mão dela fez um movimento vago. — A maioria das<br />
pessoas acha que cozinhar é feminino. Achei que você seria... — ela tentou<br />
despistar.<br />
— O que, não é muito viril saber como me alimentar? — brinquei. — Você<br />
tem que aprender habilidades práticas nas forças armadas. Costurar, limpar, Lavar,<br />
engomar, primeiros socorros, coisas assim. Quero dizer, quem mais vai fazer isso?<br />
— Eu sempre pensei que havia... Não sei um pessoal ou alguém para<br />
cozinhar para vocês.<br />
— Às vezes existem. Mas quando você está numa missão remota, escondido<br />
em uma caverna ou caminhando pela floresta, saber como fazer rações comestíveis<br />
é muito útil. — eu ri. — É sempre engraçado ver o doloroso despertar dos novos<br />
recrutas. Especialmente os idiotas tipo “superiores e orgulhosos”. Eles pensam<br />
que o serviço vai ser como vida real de Call of Duty 16 , toda coragem e glória... Ah,<br />
você deveria ver a cara deles quando descobrem que sua mãe não vem junto com<br />
eles. Sempre alegra o meu dia.<br />
Avery começou a rir, se contorcendo contra mim, até que não pude deixar<br />
de rir, também. Ouvi meu celular tocar, por cima de suas risadinhas. Tirei do meu<br />
bolso. Não reconhecendo o número, respondi cauteloso.<br />
— Olá?<br />
— Suboficial Nixon Bennett?<br />
Avery se afastou inquieta e percebi que enrijeci inconscientemente<br />
endireitando minhas costas. Havia alguns oficiais cuja classificação, você poderia<br />
ouvir pelo telefone, e este era um deles.<br />
— Sim, senhor. A que devo a honra?<br />
— Calma filho. Sou o Capitão Harry Sutherland.<br />
Capitão Sutherland? Semelhante, ao líder geral da Naval Special Warfare<br />
Group ONE? O homem que supervisionou um quarto de todas as Forças Especiais<br />
16 Call of Duty, é uma série de jogos de videogames, os primeiros jogos lançados tem como cenário a<br />
Segunda Guerra Mundial.
da Marinha já existente? Perguntando-me se deveria ter-me borrado todo, quase<br />
perdi o que ele disse em seguida.— Estou ligando para informá-lo que você está<br />
sendo premiado com uma estrela de prata.<br />
Levei um momento para engolir. — Desculpe-me, senhor?<br />
— Por seu desempenho em sua última missão na Síria.<br />
Lambi meus lábios de repente ressecados. — Essa missão foi cumprida por<br />
causa de meus companheiros de equipe, senhor. Tudo o que consegui devo ao<br />
trabalho árduo deles.<br />
Ele deu uma risada seca. — Essa é uma boa frase. Certifique-se de incluí-la<br />
em seu discurso de aceitação.<br />
Não havia nada para dizer sobre isso. — Obrigado, senhor.<br />
— Seu vôo para Arlington NAS North Island parte às 07h00min de amanhã.<br />
Um carro da Marinha vai estar às 06h15min em frente ao endereço fornecido para<br />
buscá-lo. Você retornará às 20h00min no sábado.<br />
— Sim, senhor.<br />
Apesar da euforia que ameaçava sufocar a minha voz, não pude evitar<br />
pensar que isso era terrível no momento. Claro que fiquei muito feliz, afinal de<br />
contas este prêmio era a terceira maior condecoração por bravura nas Forças<br />
Armadas dos Estados Unidos, mas também estava odiando ter que sair, bem<br />
quando Avery e eu finalmente tínhamos feito algum progresso. Nós nem sequer<br />
podíamos passar grande parte da noite juntos, desde que eu tinha que estar pronto<br />
para a ação em menos de onze horas. Ah, bem. O dever me chama... Não que eu<br />
pudesse dizer ao Pentagon para aguentar até que eu tranquilizasse minha situação<br />
com minha mulher.<br />
— Tenho certeza de que não preciso lembrá-lo que os negócios do SEAL<br />
nunca são divulgados, mesmo no caso de honras militares. Seu comandante de<br />
equipe e seu líder de pelotão já foram notificados, e vamos lidar com a imprensa a<br />
nossa própria maneira, então você pode considerar-se sob uma ordem de sigilo até<br />
segunda ordem.<br />
Esquecendo-me de que ele não podia me ver, concordei e respondi.<br />
— Entendido, senhor.<br />
— Bom. Tenha um bom dia filho, e parabéns. — o telefone clicou em tom de<br />
discagem.
Desliguei ainda um pouco atordoado e Avery voltou a se aconchegar ao meu<br />
lado.<br />
O que foi isso? — ela perguntou. Eu podia sentir seu coração batendo<br />
acelerado.<br />
—Uh... — mesmo que os detalhes não fossem informações classificadas, eu<br />
estava muito relutante em dizer a Avery; Não queria ela me admirando novamente<br />
sobre essa coisa toda de herói na vida real. — Eu tenho que sair da cidade amanhã<br />
de manhã. Muito cedo.<br />
Sua mão apertou firme meu bíceps. — Você sendo enviado novamente?<br />
— O que? Não. É só por uns dias. Eu vou estar de volta no final do sábado à<br />
noite. — dei-lhe um beijo no topo de sua cabeça. — Eu te diria, mas... Negócios da<br />
Marinha. Você sabe.<br />
— Sim, eu entendo. — o tom dela estava resignado, não era feliz, mas<br />
também não era magoado. Ela sabia que não deveria pressionar para obter<br />
detalhes. E mais, sabia que eu era casado com meu trabalho.<br />
Mas eu ficaria arrasado se deixasse que Avery se sentisse em segundo plano.<br />
Eu dei nela outro aperto, depois me levantei.<br />
— Como estávamos falando sobre comida... Eu tenho que fazer as malas<br />
rapidinho, mas depois disso, você quer fazer o jantar?<br />
Ela se espreguiçou e deixou escapar um ruído. — Com certeza. Você esta a<br />
fim de que?<br />
— Você. — disse, abaixando minha voz. Em seguida, adicionei um tom<br />
normal. — Mas carne refogada com arroz é aceitável em segundo lugar.<br />
— Hmm... — em vez de rir ou monstrar a língua para mim, Avery olhou<br />
maliciosamente pensativa. — Comida primeiro.<br />
— Isso significa que você será a sobremesa?<br />
— Talvez. Agora vá se preparar para sua grande missão secreta, Major<br />
pervertido. Eu vou começar a cortar os legumes.<br />
— Isso é Suboficial Pervertido para você, civil. — disse enquanto caminhava<br />
para o meu quarto.<br />
Rapidamente dobrei minhas roupas brancas e alguns pares de meias e<br />
cuecas em minha mala, já suprimindo um sorriso de antecipação. Eu parecia estar<br />
sorrindo muito estes dias.
Depois de jantar mais cedo e assistir metade de um filme, fomos para a<br />
cama. Mas não dormimos. Eu estava mais que disposto há perder uma hora<br />
preciosa de sono para segurar Avery firme, balancei dentro dela até que tremeu<br />
abafando seus gemidos contra meu pescoço. Nós lentamente, pressionamos<br />
suavemente pele com pele, muito parecido como fazer amor.
Capítulo 14<br />
l<br />
Avery<br />
Um beijo leve foi plantado na minha testa, me desloquei debaixo das<br />
cobertas esfregando os olhos.<br />
— Você está indo embora? — murmurei apertando os olhos na silhueta de<br />
Nixon. A luz pálida do amanhecer tornava difícil dizer, mas ele parecia já vestido e<br />
pronto para ir.<br />
Ele acariciou meu cabelo. — Sinto muito, querida. Não quis acordá-la.<br />
— Hum... Não, está tudo bem. — me sentei para espreguiçar e, após um<br />
momento de confusão, me lembrei de que acabamos no quarto de Nixon ontem à<br />
noite. — Me deixe vestir meu pijama e vou te acompanhar.<br />
Seus dentes brilharam em um sorriso travesso. — Você não precisa se<br />
vestir. Eles vão ligar quando o carro estiver na frente, então não é como se<br />
ninguém fosse esperar no corredor, para ver sua bundinha.<br />
— Pervertido. — ainda assim, eu tive que rir. — Normalmente eu iria<br />
discutir com você... Mas não quero atrasá-lo. Então não se acostume com as<br />
despedidas nuas, está bem?<br />
Senti seus olhos em todo o caminho, enquanto o acompanhava até a porta<br />
da frente. Ele pegou sua mala e compartilhamos um beijo de despedida,<br />
persistente, seu calor agridoce me obrigou a ter coragem de dizer.<br />
— Já estou com saudades. — eu sabia que seu trabalho era secreto e ele não<br />
tinha nenhuma liberdade na programação de suas funções, mas não era muito<br />
reconfortante.<br />
Ele tocou sua testa a minha. — Eu, também. Mas estarei de volta amanhã<br />
por volta das oito e meia, está bem? É só por uma noite.
Após o som de seus passos desvanecerem no corredor, fechei a porta.<br />
Depois fui pegar meu pijama no chão do quarto e comecei a me preparar para a<br />
aula. Não querendo ficar no apartamento vazio, mesmo com a TV ou o meu laptop<br />
para acompanhar, decidi sair mais cedo e tomar café da manhã no Starbucks em<br />
vez de comer minha tigela habitual de cereais aqui. A amigável agitação me<br />
ajudaria a controlar o sentimento de solidão.<br />
No saguão, uma loira familiar estava de pé na parede da caixa do correio,<br />
vasculhando um feixe de envelopes e revistas. Diminui a minha caminhada,<br />
fechando os olhos enquanto tentava lembrar de onde a tinha visto antes, então<br />
parei quando de repente percebi.<br />
Era a mulher que Nixon estava transado em cima da mesa de jantar quando<br />
eu tinhamudado. Eu quase não reconheci Pam com todas as suas roupas. Não que<br />
deixassem muito a imaginação. Ela usava uma blusa de corte baixo, listrada de<br />
preto e branco e uma minissaia de lycra preta com “Pete's Sports Bar" escrito em<br />
letras brancas em toda a parte traseira extremamente apertada. Uau. Esse<br />
uniforme é... Interessante. Ainda bem que não tenho que trabalhar lá.<br />
Quando ela se virou, me viu, deu um sorriso brilhante.<br />
— Oh, é você!<br />
— Eu, hum... Não sabia que nós vivíamos no mesmo prédio. — eu disse,<br />
sorrindo timidamente.<br />
Conhecendo a velha amiga de foda do meu namorado, estava além de<br />
estranho, mas ajudou que a parte do “namorado” ainda estava no ar. Menos de uma<br />
hora desde que eu dei um beijo de adeus a Nixon, e já não conseguia parar de<br />
pensar em vê-lo novamente amanhã à noite.<br />
— Moro aqui do lado, na verdade. Unidade 6-06. — ela estendeu a mão,<br />
exibindo as unhas vermelha. — Oi, eu sou a Pam.<br />
Isso eu sabia, mas não importa, não é preciso dizer que Nixon tinha<br />
colocado um nome para seu rosto. Ou seus seios enormes. Sentindo-me um pouco<br />
mais relaxada agora, apertei a mão dela.<br />
— Eu sou Avery,a nova meia- irmã de Nixon... — eu disse, evitando a<br />
palavra namorada. Isso não era fácil quando eu ainda estava em êxtase sobre o<br />
nosso relacionamento.<br />
— Sim, me lembro de você. — ela riu. — De há algumas semanas.
O nervosismo que tinha começado a desaparecer veio correndo de volta.<br />
— Heheh. Então, uh...<br />
A procura de um tópico não relacionado à nudez, eu disse a primeira coisa<br />
que me veio à mente.<br />
— Você tem o primeiro turno hoje? — eu não tinha ouvido falar de Pete,<br />
mas um lugar que fazia suas garçonetes se vestir assim, não diria que eles estariam<br />
abertos antes do almoço.<br />
— À tarde, na verdade. Acabei de picar o ponto.<br />
Eu levantei minhas sobrancelhas. — Oh, Uau. Isso parece difícil.<br />
— Sim, ontem à noite foi um verdadeiro pé no saco. — ela suspirou. — Mas<br />
pelo menos tenho algo para ansiar. Estou saindo em algumas horas para encontrar<br />
Nixon.<br />
— O que?<br />
Eu não poderia ter ouvido isso de verdade... Eu poderia?<br />
Pam deu um sorriso endiabrado, a ponta da sua língua enfiou-se entre os<br />
dentes. — Eu sei certo! Vamos passar um fim de semana juntos em Lás Vegas. Não<br />
é romântico?<br />
Minha boca abriu e fechou como um peixe. Arrancado fora d’água, degolado<br />
vivo, incapaz de ver o gancho dentro da minhoca até que fosse tarde demais.<br />
Claramente o passado de Nixon, não era realmente passado. Ele me enganou. Me<br />
usou. “Fodemos meia dúzias de vezes nos últimos dias, desde que eu tinha sido<br />
estúpida o suficiente para acreditar em sua conversa fiada, só nós dois". Ele me<br />
enganou uma vez, deveria ter vergonha... Eu deveria ter.<br />
Meu estômago se agitou e um dolorido nó construiu na minha garganta.<br />
Comsúbito horror, percebi que estava a ponto de chorar na frente da Pam. Uma<br />
mulher não, uma das muitas mulheres que Nixon.<br />
— Eu... Eu tenho que ir. — engasguei minha voz embargada e fugi escada<br />
acima sem nem sequer esperar o elevador.<br />
Seis lances de escada, e estava chorando. De jeito nenhum eu poderia lidar<br />
com uma aula hoje. Eu estava muito esgotada para deixar o apartamento<br />
novamente. Mas ao mesmo tempo, era muito doloroso ficar. Cada polegada<br />
quadrada deste lugar me fazia lembrar Nixon. A cozinha, onde ele cozinhou para<br />
mim, o sofá onde ficamos abraçados e curtimos tardes de sono. O chuveiro, onde
ele tinha banido o último dos meus medos. A cama onde me fez gritar em êxtase,<br />
até meu quarto estava contaminado. Seu perfume no ar e as constantes memórias<br />
me deixaram com náuseas. E porque tecnicamente éramos parentes, eu não podia<br />
nem chamar meus amigos e lamentar adequadamente. Nixon tinha contado com<br />
esse fato para manter minha boca fechada?<br />
Tentando não perder o dia inteiro abri o meu livro de Análise de Mercado,<br />
mas as palavras e figuras nadaram na página. Nem mesmo a TV podia distrair.<br />
Sentia-me muito esgotada para me concentrar e muito irritada para ficar sentada<br />
quieta. Por horas andei agitada pelo apartamento, meu estômago revirando, até<br />
que uma batida forte fez meu coração disparar. Eu corri para secar minhas<br />
lágrimas e fui para a porta, esperando que não parecesse tão horrível quanto me<br />
sentia.<br />
— Ei! — Fox disse logo que abri. — Como vai querida?<br />
Logan acenou um olá, de onde ele estava atrás de Fox. Ele estava segurando<br />
o que parecia ser caixas de três grandes pizzas.<br />
Olhei para eles, sem expressão.<br />
— O que vocês estão fazendo aqui?<br />
Se Fox pensou que eu estava sendo rude, ele não demonstrou. — Nixon<br />
mandou uma mensagem para vir e te fazer companhia enquanto ele está fora.<br />
— Não sabíamos que saborvocê gostava, então tem uma de queijo extra,<br />
uma de pepperoni e uma vegetariana. — acrescentou Logan.<br />
Meu estômago roncou com o cheiro delicioso, e percebi que não tinha<br />
chegado a comer. Estava muito triste e chorando o dia todo? Eu realmente não<br />
estava-me sentindo bem para interagir socialmente, mas por outro lado, precisava<br />
jantar. Provavelmente não poderia espantar esses caras sem entrar em detalhes,<br />
que preferia não comentar. Finalmente recuei e abri a porta, tentando não soar<br />
muito sombria, quando disse.<br />
— Entre.<br />
Fox colocou as caixas de pizza no balcão da cozinha, e abriu o armário de<br />
bebidas.<br />
— Qual veneno quer, Avery? Rum e Coca-Cola? Isso cairia bem com pizza.<br />
— Claro, tanto faz.
Ficar bêbada soou como uma excelente maneira, de parar de pensar no<br />
imbecil do Nixon. Não importa como faria isso. Mas uma parte triste, masoquista<br />
de mim ainda estava faminta com o som do seu nome. Enquanto Fox misturava as<br />
bebidas Logan transferia as fatias de pizza nos pratos, tão casualmente quanto<br />
possível, perguntei. — Então... O que Nixon esta fazendo, afinal?<br />
Os dois fizeram uma pausa para compartilhar um breve olhar. Logan mexeu<br />
com o cortador de pizza inquieto. Fox deu de ombros e voltou para derramar<br />
refrigerante, dizendo. — Nós provavelmente o conhecemos tanto quanto você.<br />
Olhei para parte de trás da cabeça de Fox. Sim, aposto. Você ficaria surpreso<br />
com o que sei.Mas o que eu esperava? Claro, seus melhores amigos manteriam seus<br />
segredinhos sujos para ele, provavelmente era a regra número um do código dos<br />
rapazes. Ou talvez ainda não soubessem o que Nixon estava tramando. De qualquer<br />
forma, todas as minhas suspeitas foram confirmadas. O terrível peso sombrio que<br />
me esmagou o dia todo pressionou novamente. Mas agora, meus sentimentos de<br />
traição tinham crescido de tristeza para raiva impotente.<br />
Sentamos com nossas pizza e bebidas no sofá, e após um breve debate, os<br />
rapazes escolheram um filme estupido de ação. Cinco minutos depois, Fox<br />
começou a fazer piadas sobre o filme. Logo me juntei a eles também, criticando<br />
amargamente cada personagem masculino no lugar de quem eu realmente queria<br />
reclamar. Como Nixon se atrevia a me tratar assim? Claro, um leopardo não muda<br />
suas marcas, mas isso não o torna inocente ou suas vítimas culpadas. Não foi culpa<br />
minha. Qualquer mulher poderia ter ficado cega por suas besteiras. Com cada gole<br />
de álcool, me sentia um pouco mais ousada e falava um pouco mais alto.<br />
— Por que a maioria dos homens são... Horríveis porcos, mentirosos? —<br />
finalmente perguntei no meio de uma cena de interrogatório tenso. — Por que as<br />
mulheres aturam suas merdas? Por que continuam a fazer isso? Deveriam desistir<br />
deles. Vou ser uma lésbica, ou uma freira, ou... Ou algo assim.<br />
—Falo por todos os homens não gay, quando digo que nós sentimos que se<br />
vá. — brincou Fox. Ao contrário de Logan, que parecia entediado ou<br />
desconfortável, ele pensou que minha leve confusão irritada era hilariante. —<br />
Mas se você vai começar a jogar no outro time, posso pelo menos assistir?<br />
Logan franziu a testa. — O que diabos há com você, cara?<br />
— É um mistério para a história.
O tom de Fox foi leviano. Mas Logan não pareceu nem um pouco divertido.<br />
De alguma maneira, a expressão dele tornou-se sombria quando pegou o controle<br />
remoto. — Ela está chateada e você está muito ocupado dirigindo seu próprio filme<br />
pornô para ouvi-la.<br />
— Não é? — Fox claramente não esperava que fosse sério. — Cara, eu não<br />
estava...<br />
Logan pausou o filme e se virou para Fox. — Mesmo que ela estivesse bem,<br />
você está sendo muito desrespeitoso.<br />
— Uh...<br />
— Se eu fosse falar com você sobre um problema pessoal, gostaria que te<br />
pedisse para ver meu pau?<br />
Em algum momento que parei de mastigar, atordoada. Este foi o mais longo<br />
discurso que já tinha ouvido de Logan. Uau... Ele parecia irritado. Ele se importa<br />
com meus sentimentos?<br />
Fox piscou, olhando para frente e para trás entre nós. — Desculpe. — ele<br />
disse timidamente. — Eu estava apenas tentando alegrar o ambiente.<br />
— Da próxima vez que você tiver uma ideia, tente passá-la primeiro em sua<br />
cabeça grande.<br />
— Tudo bem, droga! Eu disse que estava arrependido. Erro de cálculo. —<br />
Fox tomou um gole de sua bebida.<br />
O olhar de Logan voltou para mim e finalmente engoli meu último pedaço<br />
de pizza, que tinha virado um desagradável empapado.<br />
— Não faz qualquer sentido se punir por algum desgraçado que tenha<br />
considerado — ele disse. — Não o deixe arruinar os homens para você... Viver bem<br />
é a melhor vingança, certo? Continue procurando por sua própria felicidade. Deixeo<br />
virar pó.<br />
O que? O cara que nunca abre a boca acaba por ser secretamente Dear<br />
Abby 17 ?Quando pensei que Logan tinha um desenvolvimento técnico, ele mostrou<br />
todo outro lado: tão amável, tão rápido para me defender, tão sério me fazendo<br />
sentir melhor. Isso foi nada menos que desmantelar a verdade. Mas claro nenhum<br />
deles sabia que o babaca que tinha quebrado o meu coração era seu melhor amigo.<br />
Ainda relutante em deixar a minha guarda, neguei com a cabeça.<br />
17 Dear Abby é uma coluna de conselhos fundada em 1956 por Pauline Phillips.
— Não adianta. Todos os homens são iguais. Eu apenas... Eu estou farta.<br />
— Você me daria uma chance para provar que está errada?— Logan<br />
perguntou.<br />
— Como você faria isso?<br />
— Deixaria levá-la a um encontro. Amanhã à noite.<br />
Olhei para o Logan, mas não consegui perceber qualquer indício de que ele<br />
estava brincando. Eu definitivamente não esperava essa evolução hoje. Até Fox<br />
parecia um pouco surpreso.<br />
— Uh... — comecei, sem saber como terminar.<br />
Logan sorriu. Aparentemente meu silêncio, foi lisonjeiro. — Você já foi a<br />
The Pointe antes?<br />
— Não, mas já ouvi falar. — eu disse e imediatamente me senti idiota. Não<br />
havia como eu não pudesse ter ouvido falar dele. The Pointe era um dos<br />
restaurantes mais caros na ilha de Coronado, na praia de Glorietta Bay. Dei uma<br />
olhadela para Fox novamente. — Ele esta falando a verdade?<br />
Tão a sério como nunca o tinha visto, Fox respondeu. —Você não tem nada<br />
com que se preocupar. Logan é um rapaz bom. Somos companheiros há anos, e eu<br />
nunca o vi dormindo com qualquer uma. Ele só teve duas namoradas, ambas muito<br />
sérias, e as tratava como rainhas.<br />
Isso não foi bem o que eu quis dizer. Mas foi o que eu precisava saber, e<br />
Logan não pareceu ofendido por falarmos dele, como se não estivesse presente. Ou<br />
como se estivesse em um julgamento. Acho que ele não me culpa por estar com um<br />
pouco de suspeita nesse momento.<br />
Certo, então Logan não era um prostituto em fúria. Que já o colocaram<br />
várias centenas de pontos à frente de Nixon. Mas isso era o suficiente? Logan na<br />
verdade me queria, ou sentiu pena? E eu o queria? Seria só um casinho patético<br />
para esquecer?<br />
Ou estava pensando demais sobre isso? Ele não estava pedindo para casar<br />
com ele, pelo amor de Deus. Era só um encontro. Por que não deixar um homem<br />
bonito doce, me levar para um jantar chique? O simples ato de voltar para o jogo<br />
do romance poderia ser bom para mim. Pelo menos, eu ficaria fora de casa. Uma<br />
noite de estudo perdido valeria a distração, e seria um impulso a minha auto<br />
estima. Provavelmente encontraria alguma perspectiva valiosa, sobre todas as
minhas emoções em conflito em relação a Nixon. E talvez, apenas talvez, realmente<br />
fosse possível restaurar minha fé nos homens.<br />
Ah, o que diabos... Você só se vive uma vez.<br />
Já me sentindo incentivada, concordei. — Certo. Eu adoraria ir.
Capítulo 15<br />
l<br />
Nixon<br />
Mesmo que tinha pegado um vento favorável e consegui estar de volta à Ilha<br />
Norte quase uma hora mais cedo, minha pele ainda arrepiava com impaciência. Nas<br />
últimas 36 horas, mal tive tempo para respirar, quanto mais ligar para Avery, tudo<br />
o que eu queria, era ver como ela estava, ouvir sua voz. Eu nem sabia. Nunca tinhame<br />
afastado de uma mulher assim antes. Quando nós tínhamos parado na porta da<br />
frente e ela disse, "Já tenho saudades", automaticamente respondi, "Eu também" e<br />
fui surpreendido com o quanto eu realmente quis dizer isso. Agora tudo o que<br />
conseguia pensar era voltar para casa novamente. Avery girando ao som da porta,<br />
me dando um sorriso animado, correndo para os meus braços para um beijo...<br />
Finalmente cheguei à entrada principal do prédio. Peguei minha mala em<br />
uma mão, saudei o motorista com a outra e fui para dentro antes mesmo que o<br />
carro da Marinha tivesse voltado para a rua principal. Subi pela escada de dois em<br />
dois degraus ao mesmo tempo, muito impaciente para esperar pelo elevador. Ao<br />
abrir a porta da frente, chamei.<br />
— Estou de volta! — quando nenhuma resposta veio, olhei em volta. —<br />
Avery?<br />
Ainda nada. Mas ouvi um breve gotejamento de água, então deixei a mala na<br />
porta de entrada e virei o corredor do banheiro. Bingo.<br />
Os lábios vermelhos acetinados se separaram em concentração, Avery<br />
inclinou-se perto do espelho para pintar uma linha consistente ao longo de sua<br />
pálpebra, que brilhava de bronze à luz fluorescente. Seus cílios eram longas ondas<br />
de fuligem negra. Uma bolsa prateada cheia de escovas, frascos e pincéis estava em<br />
cima da pia. Eu tinha visto mulheres passando maquiagem algumas vezes,<br />
geralmente quando ficava a noite em suas casas, que não era algo frequente, mas<br />
parecia sempre um projeto de arte meticulosa e eu nunca tinha visto de perto
antes. Na verdade, ainda não me interessava com o que Avery estava fazendo. Eu<br />
só queria vê-la.<br />
Ela era uma deusa: elegante e intensa e atraente, tudo ao mesmo tempo. O<br />
vestido vermelho vinho agarrava a suas curvas e mergulhando em um baixo V para<br />
revelar as primeiras ondas de seu decote. O tecido era sólido até seus seios, mas<br />
transparente e laçado onde cobria seus ombros e pescoço; insinuando a pele macia<br />
abaixo, era de alguma forma mais tentadora do que apenas revelá-la sem rodeios.<br />
O cabelo dela caía em suas costas em ondas brilhantes. As correias de seus<br />
saltos altíssimos acariciavam os tornozelos magros. Entre o vestido, que terminava<br />
apenas acima do joelho, e esses saltos, as pernas pareciam bem torneadas e firmes.<br />
Já imaginei elas envolvidas em torno da minha cintura, seus calcanhares<br />
mexendo, me estimulando a impulsionar mais rápido, mais profundo...<br />
— Uau, querida, você está incrível. — sorrindo, fui para trás dela,<br />
estendendo a mãos para envolver sua cintura. Eu queria pressionar contra sua<br />
bunda deliciosa e deixá-la sentir exatamente o quanto gostei de sua roupa. —<br />
Espero que esteja tudo bem tirar tudo isso, por que...<br />
Avery evitou quase se inclinado dentro da prateleira de toalhas para fugir<br />
do meu alcance.<br />
Ops. Parece que interrompi o ritual misterioso.— O que? Fiz você borrar sua<br />
maquiagem ou algo assim? Desculpe-me.<br />
Ela fez um barulho irritável.<br />
— Eu não falo. — resmunguei. — Querida. O que há de errado?<br />
Sem fazer contato visual, ela finalmente respondeu. — Estou ocupada. — a<br />
voz dela estava nivelada.<br />
— Sim, eu vejo isso. — provoquei. — Qual é a ocasião? Quer sair hoje à noite<br />
ou algo assim?<br />
Geralmente eu gostava de ser o único a fazer planos, e agora estava<br />
esgotado da viagem. Mas qualquer coisa que envolva Avery ainda contava como<br />
uma agradável surpresa.<br />
— Não. — ela molhou o pincel pequeno debaixo da torneira, tocando<br />
levemente isso em seu pó compacto e começou a passar na outra pálpebra preta.<br />
— Uh... Tudo bem. — meu bom humor desvaneceu rapidamente a vista da<br />
incerteza. — Então por que você toda arrumada?
Por que tinha de jogar Vinte Perguntas com ela para descobrir? Por que ela<br />
não me olhava? Talvez tivesse posto sua melhor roupa "sexy" só para me dar as<br />
boas-vindas, mas esta estranha tensão no ar estava realmente me fazendo duvidar<br />
disso.<br />
— Por que, minha roupa é da sua conta? — ela respondeu casualmente.<br />
OK, isso é... Agora sabia que não era apenas minha imaginação, algo estava<br />
definitivamente errado. Mas não sabia qual era o problema, ou de onde tinha<br />
vindo. Só tinha desaparecido por dois dias. Só por uma noite. O que diabo pode ter<br />
mudado? Isto não podia ser culpa minha, eu não estava nem fisicamente presente,<br />
pelo amor de Deus amor. Mas ela estava agindo como se me odiasse. Finalmente<br />
desisti e perguntei. — Você está com raiva de mim? Eu fiz algo errado? — nem a<br />
menor pista para me ajudar a descobrir o que estava acontecendo aqui.<br />
— Me diz você. —ela pegou um frasco pequeno e borrifou alguma coisa<br />
clara no seu pincel e, em seguida, limpou na toalha de papel, deixando uma mancha<br />
preta desarrumada.<br />
— Huh? — Ora porra. Não era nem uma resposta. — Sobre o que está<br />
falando? Eu pelo menos posso ter uma dica aqui? — minha paciência com este jogo<br />
estava ficando sem combustível.<br />
Sem dizer uma palavra, Avery fechou o zíper da bolsa de maquiagem e<br />
levou-a para o quarto dela. Esforcei-me para esperar no corredor ao invés de<br />
segui-la. Mas quando elavoltou, apressou-se passando direto, mantendo distância.<br />
—Onde diabo vai? — quase gritei. Não queria xingar, mas poderia me<br />
desculpar mais tarde. Depois que descobrisse quem era essa garota e que tinha<br />
feito com Avery.<br />
Ela parou na porta da frente, uma mão sobre a fechadura e a outra<br />
segurando a bolsa enfeitada com contas pretas. Pela primeira vez naquela noite,<br />
ela me olhou diretamente nos olhos. Foi um clarão de puro ódio.<br />
— Você realmente quer saber? Tudo bem. Tenho um encontro com o Logan.<br />
— ela virou-se e saiu. — Então não me espere.<br />
Com isso, bateu a porta atrás dela... Deixando-me em silêncio, atordoado<br />
como uma espécie de resposta. Ela tinha que estar brincando comigo. Por que... Eu<br />
não tinha nenhuma outra explicação para o que aconteceu.
O que tinha acontecido? Lentamente, caminhei para a sala de estar e<br />
afundei no sofá. A TV estava desligada, mas fiquei olhando para ela de qualquer<br />
maneira. Este sentimento era pior que helicóptero descendo sobre território<br />
inimigo. Pelo menos eu estaria preparado para essa situação. Nenhum dos meus<br />
treinamentos tinha abrangido qualquer coisa sobre mulheres. O que fazer quando<br />
sua namorada te paralisa ao sair de sua própria casa? De repente me senti como na<br />
casa de um estranho.<br />
Era inquietante, como os significados de "casa" e "Avery" já tinham<br />
começado a esbarrar um no outro. Antes de Avery se mudar, eu nunca fui<br />
particularmente ligado a meu apartamento; era só onde pendurava meu chapéu<br />
quando não tinha nada melhor para fazer. Ele só se tornou especial porque ela<br />
estava aqui. E quando ela saiu, alguma coisa tinha ido com ela. Uma coisa que eu só<br />
podia sentir pelo vazio inexpressivo deixado para trás.<br />
Eu pensei que pudesse perder Avery antes, quando a conheci, não quando<br />
eu tinha assumido que ela estava me esperando. Aquilo não era nada comparado<br />
com o que eu estava sentindo. A necessidade de ir atrás dela e arrasta-lá arranhou<br />
através de mim. Mas era mais do que uma reação possessiva, eu estava<br />
absolutamente intrigado pelo que tinha acontecido. Não havia explicação racional<br />
para isso. Eu estava tão ansioso para voltar para casa para estar com ela. O que<br />
diabo tinha acontecido em dois dias malditos? Eu precisava ligar para Logan, ou<br />
melhor, ainda, ir até a seu apartamento e dar um soco bem na cara. Se ele me<br />
escapasse, iria localizá-los e exigir saber o que estava acontecendo.<br />
Mas até eu sabia que era uma ideia estúpida, quando via uma. Ir atrás de<br />
Avery e depois brigar com um dos meus melhores amigos apenas me faria perder a<br />
razão. Eu precisava acalmar e obter um controle sobre as minhas emoções, antes<br />
de chegar perto de qualquer um deles. Eu estava com o humor para dizer coisas<br />
que nunca poderia voltar atrás. Estava sentindo falta de algo, era claro. Então, eu<br />
esperaria. Talvez Avery me desse ao mínimo uma maldita explicação para o que<br />
diabos estava acontecendo quando voltasse. Se ainda assim ela não quisesse falar,<br />
iria massacrar Logan. Ele não fazia ideia do tipo de território que tinha entrado,<br />
porque eu não iria compartilhar com meus amigos. De qualquer forma, precisava<br />
esfriar cabeça e ter alguma perspectiva, antes de tomar outra vez esta situação.
Tinha que haver algum tipo de explicação e perder a cabeça seria apenas<br />
estragar mais as coisas com Avery.<br />
Mas eu ainda não pude resistir em enviar uma mensagem para Logan:<br />
Não se esqueça de que ela é minha meia-irmã. Se alguma parte de você tocar<br />
nela, eu vou arrancar a porra da sua mão.<br />
Um momento depois, meu telefone zumbiu com a resposta de Logan:<br />
10-4 “Ok, entendido.”
Capítulo 16<br />
l<br />
Avery<br />
Naquela noite eu tinha cuidadosamente me vestido para matar, querendo<br />
impressionar, Logan. Nixon foi nada mais do que um lapso de julgamento. Eu já<br />
estava saindo deste sonho ruim, e em breve, esqueceria tudo sobre Nixon e quão<br />
estúpida fui. Acredito, porém que tudo ficou mais difícil, quando ele chegou em<br />
casa mais cedo. Só o som de sua voz mexeu comigo. Quem ele esperava enganar<br />
com esse falso ato inocente? Ele realmente achou que eu era tão estúpida? Talvez<br />
achasse, afinal, fui estúpida o suficiente para confiar nele em primeiro lugar. Mas<br />
minha recuperação com certeza foi rápida. Sabia que ele iria tomar em seus braços,<br />
se eu não tivesse afastado alguns centímetros. Valeu a pena ser orgulhosa, certo?<br />
Estar estável?<br />
Enquanto dirigia para The Pointe, disse a mim mesma que era uma rainha<br />
forte, imponente e Nixon estava totalmente abaixo de minha atenção. Nem sequer<br />
valia a pena ficar zangada. Fui até a entrada da frente, entreguei a chave para o<br />
manobrista, e tentei andar como se possuísse articulação.<br />
Mas até uma rainha iria desacelerar para admirar este lugar. Era lindo, um<br />
dos restaurantes mais chiques que já estive. Pequenos lustres de cristais<br />
marcavam o teto com raios de luzes douradas. O piso de madeira e painéis em<br />
cinza suave criou uma atmosfera intimamente confortável. As janelas salientes em<br />
duas paredes ofereciam uma vista incrível do mar praticamente de qualquer lugar<br />
no restaurante. Cada mesa tinha uma toalha de linho nevada, uma vela flutuante e<br />
uma única rosa escarlate.<br />
Eu dei meu nome de Logan para a hostess e ela me guiou até à varanda. Não<br />
muito abaixo de nós, ondas pretas reluziam sob o luar, o silêncio, enchendo o ar,<br />
acalmando a pressa. Avistei Logan em uma mesa perto da grade, com uma garrafa
de champanhe em um balde de gelo. Ele estava sentando-se, e levantou-se<br />
novamente a me ver, com os olhos arregalados.<br />
— O garçom virá daqui a pouco. — disse a hostess com um sorriso. — Por<br />
favor, aproveite a sua noite.<br />
Enquanto ela se apressou de volta ao seu posto na entrada, Logan puxou<br />
minha cadeira. Acomodei-me no assento baixo de pelúcia, e ele sentou-se.<br />
— Espero que não se importe que eu tenha pedido a bebida. — ele acenou<br />
na direção do champanhe. — A propósito, você está linda.<br />
— Você também não está nada mal. — respondi com um sorriso<br />
provocante.<br />
Era verdade, o melhor da beleza natural do rapaz-tímido, Logan claramente<br />
tinha senso de moda. Um terno de risca de giz carvão, uma camisa cinza clara e<br />
gravata azulada. Seu bom gosto para roupas definitivamente acrescentou alguns<br />
pontos para seu crescimento total.<br />
Enquanto eu olhava o cardápio, Logan derramou champanhe nas taças.<br />
Finalmente decidimos por uma salada caprese 18 para acompanhar, marsala de<br />
vitela com cogumelos porcini para ele, e pato em conserva com molho de amoras<br />
para mim.<br />
— Então. — ele disse depois que fizemos o pedido. — Sei que este é seu<br />
último semestre na UCSD, é mais ou menos isso? Fale sobre você.<br />
— Uh... Bem, eu...<br />
Família era um tema óbvio para quebrar o gelo. Mas mesmo que antes eu<br />
tivesse compartilhado muito com Nixon, não queria falar sobre o câncer da minha<br />
mãe morta e histerectomia no primeiro encontro. Por alguma razão estranha, eu<br />
não estava tão confortável com Logan, como estive com meu meio-irmão idiota.<br />
Acho que até meus instintos não eram imunes a erros. Erros enormes,<br />
terríveis...<br />
A salada caprese pousou na nossa frente. Percebi que estava distraída e<br />
forcei meu foco para voltar a conversa.<br />
18 Salada caprese, salada italiana feita de mussarela fresca, tomate, manjericão temperado com sal<br />
azeite.
— Bem, eu sou uma designer de moda, e eventualmente quero um blog<br />
sobre conselhos de beleza e notícias ligadas à moda. Ano passado estudei em<br />
Londres. — escola e trabalho eram temas geralmente seguros.<br />
— Você foi criada aqui?<br />
— Sim, em Irvine. Papai conheceu Cynthia, que é a minha madrasta, em um<br />
In-N-Out Burger. — eu ri um pouco. — É praticamente a história mais 'sulista da<br />
California' que já ouvi.<br />
Ainda tinha deixado de dizer o nome mãe, e Logan foi gracioso o suficiente<br />
para não mencionar isso.<br />
— Foi um romance de colegas de trabalho? Os olhos que se encontram por<br />
cima da fritadeira? — ele perguntou em vez disso, os lábios equivocados.<br />
— Não, mas você sabe, eu não estou... Totalmente certa do que papai faz. —<br />
eu ri novamente. — Sua empresa faz semicondutores. Ele tem algum tipo de<br />
posição de gestão desconhecida.<br />
O garçom escolheu aquele momento para reaparecer e estabelecer dois<br />
pratos fumegantes. Aproveitei a oportunidade para alterar o assunto.<br />
— Quanto a você? — perguntei, levantando uma garfada de pato para os<br />
meus lábios. — Sempre esteve nas forças armadas?<br />
— Basicamente. Eu larguei a faculdade e entrei na Marinha, quando tinha<br />
vinte anos depois me tornei fuzileiro, quando tinha vinte e dois. — ele ficou em<br />
silêncio quando começou a cortar sua vitela. Apenas quando pensei que tinha<br />
cometido um erro, levantando a questão de seu trabalho, Logan continuou. —<br />
Estou pensando em desistir no próximo ano ou dois. Acho que tive um bom<br />
passeio.<br />
— Então por que quer parar agora?<br />
Ele deu uma bufada tranquila e uma risada. — Bem... Isto não é um grande<br />
tema para o primeiro encontro, mas já que perguntou... Quero sossegar em breve.<br />
Ter esposa, filhos, o pacote completo. Eu gosto da vida de fuzileiro, mas não é o<br />
lugar para um homem de família.<br />
Uau, claro que não esperava essa resposta. Mas fazia sentido.Eu assenti<br />
lentamente.
— Eu entendo. Você está longe de casa o tempo todo, e seu horário é<br />
impossível de prever. Se você tivesse uma família, realmente seria difícil lidar com<br />
o tipo de riscos que assume.<br />
Ainda mais um motivo para estar feliz, que tudo o que tive com Nixon tinha<br />
acabado. Seria terrível me apaixonar por ele e depois vê-lo sair em missões<br />
perigosas, o tempo todo. Sentada em casa, como um das donas de casa em um<br />
documentário da Segunda Guerra Mundial, solitária e ansiosa, rezando para que a<br />
próxima carta que eu recebesse não começasse com: Lamentamos informar-te...<br />
Minha garganta apertou com o pensamento de Nixon morrendo milhares de<br />
milhas longe de mim, tinha que parar de ficar nervosa. Claro, a morte sempre era<br />
uma tragédia terrível, mesmo para um idiota como Nixon. Mas não fui eu quem<br />
tinha escolhido para me juntar as forças armadas. Se ele queria galopar ao redor<br />
em lugares exóticos e levar um tiro, então ele poderia ir em frente. Eu não devia<br />
deixar nada sobre ele partir meu coração.<br />
Tarde demais, percebi que Logan tinha acabado de dizer uma coisa, e eu<br />
estava ocupada sonhando acordada com Nixon. Mais uma vez.<br />
— Meu pai fez isso. — Logan estava no meio da resposta. — Estou<br />
orgulhoso dele agora, mas quando eu era criança, não me importava sobre honras<br />
e operação. Odiava não ser capaz de jogar com o meu pai. — ele olhou para seu<br />
champanhe por um momento e depois tomou um gole. — Então eu realmente<br />
quero fazer parte da vida dos meus filhos.<br />
— Bem, eu concordo. O que é o objetivo de casar e ter filhos, se você nunca<br />
consegue ver qualquer um deles? Mas... — eu tentei e não consegui imaginar este<br />
tanque corpulento vendendo carros usado ou sentado em um quarto em fazenda.<br />
— O que você faria em vez disso?<br />
— A Marinha já me abordou para uma posição de instrutor. Minha posição<br />
vai subir o que significa melhor salário, e eu poderei aplicar para um posto<br />
permanente para onde eu queria viver. — ele fez uma pausa. — Talvez perto de<br />
San Diego.<br />
Eu estava imaginando esse aspecto? Não tentei analisar o comentário de<br />
San Diego. Mesmo como uma possibilidade de vaga, planejar sua carreira em torno<br />
de mim seria verdadeiramente estranho para um primeiro encontro.<br />
Provavelmente foi uma coincidência. Sua família vivia nas proximidades, ou ele
ironicamente desfrutava de luzes de Natal em palmeiras, ou queria ficar perto de<br />
seus amigos, tão difícil quanto era acreditar que alguém pudesse gostar de Nixon<br />
tanto assim.<br />
Merda estou pensando nele outra vez! Forcei-me a sorrir para Logan.<br />
—Você tem tudo planejado, hein? — arrisquei, estendendo a mão para<br />
descansar meus dedos em sua mão. — Eu acho que é bom que você saiba o que<br />
quer.<br />
Logan piscou, depois sorriu e esfregou o polegar sobre os nós dos meus<br />
dedos.<br />
— Não há nada de errado em saber, há?<br />
— Bem, não, e... É agradável. Ouvir um cara com menos de trinta anos falar<br />
sobre seu futuro, quer dizer.<br />
Embora parecesse que estivesse com muita pressa de se casar. Mesmo que<br />
eu tenha achado o lado sério de Logan cativante, ainda era um pouco demais para a<br />
minha vida agora. Se eu quisesse sobreviver no jornalismo de moda, teria uma<br />
tonelada de trabalho pela frente.<br />
Mas Ei, então se tivessem uma mísera incompatibilidade? Não é grande<br />
coisa. Não era como se estivesse me casando com ele no curso da meia-noite. Este<br />
encontro era apenas por diversão. Experimentar um ao outro para ver se nos<br />
encaixávamos. Realmente foi muito bom finalmente interagir com um homem<br />
adulto, em vez de um menino crescido que só queria beber, transar e explodir as<br />
coisas, como se sua vida fosse um jogo.<br />
Quase timidamente, Logan puxou sua mão para esfregar a parte de trás do<br />
pescoço.<br />
— Então você disse que você estudou no exterior? Como foi?<br />
— Londres foi incrível. — eu suspirei. — Tive aulas com todos esses<br />
professores famosos, e até fui a alguns eventos da semana de moda...<br />
Falamos sobre meu trabalho escolar e aspirações enquanto terminávamos<br />
nosso prato principal. Não era novidade que, Logan não sabia muito sobre moda.<br />
Mas prestou muita atenção a tudo o que eu disse, respondendo sempre com<br />
perguntas bem consideradas e observações, me incentivando na direção por mais<br />
detalhes. Tendo em vista seu interesse aparentemente genuíno, era impossível de
me preocupar que estava falando muito sobre mim. Provavelmente nunca estive<br />
em um encontro tão agradável.<br />
Mas apenas "agradável". Eu não senti nenhuma faísca, ou calor intenso que<br />
cantarolava entre Nixon e eu, sempre que nossos olhos se encontravam. Quanto<br />
mais tentava concentrar em Logan, mais encontrava minha mente vagueando para<br />
Nixon. O homem sentado à mesa a luz de vela a beira-mar, com sorriso suave e<br />
olhos cor de avelã convidativa, me fazia sentir nada mais do que um irmão, tudo<br />
isso enquanto eu ansiava por meu meio-irmão. O que havia de errado comigo?<br />
Como eu poderia conseguir? Minha frustração distraída cresceu até que me<br />
levantei do meu lugar.<br />
— Pode segurar esse pensamento? — perguntei, tendo apenas uma vaga<br />
ideia do que tinha falado. — Eu já volto. Preciso ir ao banheiro.<br />
Muito nervosa para esperar pela resposta de Logan, me apressei para<br />
dentro do restaurante.<br />
Felizmente, não havia mais ninguém no banheiro. Com as mãos apoiadas em<br />
ambos os lados da pia em mármore preto, olhei para o espelho, tentando fazer meu<br />
melhor para me recompor. Eu tinha que respirar. “Pare de se culpar”. Admirei a<br />
consolidação, recuperando meu legítimo orgulho, me lembrei de o que Nixon tinha<br />
feito e era por isso que estava aqui com Logan e quão melhor eu estava do que com<br />
aquele mentiroso safado. Mas não importava quantas vezes repeti silenciosamente<br />
eu sou uma deusa filha da puta, isso não durava. Debaixo desse vestido<br />
glamouroso, este rosto cuidadosamente maquiado, sabia que não havia nada mais<br />
que uma garota triste e confusa. Aparentemente, porém, toda essa besteira de<br />
beleza ainda era o suficiente para enganar os homens.<br />
Meus pensamentos voltaram ao apartamento, Nixon tinha parado no seu<br />
caminho e olhado para mim como água no deserto. Bem, isso era muito mal para<br />
ele. Eu estava inatingível. Se ele me queria, deveria ter pensado nisso antes de<br />
mentir sobre os negócios da Marinha, para ir para Lás Vegas no fim de semana<br />
para transar com Pam.<br />
Mas... Droga, em um pequeno momento, eu queria Nixon de volta. Odiava<br />
nós dois por isso. Nos conhecêssemos a menos de um mês, e ele já tinha deixado<br />
grandes impressões digitais em todo o meu coração. Mesmo quando estava em um<br />
jantar romântico, em um belo restaurante cinco estrelas com outro homem, não
conseguia parar de pensar sobre esse idiota. O que mais queria, pelo amor de<br />
Deus? Logan foi fantasticamente perfeito. Bonito, bondoso, atencioso, maduro. Ele<br />
tinha uma vida centrada. No entanto, era evidente que não podia dizer o mesmo<br />
de mim. Aqui estava eu, escondida no banheiro como uma colegial cujo namorado<br />
a tinha deixado mesmo antes do baile.<br />
Certo, então era totalmente patética. Tudo bem. Eu podia lidar com isso.<br />
Tinha que voltar lá antes que Logan pensasse que estava tendo algum problema<br />
médico humilhante. E para fazer isso, tinha que me lembrar de por que vim neste<br />
encontro em primeiro lugar.<br />
Precisando inflamar, a necessidade de não me importar, a necessidade de<br />
reacender meus motores e queimar esse veneno, busquei uma imagem que me<br />
enchesse de raiva. Mas tudo o que pude pensar foi, em Nixon rindo com Pam sobre<br />
como tinham me enganado, ele beijando seu pescoço, em seu espalhafatoso quarto<br />
de hotel em Vegas, acariciando os seios dela, muito maiores do que os meus,<br />
fechando os olhos com um gemido enquanto ele deslizava dentro dela, só me fez<br />
sentir vontade de vomitar, toda a bile. Nenhum alívio. Talvez este doença<br />
desaparecesse com o tempo, mas agora, doía tanto que eu não aguentava.<br />
Eles provavelmente batizaram cada superfície plana de seu quarto no seu<br />
hotel brega, pensei e lágrimas voltaram num piscar de olhos. Cerrei os dentes e me<br />
apressei para voltar ao restaurante, quase batendo a porta do banheiro.<br />
Quando me aproximei a nossa mesa, Logan perguntou. — Quer sobremesa?<br />
Eu estava admirando os figos cozidos com mel.<br />
Engoli em seco, desejando que a minha voz não me revelasse. — Isso parece<br />
bom, mas... De repente não estou-me sentindo tão bem. Podemos acabar a noite<br />
mais cedo?<br />
Ele arqueou as sobrancelhas e me preparei para a pergunta sobre o que<br />
estava errado. Mas tudo o que ele disse foi. — Oh, claro. Sinto muito, que você não<br />
esteja se sentindo bem. Deixe-me pagar a conta.<br />
Depois sinalizar para nosso garçom e pagar a conta, Logan segurou meu<br />
cotovelo enquanto andamos para o posto do manobrista. Seu comportamento<br />
cavalheiresco só me fez-me odiar ainda mais. Ele não se encaixava em qualquer<br />
uma das minhas bagagens emocionais. Estava sendo tão bom para mim e não
conseguia nem me sentir feliz com isso, e ele não tinha ideia. Isso era muito injusto<br />
para todos os envolvidos, e culpa de tudo isso era de Nixon.<br />
Quando chegamos a minha caminhonete Dodge verde-floresta, Logan fez<br />
uma pausa, olhando para mim.<br />
— Você está bem para dirigir? Ou quer uma carona?<br />
— Não, estou bem. — isso era uma mentira deslavada, mas agora não<br />
queria companhia. Eu tinha muito em que pensar. E possivelmente chorar. Olhei<br />
para minhas unhas pintadas de bordô. — Desculpe por isso. Diverti-me muito, eu<br />
só...<br />
— Ei, não se preocupe. As coisas acontecem. — Logan se inclinou<br />
ligeiramente, como se quisesse me dar um beijo na testa, depois hesitou e apertou<br />
minha mão em vez disso. — Sinta-se melhor, ok?<br />
— Vou tentar — eu disse incapaz de devolver o sorriso.
Capítulo 17<br />
l<br />
Nixon<br />
Tão imperfeito quanto os últimos dois dias tinha acabado, meus<br />
pensamentos estavam caóticos para qualquer chance de sono. Deitei na cama,<br />
olhando para o teto, meus ouvidos se animando com cada ruído aleatório que<br />
pudesse indicar Avery voltando para casa. Minha raiva por Logan tinha<br />
desaparecido em uma estranha acidez, escura. Na verdade, fiquei mais irritado<br />
comigo mesmo do que qualquer outra coisa. Nunca tinha pensado em sair com<br />
Avery, mostrando-lhe a cidade, cortejando-a como Logan estava fazendo agora. Eu<br />
pulei direto para a fase de "belos sapatos, quer transar?”.<br />
Em minha defesa, a abordagem direta sempre funcionou bem para mim.<br />
Talvez um pouco bem demais, conseguia facilmente uma buceta sempre que<br />
precisava então não me preocupei muito com práticas como jantar e um encontro<br />
no cinema. Até algumas horas atrás, eu tinha assumido que Avery não se importava<br />
com nosso namoro... Não convencional. Mas agora, não tinha tanta certeza.<br />
Foi por isso que ela estava chateada? Ela se sentiu desvalorizada, enganada<br />
ou algo assim? Pensou que eu a tinha usado para o sexo sem oferecer qualquer<br />
romance em troca? A inquietação começou a construir no fundo do meu peito.<br />
Aquela sensação ainda inexpressiva de um desastre iminente: o silvo de bolhas de<br />
ar da mangueira do meu tanque de mergulho, o estalo de um galho de uma árvore<br />
sombria atrás de mim, o sussurrar de um companheiro dizendo foda-se! Antes que<br />
o mundo desabasse. O momento em que um homem tinha que deixar de lado todos<br />
os seus planos obsoletos a altura dos acontecimentos.<br />
Não sei se o meu momento com Avery já tinha passado ou ainda estava por<br />
vir. Se eu tivesse uma chance de resgatar nosso relacionamento, não podia deixar<br />
escapar por entre meus dedos. Mas e se eu não vi esse momento chegando? Será<br />
que eu reconheceria se tivesse chegado? E...
Eu tinha imaginado esse clique? Sentei-me para ouvir. Não, a trava da porta<br />
frente estava definitivamente sendo aberta. Mas era apenas 09h15min. Por que<br />
Avery estava voltando tão cedo? Evidentemente, o encontro não tinha ido bem.<br />
Senti algo parecido com otimismo, que imediatamente virou culpa, pela esperança<br />
que ela tivesse tido uma noite ruim.<br />
Os saltos altos estalaram na cozinha por um segundo então mudou para<br />
batidas rápidas e leves, através da sala de estar e corredor. Antes que eu pudesse<br />
levantar, a porta do quarto de hóspedes bateu. Direto para cama, hein?<br />
Aparentemente ela ainda não estava interessada em falar comigo.<br />
Descansei minha testa contra o batente, deixando o corte da madeira<br />
angular entre as minhas sobrancelhas. Eu queria socar qualquer coisa até meus<br />
dedos sangrarem. Tudo o que estava acontecendo com Avery, começou devagar,<br />
mas com certeza estava-me deixando louco. Não conseguia entender essa estranha<br />
tensão que havia surgido entre nós, e o não saber era quase tão ruim quanto a<br />
distância em si. Se ela apenas falasse por dois minutos, tenho certeza de que<br />
poderíamos trazer as coisas de volta como costumavam ser. Poderia descobrir o<br />
que tinha levado ela para Logan e consertar. Eu estava disposto a fazer qualquer<br />
coisa, mas até que soubesse o que fazer, estava em ponto morto.<br />
Inquieto, passei o resto da noite lutando para dormir, dolorosamente<br />
consciente da presença de Avery a poucos passos no fim do corredor.<br />
Quando o primeiro brilho pálido da aurora mostrou através das cortinas,<br />
desisti de ficar na cama e comecei a me vestir. Sem me preocupar com o café da<br />
manhã ou em tomar um banho, desci as escadas para o estacionamento do<br />
condomínio. Eu podia ter caminhado até casa do Logan em menos de meia hora,<br />
era só descer a rua lateral que corria ao longo da praia, onde nós movimentávamos<br />
todos os sábados, mas minha paciência também estava triturada para esse tipo de<br />
atraso. Eu queria respostas agora, e se não podia falar com Avery, teria que falar<br />
com Logan. Esperava que ele pudesse me explicar o que diabo estava acontecendo.<br />
Em cinco minutos e estava estacionando na calçada e batendo bem forte na<br />
porta dele.<br />
— Bom dia. — eu disse assim quando ele abriu.<br />
Logan piscou. Provavelmente surpreso, por ver assim no raiar do dia. Mas<br />
sua única resposta foi: — Oh, Ei. Eu estava fazendo um café. Quer um pouco?
— Parece ótimo.<br />
Ele deu um passo para trás para me deixar entrar, em seguida fechou a<br />
porta, enquanto me sentei na sua mesa de jantar.<br />
— Sem açúcar e um pouco de creme, certo?<br />
— Sim.<br />
Ele não perguntou por que eu tinha vindo ainda. Deixamos o silêncio cair,<br />
ininterrupto, exceto pelo silvo borbulhante da máquina de café, e Logan se<br />
movendo na cozinha, até que ele se sentou na minha frente com duas canecas<br />
fumegantes na mão.<br />
— Obrigado. — eu disse, pegando a minha.<br />
Logan acenou com um silencioso sem problema. Seu olhar era calmo, mas<br />
podia ler a pergunta nele. Agora que estávamos finalmente prontos para<br />
conversar... Queria saber por onde começar.<br />
Talvez não tenha pensado nesta pequena missão para coletar de<br />
informações até o final. Eu não poderia tratar Logan como um parceiro, e<br />
interrogá-lo, só iriam complicar as coisas. Ele não precisava saber que eu gostava<br />
de Avery, mais do que gostava, se eu quisesse ser brutalmente honesto comigo, ou<br />
que tínhamos transado como coelhos nas últimas semanas. Eu não podia-me dar o<br />
luxo de levantar as sobrancelhas fazendo perguntas estranhas agora. Desde que<br />
nós consigamos conversar novamente, não queria Avery me esfolando vivo. Ela<br />
recentemente superou a vergonha que tinha do nosso relacionamento, e agora não<br />
queria nada comigo, era muito difícil prever como ela reagiria se eu contasse<br />
nossos problemas por toda a cidade. Eu precisava de calma. Portanto, isso não<br />
poderia ser uma reunião de estratégia aberta entre aliados. Em vez disso, era mais<br />
como espionagem. Fantástico. Eu adoro mentir ao meu melhor amigo.<br />
— Então... Eu te disse para fazer companhia Avery enquanto estivesse fora.<br />
— eu disse, tentando soar como nada mais do que um irmão mais velho em<br />
questão. — Não pensei que iria sair com ela.<br />
Logan fez uma pausa, com a caneca no meio do caminho para a boca. — Oh.<br />
Sim. — ele pousou a caneca novamente. — Não se preocupe com isso.<br />
— Eu vou preocupar com minha família se eu quiser. — minha voz tinha<br />
saído mais dura do que eu pretendia, mas Logan não pareceu ofendido.<br />
— Isso é legal. — ele disse simplesmente.
Na verdade, seus lábios arquearam um pouquinho. Ele estava pensando que<br />
isso era engraçado? Acho que eu estava agindo como um idiota, mesmo assim. Não<br />
há uma seção total de códigos de irmãos, sobre não mexer com as irmãs das<br />
pessoas?<br />
— Não estamos namorando. — Logan continuou. —Tivemos um encontro.<br />
Extraordinário.<br />
— E não passou de nada, além disso?<br />
Ou propositadamente esperou para fazer seu movimento até que eu tivesse<br />
virado as costas?<br />
Olhando um pouco confuso, ele encolheu os ombros. — Bem... Sim, certeza.<br />
Qual é a razão de pedir a uma garota para sair num encontro, se você não está<br />
tentando fazer um momento?<br />
Várias respostas óbvias vieram à mente. Mas o Logan nunca foi um cara de<br />
foder e fugir.<br />
— Eu acho. — eu disse lentamente.<br />
— Mas as coisas não chegaram a esse ponto. — ele bebeu seu café. — Se<br />
chegarem ... Isso seria o fim do mundo? Você me conhece, cara. Eu nunca a<br />
machucaria.<br />
Quase me matou admitir isso, eu sabia que ele estava certo. Logan era bom<br />
rapaz. Concordei, levantando as sobrancelhas para deixá-lo saber que ainda estava<br />
em julgamento.<br />
— É justo. Então, como as coisas foram ontem à noite? — eu queria Logan<br />
pensando que eu estava pescando uma desculpa para bater nele, em vez de pistas<br />
sobre por que Avery me odiava, ou por uma fagulha de esperança, de que não<br />
perderia Avery em breve por me odiar. — O que vocês fizeram?<br />
Logan não mentia para mim, mas era mais esperto o suficiente para<br />
escolher as palavras com cuidado. — Nada de especial. Jantamos no The Pointe.<br />
Puta merda! The Pointe? Esse cara não deixa nada ao acaso.<br />
— Ah, é isso? — bufei amargamente. Comparado ao Romance do senhor<br />
aqui, eu pareço um completo chato.<br />
— Juro por Deus. Só falamos sobre nossas carreiras, as aulas de Avery e<br />
coisas assim. Estava em casa segura na hora de dormir. — Logan tinha entendido<br />
completamente mal minha reação fria, e eu não estava disposto a corrigi-lo. Ele
hesitou, olhando para o seu café, antes dizer lentamente: — Ela é... Fácil de<br />
conversar. Queria manter a conversa leve, mas antes que percebesse, estava<br />
contando a ela, como queria deixar o SEALs. E todos os meus motivos.<br />
—Quer dizer a coisa de se casar?<br />
— Sim. — ele suspirou. — Que quero ser um bom marido e pai. Enquanto<br />
eu ainda for um SEAL, não posso lidar com isso.<br />
— O que Avery pensou de seu plano? — minha curiosidade foi provocada.<br />
— Concordou totalmente. Ela disse que não gostaria de assumir uma<br />
relação séria com alguém que vai embora tantas vezes... Pode acabar sumindo para<br />
sempre. — Logan balançou a cabeça. — Ela parecia chateada apenas com o<br />
pensamento. Eu me senti meio mal para falar sobre isso.<br />
Ele sentiu-se mal? Mantendo meu rosto completamente em branco, bebi um<br />
gole longo de café ainda escaldante, acolhendo a queimadura. Não sabia o que<br />
dizer sobre isso. Diabo nem sabia o que pensar. O exército era a minha vida. Não<br />
queria escolher entre ser um SEAL e manter Avery. Com essas palavras que disse<br />
para Logan ontem à noite, ela podia ter arrancado meu intestino.<br />
Fez sentido ela se sentir dessa maneira. Em nossa primeira conversa séria,<br />
ela disse que se tivesse um filho, não queria que ele crescesse sem uma mãe, como<br />
ela cresceu. E se ela se importasse comigo, iria querer passar nosso tempo junto<br />
sem stress. Não ia querer se separar por meses a fio, solitária e doente de<br />
preocupação se eu iria chegar em casa com o corpo em um saco. É claro que, se não<br />
se importasse comigo...<br />
Levantei-me de repente, deixando meu copo meio cheio sobre a mesa.<br />
— Obrigado pelo café. Tenho que ir agora, mas vou te ver no próximo<br />
sábado. No lugar de sempre.<br />
Logan assentiu com a cabeça, resmungando em reconhecimento. Ele estava<br />
me dando um olhar estranho? Tanto faz. Eu realmente não dou a mínima agora. Fui<br />
até a porta, então fiz uma pausa e olhei para trás.<br />
— Eu estou confiando em você com Avery, por enquanto. Mas se você<br />
machucá-la, não vai sobrar muito de você para ser identificado.<br />
— Eu sei. Eu ainda tenho sua mensagem de ontem à noite. — ele arqueou<br />
seus lábios novamente. — Eu posso ler em voz alta se me esquecer de temer a sua<br />
ira vingativa.
Dei uma risada sem graça e sai antes de quebrar alguma coisa.<br />
Dirigi para o condomínio, estacionei e caminhava para dentro, então parei e<br />
me virei para a praia em vez disso. Uma boa corrida dura limparia a minha cabeça,<br />
apesar de saber que provavelmente não.<br />
Talvez o problema fosse que minha cabeça já estava clara. Não importa o<br />
quanto pensasse sobre isso, todos os sinais apontavam para mesma direção: Avery<br />
não tinha futuro comigo. Mais precisamente, eu não tinha nada para lhe oferecer.<br />
Só ficaríamos presos em um padrão de exploração, certamente teríamos alguns<br />
meses de sexo alucinante, mas depois eu iria embarcar para Deus sabe onde e por<br />
quanto tempo. E nós giraríamos em círculos, sem nenhuma chance para<br />
estabilidade ou mudança, até que a Marinha me mandasse pastar. Que tipo de vida<br />
que era essa?<br />
Em longo prazo, apenas não consegui ver nada para nós. Mas foi fácil<br />
imaginar ela e Logan juntos. Ele foi a escolha mais objetivamente inteligente.<br />
Esse conhecimento sentou pesado no estômago como um solitário chumbo.<br />
Ontem à noite, ou esta manhã, me perguntei, quando e como seria a minha chance<br />
de acertar as coisas. Mas todo esse tempo, eu tinha entendido mal o que estava<br />
realmente em jogo aqui. Este momento na verdade não era sobre perder ou ganhar<br />
Avery. Tratava-se de sua felicidade. Se Logan a faria feliz, se seria um<br />
homem melhor para ela, eu teria que engolir. Apenas deixar ela livre.<br />
Eu me virei e comecei a correr para casa. Agora que tinha decidido encarar<br />
os fatos e fazer o que era certo, senti uma estranha sensação de paz. Ou talvez fosse<br />
apenas um vazio.
Capítulo 18<br />
l<br />
Avery<br />
A atitude de Nixon definitivamente tinha mudado. Ele estava... Mais frio. Não<br />
frio, mas não havia sua paquera habitual, também. Evidentemente alguns dias<br />
tinham satisfeito seu apetite pela atenção feminina, e nem sequer tentou acertar as<br />
coisas comigo. Aparentemente tudo o que tivemos para os cinco minutos que<br />
estamos juntos não valeria nem um pensamento. Ou talvez estivesse<br />
choramingando porque perdeu Pam. As coisas estavam obviamente muito sérias<br />
entre eles, se ele estava voando para outra cidade só para passar o tempo com ela.<br />
Então, por que eles não invocaram a cláusula de exclusividade em seu<br />
relacionamento? Talvez porque Nixon era incapaz? Independentemente do motivo,<br />
a atenção de Nixon tinha gradualmente se afastado, até que desapareceu.<br />
Enquanto agonizava com meu sentimento, tive que encarar os fatos. Fui um<br />
caso passageiro para ele. Uma novidade. Era mesmo hora de seguir em frente. Não<br />
queria começar nada com Logan, o capítulo Nixon da minha vida tinha acabado.<br />
Tivemos uma boa diversão, e o sexo foi incrível, tive a desagradável sensação de<br />
que eu iria lutar para encontrar aquele padrão para o resto da minha vida, mas<br />
tudo estava acabado.<br />
E talvez isto tenha sido uma bênção disfarçada. Se nossa relação estava<br />
condenada ao fracasso desde o início, então era melhor acabar tudo antes que<br />
pudesse ficar séria... Antes que meu coração estivesse mais ligado ao seu. Quanto<br />
mais cedo arrancasse esta atadura, tudo em uma explosão rápida de agonia, mais<br />
cedo eu poderia desfrutar do ar na minha pele novamente.<br />
Na semana seguinte, tentei meu melhor para fazer isso. Passei longas horas<br />
no centro de San Diego. Indo para a aula e os horários de atendimento dos meus<br />
professores na biblioteca, ficava fora até tarde com os meus amigos, qualquer coisa<br />
para ficar ocupada e longe do nosso apartamento. Eu queria concentrar em minha
vida e deixar a vida que tinha começado com Nixon. Tentar enterrar ou negar essas<br />
memórias seria impossível. Tudo o que podia fazer era dar espaço para respirar.<br />
Deixar os meus sentimentos desvanecer naturalmente ao longo do tempo.<br />
Embora esquecer fosse mais difícil quando eu ainda estava presa vivendo<br />
com o cara. Virar no corredor e inesperadamente ver seu rosto não deixava de<br />
reabrir as minhas feridas. Mas cada vez, doía menos e a cura seria mais rápida.<br />
Tudo o que podia fazer era esperar até o final do semestre. Eu podia lidar com isso,<br />
era apenas alguns meses mais.<br />
Quem diria? Talvez nessa altura, poderíamos ser algo como amigos.<br />
a<br />
Na tarde de sexta-feira, enquanto estava sentada na cama, trabalhando no<br />
meu laptop, ouvi uma batida tranquila, mas firme.<br />
— Sim? — eu disse relutante em deixar meu ninho quente de linho.<br />
A porta abriu-se para revelar um olho azul. — Eu vou dar uma corrida na<br />
praia. Quer vir junto?<br />
Meu primeiro impulso seriaperguntar o que ele tinha na manga. Mas agora,<br />
eu tinha começado a me sentir melhor em ver Nixon em torno do apartamento.<br />
Esta seria uma boa oportunidade para conversar cara a cara. Amigos fazendo<br />
exercício pode ser divertido. Ao menos, ia ter um bom treino hoje.<br />
— Claro — respondi, — só vou trocar.<br />
— Legal. Encontramos na sala de estar. — seus olhos desapareceram e a<br />
porta se fechou.<br />
Pulei da cama, puxando meu cabelo em um rabo de cavalo, troquei minha<br />
calça esfarrapada por uma calça capri de ioga e uma blusa azul-marinho. Mesmo<br />
que ultimamente tivesse um pouco mais confortável com Nixon, ainda não estava<br />
pronta para vestir um short de ginástica e top na frente dele.
Mas meu queixo caiu quando dobrei o corredor e o vi esperando ao lado do<br />
sofá. Evidentemente ele não sentia as mesmas reservas sobre a roupa, como eu.<br />
Além de seus tênis de qualidade, usava apenas um short vermelho que pendia de<br />
seus quadris, revelando uma trilha escura de pelos e os profundos vincos<br />
musculosos ao longo de ambos os lados do seu abdômen. Tudo levando meus olhos<br />
direto até...<br />
Eu engoli a baba. Podia ver através do short, o contorno de seu longo e<br />
grosso pau do outro lado da sala, e o pouco que não podia ver, minha memória<br />
estúpida, traidora preenchia para mim. O resto de Nixon era apenas como uma<br />
distração. Seu peitoral perfeito implorava para ser beijado e lambido. Suas coxas<br />
podiam causar acidentes de trânsito. Cada parte do seu corpo incrível me lembrava<br />
de todas as coisas pecaminosas que ele tinha feito.<br />
Por que eu? Não tinha passado nem cinco minutos, e já estavaxingando por<br />
concordar com o pedido de Nixon. Esse desgraçado estava praticamente me<br />
provocando, nossa corrida amigável seria nada menos que uma tortura erótica.<br />
Talvez um meteoro atingisse a terra antes de chegar à pista de corrida? Eu só podia<br />
esperar.<br />
Descemos a escada e saímos para o dia quente e abafado de setembro. Eu<br />
não tinha ideia de aonde estávamos indo, então não podia andar na frente, mas<br />
segui atrás de Nixon, sua bunda tensa atraiu meus olhos como um ímã. Então fui<br />
para o lado dele, tentando fazer o meu melhor para ignorar o corpo quente,<br />
musculoso a menos de dois passos de mim.<br />
Surpreendentemente, ficou mais fácil quando nós realmente atingimos o<br />
caminhoao longo da borda da praia. Eu poderia dizer que Nixon tinha abrandado<br />
por minha causa, mas ele ainda era o Senhor Fitness, e tive de me concentrar, se<br />
quisesse acompanhá-lo. Quando minhas pernas e pulmões começaram a arder,<br />
tirei lentamente da minha cabeça os pensamentos pervertidos. Tudo o que existia<br />
era o impacto dos meus sapatos no chão. As ondas azuis esverdeadas apenas<br />
alguns quilômetros. As gaivotas grasnando, o barulho dos carros distantes. Era<br />
quase pacífico.<br />
— Você vai sair com o Logan de novo? — Nixon perguntou de repente,<br />
quebrando meu devaneio.
— Huh? — a pergunta levou um segundo para ser processada. — Oh. Ah, eu<br />
não sei. Provavelmente não.<br />
— Por que isso?<br />
Tudo bem... Nenhuma coisa estranha em tempo recorde. — Por que não<br />
quero. — respondi categoricamente. Talvez tenha sido um pouco rude, mas Nixon<br />
foi primeiro me bisbilhotando.<br />
— Oh. — parecia que ele não sabia como responder a isso. Assim que<br />
resolvi voltar à tranquilidade, Nixon começou falar. — Você vai terminar a escola<br />
em dois meses, certo? Têm planos para depois da formatura?<br />
Se eu não o conhecesse bem, podia ter pensado que ele estava conversando<br />
comigo. Ele apenas estava para conversa fiada?<br />
— O que já falei. Começar um blog, escrever sobre moda e beleza, conseguir<br />
dominar o mundo em cinco anos ou menos.<br />
— Você pensa... Em se casar?<br />
De onde diabos vêm isso? Perguntei-me. Então, tudo de repente ficou claro:<br />
Nixon estava tentando fazer as pazes. Tentando ajudar a nos tornarmos amigos, e<br />
eu esperava que pudéssemos ser. Nesse caso, não poderia ficar irritada com ele,<br />
mesmo se ultrapassasse “o interesse educado na minha vida" e caísse bem no<br />
território "intrometido". Eu estava mais que disposta a chegar a um acordo.<br />
— Às vezes, em uma espécie 'devaneio ocioso' — respondi. — Mas nem por<br />
isso. Não me vejo casada ainda. Agora, quero focar na construção da minha carreira<br />
e só... Você sabe divertir. Ver até onde a vida me leva.<br />
— Hum.<br />
Agora ele parecia pensativo. Mas não comentou mais nada e logo o silêncio<br />
caiu novamente.<br />
Depois viramos e começamos a correr em direção ao condomínio,<br />
finalmente senti coragem o suficiente para disparar a sua própria pergunta para<br />
ele.<br />
— E você? Você quer ser um cara doméstico?<br />
Nixon piscou para mim. Depois de um longo momento, ele respondeu.<br />
— Eu... Posso estar aberto a isso. Se a mulher certa aparecer.
Estávamos a menos de meio quilômetro de casa e meus pulmões estavam<br />
pegando fogo, mas ainda tive de colocar uma pergunta para fora. Antes pudesse ter<br />
medo, perguntei. — Pam é a mulher certa?<br />
Ele parou em seu caminho e olhou para mim. — Que diabos você está<br />
falando?<br />
Livrando-me da surpresa, tropecei uma parada ao lado dele. Meu coração<br />
estava batendo acelerado de emoção e cansaço. Quando eu tinha ensaiado este<br />
confronto na minha cabeça, esperava que Nixon reagisse com culpa ou até mesmo<br />
raiva. Sua resposta dura me deixou confusa.<br />
Tentando não notar o suor na pele bronzeada, falei. — Quando você saiu da<br />
cidade... Você me disse foi a trabalho, mas... — o estresse apertou em torno de meu<br />
estômago e coluna vertebral, como se estivesse revivendo aquela conversa horrível<br />
no saguão de novo. Tentando não explodir em lágrimas enquanto Pam ficou<br />
parada, alheia, com seu punhado de lixo publicitário e sorriu infantilmente<br />
animada. Antes que minha voz pudesse falhar, empurrei todas as palavras para<br />
fora em uma respiração: — Eu encontrei Pam depois que você saiu e ela disse que<br />
estava indo se encontrar com você, para uma escapadela romântica.<br />
Nixon abriu e fechou a boca, sem palavras. O choque no rosto lentamente<br />
deu lugar à fúria incandescente.<br />
— Essa cadela de duas caras. — ele rosnou finalmente. — Não toquei nela<br />
desde o dia em que você se mudou. Inferno, nós mal conversamos. Quando você<br />
disse que não queria que eu levasse mulheres para casa, eu disse a Pam que não<br />
podia mais vê-la. Disse que minha meia-irmã tinha-se mudado e estava tentando<br />
ser respeitoso. Pam lançou corretamente um ‘foda-se’. Foi uma cena ruim. — ele<br />
deu um meio rosnando, passando os dedos pelo seu cabelo. — Mas se estava<br />
cozinhando essa besteira venenosa, ela é ainda pior do que eu pensava.<br />
— Ela... Ela mentiu? Só para me irritar? — minha cabeça estava girando.<br />
— Então você realmente não?<br />
Porra. Bela maneira. Toda aquela destruição sentimental porque estava se<br />
sentindo uma puta maliciosa sobre a perda de seu amante? Minha raiva aumentou,<br />
mas a desliguei rapidamente. Eu não ia deixar isso arruinar este momento<br />
também.
Minha decisão foi recompensada instantaneamente quando a expressão de<br />
Nixon caiu em algo mais suave, e ardente. Algo um pouco desesperado<br />
esperançoso.<br />
— Não dormi com ninguém desde que nos conhecemos. Juro pela minha<br />
vida. — ele estendeu a mão para apertar o meu ombro. — A única mulher que<br />
quero é você.<br />
Meu coração acelerou com suas palavras, e algo abaixo, também vibrou com<br />
seu toque. Mas tentei manter meus pés no chão um pouco mais.<br />
Independentemente de quão sincero ele parecia, ainda precisava de mais algumas<br />
respostas.<br />
— Então o que estava fazendo na semana passada?<br />
Ele pressionou seus lábios juntos, então suspirou e acenou com a cabeça.<br />
— Está bem. Este é o dia para revelar tudo, não é?<br />
Enquanto andávamos para casa, Nixon finalmente me contou tudo sobre sua<br />
viagem: a medalha, o Pentágono, a ordem de sigilo, tudo.<br />
— Tive de manter meu paradeiro em segredo. — finalizou. — Caso<br />
contrário eu teria contado tudo. — ele sorriu para mim, o primeiro sorriso real que<br />
tinha visto desde nossa luta na semana passada. — Na verdade, estou quebrando o<br />
protocolo agora, mas... Há coisas mais importantes.<br />
Quando chegamos ao apartamento. Com uma concessão para as minhas<br />
pernas doloridas, pegamos o elevador. Mas quando chegamos ao sexto andar,<br />
Nixon marchou direto passando nosso apartamento e começou a bater na porta ao<br />
lado, como se tivesse tentando arrombá-la.<br />
— O que diabos você está fazendo? — corri atrás dele, me perguntando se<br />
tinha perdido o juízo.<br />
Pam abriu a porta vestindo short preto mostrando seu traseiro e um<br />
tubinho metálico violeta que mal continham os enormes seios. Puta merda, onde<br />
esta o ataque de cegueira espontânea quando preciso de um? Eu me coçava para<br />
dar a esta pobre mulher uma repaginada, mas isso seria muita bondade. Após a<br />
implosão de minha relação com Nixon, o sofrimento no inferno da moda era o<br />
mínimo que ela merecia.<br />
— Que porra é essa, Pam? — Nixon rosnou antes que ela pudesse falar. —<br />
Como diabos você sai espalhando merda por aí sobre viajar comigo?
— Ah, isso. — sua expressão confusa rapidamente se transformou em<br />
irritação. — Se você tem toda a história, porque vem arrombar minha porta?<br />
Nixon fez um gesto para mim. Ela me lançou um olhar ácido e segurei a<br />
vontade de me mexer.<br />
— Por que você deve a ela um pedido de desculpas.<br />
O riso dela soava mais como um grito. — Eu? Devo a ela? Depois você me<br />
deixou como uma batata quente para ir transar com sua própria irmã? Sua buceta<br />
foi feita de ouro ou algo assim, ou você apenas tem um fetiche por incesto?<br />
— Você sabia que estávamos juntos? — resmunguei. De repente, tudo fez<br />
sentido. A única razão que Pam inventaria um encontro amoroso com Nixon era se<br />
soubesse que eu estava com ele, caso contrário, esse tipo de mentira não me<br />
machucaria. Ela tinha que saber...<br />
— O tempo todo. — seu lábio enrolou completamente indignado. —<br />
Querendo ou não. Nossos apartamentos compartilham uma parede, lembra? Eu<br />
podia ouvir suas merdas quase todas as noites.<br />
— Então escorregasse um bilhete debaixo da nossa porta pedindo para<br />
abaixar o tom. — Nixon cuspiu. — Um pequeno inconveniente não te dá o direito<br />
de mexer com a vida de outras pessoas.<br />
— Sim, eu disse uma mentira. Queria irritar a pequena Senhora Perfeita. Do<br />
que adiantou? — ela levantou as mãos em sinal de rendição, mas desafiando. —<br />
Não lamento. É você quem o está fodendo.<br />
— Não se atreva a se fazer de mártir aqui. — a voz de Nixon tinha abaixado<br />
em um rosnado. — Se você tem um pingo de decência.<br />
Com um olhar que poderianos transformar em pedra, Pam bateu a porta na<br />
nossa cara.
Capítulo 19<br />
l<br />
Nixon<br />
Voltei atormentando para o nosso apartamento, mal conseguia ouvir os<br />
passos de Avery a minha direita sobre o sangue batendo em meus ouvidos.<br />
Confrontar Pam só tinha me enfurecido mais. Pensei que pudesse me vingar,<br />
esfregando em seu nariz suas cruéis mentiras desesperadas, mas era impossível<br />
envergonhar, alguém sem vergonha na cara. Ela estava convencida de que estava<br />
certa e que estávamos errados. Como poderia aquela puta me olhar diretamente<br />
nos olhos, cheio de arrogância e dizer que não tinha o direito de estar com raiva?<br />
Depois da maneira como ela tinha tratado a pessoa mais importante no meu<br />
mundo?<br />
Sentindo Avery ao meu lado, me virei para encará-la. Ela olhou para mim<br />
como se não tivesse ideia do que aconteceria depois.<br />
Seus olhos continuavam correndo pelo meu corpo suado, quase nu. Eu tinha<br />
visto ela várias vezes excitada o suficiente para reconhecer o calor em seu olhar.<br />
Mas ela também parecia envergonhada, com dúvidas, talvez até com medo. De<br />
mim? De nós?<br />
Eu não falei nem a toquei. Apenas olhei para seu rosto até que estivesse<br />
pronta para qualquer pergunta terrível que estava pesando. Eu só podia imaginar o<br />
que estava acontecendo na cabeça de Avery agora. Cada palavra de conforto ou<br />
desejo que eu poderia imaginar parecia ser a coisa certa a dizer. Se eu estragasse<br />
este momento, levaria muito tempo até ter outra chance, e não suportava mais<br />
qualquer espera.<br />
Ela engoliu seco. — Estava... Pam estava certa? Somos repugnantes? — ela<br />
abaixou o olhar, todo o caminho até o tapete. — O que fizemos foi errado?
— Oh... Avery. Não. Deus, não. — estendi a mão, colocando os fios de<br />
cabelos que havia escapado de seu rabo de cavalo atrás da sua orelha. — Alguma<br />
vez se sentiu mal?<br />
Se ela se odiava por dormir comigo, eu não tinha certeza que poderia lidar<br />
com isso.<br />
Uma longa hesitação. — Não. — ela finalmente disse, e soltei a respiração<br />
que não sabia que estava segurando. — Pareceu certo. E... Nunca me senti tão bem<br />
antes.<br />
Suas palavras me encheram de calor. Mas a diversão temporária no mundo<br />
não mudaria o que eu tinha que fazer. Em longo prazo, ainda não éramos<br />
compatíveis. Saber o quanto ela tinha desfrutado por estarmos juntos apenas<br />
tornou mais difícil para deixá-la ir. Lentamente assenti com a cabeça, a emoção<br />
rolando no meu estômago.<br />
Ela voltou a me olhar novamente, apenas seu sorriso tímido a evaporar-se<br />
em preocupação. — O que está errado?<br />
Acho que sou mais fácil de ler do que pensava. Como uma tática de atraso,<br />
fui até a geladeira pegar uma garrafa de água para cada, tomando um longo gole<br />
enquanto descobria a melhor maneira de responder.<br />
— Vamos lá. Se estamos bem com isso, por que você estava me evitando?<br />
Eu suspirei. — Conversei com Logan no domingo passado.<br />
— Logo após nosso encontro? — parecia que ela não sabia se devia rir ou<br />
ruborizar em humilhação.<br />
— Sim. E coloquei um monte de coisas em perspectiva. — balançando a<br />
cabeça, me preparei para a parte mais dolorosa. — Logan... É muito melhor para<br />
você do que eu.<br />
Ela piscou, abrindo ligeiramente a boca. — É melhor para mim? O que isso<br />
significa?<br />
— Ah, bem... — eu buscava uma explicação. Não esperava que ela lutasse<br />
sobre fatos concretos. — Não é óbvio? Logan é estável. Ele quer deixar o SEALs. Ele<br />
quer ter uma vida real, casar um dia.<br />
Ela levantou a mão dela. — Não. Cale-se.<br />
— Tudo o que eu quis dizer...
— Eu disse calado. — seus olhos faiscaram, ao se aproximar até que ficou de<br />
igual para igual comigo. Um metro de cinquenta e sete centímetros de pura<br />
indignação. — Não ouviu nada do que disse na praia? Não estou pronta para ser a<br />
mulher de alguém agora.<br />
— Mas o que acontece quando você estiver pronta?<br />
— Então compreenderei isso por minha própria busca! Você não pode<br />
decidir o que é melhor para mim. Eu decido. Eu e só eu. E tenho todo o direito de<br />
escolher você, se for o que eu quiser.<br />
Isto foi terrível. Como sempre conseguia irritá-la bem quando estava<br />
tentando alcança-la? O que diabos eu ia fazer agora? Como eu poderia salvar isto.<br />
Espere um minuto. Eu estava tendo alucinações, ou Avery apenas tinha dito que se<br />
quisesse me escolheria?<br />
—Se eu quiser isso significa que quero a sua carreira, também. Por que eu<br />
sei que ser um SEAL é parte de você. Se você desistisse agora, ou se nunca tivessese<br />
alistado, você não seria o homem que amo.<br />
Algo se agarrou meu peito. A velha palavra com A finalmente saiu da toca. Mas<br />
assim que disse isso, percebi que amor era a única palavra para o que eu sentia por<br />
ela.<br />
— As pessoas pensam que minha carreira é estúpida. — ela moveu-se, não<br />
percebendo minha epifania atordoada, ou não se importando. — Mesmo quando as<br />
pessoas não dizem em voz alta, vejo isso em seus rostos. Mas a moda e o blog ainda<br />
são meu sonho, e jamais pediria para você desistir do seu. Nunca iria querer que<br />
colocasse de lado essa parte de si mesmo. Não por mim, e nem por qualquer um. —<br />
ela cortou a mão através do ar. — Eu vim para esta relação com os olhos abertos.<br />
Eu sabia onde estava-me metendo. Então não tente me proteger das<br />
minhasdecisões.<br />
Sem fôlego, finalmente, Avery silenciou, quando apenas tinha acabado de<br />
me rasgar em um novo imbecil. Tudo o que podia fazer era olhar para ela. Rosto<br />
corado, e cabelo suado saltando para fora de seu rabo de cavalo, me olhando<br />
claramente com paixão...<br />
Nunca tinha visto ela tão bonita.<br />
Incapaz de resistir a um único segundo mais, peguei a em meus braços e a<br />
beijei como se minha vida dependesse disso. Ela chiou em estado de choque, então
derreteu contra meu corpo, sua boca abrindo para a minha com um doce suspiro.<br />
Mesmo o leve toque de suas mãos apoiadas em minhas costas levantava um<br />
arrepio. Ela acalmava e provocava meus nervos, tudo ao mesmo tempo. Deus, eu<br />
disse que queria isto. Eu não era nada sem isso. Como sobrevivi tanto tempo sem o<br />
gosto dela? Esta última semana e meia pareceu ser um ano. Suprimi um gemido de<br />
desapontamento quando Avery puxou para trás.<br />
— Não, não que isso não seja bom, mas... O que está acontecendo? — ela<br />
perguntou.<br />
— Você disse tudo que eu precisava ouvir. — respondi, ecoando a nota<br />
áspera do desejo na voz dela. Atei nossos dedos e comecei a andar para o meu<br />
quarto. A tentação de apenas fodê-la aqui no tapete da sala estava aumentando,<br />
mas queria ela na minha cama. Entre beijos que lutei para manter curtos,<br />
continuei. — Se eu puder me casar com você um dia, serei o homem mais sortudo<br />
do mundo. E nunca te deixarei sozinha uma vez que for minha.<br />
— Mas tem seu trabalho.<br />
— Nenhum homem fica no SEAL para sempre. Fisicamente se exige muito.<br />
Tenho dois, talvez três anos antes que meu corpo não aguente mais. — no limiar do<br />
meu quarto, fiz uma pausa para olhar em seus olhos irrefreáveis. — Então, quando<br />
esse momento chegar... Se ainda me quiser, vou fazer você minha. E não vou a<br />
qualquer lugar.<br />
Com um riso alegre, ela se atirou nos meus braços. O beijo foi toda a<br />
resposta que eu precisava.<br />
A deitei na cama, tirar sua roupa era o meu lazer, bebendo de cada polegada<br />
das suas curvas perfeitas e macias. Quando estava nua aos meus olhos famintos,<br />
me ajoelhei sobre ela e fechei minha boca em seu mamilo, sugando e passando<br />
rapidamente minha língua nele. Seu suspiro rouco me motivou. Deixei minha mão<br />
deslizar entre suas pernas, um leve toque apenas foi suficiente para fazê-la se<br />
contorcer, e senti que estava tão molhada como nunca tinha estado. Querendo<br />
sentir ainda mais, empurrei dois dedos dentro e atingindo seu ponto G. Ela gritou<br />
quando meu polegar subiu a rodear seu clitóris.<br />
Suas mãos agitaram em meus ombros, tentando fracamente me afastar.<br />
— Pare por um minuto. — ela ofegante.<br />
Eu rapidamente puxei meus dedos. — Eu machuquei você?
— Não, mas se você continuar, eu vou...<br />
Meus olhos se arregalaram. — Já?<br />
— Sentisua falta. — timidamente ela mordeu o lábio, mas sorriu feliz um<br />
sorriso que fez meu peito doer tanto quanto meu pau. — Eu quero você dentro de<br />
mim. Quero que goze comigo.<br />
Mudei-me para beijá-la, sentindo seu sorriso contra a minha boca e<br />
empurrei para dentro lentamente, até que ela cruzou os tornozelos nas minhas<br />
costas e me puxou até bater no fundo. Peguei dica e comecei a me empurrar o<br />
máximo que pude. Gemendo em voz alta, ela me arranhou tão faminta com essa<br />
conexão como eu estava. Nossas línguas dançavam até estava tonto com falta de<br />
oxigênio, me forcando a separar para um suspiro rápido antes de mergulhar de<br />
volta em sua boca.<br />
Meus olhos fecharam enquanto me concentrei atraído pelo barulho<br />
intoxicante que ela fazia. Todos os meus sentidos estavam cheios até a borda: o<br />
suor em sua pele aveludada, seus gritos de prazer já subindo para o seu pico, sua<br />
buceta apertada e escorregadia segurando meu pau como se pedisse para ele<br />
nunca sair de novo, seu cheiro de shampoo floral e o almíscar de sua excitação<br />
outra coisa que era simplesmente excepcional, Avery.<br />
— Nixon... Eu vou.<br />
Suas palavras dissolveram em um gemido melodioso. A sensação das<br />
paredes de sua buceta pulsando em êxtase ao redor do meu pau me empurram<br />
sobre a borda. A beijei duramente, bebendo seus gemidos e me afogando em seu<br />
calor, seu cheiro, sua paixão.<br />
Em todas as minhas aventuras sexuais loucas, nunca tinha feito amor com<br />
uma mulher antes. Nunca pensei que faria. Mas havia uma primeira vez para tudo.
Epílogo<br />
l<br />
Avery<br />
O mestre de cerimônia limpou sua garganta e chamou.<br />
— Avery Palmer.<br />
Fiquei em pé, afastando rapidamente o tassel 19 do meu rosto e comecei a<br />
subir as escadas até o palco. Em meio a aplausos gerais, virei discretamente um<br />
pouco para ouvir o grito característico de Cynthia que estava na parte de trás do<br />
auditório. Toda a família tinha vindo para minha graduação... Exceto o homem que<br />
eu mais queria ver.<br />
Eu esperava que Nixon pudesse voltar, mas seu último e-mail dizia que sua<br />
missão de treinamento iria durar mais algumas semanas. Nenhum de nós podia<br />
fazer nada. Nosso primeiro destacamento como um casal tinha sobreposto com<br />
minha cerimônia de formatura, e quando o governo disse para Nixon ir, ele foi.<br />
Embora sua ausência tenha adicionado um toque agridoce para este<br />
momento, não fiquei ressentida. Esta era a sua vida, seu emprego dos sonhos, e eu<br />
estava feliz por fazer parte da sua própria felicidade. A visão de Nixon imponente<br />
em sua roupa azul de missão tinha acendido um fogo de orgulho no meu coração...<br />
Para não falar de outros lugares. O que tinha de tão sexy nos homens de uniforme?<br />
Talvez devesse escrever meu primeiro post no blog sobre a psicologia<br />
estética da moda militar.<br />
Minha mente vagou de voltar para manhã que eu tinha dado um beijo de<br />
despedida nele, sorrindo através de minhas lágrimas. Ele parecia tão<br />
impressionante, cada centímetro protetor, forte, altruísta para aqueles que ele<br />
servia e feroz para os seus inimigos. O elegante paletó de seus botões ousados era<br />
19 Tassel: ornamento pendente, usado em vestimentas como cortinas e outros artigos.
interrompido apenas pelas medalhas de combate brilhando em seu coração, e o<br />
emblema oficial na sua manga esquerda. Nixon tinha me explicado o que<br />
significava cada símbolo. No colarinho, uma gravata perfeito com nó simples<br />
contra a camisa fina, branca como a neve. Na cabeça um quepe branco com enfeites<br />
dourado e uma borda preta rígida. Sua calça preta vincada e sapatos de couro<br />
completaram a imagem de força definida. Pura masculinidade, disciplinado, mas<br />
nunca domado.<br />
Quando aceitei meu diploma e apertei a mão do mestre de cerimônia, houve<br />
uma explosão renovada de palmas. Olhei para o meio da multidão, confusa e ouvi<br />
um assobio. Meus olhos cortaram acima apenas para ver o mesmo uniforme que<br />
tinha visto indo embora há dois meses. Nixon estava esperando fora do palco, com<br />
um enorme buquê de rosas vermelhas na mão.<br />
Sem hesitação, corri escada abaixo e me joguei em seus braços. Ele me<br />
pegou no ar e girou, me beijando apaixonadamente, e a multidão irrompeu em<br />
aplausos tumultuados. Em meio a ruídos animados, Nixon me pegou no colo<br />
colocando buquê sob meus joelhos e me carregou para fora da cerimônia de<br />
formatura. Só podia imaginar o que nossa família estava pensando, mas se Nixon<br />
não se importava, eu também não me importaria.<br />
— Há uma sala de aula nesse corredor à esquerda. — sussurrei no seu<br />
ouvido. — Ninguém deve estar usando-a hoje.<br />
— Deus, eu te amo. — ele murmurou sua voz já ligeiramente áspera.<br />
Levou apenas uns minutos para encontrar uma sala de aula vazia,<br />
destrancada. Nixon me colocou no chão e empurrou uma cadeira sob a maçaneta.<br />
— Calcinha fora. — ele ordenou enquanto se desfazia de seu cinto.<br />
Apressei-me para passar minha calcinha púrpura por meus sapatos e deixala<br />
cair no piso, seguida por meu capelo e a beca. Eu sabia onde Nixon estava indo<br />
com isso, não podia esperar para senti-lo, também. E tanto quanto eu queria seu<br />
corpo todo nu pressionado contra o meu também queria evitar desafiar o destino.<br />
Se alguém passasse e pegasse um vislumbre de nós...<br />
Gritei quando ele me pegou novamente e me sentou na mesa do professor.<br />
Com uma mão forte, quente atrás das minhas costas, ele subiu a saia do meu<br />
vestido de formatura.<br />
— Está pronta? — ele perguntou.
Segurei seu olhar, esperando que pudesse ver o quanto precisava dele, tanto<br />
no meu coração, como de meu corpo.<br />
— Desde o segundo que vi você.<br />
— Avery... Senti tanto sua falta. — me abraçando apertado, ele se empurrou<br />
facilmente, e nossos gemidos misturaram. Seu pau grosso desapareceu dentro de<br />
mim até que estava totalmente enterrado. — Esperei tanto tempo...<br />
— Sete semanas e três dias, e... Oh... Dez horas. — cada estalo afiado de seus<br />
quadris, provocou profundo prazer dentro da minha buceta até a base do meu<br />
crânio.<br />
— Só isso? — senti sua risada mais no meu peito do que no meu ouvido. —<br />
Parece até mais do que meu último período de seca.<br />
— Nossas sessões de sexo por telefone não foram suficientes?<br />
— Ah, elas foram incríveis. — ele ofegou. — Era minha mão e não era o<br />
suficiente.<br />
As faíscas de prazer construíram mais quente e mais quente, mais rápido e<br />
mais rápido, iluminando todo o meu corpo.<br />
— E... Eu... Também —consegui responder antes de não poder falar mais.<br />
Ele mudou sua mão de meu quadril para esfregar meu clitóris com o<br />
polegar, e isso bastou. Quase gritei minhas pernas em torno de suas costas e meus<br />
dedos ondulando em meu salto alto enquanto tremia com o prazer esmagador.<br />
Meus olhos trêmulos fecharam, e cai sobre a mesa do professor quase com o<br />
cotovelo desossado quando tentei me apoiar. Levei um segundo para notar que<br />
Nixon tinha se ajoelhado.<br />
— O que está fazendo? — eu ofeguei, lutando para me sentar e olhar para<br />
ele. — Temos que voltar para lá!<br />
A cabeça desapareceu debaixo da minha saia... Enquanto ele apoiava meus<br />
tornozelos escorando em seus ombros. — Você precisa tomar um banho primeiro...<br />
Não quero minha porra pingando em toda sua calcinha na frente de nossos pais.<br />
Antes que pudesse dizer outra palavra, senti ele me limpar com um tecido<br />
em toda a minha carne sensível, aparentemente, limpando a bagunça. Então sua<br />
boca talentosa foi trabalhar e voltei a perder a fala. Meu clitóris estava ainda muito<br />
sensível do meu último orgasmo, podia sentir cada lambida e me contorcia com<br />
sua língua astuta. O menor movimento jogou meus nervos trêmulos como cordas
de harpa dedilhada. Não demorou muito até que coloquei meus dedos em minha<br />
boca, mordendo firme para abafar meus gritos.<br />
Nixon se levantou e limpou o rosto em sua manga, sorrindo com meu estado<br />
ofegante e despenteado.<br />
— Precisa de uma mão?<br />
— Cale a boca. — Dei a ele um olhar indiferente, mas ainda estava muito<br />
eufórica para reunir qualquer aborrecimento real. —Você não precisa de mim para<br />
te dizer como você é bom.<br />
— Mas gosto sempre de ouvir isso.<br />
Ele ofereceu um cotovelo para eu me apoiar enquanto voltava a vestir<br />
minha calcinha.<br />
Rapidamente retoquei minha maquiagem, não estava ruim, embora meu<br />
gloss tenha ficado horrivelmente manchado, e recolhi meu capelo e a beca. Então<br />
levei Nixon de volta ao auditório, onde a recepção tinha começado.<br />
Opa... Ficamos fora mais tempo do que eu pensava.<br />
Cynthia e Russ estavam falando com um dos meus professores no palco. Na<br />
mesa de refresco ao longo da parede, estavam Emma e Ford examinando a seleção<br />
de ponche barato e cookies. Nixon caminhou para trás de seu irmão e colocou uma<br />
mão em seu ombro.<br />
Ford virou-se, piscando, depois riu. — Você saiu sorrateiramente filho da<br />
puta! Você podia ter pelo menos dito ao seu irmão onde estava vindo.<br />
— Como se você pudesse manter um segredo. — Nixon sorriu. — Sem se<br />
casar, quero dizer.<br />
Ford deu um olhar significativo para a Emma. — O fato de eu não ter-lhe<br />
contado antes, permite você o chamar de filho da puta agora. Ele vai ser seu<br />
cunhado em breve, você terá esse privilégio.<br />
Mantendo o rosto incrivelmente reto, Emma assentiu com a cabeça para os<br />
dois. — Eu não vou esquecer disso.<br />
Nixon bufou, indelicadamente e voltou-se para Ford. — Então como está a<br />
fazenda nos dias de hoje?<br />
Enquanto eles começaram a recuperar o atraso das notícias do negócio de<br />
família, Emma piscou para mim pelas costas deles. A mensagem era clara: transou,<br />
hein? Tentei não mostrar meu embaraço. Em vez disso, apontei para o meu
pescoço e levantei as sobrancelhas: eu sou não a única. Emma olhou assustada e<br />
ajustou seu lenço de seda fino para cobrir a marca da mordida roxa lá. Depois, do<br />
nosso constrangimento desabamos em risos, fazendo com que Ford nos desse um<br />
olhar estranho.<br />
Emma chegou perto para me envolver em um abraço caloroso, e perfumado.<br />
— Mamãe e eu estamos morrendo de vontade de comer uns bons frutos do<br />
mar, então Russ quer levar todos para jantar no Truluck. — ela sussurrou em meu<br />
cabelo despenteado. — Mas assim que os cinquentões forem para a cama... Deveme<br />
alguns detalhes suculentos. Vendem bebida para você?<br />
— Como se eu não fosse contar tudo de qualquer maneira. — eu não<br />
conseguia tirar o sorriso idiota do rosto. Por pura suculência, a minha história<br />
definitivamente não decepcionaria.<br />
— Podemos nos livrar dos rapazes e ir para o bar do hotel. — Emma<br />
finalmente soltou seu sorriso cheio de afeto. — É tão bom te ver novamente.<br />
Finalmente percebendo nossa pequena festa na mesa de refresco, Cynthia<br />
acenou freneticamente e começou a arrastar o Russ em nossa direção. Peguei na<br />
mão de Nixon para chamar a atenção dele e sorri para meus padrastos, ansiosa<br />
para acolher a todos em minha nova vida. Éramos definitivamente uma família<br />
pouco convencional, mas a melhor pensei...<br />
Fixando-me em recuperar o atraso de tudo o que tinha perdido ao longo dos<br />
últimos meses, não conseguia tirar o sorriso do meu rosto. Eu tinha meu diploma<br />
na mão e meu homem de volta são e salvo. Nada poderia-me deixar triste hoje, nem<br />
mesmo a expressão confusa no rosto do meu pai enquanto caminhava em nossa<br />
direção. Obviamente, ele não tinha perdido a exibição pública de afeto por Nixon.<br />
Bem, pai, eu pensei. Você é quem devia agradecer por não ser capaz de me<br />
sustentar. Logo após agradecer Russ e Cynthia por propor uma solução fabulosa.<br />
A mão de Nixon apertou meu quadril, e me apoiei nele o Melhor. Colega. De<br />
Quarto. Do. Mundo.
Fim