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Ava Jackson - His Plaything

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Este box contém:<br />

Stepbrother Master<br />

<strong>His</strong> <strong>Plaything</strong>


Stepbrother<br />

Master


Sinopse<br />

Três meses.<br />

Três meses presa em uma fazenda distante em Montana com o mais novo<br />

marido da minha mãe... e seu filho sombrio e pensativo.<br />

Não deveria me importar que o talento do meu novo meio-irmão com<br />

cordas ultrapassa laçar o gado desgarrado. Não deveria ligar que cada olhar dele<br />

diz que me quer... mas que vai lutar contra isso até o amargo fim.<br />

Eu não deveria ligar que enquanto o verão passa, minha atração derruba o<br />

meu bom senso e agora estou agonizando para chamar meu meio-irmão de...<br />

Mestre.


Capítulo 1<br />

l<br />

Emma<br />

Esperava que o quarto casamento da minha mãe fosse por interesse como<br />

de costume. Eu tiraria alguns dias de folga, voaria para algum local exótico, ficaria<br />

sorrindo para todos e fingiria que tudo isso não terminaria com a minha mãe<br />

chorando pelo telefone. Mas o mais recente noivo possuía um rancho em Montana<br />

— e me convidou para ficar com eles no verão de seu casamento.<br />

Tentei declinar de todas as formas que possivelmente poderia. Eu tinha<br />

acabado de me formar em Stanford, depois de quatro anos ralando muito, e no<br />

outono comecei a ensinar em D.C. — uma escola carente de ensino médio. Este era<br />

o meu último verão livre antes da Vida Real começar. Eu apenas queria relaxar.<br />

Então Mamãe me visitou na escola e todas as minhas razões<br />

cuidadosamente pensadas entraram em colapso. — Este é diferente, Emma. — ela<br />

disse. — Finalmente encontrei a minha alma gêmea. E você vai estar tão ocupada<br />

em breve. Por favor, pense em ir... isso significaria muito para mim. — Não havia<br />

forma de conseguir resistir ao convite de Mamãe. Mesmo enquanto amaldiçoava<br />

minha falta de firmeza, cedi.<br />

O jato particular foi o primeiro indicador de que o meu futuro padrasto<br />

realmente podia ser diferente. Quer dizer, no sentido que ele era podre de rico.<br />

Talvez mãe finalmente tenha encontrado alguém que não vai tomar cada centavo<br />

dela, pensei enquanto bebia vinho branco em meu assento ao lado da janela,<br />

admirando o Oeste Americano que se espalhava debaixo de mim. Embora, se ele for<br />

tão rico, tenho certeza de que há um acordo pré-nupcial.<br />

O jato pousou em uma pista de pouso particular no meio do nada. Assim que<br />

a aeromoça abriu a porta, um vento quente e completamente seco bateu em meu<br />

rosto, esticando a minha pele como uma máscara. Até meu cabelo pareceu<br />

quebradiço. Pestanejei afastando as lágrimas, procurando a escada para descer.


Um cowboy de verdade se encostou contra uma caminhonete preta<br />

brilhante e cromada nas proximidades. Com o chapéu de vaqueiro, as botas de<br />

vaqueiro gastas, colete de couro e o bigode branco inclinado para baixo, ele<br />

poderia ter saído de um filme de John Wayne. Tentei não encará-lo enquanto ele,<br />

sem palavras, puxava as minhas malas do interior do avião e as jogava no fundo da<br />

caminhonete. Ainda bem que eu não trouxe nada muito frágil.<br />

— Obrigada. — Eu disse depois de um tempo.<br />

Ele me deu um aceno curto e brusco. — Senhorita. — Depois subiu no<br />

assento do motorista e ligou o motor. O.k, então. Entrando no caminhão agora...<br />

antes que ele vá embora sem mim.<br />

As montanhas cobertas com gramíneo pareciam não ter fim e o cowboy não<br />

falou durante a viagem inteira. Minhas perguntas sobre Montana foram recebidas<br />

com grunhidos ou sacudidas de queixo. Eu finalmente desisti e me concentrei em<br />

observar o horizonte, onde uma pequena casa de bonecas se tornou numa extensa<br />

mansão de pedra e madeira.<br />

Pouco tempo depois, reduzimos a velocidade no portão da frente da<br />

Fazenda Wild Cliffs antes de continuar até a casa. O cowboy saiu e deixou a minha<br />

bagagem na varanda da frente. Fiquei em silêncio, chocada, enquanto observava a<br />

mansão na minha frente. Era uma diferença gritante do condomínio em Napa que<br />

Mamãe adquiriu do Marido Número Três em seu último divórcio. Meu<br />

acompanhante colocou a cabeça dentro da cabine da caminhonete e olhou para<br />

mim, a testa franzida com aborrecimento. Ele não disse nada, mas obviamente<br />

estava esperando que eu tirasse a minha bunda da caminhonete. Assenti<br />

embaraçada e abri a minha porta. Desci, me perguntando se cairia de cara, mas<br />

então meus pés tocaram o estribo. Mal fechei a porta atrás de mim antes que ele<br />

fosse embora, deixando uma nuvem de poeira em seu rastro e a mim neste<br />

estranho novo mundo.<br />

Um homem sem camisa dobrou a esquina da casa com sacos enormes<br />

içados sob cada ombro que pareciam pedras. Ele jogou-os ao chão como se não<br />

pesassem nada. E teve a minha completa atenção. Sexy. Maldição.<br />

Ele tinha o tipo de corpo que você não esperava ver fora das revistas de<br />

fitness masculino.


Fechei a minha boca e mordi o lábio para me certificar de que não ficaria<br />

boquiaberta novamente. Esse cara é de verdade? Bronzeado, com ombros largos,<br />

peitoral em perfeita forma e seis gomos definidos. Meus olhos desceram. Risque<br />

aquilo — oito gomos. Forcei meu olhar para cima e percebi que ele havia feito uma<br />

pausa em sua tarefa.<br />

Ele tinha me avistado? A aba de seu chapéu de palha de cowboy ocultava<br />

seus olhos. Seu corpo era rígido e o pouco que pude ver de seu rosto estava ainda<br />

mais rígido: maçãs do rosto delineadas e um maxilar quadrado, acentuado por<br />

lábios carnudos.<br />

Merda. Eu estou encarando, me repreendi. Mas então seu chapéu se inclinou<br />

para baixo e presumi que ele estava fazendo a mesma coisa. Por reflexo, escovei os<br />

franzidos do meu vestido de verão rosa e amarelo, querendo saber como estava o<br />

meu estado amarrotado de viagem.<br />

Forcei-me a dar um passo para frente e erguer a cabeça ao caminhar. Não<br />

podia ficar de pé aqui como uma imbecil o dia todo. Um segundo homem se juntou<br />

a ele, mais jovem, mais magro e de alguma forma... mais principiante. Ambos me<br />

observavam enquanto eu ia para a casa. Ambos inclinaram os chapéus, mas<br />

nenhum disse uma palavra.<br />

Não tinha ideia por que meu coração bateu mais forte quando passei por<br />

eles, mas bateu. Eu agarrei a maçaneta da porta, sentindo seus olhos em mim<br />

quando entrei.<br />

Talvez este verão não seja tão ruim afinal.<br />

a<br />

Mal tive tempo de olhar ao redor do hall de entrada antes que mamãe<br />

fizesse um alvoroço. — Emmie! — Ela me envolveu num abraço apertado,<br />

pressionando um beijo muito Europeu em cada bochecha. — Como foi seu vôo?<br />

Você parece bem. Oh, é tão bom ver você.


— Você está agindo como se não me visse há meses. Foram apenas algumas<br />

semanas. — Eu disse, incapaz de conter o meu sorriso enquanto a apertava. Era<br />

bom vê-la novamente — especialmente com a mesma expressão apaixonada e feliz,<br />

que tinha no rosto quando me convidou pela primeira vez a vir aqui. — Meu vôo<br />

foi excelente. Sinceramente não tinha que enviar um jato.<br />

Ela finalmente me soltou. — Besteira. Sabe que eu apenas quero o melhor<br />

para a minha filha.<br />

Abri minha boca para argumentar, mas ela se afastou quando um homem<br />

alto e de cabelos escuros entrou pela cozinha, secando as mãos. — Russ, esta é<br />

Emma! Estou tão feliz pelos dois finalmente se conhecerem.<br />

Um sorriso sincero se espalhou por seu belo rosto. Eu já podia ver por que<br />

Mamãe gostava dele.<br />

— Bem, finalmente. Sua mãe fala sem parar sobre você, Emma. Então, fico<br />

feliz em finalmente dar um rosto ao nome. — Estendeu a mão em um aperto<br />

úmido, mas firme. — Estamos felizes por ter você conosco para as festividades e o<br />

resto do verão.<br />

Passos rangeram atrás de mim e Russ olhou sobre o meu ombro. — Ei,<br />

momento perfeito, Ford. Agora não tenho que localizá-lo para conhecer Emma.<br />

Eu me virei para ver... o homem atraente do lado de fora. Eu comecei a<br />

sorrir, mas Russ continuou. — Emma, este é Ford, meu filho. Ele administra o<br />

rancho.<br />

Sem.Chance.No.Inferno.<br />

Minha libido murchou como uma alface velha. Meu futuro meio-irmão tinha<br />

o corpo mais bonito que já vi em um homem. E uns oito gomos que eu queria<br />

delinear com a minha língua. Em que planeta isso é justo?<br />

Eu estendi a minha mão de modo educado e senti um arrepio quando sua<br />

pele se conectou com a minha. Notei quão grande a mão dele era — e quão ásperas<br />

estavam por causa de seu trabalho — quando ele segurou. Desta vez, deixei meus<br />

olhos demorarem nele por apenas um momento. Não era preciso ser um gênio<br />

para perceber a semelhança familiar: a altura, a estrutura e — agora que estava<br />

sem o chapéu — o cabelo preto e os olhos azuis. Um olhada em Russ me deu uma<br />

boa idéia de como Ford ficaria em aproximadamente trinta anos.


Os olhos azuis de Ford eram sérios... quase frios. O que aconteceu com o<br />

olhar que tinha acariciado meu corpo inteiro lá fora? Aparentemente, estive<br />

imaginando coisas. Definitivamente ele não tinha me despindo com os olhos mais<br />

cedo. Somente o pensamento fez coisas em meu ventre. E mais abaixo. Eu me<br />

esbofeteei mentalmente. Emma má! Nenhum pensamento deste tipo com um cara<br />

que está a sete dias de entrar para a família.<br />

Não consciente do meu tumulto interior, Russ sorriu para nós. — Por que<br />

você e sua mãe não colocam tudo em dia enquanto vou pegar bifes para grelhar?<br />

Mamãe comentou em um sussurro teatral. — Temos uma governanta<br />

encantadora, mas Russ gosta de queimar uma carne de vaca de vez em quando.<br />

Parte de toda a experiência de 'homem da fazenda'.<br />

Russ bateu em sua bunda com a toalha enquanto passava. Mamãe gritou e<br />

virou-se para sorrir para ele. Não conseguia decidir se me sentia enojada ou ria,<br />

então dei uma olhada em Ford. — Então... você administra este lugar todo, hein?<br />

Ele assentiu com a cabeça, mas isso foi tudo.<br />

Eu tentei novamente. — Desde quando você tem estado no comando?<br />

— Desde a faculdade. — Sua voz era profunda e tranquila; de modo que<br />

teria sido atraente se, lembrei-me à força, ele não estivesse prestes a ser o meu<br />

novo meio-irmão.<br />

— É estranho ter seu pai como chefe?<br />

Ele me estudou por um segundo. — Meu pai está aposentado, portanto, eu<br />

sou o chefe aqui. — Sua voz era tão glacial e insensível quanto a expressão em seu<br />

rosto. — Provavelmente uma coisa boa, porque alguém tem que ficar atento por<br />

ele.<br />

O que diabos isso quer dizer? Sua postura ficou tensa quando olhou para a<br />

janela. Eu segui sua linha de visão para onde os nossos respectivos pais agiam<br />

como adolescentes, brincando de apalpar as nádegas enquanto fingiam grelhar.<br />

Voltei meu olhar rapidamente para Ford. Isso não era algo que eu queria ver — e<br />

aparentemente ele sentia o mesmo. Alguma coisa me dizia que ele era o menos<br />

feliz sobre este romance repentino e o casamento próximo. Procurei uma forma de<br />

quebrar o silêncio constrangedor.<br />

Mas antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, Ford se afastou. —<br />

Desculpe. Tenho trabalho a fazer antes do jantar.


E logo depois saiu. Encarei suas costas, tentando arduamente não perceber<br />

como seu jeans desgastado se agarrava a bunda perfeita: redonda e firme.<br />

Mamãe voltou para dentro de casa, estremecendo quando a porta bateu<br />

atrás de Ford. — Está tudo bem aqui?<br />

Dei-lhe um olhar irônico. — Ford não parece ser do tipo que "finge que<br />

gosta".<br />

Mamãe fez um ruído pensativo. — Ele é um pouco... hum... tímido. — disse<br />

finalmente. — Ele demora um pouco a se abrir. Você tem que conhecê-lo.<br />

Mentira. Ele não é tímido; é um idiota. Decidi tentar o meu melhor para<br />

ignorá-lo por enquanto — tanto seu humor amargo quanto sua masculinidade<br />

perturbadora. Eu precisava mudar de assunto. — Posso ver o seu vestido de<br />

casamento, mãe?<br />

Ela imediatamente se iluminou novamente. — É claro. Eu estava morrendo<br />

para te mostrar. Ainda estou decepcionada que você não pôde vir comigo para a<br />

última prova. — Ela jogou um braço ao meu redor e apertou-me de lado. — Mas<br />

agora que concluiu a faculdade, tenho você só para mim pelo verão. O vestido está<br />

no armário do quarto de hóspedes, mas vou mudá-lo de local, assim terá espaço<br />

para as suas coisas.<br />

Ela conversou sobre seus planos para o casamento e o nosso verão<br />

enquanto eu a seguia para o andar de cima. Eu ainda estava cética quanto ao<br />

Marido Número Quatro, mas a excitação de Mamãe estava se tornando contagiosa.<br />

Não a via tão animada e sinceramente apaixonada desde que Papai morreu quando<br />

eu tinha doze anos. Se não fosse por ela ser a minha mãe, sua rotina de<br />

companheira apaixonada por Russ seria completamente engraçadinha.<br />

E a fazenda em si não algo ruim. O pouco que tinha visto de Wild Cliffs tinha<br />

sido o bastante para me encantar. A mansão rústica, com a linda visão das<br />

montanhas distantes, a vista das ondulações das colinas e um lago particular... tudo<br />

parecia a foto perfeita.<br />

Quando chegamos ao quarto de hóspedes, notei que alguém trouxe as<br />

minhas malas. Também percebi que este quarto sozinho era maior que do meu<br />

apartamento em Stanford. — Quem é este? — Apontei para a fotografia<br />

emoldurada de um homem uniformizado de aparência selvagem na cômoda. — Ele<br />

vem para o casamento?


— Esse é o irmão mais velho de Ford, Nixon. Ele agora está no exterior em<br />

uma missão de treinamento da Marinha, mas nos enviou um cartão muito amável.<br />

Me lembre de mostrá-lo a você.<br />

Passos brandos ecoaram pelo corredor. — Senhora? Está procurando... —<br />

uma mulher vestindo um avental entrou com um espanador de pó; parecia ter<br />

mais ou menos a minha idade, mas com cabelos e olhos escuros. Ela parou na<br />

soleira da porta quando me viu. Algo sobre sua rápida olhada de cima a baixo me<br />

irritou. Pareceu severa e calculista, como se estivesse tentando me marcar com um<br />

rótulo de preço.<br />

— Eu disse a você, me chame de Cynthia. Somos todos uma família aqui. —<br />

Mamãe se virou para mim. — Celeste, esta é minha filha. Emma, este é o meu anjo<br />

da guarda. Quando cheguei aqui há três meses, não conseguia fazer nada sem ela.<br />

Ela é a garota mais atenciosa e meiga — além de você, é claro. — ela acrescentou<br />

rapidamente.<br />

Celeste sorriu, mas era tão forçado, que achei que a cara dela poderia<br />

rachar. — Ah, certo. Emma. Então você vai ficar só até depois do casamento? —<br />

Sem esperar pela minha resposta, ela sorriu para a mãe. — Não se preocupe,<br />

Cynthia. Este lugar é muito grande, me perdi por semanas quando cheguei aqui.<br />

Você conseguiu se sentir em casa em tão pouco tempo.<br />

Não sabia dizer se as palavras dela foram sarcásticas ou se tinha um tom<br />

naturalmente desagradável. Eu apostaria em ambos.<br />

— Apenas mais sete dias. — Mãe suspirou. — Eu sou tão sortuda. Russ é... o<br />

homem que eu nunca imaginei que encontraria. E apenas olhar este vestido. — Ela<br />

abriu o closet e ligou a luz.<br />

Céus. O vestido de casamento era maravilhoso. Uma cascata suave de chiffon<br />

marfim descia pela cintura marcada, aberto nas costas com longas ondulações dos<br />

fios de cetim. O corpete de mangas translúcidas compridas era carregado de<br />

apliques de renda floral, acentuado com pérolas. Elegante e sofisticado, sem<br />

sacrificar um pingo de sensualidade. Pelo canto do meu olho, vi o olhar de Celeste<br />

se tornar faminto.<br />

— É desenhado sob-medida. — disse a mãe. — Ótimo para senhoras iguais a<br />

mim, com um pequeno adicional ao redor da barriga.<br />

— Como se você precisasse de qualquer ajuda. — disse Celeste.


Inspire com força; Pense antes de falar.<br />

— Se eu fosse do tipo sonhadora... bem... talvez um dia eu vá encontrar o<br />

que você encontrou com o Sr. Bennett. Só espero não ter que procurar muito. —<br />

Seu olhar foi até a janela, avistei Ford no pátio abaixo, mais uma vez, carregando<br />

sacos de pedras. Se Celeste pareceu faminta enquanto observava o vestido de<br />

casamento, agora parecia completamente voraz. Tentei não deixar isso me<br />

incomodar. Mas fez um pouco de sentido por que ela agia como uma completa<br />

vadia... mas não explicava o comportamento dele.<br />

Celeste, de repente, virou a cabeça na minha direção. — Está saindo com<br />

alguém, Emma?<br />

Pega de surpresa, respondi. — Não no momento. — Disse a mesma para não<br />

me intrometer, mas não consegui segurar a pergunta. — E você? Os olhos dela<br />

voltaram a vagar para a janela. Dando um sorriso do tipo felino, quieto e<br />

provocante.<br />

Fabuloso. Uma linda mansão rústica, uma mãe incandescentemente feliz e<br />

uma governanta desagradável e alucinada. Franzi a testa. Não poder colocar um<br />

dedo em Celeste me incomodava tanto. Seja como for, com certeza, eu não estava<br />

entusiasmada com o parecer brilhante de Mamãe. Deus sabia que ela não era a<br />

melhor analista em caráter do mundo — pelo menos, não com os homens. Mas não<br />

queria criticar alguém que tinha acabado de conhecer, também. Tentei dar a<br />

Celeste o benefício da dúvida. Talvez ela só estava tentando ser legal com a nova<br />

esposa de Russ para solidificar sua posição.<br />

Russ gritou — Hora do jantar! — no andar de baixo, e coloquei Celeste no<br />

fundo da minha mente. Estou analisando demais as coisas. Provavelmente só preciso<br />

dormir um pouco... mas primeiro, tenho que ter uma refeição com a minha nova<br />

família.<br />

Enquanto nós três entravamos na sala de jantar enorme, de teto abobado de<br />

madeira nua e uma lareira de pedra não esculpida, percebi que estávamos em<br />

quatro. Ford havia retornado.<br />

Ele nos interrompeu — Eu já volto — e foi na direção do mesmo corredor<br />

do quarto de hóspedes que havíamos estado. Merda. O quarto dele era perto do<br />

meu? Deus, porque faz isto comigo? Ainda estava tentando meditando na ideia de<br />

comer à mesa com meu novo meio-irmão; Não tenho ideia ainda de como lidar em


passar um verão inteiro no corredor dele. Meu estômago ficou tenso. Nervos, é isso.<br />

São apenas os nervos. Nada a ver com ambos os fatos de que meu futuro meioirmão<br />

era lindo de morrer e um completo idiota.<br />

Preciso começar a mentir melhor para mim mesma.


Capítulo 2<br />

l<br />

Ford<br />

Meu pai estava pensando com o pau.<br />

Não era algo que eu quisesse pensar porque nenhum filho quer pensar no<br />

pau do pai, mas era um fato que tinha que enfrentar.<br />

Joguei os dois sacos de cinquenta quilos com pedras do rio no chão e<br />

observei a nova caminhonete da fazenda passar até parar na frente da casa. Se a<br />

minha futura madrasta não tivesse a necessidade de ter aquelas malditas pedras<br />

revestindo a passarela antes do casamento, eu estaria buscando nosso novo<br />

hóspede. Em vez disso, tive que enviar Griff. Apesar de ser tão velho quanto a<br />

Terra, Griff ainda pode se mover depressa quando quer. A forma que ele bateu a<br />

porta e se apressou para pegar a bagagem deixaria óbvio até mesmo para um<br />

homem cego que queria acabar logo com aquela tarefa.<br />

Não podia dizer que o culpava.<br />

Aguardei, meus olhos protegidos pelo chapéu da exposição dos raios do<br />

nascer do sol, para ver nossa última recém-chegada.<br />

Uma meia-irmã.<br />

Uma mimada insuportável.<br />

Só o que eu precisava.<br />

A mãe dela já havia se adaptado e recebido permissão para adicionar um<br />

toque feminino à casa. Não sabia o que tinha de errado com a casa antes, mas<br />

tínhamos almofadas decoradas agora, pelo amor de Deus. Quem precisa de malditas<br />

almofadas decoradas? Eu e o meu pai sobrevivemos muito bem antes das<br />

almofadas decoradas e as pedras de rio, mas parecia que havia um novo xerife na<br />

cidade: Cynthia Carter Yates Palmer — e que podia corrigir os Bennett em poucos<br />

dias. O que me leva de volta ao meu pai pensando com o pau.<br />

Só para constar, ele amava as malditas almofadas. E Cynthia, ao que parecia.


Eu não estava pensando que Cynthia era interesseira. Ok, isso estava mais<br />

para estava tentando não pensar isso dela. O fato de que era apenas alguns anos<br />

mais nova do que o meu pai era definitivamente um ponto para ela, assim como o<br />

fato de que não havia ouvido meu pai rir tanto há anos como tinha nos últimos<br />

meses.<br />

Eu estava tentando. De verdade, estava tentando muito.<br />

Mas quando a ouvi dizer ao meu pai que tínhamos de enviar o jato particular<br />

para a filha dela, sai de imediato antes fosse tentado a compartilhar a minha<br />

opinião.<br />

E agora, finalmente, a filha estava aqui.<br />

A porta do lado do passageiro da caminhonete se abriu quase um minuto<br />

depois de Griff já ter saído.<br />

Ela estava esperando que ele abrisse a porta? Balancei minha cabeça. Já havia<br />

imaginado uma verdadeira esnobe irritante quando vi as sandálias rosa e as longas<br />

pernas bronzeadas deslizarem para fora da caminhonete e ficarem penduradas por<br />

um momento antes de conseguirem encontrar o estribo. Quando ela desceu da<br />

cabine, seu vestido de verão amarelo e rosa se moldou as curvas de sua bunda. E<br />

que bunda era. Redonda e suculenta, como um pêssego.<br />

Porra.<br />

O cabelo loiro estava preso num rabo de cavalo baixo e um par de óculos<br />

escuros gigantes cobriam a metade de seu rosto. Não deveria dar a mínima de<br />

como o seu rosto se parecia, mas, droga, se eu pudesse parar a curiosidade que<br />

despertou dentro de mim. Se ele se igualasse ao pequeno corpo firme, que meus<br />

olhos estavam devorando, este iria ser o verão mais longo de toda minha vida.<br />

Ela levantou a mão protegendo os olhos e assimilando a casa da fazenda. É<br />

uma bela visão, com certeza. Não é de fato uma casa, nem mesmo uma mansão. Meu<br />

pai fez para si mesmo antes de se aposentar jovem. Não pude resistir, me perguntei<br />

se ela estava examinando da mesma forma calculista que eu jurava ter visto no<br />

rosto de sua mãe.<br />

A maçã geralmente não cai tão longe da árvore, não é?<br />

Não pude deixar de me endireitar quando ela segurou os óculos de sol do<br />

rosto e os levantou para o topo de sua cabeça.<br />

Nem. Fodendo.


Meu gemido já havia saído, antes que tivesse o bom senso de contê-lo. Mac<br />

assobiou baixo.<br />

— Gostosa. Maldição. Eu não me importaria de montar aquela potranca.<br />

Meu olhar feroz em direção a fazenda o silenciou. — Quer permanecer neste<br />

emprego? Então vá colocar seus olhos sobre o gado e os cavalos. Mantenha-os<br />

longe da garota.<br />

— Desculpe, Chefe, mas odeio discordar de você. Aquilo não é nenhuma<br />

garota. É uma mulher feita.<br />

Desgraçado. Agora, minha atenção estava novamente nela. Especificamente,<br />

nas mamas. Aquele vestido devia estar amassado no chão de algum quarto, não<br />

cobrindo o corpo dela. Os pequenos botões brancos esticados sobre o peito farto,<br />

apenas me esperando para desabotoá-los, expor o que com certeza seriam lindos<br />

seios e chupar os mamilos.<br />

O que diabos eu estava pensando? Me livrei do pensamento perturbador.<br />

Essa garota seria a minha maldita meia-irmã em questão de dias.<br />

O que significava que estava fora dos limites, em primeiro lugar, uma buceta<br />

convencida é boa para... — imaginei aquela mistura perfeita de arrogância e<br />

insolência se submetendo a mim, mãos atadas em suas costas, de joelhos e de<br />

preferência com a boca sexy aberta e esperando por meu pau.<br />

A boca da garota caiu aberta, sincronizada com os meus pensamentos, e<br />

meu pau criou vida própria.<br />

Maldição.<br />

Me refreei quando percebi que sua expressão era um resultado direto de<br />

Griff jogar suas malas dentro da casa... um tanto informal.<br />

Lembrar de que estava acostumada a ser tratada como uma verdadeira<br />

princesa — com transporte aéreo particular — apagou o meu desejo crescente. E<br />

ficou apagado até mesmo quando se pavoneou em direção a casa.<br />

Mac fez uma pausa em sua tarefa, a boca do garoto caiu aberta. O balanço<br />

daqueles quadris tinham o hipnotizado. Gostaria de dizer que ela estava colocando<br />

algo extra em seu andar para chamar nossa atenção, mas eu havia feito um estudo<br />

cuidadoso das mulheres e tudo sobre elas durante anos. Estava disposto a apostar<br />

no fato de que ela não tinha idéia de que estava caminhando como se estivesse<br />

indo para a cama de seu amante.


Uma visão passou pelo o meu cérebro — eu, esperando no meu quarto,<br />

escorado na cabeceira da minha cama e ela exibindo aquela bunda maravilhosa na<br />

minha direção. Diria-lhe para parar e se virar, para se curvar e se expor para mim,<br />

para me deixar ver sua bunda e buceta submissa antes de foder ambos. A imagem<br />

era tão real que eu conseguia imaginar suas coxas úmidas de excitação e o aroma<br />

saindo dela. Eu comeria aquela linda buceta primeiro, saboreando o gosto forte e<br />

doce.<br />

Ela reduziu os passos na calçada há alguns metros de mim, me dando um<br />

sorriso sem jeito e tímido. Imaginei que gosto teria quando a fodesse com a minha<br />

língua.<br />

O que diabos eu estava fazendo?<br />

Retribui seu sorriso com um aceno abrupto, não encontrando seus olhos e<br />

grato pelo chapéu proteger os meus. Não poderia ser responsabilizado pelo que<br />

veria no meu olhar agora.<br />

Assim que a porta se fechou atrás dela, sabia que era só uma questão de<br />

tempo antes de meu pai me esperar entrar para nos apresentar. Apresentações que<br />

eu não queria participar e, contudo, não podia evitar. A aspereza dos meus<br />

arredores podia ter apagado os modos que haviam sido ensinados desde a minha<br />

infância, mas eles não tinham desaparecido completamente. Esvaziei a última<br />

carga de pedras, fiz o meu caminho até a porta da frente e abri calmamente as<br />

dobradiças.<br />

— Estamos felizes por ter você conosco para as festividades e o resto do<br />

verão. — Ouvi meu pai dizendo.<br />

Sim. Muito contentes de ter outra mulher estudando o espaço da casa e<br />

calculando mentalmente o valor da propriedade.<br />

Pai olhou por cima do ombro da loira. — Ei, momento perfeito, Ford. Agora<br />

não tenho que localizá-lo para conhecer Emma. — Ela virou-se para me enfrentar,<br />

um sorriso se espalhando em seu rosto... que morreu em seguida quando meu pai<br />

acrescentou. — Emma, este é Ford, meu filho. Ele administra o rancho.<br />

Ela realmente não sabia que eu estava lá fora?<br />

Seu olhar de choque sugeria que não tinha nenhuma idéia. Bem, isso não era<br />

tão interessante?


Ela ofereceu a mão e eu apertei, saboreando a sensação da palma macia e<br />

delicada contra a minha áspera, e tentando obter algum tipo de informação sobre<br />

ela — Será que ela gosta de bruto? Recuaria com nojo se lhe dissesse que queria<br />

amarrá-la e foder aquela bunda macia perfeita? Forcei meus instintos a pararem;<br />

Absolutamente, não obtive nada tentando lê-la. Ela estava completamente fora dos<br />

limites.<br />

E eu precisava dar o fora dali antes que convencesse a mim mesmo do<br />

contrário.<br />

Meu pai disse algo sobre ela se atualizar com a mãe, mas eu já estava<br />

tentando descobrir uma maneira de sair dessa situação extremamente incômoda.<br />

Cynthia riu e sussurrou algo engraçadinho sobre o meu pai, o que ele respondeu<br />

batendo na bunda dela com a toalha, como um adolescente.<br />

Jesus. Estes dois.<br />

Emma limpou a garganta e parecia tão desconfortável quanto me sentia.<br />

— Então... você administra este lugar todo, hein?<br />

Sua pergunta soou forçada, mas era uma distração bem-vinda.<br />

Assenti.<br />

— Desde quando você tem estado no comando?<br />

Ela realmente se importava, ou isso era aquele papo educado que deixei para<br />

trás quando abandonamos o Vale do Silício por Montana?<br />

Dado que esta não era uma pergunta de sim ou não, respondi com o mínimo<br />

de informação. — Desde a faculdade.<br />

Esperava que fosse desistir, considerando que eu mal estava participando,<br />

mas ela prosseguiu. — É estranho ter seu pai como chefe?<br />

Ela claramente não sabia que meu pai estava aposentado e que o único<br />

chefe neste lugar era eu. Esse fato nunca tinha me incomodado até ele fazer uma<br />

viagem para a Califórnia para trazer um pouco de vinho e voltar com uma noiva.<br />

Talvez se estivesse mais envolvido com as operações, não teria saído em primeiro<br />

lugar e a fazenda não estaria sendo invadida por Cynthia e agora por Emma.<br />

Olhei-a por um momento antes de colocá-la a par de que eu era o chefe por<br />

aqui e em seguida acrescentei: — Provavelmente uma coisa boa, porque alguém<br />

tem que ficar atento por ele.


Sua cabeça virou com às minhas palavras e quase pude vê-la perceber que<br />

eu não estava convencido com toda esta história entre nossos pais. Não preciso<br />

ficar parado aqui nem mais um minuto, desperdiçando o meu tempo, para deixar<br />

meu ponto de vista claro.<br />

— Desculpe. Tenho trabalho a fazer antes do jantar. — Eu disse, antes de<br />

me virar e caminhar de volta para a porta da frente.<br />

a<br />

Contudo, meu alívio não durou muito tempo porque meu telefone vibrou<br />

com uma mensagem. Deixei as pedras do rio que ainda estava transportando<br />

caírem para verificar.<br />

Pai: Sua bunda precisa estar em casa para o jantar.<br />

Eu: Sim, senhor.<br />

Pai: E ser legal com Emma.<br />

Não respondi a esse último texto. O que eu deveria dizer? Que seria tão<br />

agradável com Emma que ela iria ser apresentada a maravilha dos orgasmos<br />

múltiplos? Que a teria ocupando a extremidade do meu pau? Sem chance.<br />

Então voltei para dentro de casa e aguentei o jantar. Mastiguei meu bife —<br />

excelente carne de vaca — e escutei Emma e Cynthia tagarelar sobre o casamento.<br />

Embora, para ser justo, a maior parte da tagarelice veio de Cynthia. Mas ainda<br />

assim, toda vez que Emma abriu a boca para responder a uma das perguntas de<br />

sua mãe, fantasiei com a minha mordaça de bola entre seus lábios rosa carnudos. O<br />

que depois me fez pensar sobre seus outros lábios rosa carnudos.<br />

Porra. Eu tinha que dar o fora de lá antes que crescesse uma ereção do<br />

tamanho de um pinheiro.<br />

Então afastei minha cadeira, pedi desculpas e escapei para a paz e a<br />

tranquilidade do celeiro do cavalo. Inspirei o doce cheiro do feno e o aroma<br />

grosseiro proveniente das baias. Um relincho da minha égua favorita era um som<br />

bem-vindo. As besteiras que Mac dizia eram para quem estava ouvindo-o, ou não.


— Cara, você deveria ter visto o rabo dessa garota. Estou. Fodido. Meu pau<br />

poderá nunca mais ser o mesmo depois que ela passou com aquilo. Estarei<br />

arruinado para todas as outras bucetas. Isso é um fato. Estou te dizendo.<br />

Dobrei a esquina e vi Mac encostado contra a baia, com TJ, meu peão de<br />

confiança e o mais talentoso da fazenda, e Griff, ambos sentados sobre os fardos de<br />

palha. TJ geralmente não era do tipo de falar muitas besteiras sobre mulheres. Ele<br />

tendia a ser o tipo respeite-as e elas virão. Não tinha certeza de quanta sorte ele<br />

tinha tido com essa abordagem, mas independentemente disso, era um bom<br />

homem. Griff raramente falava. Apenas mastigava petiscos ou um palito de dente.<br />

Ou ambos.<br />

A primeira vez que Cynthia o viu escarrar suco de tabaco no gramado da<br />

frente, quase desmaiou. E depois se ofereceu para comprar-lhe uma escarradeira<br />

antiga. Meus pensamentos sobre Cynthia imediatamente restauraram os<br />

pensamentos sobre sua filha, a que um dos meus peões estava falando merda.<br />

Às vezes, ser o chefe é um saco. Agora não era uma dessas vezes.<br />

— Mais uma palavra saindo da sua boca sobre aquela mulher, e você<br />

montará cercas por seis meses consecutivos. A única ação que vai conseguir será<br />

da sua própria mão... fui claro?<br />

Minha voz estava fria e severa, um tom que não usava frequentemente com<br />

os caras. Mas desta vez, eu queria que não houvesse nenhum dúvida de que quis<br />

dizer aquilo.<br />

— Mas você a viu...<br />

— Não estou brincando, Mac. Ela está fora dos limites. Não olhe para ela.<br />

Não fale com ela. Não fale sobre ela. Ela não é assunto seu e nunca será.<br />

Mac se mostrou disposto a brigar, e suspeitei que era porque eu estava o<br />

repreendendo na frente de Griff e TJ. Provavelmente poderia ter sido mais<br />

diplomático sobre isso, mas eu não estava brincando. Ela não era para ele.<br />

Tampouco, para mim.<br />

Aguardei, esperando Mac dizer mais alguma coisa, mas não disse. Ele se<br />

afastou da baia, pegou o Gatorade do chão e seguiu em direção a saída.<br />

Isso deixou Griff me estudando e TJ boquiaberto.<br />

— Você tem algum problema com isso, TJ?


Ele balançou a cabeça e perdeu o olhar de choque pintado em seu rosto. —<br />

Não, Senhor. — Ele se levantou do fardo de feno. — Acho que vou ficar com a parte<br />

da cerca, estava planejando montar isso hoje.<br />

E então éramos só Griff e eu — um homem que eu confiava e respeitava,<br />

cujo meu próprio respeito ganhei com sangue, suor e determinação. Ele ainda não<br />

acreditava que o garoto rico havia aceitado administrar esta fazenda, e eu estava<br />

determinado a provar o contrário.<br />

Sua risada era baixa e sua voz áspera, por causa do charuto, ressoou pelo<br />

celeiro. Eu esperava que fizesse um comentário sobre a minha futura meia-irmã,<br />

mas em vez disso disse: — Seu pai vai me forçar a ir para o casamento? Eu não uso<br />

ternos. Nem mesmo mo meu maldito funeral.<br />

— Tenho certeza de que ele ficaria grato, mas se você não preferir, a escolha<br />

é sua.<br />

Griff assentiu com a cabeça uma vez. — Vou pensar nisso. — Ele moveu o<br />

palito de dente para a outra extremidade da boca. — Aquela garota faz muitas<br />

perguntas. Acho que ela não sabe a diferença entre um cavalo de sela e merda de<br />

vaca.<br />

— Você provavelmente está certo sobre isso. — respondi, pensando sobre a<br />

conversa no jantar.<br />

Griff se esticou, as articulações estalando com o esforço.<br />

— Então, acho que vamos descobrir quanto tempo ela dura.<br />

Ele caminhou para fora do celeiro, e mais uma vez me deixaram sozinho<br />

com os pensamentos em Emma. Talvez se ela desse o fora daqui rápido o<br />

suficiente, eu poderia manter a maldita mordaça de bola no meu saco de<br />

brinquedo, onde isso pertencia.


Capítulo 3<br />

l<br />

Emma<br />

Antes mesmo que Celeste tivesse recolhido seu prato de jantar, Ford<br />

desapareceu novamente. A expressão afável de Russ vacilou por um momento, mas<br />

Mamãe tocou seu braço e ele sorriu para ela. Contive a vontade de perguntar onde<br />

Ford estava indo. Também estava nos evitando — caso em que, todos deveriam<br />

estar deixando-o de mau humor — ou estava tentando nos dar o nosso próprio<br />

espaço. O que quer que fosse, Ford se esfriar um pouco do lado de fora poderia<br />

acabar sendo uma coisa boa.<br />

Estavamos conversando tomando um café enquanto Celeste removia os<br />

pratos. Uma hora de conversa fiada depois, Russ bocejou e pousou a caneca com<br />

um som abafado. — Acho que é hora de verificar o interior das minhas pálpebras.<br />

Você vem, Cyn?<br />

Mamãe me olhou num relance quando Russ afastou sua cadeira. — Você<br />

precisa de qualquer tipo ajuda para desfazer as malas, querida?<br />

— Não, obrigada. Vou apenas retirar o que preciso para hoje à noite e lidar<br />

com o resto de manhã. — Inclinei-me para beijá-la na bochecha. — Boa noite, mãe.<br />

Russ esperou Mamãe se levantar e, em seguida, caminhou em direção a<br />

escada que conduzia à sua ala da casa. Coloquei o meu prato e a minha caneca na<br />

pia da cozinha. Foram as únicas louças que Celeste não recolheu. Entendi a<br />

mensagem clara como o dia: Eu não era bem-vinda no que ela considerava seu<br />

território. Mamãe estava muito envolvida na agitação do planeamento do<br />

casamento e apaixonada para notar a declaração silenciosa que Celeste estava<br />

fazendo. Mas isso era algo para outro dia; Eu também estava muito cansada para<br />

lidar com Celeste agora.<br />

Subi para o meu quarto e vasculhei minhas malas, até encontrar o meu<br />

shampoo e o roupão de banho longo e macio. Mesmo estando morta de sono, eu


sabia que não conseguiria dormir sem um banho rápido; estava despenteada e suja<br />

por viajar o dia todo.<br />

Tirei a roupa e atravessei o corredor, bufando de raiva quando encontrei a<br />

porta fechada. Não havia nada que pudesse fazer além de esperar. Ou isso, ou se<br />

perder para sempre tentando encontrar outro banheiro nesta casa enorme e escura.<br />

Finalmente a porta se abriu. Uma linda garota em uma camisola<br />

transparente saiu. Seu cabelo estava bagunçado, as bochechas ruborizadas... Estava<br />

claro que ela tinha acabado de ser fodida. Ela chiou quando me viu e saiu correndo<br />

pelo corredor para o quarto de Ford como um rato assustado. Fiquei boquiaberta<br />

até que a situação finalmente se encaixou. Todos estavam transando aqui exceto eu?<br />

Atrás de mim, Ford parou na entrada do banheiro. Virei-me para olhar e<br />

imediatamente me arrependi.<br />

Ele não usava nada além de uma toalha levemente envolvida na cintura.<br />

Tirei meus olhos da trilha de pêlos escuros que desciam em seu abs e percebi que<br />

ele estava me encarando. Não me encarando com raiva, apenas... atrevido. Este era<br />

o seu território, e ele estava me desafiando a desafiá-lo ou fugir com o rabo entre<br />

as pernas. Todos decidiram me provocar esta noite?<br />

"Você vai para o chuveiro ou o que?" ele finalmente perguntou.<br />

Estreitei meus olhos para ele. Foda-se, amigo. Não é como se eu precisasse de<br />

aprovação para ficar aqui.<br />

Ele não demostrou nenhum sinal de movimento para me deixar passar. Fui<br />

forçada a me espremer ao redor dele através da entrada, tão perto que sua mão<br />

roçou meu quadril. Minha pele se arrepiou onde ele me tocou através do robe. Com<br />

um último olhar para minhas pernas nuas, ele finalmente seguiu a garota de volta<br />

para seu quarto. Observei sua bunda firme enquanto ele se afastava e disse a mim<br />

mesma que só estava fazendo isso para incomodá-lo. Definitivamente, não perdi o<br />

controle sobre os meus próprios hormônios. Com certeza, não. Não todos.<br />

a


Os dias até o casamento se arrastaram. Enquanto mãe e Russ se<br />

aconchegavam desatentos em sua ala, eu estava aprisionada, com Ford a apenas<br />

algumas portas abaixo. E ele deixou claro que não gostava que eu invadisse o seu<br />

espaço. Quando me virava, ele estava bem ali — me cobiçando, olhando feio para<br />

mim, bloqueando meu caminho, se exibindo pouco vestido. Ele fazia tudo ao<br />

mesmo tempo: me irritava e deixava excitada como o inferno. Sentia que estava<br />

sendo provocada. Eu não sabia por que não me suportava; não sabia por que não<br />

conseguia afastar meus pensamentos sujos sobre ele.<br />

Trancar-me em meu quarto para evitá-lo não funcionou. Adormeci, folheei<br />

todos os livros do meu e-reader e até mesmo repintei as unhas dos pés. O tédio só<br />

tornou mais difícil ignorar os meus desejos. E ser preguiçosa durante o dia<br />

significava estar acordada à noite, quando com certeza vislumbraria o<br />

aparentemente interminável fluxo de ficantes, entrando e saindo do quarto dele.<br />

Em minha terceira noite em Wild Cliff, já estava farta. Não suportava ficar<br />

deitada na cama, tentando dormir mais. Eu precisava de ar fresco. Precisava ficar<br />

longe o suficiente do quarto de Ford para parar de me perguntar se ele dormia nu.<br />

Coloquei as roupas que havia usado no jantar do dia anterior e me espreitei para o<br />

andar de baixo.<br />

Quando abri a porta da frente, a brisa fresca da noite acariciou meu rosto.<br />

Inspirei profundamente: poeira, grama, animais, fumaça de lenha e o aroma<br />

estranho que aprendi que era o cheiro do ar realmente puro. As estrelas cintilavam<br />

no intenso céu escuro, mais brilhante e numerosas do que eu já tinha visto na<br />

cidade. Minha cabeça já está se tranquilizando .<br />

Não sai com qualquer objetivo em particular. Fiquei na varanda por um<br />

tempo, apenas apreciando a tranquilidade da noite. Eventualmente os meus olhos<br />

vagaram até o estábulo. Como qualquer garota no mundo, um vez tinha sido<br />

obcecada por "pôneis mágicos". Agora que vi verdadeiros rebanhos e um show de<br />

cavalos correndo no pasto, animados e graciosos, eu estava apaixonada<br />

novamente. Talvez pudesse visitá-los um pouco.<br />

Tomada por pensamentos de afagar narizes suaves e oferecer torrões de<br />

açúcar, dei a volta por baixo da passarela de tijolo na frente da casa. Mas quando<br />

saio da direção do estábulo, se tornando uma trinha de terra, ouvi um barulho<br />

estranho. Parecia que vinha da sala de equipamentos. Confusa, aventurei-me mais


perto e para ouvir novamente — aquele estalo nítido, seguido rapidamente por um<br />

gemido baixo que era quase o mesmo som.<br />

A luz iluminava através da fenda na porta do quarto de arreios. Dei uma<br />

olhada através do pequeno espaço e arfei.<br />

Uma mulher nua ajoelhada no chão de concreto. Não consegui ver o rosto<br />

dela. Seus braços estavam levantados sobre a cabeça, os pulsos atados por uma<br />

corda branca; a outra extremidade da corda desaparecia nas vigas. A pele pálida de<br />

sua bunda estava coberta do que pareciam dolorosas marcas vermelhas.<br />

E Ford estava na frente dela, com um chicote de montaria.<br />

Ele usava apenas um jeans azul velho e desbotado. A luz forte da única<br />

lâmpada exposta na sala de arreios se moldou ao seu corpo incrível em um plano<br />

nítido e ângulos de sombra, definindo cada músculo. E consegui vi uma coisa em<br />

particular muito claramente: o pau longo e grosso, esticado contra o zíper. Minha<br />

boca ficou seca.<br />

Com um movimento de pulso esperiente, Ford bateu a chibata sobre a<br />

nádega direita dela. O movimento foi rápido e dinâmico, como se tivesse muita<br />

prática, e os tendões em seu antebraço franziram com a força que pôs no golpe. A<br />

mulher deu um soluço agudo alto e desesperado. Suas costas arquearam,<br />

empurrando a bunda em minha direção, e pude ver sua buceta molhada. Uma nova<br />

marca floresceu na pele sensível.<br />

— Apenas mais três, cadelinha. — Ford gritou. Sua voz grave tomou um,<br />

novo e estranho, tom áspero que fez meu clitóris responder em atenção. — Você<br />

consegue. Pediu por isso. A menos que não se importe mais com a recompensa?<br />

A mulher balançou a cabeça rapidamente, fazendo um som gutural. O cabelo<br />

castanho claro deslizou para o lado revelando uma correia de couro ao redor da<br />

base do crânio. Ela estava amordaçada.<br />

Não conseguia tirar meus olhos deles. Devo chamar mãe? Devo chamar a<br />

polícia? Mas a mulher amarrada estava se contorcendo aos golpes de Ford, não se<br />

afastando deles e gemia como uma gata no cio com cada palavra de seus lábios<br />

carnudos. O que quer diabos estava acontecendo aqui, ela gostava. Adorava. Ela<br />

não estava assustada de nenhuma maneira — e eu também não. Algum outro<br />

sentimento tinha me congelado no lugar. Uma estranha fascinação que descia para<br />

o fundo do estômago.


Com um choque, percebi que estava esfregando minhas coxas, tentando<br />

aliviar a dor quente do desejo. Mudei de posição um pouco e me senti molhar.<br />

Engoli com dificuldade. Minha mão deslizou sob a minha saia de malha fina<br />

— apenas para conferir, disse a mim mesma. Já sabia que estava quase tão<br />

encharcada quanto a mulher na minha frente. Até mesmo tocando através da<br />

minha calcinha, meus dedos sentiram a umidade.<br />

Ford golpeou uma, duas, três vezes mais, fiel à sua palavra, e a mulher<br />

gemeu a cada estalo estridente. Ele estava respirando com dificuldade, mas não de<br />

esforço. Seus olhos me queimaram sem sequer olharem em minha direção. O olhar<br />

no rosto dele era de alguma forma distante e próximo ao mesmo tempo,<br />

consumido pela necessidade absoluta do aqui e agora. Quase inconscientemente,<br />

agitei a palma da minha mão.<br />

Ele jogou a chibata no chão fazendo barulho. Se abaixou por trás da mulher,<br />

um joelho de cada lado de suas pernas. — Boa garota. — ele ronronou. Agora sua<br />

voz era hipnótica, ao invés de comandando abertamente, e coberta com pecado. —<br />

Está pronta para que eu te foda?<br />

Sem esperar por uma resposta, enfiou dois dedos dentro dela. Ela gritou<br />

contra a mordaça e se empurrou para trás, tentando levá-lo mais profundo. Ele<br />

rosnou em apreço e começou a meter a mão dele selvagemente. — Como uma boa<br />

cadelinha; Está tão molhada para mim. — Ele arfou. Sua mão livre se movendo<br />

para o zíper.<br />

Minha força de vontade fracassou. De repente não me importava se Ford era<br />

meu meio-irmão, um completo idiota ou um extraterrestre. Eu só precisava gozar.<br />

Agora. Quando meus dedos começaram a esfregar pra valer, sufoquei um gemido<br />

alto de alívio.<br />

A cabeça de Ford virou. Seus olhos encontraram os meus e se arregalaram,<br />

depois endurecem em fúria.<br />

Quebrando o encanto erótico. De repente, senti-me como a voyeur que era.<br />

Empurrou a porta, tropecei e fugi para a casa.<br />

Não parei de correr até que estivesse segura no andar de cima no meu<br />

quarto, cheia de vergonha e excitação persistente. A qualquer momento, Ford<br />

subiria as escadas em meu encalço. Se não me odiava antes, com certeza odiaria<br />

agora. Como pude espioná-los assim? Que tipo de pervertida eu era? Não me


lembrava da última vez que meu corpo tinha reagido tão violentamente a algo.<br />

Minha libido tinha tirado meu cérebro da sela e assumido as rédeas. Se Ford<br />

tivesse me parado, se tivesse me ordenado a chegar mais perto, se tivesse me<br />

perseguido quando corri e me empurrado no chão como presa...<br />

— Droga. — murmurei em voz alta. Minha buceta ainda doía, exigindo que<br />

eu terminasse o que comecei. Tenho que parar com essa merda. Aqui e agora. Sem<br />

me masturbar 'acidentalmente' pensando em meu meio-irmão. Depois do que eu<br />

tinha acabado de ver, porém, sabia que nunca conseguiria tirar aquela imagem de<br />

Ford da minha cabeça — parado perto daquela mulher com uma chibata de<br />

montaria na mão e a crua luxúria em seus olhos.<br />

Mesmo se uma ducha fria pudesse ajudar, não tinha coragem de me<br />

aventurar fora do quarto. Mas após passarem os minutos sem nenhum sinal de<br />

Ford, minha tensão começou a aliviar. Talvez ele não fosse me confrontar afinal. Se<br />

ele queria agir como se nada disso tivesse acontecido, eu estava mais do que feliz<br />

em participar. Algumas refeições familiares terrivelmente embaraçosas e todo o<br />

episódio seria esquecido.<br />

Só precisava vestir o pijama novamente, ir para a cama e fingir que não<br />

tinha visto nada. Satisfeita com essa decisão, comecei a puxar a minha blusa sobre<br />

a cabeça.<br />

E então, Ford entrou de súbito.


Capítulo 4<br />

l<br />

Ford<br />

O controle estava pulsando em minhas veias — o controle que só tenho<br />

quando estou no meio de uma cena — evaporou no segundo que avistei Emma.<br />

Meu pau, que eu tinha ralado para manter duro para Chelsea, diminuiu<br />

rapidamente.<br />

Depois que Emma e eu nos encaramos e ela virou as costas e fugiu, ajudei<br />

Chelsea a sair de suas amarras, enrolei-a em um cobertor e sentei com ela<br />

enquanto se acalmava. Alguns goles de água, algumas mordidas de chocolate e<br />

encontrou seu equilíbrio novamente.<br />

Eu a acompanhei até seu carro, e minha mente foi para a mulher na casa que<br />

tinha acabado de foder com a minha noite. A razão de que havia Chelsea vinculado<br />

em minhas cordas esta noite e sob minha mão era porque precisava aliviar a<br />

tensão que Emma tinha despertado em mim.<br />

Mas ela tinha tirado isso de mim.<br />

E agora a garotinha curiosa tinha algumas explicações a dar.<br />

Esterelizei, enrolei minhas cordas e reembalou meu saco de brinquedos.<br />

Jogando-o por cima do ombro, seguindo até a passarela de tijolos e tudo o que eu<br />

podia visualizar era o choque em seus olhos azuis brilhantes. E então o horror.<br />

Era o suficiente para destruir um cara por dentro. Ela claramente não tinha<br />

idéia do que havia interrompido. Provavelmente, estava ligando para a polícia<br />

agora para comunicar que eu tinha uma mulher amarrada. O pensamento me fez<br />

avançar um pouco mais rápido. Seria uma coisa se o deputado <strong>Jackson</strong> Harrison<br />

respondesse à chamada — sabia pelos seus comentários que compartilhavamos<br />

uma excentricidade — mas o resto do departamento do pequeno Condado iria me<br />

arrastar primeiro, independentemente do meu sobrenome e fazer perguntas<br />

depois.


Minha ala da casa — bem, o que tinha sido minha ala da casa — estava<br />

quieta e escura.<br />

Exceto pela luz suave que vinha debaixo da porta de Emma.<br />

Eu não me incomodei em bater. Empurrei a porta, entrei e a tranquei atrás<br />

de mim com um clique que fez Emma girar para me enfrentar.<br />

Ela tinha a blusa na metade do caminho sobre a cabeça, tive um bom<br />

vislumbre da pele suave e um sutiã rosa rendado. Meu pau flácido de repente não<br />

estava mais mole. Ela puxou bruscamente a blusa para baixo, cobrindo-se, mas<br />

meu pau não desceu como a maldita camisa. Não, esse filho da puta estava ficando<br />

mais duro a cada segundo. Contive a vontade de me ajustar e forcei o foco para o<br />

fato de que ela era a razão pela qual que eu não estava gozando na garganta de<br />

Chelsea bem agora. Funcionou.<br />

Minha frustração aumentou e alimentei a minha raiva.<br />

— O que porra foi isso? — Minhas palavras eram duras e cortadas. Queria<br />

ela no limite e tão incomodada quanto eu estava. Ela olhou para o chão por um<br />

momento e usei aquele instante para mudar o meu pau para uma posição mais<br />

confortável. Mas não fui rápido o suficiente ou sigiloso o bastante, porque quando<br />

os olhos dela levantaram viram minha mão.<br />

— O que... Sobre o quê está falando? — ela gaguejou, seus olhos subiram<br />

rapidamente até os meus e depois desceram novamente.<br />

Não acredito nisso, querida.<br />

Ela entrelaçou os dedos, mudando de um pé para o outro, seus dedos do pé<br />

rosa brilhante cravando no tapete espesso.<br />

Atravessei a sala em dois passos e tive seu queixo entre os meus dedos,<br />

forçando seu olhar subir até o meu. Não tinha certeza de quando decidi me mover.<br />

— A menos que eu lhe diga que quero seus olhos no chão, quero eles em<br />

mim quando estou falando com você.<br />

Seus olhos azuis se arregalaram com surpresa. Aparentemente minha doce<br />

nova meia-irmã não tinha muita experiência ser tratada com grosseria ou ordens.<br />

A confirmação do que suspeitava me fez entrar em minha próxima pergunta. Uma<br />

imprescendível.<br />

— Você contou a alguém o que viu?


Ela engoliu, e sua surpresa desapareceu aos poucos quando decidiu tentar<br />

ser corajosa.<br />

— Ainda não, mas pode acreditar que vou. Onde está ela? Ainda está<br />

amarrada? Você a machucou?<br />

Suas perguntas eram como um tapa na cara. Qualquer mulher pensar que<br />

um Dom abandonaria uma colega amarrada era abominável. Contive minha raiva<br />

crescente, lembrando-me que ela claramente não tinha a mínima ideia do que<br />

acabou de ver.<br />

— Tem alguma ideia do que flagrou? — Perguntei. Não pude conter a<br />

necessidade de educá-la. Disse a mim mesmo que era somente porque não queria<br />

que ela fugisse e espalhasse que eu era um doente fodido que gostava de amarrar<br />

mulheres e espancá-las. Embora que isso não seria uma declaração completamente<br />

falsa.<br />

Suas sobrancelhas se juntaram, endurecendo sua expressão. — Eu sei que vi<br />

algo que não era correto. — Ela lançoas as palavras e senti como se estivesse<br />

assistindo um gatinho aprendendo como afiar as garras pela primeira vez.<br />

Ah, gatinha... Não julgue o que não entende.<br />

Relaxei a pressão sob seu queixo e olhei ao redor do quarto. Vi o que<br />

procurava na escrivaninha.<br />

Um eReader.<br />

Corri um risco calculado.<br />

— Você parece o tipo de garota que passaria um bom tempo sentada com<br />

um livro.<br />

O queixo dela sacodiu baixo e recebi seu aceno de cabeça como um 'sim'.<br />

— Você já leu alguma coisa sobre BDSM? Relações de Dom/sub? Troca de<br />

poder?<br />

— Isso é ficção. Não é algo que pessoas normais fazem. — As palavras dela,<br />

embora julgadoras, não carregam um tom severo. Eram mais suaves, mais como<br />

um questionamento.<br />

Não pude deixar de roçar o meu polegar para frente e para trás abaixo de<br />

seu queixo. Ela ficou tensa com o contato.<br />

— Tem certeza de que é apenas ficção, cadelinha? Porque se fosse, seria<br />

muito difícil acreditar que há um Dom parado na sua frente bem agora.


Soltei seu queixo e desci minha mão para o arco de sua garganta. Senti o<br />

arrepio percorrer seu corpo contra meus dedos calejados.<br />

— Eu... Não sei o que quer que eu diga. Não entendo o que você está... —<br />

— Você não precisa dizer nada, cadelinha. E tudo o que você precisa<br />

entender é que alguns homens têm... necessidades específicas. Além de<br />

expectativas rigorosas. E acontece que eu sou um deles.<br />

Seu pulso bateu fortemente contra meu toque, acelerando. Não tinha<br />

certeza de como fez, mas a percepção tímida e submissa, que eu estava tendo dela<br />

se transformou em algo completamente diferente.<br />

Seus olhos brilharam, e ela se endireitou, deu um passo para o lado e<br />

esbofeteou minha mão.<br />

— Necessidades específicas e expectativas rigorosas? E o que isso requer<br />

exatamente? A necessidade de amordaçar e amarrar uma mulher antes de fodê-la?<br />

Que tal me dizer exatamente quais são essas necessidades e expectativas? Também<br />

poderia aprender alguma coisa enquanto estou aqui neste verão.<br />

Alguma coisa naqueles lindos lábios rosa, dizendo a palavra "fodê-la" me fez<br />

querer fazer exatamente isso com sua boca. Meu pau pulsou contra o zíper, duro<br />

como uma pedra. Evitei atender o seu pedido e me aproximei. Seu peito subiu e<br />

desceu a cada respiração, e senti um sensação de vitória quando ela<br />

inconscientemente se inclinou em minha direção.<br />

Quer aprender algo neste verão? Veio ao lugar certo. Congelei assim que os<br />

pensamentos se solidificaram em meu cérebro. Ela vai ser sua meia-irmã daqui a<br />

poucos dias. E o que mais? Um bela bunda, uma convencida desagradável que não<br />

tinha terminando o M.R.S. na faculdade.<br />

— Não acho que uma princesinha arrogante como você poderia sequer<br />

começar a entender o que um homem como eu precisa. Sem falar na existência de<br />

uma chance no inferno de você fazer isso.<br />

Seus olhos azuis zombaram de mim. — Me teste.<br />

A resposta me chocou extrememente. Coloquei minha mão envolta de seu<br />

ombro e a empurrei até que fosse forçada a recuar um passo. E depois outro — até<br />

suas costas batessem na parede e eu estivesse bloqueando sua fuga.<br />

— Você acha que poderia lidar com isso, querida?


Ela abriu a boca para responder, mas eu não esperei. Havia esperado o<br />

bastante esta noite. Abaixei meus lábios até os dela e os devorei. Minhas mãos se<br />

emaranharam em seu cabelo e inclinei sua cabeça, assim eu poderia aprofundar o<br />

beijo. A pequena língua quente saiu e levei isso como um sinal verde para dar um<br />

passo a mais. Movi minha perna esquerda, deslizando-a no meio de suas coxas.<br />

Enganchei em sua saia, então desci uma mão à bainha e a empurrei para cima.<br />

Agarrango a parte de trás de sua coxa, deslizei a minha mão cima... cima... até que<br />

encontrei a pele macia e suave de sua bunda nua. Gemi em sua boca pela<br />

descoberta, aprofundando o beijo. Sua bunda, que eu havia admirado abertamente<br />

desde o primeiro dia, era suave e cheia, lutei contra a vontade de dar-lhe alguns<br />

tapas , apenas para garantir que ela soubesse quem estava no comando agora. Suas<br />

mãos subiram por meu peito e pressionei-a, querendo senti-la contra mim. Engoli<br />

os pequenos choramingos que ela fez enquanto levava meu tempo acariciando<br />

cada polegada de seu pequeno corpo delicioso e cheio de curvas<br />

Porra. Se soubesse que ela estava usando um fio dental por baixo daquele<br />

vestido, não podia ser considerado responsável pelas minhas ações. Recuei<br />

aproximadamente um passo, e a palma da minha mão atormentou sua nádega<br />

antes de deslizar entre suas pernas. Meu pau latejou insistentemente no segundo<br />

que senti a renda umedecida cobrindo sua buceta. Ela se moveu, pressionando<br />

contra a minha mão, e levou todo o meu controle para não empurrar aquela<br />

barreira frágil de lado e mergulhar dois dedos dentro dela.<br />

Me afastei do beijo apenas uma fração de polegada. — Porra, você está<br />

molhada, baby. A sua buceta ficou molhada me observando mais cedo, ou enquanto<br />

esperava minha mão sobre esta bucetinha quente?<br />

Seu gemido em resposta era o som mais lindo que já tinha ouvido.<br />

Eu queria entrar nela. Apenas a queria.<br />

O pensamento me atropelou de uma forma sutil como um trem de carga.<br />

Eu me afastei, tirando minha mão e colocando alguns centímetros<br />

necessários para nos separar.<br />

Seus olhos abriram confusos, e não consegui negar o forte orgulho<br />

masculino que me cresceu em mim pela excitação aparente neles.<br />

Ambos ficamos parados, polegadas distantes, aspirando oxigênio suficiente<br />

para recobrar os níveis normais de funcionamento do nosso cérebro. Minha


atenção travou nela e em cada movimento. Quase consegui identificar o momento<br />

que sua mente retornou para o que ela tinha visto no celeiro.<br />

— Onde ela está? O que fez com a mulher? Você não me respondeu.<br />

— Ela está em casa agora. Quente e enrola na cama, provavelmente<br />

desejando que uma loirinha intrometida não tivesse interrompido uma cena que<br />

garantia fazê-la gozar mais forte do que já gozou em sua vida antes.<br />

— Por que vocês não... terminaram?<br />

E essa não era a pergunta de 1 milhão de dólares da noite?<br />

Decidi ser claro, porque esse era o tipo de cara que eu era e não me<br />

desculpava por isso. — Talvez porque depois que te vi, não era ela quem eu queria<br />

amarrada e de joelhos diante de mim.<br />

Sua inspiração brusca e pupilas dilatadas estavam mais inebriadas do que o<br />

Griff dando goles em bebidas baratas.<br />

Voltei, minhas mãos circulando seus pulsos, puxando-os acima de sua<br />

cabeça e prendendo-os na parede. Minha boca abaixou até a dela e saboreei mais o<br />

proibido.<br />

Era esse pensamento — saber que ela seria minha meia-irmã, daqui a uns<br />

dias — que tinha que me afastar e atravessar para a porta, mesmo que ela ainda<br />

estivesse arfando e necessitada.<br />

Mas foi a minha maldita falta de filtro que me fez dizer: — Se quiser um<br />

homem de verdade para te mostrar o prazer na submissão, sabe onde me<br />

encontrar. Enquanto isso, tranque a porta.<br />

A confusão em seu rosto era evidente quando fechei a porta.<br />

Desci o caminho do corredor para o meu quarto e entrei, sem me preocupar<br />

em trancar a porta. Se Emma tivesse coragem de vir pra mim esta noite, eu não iria<br />

mandá-la embora, mesmo sabendo que esta foi a pior idéia que já tive em minha<br />

vida.<br />

Mas isso não me impediu de ir para o chuveiro, agarrar meu pau e imaginar<br />

seus imensos olhos azuis e a perfeita boca rosa enquanto encontrava minha<br />

própria libertação.


Capítulo 5<br />

l<br />

Emma<br />

O frio concreto sob os pés descalços. Os braços erguidos, esticados pela<br />

corda, deixando-me indefesa. Não conseguia sequer virar a cabeça, mas sabia que<br />

Ford estava atrás de mim. Senti seus olhos sobre meu corpo nu.<br />

De repente, ele agarrou meus quadris. Seus dedos se cravaram, asperos o<br />

suficiente para machucar. Seu pau quente e duro pressionado contra a parte<br />

inferior das minhas costas como um ferro em brasa. Gemi através da apertada<br />

correia de couro entre meus dentes e me ergui nas pontas dos pés, moendo contra<br />

ele, implorando para meu captor fazer o seu pior. Uma mão forte deslizou sob<br />

minha barriga, descendo, entre as minhas coxas...<br />

Pisquei acordada, desorientada. Demorei um minuto para entender onde eu<br />

estava. Quando a bruma sonolenta finalmente se dissipou, atirei meu travesseiro<br />

na parede, segurando um grito de frustração. Eu não sabia o que era pior — meu<br />

subconsciente me traindo assim, em primeiro lugar, ou meu consciente me<br />

interrompendo justo quando cheguei a parte boa.<br />

Havia passado menos de uma semana desde que eu cheguei. Menos de dois<br />

dias desde que Ford me encurralou no quarto sobre o que tinha visto. Ele<br />

finalmente tinha quebrado o carregado impasse sexual entre nós — deixando<br />

remediar numa nova forma ainda mais angustiante. Agora sabia qual a sensação<br />

dos seus lábios nos meus. Quão talentosos seus dedos eram. Que tipo de coisas<br />

queria me ensinar.<br />

À noite, me agitava e virava, tentando esquecer. Durante o dia, evitava Ford<br />

o máximo possível, lançando-me nos preparativos de última hora do casamento.<br />

Não podia mais negar que o queria. Mas não podia ceder, também. Ficar obcecada<br />

pelo meu próprio meio-irmão era errado de vários modos. E não era apenas meu<br />

meio-irmão, ele era um Dom e um mulherengo — algo que não me atraia. Eu


precisava seguir em frente, aliviar minha cabeça dos pensamentos pornográficos<br />

que ele e seu corpo quente e seu pau grande tinham criado, e desfrutar do meu<br />

último verão de liberdade com a minha mãe. Certo. Como se isso fosse acontecer. Eu<br />

estava oficialmente mais excitada do que um adolescente em um set pornô.<br />

— Emma? Emma!<br />

Eu pisquei. — Hum?<br />

— Eu disse, você poderia me passar a tesoura? — Mamãe repetiu com um<br />

pingo de impaciência na voz.<br />

— Oh. Claro. — Dei-lhe a tesoura que estava segurando enquanto estava<br />

desorientada.<br />

Estávamos sentadas na mesa da cozinha preparando as lembrancinhas para<br />

os convidados. Mamãe tinha encomendado uma caixa de sabonetes artesanais de<br />

leite de cabra — um termo que nunca pensei que encontraria — com a ideia de<br />

envolvê-los em bonitos saquinhos de algodão. Meu trabalho em nossa linha de<br />

montagem de duas mulheres era amarrá-los com fita rosa. No entanto, como Ford<br />

me deixou temporariamente demente, eu estava agora até os cotovelos com sabão<br />

de cabra.<br />

Mãe cortou alguns quadrados extras de tecido para si mesma, depois olhou<br />

para mim novamente. Rezei para que um Eu quase transei com Ford não estivesse<br />

escrito na minha cara. Quando eu era uma adolescente, ela praticamente podia ler<br />

minha mente se quisesse. Ou talvez eu era apena uma péssima mentirosa.<br />

— Está se sentindo bem, querida? — ela disse finalmente. — Tem estado<br />

tão distraída ultimamente.<br />

Sabia que ela não quis dizer isso de um modo repreensivo, mas ainda me<br />

senti culpada. Seu grande dia era amanhã e eu não conseguia tirar o pau de Ford da<br />

minha cabeça por tempo suficiente para ajudar. — Estou bem, mãe. Apenas<br />

pensando sobre... — Peguei um embrulho e pensei em algo plausível. — Minha<br />

oferta de trabalho. Tenho que achar um apartamento em Washington e tirar<br />

minhas impressões digitais e, hum... como um milhão de outra coisas antes de<br />

começar no outono.


Mamãe assentiu prudentemente, seu sorriso se tornando um pouco<br />

agridoce 1 . — É muita coisa para se preocupar. — disse ela. Depois riu. — Crescer<br />

não é divertido, não é? Pelo menos ainda tenho mais alguns meses para mimá-la.<br />

Olhei para baixo para o bolo redondo de sabão na minha mão. Ela estava<br />

certa. Agora que eu tinha encontrado um emprego adulto de verdade, não teríamos<br />

muitos mais dias como este. Claro, tiraria férias, mas ainda não a veria quase tão<br />

frequentemente quanto costumava. Para um verão a dois com Mamãe, eu estava<br />

mais do que disposta a aguentar o comportamento estranho de Ford — para não<br />

mencionar o meu.<br />

— Cuidado para não segurá-lo por muito tempo. — mamãe disse vivamente,<br />

já amarrando a fita em outra sacolinha de sabonetes. — Pode derreter. — Seu tom<br />

soava exatamente como quando eu tinha oito anos, prestes a perder o meu sorvete<br />

de casquinha para o sol quente.<br />

Eu engoli o nó que tinha se formado de repente na minha garganta. — Ei,<br />

mãe?<br />

— Ei, Emmie? — Ela repetiu, provocando.<br />

Mas antes que eu pudesse terminar, Celeste ressoou na cozinha. — Como<br />

estão as senhoritas?<br />

Senti uma pontada de irritação com a interrupção. Nós estávamos indo muito<br />

bem antes de você se intrometer no nosso momento.<br />

— Oh, você sabe... devagar e sempre. — mãe respondeu com um aceno de<br />

sua mão. — Muito obrigado por todo seu trabalho esforçado. Não tinha certeza se<br />

estaríamos prontos a tempo, mas acho que vamos conseguir.<br />

— Não há problema... é meu trabalho, certo? — Celeste, olhou para baixo<br />

para os ladrilhos sujos e suspirou. — Embora deseje que certos homens tirassem<br />

as botas enlameadas antes de invadir a casa. Acabei de limpar o banheiro do<br />

primeiro andar ontem e aqui estou eu novamente.<br />

— Todo mundo está falando de mim. — cantarolou uma voz masculina lá<br />

fora. A tela da porta se abriu e Mac foi até a pia da cozinha.<br />

— A música não é 'todo mundo está falando para mim'? — Eu apontei.<br />

— Licença poética. — Ele começou a encher um copo com água. — Não diga<br />

Ford que entrei aqui. Estou quase terminando de organizar as mesas para a<br />

1 (Emoção) mistura de tristeza e felicidade.


ecepção... Só precisava molhar meu bico. — Com uma piscadela para mim, ele<br />

acrescentou: — e roubar um minuto das três garotas encantadoras.<br />

Celeste deu-lhe um sorriso forçado. Se a Mamãe não estivesse na sala, eu<br />

tinha a sensação de que ela teria dito a ele exatamente onde enfiar seu bico.<br />

Embora, não tinha certeza se ela queria que Mac desse o fora ou só prestasse<br />

atenção nela em vez de mim.<br />

Mãe só riu. — Cuidado, cavalheiro. Logo vou ser uma mulher casada.<br />

— Mas há a regra número um. — disse Mac. — Sempre tenha algo doce para<br />

dizer a esposa do chefe... pelo menos, quando o chefe não está. — Ele levantou a<br />

cabeça em minha direção. — O mesmo vale para a filha do patrão.<br />

Tarde demais, percebi que ele estava esperando que eu respondesse. Pisei<br />

na bola completamente.<br />

Mac era muito atraente e parecia ser um cara legal, mas eu simplesmente<br />

não conseguia entrar no balanço para flertar com ele. A mesma coisa sempre<br />

aconteceu com TJ, também. Nenhum dos peões da fazenda conseguiam estar à<br />

altura de Ford. Ele estava só... em um outro nível. Sexy, másculo, no controle,<br />

confiante sem esforço. Mesmo quando se comportava friamente, apenas fazia<br />

contraste com o resto quente dele. E há duas noites atrás, tinha vislumbrado como<br />

era quando ele se deixava queimar.<br />

Imagine se eu ficaria obcecada por um cara daqui que não posso ter.<br />

Bem, isso não era exatamente verdade. Eu poderia tê-lo. Ele tinha deixado<br />

bastante óbvio o que queria fazer comigo. Diabos, ele literalmente me deu um<br />

convite aberto para seu quarto. Mas o ponto era, que não devia. Não importava o<br />

quão curiosa estava sobre submeter-me à Ford. Não importava o quanto queria<br />

compartilhar o prazer que sua "cadelinha" tinha claramente sentindo.<br />

Naquela noite, agachada do lado de fora da porta do quarto de correias, algo<br />

tinha pegado fogo dentro de mim. Uma parte crua e selvagem em mim que nem<br />

sabia que existia — e eu estava morrendo para explorá-la. Mas havia certas linhas<br />

que nunca deveriam ser ultrapassadas. Tentei ignorar a vozinha pervertida na<br />

minha cabeça que sussurrou, ele só é tecnicamente seu irmão.<br />

Mac tomou sua água desajeitadamente. — Uau. Público difícil.<br />

Merda. Eu estava totalmente desatenta e havia pisado na bola. De novo.


Parecendo decepcionado, Mac colocou seu copo na tábua de escorrer e<br />

voltou lá para fora. Mamãe se virou para mim. — Queria me perguntar alguma<br />

coisa, querida?<br />

Eu balancei minha cabeça. — Não importa, não era importante. — Celeste se<br />

sentou à mesa, enxugando a testa, e ela era a última pessoa na Terra que eu queria<br />

por perto ao abrir minha alma. Olhei pela janela da cozinha, a tempo de ver um<br />

Ford sem camisa, carregando uma pesada caixa de decorações sob cada braço.<br />

Rapidamente, me concentrei extremamente no minúsculo laço que eu estava<br />

amarrando.<br />

a<br />

A manhã seguinte amanheceu quente, clara e calma. O dia perfeito para um<br />

casamento.<br />

Os convidados começaram a chegar logo após o nosso pequeno café da<br />

manhã atrasado; Russ ofereceu-lhes café e assentos na sala de estar até que<br />

saíssem para o quintal. A maioria estava aqui por ele, mas também apareceram um<br />

número surpreendente de parentes e velhos amigos de escola de Mamãe. Eles<br />

ajudaram ou assistiram enquanto Ford, TJ e Mac organizaram as cadeiras no<br />

gramado e estenderam um extenso tapete branco, levando ao gazebo à beira do<br />

lago privado. Como dama de honra, fiquei feliz de me esconder dentro de casa e<br />

ajudar Mamãe com seu vestido e maquiagem. Eu seria forçada a olhar melhor para<br />

aquele homem em breve.<br />

Com as primeiras notas baixas da banda, ajudei Mamãe a se preparar e<br />

acompanhei-a até o altar. Ford tinha o menor sorriso possível, enquanto estava<br />

atrás de seu pai. Não parecia exatamente extasiado, mas também não parecia<br />

irritado. Tinha começado a se sentir mais seguro sobre sua nova madrasta? Ou<br />

estava apenas com medo de Russ assassiná-lo se ele arruinasse o casamento? A<br />

música terminou e disse a mim mesma para parar de me preocupar.


A cerimônia durou menos de uma hora. Depois de algumas palavras do<br />

ministro sobre o amor como a mais verdadeira expressão de fé, Mamãe e Russ,<br />

cada um recitou um poema — "Convite ao amor", por Paul Dunbar para ela, "Mais<br />

como um arco" por John Ciardi para ele. Quando ele deslizou o anel de diamante no<br />

dedo dela, a maneira que ela sorriu para ele me fez sentir uma estranha<br />

tranquilidade. Podia ter sido o tempo bonito, com o céu de Montana nos cercando<br />

como um oceano, mas vê-los olhar um nos olhos do outro... Não pude deixar de me<br />

contagiar um pouco com seu otimismo. Não via mãe feliz assim há muito tempo.<br />

Talvez as coisas realmente dessem certo às vezes. Talvez o que ela tinha com Russ<br />

duraria.<br />

Me atingiu novamente que Mamãe e eu estavamos ambas prosseguindo com<br />

nossas próprias vidas. Apenas por momentos como este, percebi que estava feliz<br />

de ter vindo a Wild Cliff.<br />

Apenas mais onze semanas para partir. Não tinha certeza se aquele tempo<br />

era muito longo ou muito curto.


Capítulo 6<br />

l<br />

Ford<br />

Era estranho para todos os filhos adultos assistirem ao pai caminhar até o<br />

altar? Tinha que ser. Não podia ser só eu.<br />

Mas assistindo meu pai prometer amar, honrar e respeitar uma mulher me<br />

desiquilibrou. E não apenas porque a mulher em questão tinha uma filha que<br />

também me desiquilibrava completamente.<br />

Ela segurou meu braço com força quando a conduzi para fora do altar,<br />

enquanto se retiravam para a festa do casamento. Ela tirou a mão rapidamente<br />

com algum pedido de desculpa sobre a necessidade de ver algo na recepção.<br />

Forçado a comparecer novamente as fotos de família, não pude evitar, mas<br />

me perguntei quão sinceros seus sorrisos eram. Especialmente porque tinha me<br />

evitado desde então.<br />

O brinde dela na recepção sob a grande tenda branca tinha sido simples e<br />

sincero. Lembrou-me também que ela tinha feito isso muitas mais vezes do que eu.<br />

Minha confiança na longevidade do novo casamento do meu pai não era<br />

particularmente elevada. Eu me considerava um realista e o histórico de Cynthia<br />

deixava muito a desejar. Só esperava que desse certo, para o bem de ambos.<br />

Os convidados estavam conversando e misturando-se, e o bar já tinha um<br />

fluxo constante de pessoas circulando. Eu era um deles. Peguei uma cerveja e<br />

decidi participar de um jogo de bebidas por nenhuma razão em particular: toda vez<br />

que Emma me olhava e depois desviava o olhar quando a pegava me encarando, eu<br />

beberia.<br />

Não demorou muito tempo para terminar a minha primeira cerveja.<br />

Cerveja número dois foi algo parecido com isto:<br />

Emma reorganizava o buquê da mãe na mesa; nossos olhos se travavam. Eu<br />

bebi.


Emma conversava com uma convidada idosa e a ajudou em nossa mesa.<br />

Seus olhos pousaram onde eu estava encostado no bar. Eu bebi.<br />

Emma pegou uma taça de champanhe da bandeja do garçom e olhou<br />

diretamente para mim, enquanto me sentava na mesa. Eu bebi.<br />

Emma terminou um segundo copo de champanhe e permitiu ser puxada<br />

para a pista de dança pelo filho do nosso vizinho, que tinha aproximadamente<br />

cinco anos de idade. Ela olhou para mim, sorrindo, antes de voltar rapidamente sua<br />

atenção para o pequeno cowboy. Eu bebi.<br />

Eu continuei este jogo até outra cerveja antes de mudar para uísque e<br />

finalmente desistir porque acabaria muito embriagado.<br />

E agora eu queria arrastá-la da pista de dança para o meu quarto, arrancar<br />

aquele vestido azul sensual e prendê-la na minha cama antes de fazê-la gozar tao<br />

forte que esquecesse o próprio nome. E o toque de todos os outros homens.<br />

Cada olhar dela aumentava a possessividade crescente dentro de mim. Meu<br />

aperto testou a força do copo, e eu me forcei a relaxar enquanto o levantava para<br />

os meus lábios e balançava o conteúdo. Não me importava que este único malte<br />

custasse mais do que muita gente tinha conseguido em um mês. Estava mais<br />

preocupado em tirar da cabeça a mulher que zombava de mim a vinte pés de<br />

distância.<br />

Jurava por Deus que ela estava fazendo isso intencionalmente. Evitando-me<br />

— ficando pelo menos vinte pés de distância sempre — e ainda mantendo aqueles<br />

olhos azuis brilhantes pousando em mim. Seu último copo de champanhe a deixou<br />

mais ousada. Eu não estava bêbado. Sabia quando uma mulher estava interessada.<br />

E essa mulher? Ela estava preparada e pronta. Mas isso não significava que eu<br />

poderia me precipitar e satisfazer meus instintos primitivos. Não, esta situação<br />

requeria planejamento cuidadoso e discrição.<br />

Quando ela dançou com Griff, fiquei um tanto surpreso. Foi engraçadinho<br />

vê-la puxar o velho excêntrico de seu lugar e convencê-lo a dançar uma música de<br />

passo duplo. Onde Emma tinha aprendido passo duplo, não conseguia sequer<br />

adivinhar.<br />

Minha diversão morreu rapidamente, assim que Mac interveio e girou-a<br />

para longe de Griff, puxando-a para perto de seu corpo, quando a música mudou<br />

para algo mais lento. Tive que me virar de costas, ir até o bar para um


eabastecimento e me contentar com o fato de que ele teria tempo de sobra para<br />

refletir sobre seu movimento idiota pelas costas em sua sela enquanto cavalgasse<br />

cercando no sol escaldante.<br />

Retornei à minha posição na borda da tenda, olhando e esperando. A música<br />

finalmente terminou, Mac tirou o chapéu e saiu da pista de dança. Era melhor o<br />

pequeno desgraçado procurar uma mulher à sua altura.<br />

A banda seguiu em outra maldita música lenta e outro cowboy que não<br />

entendia muito bem o significado de 'não pôr as mãos' se adiantou para Emma.<br />

TJ. Aparentemente, não deu ouvidos ao meu alerta também. Os filhos da<br />

puta.<br />

Mac era o tipo de cara que pensava mais com o pau do que com o cérebro<br />

quando se aproximava de mulheres, e apenas pensava em molhar o pau. Eu não<br />

podia dizer o mesmo sobre o TJ. Ele era um cara esperto. Pensativo. Procurando<br />

uma mulher para instalar-se na fazenda e começar a fazer bebês.<br />

E odiei como ele olhava para a Emma. Como se ela pudesse ser aquela<br />

mulher. Os olhos dela dispararam para mim novamente, e os encontrei, esperando<br />

que pudesse ler a irritação e a posse queimando através de mim. Ela ruborizou,<br />

deixou os olhos desviarem dos meus e olhou novamente para o rosto de TJ,<br />

colocando as mãos atrás do pescoço dele.<br />

Oh, querida, sua bundinha apetitosa vai pagar por esse movimento.<br />

Minha palma formigou com a necessidade de tê-la sob a minha mão. Essa<br />

necessidade se intensificou vários graus quando o som claro de sua risada flutuou<br />

pela pista de dança e seu leve sorriso se alargou em sua face. TJ levantou a mão<br />

para acariciar um cacho em sua face... e quase perdi meu aperto meu bom senso.<br />

A única coisa que me evitou? Ironicamente, meu pai. Nada como o lembrete<br />

de que a mulher que queria sob você era sua meia-irmã.<br />

Pai, já há vários uísques de sua própria experiência, parou ao meu lado e<br />

tilintou nossos copos. Ele seguiu meu olhar para a pista de dança.<br />

— Você vai ser gentil com Emma enquanto Cyn e eu estivermos ausentes,<br />

ou vai se ver comigo quando voltarmos.<br />

As palavras soaram como se ele estivesse falando com uma pessoa de treze<br />

anos de idade e não de vinte e cinco.


— Imagino que tanto nos comportaremos como ficaremos bem, pai. — Não<br />

acrescento, porque se não me comportasse, haveria uma boa chance das coisas<br />

sairem de controle muito rápido.<br />

Papai tomou um gole de seu whisky e me estudou. — Ela não conhece<br />

ninguém aqui e vamos ficar fora por uma semana. Não a quero deixada ao Deus<br />

dará o tempo inteiro. Espero que a faça sentir-se bem-vinda e certifique-se de que<br />

não está entediada.<br />

— Então espera que eu largue tudo e me torne seu diretor entretenimento?<br />

Os olhos de meu pai, da mesma cor que os meus, ficaram sombrios. —<br />

Compartilhe suas refeições, pegue seu cavalo de equitação, mostre a ela a fazenda.<br />

Melhor ela estar feliz e sorridente quando voltarmos.<br />

Cada palavra que saiu da sua boca me deu várias ideias. Eu precisava<br />

terminar esta conversa — agora.<br />

— Claro, pai. — Eu disse, mas ele estava observando Cyn atentamente, que<br />

parecia que estava saindo da tenda e indo em direção a casa.<br />

Pai me deu um aceno distraído. — Bom. Sabia que podia contar com você.<br />

Agora preciso ver a minha noiva. — Ele não esperou pela minha resposta, apenas<br />

cruzou a tenda mais rápido do que já tinha o visto se mover.<br />

E seguir os movimentos do meu pai devolveu a minha atenção a pista de<br />

dança e Emma. Onde ainda estava enrolada nos braços do TJ.<br />

Deixei meu copo, agora vazio, na bandeja de um garçom que passava. Estava<br />

farto. Meu caminho foi curto e direto.<br />

TJ e Emma ficaram quietos quando parei em cima deles.<br />

O olhar de TJ era cúmplice. Ousado. Ele estava me provocando de<br />

propósito? Agora, eu não ligava.<br />

Minha voz soou áspera, até para mim, quando disse. — Acredito que me<br />

prometeu uma dança, Emma.<br />

O choque iluminou seus olhos e retornaram a TJ.<br />

Não olhe para ele, Emma. Ele não vai te salvar.<br />

Pude ver o momento em que ela decidiu ceder, para apenas não fazer uma<br />

cena. TJ tirou o chapéu para nós dois.<br />

— Chefe. Emma.


Eu assentiu em resposta e puxei Emma para dentro dos meus braços. Seu<br />

corpo estava duro, quase de madeira — o oposto da mulher flexível e apaixonada<br />

que tinha sido apenas há alguns dias atrás.<br />

Inclinei-me e falei em seu ouvido. — Pensou que porque não fizeram uma<br />

dança da dama de honra e do padrinho, atravessaria esta noite sem eu ter você em<br />

meus braços?<br />

Sua resposta foi calma, de modo a não transmitir, e peguei o menor sinal de<br />

pânico nisso. — Por que está fazendo isso? E se alguém...<br />

— Não há absolutamente nada impróprio sobre eu dançar com a minha<br />

nova meia-irmã. Seria estranho se não dançasse.<br />

— Não me chame de meia-irmã se vai esfregar isso em mim. — Ela se virou<br />

rapidamente para pressionar o quadril contra meu tesão crescente, que estava<br />

escondido entre nós.<br />

— Não posso evitar o que você faz comigo. — Admiti.<br />

Emma não se afastou, mas se pressionou em mim novamente, seus olhos<br />

fixados as abotoaduras do meu smoking.<br />

— Você não deveria fazer isso a menos que esteja preparada para lidar com<br />

as consequências. — Minha voz saiu grave, quase um rosnado.<br />

Finalmente levantou o olhar para mim, seus olhos com um toque de malícia.<br />

— Acho que posso lidar com quaisquer consequências que você possa inventar.<br />

Sua completa reviravolta tinha-me levantando as sobrancelhas e meu pau<br />

endurecendo ainda mais contra seu estômago.<br />

— Não gosto muito de garotinhas que gostam de provocar quando têm um<br />

pouco de champanhe abastecendo a coragem. — Eu sabia exatamente quanto ela<br />

tinha bebido, porque a observei de perto a noite toda. Mas acho que não era o<br />

suficiente para prejudicar seu julgamento e impedi-la de tomar uma decisão<br />

consciente quando finalmente ficamos sozinhos.<br />

— Não é o champanhe, e posso não ser tão experiente quanto você, mas não<br />

estou brincando. — Ela engoliu e sua coragem pareceu vacilar por um momento<br />

antes que acrescentasse. — Não paro de pensar nisso. Diabos, eu até sonho com<br />

isso.<br />

Lentamente nos movi para fora da pista de dança, e estávamos próximos da<br />

entrada da tenda quando ela fez essa admissão. O que era provavelmente é bom,


porque ninguém poderia me ouvir dizer-lhe: — É melhor ter certeza de que quer<br />

isso, porque pode acabar recebendo mais do que esperava.<br />

A hora de colocar nossas cartas e ver se queríamos a mesma coisa tinha<br />

chegado. Cada olhar que tinha me atirado esta noite dizia que ela queria. Eu só<br />

precisava que dissesse as palavras.<br />

— Eu quero isso. — Emma disse, sua voz calma, mas confiante.<br />

Graças a Deus.


Capítulo 7<br />

l<br />

Emma<br />

No momento em que a recepção começou, coloquei a maior distância<br />

possível entre o Ford e eu. Ainda estava terrivelmente ciente de que ele estava me<br />

observando, mas ao mesmo tempo, prazerosamente embriagada e feliz pela<br />

Mamãe. Algo que não descobri estava no ar, um tipo de... despreocupação. Como se<br />

o futuro não fosse algo para se preocupar — ou porque não existia, ou porque tudo<br />

iria ficar bem no final. Não tinha certeza. Mamãe tinha agarrado a felicidade onde<br />

quer que a encontrasse, e isso nem sempre tinha dado certo, mas finalmente, as<br />

coisas deram certo para ela. Talvez eu devesse tentar essa atitude, também. Pare de<br />

pensar tanto sobre a vida e apenas viva.<br />

Mais fácil falar do que fazer. Por isso dancei com todos os homem que<br />

pediram, até mesmo arrastei o velho Griff para a pista, tudo em um esforço para<br />

evitar de notar como Ford parecia delicioso em seu smoking. Era uma batalha<br />

perdida.<br />

Enquanto dançava com o TJ, Ford olhava para mim de uma forma que<br />

deixou minhas bochechas quentes. Com raiva, luxúria, posse. Forcei-me a desviar o<br />

olhar e voltar ao rosto do TJ, deixando a mão que tinha apoiado em seu se mover<br />

para sua nuca.<br />

— Está tendo um bom verão, Srta. Emma? — TJ perguntou.<br />

— Sim. — Respondi com um sorriso. Não podia evitar de gostar de TJ.<br />

Provavelmente ninguém poderia. Ele tinha um jeito cavalheiro, apenas áspero o<br />

suficiente em torno das bordas para ser ainda mais charmoso. E sua aparência não<br />

era ruim - tinha um corpo como de uma capa de romance Ocidental.<br />

— Bem, se houver algo que possa fazer por você, basta gritar. Como um<br />

passeio à cidade... num cavalo ou caminhão, o que achar melhor. — Ele mostrou<br />

rapidamente um sorriso torto.


Eu ri. Mac teria dito algo como: — uma visita particular a casa de um peão.<br />

— Espere, você está certo sobre isso. — Ele tirou uma mecha perdida de<br />

cabelo do meu rosto.<br />

Por trás da cabeça de TJ, Russ monopolizava Ford no posto de 'observador<br />

de Emma' na borda da tenda. Não consegui ouvir o que estavam falando, mas Ford<br />

parecia mais irritado a cada segundo. Ao menos ele finalmente tinha parado de<br />

arrancar meu vestido com os olhos. Aliviada e estranhamente desapontada, tentei<br />

focar novamente na dança com TJ.<br />

Mas mesmo uma bronca de seu pai — agora meu padrasto, também,<br />

lembrei a mim mesma — não impedia Ford por muito tempo. Assim que Russ foi<br />

na direção de Mamãe, Ford caminhou pela pista de dança, se aproximando até que<br />

nenhum de nós pudesse ignorá-lo.<br />

Ele e o TJ trocaram um longo olhar. Comunicando o quê, não sei exatamente,<br />

mas a tensão na atmosfera era inconfundível. Quando pensei que TJ havia pisado<br />

em merda, Ford virou sua atenção completamente para mim. — Acredito que me<br />

prometeu uma dança, Emma.<br />

Não te prometi nada, eu estava tentada a dizer. Mas não queria armar um<br />

barraco no meio da recepção da Mamãe. Olhei de relance para TJ para avaliar seus<br />

sentimentos e o vi já à beira de desistir. E tinha que admitir, a ideia de chegar perto<br />

de Ford não era desagradável. Oh, que diabos - uma dança não podia machucar.<br />

Assenti para Ford.<br />

Com uma rápida despedida, meu parceiro de dança saiu. TJ estava longe de<br />

ser estúpido; Ele sabia não desperdiçar seu tempo se colocando entre Ford e algo<br />

que ele queria. Senti-me de repente paranóica. O quanto o peão da fazenda sabia?<br />

Talvez pensava que Ford estava sendo superprotetor com sua nova meia-irmã. Não<br />

havia forma que pudesse buscar por informações sem torná-lo suspeito. E se ele<br />

pensava que havia algo acontecendo entre nós... iria manter sua boca fechada, já<br />

que Ford era o chefe, ou havia uma possibilidade de contar aos nossos pais?<br />

Mas antes que pudesse me perguntar demais, Ford praticamente me<br />

arrastou em seus braços. Enrijeci contra ele, assustada e muito consciente de seu<br />

corpo por baixo do smoking. Após evitá-lo por tanto tempo, sua proximidade agora<br />

me deu uma sensação eufórica, muito mais potente e perigosa do que minha<br />

excitação do champanhe.


Ele inclinou a cabeça. Tremi quando seu hálito fez cócegas em minha orelha.<br />

— Pensou que porque não fizeram uma dança da dama de honra e do padrinho, —<br />

ele disse lentamente. — atravessaria esta noite sem eu ter você em meus braços?<br />

— Por que está fazendo isso? — Silvei. Isso saiu muito ofegante do que eu<br />

pretendia. — E se alguém...<br />

— Não há absolutamente nada impróprio sobre eu dançar com a minha<br />

nova meia-irmã. Seria estranho se não dançasse.<br />

Eu estava imaginando o sorriso na voz dele? Miserável. Talvez uma dança<br />

de irmãos não era inerentemente estranha, mas ele me segurava muito perto, com<br />

sua mão, nem sequer uma polegada acima da minha bunda. Estávamos quase<br />

moendo juntos. Meu rosto aqueceu quando ele endureceu contra minha barriga.<br />

— Não me chame de meia-irmã se vai esfregar isso em mim. — repliquei,<br />

enpurrando meu quadril em sua virilha para dar ênfase.<br />

O olhar de Ford não vacilou. — Não posso evitar o que você faz comigo. —<br />

A nota de sinceridade na dele me fez parar. Queria constrangê-lo, mas ele<br />

não estava nem tentando esconder o quanto me queria bem agora. Estava sendo<br />

completamente franco consigo mesmo - seu corpo, seus desejos. A realização me<br />

encheu igualmente de inveja e choque.<br />

Mas fiquei ainda mais chocada comigo mesma quando me pressionei mais. E<br />

meu Deus, a protuberância na calça dele parecia enorme.<br />

A voz de Ford se tornou rouca, quase um rosnado: — Você não deveria fazer<br />

isso a menos que esteja preparada para lidar com as consequências.<br />

Um calafrio desceu pela minha espinha. Fiz isso com ele. E ele fez isso<br />

comigo - o calor se espalhando em meu ventre era como um ímã. Tinhamos<br />

provocado um ao outro e agora ele estava aqui, pronto para me reinvindicar<br />

quando dissesse a palavra. Senti uma estranha justaposição eletrizante de poder e<br />

vulnerabilidade.<br />

Antes que meu bom senso podesse me atingir, respondi. — Acho que posso<br />

lidar com quaisquer consequências que você possa inventar.<br />

Rá rá. Isso arrancou uma reação dele. Seus olhos faíscaram com interesse e,<br />

em seguida, estreitaram ligeiramente. — Não gosto muito de garotinhas que<br />

gostam de provocar quando têm um pouco de champanhe abastecendo a coragem.


— Não é o champanhe... — Essa poderia ser a desculpa que eu usaria<br />

amanhã de manhã, mas agora, estava bêbada por outra coisa. — ...e posso não ser<br />

tão experiente quanto você, mas não estou brincando. — Engoli, me encorajando,<br />

depois, confessei. — Não paro de pensar nisso. Diabos, eu até sonho com isso.<br />

Ele me estudou de modo aguçado enquanto nos afastavamos da multidão<br />

principal de dançarinos. — É melhor ter certeza de que quer isso, porque pode<br />

acabar recebendo mais do que esperava.<br />

Era isso. O ponto sem retorno. Não porque eu tinha medo de Ford — se eu<br />

mudasse de idéia no último minuto, sabia que ele me deixaria ir. Mas agora, ainda<br />

tinha uma negação plausível. Poderia me afastar em definitivo, culpar tudo que<br />

aconteceu entre nós, a má sorte, os hormônios, tudo... e passar o resto do verão<br />

sendo torturada por sua presença atraente. Se dissesse que sim, não seria mais<br />

capaz de mentir para mim mesma.<br />

Mas aquilo era exatamente o que eu estava vivendo, não era? Uma mentira.<br />

Novamente, senti aquela sensação de leveza de antes e de repente,<br />

claramente percebi que a vida era curta. Por que diabos deveria mentir para mim<br />

mesma? Por que não deveria me entregar? Apenas ganhar o que queria, sem<br />

importar o que um hipotético terceiro pensaria?<br />

Meu coração acelerou com antecipação. Muito antes que tivesse admitido a<br />

mim mesma, algo profundo em meu interior havia decidido por mim.<br />

Finalmente eu disse: — Eu quero isso.<br />

Ford não perdeu tempo. Com um rosnado, me puxou da pista de dança e me<br />

apressei meio passo atrás dele.<br />

a<br />

Ford me conduziu ao redor do lago particular para o gazebo onde nossos<br />

pais tinham se casado há apenas algumas horas antes. Uma lua crescente refletiu<br />

sob a água, dividida em fragmentos de luz branca. A recepção ainda estava em


pleno andamento do outro lado, mas se alguém achasse que era uma noite para<br />

passeio, nada iria impedi-los de nos ver.<br />

Ele esmagou nossas bocas num forte beijo e, então, se afastou rapidamente,<br />

me deixando ofegante. — Você sabe, sou oficialmente seu meio-irmão agora. Ainda<br />

há uma chance de voltar atrás.<br />

— Sei disso. — Se ele não entrasse em mim nos próximos cinco minutos, eu<br />

ia entrar em combustão espontânea. Até mesmo o pensamento de ser descoberta<br />

não me esfriava - apenas adicionava um fascínio proibido a aquilo que estávamos<br />

prestes a fazer. — Não me peça para fazer essa decisão, novamente.<br />

Com uma risada baixa e sombria, ele começou a desfazer a gravata de seda<br />

preta. — Enquanto tiver certeza.<br />

Agora que se trata de sexo, é positivamente brincalhão.<br />

Ele se moveu para frente, me pressionando contra uma das colunas do<br />

gazebo. — Eu vou amarrar suas mãos. — disse, acariciando minha bochecha. — Se<br />

não quer isso, fale agora.<br />

— Eu te disse que queria isso, e é verdade. — Sem ser solicitada, cruzei<br />

meus pulsos. O que havia visto no quarto dos equipamentos ainda estava ardendo<br />

em minha mente; Sonhei sobre cada detalhe. Nesta parte, pelo menos, sabia o que<br />

fazer.<br />

Com um ruído baixo e satisfeito, começou a trabalhar. A seda fria e suave<br />

deslizou sobre meus pulsos. Quando ele recuou novamente, estirei o nó<br />

experimentalmente. Estava apertado, mas não doloroso. Acho que já sabia que ele<br />

tinha muita prática nisto. Abaixei minhas mãos, ciente de repente de como meus<br />

seios pareciam, comprimidos pela parte superior dos meus braços.<br />

Ford observou de perto enquanto eu testava minhas amarras. Com mais<br />

coragem do que realmente sentia, olhei em volta e disse: — E então? O que está<br />

esperando?<br />

— Não seja tão impaciente, cadelinha. — Uma mão agarrou meu quadril. A<br />

outra subiu as minhas costas até minha nuca, segurando-a assim poderia me<br />

provar quando quizesse . Ele mordeu a minha clavícula exposta - suave por agora,<br />

mas com a promessa de mais depois - e trilhou beijos demorados em meu pescoço.<br />

Cada toque corria diretamente entre minhas pernas. — Você tem que escolher uma<br />

palavra de segurança primeir. — ele murmurou no meu ouvido.


Bem agora, mal conseguia me lembrar o que era palavra regular. Meus<br />

pensamentos se mantinham dispersos e flutuando, como o luar no lago. Ainda<br />

podia ouvir a música de jazz da recepção flutuando sobre a água. A possibilidade<br />

de ser apanhada correu pela minha mente novamente, e me contorci com<br />

excitação.<br />

Ele se aproximou de mim para abrir meu vestido. Sua ereção roçando<br />

contra minha buceta molhada, separada apenas por algumas camadas de pano, e<br />

meu estômago se amarrou em nós. Eu estava em um frenesi, desesperada para<br />

tocá-lo, ser tocada por ele, perdendo-me no prazer que tinha sido negado por<br />

muito tempo. Sabia que deveria impedi-lo até que entendessemos tudo, mas não<br />

podia me ouvir pensando acima dos meus instintos gritando: deixe-o fazer o que<br />

quiser com você. Sua pulsação constante acelerou através de nossas roupas; Talvez<br />

estivesse mantendo a calma, mas estava ficando tão selvagem quanto eu.<br />

A frente do meu vestido cedeu na frente. Ele puxou para baixo, dobrando-o<br />

até que o tecido pesado cobrisse meus braços amarrados. Meus mamilos<br />

endurecidos pelo ar fresco da noite. Por um momento, ele olhou avidamente meus<br />

seios libertos. Então se ajoelhou para lamber e chupar a carne macia e delicada.<br />

Abri minha boca, mas apenas um gemido saiu.<br />

Ele afastou a cabeça e olhou para mim. — Já pensou na sua palavra de<br />

segurança?<br />

Meu rosnado de frustração soou como um gemido. Eu ia chorar. E talvez,<br />

matá-lo depois. — Eu não... Eu não sei... — Gaguejei.<br />

— Então acho que a escolha é minha. Baseado na linda cor dos seus<br />

mamilos... — Ele rolou os dois entre o indicador e o polegar, enquanto falava,<br />

quase ocioso. — O que acha de 'rosa'?<br />

Tudo o que conseguia fazer era acenar, sem fala, tremendo de necessidade.


Capítulo 8<br />

l<br />

Ford<br />

— Preciso de mais do que um aceno de cabeça, cadelinha. Preciso que fale.<br />

— Seus grandes olhos azuis me encarram e forcei a me concentrar nas coisas<br />

importantes primeiro. Não importava quão boa era a sensação de seus pequenos<br />

mamilos rosa rolando entre os meus dedos ou quão atraentes aqueles perfeitos<br />

lábios vermelhos pareciam, precisava estabelecer o básico primeiro.<br />

— O qu... O quê? — ela ofegou.<br />

— Sua palavra-chave, Emma. Diga-a.<br />

Seus lábios formaram a palavra, e saiu como um sussurro.<br />

— Mais alto.<br />

A bruma de luxúria nos olhos dela estava lançando faíscas de rebeldia.<br />

Gostava de espírito em minhas subs, e Emma decididamente tinha.<br />

— Rosa, que droga. Agora pode acelerar isso?<br />

— Acho que a primeira lição precisa ser paciência, cadelinha - e a melhor<br />

maneira de ensiná-la é provocá-la até que esteja implorando para gozar. Vai ser<br />

seu lembrete de que sou eu quem manda aqui - não você. Vai receber o que te dar e<br />

acredite quando digo que vou me certificar que ame isso.<br />

— Mas...<br />

— Não me faça te amordaçar, Emma. Porque eu vou. — Avisei. Abaixei<br />

minha boca até seu ouvido e falei diretamente nele. — A menos que esteja<br />

esperando atrair audiência.<br />

Ela não respondeu. Diabos, não tinha certeza se ela respirava.<br />

Abri minha boca, para perguntar se ela estava comigo, mas respondeu: —<br />

Está bem.<br />

Seus lábios roçaram meu maxilar, quando disse a palavra. Não sei se o<br />

contato foi intencional, mas porra. Se meu pau já não estivesse duro como pedra,


teria ficado. O que essa mulher tinha que precisava de tão pouco para me<br />

satisfazer?<br />

Necessitando afirmar o controle da situação, soltei seus mamilos e rocei as<br />

palmas das mãos sobre seus seios, até o pescoço e enterrei meus dedos em seu<br />

cabelo. Puxando para trás, me inclinei e esmagei minha boca na dela novamente. O<br />

gosto de champagne e Emma aguçou minha fome para uma dor quase primitiva.<br />

As mãos, mesmo atadas, correram meu peito, como se estivesse<br />

desesperada por contato. Elas se atrapalharam com o botão das minhas calças<br />

formais e puxaram o zíper.<br />

Devia ter parado, mas eu queria suas mãos em mim e seu entusiasmo fez<br />

esta loucura parecer ser a melhor ideia que já tive. Afastei meus lábios dos dela<br />

para incitá-la.<br />

— É isso, cadelinha. Solte meu pau. Quero sentir suas mãos envolvidas em<br />

torno de mim.<br />

Ela inalou bruscamente, e adorei saber que meus comandos a chocaram.<br />

— Isso te deixa molhada, Emma? Quando digo que quero meu pau em suas<br />

mãos? Você ficaria molhada se dissesse que queria meu pau entre seus perfeitos<br />

lábios vermelhos, também?<br />

Ela se atrapalhou com o zíper, se devido as minhas palavras ou as<br />

restrições, não tinha certeza.<br />

— Responde-me, cadelinha. Quando fizer uma pergunta, espero que me<br />

responda.<br />

O zíper deslizou para baixo e suas mãos cercaram meu pau, quando ela<br />

sussurrou. — Sim. Muito molhada.<br />

Jesus. Eu segurei um gemido. Ela me segurou mais apertado e meti entre<br />

suas palmas.<br />

— Boa garota.<br />

Deixei-a me agarrar e me acariciar por apenas alguns momentos antes que<br />

eu soubesse que tinha de parar. Mais tempo, e poderia não merecer me considerar<br />

um homem — para não falar, um Dom. Precisava tomar as rédeas, ficar sob<br />

controle, e Emma precisava ser a única ofegante sob meu toque, pronta para<br />

despedaçar.<br />

— Basta. — Eu disse, desembaraçando meus dedos do cabelo dela.


Ela congelou, seus grandes olhos azuis me encarando. — Eu fiz algo?<br />

Eu balancei minha cabeça e um sorriso se puxou dos cantos da minha boca.<br />

— Não, cadelinha. É a minha vez de jogar.<br />

Ela tirou as mãos do meu pau, e silenciei o gemido que ameaçou sublevar-se<br />

ao perder seu toque. Minhas mãos cairam para a saia de seu vestido e deslizaram<br />

para baixo o tecido de seda, até chegar a bainha. Os olhos dela dispararam de um<br />

lado para outro, procurando alguém que pudesse ver o que eu estava prestes a<br />

fazer.<br />

— Olhos em mim, cadelinha. Apenas em mim.<br />

— Mas...<br />

— Você só precisa se preocupar com o que eu quero, e eu vou me preocupar<br />

com todo o resto. Essa é a beleza disto. Pode relaxar, se coloque em minhas mãos e<br />

tem minha palavra de que não vou trair essa confiança.<br />

Ela piscou duas vezes. — Não posso acreditar que estamos realmente<br />

fazendo isso. A coisa toda de confiança. Mal te conheço.<br />

Parei. — Você disse que queria isto.<br />

— Eu quero. Só... é apenas tão... real quando coloca isso assim.<br />

— É real. Tão real quanto você quer que seja. Tem a sua palavra de<br />

segurança, tudo o que precisa fazer é falar, e tudo pára. — Deslizei as mãos sob a<br />

bainha do seu vestido e subindo por suas coxas. — Por exemplo, se não quer que<br />

eu descubra como sua buceta está apertada, deve dizer isso bem agora, porque<br />

senão meus dedos vão se enterrar dentro de você.<br />

Pude sentir um arrepio de corpo inteiro atravessá-la. Reduzi meus<br />

movimentos, dando-lhe tempo para protestar. Ela não fez. Arrastando um polegar<br />

ao longo da frente de sua calcinha, já podia dizer que ela estava encharcada. Meu<br />

pau, que estava mal colocado dentro de minha calça social, ficou tenso quase ao<br />

ponto de doer. Olhos azuis vidrados com luxúria — uma expressão que eu tinha<br />

visto tantas vezes antes, mas que era mais bonita em Emma. Meu polegar deslizou<br />

para baixo, provocando as bordas da calcinha dela.<br />

— Quero isso fora de você. — disse e usei minha outra mão para levantar a<br />

frente do vestido até sua cintura e tirá-la por suas pernas. Ela movimentou seus<br />

quadris, me ajudando a remover sua calcinha, e lutei contra o impulso de rasgá-la.


Uma vez que a barreira final se foi, meus dedos a encontraram novamente, sem<br />

perder tempo escorregando entre suas pernas e atormentando o calor agradável.<br />

— Jesus, querida. Está tão molhada. Como um maldito sonho.<br />

Ela se pressionou em meu toque quando provoquei sua entrada. Porra. Não<br />

sabia mais quem estava provocando — Emma ou eu. Pare com essa merda. Deslizei<br />

um dedo dentro dela e não consegui conter uma maldição.<br />

Coloquei lentamente um segundo dedo para se juntar ao primeiro, fodendoa<br />

lentamente. Dolorosamente lento. Seus choramingos e gemidos me incitaram,<br />

suas mãos amarradas alcançaram meu pescoço e o rodearam, arrastando minha<br />

cabeça para baixo. Meus lábios encontraram os dela e nosso beijo foi selvagem:<br />

lábios, dentes e língua. De alguma forma, minha mão livre encontrou o caminho<br />

atrás de seu cabelo e inclinei sua cabeça para o lado para aprofundar.<br />

Profundo.<br />

Até mesmo pensar na palavra fazia meu pau pulsar com impaciência.<br />

Me afastei, mas ainda podia sentir sua respiração em meus lábios. — Eu<br />

preciso estar dentro de você. Agora.<br />

— Sim. Sim. Agora.<br />

Eu a soltei e deixei minhas mãos caírem sob sua bunda, levantando-a. —<br />

Coloque as pernas em volta de mim.<br />

Ela obedeceu minha ordem e meu pau se ajustou contra sua buceta. A<br />

cabeça arrastando através do calor escorregadio quanto eu a levantava e abaixava,<br />

provocando a ambos. Na descida seguinte, desacelerei e alinhei meu pau para<br />

deslizar à vontade. Afastei meus quadris para impulsionar — um impulso que<br />

sabia que me levaria direto para o céu.<br />

Mas então eu congelei.<br />

A razão que me sentia tão bem? Eu não tinha camisinha.<br />

— Porra. O preservativo.<br />

— O quê?<br />

— Preservativo. Eu esqueci uma maldita camisinha.<br />

A compreensão foi um balde de água gelada.<br />

Mas. Que. Porra. Minhas mãos ainda estavam segurando a bunda de Emma,<br />

mas ela já estava lutando para descer. Eu a desci.


— Merda. — Ela respirou, empurrando o vestido para baixo. Segui seu<br />

exemplo e fechando o zíper da minha calça novamente. — Não consigo acreditar...<br />

o que eu estava pensando?<br />

O que ela estava pensando? O que eu estava pensando? Jesus. Eu nunca tinha<br />

esquecido uma camisinha na minha vida. Nunca. E também nunca deixei uma<br />

submissa descarrilhar uma cena totalmente. Não sabia o que Emma estava fazendo<br />

comigo. Eu precisava sair e colocar a minha cabeça no lugar.<br />

— Deveríamos voltar para a recepção. — As palavras saíram severas e<br />

baixo, mas não fiz nada para suavizá-las. Meu olhar agarrou a seda preta aos meus<br />

pés. Sua calcinha. Eu a apanhei e ofereci. — Precisa pôr isto outra vez.<br />

Ela aceitou a calcinha enrolada, mas olhou interrogativamente para ela. —<br />

Acho que não vou colocá-la de volta... Considerando que estava no chão.<br />

Parecia que a ligação tinha acabado, sua natureza obstinada crescendo.<br />

Queria vê-la curvada a mim — mesmo em algo simples.<br />

— Emma, você vai usar sua calcinha.<br />

— Ford. — disse ela, levantando o queixo. — Ela realmente não é<br />

necessária. Apenas coloque-a em seu bolso ou algo assim.<br />

Eu me aproximei, prendendo-a contra a parede do gazebo. Minha voz era<br />

baixa e meu tom não tolerava argumentos. — Acho que não entendeu, cadelinha.<br />

Não vai deixar este gazebo sem a calcinha cobrindo essa bucetinha apertada. Não<br />

posso ser responsabilizado pelos meus atos se souber que você está aqui fora, não<br />

usando nada debaixo do vestido, ou dançando com outros homens.<br />

Sua boca caiu aberta, o que só me fez querer empurrá-la contra a parede e<br />

começar tudo de novo.<br />

Eu me afastei. Quando não fez nenhum movimento para voltar a vestir sua<br />

calcinha, falei bruscamente: — Agora, Emma. Ou vou te colocar no meu colo e não<br />

vai se sentar pelo resto da noite porque sua bunda está vermelha.<br />

Sua boca se fechou, ela colocou um pé e, em seguida, o outro em sua<br />

calcinha e subiu por suas pernas. A expressão dela se tornou teimosa. — Aqui. Feliz<br />

agora?<br />

— Estaria mais feliz se estivesse com bolas enterradas profundamente<br />

dentro de você. Agora vamos lá.


Eu estava tentado a pegar sua mão e arrastá-la de volta à recepção atrás de<br />

mim, mas não queria levantar qualquer suspeita sobre onde estavamos. Não que<br />

qualquer um dissesse o que estavamos fazendo, mas não queria desafiar o destino.<br />

Em vez disso, fui diretamente para o bar.<br />

— Marker's. Três dedos. Puro.<br />

Meu olhar se precipitaram na risadinha à minha esquerda que irrompeu. Os<br />

olhos azuis de Emma estavam brilhando, e ela tinha mordido o lábio inferior.<br />

— O que é tão engraçado? — Perguntei.<br />

Ela balançou a cabeça e olhou para o barman. — Nada. Vou ter o mesmo.<br />

O barman serviu ambos os drinks e levamos eles para uma mesa vazia.<br />

Sentei-me e engoli um bom gole. Surpreendentemente, Emma afundou no assento<br />

ao meu lado. Ela ainda tinha aquele sorriso no rosto.<br />

— O quê? — Perguntei, tomando mais um gole.<br />

Ela mordeu o lábio de novo. — Acho que esta é a minha única chance de<br />

conseguir três dedos hoje, hein?<br />

Cuspi meu uísque por todo o chão.<br />

Esta mulher vai ser a minha morte.


Capítulo 9<br />

l<br />

Emma<br />

Fiquei no assento ao lado de Ford até que engoli minha bebida ardente.<br />

Então me levantei, me sentindo inquieta. Meu sistema tinha definitivamente<br />

precisado desse whisky, mas ainda não era o suficiente para aliviar minha libido<br />

furiosa. E se eu não podia ter o homem sentado ao meu lado — ou ficar tão bêbada<br />

que acabaria me atirando nele novamente — então a comida teria que fazer.<br />

Enquanto rondava a tenda de recepção, o bolo de casamento demolido<br />

chamou minha atenção. Provavelmente não machucaria nada se eu pegasse uma<br />

segunda fatia. Apenas um punhado de pessoas acima ainda estavam fazendo<br />

barulho, e pareciam mais interessados na dança lenta ou aproveitando a bebida<br />

grátis. Os velhos e os pais com crianças pequenas tinham ido para casa há algumas<br />

horas. Mamãe e Russ estavam longe para serem vistos. Provavelmente já lá em<br />

cima, pensei, e imediatamente me senti enojada. A imagem certamente me esfriou<br />

um pouco, mas não queria me prolongar nela.<br />

Cortei uma fatia grossa e caprichada do bolo. Não era novidade,<br />

considerando Mamãe viciada em doces, o fornecedor tinha dado tudo de si. O prato<br />

de papel quase curvado sob o peso do chocolate denso e agridoce com chantilly e<br />

baunilha, coberta com ganache brilhante. Mas todo o valor calórico açucarado do<br />

mundo não poderia se igualar a frustração sexual que eu sentia.<br />

Contemplei o lago enquanto levava cada garfada macia para minha boca.<br />

Aquele maldito gazebo era apenas pouco visível à luz do luar. Dei uma risadinha,<br />

lembrando do olhar no rosto de Ford no meu comentário de "três dedos". Afinal<br />

depois de todos os choques que tinha me dado na semana passada, merecia um<br />

gostinho de seu próprio remédio.<br />

— O que é tão engraçado? — perguntou uma mulher atrás de mim.


Girei, quase derrubando o bolo do meu prato. Celeste estava parada com<br />

uma taça de champanhe na mão e um leve sorriso que não alcançava seus olhos. —<br />

Sinto muito. Não quis assustá-la.<br />

Mas também aposto que seu coração não está partido. Não estava com<br />

vontade de falar com ninguém, muito menos com Celeste. —Tudo bem. —<br />

Respondi. — Estava apenas... lembrando de algo de mais cedo.<br />

— Antes de você e Ford desapareceram? — Seu sorriso de serpente não se<br />

moveu uma polegada.<br />

Pestanejei para ela. Ok, mas que diabos? Isto era um interrogatório? — Uh...<br />

— Minha mente voou em todas as direções ao mesmo tempo, deixando-me<br />

tropeçar em minhas palavras. Se ela tinha nos notado saindo juntos, não havia<br />

razão para insistir que não tínhamos.<br />

Mas eu precisava mentir? Afinal, éramos meio-irmãos agora. Para todos que<br />

conhecia, estavamos transportando o material da recepção para a casa ou<br />

mostrando ao tio da Mamãe as estrelas ou algo assim. — Realmente, passamos um<br />

tempo fora. Ele pode ser um cara muito engraçado quando quer.<br />

Sua testa enrugado. — É mesmo? Ele sempre é tão sério comigo. Deve estar<br />

meio bêbado agora. — Ela olhou para onde Ford ainda estava sentado, tomando<br />

um segundo uísque. — Mas gosto do tipo forte e silencioso, e você?<br />

Também era uma coisa boa ela gostar do som de sua própria voz, ou eu teria<br />

que pensar rápido. Fiz um barulho incomunicável enquanto mastigava, então engoli<br />

e respondi: — Algumas vezes. Depende do cara, eu acho.<br />

Olhando não convencida, Celeste olhou para Ford novamente. — Eu deveria<br />

terminar de arrumar as malas... oh, eu mencionei? Russ e Cynthia estão me<br />

mandando para um cruzeiro enquanto estão em lua de mel. Eu tentei dizer que não<br />

- é muita generosidade - mas insistiram porque eu tinha trabalhado tão<br />

arduamente com o casamento.<br />

— Oh, isso é muito legal da parte deles. — Eu disse. — Acho que vamos ter<br />

de sobreviver sem você por uma semana.<br />

Ela assentiu seriamente. Ainda não tinha notado meu sopro de sarcasmo, ou<br />

tinha decidido ignorá-lo. — De qualquer forma, acho que vou dizer oi para Ford<br />

rapidinho. Deixá-lo saber como o smoking está bonito nele. — Seu sorriso se<br />

tornou predatório. — Só entre nós, ele parece ainda melhor fora daquilo.


Eu segurei uma carranca. Será que ela e Ford haviam transado antes? Por<br />

alguma razão eu duvidava disso - mas sua tentativa de blefe me irrita mesmo<br />

assim. Estava cansada de navegar com vários quilos de indireta que despejava. Ela<br />

claramente não estava tentando fazer amigos com uma conversa de garotas. Ela<br />

queria arrancar alguma reação de mim. Qual a reação, não sabia.<br />

Precisava parar de analisar as besteiras dela e apenas sair dali. Meu prato<br />

finalmente estava vazio e eu não estava interessada em assistir Celeste pendurada<br />

em Ford. — Acho que vou descansar esta noite. — disse. — Vejo você quando<br />

voltar.<br />

— Tchau. — respondeu por cima do ombro, já a caminho da mesa de Ford.<br />

Joguei meu prato no lixo e entrei na casa escura. Uma vez na segurança do<br />

meu quarto, tirei meu vestido de dama de honra e despenquei na cama. Por apenas<br />

um minuto encarei as madeiras do teto arredondado.<br />

Dormir com meu meio-irmão... o que diabos tinha pensado? Claro, eu quis<br />

isso e ainda fiz. Não podia negar isso. Mas agora que estava um pouco afastada da<br />

situação, percebi que eu tinha desviado de uma bala. Meus hormônios tinham me<br />

deixado temporariamente insana, isso era tudo. Isso nunca teria acontecido se eu<br />

passasse um tempinho a mais só comigo mesma.<br />

Falando nisso, nunca conseguiria dormir sem algum alívio. Suspirei e deixe<br />

minha mão rastejar para baixo. Quando fechei os olhos, senti as mãos de Ford na<br />

minha pele, as tiras ao redor dos meus pulsos onde sua gravata de seda havia se<br />

mantido. Corri minha língua sobre os lábios, ainda inchados de seus beijos<br />

poderosos.<br />

Mas congelei, dedos deslizando para a parte superior da minha calcinha, ao<br />

baques surdos de passos. Surgiram nas escadas, aproximando-se e então parou na<br />

minha porta por um breve instante antes de continuar. Acho que Ford teve o<br />

suficiente de Celeste, pensei. Ele também tinha descrito nosso encontro como um<br />

erro, ou...<br />

Minha mente se encheu com a imagem de Ford na sua própria cama,<br />

fazendo o que eu estava prestes a fazer, e algo ruim em meu ventre doía com<br />

desejo.<br />

Este ia ser o verão mais longo da minha vida.


a<br />

Após um café da manhã antecipado - Celeste foi liberada e nossos pais<br />

foram para Napa Valley. Eles estariam excursionando as vinhas por uma semana,<br />

ficando numa vila perto da adega, onde se conheceram. Ford e eu teriamos o lugar<br />

só para nós.<br />

Ainda comendo aos poucos o último dos meus ovos mexidos, limpei o<br />

batom de Mamãe da minha testa onde tinha me dado o beijo de despedida. Esta<br />

casa era muito grande em um bom dia; agora, com apenas duas pessoas fazendo<br />

barulho, seus corredores vazios pareciam cavernoso.<br />

Espiei Ford na mesa através da ampla sala de jantar. Ele tinha devorado sua<br />

comida, mas ainda continuava na mesa. Ele me viu o olhando e encontrou meus<br />

olhos com um olhar frio, indiferente. Rapidamente olhei de novo para minha<br />

comida. Ele ia mencionar a noite passada? Eu queria?<br />

Sem esperar para descobrir, levantei-me e fui até à cozinha. Precisava parar<br />

de me enlouquecer e tirar Ford da minha mente. Enquanto enxaguava meu prato e<br />

o arrumava na máquina de lavar, tentei pensar em como poderia me manter<br />

ocupada. Não queria sair com os peões, e eles tinham seu próprio trabalho para<br />

fazer de qualquer jeito. Talvez pudesse fazer uma turnê na fazenda. Bem, não nela<br />

toda - quarenta mil hectares parecia um inferno de enorme - mas podia lidar em<br />

seguir uma cerca por algumas horas. Sem alguma idéia melhor, decidi fazer isso e<br />

comecei a vasculhar a geladeira pelos acompanhamentos de um sanduíche.<br />

Passos se aproximaram por trás de mim. — O que está fazendo? — Ford<br />

perguntou.<br />

Sem virar, resmungei. — Fazendo um sacola de lanches. — Droga, por que<br />

tinha dito isso? Agora teria que explicar o porquê, e ele podia perguntar onde eu<br />

estava indo.<br />

Mas sua única resposta foi. — Não use a maionese. Ela vai te fazer passar<br />

mal, se estiver andando ao sol o dia todo.


Isso me fez olhar para trás onde se inclinou contra o batente. Acho que ele<br />

podia perceber que queria ficar sozinha... ou talvez simplesmente não desse a mínima<br />

no que ando fazendo. De qualquer forma, não devia ter esperado uma mãe de<br />

terceiro grau. — Você quer vir? — As palavras saíram antes que pudesse pensar.<br />

Ele empurrou a cabeça dele. — Agora que o maldito casamento finalmente<br />

acabou, não posso adiar o trabalho por mais tempo. — Enquanto saia da cozinha,<br />

ele comentou: — Você devia se curvar mais vezes.<br />

Eu resisti ao impulso de jogar o frasco de mostarda nas costas dele.<br />

Lá fora, não havia nuvens, mas uma brisa morna carregava o cheiro terroso<br />

de chuva antes do amanhecer. Saí na grama alta e amarelada por uma cerca que<br />

mal podia avistar. Ocasionalmente o som distante de cascos flutuou entre as<br />

colinas, mas as únicas criaturas que vi na minha caminhada foram alguns roedores<br />

da pradaria com cauda preta. Joguei minhas cascas de pão quando parei para<br />

almoçar. Eles se aproximara apenas o suficiente para pegar seus prêmios, então<br />

correram de volta ao subsolo.<br />

O sol subiu e desceu do céu novamente. Quando estava a um polegar de<br />

largura acima do horizonte, percebi que tinha ficado fora provavelmente por muito<br />

tempo. Me apressei em voltar.<br />

Assim quando o sol caiu, meus pés encontraram a passarela de tijolo,<br />

levando para a casa. A luz brilhava da janela da cozinha, uma olhar acolhedor para<br />

a face sombria da mansão. Quando abri a porta da frente, o rico cheiro de alho,<br />

orégano e tomates me cumprimentou. Encontrei Ford na cozinha, mexendo uma<br />

enorme panela de sopa vermelha borbulhante.<br />

— Você fez isto?<br />

— Quem mais está aqui? — ele respondeu, sem pausar a mão.<br />

Me aproximei para inspecionar o pote: moluscos, caranguejos, ostras e<br />

mexilhões. Minha boca encheu de água. Viver na Califórnia e me deu um gosto por<br />

frutos do mar, e sempre que visitei a Mamãe em Napa, ela sempre nos convidou<br />

para o melhor cioppino 2 da cidade. Quando mesmo mencionei que gostava disso?<br />

Quanto custava o marisco fresco em Montana? Mais surpreendente de todos, por<br />

que Ford estava sendo tão atencioso? Mas o que saiu da minha boca foi: — Não<br />

sabia que você sabia cozinhar.<br />

2 Sopa de pescados e mariscos


Ele olhou para cima e bufou. — Alguém tinha. Consegui uma boa parada no<br />

trabalho, então pensei em fazer o jantar pelos os próximos dias.<br />

Eu sorriu para ele. — Um jantar que acontece de ser uma das minhas<br />

comidas favoritas.<br />

— Você não é a única californiana no mundo. Eu cresci no Vale do Silício.<br />

Vamos misturar isso. — Entrei em seu lugar enquanto ele começava a pegar as<br />

taças e os copos de vinho dos armários.<br />

— Isso é uma vergonha. — disse. — E eu aqui pensando que você tinha<br />

decidido a ganhar o meu coração através do meu estômago.<br />

— Claro que não. Nunca ouviu falar 'doces são elegantes, mas licor é mais<br />

rápido'? É por isso que... — Ele puxou uma garrafa de Riesling da geladeira. — Eu<br />

trouxe isto da adega. Nossos pais não deveriam ser os únicos a ganharem um bom<br />

vinho bem agora.<br />

Estamos flertando? Outra coisa que não teria esperado de Ford. Ele parecia<br />

mais o tipo "Então você quer foder ou o quê?". Não exatamente tão rude, mas<br />

rápido e simples. Ele não tinha tempo de jogar jogos de amor — e com sua<br />

aparência de cair o queixo — não precisava.<br />

Isso não é apenas a razão disto ser estranho, me forcei a lembrar. Meioirmãos<br />

normais não estariam falando um com o outro assim. Ou um jantar chique a<br />

dois, também.<br />

De alguma forma, porém, não me obriguei a pensar muito nisso. Isso era<br />

divertido. Eu merecia desfrutar de minhas últimas férias de verão com meu novo<br />

meio-irmão. O fato de que tinhamos quase transado ontem era pura coincidência.<br />

Se isso me trouxe aqui, então eu seria uma pessoa fazendo coisas estranhas.<br />

Que se foda, pensei e me servi um copo de vinho.


Capítulo 10<br />

l<br />

Ford<br />

— Você trouxe um biquíni? — perguntei a Emma quando terminamos de<br />

lavar e secar os pratos.<br />

Nós tínhamos conversado durante todo o jantar e limpeza da cozinha. Bem,<br />

também flertamos muito, nunca tinha feito isso desde então... Não que eu me<br />

lembrasse. Foi perturbador em alguns níveis, mas algo em relação a Emma<br />

somente fazia com que eu me soltasse.<br />

— Biquíni?<br />

Ela olhou para mim ao fechara porta do armário. Parecia tão incrível... em<br />

sua saia rosa e blusa branca. Era simples, mas feminina e isso tinha mantido meu<br />

pau duro durante todo o jantar, bem isso e sua risada. Merda. O que estava<br />

acontecendo comigo? Encontrei seu olhar determinado e consegui recuperar meu<br />

controle novamente.<br />

— Sim, um biquíni, para o Ofurô.<br />

Ela mordeu o lábio inferior. — Tem certeza que é uma boa ideia?<br />

— Por que não seria?<br />

Ela deu de ombros. —Eu não sei... só pensei que...<br />

Interrompendo, eu disse. — Emma, não pense tanto. Vá colocar seu biquíni.<br />

Ela levantou seu lindo queixo um pouco eabriu a boca, provavelmente para<br />

discutir, mas fechei o espaço entre nós e levei meu polegar para seus lábios.<br />

— Por favor. — eu disse, ela engoliu e assentiu lentamente.— Boa garota.<br />

Emma saiu da cozinha, olhando para mim por cima do ombro, enquanto<br />

caminhava. Abri a porta do armário e fechei depois de pegar duas taças. Voltandome<br />

para o refrigerador retirei uma garrafa de vinho branco,o meu favorito, esse<br />

era mais doce que o vinho que degustamos no jantar... e perfeito para a sobremesa.<br />

Subi para o quarto e vesti minha sunga, lutando contra o desejo de ir mais devagar,<br />

quando passei pela porta do quarto de Emma. Fiquei me perguntando se ela estava


indecisa sobre a escolha de seu biquíni. Podia imagina-la parada em frente<br />

apenteadeira se perguntando qual deveria escolher. Eu estava contando com sua<br />

boa vontade para me agradar. Ela não percebeu isso, mas suas tendências naturais<br />

para submissão estavam lá, apenas esperando para ser explorada.<br />

Bati na porta do quarto de Emma e fui até o terraço para tirar a tampa da<br />

banheira de Ofurô, a água já estava borbulhando, acendi as pequenas luzes brancas<br />

penduradas na pérgola 3 de madeira e comecei a derramar o vinhoquando ela<br />

apareceu, usando um roupão branco felpudo.<br />

Seu olhar de surpresa podia ter me irritado antes, mas hoje... esta noite eu<br />

estava vendo um lado diferente dela.<br />

— Os cowboys podem ser românticos também, Emma.<br />

Ela arqueou as sobrancelhas. — Não sabia que o romance fazia parte do<br />

acordo.<br />

Dei um passo em sua direção para encara-la de frente, envolvendo minha<br />

mão no cinto de seu roupão — Se você quiser que seja assim.<br />

Ela me estudou e aparentemente viu algo para sua satisfação, porque<br />

assentiu com a cabeça. Suas mãos escorregaram para o cinto o desatando, os lados<br />

do roupão caíram revelando um pequeno biquíni turquesa. Um sorriso estendeu-se<br />

por meu rosto.<br />

— Você é uma boa menina.<br />

O encolher de ombros dela não era apenas cativante, fez seus seios saltarem<br />

deliciosamente. Quando sua bochecha corou, estendi minha mão, ela segurou e<br />

subiu as escadas para o ofurô. Pisando com cuidado na água, afundou-se até que<br />

apenas seus ombros e o topo de seus seios estavam visíveis. Eu a segui sentando<br />

um pouco afastado. Quando sua expressão tornou-se mais dura peguei as taças de<br />

vinho na borda e comecei a me aproximar.<br />

— Você faz isso frequentemente, para se exibir para as mulheres? Porque<br />

isso parece uma cena de sedução bastante praticada.<br />

O que? Bastante praticada?<br />

3


Seu tom tornou-se mais nítido quando acrescentou. — Fezisto muitas vezes com<br />

Celeste?<br />

Coloque os copos de vinho na borda da banheira com um tilintar. — O que<br />

diabos está querendo dizer?<br />

— Isto. — ela estendeu as mãos fora. — O vinho, as luzes e as estrelas.<br />

Não pude segurar uma risada. — As estrelas? Eu não posso levar o crédito<br />

por elas, querida.<br />

— Você sabe o que quero dizer.<br />

Ela lutou tanto para manter sua expressão dura que nem parecia queestava<br />

prestes a rir. Me aproximei um pouco mais até que minha coxa tocou a dela,<br />

estendi e tirei de seu rosto alguns fios de cabelo.<br />

— Eu nunca cozinhei para uma mulher antes. — meu tom de voz era suave,<br />

quase igual ao tom que usaria com um cavalo assustado.<br />

— Eu pensei que estava cozinhando para você, não para mim. — ela<br />

respondeu.<br />

— Você acha que eu iria realmente ter todo esse trabalho para cozinhar<br />

para mim?<br />

Ela deu de ombros e seus seios levantaram a água por um segundo antes<br />

que a espuma os cobrissem novamente. Minha atenção concentrou-se em uma<br />

única parte de mim, porque sou um homem de sangue quente, e todo o sangue do<br />

meu corpo estava no meu pau, antes mesmo que pudesse encara-la.<br />

— E Celeste? — ela perguntou.<br />

Tudo que pude fazer foi negar com a cabeça. — Celeste nunca fez parte da<br />

exibição, como você mesma disse. Eu sei que ela é uma mulher gananciosa, só está<br />

interessada por mim por eu ser filho de um rico fazendeiro. Além do mais, não sei<br />

como você pode pensar que eu poderia olhar para ela quando tenho você. Você é<br />

tudo quevejo, Emma. Não importa se eu estou olhando para você ou não. Você está<br />

em toda parte, o tempo todo. Sob a minha pele, no meu sangue. — acariciei meu<br />

polegar sobre sua bochecha, ainda espantado com o quão suave era sua pele.<br />

— Quando estou deitado na cama à noite, tão desesperado por um alívio<br />

porquejuro que consigo sentir você só deseus pés tocarem o fim do corredor. E


quando estou quase quebrando minha mão ao redor do meu pau até gozar<br />

chamando o seu nome.<br />

Sua boca abriu-se em um pequenoO.<br />

— Essa sua boca me dá ideias, Emma. Fico pensando como me sentiria bem<br />

com seus lábios ao redor do meu pau.<br />

Suas pupilas dilataram e sua respiração ficou fraca. Com certeza ninguém<br />

foi tão sincero com ela até hoje, mas teria que se acostumar com isso, porque eu<br />

pretendia dizer-lhe todas as coisas sujas que queria fazer com ela.<br />

Inclinei-me para mais perto. — Não é assim, Emma? Você gosta quando eu<br />

te digo o que quero fazer com você? Isso não faz você ficar molhada? "<br />

Ela engoliu, mas não respondeu. Mas isso não adiantaria nada.<br />

— Espero uma resposta, quando faço uma pergunta, querida.<br />

Eu ainda não sabia quando tinha decidido que não ia trata-la como meu<br />

animal de estimação, como tratei todas as outras que tinha tomado, mas algo em<br />

mim tinha mudado e esta mulher era a causa disso.<br />

Ela assentiu com a cabeça.<br />

— Fale, Emma.<br />

— Sim, fico molhada quando você me diz que quer meus lábios em torno de<br />

seu pau.<br />

Porra. Eu. — E fico duro como uma pedra de ouvir você dizer isso, querida.<br />

Lembra-se de sua palavra de segurança?<br />

— Rosa. — ela respondeu.<br />

— Boa garota. Você se lembra quando deve usá-la?<br />

— Quando algo for demais para suportar.<br />

— Muito bem.<br />

Suas palavras trouxeram a minha mente a lembrança de como isso<br />

começou, a linda cor que tinha a ver com seu mamilo, que eu queria ver agora.<br />

Porra, eu queria mais do que vê-los, os queria na minha boca debaixo da minha<br />

língua, entre meus dentes.<br />

Abaixei minha cabeça e rocei meus lábios ao longo de sua mandíbula,<br />

arrepios triunfante percorreram através de seu corpo. Gostei de saber o quanto eu<br />

lhe afetava e como estava completamente envolvida no momento.


— Ajoelhe-se para mim, querida. Quero ver esseslindos seios. — ela abriu<br />

os olhos, e não consegui segurar o meu sorriso. Mesmo com o choque,<br />

obedeceuminha ordem. Murmurei outra palavra. — Boa menina. —e alcancei as<br />

amarras de seu biquíni. — Estou feliz que você tenha decidido seguir as ordens e<br />

usar o biquíni ao invés de um maiô.<br />

Ela ficou boquiaberta novamente. — Como sabe eu estava pensando em<br />

usar um maiô?<br />

— Porque mesmo que tenhamos nos conhecido agora, sei o que você pensa<br />

e como você reage.<br />

Uma vez que tive o nó desfeito, puxei cuidadosamente as tiras para revelar<br />

seus seios, cada centímetro de pele era um exemplo de total perfeição, porra.<br />

Toquei em ambos os seios, e abaixei minha boca roçando meus lábios.<br />

Seu peito subiu e abaixou quando alcancei o mamilo direito, e suas palavras<br />

saíram um pouco instáveis. — O que você faria se eu tivesse desobedecido?<br />

Levantei meus olhos com minha língua ainda na aréola e mais tremores<br />

acumularam-seno corpo dela. Retirei-me por um centímetro, não a liberando de<br />

minhas mãos<br />

— Eu colocaria você sobre meu joelho e deixaria sua bunda vermelha e faria<br />

exatamente o que eu vou fazer agora,você vai gozar mais duro do que já gozou em<br />

toda sua vida. — fiz uma pausa, logo que havia descrito seu castigo, decidindo que<br />

deveríamos conversas, Emma e eu estávamos esperando por isso.<br />

— Esse provavelmente é um bom momento para discutir limites, querida.<br />

— Limites? — ela perguntou.<br />

— Sim. Seus limites rígidos. Coisas que você não quer tentar.<br />

Ela mordeu seu lábio inferior, e parei de pensar por um momento. Puta merda,<br />

meu pau ficou ainda mais duro, então decidi ajudá-la.<br />

— Tenho certeza de que você já é boa com restrições.<br />

Ela assentiu com a cabeça. — Sim. — eu sabia que nós dois podíamos<br />

recordar a maneira como amarrei as mãos da prostituta.<br />

— E um pouco de espancamento moderado.<br />

Ela assentiu com a cabeça mais uma vez com o olhos arregalados.<br />

— O que me diz de jogo anal? —porra, diga que sim.Essa bunda implora<br />

para ser fodida desde o primeiro dia que a vi.


— Eu... Nunca fiz nada assim, mas estou disposto a tentar...<br />

Essa é minha garota. Dei um aceno leve com a cabeça. — Bom. Se alguma<br />

coisa acontecer, nós discutiremos isso primeiro. Quero que se sinta confortável<br />

para experimentar coisas novas comigo.<br />

Ela respirou fundo quando fechei minha boca em seu mamilo sugando,<br />

lambendo e mordiscando, fechei meu polegar e o indicador sobre o outro, rolando<br />

entre meus dedos até começou a se esfregar e contorcer contra minha coxa,<br />

desesperada para o contato que iria fazê-la gozar.<br />

Os jatos da hidromassagem explodiam atrás e uma ideia borbulhou junto<br />

com a água cheia de espuma. Agarrei Emma por seus quadris e a puxei.<br />

— O que você está...<br />

— Confie em mim. Você vai amar isso.<br />

Apertei alguns botões no painel de controle antes de nos posicionar, então<br />

nós dois enfrentamos um dos jatos como uma vibração intensa. Puxei a tira<br />

desatando o nó da parte de baixo de seu biquíni, jogando-o na borda, em seguida<br />

posicionei Emma bem no nível da pressão da água para que atingisse diretamente<br />

em sua buceta.<br />

Seu protesto foi silenciado quando minha mão escorregou em torno de seus<br />

quadris e cobriu sua bucetado contato com o jato de água. A finalidade de meus<br />

movimentos devem ter atordoado ela, porque murmurou. — Oh, merda.<br />

— Vou cuida de você, querida. Eu disse que eu ia fazer você gozar mais duro<br />

do que já gozou em toda a sua vida. —disse com um sussurro em sua orelha.<br />

O jato explodiu atingindo-a novamente, e abri com meus dedos os lábios de<br />

sua buceta, deixando o pulso suave da água atingir seu clitóris.<br />

— Oh merda. — Emma respirou, contorcendo-se. — Oh merda. Eu não<br />

posso.<br />

— Sim, você pode.<br />

Aágua diminuiu, e deslizei dois dedos sobre seu centro, antes de mergulhalos<br />

para dentro dela. Baixando meus lábios sua nuca, arrastei meus dentes ao longo<br />

de seu ombro.<br />

— Ah — o resto de tudo o que ela estava prestes a dizer foi abafado por um<br />

outro pulso de água contra seu clitóris, ela gemeu e arqueou o corpo.


Os músculos de sua buceta contraíram-se contra meus dedos por um<br />

momento.<br />

Controlar o orgasmo de Emma foi a melhor coisa que já fiz na minha vida.<br />

Quando seu corpo parou de tremer,deslizei novamente para sentar-me e a<br />

aconcheguei em meu colo. Não pude deixar de pensar o quão bem ela estava em<br />

meus braços, tê-la assim seria a maneira mais perfeita de terminar todas as noites.


Capítulo 11<br />

l<br />

Emma<br />

Eu não podia acreditar. Estava presa em uma banheira de ofurô,me<br />

desintegrando. A ereção do meu meio-irmão pressionando contra a fissura da<br />

minha bunda, e seus lábios murmurando palavras sujas, na minha orelha. Quem<br />

era essa mulher na qual eu tinha me transformado? Ela vivia para o prazer, seus<br />

nervos cantarolando sensualmente e totalmente sem pudor, com cada<br />

movimentocausado pelo erotismo. Essa mulher se contorcia nos braços de Ford,<br />

para enfiar a mão dentro de sua sunga e acariciar aquele pau enorme e duro,<br />

apenas para senti-lo pulsando em sua mão, o imaginando em outro lugar.<br />

Nesse momento percebi... o quanto amava isso. Me sentia lasciva,<br />

gananciosa e mais viva do que nunca. Os meus músculos ainda tremiam com as<br />

consequências do meu orgasmo, mas isso só tinha aguçado o apetite. Não me<br />

importava mais com o fato de Ford ser meu meio-irmão. Tudo o que importava era<br />

a nova Emma que ele me fez descobrir,e a sua disposição para satisfazê-la.<br />

— Mas já? — ele disse baixo. — Você deve estar muito reprimida.<br />

Merda, eu estou. Estava desesperada para colocar minhas mãos, nesta coisa<br />

enorme desde o primeiro dia. O tom, possessivo em sua vozme fez estremecer. Se<br />

era para ele falar desse jeito, eu queria deixar Ford me dominar. Queria que me<br />

deixasse exausta como se eu fosse seu brinquedo.<br />

— Bem... isso soa como algo que posso cuidar. Segure na borda da banheira.<br />

Com uma pequena relutância, soltei seu pau e fiz como ordenou. Meus<br />

dedos encontraram um pacote de camisinha. Esse arrogante filho de uma...! O calor<br />

suave percorreu por minha espinha, e não pude deixar de rir.<br />

— Você presumiu que transaríamos aqui?


— Como eu disse, querida, eu te conheço. — ele enrolou a mão no meu<br />

cabelo e inclinou minha a cabeça para trás, o suficiente para expor a minha<br />

garganta. A antecipação sacudiu através de mim. — Normalmente eu prolongaria<br />

isso, diria para ser paciente, mas já estou cansado de esperar para ter você.<br />

De repente, ele sentou-se, me puxando para seu colo. Contorci para me orientar e<br />

montei seus quadris.<br />

— Foda meu pau, Emma. Mostre o que você pensa quando está sozinha à<br />

noite.<br />

Não precisava dizer duas vezes. Me atrapalhei para abrir o preservativo,<br />

rolei em seu pau e me afundei com um grito. Ele era enorme, fiz um som<br />

desesperado, como se tivesse me esforçando para caber tudo dentro.<br />

—Tome um tempo para se adaptar. — ele disse, com os dentes cerrados.<br />

— Droga, você é apertada. Essa buceta está estrangulando meu pau. Vá devagar,<br />

querida.<br />

Como ordenado, leveimeu tempo, puxando uma respiração profunda e<br />

relaxando meus músculos internos, para que meu corpo pudesse aceitar a invasão,<br />

que estava desejando desesperadamente. Uma vez que ele estava totalmente<br />

enterrado, soltei um grito de alívio, ao mesmo tempo ouvi ele amaldiçoar. Devagar,<br />

subi e desci encontrando meu ritmo. Apesar de todas as minhas preocupações -<br />

com os nossos pais descobrindo o nosso segredo, e tudo que aconteceu com<br />

Celeste - em relação a este verão, deixei ele enfiar seu pau gigante em mim, o<br />

montando com tudo o que ele tinha.<br />

Finalmente, eu podia ter minha dose de Ford. Não havia outro lugar que<br />

precisávamos estar agora, ninguém nos interromperia ou saberiam onde tínhamos<br />

ido. Novamente, me afundei em seu comprimento o quanto pude, apertandosuas<br />

pernas com as minhas. Minhas mãos molhadas se agarram em seus ombros largos<br />

e musculosos. Seu cabelo preto colado a testa com água e suor. Sua mão molhada<br />

subiu para traçar meu maxilar e pescoço, e minha pulsação aqueceu, causando<br />

arrepios. Nossos corpos emitiam vapor, como se estivéssemos fervendo a água da<br />

banheira em torno de nós.<br />

— Goze para mim, Emma. — Ford disse. —Você já está perto, não está? Sua<br />

buceta doce esta apertando meu pau... me sinto tão incrível.


Incapaz de falar, respondi com um gemido alto, cadenciado. Minhas coxas<br />

tremiam enquanto subia e descia, atacando seu pau direto nesse ponto perfeito<br />

dentro de mim. Ele agarrou meus quadris para me mover mais rápido. Um ruído<br />

como soluço rasgou minha garganta. Parecia tão bom, tão intenso que beirava a<br />

dor. Independente se me agarrasse ou soltasse, receava que ia desmaiar de<br />

qualquer maneira.<br />

— É isso, querida. Você pode fazer isso.Me deixe sentir você gozar.<br />

A boca dele desceu para mordiscar e chupar meu pescoço, sem vacilar em<br />

seus impulsos. Todo o meu ser estava derretido e tenso, tão perto que não podia<br />

parar agora, ah meu deus...<br />

O prazer esmagador me abalou. E cai em cima de Ford, meus sentidos<br />

lentamente sumindo, tremendo com a sensação dele pulsando dentro de mim. Mas<br />

ele não me deixou descansar por muito tempo.<br />

— Eu não ainda terminei com você. — ele soprou na minha orelha. Seus<br />

braços escorregaram ao meu redor, um atrás de meus ombros e um sob os joelhos.<br />

— O que diabos você está...<br />

Gritei quando ele me levantou em um movimento suave, e saiu da banheira<br />

caminhando pelo terraço como se eu não pesasse nada.<br />

— Eu quero você na minha cama, — respondeu, — e isso é o que eu vou ter.<br />

Descansei minha bochecha contra seu peitoral perfeito, considerando<br />

morder seu mamilo, então decidi aproveitar o passeio ao invés de me arriscar e ele<br />

me soltar. A água escorria de nós deixando um rastro por todo caminho da escada,<br />

e pelo corredor até o banheiro. Ford me colocou no chão suavemente, com cuidado<br />

para para não escorregar e ligou o chuveiro. Eu admirei seu estreito traseiro<br />

esculpido, quando entrou no spray fumegante. Ele se virou, parecendo divertido ao<br />

me verolhando.<br />

— Venha. — disse. — Precisamos tirar o cloro.<br />

— Oh, claro. Isto definitivamente não é uma desculpa para me manter nua e<br />

toda ensaboada. — mesmo dizendo isso, entrei no chuveiro atrás dele.<br />

— Desde quando preciso de uma desculpa para fazer alguma coisa para<br />

você?<br />

Ele deslizou as mãos sobre minhas costelas, provocando cocegas com os<br />

dedos no lado dos meus seios, todo caminho abaixo até apertar minha bunda. Sua


oca quente perseguiu as gotas de água sobre minha clavícula,deixando meus<br />

mamilos duros.<br />

Em um impulso perverso, agarrei o pulso dele. Segurei seu olhar intenso<br />

enquanto levantava sua mão, para os meus lábios. Primeiro beijei a ponta de dois<br />

dedos, então levei na minha boca, minha língua deslizou e voltou lentamente,<br />

movendo minha cabeça propositalmente para cima e para baixo. Os olhos dele<br />

queimaram e sua respiração acelerou. Sua boca se curvou em uma expressão quese<br />

parecia com um sorriso; mas na realidade, era um flash predatório dos dentes,<br />

prontos para me dominar num instante. Eu queria andar ainda mais fundo na<br />

caverna do tigre.<br />

Meu desejo logo foi concedido. — Você está limpa o suficiente. — disse<br />

Ford, mal contendo o desejo em sua voz áspera. — Mas eu vou consertar isso<br />

agora.<br />

Ele desligou o chuveiro e me arrastou para o outro lado do corredor.<br />

Eu nunca tinha entrado em seu quarto, apenas tive um vislumbre através da<br />

porta entreaberta, e era enorme quase como uma suíte master. Mas que tivesse a<br />

chance de olhar em volta,Ford me jogou em cima da cama.<br />

— Eu quero fazer você gozar até que esqueça seu nome. — ele mordeu meu<br />

pescoço e choraminguei. — Até que me peça para parar.<br />

Não podia imaginar isso acontecendo novamente. Eu já tinha gozado duas<br />

vezes, mas então, meu apetite parecia sem fim. Como se pudéssemos transar até o<br />

amanhecer, e isso nem sequer fizesse diferença.<br />

— Ah, sim. — ofeguei.— Depressa!<br />

De repente Ford mudou seu peso, prendendo meus braços e pernas.<br />

— Está me dando ordens?— sua expressão tornou-se perversa. — Talvez eu<br />

devesse apenas amarrá-la e provocá-la por um tempo. Uma ou duas horas.<br />

Eu tremi em desespero. O pensamento de me ser negado, me fazia sentir<br />

simultaneamente frenética e ainda mais excitada.<br />

— Não estou tentando lhe dizer como fazer seu trabalho. Só quero que faça<br />

isso rápido. — contorci meus quadris, para dar ênfase.<br />

Com um sorriso sombrio, ele empurrou meus joelhos até meus ombros.<br />

— Eu vou deixar isso passar, querida. Só desta vez.


Ele se inclinou sobre o criado-mudo para pegar outro preservativo. Fez um<br />

trabalho rápido de rasgar o pacote e rolar em seu pau. Assim que se alinhou com a<br />

minha entrada, os meus gemidos ecoaram no alto do teto, quando ele finalmente<br />

deslizou para dentro. Ele me penetrava mais duro desta vez. Mais rápido. Como se<br />

não conseguisse se segurar.<br />

Nossas bocas desempenharam um beijo confuso e desesperado. Me agarrei<br />

aos músculos de suas costas, enquanto ele batia sua pélvis impiedosamente contra<br />

meu clitóris. Ele era tão grande e tão grosso, que parecia bater em todos os lugares<br />

ao mesmo tempo, iluminando o centro de prazer que eu mal sabia que tinha. No<br />

momento que recuperei meu folego, Ford se retirou quase inteiramente e<br />

mergulhou de volta, tirando o ar dos meus pulmões novamente. Ecada vez que<br />

fazia esse movimento, massageava meu ponto G.<br />

— Isto é o que imaginei cada vez que olhei para você. — ele murmurou.<br />

—Masturbei todas as noites... às vezes tive que fugir no meio do dia, porque eu<br />

tinha visto seu lábios deslizarem sobre sua colher no café da manhã, ou um leve<br />

vento levantando sua saia.<br />

Ford diminuiu por um momento, quebrando o nosso beijo para se colocar<br />

de joelhos novamente empurrando ainda mais duro em um novo ângulo. Eu<br />

choraminguei, e minhas mãos caíram agarrando os lençóis. Tão profundo, tão<br />

completo, atingindo exatamente onde eu precisava.<br />

— Imaginei você exatamente assim. Seus tornozelos em torno de meus<br />

ombros e seus peitos deliciosos saltando enquanto te fodo até perder seus<br />

sentidos. — ele agarrou meus quadris com mais força com uma mão e esfregou<br />

meu clitóris com a outra. — Quando você não puder andar amanhã, vou mantê-la<br />

na minha cama e fazer tudo de novo.<br />

Fiquei desorientada e minha pele se intoxicou. Eu queria sentir mais do que<br />

o queimar sutil atrás do prazer. Queria lembrar-me dele dentro de mim cada vez<br />

que me movesse na manhã seguinte. O puro prazer pulsou concentrando-se em<br />

minha barriga, expulsando todos os outros pensamentos. Um ruído selvagem saiu<br />

do fundo no meu peito. Eu estava tão dolorosamente perto; que a qualquer<br />

momento, me perderia. Vamos Ford me faça desmontar completamente.


Nossos olhos se fixaram. Aquele olhar ardente irresistível, determinado a<br />

me possuir, foi o que finalmente me empurrou sobre a borda. Arqueei minhas<br />

costas com um grito, enquanto onda apósonda de espasmos me fazia estremecer.<br />

— Porra, Emma. — Ford rosnou na dobra do meu ombro, sua barba por<br />

fazer arranhando meu pescoço. Ele deu algumas estocadas mais vigorosas,<br />

instáveis, e se acalmou.<br />

Por vários momentos apenas ofegamos. Me senti desossada e<br />

deliciosamente dolorida. Após essa avalanche de orgasmos, acho que fui enganada<br />

anteriormente, meu tesão foi finalmente superado pela exaustão.<br />

Por fim Ford desembaraçou nossos corpos e se sentou,me atirando um meio<br />

sorriso satisfeito. A satisfação de um trabalho bem feito... emvários sentidos. Eu<br />

provavelmente parecia tão completamente fodida como me sentia.<br />

— Quer mais uma rodada? — ele disse finalmente.<br />

— Cala a boca. — gemia. Eu teria jogado um travesseiro nele se tivesse<br />

energia.<br />

— Você parece disposta. — a pior parte foi que eu estava completamente<br />

certa, de que ele não estava brincando sobre a segunda rodada.Ele balançou as<br />

pernas fora da cama. — Se você já está cansada, podemos pegar de onde paramos<br />

mais tarde.<br />

Gostei da bela vista que tive enquanto ele caminhava para o meu lado, e nu<br />

me ofereceu o braço.Surpresa com o gesto cavalheiresco, quando ele me puxou<br />

paraficar em pé. Apesar de suas palavras gentis na banheira, pensei em hoje como<br />

uma coisa independente. Não passou por minha cabeça como eu ou Ford, íamos<br />

nos sentir depois desse alívio rápido. Claro que isso não passou nem perto de ser<br />

desagradável, pelo contrário.Eu acho que estou bem em ter um amigo de foda tão<br />

talentoso como Ford, mesmo que seja meu meio-irmão.<br />

Percebi que ainda estava segurando o braço de Ford. E, mais precisamente,<br />

que ele me observava.<br />

— Você está bem para andar sozinha? —ele perguntou.<br />

Rapidamente soltei, me sentindo auto consciente. — Sim, estou bem.<br />

Eu não era uma flor delicada, que não aceitava um pouco de jogo duro. E<br />

não queria abusar da hospitalidade no quarto dele. Claro, isso era mais que um


caso de uma noite, mas uma noite foi tudo o que tivemos até agora. Mesmo a ideia<br />

de Ford me escoltando no corredor me fez senti muito íntima.<br />

Ele fez um barulho como se não tivesse acreditando no que tinha acabado<br />

de acontecer. — Então vou ver você amanhã.<br />

Isso resolveu as coisas. Ele não tinha me expulsado, mas também não me<br />

convidado para passar a noite. Não era exatamente uma surpresa, conhecendo<br />

Ford, e eu estava bem com isso. Afinal, nenhum de nós tinha ido para este jogo<br />

para abraços e flores. Nosso acordo funcionaria melhor do jeito que estava. E o<br />

mais importante, se ficasse mais tempo, acabaria caindo em sua cama novamente.<br />

Eu não tinha certeza se meu pobre corpo poderia levar um 3º Round. Ou<br />

foram quatro até agora? Forcei a prestar atenção e dei a Ford um aceno<br />

concordando.<br />

— Vejo você amanhã. — disse enquanto ele se afastava.<br />

Fui para o meu quarto, orgulhosa por apenas cambalear um pouco, e<br />

desmaieiassim que bati a minha cabeça no travesseiro.


Capítulo 12<br />

l<br />

Ford<br />

No que diz respeito ao sexo eu nunca tinha ficado sem transar. E se alguém<br />

me perguntasse há algumas semanas, eudiria que minha vida sexual era perfeita.<br />

Mesmo nos confins de Montana, eu tinha uma variedade de mulheres para<br />

me manter entretido. Mas isso foi antes de Emma. Agora que a tive, não tinha<br />

certeza de que qualquer outra mulher, pudesse satisfazer meus desejos<br />

novamente. E francamente, se eu fosse o tipo de homem que ficasse nervoso por<br />

qualquer coisa, esse pensamento poderia ter feito isso. Somente mentiria e<br />

desfrutaria o tempo que tivemos na fazenda com os nossos pais fora.<br />

Não havia lugar mais belo na terra do que Montana na primavera. Havia<br />

uma razão para chama-la de ‘Estado do Céu Maravilhoso’ e em um dia como hoje,<br />

eu só queria ficar admirando o céu e o verde vibranteda floresta. O gado<br />

mugiaàcerta distância, enquanto aguardava por Emma junto aos dois veículos<br />

estacionadosentre a casa e o celeiro. Ontem, eu havia mostrado a ela a fazenda. Era<br />

impossível cobrir cada hectare, mas tinha montado ao longo de algumastrilhas<br />

principais. Fiquei surpreso quão bem ela tinha montado a cavalo, estava natural<br />

emuito sexy. Não havia nada que quisesse fazer mais do que soltar minha rédea,<br />

desmontar, arrastá-la para o chão e fodê-la até que perdesse o sentindo. Mas eu<br />

tinha avistado Griff no quadriciclo verificando o rebanho, e se aproximando da<br />

porteira. Não fui contra ter uma reunião, mas não queria a presença de Griff. O<br />

velho poderia ter um ataque cardíaco, e não queria ninguém caindo morto na<br />

minha frente.<br />

Por outro lado parecia estranho ter passado tanto tempo com Emma, além<br />

do fato de que aparentemente tinha desenvolvido um senso de hospitalidade. Mas<br />

Griff, parecia estarsuspeitando um pouco. Por isso hoje eu e Emma vamos para<br />

bem mais longe dos caminhos comuns, portanto usaremos os quadriciclos, eu tinha


um cooleramarrado na parte de trás do meu, então não haverá nenhuma<br />

necessidade de fazer nosso caminho de volta por um tempo.<br />

Virei para ver Emma saindo da casa. Porra, essa mulher usava uma calça<br />

jeans como ninguém. Eu não tinha dito muito a ela, exceto como se vestir, e sorri<br />

quando ergueu o queixo ao receber a minha ordem, mas cumpriu. Como ela se<br />

vestia como uma boneca, só podia imaginar a sequência de maldições que<br />

provavelmente saíram de sua boca. Seu cabelo louro balançava com cada passo<br />

atrevido, enquanto caminhava em minha direção.<br />

Eu neguei com a cabeça. — Eu avisei para prender o seu cabelo.<br />

Ela fez beicinho ansiosa para entrar no quadriciclo e sair, para que pudesse<br />

mostrar a outra surpresa que tinha preparado. Esperei até que ficou na minha<br />

frente, e vi o elástico em seu pulso, o puxei, agarreiseus ombros e a virei, antes<br />

alisei seu cabelo para trás em um rabo de cavalo e escorreguei o elástico em volta.<br />

Quando terminei, ela olhou para mim por cima do ombro, levantando as<br />

sobrancelhas.<br />

— Por que é tão bom nisso?<br />

Pensei que ela não iria gostar de ouvir que estava longe de ser à primeira<br />

vez que eu tinha tirado o cabelo de uma mulher de seu rosto... normalmente<br />

porque eu estava prestes a prendê-la de outra maneira. Decidi não responder, era a<br />

coisa mais sensata a se fazer. E também não estava pronto para explicarque com<br />

ela as coisas pareciam diferentes. Inferno, eu mal podia admitir. Isso não era nada<br />

mais do que uma pequena aventura de verão. Não podia haver nada mais que isso.<br />

— Eu pensei que estaria mais interessada, em eu ser bom com outras coisas.<br />

— falei diretamente em sua orelha. Ela estremeceu, e corri minhas mãos para<br />

baixo de seus braços. — Vamos sair então posso lhe mostrar.<br />

— Por que eu tenho a sensação que você não estáfalando sobre a fazenda?<br />

— ele sussurrou.<br />

— Porque você é uma garota inteligente.<br />

Me afastei e agarrei o capacete do assento do segundo quadriciclo, um<br />

pouco antes das grandes portas do celeiro deslizarem abertas com o sacudir das<br />

dobradiças.<br />

TJ saiu e nos estudou por um momento. — Você vai ficar fora por muito<br />

tempo, chefe?


— Até o jantar. Você pode segurar as pontas até lá?<br />

Ele assentiu com a cabeça, seus olhos correndo de cima a baixo apreciando<br />

o corpo de Emma. Meus dedos fecharam em torno doplástico rígido do capacete, e<br />

exercitei o meu controle. As palavras se mova vaqueiro,veio em minha garganta,<br />

mas a forcei para baixo. Eu tinha o direito de dizer, mas não pela razão que eu<br />

queria. Ainda assim, não podia ficar completamente calado.<br />

— O gado não vai se supervisionar, TJ.<br />

— Sim, senhor. —ele disse, antes de finalmente arrastar os olhos de Emma<br />

e voltar para o celeiro.<br />

Emma estava examinando o quadriciclo, então não tinha notado a situação.<br />

Mais uma vez, um sorriso se espalhou sobre o meu rosto; ela estava passando a<br />

mão sobre o assento com singela admiração.<br />

— Eu realmente vou dirigir ?<br />

— Você tem uma carteira de habilitação, certo?<br />

Ela me jogou um olhar por cima do ombro. — É claro.<br />

— Então sim, você vai dirigir. Pensei em colocá-la na parte detrás do meu, e<br />

ter seus braços em volta do meu corpo, mas quero ter certeza de que você vai ter<br />

uma boa vista da fazenda.<br />

O sorriso dela ficou um pouco tímido. — Obrigada, Ford. Isso é muito gentil<br />

da sua parte.<br />

— Oh, querida, pensei em muitas coisas para hoje. Espere até você ver o que<br />

tenho planejado. Agora vamos pegar o capacete e montar.<br />

Depois que acomodei o capacete na cabeça de Emma, e mostrei como<br />

operar o quadriciclo, partimos. Ela me seguiu enquanto estabeleci um ritmo fácil,<br />

mas tornou-se mais ousada, a cada quarto de milha, logo, estava tentando vencer a<br />

corrida. Eu estava me divertindo mais do que lembrava em meses, talvez até anos.<br />

Não sabia o que ela pensava, mas essa natureza divertida me apanhou. Ela<br />

não era nada do que eu esperava, quando pisou fora da caminhonete, não era<br />

presunçosa, nem uma puta. O caso em questão, tinha acabado de deliberadamente<br />

espirrar água de uma poça tentando me molhar, algo que ela pagaria quando<br />

parássemos. Ela diminuiu quando nós passamos por uma parte de mata fechada,<br />

assumi a liderança, acenando paraseguir a trilha. Fomos para a minha vista<br />

panorâmica favorita, felizmente isso não exigiu uma subida muito perigosa. Uma


verificação rápida de meu espelho mostrou que Emma estava bem atrás, com um<br />

sorriso ainda curvando seu rosto, juntamente com uma faixa de lama. Antes deste<br />

momento especial, não sabia que lama poderia ser tão sexy, fora de um ringue de<br />

luta na lama com algumas garotas peitudas rolando neles. Forcei meus olhos para a<br />

trilha, caso contrário corria o risco de bater em uma árvore e ficar parecendo um<br />

verdadeiro idiota.<br />

Algumas voltas, e finalmente chegamos à clareira a beira da montanha. Com<br />

exceção a essa parte de Montana, uma outra montanha se elevava. Eu gemi quando<br />

saltei, estava desconfortável com minha ereção durante os últimos quilômetros da<br />

viagem. Emma, desligou seu quadriciclo e tirou o capacete. Se antes pensei que sua<br />

expressão de espanto foi singela, isto deveria se parecer como uma manhã de<br />

Natal, quando ela era criança. Ela girou pegando algumas flores de‘semprevivas’<br />

que cercavam a clareira.<br />

— Isso é muito lindo, Ford.<br />

Eu sorri. Ela ainda não tinha visto a melhor parte. Corri para soltar o<br />

refrigerador e mochila na parte de trás do meu quadriciclo. Carregando a mochila e<br />

o cooler em uma mão, com a outra entrelacei meus dedos aos dedos de Emma.<br />

— Vamos lá. Espere até você ver isso.<br />

A puxei em direção às árvores. Assim deixamos os pinheiros para trás, ela<br />

parou estagnada.<br />

— Uau! — sua boca estava entreaberta, mesmo diante de sua reação sensual<br />

eu não podia atribuir pensamentos lascivos nesse momento. Bem, talvez. Apenas<br />

me dar um minuto para apreciar sua excitação. — É incrível!<br />

— É meu lugar favorito na fazenda.<br />

Ela desviou os olhos da vista para olhar para mim. — Você pode ver por<br />

quilômetros.<br />

— Sim. Muito disso é nosso. Terei que te ensinar a voar, em seguida nadar.<br />

— deixei cair a mão com um gesto para o rio.<br />

As ideias preconcebidas que tinha dela ainda eram fortes, porque eu<br />

esperava que ela enrugasse o nariz e negasse, mas seus olhos se iluminaram<br />

novamente.<br />

— É mesmo? Isso seria legal.


— Que tal um pouco de comida? Tenho filé mignon com molho fresco,<br />

vegetais, um bom vinho tinto, um queijo de cabra que sua mãe ama, e trufas de<br />

chocolate.<br />

Para minha surpresa ela enrugou o nariz para isso. Coloquei o cooler e a<br />

mochila no chão.<br />

— O que? Eu sei que não é vegetariana. Já te vi comer bife.<br />

Emma ergueu os ombros. — Não é isso. É estranho saber que você cria as<br />

vacas e as come. No meu mundo, bife vem tudo perfeitamente embrulhado no<br />

supermercado. Só tenho que despejá-lo na grelha. Não há parto, marcação com<br />

ferro quente, ou massacre envolvido.<br />

Não pude deixar de sorrir. — É a vida. Pelo menos aqui, sabemos que o gado<br />

é tratado com humanidade. Eles são nosso sustento, é do nosso interesse certificar<br />

que tomamos o melhor cuidado que podemos. Temos orgulho do que fazemos.<br />

— Eu sei. É difícil para uma garota da cidade superar, eu acho. Mas<br />

costumava amassar uvas com os pés para fazer o vinho, acredito que seja a mesma<br />

coisade você criar uma vaca e comer o bife.<br />

— Mas é um bom bife.<br />

Os ombros de Emma finalmente baixaram. —Então melhor comermos.<br />

— Quero começar com a sobremesa primeiro. Curve-se sobre o quadriciclo.<br />

Emma virou a cabeça para trás e arregalou os olhos. — Como?<br />

— Você me ouviu. No caso de você estar se perguntando, é uma ordem.<br />

— Espera, o que?<br />

— Qual é a sua palavra de segurança, Emma?<br />

— Rosa. — ela suspirou. Suas pupilas já estavam dilatando; seu corpo já se<br />

atualizandocom as mudanças de planos.<br />

— Bom. Agora. Curve-se. Trouxe mais do que apenas o almoço.<br />

Ela sussurrou — Oh, merda. — era muito cativante querer puni-la por isso...<br />

mas isso não significava que eu não daria alguma força especial para não cumprir<br />

mais rapidamente.<br />

Emma inclinou-seno assento do quadriciclo, descansando seus cotovelos no<br />

banco. Não perdi tempo desabotoei sua calça, passando por sua bunda e a desci,<br />

peguei sua curva exuberante, incapaz de segurar o gemido. Meu pau saltou contra


o zíper da minha calça jeans, e sabia que minha paciência seria testada neste<br />

exercício tanto quanto seus limites.<br />

Tirei sua calcinha para encontrar a pele lisa. — Puta merda, Emma. Você<br />

tem uma bunda perfeita. Precisamos de uma nova regra: você não vai usar mais<br />

calcinha. Da próxima vez que eu mandar você se curvar, quero você nua debaixo de<br />

tudo o que estiver usando. E se estiver de saia, quero ser capaz de chegar por baixo<br />

e sentir sua buceta apertada e molhada sem nada no meu caminho.<br />

Ela respirou fundo. — Você gosta dessa ideia?<br />

Empurrei seu jeans o resto do caminho e deixei a calcinha cair no chão, e ela<br />

não precisava de nenhuma instrução minha para sairdelas e chutá-las de lado. Isso<br />

foi muito bom; suas roupas não iriam volta por algum tempo.<br />

Ela deve ter suposto que minha pergunta foi retórica, porque não<br />

respondeu. Perfeita pra caralho. Puxei minha mão para trás e acertei um tapa firme<br />

em sua bunda.<br />

Ela puxou outra respiração. — O que foi isso?<br />

— Você não me respondeu, querida. Espero uma resposta quando te faço<br />

uma pergunta.<br />

Ela ainda não respondeu, então puxei minha mão novamente. Antes de<br />

acerta-la, ela disse. — Sim. Eu entendo, mas não pare. Por favor.<br />

A resposta dela me surpreendeu. — Não pare o quê, querida?<br />

Ela sussurrou. — Eu gosto. Quando você...<br />

— Quando estou espancando sua bunda gostosa?<br />

Emma assentiu com a cabeça rapidamente acrescentou: — Sim.<br />

— Não poderia ser mais perfeito?<br />

Deslizei minha mão sobre sua bunda antes de aterrissar vários tapas mais<br />

afiados. Aliviei a ardência escorregando minha mão entre as pernas para encontrála<br />

encharcada. Caralho. Ela abriu as pernas sem me perguntar... realmente não<br />

poderia ser mais perfeita.<br />

Meu pau duro, lutou pela liberdade contra meu zíper. Mas não era a vez dele<br />

ainda. Logo, amigo. Rodei meus dedos em sua umidade e empurrei-os para dentro.<br />

Seus músculos contraíram-se contra meus dedos, quando ela inclinou seus quadris.<br />

Porra. Ela estava preparada e pronta para o próximo passo e o brinquedo<br />

que eu tinha trazido.


— Vou incentivá-la ainda mais, Emma. Se a qualquer momento, sentir que é<br />

demais, você sabe o que dizer e paramos.<br />

— Sim. Eu sei.<br />

— Boa garota.<br />

Tirei minha mão do meio de suas pernas, peguei na bolsa o brinquedo e o<br />

desembrulhei, em seguida removi da mochila um bom pedaço de corda.<br />

— Se deite de bruços no banco e coloque as mãos atrás das costas.<br />

Emma concordou, a posição arqueou sua bunda.<br />

— Linda, querida. Muito bonita.<br />

Fiz o trabalho de envolver a corda em um nó intrincado que se estendeu a<br />

alguns centímetros acima de seus antebraços, observando para quaisquer pontos<br />

de pressão, agarrei na bolsa uma tesoura. Assim poderia cortar as cordas<br />

amarradas ao guidão do quadriciclo caso ela entrasse em pânico e precisasse soltála.<br />

— Droga, você está linda em minhas cordas.<br />

Acariciei seus quadris, e ela estremeceu, deslizeiminhas mãos sob a lateral<br />

de seu corpo até seu sutiã. Rolei os mamilos entre os polegares e dedos indicadores<br />

apenas por um segundo, antes de correr para cobrir sua buceta.<br />

— Você entende que essa linda buceta é minha, não é?<br />

Escorreguei um dedo entre os lábios de sua buceta, e provoquei seu clitóris.<br />

Lutei contra a vontade de moer o meu pau em sua bunda, e procurar meu próprio<br />

alívio. Em breve, prometi. Em breve. Brinquei com ela até que se contorceu contra<br />

minha mão, seus gemidos não ajudavam no meu autocontrole. Quando ela estava<br />

oscilando à beira do orgasmo, tirei minha mão.<br />

— Por favor.<br />

— Não peça, querida. Vou dar o que você precisa.<br />

Me abaixei agarrando o lubrificante dentro da bolsa. Emma ficou rígida e<br />

levantou ligeiramente quando a substância fria, pegajosa escorreu em sua fenda.<br />

Eu abaixei minha mão livre para que voltasse a sua posição.<br />

— Se você não quiser isso, você sabe o que dizer, Emma. Caso contrário, vou<br />

jogar com essa bunda gostosa, antes de te foder.


Seu quadril sacudiu contra o banco, e teria dado qualquer coisa para ter<br />

meu pau dentro naquele momento, porque podia garantir que os músculos da sua<br />

buceta teriam apertado firme contra meu pau. Mas talvez tenha sido uma boa coisa<br />

que não estivesse dentro dela, porque provavelmente teria gozado. Circulei um<br />

pouco sua fenda e pressionei levemente. Emma congelou.<br />

— Não faça isso, querida. Você sabia que não estava fora dos limites e não<br />

há nenhuma maneira no inferno que eu possa me manter longe dessa bunda<br />

perfeita. — coloquei a mão em sua bochecha e acariciei com meu polegar. — Mas<br />

não se preocupe. — apertei com mais força, até que o anel liso demúsculo deu<br />

lugar ao meu dedo. — Meu pau continua em sua buceta apertada. Você vai ter que<br />

contentar com um plug atése estender o suficiente para eu penetrar. — o aperto do<br />

músculo tentou me manter fora, mas eu não ia deixá-lo ganhar. — Relaxe por mim,<br />

Emma. Vou te manterbem e pronta para seu plug. Você vai se acostumar a usá-lo<br />

até que esteja pronta para mim.<br />

Seu quadril começou a se mover novamente, e cheguei ao redor para<br />

provocar o clitóris com a outra mão. Sua buceta estava encharcada e necessitada.<br />

Passei vários momentos fodendo sua bunda com meu dedo enquanto acariciava<br />

seu clitóris e mais uma vez, a trouxe à beira. Ela estava implorando e suplicando<br />

para gozar, no momento que me afastei para pegar o plug lubrificado, o pressionei<br />

contra sua bunda.<br />

— Pressione de volta, querida. Mostre quão bom pode ser, e então vou dar a<br />

você um orgasmo arrasador.<br />

Hesitante no início e depois com mais confiança, Emma empurrou contra o<br />

plug. Adicionei pressão e aliviei após passar o anel tenso de músculo, quando<br />

escorregou para dentro segurei na base alargada.<br />

— Oh meu Deus. — ela respirou.<br />

— Você se sente completa, querida?<br />

— Sim, Ah meu Deus. — ela repetiu.<br />

— Está bem? — perguntei.<br />

Ela assentiu com a cabeça.<br />

—Diga, Emma.<br />

— Sim. Eu estou bem.<br />

— Boa garota. Porque você está prestes a se sentir ainda mais completa.


Enfiei a mão no meu bolso, tirei um preservativo e rasguei com os dentes,<br />

não retirando o polegar da mão esquerda da base do plugue. Precisava manter a<br />

conexão contínua com ela, enquanto estava nesta posição vulnerável. Rolei o<br />

preservativo e me posicionei em sua entrada. Uma vez que a cabeça do meu pau<br />

estava no calor de sua buceta, comecei a deslizar para a frente.<br />

— Puta que pariu. — gemi.<br />

Ela estava tão apertada com o plug em sua bunda, que fiquei feliz por ter<br />

escolhido um pequeno. Meu pau mal coube em seu buceta, algo a considerar para a<br />

próxima, porque esta podia ser a melhor e mais curta foda da minha vida. Esforceime<br />

para ir devagar, para saborear o aperto de seu corpo e os tremores ondulando<br />

através dela. Os gemidos de Emma aumentaram elevando meu prazer grau por<br />

grau. Alcancei seu clitóris com dois dedos da mão direita e dedilhei.<br />

— Ford. Por favor, eu vou.<br />

— Já? — não consegui manter a risada fora de minha voz.<br />

— Por favor. — ela gemeu.<br />

Pressionei mais seu clitóris e aumentei meu ritmo, mantendo minhas<br />

estocadas suaves e constante, até que seu corpo se abateu praticamente<br />

estrangulando meu pau.<br />

— Puta merda!<br />

Seu grito ecoou através dos hectares e colinas, ondulando pelas campinas,<br />

seguido por meu gemido de prazer, quando meu orgasmo explodiu de minhas<br />

bolas e esvaziei dentro do preservativo.<br />

Meu último pensamento antes de gozar no banco do quadriciclo foi: quem<br />

me dera que não tivesse havido nada entre nós.


Capítulo 13<br />

l<br />

Emma<br />

Na nossa última noite sozinhos, logo após o jantar, nos sentamos no sofá, e<br />

isso rapidamente virou uns amassos, como se fôssemos adolescentes. Me afastei<br />

para respirar.<br />

— Que tal um pouco, hum... umas palmadas hoje à noite? Você sabe. Com<br />

uma raquete.<br />

A mudança na expressão de Ford foi sutil; Ele nem sequer me deixou<br />

continuar. Mas eu podia ouvir a supresa em sua voz quando disse. — Você não<br />

parecia interessada quando coloquei essa ideia na mesa.<br />

— Eu não estava. — admiti. Eu não estava assustada nem nada, apenas fiz<br />

uma pausa tão longa que Ford mudou de assunto. — Mas então eu só... não<br />

consegui parar de pensar nisso. — mordi meu lábio, sorrindo. — Especialmente<br />

quando estava sozinha na cama.<br />

Apenas o pensamento de estar à mercê de Ford, e o ardor da raquete,fez a<br />

minha boca ficar seca. Agora, porém, sabia que era de excitação, em vez de medo.<br />

Como nossos pais voltariam amanhã cedo, não pude resistir me entregar a<br />

submissão, no toque de mestre de Ford, uma última vez.<br />

Se a velocidade com que ele me arrastou, era qualquer dica, Ford sentia o<br />

mesmo.<br />

Agora deitada de barriga para baixo em seus lençóis, senti seu perfume<br />

exclusivo de suor e sabão, sem ver uma réstia de luz. Meus pulsos e tornozelos<br />

foram algemados aos pés da cama. Eu tinha esperado por dez ou talvez quinze<br />

minutos para Ford terminar os preparativos, era difícil de acompanhar com os<br />

olhos vendados. Meu mundo escuro estava cheio de sensibilidade, em sintonia com<br />

cada ruído, cada cheiro, e pegando a dica ao longo de minha pele. Conhecendo<br />

Ford, ele estava tomando seu tempo de propósito, me deixando desenvolver um<br />

frenesi de antecipação. Isso definitivamente estava funcionando; desloquei contra


meu apoio e senti o desejo já difundido entre minhas pernas. A maçaneta<br />

finalmente virou. Os pés descalços se aproximaram suavemente da cama.<br />

— Você está pronta?<br />

— Sim, senhor, —e adicionei, — Minha palavra de segurança é rosa.<br />

Ele riu. — Boa garota.<br />

Um dedo tocou minha nuca e acariciou lentamente minha espinha,<br />

demorando na parte das minhas costas. Eu tremia, tensa. Ele ia enfiar o dedo na<br />

minha buceta, ou na minha bunda? Não esqueci do nosso dia com vista<br />

panorâmica. Ele apertou a minha bunda firme e dei um grito agudo.<br />

— Você está nervosa, esta noite, querida. — ele fez uma pausa. — Você sabe,<br />

podemos fazer outra coisa. Sexo excêntriconão é como recitar o alfabeto, não<br />

precisa ir para XYZ só porque você já fez o ABC. Não adianta se você não tem<br />

autocontrole.<br />

Eu balancei minha cabeça. — Eu sei. Mas eu... quero descobrir como é. O que<br />

aquela mulher na sala de arreios sentiu.<br />

Ele respirou fundo. — Maldição, Emma. —disse. Sua voz tinha um tom<br />

rouco. — Você acostuma comisso rapidamente. Nunca vi alguém se adaptar tão<br />

bem.<br />

— O que posso dizer? Eu tenho um bom professor. — balancei minha bunda<br />

em sua direção. — Agora comece a bater.<br />

Ele deu um pequeno bufo de riso. — Com esse tom de voz, jovem senhora.<br />

— ouvi um barulho de madeira na carne, e percebi que ele bateu a raquete em sua<br />

mão para que eu pudesse ouvir sua força. — Acho que vou te esquentar. Levante<br />

seu quadril.<br />

O plástico quente cutucou minha buceta encharcada. Corri para obedecer à<br />

sua ordem. O vibrador deslizou facilmente, apesar de sua circunferência, seu<br />

comprimento parecia me estender, até que me senti completa como me sentia com<br />

pau enorme de Ford. Uma protuberância curva, achatada na base, encaixou sem<br />

folga contra meu clitóris. Ele tateou ao redor por um segundo, e choraminguei<br />

quando começou a vibrar. Que seja abençoado um homem que possui um vibrador,<br />

trabalhando para o prazer da sua mulher. Se isso não era amor, estava perto.<br />

As mãos dele deixaram minha buceta, e pousaram na minha bunda<br />

novamente, massageando a pele macia até que esquentou e vibrou. Não tentei


mecontorcer. O vibrador estava perfeitamente sintonizado, me estimulando, me<br />

deixando louca. Distraída, não estava preparado para sua primeira palmada.<br />

Uma palmada. Ebalancei para a frente, abrindo minha boca. O golpecutucou<br />

o vibrador contra o meu clitóris e o ponto G. A bochecha esquerda da minha bunda<br />

queimou com um paradoxo de prazer e dor, que eu iria me tornar viciada. Mais<br />

uma palmada. E outra. Um gemido explodiu do fundo no meu peito. A este ritmo,<br />

eu ia gozar antes que chegássemos a parte divertida. Mas isso não importava, Ford<br />

poderia arrancar de mim um orgasmo após o outro. Nunca tinha gozado tantas<br />

vezes seguidas como fiz com ele. Só de saber que estava por perto já me deixava<br />

pronta para a ação.<br />

Depois de meia dúzia de palmadas, eu estava um tremendo caos e minha<br />

bundapegando fogo. Minhas coxas estavam escorregadias com suor e meus<br />

próprios sucos.<br />

— Você é uma boa menina. — Ford disse baixo. — Pronta para coisas<br />

difíceis?<br />

— Sim, senhor. Por favor. — eu gemia. Me forçando a relaxar quando a<br />

raquete veio assobiando para baixo, ao mesmo tempo rachando sobre ambas as<br />

nádegas.<br />

Puta merda. Ele tinha me batido com a mão várias vezes, mas isso eraum<br />

outro nível. As lágrimas saltaram em meus olhos e mordi meu lábio. Mas o calor<br />

doloroso, espalhou combinando com o calor do prazer em minha buceta e clitóris,<br />

misturando-se até que eu não conseguia identificar qual era qual. Ford esperou<br />

tempo suficiente para deixar o fogo diminuir, então atacou de novo, e outra vez.<br />

Cada golpe veio mais rápido do que o anterior.<br />

De repente toda vergonha caiu. Me contorcia, rangendo contra a cama, ávida<br />

por qualquer sensação que pudesse ter. Atrás de mim, a respiração de Ford veio<br />

com grunhidos de esforço e excitação. Estava perdendo a sanidade. Eu queria que<br />

ele dentro de mim e queria que continuasse a bater. Tinha permanecido na borda<br />

pelo que pareceu anos, um tapa mais ardente, mais uma coisa qualquer, me jogaria<br />

novamente.<br />

O vibrador caiu no chão, e gritei agarradaaos lençóis, soluçando o nome de<br />

Ford. A raquete bateu contra o chão de madeira e senti um corpo musculoso e<br />

suado caindo na cama atrás de mim. Seu coração batia selvagem desenhando uma


tatuagem nas minhas costas. O vazio deixado pelo vibrador foi preenchido<br />

subitamente com seu pau. Gritei assim que me colocou arqueada,<br />

insuportavelmente sensível e ainda com fome para mais. Meu segundo orgasmo já<br />

estava construindo. Suas estocadas selvagens de punição,enrolaram na boca do<br />

meu estômago apertando cada vez mais. Seu quadril bateu contra a minha bunda,<br />

enviando choques de prazer e dor. Com um rosnado, ele mordeu na dobra do meu<br />

pescoço, e todo o meu corpo sofreu espasmos novamente enquanto seu pau<br />

pulsava dentro de mim.<br />

Senti uma estranha perda quando ele se retirou e me desamarrou. A coisa<br />

mais assustadora era que sabia que minhas experiências com ele tinham me<br />

arruinado para outros homens. Sexo baunilha não poderia ser comparado com as<br />

coisas pervertidas que Ford tinha mostrado ao meu corpo. A venda foi retiradados<br />

meus olhos, e pisquei com o brilho repentino.<br />

— Você pode falar? — Ford perguntou, procurando meu rosto.<br />

Abri minha boca para dizer claro que posso, e não consegui. Meus olhos<br />

arregalaram. Uau. Não tinha ideia de que algo podia ser tão intenso.<br />

Confundindo o meu espanto com pânico, Ford acariciou meu cabelo.<br />

— Sshiii, está tudo bem. Apenas descanse. — um vestígio daquela nota<br />

hipnótica de Dom, ainda permanecia em sua voz. Ele sentou-se contra a cabeceira<br />

da cama e me aconchegou ao seu lado. Sem mover o braço que me<br />

segurava,inclinou para pegar uma garrafa de água do criado-mudo. — Você pode<br />

beber? Ou devo dar isso para você?<br />

A ideia tinha um certo apelo, mas meu orgulho venceu. Assenti com a cabeça<br />

e peguei a garrafa. Quando a água tocou minha língua, percebi que estava<br />

morrendo de sede. Assim que tinha engolido metade da garrafa, devolvi a ele que a<br />

colocou de volta no criado-mudo. — Você quer comer algo?<br />

—Humm... não. — resmunguei, me aconchegando contra seu corpo quente.<br />

— Direito de descanso.<br />

Ford riu. — Sim. Você tem uma madrugada de palmadas dentro de você.<br />

Ele olhou para mim, sua expressão quase afetuosa e possessiva. Ou isso foi<br />

só um pensamento? Eu não tinha energia para quebra-cabeças, me virei para<br />

descansar meu rosto em seu abdômen.


— Você estava incrível, querida. — ele continuou depois de um minuto.<br />

Senti as vibrações de sua voz grave na minha bochecha. — Mesmo arriscando a<br />

estragar tudo com você, estou impressionado.<br />

Um suspiro de contentamento me escapou. Os dedos deslizaram pelo meu<br />

cabelo novamente, então mudou para acariciar minhas costas, como se eu fosse um<br />

gato, os traços longos e amplos eram suaves ao invés de excitantes. Levantei minha<br />

cabeça e abaixei com seu suspiro lento.<br />

Eu não tive a intenção de ficar, mas me sentia tão esgotada e suas carícias<br />

eram tão suaves... Eu estava dormindo antes que percebesse.<br />

a<br />

Na manhã seguinte, devoramos um par de omeletes enormes,<br />

estávamos morrendo de fome após o exercício da noite passada. Depois disso, no<br />

entanto, demoramos com nosso café. Toda parte inferior do meu corpo estava<br />

agradavelmente dolorida, e ainda senti a marca da mordida onde Ford tinha me<br />

reivindicado como sua.<br />

De alguma forma minha cabeça estava descansando no ombro de Ford.<br />

Como na noite anterior, ele não me moveu. Mas seu corpo enrijeceu com o barulho<br />

de pneus na estrada de terra, e minha cabeça foi retirada de seu ombro.<br />

— O quê? — perguntei, irritada por perder meu travesseiro. — É só uma<br />

caminhonete.<br />

—Estão de volta.<br />

Oh, merda. Eu não tinha aprendido a reconhecer os sons da fazenda ainda.<br />

Ford poderia dizer sobre o som diferente de cada caminhonete... ou talvez<br />

soubesse que os empregadosnormalmente não iriam se aproximar assim da casa.<br />

Eu me levantei rapidamente.<br />

Poucos minutos depois, três vozes familiares flutuaram no ar, e nossos pais<br />

entraram pela porta da frente com Celeste. Aparentemente, eles tinham buscado<br />

ela quando estava regressando para a fazenda.


Enquanto abracei a minha mãe e cumprimentei Russ, Ford passou por eles<br />

sem dizer uma palavra. Ele voltou com o resto de suas bagagens e começou a leválaspara<br />

os seus quartos. Foi uma ótima desculpa para nos socorrer, mas desejei<br />

que ele não tivesse me deixado sozinha. Meus olhos desviaram para o seu jeans e a<br />

forma como ficava perfeito em sua bunda, quando subiu a escada. Talvez seja<br />

melhor se nós não ficarmos muito perto.<br />

— Ufá! — Celeste disse. — Eu vou fazer para vocês um café da manhã, e<br />

então tenho que deitar. Este fuso horário está me matando.<br />

— Já tomamos café da manhã, obrigada. — eu disse.<br />

— Você fez? A esta hora? —Celeste olhou para o relógio na parede.<br />

Minha mãe disse —Não precisa fazer nada. Eu me viro até você ter um<br />

descanso.<br />

Celeste agitou a mão dela. — São apenas alguns sanduíches.<br />

— Deixe-a fazer o trabalho dela, querida.— Russ disse curvado enquanto<br />

desamarrava suas botas.<br />

Fiz uma careta quando Celeste se apressou para a cozinha. Seria uma coisa...<br />

se ela realmente quisesse nos alimentar. Mas ela fez um estardalhaço quanto ao<br />

fato de estar cansada, depois não nos deixou ajuda-la. Tudo o que ela queria era ser<br />

vista como um mártir.Tanto faz. Virei minha atenção para minha mãe.<br />

— Como foi a viagem?<br />

— O resort foi incrível! — ela respondeu. — Havia um spa, um restaurante<br />

cinco estrelas... você poderia apenas sobreviver lá.<br />

Ford voltou para o hall de entrada, enquanto minha mãe continuou. — Russ<br />

não quer me falar quanto custou, mas deve ter sido uma fortuna! As diárias, todos<br />

os jantares e passeios pelas vinícolas, e ainda muitas outras coisas. — ela deu um<br />

sorriso afetuoso para Russ. — Ele não se preocupa com esse tipo de coisa.<br />

— Você também não deveria. — respondeu o Russ. — O que é meu é seu<br />

agora, lembra-se?<br />

Mamãe riu. — Suponho que vai levar algum tempo para me acostumar.<br />

Uma linha apareceu na testa de Ford. Querendo saber qual era o problema<br />

dele,interrompi. — Legal soa como uma Estância Turística, mas me preocupei com<br />

vocês.Vocês se divertiram?


— Oh, sim! —minha mãe disse. — Todas as manhãs eles colocavam uma<br />

pequena cesta de pães frescos na porta, para que nós pudéssemos tomar café<br />

quando quiséssemos. Foi a coisa mais fofa. Durante o dia jogamos croquet, tênis, e<br />

fizemos caminhadas... degustamos vinhos, claro. E nosso chalé tinha um terraço<br />

privado, onde podíamos ver o pôr do sol.<br />

Lá vai ela, jorrando sobre as comodidades novamente.Mas eu sabia como<br />

elase sentia. Eu ainda estava me acostumando com o risco de ficar insana com os<br />

homens da família Bennetts. Depois de viver com um orçamento bastante rigoroso<br />

por tanto tempo, minha mãe ficou encantada com os luxos que Russ podia pagar<br />

sem nem sequer pestanejar.<br />

— Ou tentar assistir. — enfim, Russ comentou. — Mal podíamos ver o<br />

horizonte com tantas maltidas árvores. O norte da Califórnia é lindo, mas acho que<br />

viver nessa fazenda fez de mim homem de Montana para sempre.<br />

— Vamos lá, querido, não foi tão ruim sair do campo. Naquele dia chuvoso<br />

foi uma ótima desculpa para nos aconchegarmosperto da lareira. — ela brincou,<br />

Russ riu e a beijou.<br />

Essa era a minha deixa. Havia tanta coisa que não queria ouvir sobre os<br />

aspectos particulares, da sua lua de mel. Mas antes que pudesse educadamente<br />

pedir licença, minha mãe voltou-se para nós.<br />

— O que as crianças fizeram durante toda a semana? Espero que vocês<br />

tenham se mantido entretidos.<br />

Meu estômago caiu em minhas sandálias. Ford e eu nos divertimos, tudo<br />

bem... na banheira de hidromassagem, em seu quarto, na floresta, no estábulo e<br />

praticamente todos os cômodos da casa.<br />

— Nós, Ah, não fizemos muito. — gaguejei. Sentindo meu rosto quente. Eu<br />

estava corando? Eles poderiam ver isso? Diga alguma coisa, merda!<br />

Ford interrompeu sua voz perfeitamente normal. — Claro que fizemos. Eu levei<br />

Emma a cavalo ao longo de algumas das principais trilhas da fazenda. Ela amou os<br />

pôneis e as vacas. Para alguém que nunca tinha montado antes, ela estava muito<br />

bem.<br />

Não ria, eu repetia para mim mesma.<br />

— Bem, é verdade? — Russ disse. — Devemos sair em algum momento<br />

como uma família, agora que a Ford mostrou como dominar as rédeas.


Merda. Não. Ria.<br />

Ford na verdade esboçou um sorriso. — Eu a chicoteei de alguma maneira<br />

com exercícios vigorosos. Também fomos com o quadriciclo para a vista<br />

panorâmica na floresta, fazer um piquenique. — bem, aquele piquenique. Com sua<br />

cesta cheia de guloseimas muito especiais. De repente Ford ergueu as sobrancelha<br />

para mim. — Nós apostamos uma corrida, não foi?<br />

— Sim. — eu disse, me apressando para prosseguir com o jogo. Era quase<br />

irritante, quão sereno e confiante ele estava. Onde aprendeu a ser um bom<br />

mentiroso?<br />

— Não é seu lugar favorito, Ford? — Russ sorriu, aprofundando as rugasnos<br />

cantos dos olhos. — Eu não deveria ter-me preocupado com vocês.<br />

Hein? Preocupado em que sentido? Tentei esforçar para me acalmar,<br />

ninguém estava fazendo acusações. Mas parecia que todas as coisas erradas e sujas<br />

que tínhamos feito estavam pintadas na minha testa.<br />

Ford olhou torto. — Eu te disse que eu não iria deixá-la se virar sozinha, pai.<br />

Não podia dizer se ele estava irritado ou envergonhado.<br />

Celeste escolheu aquele momento para ressurgir, e anunciou— A comida<br />

está na mesa, agora eu vou sair. — como uma onda, ela desapareceu da sala.<br />

Fomos todos para a sala de jantar para conversarmos sobre a viagem, como<br />

também sobre nossos tempo sozinhos na fazenda, enquanto nossos pais comiam.<br />

Debaixo da mesa, a mão de Ford se próximou da minha, como para me<br />

tranquilizar, no entanto afastei. Eu tinha que começar a controlar todas as reações<br />

do meu corpo, que automaticamente respondia quando estava perto de Ford. Nada<br />

mais de toques casuais, olhares persistente, ou beijo na boca, peito arfante e<br />

calcinha molhada isso era provavelmente impossível. Mas eu tinha aquele<br />

esconderijo desde que vim para a fazenda, certo? Tentei ignorar a voz na minha<br />

cabeça que zombou, Sim, durante uma semana inteira. Esconderijo maravilhoso<br />

também.<br />

Finalmente nossos pais terminaram seus sanduíches e Ford pediu licença<br />

dizendo que tinha trabalho a fazer. Fui para meu quarto, aliviada... mas já receosa<br />

para a hora do jantar.


Capítulo 14<br />

l<br />

Ford<br />

Me sentar para jantar com meu pai, minha madrasta e Emma carregava um<br />

toque surreal. Insisti que ela era na verdade minha meia-irmã, mas a dura pressão<br />

imprimida contra meu zíper não parecia entender o mesmo. Talvez porque eunão<br />

me importasse com rótulos neste ponto. Ela era só Emma, e estava se tornando<br />

muito mais a cada dia. Ter ela amarrada em minha cama foi... inebriante. Suas<br />

reações, seu entusiasmo, eratudo o que eu poderia ter pedido. Nossa última<br />

semana juntos, vendo até que ponto estávamos interligados, dentro e fora da cama,<br />

mudou tudo, e eu não sabia exatamente o que fazer sobre isso ainda. Mas isso era<br />

para outro dia.<br />

— Qualquer coisa que preciso saber sobre o que aconteceu, enquanto<br />

estávamos fora? — meu pai perguntou,me puxando dos meus pensamentos para<br />

voltar para a conversa.<br />

— Desculpe, o que?<br />

Meu pai levantou uma garfada de purê de batata na boca e mastigou, dando<br />

tempo para reunir meus pensamentos antes de prosseguir com sua pergunta.<br />

— Relatório. Atualização. Resumo.<br />

— Oh. Nada digno de nota. Está tudo bem com o gado. O ferreiro estava fora.<br />

Os cavalos estão em forma. Estou pensando quetalvez seja preciso contratar mão<br />

de obra, mesmo que Griff não admita, ele está começando a ir cada vez mais<br />

devagar e gostaria de tirar algum peso de suas costas. Sei que ele vai tentar<br />

acompanhar os caras mais jovens, mas seria ideal ele se aposentar.<br />

— Ele vai argumentar sobre ser mandado para pastar. — comentou meu<br />

pai.


— Eu sei, mas não precisamos colocar para ele dessa forma. Eu vou apenas<br />

tirar lentamente suas responsabilidades. Talvez levá-lo a treinar um novo cara<br />

para tomar um pouco do seu tempo, e pode ser um processo gradual.<br />

Meu pai deu de ombros. — Se você acha que pode andar por esse campo<br />

minado sem explodir uma perna,vou deixar para você lidar com ele.<br />

Por alguns minutos, o único som na sala era o tilintar dos talheres de<br />

pratarias chinesas.<br />

Peguei outra fatia de pão da cesta a tempo de ver o meu pai pegar o prato de<br />

purê de batatas, Cynthia o pegou de suas mãos e deslizou a salada. Uma parte de<br />

mim estava contente de ver alguém tomar conta do meu pai novamente, mas eu<br />

não podia evitar, me perguntei quanto tempo isso duraria. Esta não era a primeira<br />

lua de mel de Cynthia. Antes que pudesse pensar mais sobre isso, Cynthia enxugou<br />

os lábios no guardanapo e começou a falar.<br />

— Emma, querida, eu sabia que você iria adorar este lugar. Estou tão feliz<br />

que você tenha dado uma chance para a fazenda. Há tantas coisas para ver e fazer.<br />

Há muito tempo não me sinto tão ativa.<br />

Emma deu uma mordida forteno garfo antes de engolir. Um rubor rosa<br />

tingiu suas bochechas, me fazendo lembrar a cor de sua bunda, antes de tê-la<br />

atingido com a raquete. A vontade de provocá-la era muito forte para ceder.<br />

— Emma estava ativana semana passada. — eu disse, olhando para cima<br />

quando terminei de passar manteiga no meu pão o levando para os meus lábios. —<br />

Tivemos oportunidade de fazer muitas coisas, e nos divertimos bastante. Acredito<br />

que Montana deu a ela uma gama de experiências impactantes. Ela estava em boas<br />

mãos enquanto você estava fora.<br />

Emma não perdeu o duplo sentido; O rosa virou-se lentamente para<br />

vermelho. Provocá-la assim com certeza era muito imaturo, mas ela tinha perdido<br />

a hora do almoço quando falamos sobre 'cordas' e 'equitação'.<br />

Cynthia se endireitou em sua cadeira, sorrindo. — Estou tão feliz que vocês<br />

tenham se dando bem, fiquei preocupada. — ela olhou incisivamente para mim.<br />

— Eu odeio dizer isso, Ford, mas você não é um homem fácil de se aproximar.<br />

Estou feliz por ter sido tão acolhedor com a minha garota.


—Isso é mais uma coisa que eu amo em você, Cyn. —avoz do meu pai<br />

aumentou sobre a mesa de jantar. — Não tenha medo de dizer como ele é. Assim<br />

nos mantêm honestos.<br />

Olhei fixamente para Cynthia. — Não se preocupe.Acho que estamos nos<br />

dando muito bem. — comi minha batalha e olhei para a garota em questão. As<br />

bochechas dela estavam aquecidas em um vermelho brilhante. — Eu acho que é<br />

seguro dizer que Emma e eu... temos um ao outro. Passamos a semana passada<br />

reforçando esse laço de amizade por toda a fazenda.<br />

Emma se engasgou com o bife, tossindo no guardanapo por quase um<br />

minuto antes de empurrar-se para longe da mesa.<br />

— Desculpe-me. Eu... Eu preciso ir, não me sinto bem.<br />

Assistimos em silêncio Emma desaparecer pelo corredor.<br />

— Mas afinal o que aconteceu? — Cynthia disse, levantando e seguindo a<br />

filha.<br />

Meu pai olhou para mim, com a testa enrugada. — Você tem alguma ideia<br />

sobre o que foi isso?<br />

Eu balancei minha cabeça. — Não. Não faço ideia.<br />

Nós dois terminamos nossa refeição, mas a minha parecia rançosa no<br />

meuestômago. Eu tinha empurrado Emma longe demais? Fiz asneira com certeza.<br />

Eu pensei que nós estávamos dividindo uma brincadeira inocente, mas não<br />

tinha percebido o que ela realmente estava sentindo até que foi tarde demais. Ela<br />

teve que fugir de mim. Com raiva ou nojo ou talvez até medo... seja o que for, eu<br />

nãoqueria ver novamente aquele olhar que me foi dirigido. Algo frio infiltrou-se<br />

nas minhas veias. Senti muito medo por talvez ter prejudicado a confiança que<br />

vinha construindo. Limpei meu prato rapidamente e pedi licença. Eu precisava<br />

consertar tudo o que tinha acabado de fazer. Pela primeira vez em muito tempo...<br />

Eu não tinha certeza do meu próximo passo.


Capítulo 15<br />

l<br />

Emma<br />

Sai para o meu quarto e fechei a porta. Meu estômago ainda embrulhando. O<br />

que Ford estava pensando, ao balançar a nossa vida sexual na frente da minha mãe<br />

e Russ assim?<br />

Mas eu já sabia que esta não era a pior parte. Todas as provocações<br />

clarearam tudo, deixando-me ver como nossa relação realmente estava errada. A<br />

verdadeira questão aqui era: o que diabosestavapensado ? O que eu esperava<br />

quando me envolvi com ele?<br />

Alguém bateu na porta. A voz de minha mãe veio em seguida abafada me<br />

chamando. — Está tudo bem? Precisa de mim para trazer-lhe alguma coisa?<br />

Tentei recompor-me. — Sim, mãe. Quero dizer, não... pode entrar.<br />

Ela teria se escondido no corredor até que conseguisse entender o que tinha<br />

acontecido comigo?<br />

Minha mãe abriu a porta, franzindo a testa. — Está passando mal? — ela<br />

esticou a mão para colocar na minha testa. — Você não parece febril, mas você está<br />

corada.<br />

— Meu Deus, mãe. —eu suspirei. Por um momento, me arrependi de tê-la<br />

convidado a entrar. Eu já sentia como se tivesse viajado no tempo, de volta ao<br />

ensino médio,se não tivesse cuidado, ela iria me enfiar em um carrinho de bebê em<br />

breve. —Não se preocupe. Estou bem. É só... — optei por uma mudança de tema.<br />

— Todas essas coisas levam algum tempo para se acostumar. Acho que me<br />

empolguei me divertindo com a Ford. — eu me chutei mentalmente. — Acho que<br />

fiquei muito tempo no sol, ou fiz muito exercício, ou talvez tenha comido algo que<br />

não me fez bem...<br />

Oh Deus, por que eu não conseguia parar de divagar?<br />

Mas minha mãe assentiu com um sorriso de compreensão. — Você nunca<br />

faz nada pela metade. — ela riu. — Mesmo quando você realmente deve fazer.


Assim que você tenta fazer algo, você quer dominar, faça chuva ou sol. É<br />

ótimo que você tenha gostado tanto Montana, mas da próxima vez que sair com<br />

Ford, não se esforce tanto. Ele vem fazendo essas coisas há mais tempo do que<br />

você.<br />

Eu devolvi o sorriso um pouco tímido e triste. — Está bem, mãe. Vou tentar<br />

ir mais devagar.<br />

Ela tirou alguns fios de cabelo do meu rosto. — Foi tão bom revê-la neste<br />

verão. Sei que estou um pouco repetitiva, mas estou realmente feliz que você esteja<br />

se relacionando bem com seu novo meio-irmão. — ela fez uma pausa, olhando para<br />

baixo rapidamente. — Eu sei que é difícil lidar com a sua mãe enviando<br />

constantemente novos parentes em torno de sua vida. Você realmente tem sido<br />

uma fortaleza durante todo este tempo.<br />

Eu interrompi. — Não se culpe por...<br />

— Deixe-me acabar, querida. — ela suspirou, pensativa, ao invés de<br />

impacientemente. — O que estou tentando dizer em é... você está acostumada a<br />

esse tipo de coisa. Mas Ford não esta. Então quando cheguei aqui ele era um pouco<br />

cuidadoso e tímido.<br />

Eu quase quis rir. — Tímido. — era a última palavra que usaria para<br />

descrever Ford. Mas lembrei-me do primeiro dia que nos conhecemos: a suspeita<br />

do temperamento frio e a luxúria em seus olhos, a maneira que agiu como um cão<br />

de guarda de seu pai. Talvez minha mãe não tivessemuito longe do objetivo nesse<br />

ponto.<br />

— Você e Ford tiveramum começo difícil, mas parece que passar um tempo<br />

sozinho com você, fez bem a ele.— seu tom de voz suavizou ainda mais, para a<br />

mesma ternura que sempre mostrou quando falava sobre seu novo marido. —<br />

Russ é uma das melhores coisas que já aconteceu comigo. Sinto-me em casa aqui...<br />

isso significa tanto.<br />

Isso me surpreendeu, jamais tinha visto minha mãe tão feliz e apaixonada.<br />

Finalmente tinha terminado a sua maré de azar. Este casamento veio para<br />

ficar.<br />

Se eu não estragasse tudo com seu enteado.<br />

Meu estômago revirou com uma mistura de tristeza, culpa e raiva. Eu odiava<br />

mentir para mamãe. Sempre fomos próximas, visto que éramos presentes uma na


vida da outra, mas agora estava mentindo. O fato de que ela não sabia que eu<br />

estava a empurrando para longe da verdade, não mudou nada.<br />

— Sim, mãe. Obrigada... — eu a abracei, lutando contra as lágrimas<br />

repentinas, enquanto respirava seu perfume, aquele cheiro de jasmim e rosa de<br />

minhas primeiras memórias. — Eu... Acho que vou para a cama agora. Ainda me<br />

sinto meio mal.<br />

Ela apertou minhas costas e beijou minha bochecha. — Durma bem,<br />

querida.<br />

Concordei, com medo que minha voz partisse se falasse, e logo ela fechou a<br />

porta atrás de si. Então sentei-me na cama apoiando minha cabeça em minhas<br />

mãos. Meus pensamentos correndo em círculos. O que diabos eu vou fazer?<br />

Mas não tive muito tempo parapensar. Ouvi passos se aproximando da<br />

minha porta, mais pesados e mais espaçados do que os da minha mãe. A porta se<br />

abriu para revelar o homem que eu mais ou menos queria ver.<br />

— O que você está fazendo aqui? — as palavras saíram mais duras do que<br />

eu pretendia. — Vamos ser apanhados.<br />

— Pelo amor de Deus, relaxe. —Ford se aproximou e descansou a mão no<br />

meu ombro. Por alguma razão, não me afastei. — É normal um cara se preocupar<br />

com sua irmã. Nossos pais acham que estou aqui para saber se você está bem.<br />

— Mas eu.<br />

— Eles não sabem. Confie em mim. — ele disse. — Mesmo que soubessem,<br />

nós somos adultos. Não é da conta deles. Não temos nenhuma razão para nos<br />

preocuparmos.<br />

Eu queria muito acreditar nele. Só de ouvir sua voz calma, confiante, me<br />

deixou com vontade de cair em seus braços fortes e acolhedores. Ele não deixaria<br />

que nada de ruim acontecesse comigo. Apesar de tudo, comecei a relaxar.<br />

— É assim mesmo. — ele disse com um sorriso leve.<br />

Prendendo o meu olhar, Fordsegurou meu queixo. Meu corpo respondeu<br />

automaticamente e meu rosto virou-se para ele.<br />

Ele inclinou-se para um beijo lento e persistente, que fez meu corpo doer.<br />

Então, com os lábios ainda escovando os meus, ele murmurou. — Eu quero foder<br />

você novamente.


Um ruído suave de surpresa e desejo me escapou. Esse calor familiar, que<br />

sentia sempre quando estava perto de Ford estava subindo rapidamente sob a<br />

minha pele.<br />

— Não suporto não estar dentro de você. Quero te fazer gozar e sentir seu<br />

corpo contorcendo-se contra o meu.<br />

Ele me beijou outra vez, mais selvagem e com mais fome do que antes, e<br />

desta vez correspondi. De alguma forma a sua outra mão já estava na minha coxa;<br />

em seguida subiu, e arqueei em direção a ela. Me rendendo lentamente e<br />

derretendo sob seu toque...<br />

Mas a memória do sorriso da minha mãe ressurgiu. Ela e Russ<br />

provavelmente estavam comendo a sobremesa agora, ou assistindo TV abraçados<br />

no sofá, ou fazendo alguma outra coisa de casal, confortáveis e tranquilos na<br />

felicidade conjugal... enquanto seus filhos estavam envolvidos pela luxúria bem<br />

acima de suas cabeças. A náusea e a culpa oprimiram qualquer outra coisa que eu<br />

estava sentindo. Foi só por um momento, mas foi suficiente para me afastar de<br />

Ford.<br />

Ele piscou, uma linha apareceu entre suas sobrancelhas.<br />

— Qual é o problema?<br />

Não era óbvio? Ele estava apenas brincando comigo novamente? As únicas<br />

palavras que consegui encontrar foram: — Eu não posso. Me desculpe.<br />

— Ei, pare. — ele olhou para baixo por um minuto. —Eu agi como um idiota<br />

esta noite, não te culpo, se você estiver brava.<br />

— Não, estou... bem, mais ou menos. — balancei minha cabeça. Foi legal da<br />

parte dele confessar, mas eu não conseguia seguir outro caminho. — No entanto,<br />

não foi isso que eu quis dizer. Eu estava falando sobre tudo isso. Nós. É muito<br />

estranho.<br />

Ford tocou a minha mão novamente e dei um passo me afastando da cama.<br />

Ele bufou. —Se deixar por um segundo, eu estou tentando me desculpar.<br />

— Obrigada, eu agradeço; Eu realmente agradeço. — tentei não parecer<br />

frustrada e cai em algum lugar na região do sarcasmo. — Mas se você estava<br />

ouvindo, sabe por qual motivo fiquei chateada. — esse sentimento de união "jantar<br />

feliz em família," foi tão horrivel enfrentar a acusação sexual entre mim e Ford. Até<br />

a memória fez a minha pele arrepiar.


— Você não achou estranho ontem à noite. Ou na noite anterior. Ou<br />

qualquer umadas dúzia de vezes que te comi na semana passada. — Ford<br />

respondeu um pouco mais alto.<br />

Ele não estava se gabando por sua conquista, não havia nenhum sorriso em<br />

seu rosto ou na voz. Ele parecia genuinamente, confuso e irritado.<br />

Minha raiva inflamou-se em resposta. Por que ele não percebeu? Depois de<br />

tudo o que tinha acabado de dizer, como poderia ele ainda não perceber? Como ele<br />

não podia se sentir tão assustado quanto eu estava? Antes que pudesse-me conter,<br />

explodi.<br />

— Mas essa semana, Ford! Nossos pais estão de volta. Somos uma família<br />

agora. — dei uma risada sem humor. — Deus. Fizemos asneira.Deixei-me esquecer<br />

que você é meu meio-irmão por alguns dias, mas eu não aguento mais. Mesmo que<br />

eu quisesse, não posso.<br />

— E você quer ? — seu olhar queimou dentro de mim.<br />

—N...não com nossos pais em casa! — eu menti rapidamente. Tal como<br />

ontem, e todos os dias desde que o vi, meu corpo queimava por ele. No meu<br />

coração, sabia que a semana passada foi mais do que um deslize de bom senso. Se<br />

podia ser brutalmente honesta comigo mesma, o que sentia por Ford era mais<br />

profundo do que o meu corpo. Nenhum homem nunca tinha-me dado ordens como<br />

ele fez, ou me deu tanto prazer.<br />

— Então eu fui apenas um grande erro para você? — ele exigiu.<br />

Estreitando-me com o olhar e apertando os músculos da sua mandíbula. Ele estava<br />

completamente chateado agora, de repente percebi que não parecia apenas<br />

chateado, era como se tivesse sentido algum tipo de dor.<br />

Mas isso não fazia diferença. Mesmo que fizesse mal a nós dois, não podia<br />

recuar.<br />

Eu engoli o caroço na minha garganta. — Essa não é a questão. Nunca daria<br />

certo entre nós a longo prazo. Nossos pais são casados, agora e precisamos<br />

começar a agir como uma família. Você é meu meio-irmão. Eu sou sua meia-irmã.<br />

— virei para esconder as lágrimas estúpidas, ilógicas que encheram meus olhos.<br />

— Desculpe, Ford. Foi bom enquanto durou, mas... por favor, vá.


Capítulo 16<br />

l<br />

Ford<br />

— Ir? Você só quer que eu vá? É isso. É dessa maneira que você vai acabar<br />

com isso. Eu me excedi um pouco no jantar, e você quer fugir?<br />

Enfiei a mão pelo meu cabelo e me virei para encarar a porta. Eu tive que<br />

desviar o olhar, precisava me recompor, antes de dizer algo que não podia voltar<br />

atrás. Normalmente, não era difícil manter-me fechado, mas algo em relação a<br />

Emma tinha rasgado o meu autocontrole desde o início.<br />

Virei-me para encará-la, e uma parte de mim esperava que ela estivesse<br />

sorrindo e rindo. Suas palavras fossem uma piada, eque agora ela esperasse que eu<br />

a puxasse para a cama e a colocasse sobre o meu joelho para fazer jorrar fora suas<br />

besteiras. Mas seu rosto estava definido em uma máscara fria e severa. Nem sequer<br />

havia um vislumbre de diversão da Emma atrevida, que eu tinha conhecido. Era<br />

como olhar para uma estranha. E odiei isso. As palavras saíram antes que eu<br />

pudesse segura-las.<br />

— Então é assim que vai ser. — uma risada cruel escapou de meus lábios<br />

enquanto Emma acenava bruscamente com a cabeça. — Acho que é o melhor de<br />

qualquer forma. Nenhum de nós realmente acredita que este casamento vai durar.<br />

Você vai estar aqui no verão, mas depois quanto tempo mais você acha que sua<br />

mãe realmente estará aqui? Nem sequer colocaria a proababilidade de sermosuma<br />

família até o feriado de Ação de Graças. Então acho que não terá que se preocupar<br />

com isso ser estranho.<br />

O rosto de Emma mudou quando puxou uma respiração, curvando-se como<br />

se eu tivesse lhe dado um soco no estômago, entãorapidamente se endireitou<br />

recuperando seu temperamento explosivo.<br />

— Então você está basicamente dizendo que minha mãe não é melhor que<br />

Celeste, que esta atrás de um cara rico, para levá-la para um passeio e obter o que


puder dele? Bem adivinhe, Ford? Foi bom eu ter decidido acabar com isso agora,<br />

porque esta claro que você não sabe nada sobre mim ou minha mãe. Agora saía do<br />

meu quarto.<br />

Que se foda. Virei-me e alcancei a maçaneta da porta, rasgando-a aberta, eu<br />

queria bater ao fechar, mas sabia que não podia arriscar atraindo a atenção. Eu<br />

precisava sair desta casa então caminhei para o celeiro.<br />

a<br />

Longas horas na sela davam a um homem bastante tempo para pensar, e<br />

fuilonge o suficiente para cobrir uma grande área, literal e figurativamente. Evitar<br />

os lugares onde eu tinha estado comEmma não a manteve fora dos meus<br />

pensamentos. Na verdade, eu pensava nela ainda mais. E minha conclusão? Acho<br />

que posso ter estragado tudo. Imensamente. Fiquei olhado fixamente para ela<br />

enquanto dizia as coisas sobre sua mãe, em seguida ela se curvou como se tivesse<br />

com dor.<br />

Merda.<br />

Puxei Richter, meu cavalo e dei um tapinha em seu pescoço.<br />

— Bom garoto.<br />

Parei em frente a meu acampamento favorito. Encontrei esse lugar por<br />

acaso na primavera passada. Tinha uma saliência rochosa, com uma bela vista eum<br />

poço de água quente. Eu realmente considerei trazer Emma aqui para passar a<br />

noite, mas tínhamos ficado tão envolvidos, e não queria deixa-la fora da minha<br />

cama.<br />

Emma.<br />

Malditos pensamentos.<br />

Desmontei, peguei meu equipamento eme preparando para fazer uma<br />

fogueira. Trouxe bastante uísque para esquecer durante a noite, pelo menos<br />

esperava por isso. Mas quando olhava para as chamas, só podia ver seu rosto, seus


sorrisos, a maneira que seus olhos turvavam com prazer, como seu nariz enrugava<br />

quando ria.<br />

Estou ferrado.<br />

a<br />

Eu fiquei longe de casa por dois dias, esperando que a distância pudesse<br />

meajudar a obter um controle das minhas emoções, mas isso não fez nada exceto<br />

tornar a situação pior. Ainda sentia sua falta. Eu não era orgulhoso demais para<br />

admitir isso. O velho Ford, teria percorrido sua agenda telefônica e ligado para uma<br />

mulher disposta a virrapidamente, para obter o tipo de prazer que eu tinha a<br />

oferecer. Mas não consegui reunir qualquer apetite para isso, ou para qualquer<br />

coisa. Até mesmo o meu troféu, carne com ervas que eu tinha caçado tinha gosto de<br />

merda. E essa descoberta me fez ver de fato, eu tinha um grande problema. Bem,<br />

isso e o fato de querer puxar a arma do meu coldre e disparar contra Mac e TJ,<br />

quando eles estavam babando em cima de Emma vestida com um short, que teria<br />

envergonhadoaté Daisy Duke. Eu não preciso salientar que meu pau aprovava de<br />

todo o coração.<br />

— O que ela fez agora? — murmurei, desmontando e enganchando as<br />

rédeas de Richter num poste perto do celeiro. — Vocês não têm trabalho a fazer?—<br />

gritei para os empregados da fazenda. Mac e TJ se afastaram da cerca.<br />

— Desculpe, chefe. —Mac disse. — Só estávamos observando para ver se a<br />

Srta. Emma precisava de ajuda com sua jardinagem.<br />

Emma estava de joelhos, outra posição que meu pau gostava me lembrei,<br />

arrancando as ervas daninhas dos canteiros de flores ao longo da frente da casa.<br />

Ela estendeu as mãos para a parte de trás para limpa-las em seu short,<br />

balançando seu traseiro, aquele maldito short não deixava nada para a imaginação.<br />

Eu queria ir até lá, colocá-la sobre meus joelhos e deixar sua bunda vermelha para<br />

mostrar a qualquer um que ela me pertencia. Exceto que ela não me pertencia. Ela<br />

tinha deixado isso perfeitamente claro.


— Observando para ver se ela precisava de ajuda há cem metros de<br />

distância? Certo, voltem para a merda do trabalho. — rosnei.<br />

Mac se virou e foi para o celeiro, mas TJ ficou ao meu lado. — Peço<br />

desculpas se você acha que estávamos aqui falando merda sobre sua meia-irmã.<br />

Não é bem assim. Ela é uma mulher e tanto. Você sabe que eu estou esperando para<br />

me casar, e ela é exatamente o que estou procurando. Acho que ela e eu<br />

poderíamos ter algo real.<br />

Cada instinto possessivo em mim inflamou-se, e eu não queria nada mais do<br />

que agarrá-lo pelo pescoço, e dizer-lhe que não havia nenhuma chance de merda<br />

para ele, porque ela já era minha.Mas não consegui.<br />

TJ Continuou. — Hoje cedo, ela queria ir para um passeio e tentou por os<br />

arreios em Delilah por conta própria. Estava muito bonita. Ela não sabia muito<br />

sofre o freio. Tudo estava ao contrário, mas Delilah, é uma coisa doce, apenas se<br />

levantou e deixou Emma agitada sobre ela. E a maldita parte mais bonita? Emma<br />

ficava perguntando para a égua, 'agora onde é que isto vai?' como se Delilah<br />

realmente pudesse responder. — TJ abanou a cabeça. — Claro, sendo o cowboy<br />

cavalheiro que sou, entrei para oferecer minha ajuda.<br />

Eu cerrei os dentes para impedir de dizer a ele para ficar com o resto da<br />

história para si. Eu não queria ouvi-lo, mas novamente porque era sobre<br />

Emma...uma parte de mim me obrigou a ouvir. Virei-me e caminhei para o celeiro,<br />

esperando que os dois não me seguissem. Mas claro, TJ veio atrás, e continuou<br />

falando.<br />

— Eu mostrei a ela as cordas e começamos a conversar, e ela me disse tudo<br />

sobre o trabalho, que tinha ajudado crianças carentes. Ela tem tanta paixão pelo<br />

que faz. O brilho praticamente sai dela. Acabei por levá-la para um passeio na trilha<br />

para não ficar perdida, e homem, eu poderia falar com ela pelo resto da minha vida.<br />

Emma é o tipo de garota que você encontra, e compra um anel para colocar no<br />

dedo tão rápido quanto você puder para nunca deixá-la ir.<br />

Pisando no interior do celeiro frio, automaticamente cerrei meu punho, o<br />

desejo de lança-lo através da parede, zumbia através de mim. Se TJ dissesse mais<br />

uma palavra, eu iria perder o controle, e tudo que Emma estava querendo tão<br />

desesperadamente esconder fingindo que nunca tinha acontecido seria<br />

escancarado.


Porra.<br />

Minha salvação veio de uma fonte improvável. — TJ,Mac vai treinar alguns<br />

bezerros de corte, é a sua vez de orientá-lo. Estou velho demais para<br />

ensinaralguém sobre essa merda. — disse Griff, se arrastando para o celeiro. O<br />

velho fez o seu caminho para os fardos de palha para descansar, encostando seu<br />

corpo magro em uma viga. Puxando do bolso uma pequena lata de comida<br />

industrializada, ele passou o abridor ao redor. Uma vez que estava satisfeito,<br />

retirou a tampa, manuseou e começou a comer. Quando que terminou o ritual<br />

familiar, TJ tinha desaparecido do celeiro, e Griff passou a olhar para mim.<br />

— Você está pronto para parar de pensar em si mesmo, rapaz?<br />

O velho não dizia muita coisa, mas quando falava não desperdiçava<br />

palavras. Sempre ia direto ao ponto.<br />

Eu tentei desviar. — Você nunca irá se aposentar, velho?<br />

— Não estamos falando sobre mim. Tem algo acontecendo entre você e<br />

aquela garota, e se você não se recompor rápido vai perdê-la.<br />

Fiquei atordoado em silêncio por um momento, e meu estômago revirou. O que ele<br />

sabe? Aparentemente não tínhamos tomado tanto cuidado na semana passada.<br />

Merda.<br />

— Não tenho ideia sobre o que você está falando. — as palavras tinham<br />

gosto de cinzas na minha língua. Mesmo tentando negar me senti muito mal.<br />

— Você pode mentir para mim e para todos se quiser, mas mentir para si é<br />

uma perda de tempo.<br />

Enfiei meus dedos pelo meu cabelo, dei meia dúzia de passos para perto dos<br />

fardos e me sentei na frente de Griff.<br />

— Ela que acabou com tudo.<br />

Griff tirou uma garrafa do bolso, e levantou-a para a boca por um segundo<br />

antes de responder. — E isso é tudo? Você andou por aí como um urso depois de<br />

ser picado por uma tonelada de abelhas, por ter comido o mel. Você está bem por<br />

ela ter terminado?<br />

— Eu não disse que estava tudo bem com isso.<br />

— Então o que diabos você vai para fazer sobre isso?<br />

— Eu não sei. Eu não... aceitei isso muito bem. Disse coisas que não devia.


Griff bufou uma risada. — Então peça desculpa. Mande flores. Seja<br />

romântico. Um velho não deveria ter que explicar como essa merda funciona, para<br />

um cara esperto como você.<br />

— Eu sei. Só que ainda não descobri como. Preciso consertar isso. Preciso<br />

agir como um homem e fazê-la entender que não vou deixar que ela vá embora,<br />

mesmo que isso fosse facilitar nossas vidas.<br />

Griff assentiu com a cabeça. — É a melhor coisa a se fazer. Porque você não<br />

seria o garoto punk, que veio para cá recém-formado da faculdade,pensando que<br />

sabia comandar essa fazenda melhor do que qualquer outro maldito vaqueiro, se<br />

não fosse um homem de atitude. — seus olhos azuis encontraram os meus. — E só<br />

para que saiba, Ford, você fez um ótimo trabalho. Tenho orgulho de você, rapaz.<br />

Agora saia daqui e vá pegar a garota.<br />

Meu peito se apertou com orgulho, ao receber finalmente a aprovação de<br />

Griff, algo tinha mudado desde o dia em que eu tinha voltado a morar na fazenda,<br />

como ele disse, eu era um garoto punk recém-saído da faculdade.<br />

— Obrigado. Você não sabe o quanto isso significa para mim.<br />

—Eu precisava dizer. Agora saía daqui paspalho.<br />

Caminhei para a porta do celeiro, minha confiança que sempre foi minha<br />

marca registrada, caminhava a minha frente. Griff estava certo; Precisava parar de<br />

pensar em mim e ficar com a garota. Porque porra, ela era minha. E não ia deixar<br />

que fosse embora.<br />

Só que assim que passei do limite da porta do celeiro, todo o inferno parecia<br />

ter se soltado. TJ estava correndo em direção a casa gritando.<br />

— Você precisa levar Mac ao hospital!A o osso da perna esta para fora!<br />

Merda.


Capítulo 17<br />

l<br />

Emma<br />

Dois dias depois e Ford ainda estava evitando a casa tanto quanto possível,<br />

e eu estava muito bem com isso. A raiva que senti sobre as coisas que ele disse de<br />

minha mãe mal tinha esfriado. Se ele queria ficar de mal-humor como um garoto<br />

que tinha se descontrolado, eu apenas tinha encontrado uma razão para me<br />

encaixar na vida da fazenda.<br />

Decidi selar Delilah, uma das éguas mais lentas e menos entusiasmada, para<br />

levá-la a fazer alguns exercícios suaves. Mas aparentemente eu não tinha<br />

entendido muito sobre equitação, como eu e Ford pensávamos. Toda vez que<br />

pensei que tinha descoberto um pedaço, encostando-o para conectar com outro,<br />

percebia que não tinha ideia de como anexar a terceira peça. Felizmente, TJestava<br />

passando e me deu uma mão. Ele até escapou por algumas horas para me mostrar<br />

uma das trilhas de equitação da fazenda.<br />

Nós caminhamos sobre as colinas verdes, nossas éguas parando aqui e ali<br />

para comer. Meu humor melhorou enquanto conversávamos, TJ parecia<br />

genuinamente interessado em minhas aulas em Stanford e o trabalho que estava<br />

me esperando no fim do verão. Mas a atmosfera descontraída não durou. Eu<br />

acabava me distraindo, querendo saber o que Ford estava fazendo, ou pensando<br />

em seus beijos apaixonados, então a lembrança de suas palavras faziam tudo ferver<br />

novamente.<br />

Quem me dera se eu pudesse me interessar em TJ. Um cavalheiro bonito,<br />

atencioso, que não era meu maldito meio-irmão. Porque tinha de ficar obcecada<br />

pelo cara mais inapropriado de todo o Condado? Por que não posso escolher<br />

porquem devo estar atraída?<br />

Quando voltamos, procurei um trabalho que pudesse fazer, e fui capinar os<br />

canteiros de flores na frente da casa. Mas mesmo me ocupando não conseguia tirar<br />

da minha cabeça as besteiras de Ford. Especialmente porque podia senti-lo me<br />

observando do estábulo.


Espero que consiga uma boa olhada, amigo, porque isso é tudo o quevocê<br />

vai ter de agora em diante.<br />

Dei várias punhaladas com a espátula no mato como se estivesse tentando<br />

matar a própria terra. Onde diabos Ford queria chegar, afinal? Como podia até<br />

mesmo pensar essas coisas, quanto mais dizer? Ele não sabia qualquer coisa sobre<br />

a minha família. Não tinha ideia do que passamos com a morte do meu pai, e como<br />

isso tinha quase destruído minha mãe, de várias maneiras.<br />

O relacionamento deles foi como algo saído deLeave It To Beaver 4 :Eram<br />

namorados no ensino médio, casaram jovens, meu pai trabalhava e minha mãe era<br />

dona de casa. Um dia, cheguei em casa do colégio e a encontrei chorando no sofá,<br />

com o telefone ainda na mão. Meu pai tinha apenas... caído morto, em cima da sua<br />

mesa no trabalho, foi o que nos disseram. Foi uma espécie de aneurisma cerebral.<br />

Em um único telefonema, tínhamos perdido o único homem que mamãe<br />

havia amado e nossa única fonte de renda.<br />

A vida da minha mãe girava em torno de nós. Ela nunca teve um emprego,<br />

nem foi para faculdade. Mas o pouco dinheiro que meus pais tinham guardado não<br />

foi o suficiente, então mamãe poupou mais que podia e procurou um trabalho. Sem<br />

qualquer experiência ou habilidade, porém, não teve muito sucesso, e quando ela<br />

conseguiu um emprego, foi demitida porque estava muito destruída<br />

emocionalmente para se concentrar.<br />

Seu emprego mais longo foi como recepcionista em uma empresa de direito<br />

privado. O sócio majoritário era viúvo, então simpatizou-se com ela, como entendia<br />

a situação pela qual estava passando não ficou muito irritado com seus pequenos<br />

erros. Ele era um homem gentil, um pouco velho e solitário, e quando ele propôs<br />

casamento... Minha mãe foi realista sobre suas opções. Ela não sabia mais como me<br />

sustentar, então aceitou. Sem surpresa, o casamento durou apenas alguns anos, já<br />

que eles estavam casados pelas razões erradas. Mamãe casou-se novamente depois<br />

disso, não porque ela precisava do dinheiro, pois o primeiro divórcio tinha deixado<br />

o suficiente para uma vida modesta, mas porque não suportava ficar sozinha. Mas<br />

morar na casa de um homem, não é o mesmo que estar apaixonada por ele. Ela<br />

4 Leave It To Beaver, é uma das primeiras séries de comédia escrita do ponto de vista de uma<br />

criança.Com vários dramas de televisão, teve início em 1950.


nunca conseguiu superar o que teve com meu pai.Não até que finalmente conheceu<br />

Russ. E eu estive tão perto de estragar seu relacionamento.<br />

Lentamente tirei tudo do canteiro, exceto o que pertencia ali: Iúcas<br />

vermelhas, Flor-de-duas-esporas azuis, Colombina amarelo manteiga, Flor-de-cera<br />

rosa pálido e Arbustosvioleta florescendo de <strong>His</strong>sopo e Lavanda Inglesa. Ao meu<br />

lado um amontoado de ervas daninhas retiradas, suas folhas moles e pesadas<br />

comraízes sujas e secas. Minhas pernas doíam pelo longo tempo que passei de<br />

joelhos, minhas mãos pareciam estar na carne viva e meus ombros queimavam.<br />

Meu humor estava ainda pior do que quando tinha começado; pensar sobre a<br />

história da minha família foi exatamente a coisa mais errada a se fazer.<br />

Eu queria poder limpar minha mente tão facilmente quanto este jardim.<br />

Talvez a pausa para o almoço ajudasse. A julgar pelo sol, tinha trabalhado<br />

durante horas. Um pouco de comida elevaria a taxa de açúcar no meu sangue, e me<br />

distrairia enquanto decidia de que maneira gastaria o resto do meu dia. Sem ideias<br />

melhores, entrei na casa e fui para a cozinha.<br />

O ar-condicionado da casa fez meus braços arrepiarem. Não tinha notado<br />

que estava apenas superaquecida até meu suor começar a esfriar. Ao entrar na<br />

cozinha abri a geladeira, deixando o frio me atingir enquanto procurava o que<br />

comer. Um pão integral, presunto fatiado, salada de melancia, as sobras do jantar<br />

da noite passada... nada chamou minha atenção. Eu não estava com muito apetite<br />

nos últimos dois dias. Mas sabia que meu estômago ficaria mais sensível se o<br />

deixasse vazio.<br />

— Você quer comer alguma coisa?<br />

Eu quase bati a cabeça no teto da geladeira, recuei fechando a portae olhei<br />

para Celeste, inclinando-se com uma mão na ilha da cozinha. Por que ela tem<br />

sempre que aparecer assim do nada? Eu suspirei em frustração.<br />

— Você me assustou.<br />

— Desculpe. — disse, não parecendo realmente arrependida. Ela puxou um<br />

banco e sentou-se. — Você sabe, é bom que eu a tenha encontrado aqui. Quero<br />

falar com você.<br />

Eu vasculhei no armário para encontrar, manteiga de amendoim e geleia. Se<br />

ela queria ser enigmática comigo, então podia fazer isso enquanto eu comia.<br />

— Sobre o quê?


— Você e Ford.<br />

Minhas entranhas congelaram. Forcei-me a fazer meu sanduíche, abrir a<br />

gaveta de talheres peguei um prato, dando um passo após o outro, como se Celeste<br />

não tivesse preste a derrubar uma bomba potencial para arruinar a minha vida.<br />

— Isso não responde minha pergunta. Poderia ser mais específica? —<br />

perguntei, mantendo minha voz mais calma possível.<br />

— Ora, Emma. Você sabe exatamente do que estou falando. — seu lábio<br />

enrolou como se tivesse com nojo de um rato morto que teve que limpar. — Como<br />

esses olhares pegajosos que você dá a ele, estou surpresa que seus pais ainda não<br />

tenham notado. Como você pôde fazer isso com eles? Como você é capaz de fazer<br />

isso com seu próprio irmão... só de pensar me fazter vontade de vomitar.<br />

Está bem. Eu estava um pouco em pânico. Mas até agora, ela não tinha dito<br />

nada que eu já não tivesse me culpado mais de uma centena de vezes. Quando a<br />

censura veio de seus lábios, sobre meus pensamentos mais profundos e mais<br />

vergonhosos, isso simplesmente me irritou. Eu estava preocupada o tempo todo<br />

para o caso de Russ ou minha mãe descobrir, mas nunca me ocorreu que Celeste<br />

seria a bisbilhoteira. Não gosto de ser surpreendida, especialmente por alguém<br />

como ela.<br />

De repente, fiquei sem insultos para oferecer uma resposta. Eu tinha usado<br />

todos ao ficar com raiva de Ford. Se eu mentisse sobre ter transado com ele, ela ia<br />

continuar acreditando, em tudo que queria acreditar e continuaria me<br />

perseguindo. Minha paciência estava em farrapos, e eu não tinha energia suficiente<br />

para ser discreta, especialmente com a mulher que foi uma cadela comigo desde<br />

que cheguei aqui. Abaixe o frasco de geleia e encontrei seu olhar frio.<br />

— Uma pergunta rápida, Celeste: o que te faz pensar que minha vida é da<br />

sua conta?<br />

O rosto dela ficou duro por uminstante. — Céus. Nem sequer nega isso?<br />

— Sinceramente estou curiosa, Celeste. Por que tem que enfiar o nariz em<br />

tudo? Há um nome científico para tudo o que se passa com você? — desfrutei de<br />

seu olhar de indignação e voltei a espalhar a manteiga de amendoim no pão. Eu<br />

sabia que estava sendo imatura, mas não cheguei a me sentir menos satisfeita. —<br />

Fique fora disso.


— Eu não vou deixar uma... uma puta arrogante de faculdade roubá-lo de<br />

mim! Você sabia que Ford era meu, mas só entrou aqui e...<br />

— Não, eu sabia que você o queria. — ela moveu-se com toda a sutileza de<br />

um cão urinando em sua árvore favorita. — E não me importo. Porque quem ele<br />

fode é uma decisão dele, não minha. — pensei em mencionar que Ford sabia<br />

exatamente o que ela estava planejando, e nunca ia cair nessa, então decidi guardar<br />

isso. Eu não seria a única a tornar esta conversa ainda mais complicada do que já<br />

estava. — Você não pode reclamar seus direitos sobre outro ser humano.<br />

— Talvez não. Mas posso tornar as coisas mais difícies para ele não ter<br />

tempo de se distrair com você. — seu tom de repente se iluminou, meloso fazendome<br />

virar novamente. Ela usava o sorriso falso que eu tinha visto nela muitas vezes.<br />

— Como isso soa? Não conto a seus pais sobre o pequeno jogo doente que<br />

você tem jogado com Ford. Em troca, você não o toca para o resto do verão, e não<br />

entrará em contato com ele depois que você for embora.<br />

Segurei um riso sem emoção. Eu praticamente já tinha destruído nossa<br />

relação,então não tinha nenhuma chantagem real. Mas o que devo dizer agora?<br />

Mesmo que as coisas tivessem acabado entre nós, eu ainda queria proteger<br />

do conhecimento de minha mãe o que tínhamos feito. Aceito o acordo, Celeste será<br />

fiel à sua palavra?<br />

A porta da frente foi aberta, seguida por passos barulhentos e rápidos. Vireime<br />

quanto TJ entrou correndo e veio até cozinha.<br />

— Desculpe interromper, senhoritas. — ele disse. — Mas Ford está a<br />

caminho de St. Peter's.<br />

Meu coração pulou em minha garganta. Um hospital? Ele se machucou? Vai<br />

se "foder" foi a última coisa que eu tinha dito a ele? Merda. O que eu tinha feito?<br />

Celeste parecia quase tão chocada quanto eu. — O que aconteceu? —ela<br />

perguntou.<br />

— Mac quebrou sua perna. — respondeu TJ. — De onde eu estava,parecia<br />

muito mal. Ford o colocou na caminhonete e dirigiu para o hospital.<br />

O medo foi drenado para fora de mim, deixando-me um pouco aliviada. Foi<br />

quase imediatamente seguido pela culpa, Mac era um ser humano sentindo dor, eu<br />

não podia me sentir aliviada.


Mas o pensamento de Ford se machucar me assustou muito. E foi então que<br />

percebi o quão ferrada estava. Gostando ou não... Eu ainda tinha sentimentos por<br />

ele. Sentimentos sérios.<br />

— Vamos atrás deles? — perguntei.<br />

TJ negou com a cabeça. — Não faria qualquer diferença. Isso vai demorar o<br />

tempo que for preciso, não importaquantos de nós estaremos lá. — ele suspirou e<br />

tirou o chapéu e franziu suas sobrancelhas.<br />

— Oh. Bem... Obrigada por ter avisado. — eu disse. Minhas palavrasfizeram<br />

me senti medíocre, mas TJ deu-me um sorriso reconfortante.<br />

— Claro, senhorita Emma. — ele inclinou a cabeça para Celeste, que ainda<br />

estava atrás de mim. — Eu nunca deixaria nenhuma de vocês esperando por<br />

notícias. Ele não vai voltar até depois do jantar, ou talvez até mais tarde,<br />

dependendo de como vai estar o pronto-socorro.<br />

Enquanto TJ foi para contar a má notícia a Russ, Celeste me atirou um olhar<br />

sombrio, então segui TJ. Com certeza, meus dias estavam contados. Mas ela não era<br />

estúpida. Se me entregasse agora que Mac estava com a perna quebrada, iria<br />

roubar seu momento. De qualquer forma, eu não tinha tempo para ficar realmente<br />

nervosa com suas ameaças. Celeste iria esperar até que tudo isto passasse, e eu<br />

tinha receio sobre as minhas opções: prometer a ela o que queria, ou me atrever a<br />

desafia-la a fazer o seu pior.Há cinco minutos atrás, pensei que sabia que tinha<br />

tomado a atitude mais inteligente. Mas agora... Não tinha tanta certeza se poderia<br />

arranjar a coragem necessária para fazer um acordo com ela.


Capítulo 18<br />

l<br />

Ford<br />

A casa estava escura quando finalmente consegui entrar na garagem. Ficou<br />

resolvido que Mac ficaria hospedado no quarto de Griff, e o velho parecia uma<br />

galinha cuidando exageradamente de seu pintinho, se é que eu já tinha visto algo<br />

assim. Talvez apenas encontrei uma maneira de conseguir que Griff se aposentasse<br />

um pouco mais rápido, colocando-o no comando de recuperação de Mac.<br />

Fechei a porta e caminhei para a cozinha. Era mais de meia-noite já, e a casa<br />

estava em silêncio. Olhando para as manchas de terra e grama em minha calça,<br />

sabia que precisava de caminhar direto para o meu quarto, tomar um banho, em<br />

seguida dormir, mas meus pés me levaram até a porta do quarto de Emma. Apesar<br />

da condição de Mac, eu tinha pensado nela sem parar desde que a vi cuidando do<br />

jardim. O que eu tinha que dizer não podia esperar, mesmo que tivesse que acordála<br />

para isso. Fiquei sentado na sala de espera do hospital por horas pensando,<br />

lembrei-me de uma coisa que meu pai tinha me dito há anos. Há algumas coisas<br />

que você não espera para dizer a alguém, ‘eu te amo e sinto muito,’ eram duas<br />

dessas coisas. Porque se você esperar muito tempo, não haverá nenhuma garantia<br />

de que você vá conseguir ter outra chance. Emma poderia fazer as malas e sair<br />

daqui amanhã, e talvez eu nunca mais fosse vê-la novamente. Se isso acontecesse,<br />

eu ficaria com nada além de memórias e arrependimento. Não era um risco que<br />

queria correr.<br />

Bati na porta suavemente e esperei alguns minutos, odiei sentir a<br />

necessidade de bater e não poder entrar, levantei a mão para bater novamente e<br />

antes que meus dedos pudessem se conectar com a madeira a porta abriu. Emma<br />

estava ali, vestindo o mesmo maldito short Daisy Duke e camisa que estava usando<br />

mais cedo.<br />

— Não consegue dormir? — perguntei.<br />

Ela deu de ombros. — Como Mac está? Como está a perna dele?


— Quebrada, apesar da confusão do caralho. Felizmente, eles foram capazes<br />

devoltar no lugar e engessar, então não precisou de cirurgia, caso contrário eu<br />

teria que passar a noite com ele no hospital.<br />

Soltando um longo suspiro, Ela inclinou-se contra o batente da porta.<br />

— Graças a Deus. Estava tão preocupada. Mac pode ser muito arroganteas<br />

vezes, mas é tão cativante que é impossível não gostar dele. — o ciúme inflamou<br />

dentro de mim, e isso era ridículo. Ela estava falando sobreMac, que tinha acabado<br />

de quebrar a perna. Eu ainda estava colocando minha reação sob controle quando<br />

ela acrescentou calmamente. — Não consegui dormir pensando nisso. Estava<br />

muito preocupada pensando várias coisas horríveis, que poderia ter acontecido. É<br />

uma loucura como algo tão simples como uma perna quebrada, faz-me lembrar<br />

sobre quão rápido perdi meu pai. Lembro-me de vê-lo em uma manhã de quartafeira,<br />

dei nele um abraço não percebendo que seria a última vez que o veria. —seus<br />

olhos se encheram com lágrimas por um segundo, mas ela piscou se livrando delas<br />

rapidamente. — Eu nunca sei quais ações que vão trazer essa lembrança.Isso me<br />

faz voltar atrás e perceber o que é importante. — ela tomou uma respiração<br />

profunda, e eu podia ver como realmente estava perturbada. Era apenas mais uma<br />

coisa que gostava nela. — De qualquer forma, isso é que tudo o que você queria me<br />

contar? — ela afastou-se da porta e cruzou os braços.<br />

Dei um passo a frente, invadindo o seu espaço. Ela deixou cair os braços,<br />

dando um passo para trás, mas continuei em frente até que estávamos dentro do<br />

quarto e fechei a porta atrás de nós.<br />

— Te devo um pedido de desculpas. Eu disse algumas coisas que não devia<br />

ter dito. Eu não tinha o direito de falar nada sobre sua mãe. Eu...realmente, estou<br />

arrependido, sinto muito, Emma.<br />

—Ford...<br />

— Deixe-me esclarecer isto, está bem?<br />

— Está bem.<br />

— A semana em que nossos pais foram viajar, significou muito para mim.<br />

Não esperava que acontecesse. Não esperava me apaixonar por você. Mas<br />

aconteceu. Você é um pacote completo, é tudo que um homem deseja. Muito sexy<br />

na cama eincrível fora dela. Você me deu um gostinho, e depois me tirou tudo, isso


me destruiu. Eu não soube como lidar com isso, exceto atacar. Eu disse coisas que<br />

não queria dizer.<br />

—Ford...<br />

— Se você não me perdoar, e me dizer que não dá a mínima para os rótulos<br />

de meio-irmãos, então vou continuar a pedir desculpas até que me perdoe. Eu tive<br />

muito tempo para pensar sobre isso nos últimos dias, e não vou deixar você ir, não<br />

há nenhuma maneira me faça esquecer isso.<br />

Ela deu um passo a frente e pressionou as palmas da mão contra meu peito.<br />

— Ford. Cale-se.<br />

Parei de falar.<br />

— Se você pensa que é o único que esteve infeliz por esses dias você está<br />

errado. Não importa quantas vezes eu já disse a mim mesma que isso não ai<br />

funcionar; Não consigo esquecer. Porque você é o pacote completo também. Como<br />

você disse? Muito sexy na cama e incrível fora dela? Tenho certeza que você me fez<br />

perder o interesse por qualquer outro homem.<br />

Envolvi meus braços em volta dela puxando-a contra o meu peito. — Graças<br />

à Deus. — inalei o perfume do seu cabelo. — Porque não consigo imaginar não<br />

poder sentir você contra meu corpo. — passei meus lábios ao longo de sua<br />

mandíbula. — Não poder provar de sua pele novamente. — contra os lábios,<br />

sussurrei. — Não te beijar novamente.<br />

Emma abriu a boca e nossas línguas se entrelaçaram. E porra, minha garota<br />

sabia beijar muito bem. Dois dias sem isto e parecia uma vida inteira. Sua<br />

ansiedade brilhou em cada movimento, dos dedos agarrando meus músculos dos<br />

ombros, até os gemidos escapando de seus lábios. Afastei-me um pouco, deslizando<br />

minha mão do cabelo para seus quadris até entre suas pernas, e rosnei.<br />

—Não conseguia imaginar, não poder estar dentro de você novamente.<br />

Ela gemeu, pressionando-se contra meu corpo. — Não podia imaginar isso<br />

também. Mesmo quando disse que não queria isto, não imaginava...Ford, por favor.<br />

Eu preciso...<br />

Abaixei, peguei-a por trás de seus joelhos e ombros e a ergui em meus<br />

braços.<br />

— Isso é tudo que tem quedizer, querida. Se lembra a sua palavra de<br />

segurança?


— Rosa. —ela disse, e eu sorri.<br />

— Incrivelmente linda, querida. Muito bonita.<br />

Caminhei com ela até a porta e seus olhos se arregalaram. — O que você...<br />

— Eu estou coberto de sujeira e grama, e te sujei também. Hora de tirar a<br />

roupa e limpar.<br />

Seus olhos caíram para a mancha cinza na sua camisa, e quando voltou a me<br />

olhar, eles brilharam — Você sabe o quanto gostei de transar no chuveiro, da<br />

última vez, certo?<br />

Era essa centelha ardente, esse brilho interior, que me atraiu para ela desde<br />

o começo, e isso simplesmente continuou a queimar. Emma girou a maçaneta da<br />

porta, empurrando-a aberta. Começamos a caminhar pelo corredor, e eu esperava<br />

que ficasse apreensiva, olhando de um lado para o outro, procurando por alguém<br />

que pudesse nos ver, assim que meus pés tocaram o piso de madeira. Mas ela não<br />

fez, seus olhos estavam fixos aos meus. Meu coração inchou um pouco. Foi comoa<br />

ensinei, eu estava no controle de tudo; Tudo o que ela tinha que fazer era se soltar.<br />

A convicção refletida em seus olhos apressou meus passos em direção ao<br />

banheiro. Porra, eu precisava dela nua e molhada, com meu pau enterrado dentro<br />

dessa buceta doce.<br />

Emma apertou o interruptor da luz, tão logo que empurrei a porta do<br />

banheiro fechada, mas não a coloquei no chão, até que estávamos na frente do<br />

chuveiro. Deixei ela deslizar por meu corpo, despreocupado com sujeira que estava<br />

grudando em sua roupa. Eu a deixaria limpa e então ficaria suja novamente com<br />

tudo o que eu ia fazer com ela. A sensação de suas curvas pressionando contra meu<br />

corpo deixou minha ereção indomável dentro da minha calça.<br />

— Você precisa estar nua em cinco segundos, ou vou ter que tirar essas<br />

roupas de você toda encharcada.<br />

Pressionei meus lábios contra o dela. Em vez de seguir as minhas ordens, os dedos<br />

de Emma emaranharam na bainha da minha camisa arrastando-a para cima, e<br />

afastei-me para deixa-la passar por minha cabeça.<br />

—Com pressa?<br />

— Não te vejo nu há muito tempo. Então, sim, você poderia dizer que estou<br />

com pressa. Só para constar, seu corpo é uma loucura.


Não pude evitar o sorriso que irradiou da ponta de meus pés para meus<br />

lábios. —Como seu também, querida. Meu pau dói só de pensar você.<br />

Empurrei a porta de vidro, alcançando dentro da ducha. Minha risada ecoou<br />

quando virei a torneira de água quente. Fiquei olhando para ela enquanto o vapor<br />

tomou conta flutuando para fora da porta aberta.<br />

— Agora camisa. Tenho certeza que sabe que estou tão animado quando<br />

você, para vê-la nua, querida.<br />

Os dedos dela caíram para a bainha de sua camisa e puxou-a para cima,<br />

expondo centímetro após centímetro da pele perfeita e macia. Minha risada<br />

diminuiu para um gemido quando deslizou sobre as ondas de seus peitos.<br />

Porra, eu quase perdi isso. Cobri suas mãos com as minhas e puxei a camisa<br />

por cima de sua cabeça.<br />

— Parece que você está excitado.<br />

— Você não tem ideia.<br />

Peguei um preservativo do bolso antes de colocar as minhas mãos no botão<br />

da minha calça jeans. Nossas roupas restantes sumiram em segundos, e então<br />

estávamos nus, olhando um ao outro.<br />

— Você é a mulher mais bonita que já vi. — disse, minha voz baixa e rouca.<br />

— E você tem que saber que você é a fantasia de praticamente toda mulher,<br />

certo?<br />

Eu balancei minha cabeça. — Não ligo para nenhuma mulher além de você.<br />

Agora entre no chuveiro, querida. Temos tempo perdido para compensar.<br />

Amei o tremor que percorreu por ela, e meu pau saltou assim que virou-se<br />

para me mostrar aquela bunda linda quando pisou dentro do box.Porra, essa<br />

bunda. Ideias começaram a surgir quando a segui para dentro do box.<br />

Emma estava já sob o spray, virou-se para o lado, a água escorrendo de seu<br />

cabelo por seu corpo. Ela se virou e a necessidade selvagemrasgou através de mim.<br />

Como um Dom, me orgulhei de ter controle, mas agora, eu só queria minha mulher.<br />

Rápido, quente e duro, contra a parede do chuveiro.<br />

Rasguei o pacote de preservativo com os dentes e deslizei em meu pau<br />

enquanto ela se virou para me encarar. Em dois passos, mandei ela contra a<br />

parede, suas pernas em volta da minha cintura. Era como se tudo o que tinha<br />

ficado entre nós, os rótulos, as palavras duras, tudo fosse lavado.


Minha boca encontrou a dela e me deliciei, reconhecendo todos os cantos de<br />

sua boca com minha língua e todas as curvas do seu corpo com minha mão, assim<br />

como ia reconhecer, cada centímetro de sua buceta com meu pau. Quando levantei<br />

minha cabeça, Emma estava se contorcendo contra meu corpo, e a umidade em<br />

meu abdomem não tinha nada a ver com a água caindo ao nosso redor.<br />

— Por favor. Eu preciso...<br />

— Você vai conseguir tudo o que você quiser, querida. Isto vai ser duro e<br />

rápido. Você tem sua palavra de segurança se precisar.<br />

As unhas de Emma cravaram nos músculos dos meus ombros. — Não, eu<br />

não preciso da palavra de segurança. Quero forte e rápido. Agora. Não se segure,<br />

Ford, me dê tudo o que tenho direito.<br />

Eu apertei sua bunda e deslizei minhas mãos para cima e para baixo em<br />

suas pernas. — Essa buceta apertada está mesmo pronta para mim, querida? — eu<br />

tinha minhas dúvidas, me lembreida primeira vez que estivemos juntos na<br />

banheira. Ela mal aguentou meu pau inteiro, agora que ficamos vários dias sem<br />

transar eu tinha que esticá-la... enchê-la.<br />

Suas coxas apertaram minha cintura. — Sim. — ela disse, assentindo.<br />

Me afastei, liberando seu quadril para que pudesse segurar meu pau e<br />

posicionar na sua entrada. Nem o calor do chuveiro tinha nada a ver com o calor do<br />

seu corpo. Eu não me incomodei de segurar meu gemido. — Porra, querida. Vai me<br />

queimar vivo.<br />

— Não me provoque, Ford.<br />

Eu a encarei. — Você esqueceu quem dá as ordens aqui?<br />

Emma me desafiou com o olhar — Fode-me depois me bata, mas por favor,<br />

não me faça esperar.<br />

A mulher sabia como me irritar, e sabia muito bem que estaria bem<br />

satisfeitano final.<br />

— Sua bunda estará vermelha mais tarde, mas por agora, vou dar a nós dois<br />

o que precisamos. — eu disse, e então me empurrei para dentro do calor de seu<br />

corpo.<br />

Casa. Eu estava em casa.<br />

Emma estava sussurrando e gemendo, esses eram os sons que eu queria ter<br />

no meu chuveiro para o resto da minha vida. Eu empurrei mais e mais, até que o


prazer nos deixou irracionais. Mudei a minha mão para cobrir seu clitóris com meu<br />

polegar, pressionando levemente até que seus gemidos ficaram mais altos. Ela<br />

enterrou seu rosto no meu pescoço, para abafar o grito.<br />

O aperto de seus músculos internos no meu pau me levou ao limite, e deixei<br />

a minha porra rolar para fora.<br />

A única coisa que sabia era que nunca ia deixar Emma ir embora.


Capítulo 19<br />

l<br />

Emma<br />

Naquela manhã, rolei na cama de Ford e encontrei uma bandeja de café da<br />

manhã com um bolinho de mirtilo e uma xícara de café. Sentei-me para tomar um<br />

gole, apenas um toque de açúcar e creme, exatamente como gostava. Um sorriso<br />

tonto espalhou em meu rosto. Este pequeno gesto era muito lindo. Não muito<br />

tempo atrás, eu teria dito, “isso é absolutamente o contrário de Ford." Mas eu tinha<br />

percebido seu ponto fraco era cuidar de mim. E ontem à noite, ele havia confessado<br />

como estava louco por mim... no meu quarto, no chuveiro, uma e outra vez na cama<br />

dele.<br />

Eu ri, sem me importar que estava parecendo uma estudante apaixonada.<br />

Ford fez o seu melhor para me deixar esgotada, provavelmente foi por essa razão<br />

que tenha sido tão cuidadoso para não me acordar. Eu olhei de relance para o<br />

despertador e viu que era quase onze e meia.<br />

Vesti seu roupão de banho, inalando o perfume de sabão e caminhei pelo<br />

corredor para pegar meu telefone antes que alguém passasse. Em seguida, retornei<br />

para cama de Ford novamente e comi um pedaço do meu bolo. Enquanto<br />

saboreava meu café abri meu e-mail...<br />

E minha felicidade flutuante caiu. Misturada com todo o spam normal,<br />

notificações do Facebook, e correntes que minha mãe mandava, estava um<br />

lembrete:<br />

Querida Sra. Carter,<br />

Você está escalada para a nova orientação dos professores em 12 de Agosto.<br />

Por favor, deixe-nos saber se precisa de ajuda para fazer planos de viagem. As<br />

aulas começam no dia 19 de Agosto. Estamos ansiosos para vê-la neste outono!<br />

Mary Blomkamp<br />

Administrador<br />

Lincoln High School


Foi uma dura chamada para a realidade, e uma que eu estava preocupada.<br />

Eu tinha responsabilidades esperando por mim. Não apenas uma carreira,<br />

mas uma chance de fazer a diferença e trabalhar com as crianças que mais<br />

precisavam de ajuda. E mesmo que eu ficasse,o ensino em uma escola rural de<br />

Montana não era o desafio que eu precisava. Mas eu sabia que queria ficar com a<br />

Ford. O que aconteceu conosco foi mais que apenas uma aventura de verão, eu<br />

sabia disso agora. Não podia desistir dele como também não podia abandonar essa<br />

oportunidade de emprego. Até mesmo abordar o assunto com ele não seria<br />

divertido. Não tinha medo de que ele ficasse bravo, ou algo assim, mas voltamos a<br />

ficar juntos ontem à noite e eu estava relutante por ter que destruir a atmosfera<br />

positiva novamente.<br />

Eu estava sendo imatura sobre tudo isto? Terminei o meu café da<br />

manhãsem saboreá-lo. Me vesti e desci para colocar meus pratos na pia, então<br />

deixei que meus pés me levassem para onde eles queriam enquanto roía sobre<br />

meu dilema.<br />

Meu ritmo inquietante acabou levando-me para o estábulo. Sua sombra<br />

fresca me acolheu. Eu inalei os aromas suaves e empoeirado, de madeira e feno<br />

fresco; até mesmo o odor persistente de estrume de alguma forma me fazia bem.<br />

Os poucos cavalos no estábulo nesse dia mastigavam sua alimentação,<br />

ocasionalmente dando alguns sopros de satisfação.<br />

— Ei, Griff. — chamei quando entrei.<br />

Ele estava derramando água no balde cheio de bolinhas avermelhadas. Sem<br />

levantar a cabeça, virou brevemente em minha direção. — Senhorita.<br />

— Hum... o que é dentro do balde?<br />

— Polpa de beterraba. Me ajude aqui.<br />

— Hein? Oh! — comecei a abrir a porta divisória que eu tinha ignorado<br />

estar em pé na frente.<br />

Dentro um potro castanho malhado de branco estava amarrado, com uma<br />

corda longa de algodão. Com a visão da comida, ele relinchou alto e raspou as patas<br />

no chão. Assim que Griff pôs o balde, ele deu um passo para enterrar seu nariz na<br />

massa roxa, quase derrubando.


— Pequeno filho da mãe. — disse Griff, acariciando seu pescoço, em seguida<br />

caminhou para fora e sentou-se sobre um fardo de feno, tirando uma lata de tabaco<br />

do bolso.<br />

Depois que fechei a porta divisória, me encontrei sem saber o que fazer.<br />

Griff evidentemente tinha terminado suas tarefas, e desde que mal tinha falado<br />

comigo, me senti estranha em incomodá-lo. Eu vaguei no celeiro... por um tempo.<br />

Mas assim que visitei os cavalos e examinando o equipamento de montagem<br />

continuei a andar de um lado para o outro novamente.<br />

— Você vai dizer o que se passa por sua cabeça, menina, ou vai apenas<br />

manter suspirando uma tempestade?<br />

Virei-me bruscamente, assustada. Quase me esqueci que Griff ainda estava<br />

aqui.Em nossa viagem de carro do aeroporto para a mansão, ele parecia calado e<br />

sem humor. Depois de ter passado algum tempo na fazenda, porém, o conheci. Ele<br />

não tinha intenção de afastar as pessoas com o seu silêncio, ele só não queria falar.<br />

E agora, eu precisava de um conselho e isso soou bem. Alguém que sabia<br />

ouvir sem julgar. Parecia que Griff era meu homem.<br />

Eu hesitei... então derramei meus problemas. Mesmo deixando de fora os<br />

detalhes sórdidos, falei por meia hora sobre a importância da carreira, amor, e<br />

como fui pega no meio de duas coisas importante. Quase pensei que ele iria<br />

cochilar de tanto que tagarelei. Quando terminei, ele estava olhando para o nada<br />

enquanto coçava a barba. Assim quando comecei a pensar se ele realmente tinha<br />

ouvido uma única palavra, ele perguntou.<br />

— Você já pensou no reformatório fora dos limites do Condado?<br />

Eu neguei com a cabeça. — Há algo assim por aqui?<br />

— Pode ser chamado de 'reformatório juvenil', ou seja lá o que for chamado<br />

nos dias de hoje. — ele virou a cabeça para cuspir. — Eles precisam de pessoas<br />

boas, que realmente gostam de ajudar as crianças a obter seus diplomas e ficar fora<br />

de confusão... não somente pessoas que só querem receber seu salário.<br />

Comecei a roer minha unha enquanto pensava sobre isso. Eu não estava<br />

especificamente certificada para isso, mas os vários diplomas que tinha<br />

provavelmente teria que sobrepor, eu escolhi as minhas aulastendo como objetivo<br />

ensinar pessoas de baixa renda. Alunos que passaram a vida inteira em escolas<br />

subfinanciadas, com falta de pessoal e em bairros perigosos. Um centro de


detenção juvenil era apenas um passo além disso, crianças que tinham cometido<br />

alguns delitos era um achado ainda maior. Definitivamente, que tipo de trabalho<br />

não teria qualquer desafio?Nunca me ocorreu procurar um trabalho no sistema<br />

penitenciário, mas...<br />

— Isso é uma ótima ideia. —respondi em voz alta. — Você sabe alguma<br />

coisa sobre a escola?<br />

Griff negou com a cabeça. — Não tinha muitos motivos para descobrir. Eu<br />

provavelmente não tenho as informações corretas. Pode ser um reformatório para<br />

meninos e outro para as meninas.<br />

Suponho que não sei o que me espera. Eu sorri para o velho capataz.<br />

— Obrigada mesmo assim. Foi de grande ajuda.<br />

Uma pesquisa no Google iria acabarcom o resto das minhas dúvidas; o<br />

querealmente importou foi o vislumbre de esperança que Griff tinha plantado em<br />

mim. Talvez eu pudesse ficar em Montana, afinal.<br />

Ele grunhiu em reconhecimento e abaixou a cabeça. Mas quando me virei<br />

para sair, ele disse. — Você tem algum problema com a senhorita Celeste. —foi<br />

uma declaração, não uma pergunta.<br />

Pega de surpresa, eu murmurei. — Uh...<br />

Não tinha revelado muito sobre bater de frente com Celeste. O que mais eu<br />

podia dizer a ele?<br />

— Antes deste trabalho, ela morava com a irmã e seu marido inútil.<br />

Enquanto ela servia mesas, ele assaltava suas gorjetas para beber. — Griff virou e<br />

cuspiu no chão novamente. — Isso não é uma desculpa para seus disparates,você<br />

entende? Só uma razão.<br />

Eu assenti lentamente. —Então como ela começou a trabalhar para Russ?<br />

— Bem, o bastardo maltratou muitas vezes a irmã de Celeste, e uma noite a<br />

situação chegou no ouvido do xerife. Não sei se Celeste que o chamou ou se foi um<br />

vizinho, mas de qualquer forma, a fofoca correu pela cidade. Russ foi até a<br />

lanchonete e ofereceu-lhe um emprego, casa, comida e salário. Ele disse que<br />

Celeste era bem-vinda a trazer sua irmã, mas acho que ela não quis vir... não sei os<br />

detalhes. Celeste envia o dinheiro a cada dois meses.<br />

Por um momento, eu estava atordoada. Não podia imaginar ter que lidar<br />

com algo assim. — Obrigada, Griff. —eu disse finalmente. — Vou me lembrar.


E eu iria, foi a mais longa conversa que tive com ele, e colocou muita coisa<br />

em perspectiva.<br />

Durante a minha briga com Ford, gritei que minha mãe não era como<br />

Celeste. Agora, porém, me perguntava se a diferença entre elas era realmente tão<br />

grande. Claro, Celeste era traiçoeira e cruel em relação ao dinheiro, enquanto<br />

minha mãe era apenas pragmática, sem nunca perder a sua atitude positiva. Mas se<br />

aquele advogado viúvo e gentil não tivesse chegado? Minha mãe tinha que tomar<br />

conta de mim. Até que ponto ela chegou para manter a comida na mesa? Ela se<br />

tornaria amarga depois de anos de má sorte e medo? Não sabia se eu poderia<br />

responder a essa pergunta.<br />

Me senti um pouco culpada. Eu nem sequer tinha me preocupado, em<br />

perguntar o motivo pela qual Celeste,tinha agido da forma como agiu; Apenas a<br />

descrevi como uma cadela. Ela teve uma vida difícil antes, e provavelmente faria<br />

qualquer coisa para evitar isso novamente. Isso não era uma desculpa, como disse<br />

Griff, e eu tinha certeza que ela não precisava da minha pena,especialmente por<br />

não saber que eu tinha desenterrado o seu passado. Mas agora sabia que<br />

precisávamos de ter uma conversa. Em breve.<br />

Primeiro tinha que cuidar da minha situação de trabalho. Agradeci a Griff<br />

por ter me ouvido, em seguida, voltei para a casa e fui para o andar de cima e<br />

ligueimeu laptop. Uma rápida pesquisa mostrou que na verdade havia dois centros,<br />

separados por sexo. O dos meninos era do outro lado do Condado, mas o centro<br />

das meninas não era muito longe da fazenda, uma facilidade para ir e vir todos os<br />

dias.Puta merda, essa ideia poderia funcionar. A excitação despertou no meu peito.<br />

Dois braços quentes me envolveram por trás, criando um tipo diferente de<br />

faísca. O queixo de Ford descansou em cima da minha cabeça.<br />

— O que esta fazendo? — ele perguntou. — O almoço está pronto.<br />

— Você realmente quer que eu fique aqui? Na fazenda? — eu disse.<br />

Ele ficou imóvel, respiração difícil despenteando meu cabelo. Droga, Emma,<br />

você poderia ter levado isso um pouco mais suave. Não tinha pensado em pedir<br />

para que ele avaliasse nosso relacionamento nesse momento. Nervosa, esperei<br />

ouvindo Jeopardy, tocando em um volume baixo como plano de fundo no laptop.<br />

Finalmente, ele respondeu, — Eu não pretendia deixá-la sair.


Meu estômago vibrou com alívio e agradável surpresa. — Desculpe por isso<br />

parecer estranho. — eu disse. — É só que... se eu vou ficar, preciso encontrar um<br />

emprego. Algo com um propósito, onde eu posso estar confiante de que o meu<br />

trabalho vá fazer realmente diferença para o mundo. Griff sugeriu para que eu<br />

ensinasse no reformatório juvenil. — eu hesitei e, em seguida, continuei — Eu<br />

contei a Griff sobre nós. Me desculpa. Eu deveria ter falado com você para me<br />

certificar de que estava tudo bem.<br />

Não sabia como ele reagiria comigo porter contado nossos segredos. Mas<br />

todos os meus medos foram dissipados quando Ford respondeu. — Não se<br />

preocupe. Griff vêtudo o que acontece nessa fazenda, afinal...Eu acabei de falar com<br />

ele, também, mas ele provavelmente já sabia. — ele sorriu. — E acho que sua ideia<br />

de trabalho é muito boa. Na verdade, conheço o cara que dirige o lugar. Vou ligar<br />

para ele agora e pedir uma visita agendada.<br />

Eu deitei minha cabeça no encosto da cadeira, ele se inclinou para me beijar.<br />

Passamos muito tempo nos beijando até que finalmente o deixei fazer o<br />

telefonema.<br />

a<br />

No dia seguinte, depois de ter passado vinte minutos incansáveis<br />

eimpressionante na minha bagunça de roupas de férias, fomos para o carro e<br />

dirigimos para o Condado. O centro de detenção parecia uma típica escola melhor<br />

do que eu esperava: meia dúzia de edifícios baixos, com telhado vermelho<br />

distribuídos por um grande gramado, aparado. No escritório principal, Ford<br />

apresentou-me ao Superintendente, um homem de meia-idade loiro e<br />

calvochamado Ted Wright.<br />

Ted apertou a mão Ford evitando olhar para mim . — Bem-vindo ao centro<br />

de reabilitação Oak Creek e Miss Carter. — ele cresceu. — Esta instituição serve até<br />

vinte delinquentes femininos entre as idades de dez e dezoito anos...Onde disse<br />

que foi para a faculdade?


Distraída por ele soar como um folheto, quase não entendi sua pergunta.<br />

— Não acho que disse. Mas acabei de me formar em Stanford.<br />

— Como o mundo é pequeno, e uma ótima faculdade. O sobrinho da minha<br />

esposa apenas recebeu a carta de aceitação. — Ted entrou no hall, acenando para<br />

seguirmos. — E o que você estudou?<br />

Desta vez eu tinha uma resposta pronta para disparar. — Matemática de<br />

nível secundário e Ciências, com ênfase no ensino de recuperação de jovens em<br />

risco. Eu fiz o meu ensino para alunos no nívelsecundário. Mas eu também tenho o<br />

curso de pedagogia e psicologia do desenvolvimento, que concentraram-se sobre o<br />

nível de ensino fundamental.<br />

Ele nos mostrou as salas de aula, dormitórios, sala de aconselhamento, Ted<br />

se manteve lançando perguntas repentinas. Ford seguiu-me um passo atrás,<br />

commãos nos bolsos, deixando-me falar. Finalmente a turnê terminou no escritório<br />

principal. Acenando para uma mulher de cabelo curto em um terninho verde<br />

escuro, Ted disse.<br />

— Eu quero que conheça Maddie Baker. Ela é a gerente aqui. Maddie, esta é<br />

Emma Carter.<br />

— Prazer em conhecê-la. — respondi, apertando a mão bem cuidada e<br />

pensando no que estava acontecendo.<br />

— Com base na sua formação e experiência a Senhorita Carter tem muitas<br />

qualificações. — Ted pigarreou alto, fazendo minha esperança despencar. — Mas<br />

as instalações juvenil rural como se esta, não recebe muitos candidatos...<br />

especialmente aqueles bem treinados, talentoso como você parece ser.<br />

Maddie interrompeu. — O que Ted quer dizeré que seria uma honra tê-la<br />

conosco.<br />

Ford me deu uma rápida olhada de soslaio que disse: pode crer que sim.<br />

— É mesmo? Mas... Eu nem mesmo passei por uma entrevista. — gaguejei.<br />

Ford tinha passado o meu currículo todo pelo telefone ou algo assim?<br />

Ted apenas riu. — Eu sei reconhecer um bom professor quando vejo um.<br />

— Agora, sobre seus deveres. — Maddie disse vivamente. — As aulas são<br />

ministradas por oito horas todos os dias da semana durante todo o ano. Só temos<br />

um professor agora, então você vai lidar com aulas de Matemática e Ciências para


todos os níveis. Quando pode começar? Assumindo, claro, que você passe seus<br />

antecedentes.<br />

Uma centelha de emoção explodiu em um verdadeiro brilho. Isso estava<br />

realmente acontecendo, e percebi que era aqui exatamente onde eu estava<br />

destinada a ficar. Se eu soubesse mais sobre lei juvenil, poderia ter visto esta<br />

oportunidade de emprego, mesmo sem o conselho de Griff. Essas meninas<br />

precisavam de mim mais do que os alunos de D.C., seria mais fácil para Lincoln<br />

High School encontrar um substituto qualificado do que para Oak Creek encontrar<br />

alguém. E se trabalhar aqui deixava-me perto de Ford, poderia considerar que isso<br />

foi apenas a cereja no bolo. Eu queria pular de alegria, beijar Ford na frente de<br />

todos o assustando, mas em vez disso eu respondi friamente.<br />

— Adorei a oportunidade, e posso começar assim que precisarar de mim.


Capítulo 20<br />

l<br />

Emma<br />

Os dedos de Ford entrelaçaram-se com os meus, enquanto guiava a<br />

caminhonete ao longo do trecho da estrada de mão dupla de volta para a fazenda.<br />

Dentro de mim floresceu um contentamento desenfreado. Tudo estava se<br />

encaixando. Eu estava com medo sobre as coisas que poderiam acontecer nesse<br />

verão, mas a sorte tinha me dado oportunidades incríveis, um relacionamento e<br />

um trabalho.Reflexivamente, apertei a mão de Ford que me olhou de relance,<br />

sorrindo.<br />

— Você está feliz, querida?<br />

— Feliz? Essa não a palavra certa para o que estou sentindo. — eu respondi.<br />

— Precisamos pegar suas coisas para que se mude para cá. E comprar para<br />

você um carro antes que chegue o inverno.<br />

Suas palavras trouxeram a minha mente, a imagem de um caminhão de<br />

mudanças estacionado na frente da fazenda, com homens descarregando todas as<br />

coisas que estava aguardando para ser embaladas, no meu pequeno apartamento<br />

de Stanford, antes de vir para Washington. Eu imaginei minha mãe e Russ de pé na<br />

varanda da frente boquiabertos se perguntando o que diabos estava acontecendo.<br />

Algumas alegrias desapareceram, mas agarrei a mão de Ford mais forte.Não, nós<br />

vamos resolver isso.<br />

— Ford. — eu comecei suavemente. — Como vamos contar aos nossos pais<br />

sobre nós?<br />

Ele me olhou por um segundo antes que seus olhos focassem na estrada<br />

outra vez.<br />

— Vamos falar com eles quando chegarmos. Não há jogos. Eu amo você e<br />

você me ama, e nós vamos ficar juntos. Os rótulos não importam; o que sentimos<br />

um pelo outro é mais importante. Se eles tiverem um problema com isso, podemos<br />

discutir como adultos, e isso é o fim.<br />

Seu dedo acariciou as costas da minha mão quando terminou de falar.


Estávamos em uma estrada deserta, e essefoi o momento que o homem<br />

decidiu contar que me amava.<br />

— Encoste.<br />

Ford virou a cabeça para me olhar. — O que? O que há de errado? — ele<br />

perguntou, mas já estava desacelerando.<br />

— Apenas faça, encoste.<br />

Eu já estava desafivelando o cinto de segurança quando Ford encostou a<br />

caminhonete ao lado da estrada. Agradeço aos deuses pelos bancos regulaveis,<br />

pensei. Deslizei para o banco de Ford empurrando minha pernas para monta-lo.<br />

— O que eu fiz para merecer isto? — ele perguntou.<br />

— Que homem diz a uma mulher que a ama, enquanto está voando em uma<br />

estrada rural a 100p/hr? Essa é a verdadeira questão.<br />

Eu tentei soar severa, mas estava sorrindo loucamente, o sorriso de Ford<br />

estendeu-se refletindo o meu.<br />

— Como se você não tivesse descoberto por si. — ele murmurou,<br />

aproximando os lábios dos meus.<br />

Eu levantei a minha mão, colocando um dedo em sua boca,algo não podia<br />

acreditar que estava fazendo... mas só desta vez.<br />

— Diga novamente.<br />

Seus olhos brilharam. — Eu amo você, Emma. Muito mesmo.<br />

Deixei meu dedo cair. — Eu também te amo, Ford. Agora me beije.<br />

Inclinei minha cabeça e nossos lábios se tocaram, ele mergulho a língua me<br />

provando. Eu queria que ele possuísse cada centímetro de mim, e não apenas com<br />

a língua. As minhas mãos deslizaram de seu peitopara o botão de seu jeans,uma<br />

vez que uma mão já estava dentro puxei seu pau grosso e duro, com isso Ford<br />

afastou-se do beijo.<br />

— Você percebe que estamos do lado de uma estrada pública, certo?<br />

Olhei pela janela, com a mão ainda em seu pau e observei ao longo da<br />

estrada vazia. Os vidros estavam embaçados e não tinha visto nenhum carro passar<br />

nos 20 minutos que estávamos nessa estrada. Estou com sorte, porque este homem<br />

incrível e lindo me ama.<br />

Voltei a olhar para Ford que resistia, enquanto minha mão o acariciava.<br />

— O que pode acontecer se formos apanhados?


Ele deu um sorriso. — Eu pareço um louco?<br />

— Com sorte no amor. — eu o corrigi.<br />

— Foda-se, então. Quero dizer foda-me.<br />

— Coisa atrevida. — suas mãos saíramdas minhas pernas e agradeci quem<br />

estava ouvindo lá em cima, por eu ter decidido de usar uma saia para minha<br />

entrevista improvisada. Quando Ford tocou a minha calcinha, ele suspirou. — Falei<br />

sem calcinha.<br />

— Era uma entrevista de emprego. — disse, exasperada.<br />

Ele franziu o cenho. Querido Deus, um Dom lindo e arrogante. A imagem de<br />

seus lábios carnudos recusando os meus quando me aproximei me fez sentir como<br />

se meus ovários tivessem derretido. Quando os dedos se alternaram na parte da<br />

frente da minha calcinha, Ele gemeu.<br />

— Sempre esta molhada para mim.<br />

Dois dedos escorregaram para dentro, e foi minha vez de gemer. Meus<br />

mamilos endureceram contra o sutiã, e de repente minha ideia para uma rapidinha<br />

na estrada, não parecia mais tão inteligente, porque queria estar nua e espalhada<br />

na cama dele. Então ele mudou os movimentos dos dedos, e não me preocupei mais<br />

com nada, somente em como me sentia com seu dedo dentro de mim. Droga, mas a<br />

sensação de ter qualquer parte dele dentro de mim nunca falhava, enviando<br />

tremores que provocavam arrepios em cada polegada da minha pele.<br />

Ford ergueu minha saia agrupando-a na minha cintura, agarrou meu quadril me<br />

puxando para a frente e me posicionou contra a cabeça de seu pau. E então ele<br />

congelou.<br />

— Merda. O preservativo.<br />

— Eu estou bem com isso, se você estiver.<br />

Seus olhos encontraram os meus.— Tem certeza, Emma?<br />

— Eu não tenho nenhuma doença. E não há nada que eu queira mais do que<br />

ter você sem nada entre nós.<br />

O quadril de Ford contrariou contra o meu. — Eu quero seus braços em<br />

volta de mim, querida.<br />

Coloquei meus braços em volta do pescoço, e pressionei minha testa a<br />

sua,Ford abaixou-me sobre seu pau delicioso centímetro por centímetro. Puta<br />

merda. Perguntava-me se iria me acostumar ao seu tamanho.


Meu corpo se rendeu ao seu, e apreciei a plenitude extraordinária. Quando<br />

ele começou a empurrar, lentamente subi e desci recebendo cada golpe enquanto<br />

olhava em seus olhos. Uma de suas mãos deixou meu quadril emaranhando em<br />

meu cabelo, nossos lábios colidiram-se novamente, incapazes de obter o suficiente<br />

um do outro.<br />

Meus músculos internomais apertado com cada impulso. Meu orgasmo<br />

estava construindo, prestes a quebrar através de mim.<br />

O aperto de Ford no meu cabelo tornou-se mais firme, em seguida ele se<br />

afastou de minha boca.<br />

— Amo você, Emma. Porra. Vou gozar. Me acompanhe, querida?<br />

— Sim.<br />

O que eu esperava ser uma rapidinha no banco da frente da caminhonete, se<br />

transformou em uma sinfonia, perfeitamente coreografada de movimentos e<br />

reações. Quando olhei nos olhos de Ford o prazer selvagem do orgasmo estava<br />

prestes a passar por mim, e foi um dos momentos mais belos da minha vida, o qual<br />

jamais tinha experimentado.<br />

a<br />

Havia algumas desvantagens para sexo no carro, como a limpeza, mas dado<br />

o meu aquecimento pós-orgasmo...eu tive um momento difícil para lidar. Mas com<br />

cada quilômetro mais perto de chegamos a fazenda minha apreensão aumentava.<br />

— O que exatamente vamos falar com eles? —perguntei.<br />

Mais uma vez, meus dedos estavam entrelaçados com os dedos fortes de<br />

Ford, em uma aperto firme. Estar com um homem que possuía uma mão como<br />

essa, era maravilhoso, e eu estava começando a perceber que ele poderia pegar<br />

minha mão, que o seguiria para qualquer lugar.<br />

— Nós só vamos falar com eles. Sem besteiras. Sem desculpas. Somos<br />

adultos. Temosa sorte de saber que os nossos pais genuinamente querem que


sejamos felizes. — ele olhou para mim antes de olhar para a estrada. — Não acho<br />

que vai ser uma produção tão grande quanto você está imaginando, querida.<br />

— Isso é tão... Eu não sei. Estranho?<br />

— Ponha-se no lugar deles. Quão estranho foi para sua mãe dizer para você<br />

que ia se casar novamente? Como você acha que ela se sentiu? E meu pai? Para vir<br />

para casa e me dizer que ele tinha caído de amor por uma mulher no espaço de<br />

uma semana? Estranho, com certeza, mas você acha que por um minuto eles<br />

deixaram aquele embaraço impedi-los de ficar juntos?<br />

Ok, o homem tinha um ponto válido. — Então vamos entrar, e dizer a eles.<br />

—minha apreensão foi drenada pelo rosto confiante de Ford. —E se eles se<br />

assustarem?<br />

Ele atirou-me um sorriso devastador. — Lidamos com isso. Você é minha,<br />

Emma. Sem susto, ou caso contrário nossos pais vão nos impedir de ficarmos<br />

juntos. Tenha um pouco de fé, está bem?<br />

Puxei uma respiração. Eu poderia ter fé, poderia fazer muitas coisas com<br />

Ford ao meu lado. Ou atrás de mim. Ou abaixo de mim. Ou em cima de mim. Com<br />

esses pensamentos dei a ele um sorriso sedutor.<br />

— Droga, Emma. Não me faça te levar primeiro para o celeiro, para dar<br />

umas palmadas na sua bunda até que ela fique vermelha, para que você possa se<br />

comportar.<br />

— Eu não sei se isso era para ser uma suposta ameaça... mas você<br />

definitivamente está errando o alvo.<br />

Sua risada encheu a cabine da caminhonete, junto com algo que parecia<br />

muito, "pelo menos eu sei o que vamos fazer depois."<br />

Quando paramos, Ford estacionou na garagem pedindo para que eu o<br />

esperasse, logo que saltou veio para o meu lado e abriu a porta me ajundando a<br />

saltar.<br />

— Não se preocupe. Emma,temos tudo sobre controle.<br />

Assentindo com a cabeça, respondi. — Você está certo.<br />

Mais uma vez agarrei sua mão e senti que juntos nós poderiamos dominar o<br />

mundo.


a<br />

Entrei na cozinha, meu corpo ainda sentindo o aperto esmagador dos<br />

braços de minha mãe e de Russ. Dizer que as coisas tinham saído melhores do que<br />

esperava era puro eufemismo. Os olhares horrorizados e desafios acusatório?<br />

Completamente ausente. Os sorrisos felizes e felicitações? Autênticos e<br />

enormes. Eu não sabia se seria capaz de parar de sorrir por vários dias.<br />

Até que Celeste saiu da despensa segurando um saco de supermercado, e<br />

uma expressão azeda que imediatamente torceu suas feições ao me ver.<br />

Não. Apenas não ia aceitar isso,Montana podia ser o Oeste, mas não era o<br />

Oeste Selvagem, e esta fazenda era de fato grande o suficiente para nós duas. Tinha<br />

chegado o momento de fazer as pazes. E eu não ia fugir de Celeste.<br />

Recusei a deixar meu sorriso vacilar enquanto ela me estreitava com o<br />

olhar.<br />

— Você não tem que parecer tão presunçosa. Embora, eu não devesse estar<br />

surpresa. Você está provavelmente disposta a fazer o que quiser...<br />

Eu ergui uma mão. — Chega Celeste já foi o suficiente. Estou cansada de<br />

tudo isso que estamos fazendo. — ela fechou a boca, então tomei isso como minha<br />

oportunidade perfeita para continuar. — Eu vou ficar aqui na fazenda,para sempre.<br />

E nossos pais sabem que eu e Ford estamos juntos. Eles estão<br />

completamente bem com isso. Então, você não precisa gostar de mim, mas vamos<br />

ter que descobrir uma maneira de nos entender.<br />

Celeste ficou rígida. — Então me demita. Isso é o que você quer fazer, não é?<br />

Eu neguei com a cabeça. — Não. Você vai trabalhar aqui enquanto quiser.<br />

Essa casa é sua também, e certamente não é minha intenção de mandá-la embora.<br />

Só quero ter a certeza de que fique claro que Ford não é uma opção.<br />

Eu esperava uma resposta maliciosas, mas o que ouvi foi algo totalmente<br />

diferente: Ela riu e sacudiu os ombros enquanto envolvia um braço em torno de si<br />

e o outro levantou para seu rosto.


— Nem quero Ford. Meu Deus, Eu sou uma idiota. Eu pensei que... apenas<br />

talvez... se conseguisse que ele me notasse, eu nunca teria que me preocupar<br />

novamente. Mas Mac tinha que arruinar tudo!<br />

Certo, agora eu estava completamente perdida. —Mac?<br />

Celeste tirou a mão do rosto. — Você não pode escolher por quem vai se<br />

apaixonar... mesmo quando sabe o que é melhor. — ela sacudiu a cabeça<br />

acrescentando. — Eu disse a mim mesma que nunca iria me apaixonar por um<br />

cowboy, mas ele simplesmente conquistou o meu coração, e agora não há nenhuma<br />

maneira de retira-lo.<br />

Meu cérebro girou para acompanhar a conversa. Celeste e Mac? Desde<br />

quando? O que?<br />

Ela se aproximou da mesa reunindo a sacola novamente e pegou meu olhar<br />

confuso.<br />

— Eu estou cuidando dele enquanto está acamado no quarto de Griff. Como<br />

Griff vai visitar o seu sobrinho, Mac e eu vamos ter um tempinho para nós, não que<br />

vá acontecer muita coisa já que sua perna esta machucada. — seu sorriso<br />

amoleceu. — Mas vai ser bom ter um tempo sozinho.Isso me dá a oportunidade<br />

para falar sobre o que vamos fazer.<br />

Com isso, ela caminhou para fora da cozinha, com um olhar melancólico no<br />

rosto. A porta do fundo fechou com um clique tranquilo, antes da voz de Ford<br />

enchera cozinha.<br />

— Ela esta ainda causando problemas?<br />

—Não.<br />

Levantei-me e virei para olha-lo. Adorei não ter de olhar por cima do meu<br />

ombro ou dele,para ver quem poderia estar nos observando. Gostei de saber<br />

quepodia atravessar a cozinha envolver meus braços em volta dele e apertar sua<br />

bunda sem consequências, não que eu não estivesse completamente excitada para<br />

experimentar. Então eu fiz exatamente isso.<br />

Ford enfiou seus dedos pelo meu cabelo e inclinei meu rosto em sua direção.<br />

— Você tem certeza que está tudo bem?<br />

Estendi a mão e envolvi meus braços em volta do pescoço, ficando na ponta<br />

dos pés ao mesmo tempo que puxei o rosto dele em direção a meu.


— Completamente bem. Absolutamente perfeito. — sussurrei, antes de<br />

pressionar os meus lábios nos dele. A mão de Ford segurou a parte de trás da<br />

minha cabeça, e não falamos por um tempo.


Epílogo<br />

Emma<br />

Uma brisa quente, bateu em nossas costas suadas enquanto minha mãe,<br />

Ford, e eu andávamos em direção a fazenda. Não tinha chovido por semanas e o pó<br />

da trilha revestiu minha garganta.<br />

— Ford? Me dá um pouco da sua água?<br />

— Já bebeu tudo? —mesmo me provocando, Ford guiou Richter para mais<br />

perto da minha égua e entregou seu cantil. Tomei um gole e devolvi.<br />

— Oh, vocês são tão fofos juntos! — minha mãe disse atrás de nós. Seu<br />

cavalo estava mais interessado nas flores silvestres na borda da trilha que em<br />

acompanhar a passada rápida de nossos cavalos.<br />

Dei um gemido simulado. — Por favor mãe, acalme-se. Eu precisava de uma<br />

bebida.<br />

Nós estávamos voltando de um piquenique na floresta. O tempo todo,<br />

mamãe tinha falado algo sobre nós, sempre que fazíamos qualquer coisa<br />

semelhante a um casal: quando deitei minha cabeça no ombro de Ford, e ele me<br />

ofereceu um pedaço do seu bolo, até mesmo o fato de encostarmos nossas mãos<br />

quando tentamos pegar uma maçã no mesmo momento.<br />

Russ apareceu em nosso passeio, mas depois do almoço de hoje, ele tinha<br />

saído da fazenda no caminhão, e nem minha mãe nem a Ford me contaram o que<br />

ele estava fazendo. Eu sabia que minha mãe tinha seu lado bobo, mas nunca<br />

esperei que Ford entrasse no jogo dela.Mas como ele gostava de jogosno quarto<br />

então não podia estar surpresa...suspirei com um sorriso, apenas um pouco<br />

irritada. Mesmo quando minha nova família decidiu se juntar para me esconder<br />

algo, não deixei de amar o modo como vivia: calma, feliz e livre.<br />

Nossos cavalos relincharam quando entramos no celeiro. Eles sabiam que<br />

isso significava que seu trabalho tinha terminado por hoje e tudo o que queriam<br />

era um pouco de feno. Desmontei Delilah e afrouxei sua sela, cuidando para não<br />

prender o meu anel de noivado como da última vez, e comecei a levá-la para a<br />

frente na rédea solta. Eu sorri, era praticamente um profissional.


Enquanto caminhávamos levando nossos cavalos para suas baias, ouvi o<br />

barulho de cascalho sendo triturado pelo ronco de um motor. Olhei para minha<br />

mãe através da luz fraca.<br />

— É Russ?<br />

Ela me deu um sorriso manhoso. — Talvez. Vá olhar lá fora...nós cuidaremos<br />

do seu cavalo.<br />

Quando olhei para Ford para me dar uma pista, ele apenas estendeu a mão,<br />

seus lábios ligeiramente sorrindo com diversão.<br />

Oh, eu desisto! Terei que descobrir sozinha por que eles estão agindo de<br />

maneira estranha.<br />

Passei as rédeas de Delilah para Ford e sai para fora, piscando rápido.<br />

Perto da casa, um carro prateado acabava de parar .A porta do motorista se<br />

abriu e um borrão de saia de seda, blusa com babados voou para fora, gritando.<br />

— Emma!<br />

— Avery! — gritei, antes de caminhar para ela e a envolver em um abraço<br />

esmagador.<br />

Avery Palmer era minha meia-irmã do terceiro casamento de minha mãe.<br />

Quando eu era adolescente, eu e mamãe nos mudávamos com muita<br />

frequência a era difícil fazer amigos permanentes, então fiquei emocionada quando<br />

mamãe se casou com alguém, que tinha uma filha um ano mais nova que eu. Foi<br />

como ganhar uma irmã de Natal, de imediato nós conversamos sobreestereótipo<br />

feminino. Minha mãe ficou com o Senhor Palmer apenas por alguns anos, mas eu e<br />

a Avery ainda mantínhamos contato, mesmo depois que ela deixou a Califórnia<br />

para estudar em London College of Fashion.<br />

— Não te vejo há muito tempo. — eu disse. — Como vai?<br />

Ela deu um gemido exagerado. — Fico feliz de ter terminado aquele<br />

semestre sangrento! Às vezes pergunto-me se me formar cedo vale a pena...<br />

especialmente depois da mais recente notícia do casamento da Senhorita Cynthia.<br />

— Cada vez que te vejo você parece um pouco mais britânica. — provoquei.<br />

— Aposto que os rapazes americanos adoram quando volta para casa para<br />

visita-los.


— Está um pouco dificil encontrar rapazes tanto Americano como Britânico<br />

a maioria deles andam em um nível de relacionamento diferente. — ela disse,<br />

deliberadamente exagerar o sotaque. — Só pareço uma mutante descendente de<br />

uma patricinha triste. —rapidamente, ela colocou dois dedos sobre os lábios<br />

cereja. Como sempre, suas unhas estavam primorosamente pintadas; a obra-prima<br />

de hoje contava com um toque de glitter azul em marfim polonês, sobrepostos com<br />

flores de prata. — Esqueça que eu disse isso, foi rude como o inferno.<br />

Eu ri. — Bem, seja lá o que for, você terminou com os exames finais e agora<br />

vai poder relaxar com a gente. — coloquei meu braço em volta de seus ombros.<br />

— Já comeu? Nós já almoçamos... hum, mas acho que temos uns bifes na geladeira...<br />

Nós sempre temos bife.<br />

Eu parei quando notei que ela não estava prestando atenção. Segui seu<br />

olhar para a caminhonete que tinha acabado de chegar do outro lado do jardim da<br />

frente. Russ tinha saído e estava agora falando alto, com um homem de cabelo<br />

preto e uniforme de militar azul acinzentado. Algo nele me pareceu familiar.<br />

Eu sorri sarcasticamente para Avery. — Oh, eu vejo o que você está realmente com<br />

fome para isso.<br />

— Vá a merda. — ela respondeu, sem qualquer sinal de estar realmente<br />

brava. — Quem é esse?<br />

Boa pergunta. Olhei fixamente para o homem, por um segundo. Então me<br />

lembrei de onde tinha visto aquela fisionomia esculpida antes, nos quadrosno<br />

quarto de hóspedes.<br />

— Oh! Esse é o nosso outro meio-irmão. O novo marido da nossa mãe tem<br />

dois filhos, Ford e Nixon.<br />

Avery franziu a testa. — Meio-irmão? Droga. Que sorte a minha.<br />

— Nunca diga nunca. Apontei para a Ford, que tinha saído do estábulo para<br />

acolher Nixon. — Eu tenho um deles.<br />

O olhar dela caiu para o diamante brilhando na minha mão. — Então isso é...<br />

dele?<br />

Assenti, mordendo meu lábio contra um enorme sorriso tolo. Ford tinha<br />

proposto casamento a poucos dias atrás, e eu ainda mal podia acreditar. Meu anel<br />

era absolutamente deslumbrante. Um modesto de 2 quilates, feito a mão por um


joalheiro local por especificações exatas de Ford. Eu realmente gostei do anel como<br />

gostava do homem que me deu.<br />

— Uau. Isso é uma tremenda pedra. Sem duvida soube como escolher.<br />

Antes que eu pudesse rir e diz-lhe para se calar, nossa mãe veio para<br />

abraçar Avery. Logo em seguida ela recebeu os cumprimentos de Nixon, Ford e<br />

Russ. Não perdi o duplo sentido no olhar de Nixon quando viu Avery, admirando a<br />

minha meia-irmã da cabeça aos pés, antes que seus olhos azuis vívidos, finalmente<br />

encontrassem os dela. O rosto de Avery estava ligeiramente corado e sua boca<br />

curvada em um sorriso sutil, surpreso mas ainda sensual.<br />

Você vai ter ele, garota, pensei.<br />

Quando Ford veio para o meu lado, apertou minha mão. Eu ainda ficava<br />

maravilhada com esse pequeno gesto, como podíamos apenas serafetuosos sem<br />

pensar em nada, sem precisar esconder de ninguém e sem nos preocuparmos<br />

sobre o dia que seríamos descobertos. E pensar que a meia hora mais<br />

terrivelmente embaraçosa da minha vida, foi quando nós revelamos a nossa<br />

relação para minhamãe e Russ. Mas olhando de onde eu estava agora tinha válido a<br />

pena cada minuto. Agora podemos desfrutar um do outro na presença de qualquer<br />

pessoa. E nossa vida perfeita estava apenas começando.


<strong>His</strong> <strong>Plaything</strong>


Sinopse<br />

Aviso: Se você não consegue lidar com um Fuzileiro da marinha com uma<br />

boca suja e um pau enorme que quer transformá-la em seu brinquedo, esse não é<br />

um livro para você. Continue.<br />

Um imbecil que você poderia expulsar do quarto.<br />

Esse é o cenário que encontro: meu novo companheiro de quarto fodendo<br />

uma loira na mesa da cozinha.<br />

Isso é certo, antes olhei com cuidado para seu pau gigante. Dica: calcinha<br />

molhada.<br />

Ah, e mencionei que ele é um fuzileiro naval?<br />

Um semestre. É o tempo que tenho que aguentar, e depois vou embora,<br />

formada, para entrar no mundo real.<br />

Mas posso sobreviver tanto tempo sem me tornar... Seu brinquedo?


Capítulo 1<br />

l<br />

Nixon<br />

Eu tinha planejado desfrutar de minhas férias de Outono ao máximo. Assim<br />

que pousei em Coronado Island, tinha pedido comida chinesa gordurosa e dormi<br />

como uma pedra. Depois fui ao Trader Joe e reabasteci minha geladeira, com<br />

comida e cerveja, e não consegui uma folga. Mais tarde encontraria Fox e Logan no<br />

basquetebol, vamos frenquentar os bares, ou o que diabos sentirmos vontade de<br />

fazer. Gostaria de desfrutar de uma boa solidão também, só relaxando no<br />

abençoado silêncio e privacidade do meu apartamento. Claro, eu iria me<br />

familiarizar novamente com todo pedaço perfeito de bunda no Condado de San<br />

Diego. Isto vai ser demais.<br />

Então meu pai atirou tudo para o inferno em um único telefonema.<br />

— Avery vai morar aqui? A partir de hoje? — impossível ter ouvido direito.<br />

Mudei o telefone para o meu ombro para poder segurar melhor o cabo da frigideira<br />

com uma mão e virar o bacon com a outra. — Você não pode estar falando sério,<br />

pai. Acabei de sair de um período de nove meses de serviço.<br />

— Oh, você está de licença? Perfeito. Isso significa que você pode ajudá-la a<br />

se mudar.<br />

Segurei um rosnado. Ele sabia muito bem como era os meus horários. Eu<br />

tinha praticamente acabado de voltar da visita que fiz a ele e sua nova esposa em<br />

Wild Cliffsfa. Estaria voltando outra vez em dois meses, caramba. Realmente fiquei<br />

pouco tempo para perguntar pessoalmente? No meu longo silêncio, taciturno, meu<br />

pai deixou seu tom de voz cair.<br />

— Nixon. Você será educado para Avery. Você vai cuidar dela. Na verdade,<br />

você fará com que seu último semestre na UCSD seja o melhor. Estamos<br />

entendidos?<br />

— Claramente, senhor.


Tentei e não consegui suprimir algumas imagens mentais muito<br />

perturbadoras. Eu tomaria conta dela muito bem, sem dúvida.<br />

— Se eu ouvir que não mostrou hospitalidade adequada...<br />

Meu pai deu sermão sem parar, mas eu não estava ouvindo mais. Tudo o<br />

que podia pensar era na princesa que conheci há duas semanas atrás, dormindo,<br />

tomando banho e tirando a roupa, com apenas uma fina parede nos separando.<br />

Minha primeira impressão de Avery foi de dar água na boca. Verdadeiro<br />

doce refinado, implorando para ser desembrulhado, derreter na minha língua e<br />

devorada. A alta performance fashionista geralmente não vale a pena o meu tempo,<br />

muito certinha para conseguir falar sujo, ou muito esnobe para até mesmo querer<br />

aprender. Mas isso não me impedia de querer foder sua Majestade de seis<br />

maneiras imagináveis. Qual o problema se ela era tecnicamente minha nova meiairmã?<br />

Se a maneira que seus olhos me seguiram ao redor da fazenda significasse<br />

alguma coisa, ela não se preocupava com este pequeno detalhe, também.<br />

Um fio desagradável de fumaça picou meu nariz. Merda, o bacon. Puxei a<br />

panela do fogo e comecei a transferir as tiras carbonizadas para um prato.<br />

— Você ouviu alguma palavra do que eu disse? — meu pai pressionou.<br />

— Sim. Seja legal com Avery. Tenho que ir, pai. Tem alguém na porta.<br />

Eu menti. Desliguei antes que começasse a repetir, e sentei-me na pequena<br />

mesa de café da manhã para comer. Eu amava meu pai como qualquer filho adulto,<br />

mas ainda não fazia ideia de como Ford podia viver sob o mesmo teto. Pelo menos<br />

os comandantes me deixavam dirigir a minha vida privada, isso me agradava.<br />

Peguei uma tira de bacon encontrando-a já fria. Talvez eu tenha aumentado<br />

demais a temperatura do ar condicionado. Por outro lado, Agosto no sul da<br />

Califórnia não era brincadeira, e estava farto do calor do deserto durante a minha<br />

última missão. Meus pensamentos voltaram para Senhorita Certinha. Com este<br />

clima e minha sorte, ela iria aparecer parecendo um crime. Um shortinho jeans<br />

apertado abraçando seu traseiro durinho. Seus seios quase derramando dos lados<br />

de uma blusinha, mamilos endurecendo quando entrasse no ar frio do interior do<br />

apartamento...<br />

Jesus Cristo, já faz muito tempo. Minha imaginação estava ficando sem<br />

controle. Precisava arranjar uma vadia rápido, antes que minha nova companheira<br />

de quarto chegasse aqui e me deixasse louco. Felizmente, isso não seria algo difícil.


Havia mulheres que tinham orgasmos inesperados em suas calcinhas, por<br />

marinheiros a preço de banana nessa cidade... uma em particular vivia no<br />

apartamento ao lado.<br />

Rolei para baixo minha lista de contatos para "frog hog 5 , início de edição" e<br />

disparei um texto rápido:<br />

Oi, Pamhá quanto tempo, não fodemos. Você está tão excitada quanto eu?<br />

Não era elegante, mas Pam não era exigente ou apreciava discrição.<br />

Nem cinco minutos mais tarde, meu telefone tocou: (não comece sem mim,<br />

marujinho. ;)<br />

Eu ri. Pam era uma das amigas de foda mais confiáveis que eu tinha. A<br />

menos que ela estivesse no trabalho, nunca hesitou em vir aqui e me ajudar a<br />

aliviar a tensão. Deus abençoe a América.<br />

Assim que acabei de localizar alguns preservativos, alguém bateu na porta.<br />

Abri e imediatamente estava com os braços ao redor de Pam. Seus lábios carnudos<br />

caíram contra os meus. As mãos dela serpentearam ao redor da minha cintura até<br />

que apertaram minha bunda.Entreguei-me em nosso beijo faminto por um<br />

momento, minha língua mergulhando em sua boca, então me retirei com um<br />

sorriso.<br />

— Imagino que sentiu a minha falta, também.<br />

— Não tem ideia. — ela respirou.<br />

Sem mais delongas, ela se escorou na mesa da sala e inclinou-se para tirar<br />

os saltos, sabendo que meus olhos estavam colados em suas curvas tonificadas. Ela<br />

ainda estava usando o uniforme do trabalho: uma minissaia preta apertada e blusa<br />

de listras, cujo decote profundo se aproximava do atentado ao pudor. Não era<br />

nenhum mistério porque ela fazia tanto dinheiro com gorjetas. Havia um monte de<br />

caras locais que iam ao Bar Pete's Sports para comer as garçonetes com os olhos e<br />

Pam era a atração principal, loira, seios grandes e pernas compridas.<br />

Fechei a porta atrás de mim, não querendo perder o jeito que balançava a<br />

bunda suculenta enquanto desfazia as correias da sandália.<br />

— Porra, você tem uma bela bunda. — comentei.<br />

Lançando-me um olhar sensual por cima do ombro, ela deu uma gargalhada.<br />

5 “Frog hog”, mulheres que se prostituem com oficiais da marinha.


— Obrigada, querido. É uma bunda cansada. Acabei de sair de um turno de<br />

trabalho.<br />

— Oh? Quer remarcar? — provoquei, já seguindo em sua direção. — Posso<br />

agendar você para a próxima sexta-feira.<br />

— Nem no inferno. — ela virou e sentou-se na mesa da sala, afastando os<br />

joelhos para revelar uma calcinha preta com laço. — Eu sempre tenho energia para<br />

o meu marinheiro favorito. Especialmente depois que passou tanto tempo fora. —<br />

uma mão arrastou da sua barriga para o seu decote, desfazendo os botões um a<br />

um, revelando os seios redondos enormes mal contidos pelo sutiã.<br />

Puta merda. Meus olhos não tinham sido agraciados com uma visão tão<br />

deliciosa em muitos meses, e era quase o suficiente para me fazer babar. Bem, dois<br />

podem jogar esse jogo. Tirei a minha camiseta e não perdi seu olhar lascivo de<br />

apreciação.<br />

Ela lambeu os lábios pintados de cereja. — Venha aqui e me foda.<br />

— Ei, só porque ganho minha vida recebendo ordens não significa que você<br />

está no comando aqui. — sorrindo, dei um passo entre suas pernas e empurrei-a<br />

para deitar de costas, balançando meu quadril para deixá-la sentir o quão duro eu<br />

estava.<br />

Ela gemeu e se contorceu contra meu corpo. — Espertalhão. E se chupar seu<br />

pau primeiro?<br />

Apesar de tudo puxei uma respiração profunda. Que homem de sangue<br />

quente poderia recusar o efeito explosivo de um boquete de Pam? Além disso,<br />

provavelmente era melhor. Depois de meses de nada mais que me masturbar,<br />

minha resistência não estaria boa o suficiente, e eu estava mais do que capaz de<br />

ficar duro para duas rodadas seguidas. Concordei com ela.<br />

— Nesse caso, eu vou permitir. Só desta vez.<br />

Ela imediatamente se passou por baixo, entre a mesa e eu, se ajoelhando.<br />

Encarando-me por intermédio de sua mascará de cílios, descarada e sedutora,<br />

desabotoou meu jeans e puxou meu pau duro como rocha. Ela segurou a base com<br />

uma mão, lambeu uma lenta linha até à ponta, circulando a língua em torno da<br />

cabeça. Meu quadril tremeu. Apoiei-me na mesa com uma mão e a outra<br />

emaranhei em seu cabelo, enquanto ela mergulhava a boca toda.


Eu dei um gemido longo e alto. Pam sempre chupava meu pau como se<br />

tivesse tentando tirar a minha vida. A este ritmo, eu ia gozar a qualquer momento.<br />

Era exatamente o que ela queria. Suas bochechas escavaram e sacudiu a cabeça<br />

mais rápido, apertando o punho, sua língua tocou diretamente no ponto sensível<br />

onde à cabeça encontra o eixo, sua mão livre em uma concha em minhas bolas, e eu<br />

disse um palavrão em voz alta.<br />

De repente, a imagem de Avery passou pela minha cabeça. O calor correu<br />

através de mim como um raio. Os lábios suaves de pêssego da minha meiairmãfechados<br />

em torno do meu pau. Seus cílios tremendo ao me dar um olhar<br />

furtivamente tímido, querendo saber se estaria me agradando, querendo provar a<br />

minha porra. Ah, porra ah.<br />

Antes que percebesse, gozei forte. Pam cavou as unhas postiças nas minhas<br />

coxas e engoliu cada gota. Então, sem hesitar, ela tirou a calcinha e deitou<br />

novamente na mesa com as pernas abertas. Dois dedos deslizaram para seu<br />

clitóris, provocando meu próprio espetáculo privado.<br />

— Rápido, ou vou terminar o serviço. — ela gemeu.<br />

Balancei minha cabeça, tentando dissipar a imagem sedutora e<br />

desorientadora de Avery, de joelhos na minha frente.<br />

— Nem pense que vou deixar você ter toda a diversão. — respondi.<br />

Agarrei os pulsos de Pam com uma mão, empurrando com a outra a blusa<br />

para cima. Eu lambi e massageei seus seios firmes até que se contorceu com<br />

antecipação, fazendo barulhos articulados sem palavras, que passaram direto pela<br />

minha espinha. Essa dor familiar de dureza foi rastejando rapidamente para meu<br />

pau novamente. Tirei minha calça, puxando uma camisinha do bolso e rolei-a.<br />

Não perdi mais tempo com qualquer preliminar; Ela estava encharcada<br />

desde o instante em que entrou aqui, e Deus sabia que não aguentaria esperar<br />

outro segundo. Eu apenas empurrei seus joelhos até seus ombros e a penetrei.<br />

— Sim! — ela gritou.<br />

Meti rápido e profundo, fodendo-a de uma forma que garantiria que ela<br />

ainda estaria me sentindo amanhã. Seus seios saltavam enquanto lutava para<br />

encontrar meus impulsos. Sua buceta tão quente, molhada e incrivelmente ansiosa,<br />

agarrando meu pau como se nunca fosse deixar sair. Eu não tinha percebido o<br />

quanto tinha implorado por isto até que experimentei novamente. Eu abaixei


minha cabeça para mordiscar seus enormes seios redondos, que balançavam<br />

tentadoramente na minha cara. Os seios de Avery provavelmente seriam menores,<br />

mas firmes e bem formados para compensar. A pele dela era pálida em vez de<br />

bronzeada, mostraria todos os tipos de sinais de chupada que eu pudesse deixar.<br />

Tarde demais, me lembrei. Porra! Por que não podia manter Avery fora da<br />

minha cabeça? Eu não conseguia parar de imaginar como ela ficaria debaixo de<br />

mim, não conseguia parar de sobrepor o rosto dela em cima do de Pam. Toda vez<br />

que repelia um pensamento dela, mais dois apareciam.<br />

Por que diabos Avery estava vindo para cá tão de repente, afinal? Por que<br />

tinha que invadir todos os aspectos da minha vida? Vou ter que perguntar isso a<br />

ela, quando chegar. Por agora apenas rosnei na boca de Pam, nosso beijo distraído,<br />

manchando o batom brilhante e tentando de tudo para afugentar a fantasia com<br />

minha linda meia-irmã.


Capítulo 2<br />

l<br />

Avery<br />

O som das rodas das minhas malas de repente suavizou quando rolei da<br />

calçada para a entrada acarpetada. Caminhando, olhei em volta, tentando não ficar<br />

boquiaberta com o opulento complexo de condomínio do meu meio-irmão.<br />

Paredes com painéis de carvalho, pisos de mármore preto e branco, vasos de<br />

orquídea em cada mesa de acento. Um candelabro de cristal pendurado sobre uma<br />

área do salão de baixo-relevo contendo uma mesa de centro de vidro oblongo, e<br />

várias cadeiras antigas estofadas em azul e ouro. Caramba... Bem, acho que a<br />

família Bennett tem uma tonelada de dinheiro.<br />

Estudar em Londres foi incrível, mas o e-mail do meu pai foi o oposto do incrível.<br />

Ei, a propósito, não posso pagar seu aluguel e as mensalidades de sua<br />

faculdade, então você tem que ir morar com um cara que mal conhece.<br />

Ao mesmo tempo, porém, era bom estar na Califórnia. As boutiques e<br />

restaurantes familiares, eu sonhava com as pessoas bronzeadas. A brisa suave,<br />

quente que sempre cheirava a sal. O sol ardente, como se nunca tivesse visto uma<br />

nuvem. E as praias de areia branca e ondas azuis de Coronado Island, do outro lado<br />

da Baía de San Diego, com pequenas cabanas onde turistas alugavam bicicletas e<br />

tomavam coquetéis de fruta em cafés históricos.<br />

Então era isso, apesar de ter sido arrastada abruptamente a essa estranha<br />

situação, me sentia muito bem. Eu ia viver em uma cidade linda de cair o queixo,<br />

em um apartamento caro, e só pensava em chutar a bunda do meu último<br />

semestre. Formar mais cedo. Conquistar o mundo surpreendente da moda. Tudo<br />

daria certo.<br />

Ainda assim, senti um nervosismo persistente enquanto arrastava minhas<br />

malas até o apartamento de Nixon no sexto andar. Estava grata pelo lindo lugar


que ia viver, e chegando um pouco antecipada. Se isso o irritar? Como ele se<br />

sentiria em estar preso a uma garota como companheira de quarto?<br />

Tentei silenciar minhas dúvidas, chequei o número do apartamento e bati<br />

duas vezes na porta. Nenhuma resposta. Após mais algumas batidas e mais espera,<br />

tentei a maçaneta e senti que girou. Talvez tivesse deixado seu apartamento<br />

aberto, caso eu aparecesse, enquanto ele estivesse fora? Não querendo esperar no<br />

corredor até ele voltar, coloquei minha cabeça para dentro.<br />

Gemidos femininos imediatamente atingiram meus ouvidos. Meu rosto<br />

corou ligeiramente. Ele tinha deixado um filme pornô ou algo assim?<br />

Provavelmente teria que me acostumar com esse tipo de coisa, se ia morar com um<br />

cara. Os gemidos aumentaram e pareciam mais reais. Havia uma mulher real e ao<br />

vivo aqui? Ah, merda, e se eu estivesse no endereço errado? Arrastei-me para<br />

dentro do apartamento... E finalmente vi meu novo meio-irmão.<br />

Nu como veio ao mundo. Fodendo uma loira na mesa de jantar em plena luz<br />

do dia.<br />

Desejei gritar ao invés disso sufoquei um suspiro. Nixon virou a cabeça com<br />

o ruído. Nossos olhos se encontraram. Esperava que ele fosse gritar ou perder o<br />

bom senso, talvez até mesmo rir. Mas ele só olhou levemente surpreso. Como se o<br />

tivesse interrompido enquanto estava no final de um bom livro em vez de com um<br />

ser humano.<br />

Ele se retirou e virou para me encarar. Sua parceira sentou para ver o que<br />

estava acontecendo. Ela parecia uma boneca Barbie, com grandes seios falsos e<br />

uma longa crina loira oxigenada. Seus olhos fortemente maquiados arregalaram ao<br />

me ver. Mas meus olhos estavam concentrados na virilha de Nixon, na sua longa,<br />

ereção grossa, latejante, mal contida pelo látex liso esticado em torno dele.<br />

— Oi, mana. — disse casualmente.<br />

Só essas duas palavras. O que? Meu cérebro estava explodindo e meu<br />

estômago estava implodindo e ele só disse Oi, mana? Um grito estrangulado me<br />

escapou, e fugi para o corredor como um coelho aterrorizado. De alguma forma<br />

consegui segurar minhas malas em vez de arremessá-las na cara dele.<br />

Por pura sorte, encontrei o quarto de hóspedes vazio e bati a porta atrás de<br />

mim. Meu rosto estava pegando fogo. Eu tinha agido com indignação. Mas em outro


nível, algo mais primitivo, arranhando acima da vale do meu ventre, tudo o que<br />

havia testemunhado estava queimado em minha mente.<br />

Não conseguia parar de lembrar da cena que encontrei quando entrei. Como<br />

poderia algo tão enorme caber dentro de alguém? O único cara que eu tinha<br />

dormido não chegava perto do tamanho de Nixon. Os gemidos daquela mulher<br />

eram tão altos, e o pau de Nixon brilhava com a umidade quando se virou para me<br />

encarar. Ela devia estar se sentido bem. Incrível, mesmo. A bunda dele estava tensa<br />

com a força de seus golpes duros. Com um pau assim, acho que ele mal teria que se<br />

mover para fazer uma mulher gozar. Mudei de um pé para o outro, tentando aliviar<br />

a tensão, reunida entre as minhas pernas, o lustroso poliéster do meu macacão<br />

deslizando por minha pele. Por que de repente eu estava tão ciente dessa<br />

sensação? E quando ficou tão quente aqui? Meus braços nus estavam arrepiados<br />

por causa do ar condicionado e ainda me sentia suada.<br />

Minha atenção animou ao som de vozes abafadas na sala de estar. Será que<br />

eles iam continuar de onde pararam? Nixon não parecia se importar com minha<br />

presença, e não me pareceu que eles tinham acabado. Uma parte muito pequena,<br />

muito vergonhosa de mim, queria que continuasse para que pudesse ouvir tudo.<br />

Puta merda, o que estava errado comigo? Aquele cara lá fora, com o corpo mais<br />

perfeito e o maior pau que já tinha visto, não, não Cale a boca, faz parte da minha<br />

família. Mas eu ainda não conseguia parar de ouvir.<br />

As vozes continuaram por um minuto, muito calmamente escolhendo suas<br />

palavras. A voz profunda de Nixon definitivamente estava fazendo a maior parte da<br />

conversa. Persuadindo-a a voltar para cima da mesa? Pedindo desculpas pela<br />

interrupção embaraçosa? Então alguns passos abafados e o clique de uma porta se<br />

fechando. Seu brinquedo deve ter ido embora essa noite.<br />

Assustei-me com uma batida na porta do meu quarto. Depois que tinha me<br />

esforçado para ouvir os sons distantes de sua conversa, o barulho tão perto soou<br />

alto e acusatório. Merda! Claro, ele quer falar comigo enquanto estou sentada aqui<br />

comendo ele com os olhos mentalmente. Corri para ajeitar o rabo de cavalo, tirar a<br />

poeira inexistente do meu macacão oliva Kate Spade, tudo para adiar a entrada<br />

dele.<br />

— Espere! — disse.


A porta se abriu. Nixon não fez uma tempestade, não gritou ou fez uma<br />

carranca, mas a raiva que saia dele era impossível de confundir. Eu dei um passo<br />

para trás, e sem perceber a parte de trás dos meus joelhos colidiram contra a<br />

armação da cama. Um arrepio me percorreu, a cama, estávamos no meu quarto, eu<br />

estava no apartamento dele, e não podia dizer se era medo, excitação ou pura<br />

adrenalina. Sua energia masculina dominou completamente o quarto pequeno.<br />

De repente me surpreendeu o quão grande ele era. Quão alto, largo e<br />

musculoso. Ser fodida por Nixon deveria ser como ir a um parque de diversões,<br />

andar numa montanha-russa, gritar e ter seu coração batendo muito forte. Ele<br />

ainda cheirava a sexo e suor almiscarado, dos momentos antes de ser<br />

interrompido. Seu jeans desbotado montava baixo em seu quadril saliente,<br />

revelando a borda inferior de oito gomos em seu abdómem e o início de um escuro<br />

caminho da felicidade. Sua camiseta gola V manga curta pendia sob seus peitorais<br />

musculosos. Estava impresso na parte da frente: “O Único Dia Fácil Foi Ontem.” Eu<br />

disse a mim mesma, estava apenas lendo a citação em vez de olhar para seus<br />

músculos. Tanto quanto eu apreciei o homem vestido, não pude deixar de perder o<br />

seu aspecto nu.<br />

Ele cruzou os braços sobre o peito enorme, os olhos azuis de gelo me<br />

perfurando. Era absurdo, mas naquele momento, cada um dos seus bíceps<br />

expostos pareciam tão grande quanto minha cabeça. Eu poderia sentar-me na<br />

dobra do seu braço como um balanço na varanda? Poderia ele me segurar pela<br />

cintura enquanto me fodia contra a parede? Então percebi que estava me olhando,<br />

ele disse algo, e eu precisava parar de pensar com meu clitóris. Eu pisquei para ele<br />

como uma idiota.<br />

— Desculpe o quê?<br />

— Isso não vai funcionar. — ele repetiu.<br />

Certo. Estava aqui por dez minutos, e já estamos tendo problemas de<br />

colegas de quarto. Concordei, limpei a garganta na tentativa de limpar minha<br />

mente.<br />

— Não poderia concordar mais. — respondi. Ele pareceu um pouco<br />

surpreso por um segundo, como se estivesse esperando mais discussões. Mas sua<br />

expressão endureceu novamente quando continuei. — Não quero ver essa merda


quando chegar. Se eu for viver aqui, você não pode trazer mulheres estranhas e<br />

transar por todo o apartamento. É nojento.<br />

Esforçando-me para olhar em seus olhos, cruzei meus braços e endireitei<br />

minhas costas para igualar a postura dele. Ele não podia mais viver como um<br />

homem das cavernas. E se eu tivesse que estabelecer a lei, mais cedo ou mais tarde,<br />

podia muito bem ser agora.


Capítulo 3<br />

l<br />

Nixon<br />

Tudo que pude fazer foi ficar olhando. O que diabos ela disse para mim?<br />

Metade de mim queria estrangular minha nova irmã... A outra metade queria<br />

fodê-la sem sentido.<br />

Agora que tive a chance de dar uma boa olhada para ela, vi que tinha imaginado<br />

errado sobre o que ela usaria: um estranho macacão verde escuro, sem mangas.<br />

Mas de alguma forma, ela conseguiu fazer com que parecesse bom. As partes que<br />

não eram suavemente cobertas por tecido só chamavam a atenção para a pele<br />

macia. O pálido pescoço praticamente implorava para ser mordido. Com seus<br />

saltos baixos e cintura alta, as pernas dela pareciam ter cerca de dez milhas de<br />

comprimento. Até os mais inocentes detalhes batiam direito no meu pau. Eu<br />

imaginei os lábios com gloss rosa fazendo beicinho ou abertos com prazer, as<br />

unhas rosa, segurando os lençóis da cama ou arranhando minhas costas, seus<br />

dedos dos pés curvando enquanto ela gozava duro. Quão próximo sua buceta<br />

perfeita estava dessa cor rosa chiclete?<br />

Porra! Fique concentrado em seu objetivo, Nixon. Não importa quão<br />

fodível ela pareça, eu tenho que me desligar de suas besteiras agora. Uma garota<br />

malcriada não ia entrar aqui e mandar em mim. Eu balancei minha cabeça<br />

bruscamente, ao olhar para ela.<br />

— Desculpe, mas esta é minha casa e meu pau. Vou usar os dois como bem<br />

entender.<br />

— Ser colegas de quarto não funciona desse jeito! — ela reagiu. — Eu tenho<br />

o direito de comer, dormir e fazer minha lição de casa aqui. Este lugar é meu,<br />

também.<br />

Ela nem sequer hesitou. No mínimo, eu tinha que admirar a contragosto sua<br />

coragem. Mas isso era tudo.<br />

— Se tenho algo a dizer sobre esse assunto é, esta não é a sua casa.


Ela vacilou por um segundo e, depois me olhou com coragem renovada.<br />

— Seu pai apenas casou com a minha madrasta, lembra? — ela ergueu seu<br />

polegar e o mindinho para imitar um telefone e um falso soluço. — Boo hoo, Nixon<br />

não para de esconder prostitutas no apartamento. Não é minha culpa se tenho de<br />

viver com ele. Por que ele é tão cruel? — a voz dela voltou ao normal. — Reclamo<br />

com a Cynthia, ela reclama para Russ, e Russ vai se arrastar de tão longe para cima<br />

de seu alvo.<br />

Eu levantei um dedo. — Certo, em primeiro lugar: nunca mais chame Pam<br />

de prostituta novamente. Ela é uma garota legal. Na verdade, é uma mulher adulta,<br />

o que significa que pode foder com quem quiser. Mesmo se não fosse minha amiga,<br />

não merece seus insultos banais. Então amadureça. — fiz uma pausa para apreciar<br />

o olhar de choque no rosto de Avery. — Consegue ver o esquema aqui? Como as<br />

outras pessoas vivem a vida sexual delas não é da sua conta.<br />

— Se torna da minha conta quando você e sua amiga. — ela cuspiu a palavra<br />

como se estivesse tentando tirar o gosto de sua boca. — Rolam nus por toda parte<br />

da casa. As pessoas têm de comer na mesa!<br />

Eu ergui minhas mãos. — Então vou limpar quando terminarmos. Solução<br />

fácil. Ainda bem que tivemos esta conversa.<br />

— Isso não é nem perto do que eu quis dizer, e você sabe disso! Todas as<br />

suas... Coisas precisam parar. Sem vadias aleatórias no apartamento. Sem sexo<br />

quente em cada superfície horizontal. — ela jogou os pulsos em um gesto rápido de<br />

não, fazendo um sinal sonoro com suas pulseiras e agitando seu peito. Que droga.<br />

— É só um semestre. Eu não vou transar também, então acho que você vai<br />

sobreviver.<br />

Eu não conseguia decidir, se queria rir ou socar a parede. Como diabos eu<br />

manteria meu pau seco por mais de sete semanas? Mais catorze semanas, se contar<br />

a missão de treinamento que fui atribuído para depois que terminasse minha<br />

licença. Eu estava esperando desde Novembro passado e nada no mundo poderia<br />

me manter por mais um segundo. Mas tive que admitir, meu pai tinha interferido o<br />

bastante no meu negócio por um dia, e realmente prefiro que meu apartamento<br />

não vire uma zona de guerra. Não queria estar constantemente em desacordo com<br />

Avery... Então eu tinha um dilema nas mãos.


Mas e se a solução estivesse olhando para mim? Meus lábios se curvaram<br />

enquanto olhava para Avery com uma nova intenção. Se eu não tinha permissão<br />

para trazer mulheres estranhas em casa, e ela não estava fazendo sexo com<br />

alguém... Talvez nós poderíamos matar dois coelhos com uma cajadada.<br />

Deixei meus olhos cair em seu corpo novamente. Era lindo, e provavelmente<br />

não tinha chegado a uma boa sessão suada de foda, em um tempo, ou talvez nunca.<br />

Eu ficaria mais que feliz cumprindo essa função. Mas por outro lado, a<br />

personalidade dentro desse corpo parecia dura como uma tábua... Mesmo que suas<br />

roupas fossem caras, não entendi o sentido dela ser arrogante. Mas tudo era sexy,<br />

quem era eu para reclamar sobre isso? Ela se cuidava e gostava de sentir-se bem<br />

arrumada. Etiquetas de grifes polvilham suas roupas e as pulseiras de ouro em<br />

cada braço me diziam muito. Sua veia explosiva foi uma boa surpresa; Ela<br />

provavelmente pesava 54 quilos, mas não hesitou em repreender um Fuzileiro<br />

Naval construído com tijolos, uma parede de dois metros. Um cara não conhece<br />

esse tipo de garota todos os dias. E tenho que dizer, mesmo me irritando um<br />

pouco, gostei do que vi até agora, e quero ver mais. Não tivemos muita chance de<br />

interagir durante nossa semana na fazenda. Agora que estamos vivendo juntos, eu<br />

definitivamente não me importaria de conhecê-la melhor.<br />

A linha de raciocínio descarrilou quando Avery retrucou. — O quê? Eu disse<br />

algo engraçado?<br />

Fiquei a encarando em silêncio. — Não, só pensando. — eu disse<br />

lentamente. Dane-se, a única maneira de descobrir o que está em cima da mesa é<br />

pedir. — Então o que propõe?<br />

— Hein? Eu não acabei de dizer o que quero?<br />

— E eu disse que era ridículo. Mas desde que você aparentemente não<br />

estava escutando, vamos esclarecer algumas coisas. — levantei minhas<br />

sobrancelhas para ela até ter certeza que ia ficar em silêncio. — Passei nove meses<br />

com as tropas. Você entende o que isso significa? Trinta e seis semanas sob fogo<br />

inimigo, assando vivo em algum deserto abandonado com apenas minha mão para<br />

me fazer companhia. — ela piscou seus grandes olhos verdes. Minha nossa. Se o<br />

nível de franqueza tinha ofendido sua delicada sensibilidade, ela estava em um<br />

mundo completamente diferente. — E depois eu estive visitando a família na<br />

fazenda. Você se lembra dessa parte. Não é exatamente uma oportunidade


privilegiada para caçar buceta. — seu rubor inocente me fez querer pressionar<br />

mais ainda. Quão vermelhas eu poderia fazer essas bochechas ficarem? Segurando<br />

as minhas mãos nas costas, dei meio passo mais perto, inclinado ligeiramente para<br />

frente para enfatizar a diferença de altura entre nós. Seus cílios longos, enrolados<br />

vibraram, e ela molhou os lábios, respirando quase imperceptivelmente mais<br />

rápido. Eu tinha feito o palpite certo; Ela era uma dessas mulheres que gostava de<br />

ser comandada, comecemos com a vibração de macho alfa. Em um tom<br />

perigosamente baixo, concluí. — Então eu estava planejando passar os próximos<br />

dois meses me re-familiarizando com as bucetas... Quentes... Molhadas.<br />

— Por que você está me dizendo isso? — ela finalmente rangeu. Seus olhos<br />

eram enormes piscinas no rosto vermelho brilhante.<br />

— Por que aquela coisa anterior com Pam mal conseguiu me descontrair.<br />

— meus lábios arquearam em um sorriso duro, com fome. — Você disse que vamos<br />

viver juntos por um semestre inteiro. Isso é o que, quatro meses, do caralho? Nós<br />

dois precisamos de um pouco de diversão, e posso te dizer agora que minha mão<br />

não vai acabar com isso. Então, se não quer que eu transe com outras mulheres por<br />

todo apartamento... Que tal ajudarmos um ao outro? — meu sorriso se tornou<br />

lascivo.<br />

— Você... Quer... — ela gaguejou. As emoções brilharam em seu rosto,<br />

rápidas demais para contar choque, desejo ou raiva. — Isso é nojento. Você é<br />

nojento! Somos praticamente parentes! — seu tom subiu para um grito. — Saia do<br />

meu quarto!<br />

Então, é raiva. Merda. Talvez esse não fosse o melhor momento.Peguei sua<br />

sugestão educada e virei meus calcanhares. A porta bateu atrás de mim tão<br />

depressa que quase pegou minha bunda na saída.<br />

Não havia nada que eu pudesse fazer, mas levei minhas bolas tristes para o<br />

chuveiro e me masturbei. E agora, nem tentei me impedir de imaginar Avery<br />

debaixo de mim. Esses quatro meses vão ser longos.


Capítulo 4<br />

l<br />

Avery<br />

Com meu coração batendo acelerado, pressionei minhas costas contra a<br />

porta e deslizei para o chão, como se estivesse tentando segurar o pensamento de<br />

Nixon sob controle. Mas não importava a quão chateada estava, não conseguia<br />

parar de pensar em seu corpo, naquela sugestão libertina. Não conseguia parar de<br />

imaginá-lo me fodendo. O ponto de encaixe de seus quadris, enquanto empurrava<br />

seu longo e espesso pau, até o fim. Todos os seus músculos ondulando enquanto<br />

metia em mim com tudo o que tinha. Suas longas costas musculosas, seus músculos<br />

abdominais, seu quadril estreito...<br />

Eu queria gemer alto com pura frustração. Apenas o pensamento dele era<br />

suficiente para me fazer sofrer. Nunca pensei que pudesse estar tão excitada e tão<br />

zangada ao mesmo tempo. Por que meu corpo tinha que ter vontade própria? Por<br />

que aquele pedaço perfeito de corpo de Senhor Universo, tinha que pertencer ao<br />

meu irmão?<br />

Uma porta bateu, e ouvi o tamborilar da água no banheiro. Ele estava no<br />

chuveiro? Engoli a grossa imagem que me veio à mente. O jato correndo sobre seus<br />

ombros largos e peitorais salientes, todos os ângulos duros de músculos e ossos,<br />

até seu...<br />

Deixei minha cabeça bater contra a porta. Não muito forte, apenas o<br />

suficiente para expressar o meu ódio repentino pelo universo. Então me forcei a<br />

ficar em pé, deslizando as costas na porta. Tinha que tirar Nixon da minha cabeça<br />

antes que me perdesse completamente. Tentando ignorar qualquer ruído vindo do<br />

chuveiro, tomei o meu primeiro olhar real ao redor do quarto que ficaria pelos<br />

próximos quatro meses.


Era quase tão grande quanto o apartamento em Londres que eu tinha<br />

compartilhado com outras duas garotas. À minha direita estava uma cama Queen<br />

Size com cabeceira esculpida e criado-mudo anexado, com lençóis branco. Um<br />

grande closet com portas largas de correr espelhadas ocupava a maior parte da<br />

parede esquerda. Ao longo da parede oposta estava uma estante alta, uma mesa de<br />

computador sob um par de janelas duplas, e uma cômoda. Toda a mobília<br />

compunha-se de uma bela cor de caramelo, um conjunto que deve ter custado<br />

milhares de dólares.<br />

Apertei os lábios. Nunca diria isso, mas fiquei impressionada com o quão<br />

limpo, ordenado e elegante era tudo. Outra vantagem de viver com um homem<br />

militar... Ele não pode alegar que não sabe como manter as coisas limpas.<br />

Espera outra vantagem? Eu quis dizer uma vantagem. Apenas uma. Eu<br />

definitivamente não havia começado uma lista mental que começava com "confie<br />

ele está errado" e terminava com "puta merda o homem sabe como tirar poeira”.<br />

Agora que pensei nisso, na verdade, meu novo quarto era quase muito<br />

arrumado. A cor suave e mobília espartana deprimentemente, em minha opinião,<br />

era como uma suíte de hotel. Mas consertaria isso assim que começasse a arrumar<br />

as minhas coisas. Talvez se colocasse um pouco de arte nas paredes, me sentiria<br />

em casa nesse lugar antes que eu percebesse.<br />

Tirei minhas sandálias de gatinho da Gucci, mexendo os dedos dos pés no<br />

tapete macio azul acinzentado e abri ambas as janelas para deixar entrar a brisa<br />

fresca do oceano. Depois abri minhas malas e comecei a retirar cuidadosamente<br />

camada sobre camada de roupas, sapatos e maquiagens. Tinha levado uma<br />

embalagem bem criativa para caber tudo que precisava. Isto tudo só duraria por<br />

mais um mês ou dois, quando as estações mudassem, precisaria ir até a casa do<br />

meu pai para trocar meu guarda-roupa. Isso provavelmente aspiraria um dia<br />

inteiro de estudo, desde que Irvine fica cerca de três horas de carro. O que de fato<br />

seria divertido... Espero que o verão dure até depois de meus exames.<br />

Comecei a encontrar lugares para todos os meus bebês no gabinete do<br />

closet, me deixando ser absorvida pelo projeto simples e repetitivo. Pendurei<br />

blusas e saias, dobrei pilhas de shorts e calças. Roupa íntima em uma gaveta, meias<br />

na outra. Caixas de sapatos alinhadas de acordo com a cor e altura do salto. Logo<br />

minhas mãos moviam-se inconscientemente, como meus pensamentos.


Apenas mais um precioso fim de semana, e estaria de volta a sala de aula.<br />

Seria incrível ver todos meus amigos de escola novamente. E eu estava ansiosa<br />

para a aula de jornalismo de moda, desde que me inscrevi na primavera passada.<br />

Espero que meu estágio em cabelo e maquiagem não leve muito tempo; apenas<br />

uma professora ensinava durante o semestre do outono, e ela tinha uma reputação<br />

de extremamente severa. Se eu realmente precisasse, provavelmente poderia<br />

economizar em Análise de Mercado. Não que eu fosse para o lado dos negócios da<br />

indústria da moda. Eu ri, enquanto montava minha árvore de joias, poderia<br />

definitivamente caminhar através da história da Alfaiataria Americana. Eu estava<br />

obcecada com estilos vintage, desde o dia em que descobri a alta-costura.<br />

Às vezes era ainda difícil de acreditar que me formaria em apenas poucos<br />

meses. Pelo menos estaria se não me deixasse distrair por certo colega de quarto,<br />

que aparentemente não podia manter o pau dentro das calças, enquanto eu<br />

estivesse tentando estudar. Franzi a testa quando aquela mulher passou pela<br />

minha cabeça outra vez, Pat ou Penny ou sei lá. Não, o nome dela era Pam. Fiquei<br />

surpresa quando Nixon saltou em defesa dela assim. Quem teria pensado que um<br />

jogador realmente via suas conquistas como seres humanos?<br />

Mas aquela pontinha de cavalheirismo não deixou de ser falsa. Eu não<br />

estava pedindo nada irracional aqui. Tinha o direito de me sentir confortável no<br />

maldito apartamento, e isso não aconteceria com aleatórias mulheres nuas,<br />

entrando e saindo o tempo todo. Talvez dizer "Vou contar para Mamãe" tenha sido<br />

um pouco demais, apesar de tudo. Rejeitei rapidamente a ideia, ele me forçou a<br />

isso. Ele não queria falar sobre os limites como um adulto razoável, então tive que<br />

descer ao nível dele. Um homem imaturo como Nixon nunca me levaria a sério se<br />

não lhe desse um ultimato.<br />

Não é como se ele fosse seu irmão de verdade, meus hormônios<br />

prestativamente sugeriram. Ele nem é seu meio-irmão. O pai dele é casado com a<br />

sua ex-madrasta, o que o torna meio-irmão de Emma, não seu. O que diabos sequer<br />

chamam isso, seu meio-irmão distante? Como poderia ser errado se não há sequer<br />

uma palavra para como vocês estão relacionados?Mas eu disse firmemente a mim<br />

mesma que era impossível. Nunca pensei em Emma como uma ex-meia-irmã, ou<br />

até mesmo uma meia-irmã, apenas uma irmã. A única que eu tinha. Depois que<br />

mamãe morreu, Cynthia me tratou como sua própria filha. Se minha mãe não


oficial casou com um novo marido, os filhos do cara eram meus meios-irmãos. Só<br />

que meus hormônios não estavam recebendo a entrega do aviso, e eu queria gritar.<br />

Em vez disso, me estiquei, rangendo quando minhas costas estalaram. Eu<br />

tinha desembalado por mais de uma hora. Mas ainda havia um bom pedaço da luz<br />

do dia, e Deus sabia que eu precisava sair daqui e arejar a cabeça. Será que aquela<br />

praia pequena que vi no meu caminho para aqui ainda estava aberta? Eu podia<br />

mergulhar os dedos dos pés na água, deixar o sol aquecer e relaxar meus músculos<br />

doloridos. Tentei voltar para o ritmo positivo que estava curtindo, antes do homem<br />

das cavernas roubar meu espírito zen. Sim, parece que é tudo que preciso... E sei<br />

exatamente o que vestir.<br />

Atirei-me no armário atrás do meu biquíni favorito: vermelho papoula com<br />

pequenas bolinhas brancas, composto por um topzinho e uma tanga de corte alto.<br />

Eu consegui isso há anos em um brechó especializado em peças retrô. Troquei meu<br />

macacão agora enrugado, pelo biquíni, verificando-me no espelho por um<br />

momento. Olha só, Eu disse com firmeza. Você é Marilyn Monroe.Você está muito<br />

bonita. Você pode lidar com qualquer coisa.<br />

Depois que encontrei minha toalha branca macia e o péssimo livro de<br />

suspense que tinha começado a ler no aeroporto de Heathrow, eu estava pronta<br />

para ir.<br />

Onde Nixon estava? Jesus me controla. Obriguei-me a aguentar firme e<br />

desfilar na sala de estar, como se fosse dona do lugar.<br />

Ouvindo os meus passos, ele se virou de onde estava sentado no sofá. — Ei,<br />

você...<br />

Ele interrompeu, e eu congelei. Podia sentir seus olhos traçando cada curva.<br />

Diabos, praticamente podia ler os pensamentos sujos correndo por sua mente.<br />

Minha pele arrepiou como se ele estivesse do meu lado, mesmo eu ainda estando<br />

no corredor.<br />

Mas tudo o que ele disse foi: — Não chegue tarde. O jantar estará na mesa as<br />

sete, você estando aqui ou não.<br />

Nenhum comentário rude? Nenhum interrogatório? Ele ia cozinhar? Isto era<br />

um universo alternativo?


— Oh. Hum... — eu comecei. De repente, porém, não me importava o<br />

suficiente para questionar. Se ele queria parar de ser tão egoísta e me cozinhar um<br />

jantar de graça, então um viva para nós dois. — Está bem. Obrigada...<br />

Então me apressei para fora da porta e fui até à praia. Eu tinha apenas três<br />

dias para relaxar antes de voltar para a escola. Esperava que ainda pudesse<br />

aproveitar o máximo deles.


Capítulo 5<br />

l<br />

Nixon<br />

Apesar de ter saído do banho um pouco mais calmo, ainda não tinha<br />

nenhuma estratégia. O que diabo ia fazer com essa garota? Meu pai disse para ser<br />

hospitaleiro, então alimentá-la seria um bom começo. Nada pode realmente dar<br />

errado num jantar.<br />

Vesti uma calça e fiz um inventário rápido da geladeira e despensa; Não<br />

queria ir à loja novamente. Tortilhas de milho. Um saco de camarão congelado,<br />

arroz, salsa e abacate. Tostadas de mariscos e arroz espanhol? Isso era bom, certo?<br />

Mesmo se não fosse ela provavelmente não se importaria, de alguma forma,<br />

duvidava que houvesse boa comida no estilo Baja 6 em Londres. Mas o que ela<br />

gostava de beber? Consegui encontrar uma garrafa de vinho branco de só Deus<br />

sabe quando... Claro, qualquer coisa. Vinho sempre era uma boa opção para beber<br />

amigavelmente com as mulheres.<br />

Andei em volta da cozinha por mais um tempo, distribuindo um par de<br />

pratos na mesa do café da manhã, assim não teríamos que comer onde eu tinha<br />

acabado de espalhar as pernas da minha vizinha. Então cortei um limão, espremi<br />

na minha cerveja Corona geladinha e cai na frente da TV. Eu tinha que falar com<br />

Avery eventualmente, mas com certeza não queria começar outro jogo de gritos.<br />

Esperaria para começar a cozinhar até que ela saísse de sua toca.<br />

Apenas quando pensei que ela tinha morrido, ouvi passos no corredor. Me virei no<br />

sofá.<br />

— Ei, você...<br />

O que eu estava dizendo mesmo?<br />

6 “Baja é praticamente uma mistura entre as culinárias mexicana, americana e espanhola”.


Avery estava vestindo um biquíni. Não era o biquíni mais escandaloso que<br />

eu já tinha visto, longe disso na verdade, dado que as coisas eram bem animadas<br />

nas praias do Sul da Califórnia. Mas era muito sexy. Essa era uma garota que sabia<br />

como escolher roupas que mostravam suas curvas perfeitamente.<br />

Eu nem sequer tentei evitar de olha-la. Que homem poderia resistir uma<br />

visão assim? Mas ao mesmo tempo, eu não era um menino estúpido que não<br />

conseguia ler a atmosfera. Ela provavelmente ainda estava assustada com o que<br />

aconteceu anteriormente, e a última coisa que eu queria fazer era recomeçar a<br />

argumentar mais uma vez. Então guardei meus comentários para mim e disse.<br />

— Não chegue tarde. O jantar estará na mesa as sete, você estando aqui ou<br />

não.<br />

— Oh. Hum... Tudo bem. Obrigada... — ela pareceu surpresa, mas não<br />

perdeu tempo, se retirou imediatamente.<br />

Considerei uma sessão improvisada de punheta, tendo como protagonista<br />

Avery na praia como uma garota poderosa, depois optei por uma segunda cerveja<br />

em vez disso. Ela provavelmente esqueceria sua bolsa ou qualquer outra coisa, e<br />

enlouqueceria com a visão de um homem segurando seu próprio pau.<br />

Um pouco depois das seis, desliguei o decepcionante jogo de futebol na TV...<br />

Comecei a cozinhar. Assim que levei o arroz e tomate para ferver, a porta da frente<br />

foi aberta. Bem na hora... Ela era mais obediente do que eu esperava. Ou talvez<br />

estivesse com muita fome para se preocupar em mostrar seu ponto de vista.<br />

— Ei. — ela disse enquanto desaparecia no corredor. Uma única palavra,<br />

não era grandiosa, mas aceitei isso como um progresso.<br />

O chuveiro ligou e deligou; a porta do quarto abriu e fechou. Quando ouvi os<br />

passos novamente, chamei.<br />

— O jantar está pronto.<br />

— Você esterilizou a mesa? — ela respondeu. — Existe qualquer outro lugar<br />

neste apartamento que eu deva evitar tocar?<br />

Evidentemente sua insolência tinha voltado enquanto estava fora. Com uma<br />

calma forçada, respondi. — Eu limpei. Não vamos comer na mesa, de qualquer<br />

forma. Use o raio dos seus olhos.<br />

Ela zombou, silenciosamente, tocando na garganta, parecia que isso vinha<br />

pré-programado em todas as garotas da faculdade. Eu quase poderia imagina-la


evirando os olhos, mas ela arrastou o banco sentando-se no seu lugar e se<br />

estabelecendo de qualquer maneira. Resistindo ao impulso de fazer uma<br />

observação sarcástica optei apenas por servir a comida.<br />

Por quase dez minutos, focamos na nossa refeição em silêncio. Pelo menos a<br />

roupa dela não era tão perturbadora; Ela havia mudado para uma legging e uma<br />

camisa de colarinho branca.<br />

— A comida está boa? — finalmente perguntei.<br />

Ela assentiu com a cabeça. — Está ótima. Obrigada...<br />

Mais um minuto se passou e eu disse a primeira coisa que me veio à cabeça.<br />

— Você parece diferente.<br />

Suas sobrancelhas franziram — O quê?<br />

— Quando nos conhecemos na fazenda. Você parecia meio britânica.<br />

— Oh... Hein? Eu não mudaria tão rápido. — ela retirou outra colherada de<br />

arroz. — Deve ser porque estou rodeada do sotaque sulista da Califórnia<br />

novamente.<br />

Depois de mais uma rodada de silêncio constrangedor, coloquei meu garfo<br />

na mesa. Foda-se. Isso estava ficando doloroso. Precisávamos falar sobre nossa<br />

situação de vida, se ela ia fingir que não havia nada de errado, então só tinha que<br />

forca-la.<br />

— Avery. — disse categoricamente. Ela olhou para cima, e continuei. — Eu<br />

sei que nossa conversa anterior não foi boa.<br />

Ela bufou. — Isso é certeza.<br />

Estreitei os olhos, mas continuei. — Nós precisamos conversar sobre as<br />

regras de colegas de quarto ou apartamento ou o que você quiser chamá-lo. Que tal<br />

nós afirmarmos um recomeço?<br />

Ela cruzou os braços. — Bem. Por onde você quer começar?<br />

Estou tão feliz que tenha perguntado Senhorita Perfeita. Bem-vinda a bordo.<br />

— Em primeiro lugar, há apenas um banheiro. Então você não pode deixar<br />

suas coisas femininas penduradas por todo o lado. Não quero ver um milhão de<br />

frascos de shampoos no banheiro, ou qualquer absorvente espalhado no balcão.<br />

Eu sabia que era um pouco mesquinho, mas foda-se. Um homem não pode<br />

deixar o pau bloqueado tão facilmente.


— Bem, desde que o grande homem viril esta tão ofendido pela biologia<br />

básica feminina, é uma coisa boa que eu não menstrue. — ela retrucou.<br />

— Sobre o que você está falando? Você é uma dessas malucas que fazem<br />

controle de natalidade com remédios? — perguntei. Não fazia ideia do porque<br />

perguntei, não era da minha conta. Mas... Havia algo em seu tom, sangrando<br />

através da resposta, e a expressão dela era séria... Até mesmo sombria.<br />

Ela olhou para baixo. Eu esperava que me dissesse para cuidar da minha<br />

vida, mas ela não fez.<br />

— Eu... Tinha células cancerígenas. — ela murmurou.<br />

Espera. Que diabos?Isso definitivamente não era a conversa de jantar casual<br />

que esperava. Tomei um gole profundo da minha cerveja enquanto lutava por uma<br />

resposta. Maldição. Como já tinha conseguido errar novamente? O que poderia<br />

dizer para uma confissão tão pessoal?<br />

— Não quero dizer que tinha tipo, câncer, câncer. — ela prosseguiu, me<br />

salvando de ter que inventar uma resposta. — Mas foi isso que matou a minha mãe.<br />

Então quando encontraram células malignas, quando eu tinha vinte anos, tive que<br />

decidir o que fazer. Eu poderia passar por uma pequena cirurgia, e correr o risco<br />

do câncer voltar um dia, ou conseguir uma histerectomia completa. Apenas... Tirar<br />

tudo antes que pudesse se espalhar.<br />

— Jesus. — eu disse e imediatamente desejei não ter feito.<br />

Quanta perspicácia. Nixon, seu idiota inútil.Eu tinha visto Avery como uma<br />

menina, um incômodo imaturo com todas as preocupações de uma garota normal<br />

da faculdade, quando ela já tinha enfrentado algumas coisas difíceis. Ela viu sua<br />

mãe morrer, percebeu que a mesma coisa poderia acontecer com ela, e se recusou<br />

a tomar seu destino desistindo. Fora da minha linha de trabalho, quantos jovens de<br />

vinte e um anos foram forçados a confrontar sua própria morte assim?<br />

Ela assentiu com a cabeça algumas vezes, mais para ela do que para mim.<br />

— Minha mãe foi diagnosticada quando tinha vinte e três anos, logo depois que me<br />

teve,ela não tratou rápido o suficiente... Morreu quando tinha trinta e um. Não<br />

queria cometer o mesmo erro. Cheguei à conclusão que a infertilidade não era um<br />

preço tão alto a se pagar. Se eu quiser filhos, posso sempre adotar. — ela brincou<br />

com o último pedaço de comida. — Pelo menos posso planejar viver tempo<br />

suficiente para criá-los.


Sem pensar, estendi a mão para colocar sobre a dela. Toda a ousadia na qual<br />

normalmente confiava tinha dissolvido. Eu ainda não sabia o que dizer, então disse<br />

calmamente.<br />

— Sinto muito.<br />

Avery olhou surpresa, mas não recuou. — Eu... Não se preocupe. É passado. — ela<br />

sorriu. —Meio que acabei com o humor agora. — balancei minha cabeça, abri a<br />

boca para dizer que não era um problema, mas ela interrompeu. — Então o que é<br />

ser um fuzileiro? É realmente tão perigoso quanto às pessoas fazem soar?<br />

— Pode ser. — respondi. — Mas nós treinamos muito, para nos<br />

certificarmos de que estamos preparados para qualquer situação. — tirei minha<br />

mão de cima da dela para assinalar itens com os dedos. — Natação e mergulho,<br />

combate armado e desarmado, armar e desarmar explosivos, rapel, navegação,<br />

pequenas unidades táticas... Demora mais de um ano para conseguir o tridente. E<br />

então você treina uma especialidade que é destinada a complementar as<br />

habilidades dos seus outros parceiros. Nunca termina.<br />

Ela assentiu lentamente. — Uau. Parece violento.<br />

Eu ri. — É muito brutal. Mas gosto disso. A adrenalina, a maneira que estou<br />

constantemente me testando é disso que preciso... Além disso, sirvo o meu país. —<br />

lembrando a pergunta que na verdade ela fez, diminuí. — Devo explicar que os<br />

fuzileiros representam o mar, ar e terra. A Marinha originalmente criou fuzileiros<br />

para reconhecimento secreto nas áreas costeiras, mas hoje, iniciamos ataques por<br />

terra e ar. Somos especializados em ambientes extremos: desertos, selvas,<br />

montanhas, tundras 7 . Você provavelmente ouviu falar sobre isso no noticiário, mas<br />

era uma equipe do SEAL 8 que pegou o Osama Bin Laden. Fazemos missões,<br />

matamos ou capturamos alvos terroristas específicos, resgatamos reféns, paramos<br />

a atividade de milícias...<br />

A expressão de Avery se transformou em admiração. — Então você é tipo,<br />

um herói na vida real.<br />

— Oh Deus, não. Não diga isso. Eu estou apenas fazendo meu trabalho. — eu<br />

tinha tomado o resto da minha cerveja; Provavelmente a última pela noite. — Se<br />

sou alguma coisa, é um masoquista. — antes que ela pudesse continuar com essa<br />

7 Tundra é um bioma no qual a baixa temperatura impede o desenvolvimento de árvores. Existem três<br />

tipos de tundras: tundra ártica, tundra alpina e tundra antártica.<br />

8 SEAL. É a principal força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos.


admiração de herói novamente, mudei de assunto. — Você está estudando coisas<br />

de moda, certo? Parece que você se dá bem com isso.<br />

Ela riu. — Sim, coisas de moda. Eu amo roupas e maquiagens desde que<br />

estava no ensino médio. Era algo que eu e minha mãe gostávamos de fazer juntas,<br />

só não quero deixar isso acabar. — foi incrível como de repente o rosto dela<br />

iluminou.<br />

— Então o que vai fazer com isso depois se formar? — perguntei.<br />

Ela baixou a cabeça. — Se eu pudesse levar meu hobby e fazer uma carreira<br />

nisso... Não consigo pensar em nada que prefiro fazer para viver. O que eu<br />

realmente quero é começar um Blog de moda. Não para celebridades, elas já têm<br />

ajuda mais do que suficiente. Apenas para pessoas comuns. — seu sorriso suavizou<br />

em uma estranha doçura. — Mães, senhoras, adolescentes descobrindo quem elas<br />

querem ser. Garotas da minha idade que estão trabalhando por um salário mínimo<br />

e vivendo de macarrão instantâneo, mas ainda querem um pouco de graça em suas<br />

vidas. Todo mundo merece se sentir bem e definir como pretendem se mostrar,<br />

não importa quanto dinheiro ou tempo livre tenham. — ela parou, subitamente<br />

auto consciente, lançando seus olhos para mim e depois para longe. — Mas você<br />

provavelmente acha bobagem 'coisas de moda'.<br />

— Ei, eu estava só brincando. — acenei ligeiramente com a mão em um<br />

gesto de acalme seu coração. — Não posso dizer que entendo o que há de tão<br />

mágico nisso, mas você obviamente se importa, então... Isso é importante. Parece<br />

que você está dando duro para fazer seu sonho acontecer. Tenho de respeitar isso.<br />

Ela piscou, como se tivesse esperando que eu tirasse sarro dela, então deu<br />

um grande sorriso brilhante dessa vez. — Você precisa de ajuda para limpar a<br />

cozinha?<br />

Eu balancei minha cabeça. — Não. Só vou jogar tudo na máquina de lavar<br />

louça.<br />

Percebi tarde demais, que ela tinha feito uma oferta de paz. Mas não parecia<br />

ofendida. Enquanto ela tomava o último gole de seu vinho, comecei a recolher<br />

todos os pratos e panelas sujas, ainda tentando me acostumar a ter outra pessoa<br />

no meu espaço. Parece que a gatinha tem seu lado fofo, quando as garras não estão<br />

para fora. Na verdade, provavelmente não pôde obter um sem o outro; a mesma


natureza apaixonante que a tornava feroz também a fazia afetuosa. Ela ainda era<br />

um pouco ingênua e inocente, mas era engraçada ao invés de irritante.<br />

Pela segunda vez hoje, me ocorreu que eu queria saber mais sobre ela. Foi<br />

uma sensação estranha. Meu trabalho exigia um estilo de vida que não combinava<br />

bem com coisas típicas de namoro, então a fase de conhecer um ao outro não era<br />

algo que alcancei muitas vezes. Mas eu estava preso com Avery pelos próximos<br />

meses. Então por que diabos não?


Capítulo 6<br />

l<br />

Avery<br />

Depois do jantar, me sentei no sofá da sala com Nixon, segurando uma taça<br />

de Chardonnay gelado. Eu estava começando a ficar cansada, talvez um pouco<br />

tonta, mas a tensão começou a aliviar entre nós e não queria deixar que isso<br />

terminasse ainda. Como é que um dia que tinha começado com meu meio-irmão<br />

nu, transando, sem mencionar o argumento insano logo em seguida, ao fim acabar<br />

com a gente conversando durante o jantar como amigos?<br />

Geralmente nunca falava sobre a morte da Mamãe, especialmente em minha<br />

primeira conversa com alguém. Mas por alguma razão... Só não consigo definir<br />

qual, senti como se pudesse confiar nele. Ele não me decepcionou, mesmo que não<br />

tivesse conhecimento o bastante para me responder.<br />

Não conseguia esquecer a maneira como seus olhos iluminaram quando<br />

falou sobre ser um fuzileiro. Sua devoção era tão intensa, mas tinha vislumbrado<br />

um lado humilde, doce também, quando ele tinha dispensado meu elogio<br />

admirado. Definitivamente não esperava que se importasse com minha paixão por<br />

roupas bonitas. Mesmo que seu trabalho fosse bem mais sério, me ouviu falar<br />

sobre minha carreira como se moda fosse tão importante, quanto prender<br />

bandidos e salvar vidas.<br />

No entanto, a atmosfera calma logo se tornou tensa novamente. Nixon<br />

estava inclinado para frente no sofá, com os cotovelos sobre os joelhos, deixando a<br />

cerveja dele oscilar precariamente entre seus dedos.<br />

— Ainda há uma última coisa que precisamos conversar. — ele disse.<br />

— Essa regra de 'nenhuma mulher estranha no apartamento'... Esta brincando,<br />

certo?<br />

Engoli meu gole de vinho e balancei minha cabeça com firmeza. — Ainda<br />

estou cem por cento séria.


— Bem, então estou muito sério na minha oferta de antes. — ele olhou para<br />

mim, com olhos arregalados. — Eu sou um homem de sangue quente, Avery. Já te<br />

disse que passei nove meses no Oriente Médio, e a única ação que tive foi com a<br />

minha própria mão. Então, eu vou foder alguém e ponto final. Se vai viver comigo<br />

até se formar e não quer que outras mulheres venham aqui, então... — seus lábios<br />

arquearam e ele deu de ombros. — Há uma solução fácil. Temos dois participantes<br />

dispostos sentados bem aqui.<br />

Fiz uma carranca, ignorando a centelha de calor que cintilou no meu ventre.<br />

Essa merda de novo? Estava começando a pensar que ele havia aprendido a lição,<br />

mas estava claro que seria demais esperar por isso.<br />

— Dois participantes dispostos? Talvez queira contar novamente. Use os<br />

dedos se ajudar.<br />

Um sorriso mal puxou a boca dele quando balançou a cabeça lentamente.<br />

— Vamos lá. Eu vi você olhando meu pau mais cedo.<br />

Todas as células do meu cérebro gritavam um impasse. Abri minha boca<br />

para negar, chamá-lo de estúpido, pervertido ou responder com algo inteligente,<br />

qualquer coisa. Mas nem uma única palavra saiu.— Você fez questão de dar uma<br />

boa olhada, antes de sair em disparada. Agora, por que uma mulher jovem e<br />

saudável faria isso? — ele levantou suas sobrancelhas para mim. — Hum? Será que<br />

você nem mesmo tem necessidades físicas?<br />

Eu finalmente desengasguei. — Patético, não precisa falar sobre mim e<br />

minhas necessidades na mesma frase.<br />

— Você não precisa ficar na defensiva. — ignorando completamente o meu<br />

balbuciar, ele continuou. — Isso não precisa ser uma grande coisa. É só sexo. — ele<br />

virou-se para mim, seus olhos ardentes, e me senti aquecendo novamente. — Sem<br />

compromisso. Sempre que quisermos. — fiquei muda novamente. Ele colocou sua<br />

cerveja na mesa do café e relaxou no sofá. — Em minha opinião, seria uma vitória.<br />

Estive com muitas mulheres para saber o que diabos eu estou fazendo. — sua mão<br />

deslizou até a parte superior da coxa. Eu engoli incapaz de olhar longe seu zíper.<br />

Isso era apenas uma dobra em seu jeans, ou era seu pau duro? — Eu posso te fazer<br />

gozar tão forte que vai esquecer seu nome.<br />

— Pare. — resmunguei. Eu não quero ouvir mais. Ou melhor, eu queria<br />

desesperadamente ouvir mais, mas não queria querer isso.


Ele acenou com a mão quase ociosamente. — Bem, enfim, meu ponto é: nós<br />

podemos aliviar nossa tensão. E você pode ter sua zona livre de sexo. — ele pegou<br />

sua garrafa novamente e tomou mais um gole de cerveja. — A oferta está em cima<br />

da mesa. É tudo o que vou dizer. Quando você decidir, sabe onde eu estou.<br />

Sim, eu sabia. Sabia exatamente que ele estaria não mais do que um metro<br />

de distância, não me deixando esquecer as imagens que colocou na minha mente.<br />

Desfilando seu lindo corpo na minha frente. Despindo-me com seus olhos. Mesmo<br />

agora, sentia o cheiro fresco de sabão masculino. Era diferente do almíscar<br />

anterior, mas ainda intoxicante. Como me concentrar em alguma coisa quando<br />

podia sentir sua presença no ar como uma promessa de vida sexual? Como poderia<br />

levar uma vida normal com Nixon permanentemente na borda da minha<br />

consciência?<br />

Mais importante, porque ainda não tinha dito a ele para ir para o inferno? Já<br />

devia estar andando pelo corredor agora, gritando e batendo a porta do meu<br />

quarto. Meu cérebro devia estar de férias. Essa era a única explicação para o<br />

porquê ainda estava aqui, ouvindo a proposta louca de Nixon com olhos<br />

arregalados e o queixo caído. Tínhamos feito uma conexão inesperada, durante o<br />

jantar mais cedo, mas todos os pequenos momentos de conversa franca no mundo,<br />

não podiam fazer bem a essa ideia.<br />

— Você é basicamente meu meio-irmão. — consegui finalmente cuspir.<br />

— Isso não estragaria tudo?<br />

Ele encolheu os ombros. — Se somos parentes, é só mais pela remota<br />

possibilidade técnica. Então... Não, não realmente.<br />

— Sim, realmente! — eu estava ficando frustrada. Como poderia ele ainda<br />

não me entender? Era como se nós dois estivéssemos olhando para a mesma lasca<br />

de pintura e vendo duas cores diferentes. — Cynthia é minha madrasta, então<br />

quando se casou com Russ, ele se tornou meu padrasto. Faça as contas.<br />

— Quanto a Emma e Ford? Ninguém se importou e eles estão juntos.<br />

— Eu, hum...<br />

Honestamente, eu não tinha pensado muito nessa situação. Simplesmente<br />

aceitei como as coisas estavam. Mas era verdade que, no papel, eles eram mais<br />

estreitamente relacionados do que eu e Nixon...


Eu balancei minha cabeça. Essa linha de pensamento era perigosa;<br />

Precisava voltar essa conversa para os trilhos.<br />

— Isto é sobre nós, não eles. — insisti. — Não importa o que você pensa. Eu<br />

o considero meu meio-irmão, então não há mais nada a dizer.<br />

Talvez se dissesse muitas vezes, ele começaria a acreditar, e a parte<br />

responsável do meu cérebro acordaria e afugentaria todos esses pensamentos<br />

sujos.<br />

— Hm... Justo. Ainda, porém, não é como se estivéssemos quebrando alguma<br />

lei. — não respondi, e Nixon esfregou o queixo proeminente, quieto por um<br />

momento. Então ele perguntou abruptamente. — Com quantos homens esteve?<br />

O que? A indignação me rasgou, me deixando pasma e piscando para ele<br />

como um peixe fora d'água. Como ele sai perguntando algo assim? Como ele ousa!<br />

Quando tomei fôlego para gritar que não era da sua maldita conta, o que saiu foi:<br />

— Um.<br />

Um sorriso francamente pecaminoso enrolou lentamente em seus lábios.<br />

Ele parecia um gato que tinha visto um pássaro com a asa quebrada. Como se me<br />

tivesse bem onde queria, e brincaria comigo em seu tempo livre.<br />

— Sério? — ele murmurou. — Nesse caso... Posso mostrar coisas que você<br />

apenas sonhou. — sua vozbaixou até perto de um gemido. — Você ficaria tão<br />

apertada ao redor do meu pau, Avery. Eu provavelmente teria que trabalhar a<br />

abrindo com meus dedos primeiro, até que estivesse encharcada, tremendo,<br />

desesperada por mim. Então eu iria deslizar devagarinho, deixando que você<br />

sentisse cada polegada, antes de fazer com força... Você não saberia o que a atingiu.<br />

Eu quase engasguei. Cada palavra passou em linha reta entre as minhas<br />

coxas com calor latejante. Nixon lambeu os lábios perversamente e minha buceta<br />

doía, querendo tanto sentir aquela língua percorrendo meu clitóris. Querendo<br />

aquele pau longo e grosso para me preencher até que não pensasse em nada além<br />

do prazer. A parte de mim que considerava vergonha essa situação com meioirmãoestava<br />

à beira de ser expulsa do lugar do condutor. Tanto que se Nixon<br />

tocasse meu joelho, minhas pernas poderiam se abrir. Se ele subisse em cima de<br />

mim agora, eu deixaria, imploraria, dando a ele tudo que tinha.


Abortar, abortar! Meu cérebro gritava comigo. Eu tinha que tomar o<br />

controle, agora, ou meu corpo não me daria outra chance. Saltei, colocando o meu<br />

copo de vinho na mesa de café tão rápido que quase o derrubei.<br />

— É tarde. — gaguejei. — Eu vou dormir. Sinto muito.<br />

Sem esperar por sua resposta, fugi de Nixon pela segunda vez nesse dia.<br />

Nem sequer olhei para trás enquanto corria pelo corredor. Eu realmente não<br />

estava arrependida, mas ainda queria ver a reação dele. Eu não sabia o que seria<br />

pior: ele franzindo a testa com decepção, encolhendo os ombros em bem seja o que<br />

for,ou olhando avidamente para minha bunda. Não conseguia lidar com isso agora.<br />

Bebi muito vinho, viajei muito, muito sol, muita testosterona em um espaço muito<br />

pequeno. A verdade estava aqui: nada sobre esta noite era minha culpa.<br />

E outra vez, tentei desculpar por meus hormônios enlouquecidos. Mas<br />

quando tinha escovado os dentes e vestido meu pijama e me aconchegado debaixo<br />

dos lençóis de seda suave, e percebi que na verdade não tinha dito não para Nixon.


Capítulo 7<br />

l<br />

Nixon<br />

No dia seguinte, meu alarme disparou às quatro e meia da manhã. Vesti uma<br />

calça de moletom e uma camiseta velha, enchi minha garrafa de água e caminhei<br />

até à praia de Coronado, para encontrar com meu companheiro de equipe Logan<br />

para nossa corrida regular de 16 quilômetros.<br />

Agora era o horário mais calmo deste lugar. A praia o calçadão e suas lojas<br />

estavam quase desertos. O sol não nasceria na verdade por mais uma hora e meia,<br />

mas o horizonte brilhava alaranjado, e o frio do ar estava perfeito para exercício<br />

difícil. Movi para onde Logan estava se aquecendo perto do portão.<br />

— O que se passa? — perguntei. — Fazendo algo interessante com o seu tempo<br />

livre?<br />

— Não. — resmungou, terminando seu alongamento. — Está pronto para ir?<br />

Eu ri um pouco. Eu conhecia Logan quase minha carreira inteira da<br />

marinha, e ele nunca foi de desperdiçar palavras. No geral, era um cara legal,<br />

confiável, equilibrado, difícil, mas pensativo. No passado, eu tinha resolvido alguns<br />

problemas pessoais com seus conselhos, ou apenas pensava em voz alta ao redor<br />

dele.<br />

— Quando estiver pronto.<br />

Logan se levantou e começamos a correr. Durante cinco ou dez minutos, o<br />

único som era dos nossos tênis batendo na areia molhada, o barulho das ondas e<br />

algumas gaivotas gritando à distância. Normalmente falamos um pouco nos<br />

primeiros 12 quilômetros ou mais, antes de realmente pouparmos nosso fôlego e<br />

nos concentramos em queimar o restante do percurso. Eu definitivamente tinha<br />

um tema em mente para hoje. Mas não sabia o que dizer sobre a minha nova


companheira de quarto, ou que tipo de resposta que queria de Logan. Então deixei<br />

cair em silêncio confortável.<br />

— Minha nova irmã Avery acabou de se mudar. — disse depois de um<br />

tempo.<br />

— Fez sem aviso prévio. — Obrigado por isso, pai. Logan não disse nada.<br />

Mas sua cabeça virou ligeiramente, então continuei. — Este é seu último semestre<br />

na UCSD, então estará fora da vista novamente em janeiro próximo, mas...<br />

Eu parei. A sua curta estadia seria boa ou ruim? Ainda mal sabia como me<br />

sentia por este acordo. Por um lado, queria foder Avery até perder o juízo desde<br />

que nos conhecemos, ela tinha conseguido despertar meu interesse ainda mais. De<br />

outro lado, fiquei como um convidado que fizeram regras estúpidas em relação a<br />

sua vida privada.<br />

Depois que ficou claro que não ia completar a frase, Logan disse. — Sim.<br />

Boa sorte, eu acho.<br />

Eu dei uma risada sem humor. — Para mim ou para ela?<br />

— Para qualquer um. Você já viveu com uma mulher antes?<br />

— Eu me alistei logo após a escola. Então depois de viver sob o teto do meu pai fui<br />

direto viver na Marinha. — levantei minha cabeça para olhar para ele. — Que<br />

diferença faz? Não é como se não entendesse as mulheres.<br />

Ele balançou a cabeça. — É diferente. Compartilhei minha casa com uma<br />

amiga. Não por muito tempo, embora. — sua expressão tornou-se sombria. — Ei...<br />

O que você vai fazer depois dos SEALs? Vai deixar a Marinha?<br />

— Não sei. — não esperava por esta súbita mudança de assunto, muito<br />

menos uma pergunta tão absurda. — Claro que não. Você me conhece. Eu amo cada<br />

maldito segundo. — onde mais eu poderia conseguir o mesmo tipo de adrenalina,<br />

aquela camaradagem e fluxo concentrado que vinha com o trabalho em equipe no<br />

meio do perigo? — Quando eu ficar velho demais para o serviço ativo, apenas me<br />

juntarei a uma Equipe Reserva do SEAL, ou uma Unidade Especial de Guerra Naval<br />

ou algo assim. Ainda não tenho certeza.<br />

— Você nunca pensa em casar ou ter filhos?<br />

Eu dei uma casca de riso. — Lembra com quem você está falando? — então<br />

olhei para Logan, percebendo que poderia tê-lo humilhado. — Não que essas coisas<br />

sejam ruins. Por que, você quer?


— Às vezes. Mesmo que não tenha feito, ainda quero a opção, sabe? — ele<br />

parou por um momento. — Já reparou que todos os caras em nossa equipe são<br />

solteiros? Há uma boa razão. Ninguém realmente quer um SEAL. Não em longo<br />

prazo, de qualquer maneira.<br />

Eu bufei — Então estou imaginando todas aquelas prostitutas de<br />

marinheiro na minha agenda.<br />

Não que teria muita chance de bater quaisquer daqueles traseiros por um<br />

tempo.Ele deu um grunhido negativo, uma mistura entre o ceticismo e a decepção.<br />

— Tenho certeza de que são ótimas garotas, mas todas estão atrás de uma<br />

noite. Elas só querem uma boa transa e se gabar sobre ganhar um SEAL. Qualquer<br />

mulher que esteja interessada em algo mais do que isso... É esperta o suficiente<br />

para ficar longe dos rapazes neste tipo de trabalho. Quem casaria com alguém que<br />

vive com um estilo de vida como o nosso?<br />

Ouvir Logan derramar sua coragem assim foi bizarro. Nunca soube que ele<br />

tinha sequer considerado se casar, muito menos se preocupasse tanto com isso.<br />

Mas desconsiderei. Não estava preparado pensar em um namoro sério, muito<br />

menos casamento.<br />

Em silêncio novamente, terminamos nossos 16 quilômetros só quando o sol<br />

apareceu no horizonte, e em seguida, caminhamos de volta para minha casa com<br />

calma. Conforme nos aproximamos do condomínio, avistei uma figura familiar,<br />

encostado em uma das colunas da entrada, estava Fox, outro companheiro nosso.<br />

Ele estava jogando algo no seu celular, mas colocou no bolso quando nos viu<br />

chegando.<br />

— Ei, vocês finalmente terminaram de desperdiçar o tempo? — gritou.<br />

— Tivemos um ótimo treino, obrigado por perguntar. O bebê já dormiu? —<br />

respondi.<br />

Ele me mostrou o dedo, e eu ri. Aos vinte e três anos, Fox era o mais velho<br />

do nosso time, e nunca deixamos ele nos chatear a respeito disso. Mas ele sabia<br />

como fazer uma piada. Ele deveria, já que ele estava sempre fazendo isso.<br />

— Pode rir filho da puta. Enquanto vocês dois estavam correndo em<br />

círculos, eu estava me despedindo. — Fox agarrou sua virilha, deixando claro<br />

exatamente o tipo de despedida que tinha dado. — A senhorita mais gostosa que já<br />

conheci. Ela parece com Salma Hayek.


— Tenho certeza de que sua boneca inflável vai estar lá quando você voltar.<br />

—Logan disse com uma cara séria.<br />

Fox e eu começamos a rir. Era tão raro Logan se inclinar ao nosso nível que<br />

a simples surpresa sempre era hilariante. Mas era cedo e pessoas normais ainda<br />

estavam dormindo, então mandei todos calarem antes de irmos para dentro.<br />

Eles me seguiram pelo corredor e subimos as escadas para o meu<br />

apartamento. Quando abri a porta da frente, ouvi a água correndo no banheiro.<br />

Hein... Avery deve estar no chuveiro. Nunca pensei que uma menina da faculdade<br />

acordaria tão cedo em um sábado.<br />

Fox levantou as sobrancelhas. — Você tem uma amiga?<br />

— Minha nova irmã está morando aqui agora. — eu disse. — É uma longa<br />

história. Vamos comer primeiro.<br />

Ele olhou em direção ao banheiro de novo, quase especulativamente, então<br />

deu de ombros. — Funciona para mim. Estou muito faminto.<br />

Bufei com a maneira com que Fox arrastou para fora aquela última palavra<br />

em um gemido. Você pensa que ele nunca come exceto quando está por aqui.<br />

— Então sanguessuga, você pode fazer as batatas.<br />

Fox resmungou, mas começou a lavar e cortar as batatas para fazê-las fritas.<br />

Cortei alguns bifes de presunto enquanto Logan oleava e aquecia duas frigideiras<br />

de ferro fundido. Era bom voltar à nossa velha rotina de licença: uma corrida antes<br />

do amanhecer para fazer o sangue circular, seguido de um pequeno almoço,<br />

explodindo em gargalhadas e vadiando por aí juntos. Talvez fôssemos jogar algum<br />

jogo no videogame ou o basquete mais tarde e, então procurar alguns bares depois<br />

de escurecer. Mesmo que não pudesse trazer mais mulheres para cá,<br />

provavelmente não seria muito difícil conseguir uma mulher para me levar para<br />

casa dela. Isso ainda era um pé no saco, no entanto... Eu sempre preferi a minha<br />

cama.<br />

Quando quebrei o último dos oito ovos na frigideira pequena, a porta do<br />

banheiro rangeu. Todos três olhamos para ver Avery saindo.<br />

Uma Avery muito nua.<br />

Seus seios redondos perfeitos eram maiores do que eu esperava mais<br />

atrevido. Mamilos perfeitos endurecidos em picos... Um estômago liso e macio,


quadris levemente bronzeados, afilando-se para coxas magras. Aninhado entre<br />

aquelas coxas... Uma buceta lisa, completamente nua.<br />

Pelo amor de deus.<br />

Todos ficaram em silêncio chocados, incapazes de mover um músculo ou<br />

fazer qualquer coisa além de beber no modo de exibição. Mesmo que pudesse ter<br />

sido apenas uma fração de segundo, pareceu uma eternidade até ela finalmente<br />

reparou em nós. Com um grito de pavor, abraçou-se em uma vã tentativa de se<br />

encobrir e fugiu pelo corredor. Seu belo traseiro firme balançou apenas<br />

ligeiramente enquanto correu para o quarto.<br />

Nosso feitiço quebrou quando a porta bateu atrás dela. Girei para encarando<br />

meus amigos antes que qualquer um deles pudesse dizer uma palavra. Logan<br />

pegou a dica e rapidamente voltou ao trabalho de fritar os bifes de presunto,<br />

embora seu rosto estivesse uma poeira vermelha.<br />

Fox nem se quer moveu seu sorriso de satisfação. — Uau, Nixon, você<br />

realmente tem... — começou.<br />

— Tem certeza que quer terminar essa frase? — rebati.<br />

Sua boca fechou tão rápido, que ouvi os dentes dele clicarem juntos. Bom,<br />

pensei, a criança pode aprender.<br />

Minha mente estava uma bagunça de excitação e raiva. Eu ainda estava<br />

repetindo essa breve vislumbre do corpo de Avery, várias vezes, incapaz de<br />

acreditar quão sexy e perfeita ela estava. Nunca seria capaz de esquecer um único<br />

detalhe. Assim que estivesse sozinho, provavelmente eu acabaria masturbando<br />

com a imagem, até que meu pau estivesse dolorido demais para continuar. Mas eu<br />

não era o único homem aqui que tinha visto suas curvas sensuais. Eu não era o<br />

único homem que sabia como era Avery nua, a cor exata dos seus mamilos rosados<br />

e cada polegada de sua pele cremosa, a pinta logo acima de sua nádega direita, das<br />

linhas bronzeadas do biquíni que tinha visto ontem, em torno de seus seios e<br />

virilha. Eu odiava isso.<br />

Não me lembrava da última vez que tinha estado tão irritado. Mesmo que<br />

Fox e Logan fossem meus amigos mais próximos, senti como se estivesse a cinco<br />

segundos de espanca-los até que tivessem sofrido apenas danos cerebrais o<br />

suficiente para apagar o que tinham visto. Uma voz na minha cabeça sussurrou


distante da razão, calma cara, isto é um exagero. Mas eu mal podia ouvi-la sobre o<br />

fluxo de sangue em meus ouvidos.<br />

Lavei minhas mãos rapidamente e joguei a espátula de omelete para Fox.<br />

— Eu já volto. Não deixe os ovos queimarem. — disse enquanto caminhava<br />

para o quarto de hóspedes. Parece que eu e minha querida irmã precisamos ter<br />

uma pequena conversa.


Capítulo 8<br />

l<br />

Avery<br />

Quando acordei, a fina luz brilhando através das minhas cortinas ainda era<br />

um lilás anêmico. Olhei cansada para o despertador, e gemi quando vi que era só<br />

cinco e meia. Tempo nem sequer deveria existir numa manhã de sábado. Eu enrolei<br />

para voltar a dormir, com a intenção de pelo menos mais três horas.<br />

Mas meu subconsciente já tinha girado em ação. Eu não conseguia parar de<br />

pensar na proposta maluca de Nixon de ontem à noite. Meu corpo não me tinha<br />

traído assim desde... Bem, possivelmente nunca, mas definitivamente desde o<br />

colegial. Ainda me sentia quase bêbada, como uma adolescente derretendo com<br />

algumas fantasias de seu primeiro beijo. Não.<br />

Depois de tentar desligar meu cérebro por cerca de dez minutos, desisti e<br />

sai da cama. Esta vigília irritante claramente não ia embora. Talvez um bom banho<br />

quente ajude de alguma forma, acalme, me deixando entender essa bagunça, ou<br />

ambos. Sempre posso tirar um cochilo de tarde se precisar. Ainda de pijama, espiei<br />

o corredor e vi que a porta do quarto de Nixon estava fechada. Ele ainda devia estar<br />

dormindo... Como uma pessoa sã. Tirei minha roupa e entrei no banheiro.<br />

A explosão de água quente me aliviou quase instantaneamente. Enquanto<br />

ensaboava meu cabelo, tentei bolar um plano para hoje. Nixon não podia mais<br />

continuar levando seu plano, eu não o conhecia bem, como abordá-lo? Melhor<br />

manter isso profissionalmente. Só negócios. Deixá-lo saber que não gosto de suas<br />

brincadeiras.<br />

Desliguei a torneira, limpei o vapor do espelho e comecei a pentear meu<br />

cabelo. Esse chuveiro realmente tinha feito algum bem depois de tudo. Senti-me<br />

solta, revigorada e pronta para assumir o mundo, ou pelo menos uma conversa<br />

muito estranha. Olhei ao redor procurando por uma toalha e não encontrei nada.<br />

Porcaria. Durante esse motim contra as regras de Nixon "nada feminino", tinha


pendurado meu shampoo e estava muito distraída por meus pensamentos para<br />

verificar até mesmo a toalha antes entrar no chuveiro. Mordi meu lábio,<br />

considerando as opções. Bem... Ainda assim, era 06h00min no sábado, certo? Ele<br />

provavelmente não estava acordado.Voltar furtivamente ao meu quarto não seria<br />

grande coisa.<br />

Eu andava nua no corredor...<br />

Grande. Erro. Maldito.<br />

Nixon estava na cozinha. Com dois homens estranhos. Todos me encararam.<br />

Gritando de horror, corri para meu quarto e bati a porta atrás de mim. Eu<br />

tinha que me cobrir. Corri para colocar meu roupão, as mãos trêmulas com choque<br />

e constrangimento. Meu coração estava batendo tão alto que mal ouvi, mas<br />

definitivamente havia uma conversa na cozinha. Eles estavam rindo de mim? Quem<br />

diabos eram outros caras? Será que alguma coisa funcionaria em meu favor<br />

enquanto estivesse morando aqui, ou devo abandonar a esperança agora?<br />

A porta abriu novamente e assustei. Nixon entrou depois de mim,<br />

carrancudo.<br />

— O que diabos foi isso? — ele exigiu.<br />

Meu rosto estava pegando fogo. Senti-me como um cervo paralisado.<br />

— Não sabe bater? — rangi.<br />

— Fiz uma pergunta.<br />

Absolutamente assustada por sua invasão e sua expressão irritada, gaguejei<br />

uma resposta. — Eu... Esqueci minha toalha...<br />

— Ah, é isso? Você deu aos meus amigos um bom show para adicionar ao<br />

seu banco de fantasias masturbatórias. — sua voz era um rosnado baixo,<br />

combinando para manter a conversa de ser ouvida. — Agora não tenho nenhuma<br />

chance no inferno de mantê-los longe de você. Não que ia ser fácil antes.<br />

Ele estava tão ridiculamente irritado, que a minha raiva deflagrou em<br />

resposta, dominando minha paralisia por um momento. — O que você está falando<br />

mesmo? Quem são eles? E por que eles perderiam a cabeça por causa disto? Se<br />

alguém deve ficar louca aqui, sou eu.<br />

— Eles são meus companheiros, Fox e Logan.<br />

Quando ele não continuou, percebi que ele achou que tinha explicado.


— Hum, certo. — isso respondeu à minha pergunta de segunda, mas nem<br />

chegamos perto da primeira. Balancei minha cabeça e abri minhas mãos em um<br />

gesto, e daí? . Minha próxima pergunta só saiu. — Por que você se importa que me<br />

vejam?<br />

Ele levantou suas sobrancelhas como se eu tivesse sendo estúpida.<br />

— Colegas de equipe, Avery. Nós fomos enviados juntos. — eu só fiquei<br />

olhando para ele até que continuou. — Eles não veem uma mulher em nove meses.<br />

Ah. Agora entendi. Será que todas as garotas com um irmão mais velho têm<br />

que lidar com esta porcaria superprotetora? Cruzei meus braços e dei meu melhor<br />

olhar mortal.<br />

— Controle-se. Eu sou sua meia-irmã, não sua filha de quatorze anos de<br />

idade. Sou perfeitamente capaz de decidir com quem namoro, — só para irritá-lo<br />

ainda mais, adicionei. — e com quem eu durmo.<br />

— É mesmo?<br />

— Cale-se! Você não pode puxar do ato 'em questão grande irmão' em um<br />

momento e tentar-me foder no próximo!<br />

— Não sei por que não. — ele surtou. — Agora vista alguma roupa. De<br />

preferência calça de moletom ou uma camiseta de gola alta ou algo assim.<br />

— O que? Em agosto?<br />

Mas ele já tinha batido minha porta atrás dele. Sentei na cama, muito<br />

zangada. Bolas qual era o problema? Se não o conhecesse, poderia chamar isso de<br />

ciúmes.<br />

Em seguida, me levantei outra vez e fui para o meu guarda-roupa. Bem, eu<br />

só teria que dizer a Nixon onde ele poderia enfiar suas opiniões, e sabia<br />

exatamente como fazer isso. Escolhi a roupa mais provocante, contudo ainda<br />

casual: um short curto Daisy Dukes que mal cobria minha bunda, um top branco<br />

apertado sem sutiã. Então passei um pouco de bronzeador e sombra nude nos<br />

olhos para uma luz natural ao olhar. Isso vai mostrar-lhe o que penso de suas birras<br />

estúpidas.<br />

Meu estômago roncou com o cheiro de fritura do café da manhã. Tentando<br />

esquecer meu desastre anterior, respirei fundo, cavei fundo para encontrar minha<br />

coragem e fiz meu melhor passo para a cozinha.<br />

— Desculpe por isso, rapazes. — anunciei.


Nixon parecia que tinha engolido um limão. Segurei uma risada maléfica.<br />

Oh, você não gosta da minha roupa? Boa sorte em gritar comigo sobre isso sem<br />

parecer um idiota na frente de seus amigos.<br />

— Não há nada que se desculpar. — disse um dos outros homens. Havia<br />

uma melodia inconfundivelmente de paquera na voz dele. Ele parecia quase ter a<br />

minha idade e a de Nixon, com um corpo Impressionante e um sorriso brilhante.<br />

O segundo tipo só balançou a cabeça, os olhos colados aos meus. Foi quase<br />

engraçado quão duro ele estava tentando não olhar para o resto de mim. Do tipo<br />

forte e silencioso, hein? Ou talvez apenas tímido.Ele era visivelmente mais velho que<br />

o cara que tinha falado primeiro. Seu rosto estava sério, no entanto, era calmo e<br />

gentil, que de alguma forma minimizou o fato de que ele estava ainda mais suave<br />

do que Nixon. Não pensei que isso fosse possível.<br />

Nixon deu um tapa na cabeça do primeiro cara e falou sobre seu comentário<br />

indignado. — Esse idiota é Fox. O que sabe ter bons modos é Logan. Pessoal, esta é<br />

Avery. — a introdução já parecia relutante, e então acrescentou significativamente.<br />

— Lembrem-se, a nova meia-irmã que lhes falei.<br />

Eu queria revirar meus olhos. Por quanto tempo Nixon ai manter essa<br />

merda de marcação de território machista? Em vez disso, dei um belo sorriso para<br />

os dois homens. Estava muito ocupada em pânico para obter uma boa olhada neles<br />

antes, mas ambos eram muito quentes em sua própria maneira. Um inabalável e<br />

educado, o outro enérgico e um pouco impertinente. Como a diferença entre um<br />

Saint Bernard e um Border Collie. Mesmo se não tivesse provocando Nixon estaria<br />

interessada em falar com eles. Desde que ele estava visivelmente irritado... Iria<br />

matar dois coelhos com uma cajadada.<br />

— Muito prazer! — chiei. — Nixon já pode ter dito, mas eu vou para UC San<br />

Diego. Vou morar aqui até me formar em dezembro. — então estarei fora daqui.<br />

Balancei em direção as frigideiras amontoadas. — Precisa de alguma ajuda com a<br />

comida?<br />

Logan finalmente anunciou. — Terminamos, mas obrigado. Você quer<br />

comer conosco?<br />

Aceitei a oferta dele antes que Nixon pudesse dizer qualquer coisa.<br />

— Se você tem espaço para mais um, parece ótimo. Estou com muita fome.


Isso não era mesmo uma mentira, estava há mais de uma hora, e só a visão<br />

de toda a comida estava dando água na boca.<br />

Nixon parecia um pouco irritado por eu ter estragado sua festa masculina,<br />

mas não fez nenhum movimento para me impedir. Sentei-me a mesa de jantar<br />

quando os três homens começaram a transferir o seu café da manhã da cozinha.<br />

Logo a mesa de jantar gemeu com uma montanha fumegante de presunto frito<br />

batatas e ovos mexidos. A enorme porção quase não deixou qualquer espaço para<br />

os pratos.<br />

Eles começaram com conversa fiada na tentativa de me incluir. Mas logo<br />

entraram em uma gíria militar estúpida que me deixou totalmente perdida.<br />

BOHICA 9 ? FUBAR 10 ? Sala de diversão e monster mashes 11 ? Sneak 12 e peek 13 , Evasão e<br />

Fuga, rope-a-dope 14 ... Dizem o quê?A testosterona no ar era quase irresistível. O<br />

pouco que pude entender da conversa é que era cheia de palavrões, piadas sujas e<br />

anedotas de combate. Eles recordavam e riam sobre o perigo de arrepiar os<br />

cabelos como se fosse uma divertida excursão ao zoológico. Sentindo-me um pouco<br />

ignorada, desisti de tentar acompanhar e me concentrei apenas em comer. Que<br />

provavelmente foi uma jogada inteligente, o grande volume de calorias que já<br />

tinham comido era incrível, e eles podiam acabar cavando embaixo de minha parte<br />

se eu não fosse cuidadosa.<br />

— Ei, Avery. — Fox disse de repente. — Você conhece Nixon há uns dias,<br />

certo? É estranho estar vivendo com alguém que é basicamente um estranho?<br />

Peguei um bocado enorme de presunto, e murmurei, — Hein? — da forma<br />

menos sensual possível.<br />

Nixon grunhiu. — A única coisa que é estranha por aqui é o seu rosto, Fox.<br />

— Meu rosto é o favorito e você sabe disso. Está com ciúmes da minha<br />

aparência atraente.<br />

Finalmente consegui engolir acompanhado de um copo de café. — Nós, nos<br />

conhecemos há algumas semanas. Estava visitando seu pai em Montana depois que<br />

9 Bohica: Gíria para indicar que uma adversa situação que está preste a se repetir. “Incline-se, aqui vem<br />

ele novamente”. Muito usado entre os militares, especialmente a marinha.<br />

10 Fubar: Gíria militar da Segunda Guerra Mundial, “fodido além de todo o reconhecimento”.<br />

11 Monster mashes: Duas pessoas feias fazendo sexo.<br />

12 Sneak: Uma pessoa considerada furtiva, que apronta silenciosamente e de forma clandestina.<br />

13 Peek: Espiar furtivamente de um esconderijo.<br />

14 Rope-a-dope: Uma estratégia para parecer fraco para convencer um adversário para atacar e cair em<br />

uma armadilha.


ele se casou com minha madrasta. Então passou... — escolhi minhas próximas<br />

palavras com cuidado. Por mais tentador que fosse rasgar Nixon, também não<br />

queria lidar com mal humor infinito mais tarde. — Temos que resolver algumas<br />

coisas.<br />

Eu não pude evitar olhar para Nixon, julgando a reação dele, vi os olhos de<br />

Logan percorrer entre nós ao mesmo tempo. Quanto a isso... Parece que o bebê tem<br />

uma babá.<br />

—Bem, se você estiver interessado em conhecê-lo melhor, eu tenho algumas<br />

histórias bizarras sobre Nixon. — Fox deu um sorriso torto, mostrando suas<br />

covinhas. — Eu adoraria contar lhe algum dia.<br />

Eu tive que rir da terrível insinuação. — Sou toda ouvido.<br />

Nixon empurrou abruptamente sua cadeira. — Para a próxima. — ele<br />

interrompeu. —Vocês me dão uma mão com os pratos?<br />

Logan se levantou, sacudindo a cabeça para Fox, que franziu a testa, mas<br />

obedeceu. Os três homens marcharam de volta para a cozinha, me deixando<br />

sozinha na mesa, empurrei o resto do ovo em torno de meu prato... Mais uma vez<br />

pensei como ia sobreviver ao semestre.<br />

Quando Cynthia originalmente sugeriu para morar aqui, ela fez parecer que<br />

teria o apartamento inteiro para mim, desde que Nixon estava fora em missões<br />

militares. Foi por isso que Russ apresentou a ideia em primeiro lugar. Mas desde<br />

que eu tinha entrado pela porta, Nixon invadiu cada polegada quadrada do meu<br />

espaço pessoal, praticamente sem parar. Para não mencionar os outros dois caras<br />

enormes que acabaram de ver cada polegada quadrada de mim, a parte traseira e a<br />

frente. As coisas provavelmente seriam diferentes, se ele não tivesse de licença.<br />

Mas eu estava meus nervos espedaçados.<br />

Talvez preciso afastar por um tempo. Esconder-me no meu quarto para dar<br />

espaço para ambos respirar. Mesmo se Nixon não utilizasse disto, eu seria capaz de<br />

me reorganizar... Ou até mesmo descobrir como obter a vantagem. Lutando para<br />

recuperar um senso de calma, levei minha caneca de café meio cheia para meu<br />

quarto, insistindo para mim mesma que não estava a fugindo novamente.<br />

As próximas horas passaram rápidas e ao mesmo tempo lentas. Enganei-me<br />

organizando meu material escolar para segunda-feira, desembalei a última<br />

bagagem, reorganizei as coisas, enquanto mantinha minhas orelhas sempre em


direção à animação na sala de estar. Eventualmente a porta da frente abriu, então<br />

fechou, e o apartamento ficou quieto. Fox e Logan tinham desaparecido. Eu não<br />

tinha certeza se Nixon tinha saído, também, ou só se fechou em seu quarto. De<br />

qualquer forma, fiquei agradecida pelo indulto. Sua masculinidade constante era<br />

muito perturbadora.<br />

a<br />

Para a primeira semana do meu semestre, me dediquei a evitar<br />

Nixon como uma praga. Tomei meu café da manhã a caminho da aula, estudando<br />

na cafeteria por horas a fio, e jantei fora com meus amigos. Nas raras ocasiões em<br />

que ia para casa para nada além de dormir, fiz meu melhor para ficar no meu<br />

quarto. Só me aventurei na cozinha para comer quando ouvia a porta da frente<br />

bater ou ligar o chuveiro. Eu estava um pouco orgulhosa das minhas técnicas de<br />

distração, mas ainda irritada por precisar usá-las em tudo. Era absurdo me<br />

esconder do meu colega de quarto, como um ladrão. Como é que eu ia continuar<br />

assim por mais quatro meses?<br />

Pelo menos havia vantagens para viver como uma eremita. Na quinta-feira,<br />

eu já tinha terminado toda minha leitura para as próximas duas semanas. Eu decidi<br />

ter uma noite de folga. Com tudo o que tinha passado ultimamente, eu merecia um<br />

pouco de mimo.<br />

Depois do jantar, fui para casa para um banho rápido e me enrolei na cama,<br />

ainda vestida com o meu roupão macio. Apoiei-me em alguns travesseiros e puxei<br />

meu leitor de livro. Meu autor favorito tinha lançado seu romance há quase um<br />

mês, mas como a minha vida, estava de cabeça para baixo, eu ainda não tinha lido<br />

muito ainda. Mas a sorte estava ao meu lado esta noite. Parecia que a história<br />

estava finalmente ficando interessante:<br />

Não havia nenhum escândalo responsável por um guerreiro ferido Jayla<br />

tentou dizer a si. Ela tinha comprado a habilidade de Garrett como mercenária para<br />

reconquistar o trono do seu pai. Era justo que ela limpasse os ferimentos doloridos


em seu serviço. Seu senso de realeza não tolerava nada menos. Mas os dedos dela<br />

tremiam em seu corpo, o brilho do suor na luz da fogueira.<br />

Oh... Eu quase poderia imaginar os músculos magros e tensos de Garrett. Ele<br />

era esquisito, como Nixon? O mercenário "sexy" foi apresentado a caminhar de<br />

volta ao início e há muito que esqueci exatamente como ele era. Definitivamente<br />

cicatrizes de batalha, apesar de tudo. Nixon tinha alguma cicatriz? Eu não vi<br />

nenhuma, mas talvez tivesse ocupada demais olhando seu pau para notar. Forcei<br />

minha atenção de volta para a história. Droga tinha pulado alguns parágrafos sem<br />

perceber.<br />

Ela não podia negar o que ela sentia por Garrett, ou deixar de reparar como<br />

ele olhava para ela. Seria tão fácil deixar se levar o que ambos queriam. Mas ela<br />

tinha prometido se casar com Duke Wagnaf em troca de sua ajuda. Quando ela fosse<br />

mais uma vez a princesa de Orvany, ele se tornaria o príncipe.<br />

Naquele dia, porém, foram muito longe. Agora, Garrett estava próximo.<br />

Ela inclinou-se em seu toque, sua ousadia surpreendeu os dois. Garrett não<br />

perdeu tempo colocando-a abaixo do fogo. Seus lábios se encontraram no primeiro<br />

beijo selvagem de muitos. Sua mão escorregou sob a saia e ela engasgou com sua<br />

habilidosa tortura. "Por favor", ela implorou, "Eu estou mais que pronta”.<br />

Minha respiração veio um pouco mais rápida, deixei uma mão vaguear,<br />

deslizando em meu roupão imitando do toque de Garrett. A outra mão manteve<br />

rolando a tela:<br />

Jayla gemeu quando ele a encheu. Suas estocadas rápidas, com certeza<br />

atingiram profundamente em seu centro. Foi tão bom finalmente fechar a lacuna<br />

entre eles, um prazer tão intenso, ela mal poderia tomar um fôlego para gritar. Mas<br />

ela gritou. Antes que percebesse, foi se desfazendo em torno dele.<br />

"Não terminei com você ainda, minha senhora," Ele soprou em sua orelha. O<br />

sangue dela agitou novamente na promessa de sua voz rouca. Por apenas uma noite,<br />

ela se rendeu à paixão.<br />

Logo, perdi a noção do tempo, absorta na luxúria proibida dos personagens<br />

e minha própria necessidade de alívio. Pouco a pouco, minha imagem mental de<br />

Garrett se transformou em Nixon, seu cabelo escuro e penetrantes olhos azuis e<br />

corpo esculpido. Quando percebi, estava também longe, longe demais para me<br />

importar.


Capítulo 9<br />

l<br />

Nixon<br />

A princípio parecia que não podia passar sem me livrar de Avery. Mas<br />

depois do almoço no sábado, me virei enquanto lavava os pratos para ver uma<br />

cadeira de repente vazia. Ela DESAPARECEU por quase uma semana inteira. Eu<br />

poderia contar o número de vezes que a tinha visto, em uma mão, uma mão muito<br />

cansada, graças a sua regra de nada de sexo, e por alguma razão desconhecida, eu<br />

estava seguindo. O que diabo estava acontecendo com aquela mulher? Estava<br />

estudando a história do batom, ou seja, lá sobre o que suas aulas eram realmente a<br />

manteria tão ocupada? Ela estava cozinhando metanfetamina em seu quarto? Ou<br />

este pequeno desaparecimento era apenas uma besteira feminina? Minha<br />

curiosidade estava me matando.<br />

Finalmente, na noite de quinta-feira, cheguei em casa depois de me divertir<br />

com Fox e Logan, e encontrei a porta do quarto fechada. Ela nunca fazia isso, a<br />

menos que estivesse escondida lá dentro. Eu arrumei meus sapatos sujos de areia<br />

no suporte e andei para mais perto da porta dela. Podia ouvir barulhos estranhos<br />

lá dentro; Eles eram muito tranquilos, mas ela estava definitivamente em casa. Se<br />

eu quisesse confrontá-la sobre por que estava me evitando, era agora ou nunca.<br />

— Você está viva? — perguntei. Quando nenhuma resposta veio, franzi a<br />

testa. Não tinha como ela não ouvir,comecei a abrir a porta. — Vamos lá, Avery,<br />

precisamos conversar sobre...<br />

As palavras ficaram presas na garganta. Fiquei lá como um idiota,<br />

segurando a maçaneta, incapaz de acreditar no que estava vendo.<br />

Minha meia-irmã estava deitada sobre a cama, com as coxas espalhadas e a<br />

mão enterrada entre elas. Pura luxúria sacudiu por mim e meu pau pulsou<br />

instantaneamente, doloroso. Ela parecia um poster da Playboy roubado direto dos<br />

meus sonhos eróticos. Os olhos fechados apertados, testa franzida, bochechas<br />

coradas de rosa. Seu robe tinha caído aberto para revelar seus mamilos duros e


lábios liso de sua buceta. Trabalhou quase freneticamente, dois dedos brilhantes<br />

mergulhando fundo enquanto esfregava o clitóris com a palma da mão. O som do<br />

seu dedo a fodendo harmonizando com seus gemidos desesperados, ela não estava<br />

clamando em êxtase, percebi através da minha neblina de excitação. Ela estava<br />

frustrada e insatisfeita. Lutando pelo alívio que estava fora de alcance. Ela estava<br />

tão excitada como eu estive todo esse tempo?<br />

Os olhos de Avery piscaram, então estalaram totalmente abertos, quando<br />

olhou mim. Ela deu um grito estridente e puxou o roupão ao redor de seu corpo<br />

lindo.<br />

— O que... Nixon! Que diabo? Por que você nunca bate? — ela gritou,<br />

esforçando-se para amarrar a cinto.<br />

— Eu, hum... Ouviu barulhos vindos do seu quarto. Eu estava preocupado.<br />

— Você realmente pensa que sou burra o suficiente para acreditar nisso? —<br />

ela pegou um travesseiro e jogou, ele caiu perto do meu pé. — Fora!<br />

OK, essa não foi a melhor desculpa que já bolei... Mas eu não vou deixar<br />

escapar esta oportunidade. Seu olhar vacilou enquanto a espreitava mais perto,<br />

prendendo-a com meu olhar animado.<br />

— É mesmo? Parece que você poderia usar alguma ajuda. Eu ficaria feliz em<br />

dar uma mão. — lambi meus lábios. — Ou uma língua.<br />

Os olhos dela escureceram e os meus brilharam. Seus cílios vibraram, ao<br />

olhar para baixo, só por uma fração de segundo, rápido o suficiente que poderia ter<br />

confundido com timidez. Mas não havia nenhuma maneira que ela pudesse perder<br />

a ereção furiosa em meu jeans. Ela estava lutando consigo. Isso significava que<br />

alguma parte dela estava a pensando em minha oferta.<br />

O ar estava tão denso e pesado como uma tempestade. Arriscando-me,<br />

sentei ao lado de Avery na cama, mantendo meus pés no chão. Não a toque, ainda<br />

não. Mas eu estava perto o suficiente para sentir o cheiro de sua excitação. O pouco<br />

espaço entre nós rachou com energia sexual. Logo, eu pretendia fechar essa<br />

distância por completo.<br />

— Você... Eu tinha tudo sob controle. — disse, tentando soar indignada. Mas<br />

a voz dela tremeu e pude ouvir um tom áspero da necessidade. Ela não tinha-se<br />

retirado, nem me mandado sair da cama.


Balancei minha cabeça, incapaz de segurar um sorriso. — Você não pode se<br />

esconder de mim. Eu vi você com um dedo enterrado dentro da sua buceta, se<br />

lembra?<br />

Ela deu o mais baixo, e mais bonito grito constrangedor, que eu já tinha<br />

ouvido. Com um esforço, me forcei a voltar a por as mãos na obra. Por assim dizer.<br />

— Eu sei como é a aparência de mulher quando está gozando, e você não<br />

estava em qualquer lugar perto disso.<br />

Não pude deixar de notar seus lábios rosados quase da mesma cor que seus<br />

mamilos, pressionados em uma linha fina.<br />

— Certo. Como eu poderia esquecer a sua experiência quase divina? Até<br />

você pode aprender algo sobre as mulheres, quando transou o suficiente para<br />

encher uma agenda de telefone. — sou apenas a mais recente nessa grande lista,<br />

elanão tinha que adicionar.<br />

Merda, eu disse o que não deveria. Praguejei silenciosamente amaldiçoando<br />

a boca grande do meu companheiro de equipe. — Certo, concedido, Fox não<br />

mentiu ontem. Eu já tive minha quota de vezes selvagens e loucas. — estendi a mão<br />

para descansar sobre a mão dela. — Agora, no entanto... Tudo o que estou<br />

pensando é em você. — e sua bucetinha linda e apertada, que parece muito boa para<br />

comer.<br />

Se ela tivesse vacilado ou desviado o olhar, teria sido o fim de tudo. Mas ela<br />

apenas me olhava, olhos arregalados e respirando com dificuldade. Como se<br />

tivesse me desafiando a falar. Como um gato de rua, uma coisa meio selvagem, seu<br />

nervosismo perfeitamente equilibrado com sua curiosidade e desejo. Tudo o que<br />

eu fizesse em seguida decidiria tudo. O menor erro poderia desequilibrar a balança<br />

mental e enviá-la pelos ares. Ou lutar, tendo em conta que tinha visto sua maré de<br />

azar ardente.<br />

Tomando mais um voto de confiança, levei seus dedos ainda molhados no<br />

meu nariz. Ela piscou uma expressão intermitente de confusão ao choque, mas não<br />

puxou a mão. Meus olhos fecharam, enquanto inalava seu almíscar doce e<br />

inebriante. Só o cheiro de sua excitação me fez sentir como se tivesse tomado uma<br />

dose de tequila, turvando minha mente e queimando todo o caminho até o<br />

estômago. Meu pau forçou contra meu zíper. Antes que percebesse, meus lábios<br />

tinham fechado em torno de seus dedos. Levei-os fundo, chupando e lambendo


para obter cada gota picante, desejando que pudesse sentir seus sucos na fonte em<br />

vez disso.<br />

Ela choramingou, e quase gemi em resposta. Ah, foda-se, um golpe e eu<br />

estaria viciado. Queria esse doce barulhinho de seus lábios novamente. Seus<br />

olhosestavam enormes, suas lindas jades verde quase eclipsadas pelas pupilas<br />

negra. Ela estava completamente cativada. Todo o julgamento cauteloso em seu<br />

olhar tinha evaporado, deixando somente a luxúria. Pura rendição.<br />

Sabendo que não mentiria agora, perguntei — Quanto tempo faz que você<br />

não goza?<br />

Meus lábios roçaram os dedos dela enquanto eu falava.<br />

Seus lábios entreabriram pegos de surpresa da pergunta. Mas ela não<br />

desviou o olhar. Eventualmente, relutantemente, ela respondeu:<br />

— Muito tempo.<br />

Isso era um crime contra a humanidade. Minha mente estava correndo,<br />

pulando de uma imagem para a imagem em uma névoa de luxúria. A mista<br />

expressão de choque e desejo de Avery quando me viu fodendo Pam. Nosso<br />

primeiro jantar, quando me disse segredos dolorosos sem deixar seu sorriso<br />

valente vacilar. Seu salto no corredor pelada e pingando do chuveiro. Zombando de<br />

mim e flertando com os meus amigos, naquela roupa criminalmente atraente.<br />

Desde sábado passado, senti que estava constantemente duro como pedra, só<br />

esperando a chance de tê-la. Eu tinha intensificado minhas rotinas de treino e<br />

comecei a me masturbar duas vezes por dia, como se fosse um maldito adolescente<br />

novamente, mas ainda não consegui desligar essa obsessão. Mesmo quando saí<br />

para os bares, onde podia ficar com uma vadia qualquer, nenhuma mulher fez meu<br />

sangue pegar fogo como o mero pensamento de Avery fazia.<br />

Certo. Então, tudo o que queria era levá-la a se libertar. Estava prestes a<br />

mostrar a ela que eu era um morto para as fodas aleatórias, sério na minha<br />

proposta desde o primeiro dia. Especificamente, a parte de fazê-la gozar tão duro<br />

que esqueceria seu próprio nome, e então iria continuar, novamente, até que<br />

nenhum de nós pudesse tomar outro segundo de prazer. Uma vez que<br />

experimentasse o que eu poderia fazê-la sentir, estava disposto a apostar que ela<br />

não iria embora.


Ainda segurando o pulso, deixei minha outra mão vaguear até o rosto dela, sem<br />

aviso prévio ao longo de sua mandíbula para seu queixo.<br />

— Se me quer fora daqui, vou embora. Eu prometo. Mas eu também<br />

prometo que... Se não disser não, agora... Vou beijar você.<br />

Ela fez um barulho suave, gutural que apenas mal soou como uh-huh. Era<br />

necessitado e melancólico, quase um gemido e eu não pude resistir por mais<br />

tempo. Minha mão escorregou por trás da sua cabeça, puxando-a para perto.<br />

Inclinei a cabeça e fechei meus lábios no dela.<br />

Sua boca se abriu para mim imediatamente. As nossas línguas quentes<br />

deslizaram uma sobre a outra em uma exploração sensual. Meus dedos<br />

entrelaçados em seu longo cabelo úmido; Ela cheirava a sexo e shampoo floral.<br />

Mesmo após o banho, podia sentir o pequeno vestígio de baunilha do batom que<br />

ela deve ter usado naquele dia. Mordi seu lábio inferior, provocando e degustando<br />

a carne macia, e ela suspirou em êxtase. Seu pequeno corpo se apertava e contorcia<br />

contra mim, tentando se aproximar. Suas mãos agarram nos meus bíceps, então<br />

meus ombros e costas, como se ela não pudesse se decidir onde tocar primeiro.<br />

Incapaz de resistir ao calor beijei com força, a língua patinando ao longo do céu de<br />

sua boca. Minha outra mão deslizou de seu robe para copo e acariciei seus seios<br />

firmes e atrevidos. Ela gemeu e a senti se derreter contra os travesseiros. Esse<br />

beijo era a resposta que precisava, ela queria cada parte tanto quanto eu a queria.<br />

Perguntei-me se ela poderia provar seu próprio sabor nos meus lábios e gemi com<br />

o pensamento.<br />

O pensamento que Avery era minha, finalmente toda minha, era quase<br />

demais para suportar. Logo, iria ouvir seus gritos bem na minha orelha em vez de<br />

através de uma porta. Mas eu não podia simplesmente abrir suas pernas e levá-la<br />

ainda. Mesmo que não precisasse, ela merecia um pouco mais de sutileza do que<br />

isso. Eu queria aproveitar o momento.<br />

Afastei-me e quase perdi minha determinação no olhar perdido no rosto<br />

dela. — Faz strip tease para mim. — pedi tão suavemente, quanto pude<br />

controlando meu pau prestes a explodir. — Quero ver você.<br />

Avery estava preparada e pronta, e nem hesitou. Observando minha reação,<br />

ela subiu de joelhos e desamarrou seu robe. Fiquei olhando avidamente enquanto<br />

escorregou dos seus ombros para revelar o corpo perfeito, que eu tinha


vislumbrado no sábado passado. Desabotoei minha calça, dando um suspiro de<br />

alívio quando meu pau dolorido saltou livre e chutou para fora quando puxei<br />

minha camisa sobre minha cabeça. Deixei ela me olhar por um momento antes de<br />

adicionar.<br />

— Agora se deite de costas e abra as pernas.<br />

Uma vez que obedeceu, me deitei entre seus joelhos me sustentando em<br />

meus cotovelos. Esta seria a minha primeira boa olhada nela, e seria amaldiçoado<br />

se não tomasse o meu tempo.<br />

Ela era rosa, lisa e perfeita porra. Dei ao seu clitóris de uma longa e lenta<br />

lambida de baixo para cima e apreciei seu suspiro alto. Mas não tive paciência<br />

agora para jogar muito por aí, ela provavelmente também não teria. Rapidamente<br />

estabeleci em pinceladas firmes, lado a lado com a parte plana da minha língua,<br />

provocando sua abertura com a ponta dos meus dedos. Tão logo seus ruídos<br />

começaram a diminuir, me dizendo que tinha-se acostumado ao que estava<br />

fazendo, escorreguei um dedo lá dentro até a segunda junta. Depois outro dedo.<br />

Então os passei para provocar seu ponto G, enquanto minha língua continuou<br />

trabalhando em seu clitóris.<br />

De repente ela deu um grito selvagem, cortante e resistiu. As coxas dela<br />

prenderam minha cabeça e suas unhas cravaram no meu couro cabeludo. Seus<br />

músculos internos entraram em espasmos em torno de meus dedos, tão forte, que<br />

não conseguiria puxa-los para fora se tentasse. Continuei com tudo o que tinha até<br />

ela choramingar e me empurrar para longe, dizendo:<br />

— Pare.<br />

Porra mulher, você veio como um trem de carga. Senti um estranho flash de<br />

orgulho territorial. Do nada, pensei no primeiro amante de Avery. O cara que tinha<br />

feito sexo com ela, eu nem o conhecia, mas de repente ele me irritou. Ele já tinha<br />

comido ela? Ele era tão bom nisso como eu? Se algo a julgar pela sua reação<br />

explosiva, a resposta a uma ou ambas dessas perguntas provavelmente era "não".<br />

Uma pena. Mas eu estava aqui agora, e mostraria a Avery quão incrível o sexo<br />

poderia ser.<br />

— Tão sexy. — comentei com as sobrancelhas levantadas. — Você<br />

realmente deve ter estado reprimida. — ela assentiu com a cabeça lentamente, e eu<br />

sorri. Poderia acostumar a vê-la assim. Lambi os meus dedos os limpando e


satisfeito com a forma como ela passou a olhar a minha boca. — Você está pronta<br />

para o evento principal? — perguntei.<br />

Uma sombra cruzou seu rosto. Hesitação. — Eu...<br />

— Ei, está tudo bem. Não quero que esteja insegura. — inclinei sobre seu<br />

corpo para outro beijo, mais gentil desta vez. Então soprei em sua orelha: — A<br />

primeira vez que fizermos isto, vai ser porque você está implorando para montar<br />

meu pau.<br />

Ela estremeceu os olhos vidrados por um segundo. — Certo. — então ela<br />

olhou para baixo entre os nossos corpos para meu pau ainda duro. — Você não...<br />

Quer gozar?— perguntou.<br />

— Bem, eu não me importaria. — a piada caiu um pouco furada; Eu<br />

precisava tanto que doía e estava pingando sobre os lençóis. — Mas não se sinta<br />

como se tivesse que fazer qualquer coisa se não estiver confortável.<br />

— Não, eu estou bem. — seu olhar se manteve arremessando entre meus<br />

olhos e meu pau duro. —Talvez... Eu possa cuidar disso para você?<br />

Eu não poderia acenar rápido o suficiente. Sim, por favor. Ela era tão bonita.<br />

Tão curiosa e excitada, mas ainda tímida demais para dizer "boquete" em voz alta,<br />

mesmo quando estava prestes a fazê-lo.<br />

Sentei-me contra a cabeceira da cama e Avery se ajoelhou entre minhas<br />

pernas. Com olhos e bochechas rosa, enrolou a mão em torno de meu eixo e correu<br />

a língua na cabeça escorregadia. Fiz um ruído gutural que era para ser de apoio,<br />

mas saiu desesperado. Ela balançou a cabeça dela, hesitante no início, depois com<br />

crescente confiança, cintilou a língua em toda a parte inferior sensível e seu punho<br />

apertou e bombeou.<br />

Ficou na pura medida técnica, não foi o melhor boquete que já tive na minha<br />

vida, mas não tinha ideia que a doce princesinha da moda era boa em chupar pau, e<br />

ela estava claramente se divertindo. O ruído que fez enquanto ofegava para<br />

respirar, e a visão de seus lábios brilhantes, deslizando em meu pau era quase o<br />

suficiente para explodir minha carga. Logo, meus gemidos eram apenas por<br />

incentivo. Já podia sentir o calor na minha barriga, chegando a ferver, meus<br />

músculos todos enrijecendo e soltando de uma vez. Tentei dar um desconto; Eu<br />

estava em abstinência por nove meses, insanamente quente por uma semana e<br />

brincando com Avery por quase uma hora. O tempo não estava do meu lado.


— Avery... Eu vou... — minhas palavras dissolveram em um gemido áspero<br />

enquanto ela sugava ainda mais forte. Mordi meu lábio e longos jorros<br />

percorreram meu corpo deixando todo formigando, e ela engoliu cada gota. Antes<br />

que qualquer um de nós pudesse recuperar o fôlego, a puxei em meu corpo para<br />

um profundo e ardente beijo. Meu pau usado se contorceu com o sabor do meu<br />

esperma na boca dela. Eu precisava dar o fora daqui, ou nunca a deixaria.<br />

— Porra. — ofegante. — Foi incrível.<br />

Um sorriso orgulhoso, quase felino contraiu seus lábios. Mas parecia um<br />

pouco sem brilho. Agora que a névoa de excitação tinha começado a diminuir, ela<br />

tinha acordado rapidamente para o que tinha feito. Eu não tinha ideia de como ela<br />

ia acabar se sentindo sobre isso, e minha presença provavelmente não iria ajudá-la<br />

a descobrir isso. Com certeza eu não gostaria de alguém olhando por cima do meu<br />

ombro enquanto lutava com coisas pessoais. Outra razão para eu fazer uma saída<br />

rápida.<br />

— Tenho que acordar cedo amanhã para me encontrar com Logan. — disse<br />

rapidamente. — Caso contrário passaria mais tempo. Mas vou ver você no jantar,<br />

certo?<br />

Ela abriu a boca, então hesitou. Será que ela pensou que eu iria chupá-la e<br />

deixá-la? Será que ela estava machucada? Ou apenas pronta para mais uma<br />

rodada?<br />

Finalmente ela assentiu com a cabeça e disse. — Sim. Vou estar em casa por<br />

volta das cinco e meia.<br />

Ela me deixou levantar e me observava enquanto me vestia. Quando fechei a<br />

porta do quarto atrás de mim, ela disse. — Boa noite! — a voz dela era<br />

inesperadamente alegre.<br />

Não percebi o porquê até que estava de pé na pia do banheiro, lavando os<br />

seus sucos do meu rosto. "Mas eu vou ver você no jantar, certo?" Em vez de se<br />

esconder de mim, como fez na semana passada. Parei meu rosto enterrado em uma<br />

toalha úmida. Eu tinha perguntado a Avery se iria comer comigo. De uma forma<br />

que parecia que estava com saudades dela.<br />

O que tinha de mais... Talvez estivesse.


Capítulo 10<br />

l<br />

Avery<br />

Na tarde seguinte, eu estava sentada em uma sala de palestras abafada,<br />

olhando fixamente para uma apresentação no PowerPoint sobre os tecidos no final<br />

do século XVIII. Não é meu assunto favorito, mesmo em um dia bom, e este<br />

definitivamente não era um dia bom. Nesse momento, até mesmo a era de<br />

Christian Dior e Edith Head não teriam mantido meu interesse. Tudo no que<br />

conseguia pensar era em Nixon.<br />

Detalhes íntimos da noite passada permaneciam lotando minha cabeça, tão<br />

vívidos que era como se estivesse em meu quarto com ele novamente. Seu corpo<br />

delineado. Sua língua injustamente talentosa e suas mãos. Os olhos azuis-gelo que<br />

se tornaram escuros com o desejo. O calor de sua estrutura firme entre as minhas<br />

pernas, me desloquei no meu assento plástico duro. Professor Worth falava, mas<br />

eu não ouvia uma palavra. Estava muito perdida nas minhas lembranças de<br />

"molhar a calcinha".<br />

O pau de Nixon era tão incrivelmente longo e grosso. Minha mão mal tinha<br />

encaixado ao redor de seu eixo, e a minha boca... Movi minha mandíbula inferior de<br />

um lado para o outro, sentindo uma leve dor persistente. Ainda não conseguia<br />

acreditar como havia o chupado com vontade. O primeiro e único pensamento em<br />

minha mente tinha sido fazer ele gozar. Quem era aquela garota sensual descarada<br />

e o que ela fez com Avery Palmer? A concentração pura de feromônios no ar deve<br />

ter conduzido minha insanidade temporária. Era a única explicação para tudo o<br />

que fizemos. Tudo o que eu tinha feito.<br />

E a nossa noite poderia ter ido ainda mais longe. O que aconteceria se eu<br />

não tivesse hesitado quando pediu para me tomar? Como me sentiria deixando<br />

aquele pau enorme me preencher? O pensamento me fez contorcer por diversas<br />

razões. A noite passada foi emocionante, mas, além disso, desorientadora. Antes de


conhecer Nixon, nunca tinha estado tão instantânea e devastadoramente atraída<br />

por um homem. Como a seta de uma bússola apontando na direção de um imã. Mas<br />

quão longe conseguiria me afastar do curso? O sexo mudaria tudo, se já não tinha<br />

mudado. Eu estava pronta para algo assim? Inferno, nem sabia o que "isto" era.<br />

Amigos com benefícios? Sexo sem compromisso? As palavras tinham um gosto<br />

estranho, quase azedo na parte de trás da minha língua; não estava segura de como<br />

me sentia sobre uma relação puramente sexual e nenhum romance.<br />

Provavelmente, saber que Nixon ficaria bem com esse acordo não ajudou. Na<br />

verdade, apenas me fez sentir estranha.<br />

Mas todas as emoções confusas do mundo não poderiam mudar o que meu<br />

corpo queria. Até mesmo o fato de que tecnicamente éramos parentes não<br />

importava mais. Alguma coisa profunda dentro de mim, algo primitivo, estava<br />

gritando para Nixon me foder com força. Deitar-me, reivindicar e me satisfazer até<br />

que não conseguisse pensar direito.<br />

Suspirei em frustração, olhei minhas anotações e vi uma página quase em<br />

branco. Havia escrito apenas o título da palestra, cinco ou seis pontos de marcação<br />

e um punhado de rabiscos cada vez mais abstratos. Esfreguei meus olhos, sem me<br />

importar com qualquer mancha infernal do delineador e tentei rabiscar o slide<br />

atual antes que o Professor Worth o passasse. Sacanagem... Isto está em nosso<br />

manual e o olhar esfumaçado está na moda agora. Minha mente tinha andado em<br />

círculos durante todo o dia. Metade de mim estava agonizando para sentir o toque<br />

ardente de Nixon novamente. A outra metade ainda estava cautelosa, não havia<br />

disparado ainda qualquer alarme, mas estava ciente que aquele calor tão intenso<br />

podia queimar gravemente também. Não tinha ideia de como juntar as minhas<br />

duas metades novamente.<br />

Você devia ter pensado em tudo isso antes de deixá-lo enterrar a cara entre<br />

as suas pernas, me repreendi. Bem, agora era tarde demais. Só tinha que pensar<br />

nessa bagunça enquanto prosseguia.<br />

Todos ao meu redor, de repente, começaram a se levantar, tagarelando ao<br />

som de papéis e guardando suas mesas. O professor Worth devia ter anunciado o<br />

fim da aula, mas eu não tinha sequer notado. O alívio me percorreu. Finalmente<br />

estava livre. Graças a Deus só tenho duas aulas às sextas-feiras. Coloquei meu<br />

caderno novamente em minha bolsae sai da sala de aula, indo para o edifício do


centro estudantil para me despedir de meus amigos, antes de ir para casa. Em<br />

seguida, fiz uma pausa e mudei de rumo em direção ao estacionamento do campus.<br />

Eu provavelmente poderia ter poupado quinze minutos, mas disse a Nixon para me<br />

esperar por volta das cinco e meia, e não queria correr o risco de ser sugada para<br />

dentro das últimas fofocas recentes das celebridades e faltar ao nosso...<br />

Impedi-me de terminar essa frase. A palavra "encontro" mexia com meus<br />

pensamentos de uma forma que não sabia como interpretar.<br />

a<br />

Quando cheguei em casa, fiquei surpresa ao encontrar Logan e Fox<br />

relaxando no sofá. Um jogo de basquete soava alto da televisão de tela plana.<br />

Através da janela da sala, podia ver Nixon do lado de fora na varanda, cutucando o<br />

churrasco com o pegador. O cheiro da carne grelhada e fumaça de carvão<br />

flutuavam no ar.<br />

Ao som da porta da frente, Logan se virou e sorriu.<br />

— Ei, Avery.<br />

— Hum... Ei, pessoal. — respondi, esmagando minha decepção.<br />

Nixon tinha esquecido essa festa com todas as emoções de ontem à noite, ou<br />

tinha mentido sobre jantar comigo. Ou é só um cara típicamente idiota que pensa<br />

que um grande encontro em grupo é tão bom quanto uma refeição individual.<br />

Fox no sofá deixou cair à cabeça para olhar para mim de cabeça para baixo.<br />

— Bem na hora! O jogo deve começar em poucos minutos. Exibição de prétemporada.<br />

Você é uma garota dos Lakers ou Clippers?<br />

Oh, bem. Acho que apenas devo aproveitar a festa. — Como qualquer tipo de<br />

garota. — gritei enquanto me dirigia para o meu quarto.<br />

Joguei minha bolsa em cima da cama, tirei meus dedos das minhas sandálias de<br />

salto de Steve Madden e mudei de minha saia plissada para umas calças capri<br />

macia.


Quando voltei ao fundo do corredor, Logan estava no balcão, derramando<br />

vinho tinto no copo. Podia sentir o cheiro frutado, até mesmo o buque de flores<br />

sobre a fumaça de churrasco do lado de fora.<br />

— Aqui. — ele disse. — Compramos um Merlot, quando fomos à loja de<br />

bebidas.<br />

— Oh, obrigada. Que surpresa agradável. — eu disse verdadeiramente<br />

satisfeita. Nixon não me parecia ser um cara de vinho. Ele deve ter pegado minha<br />

falta de entusiasmo para a cerveja.<br />

— Sem problemas. — respondeu Logan. — Que bom que gostou.<br />

Quando ergui o copo para um gole, meus olhos correram novamente a<br />

silhueta de Nixon na janela. Nem sabia o que queria dizer, e ainda estava louca para<br />

falar com ele. Provavelmente não era super educado pegar a bebidas de Logan e<br />

depois abandoná-la, mas não conseguia concentrar em outra coisa senão Nixon<br />

agora.<br />

Após um minuto de silêncio constrangedor, eu disse, — Acho que vou... Ir<br />

verificar a situação da comida. —Dah. Quão suave Avery.<br />

Mas Logan não pareceu se importar com minha total falta de boas maneiras.<br />

Ele simplesmente abaixou a cabeça e foi recuperar seu lugar no sofá. Ao mesmo<br />

tempo aliviada e nervosa, dei um passo para fora, fechando a porta da varanda<br />

atrás de mim.<br />

Quatro bifes enormes e um pacote de papel alumínio com batatas cobertas<br />

na grelha. Nixon inclinou a cabeça para olhar para mim enquanto vigiava a comida.<br />

Minha barriga tremeu; mesmo com esse pequeno contato visual me senti<br />

explosiva. Com a carga de promessa.<br />

— Então. — ele disse calmamente. — Será que você pensou sobre a noite<br />

passada durante todo o dia de hoje, também?<br />

Calma. Parece que estamos cortando direto no ponto. — Sim. — admiti sem<br />

hesitação.<br />

— Então eu deveria ir para o seu quarto esta noite. — ele respondeu. Foi<br />

uma declaração, não uma pergunta.<br />

Tinha lutado para manter afastada durante a aula, todas aquelas memórias<br />

superaquecidas, mas elas regressaram misturando e me afundando em fantasias.<br />

Mais cedo, me perguntei como teria me sentido se tivesse deixado Nixon


transar comigo. Agora minha chance de descobrir estava aqui. Tão logo que seus<br />

amigos fossem embora... Tudo o que teria que fazer era pedir. Ou implorar.<br />

Apesar da noite quente, sem vento, eu tremia muito. Todas as minhas<br />

dúvidas, minhas perguntas ansiosas sobre o que tudo isso significava e como isso<br />

afetaria nossa relação, de repente me senti muito longe. Enquanto os olhos do meu<br />

meio-irmão estavam em mim, nada mais importava.<br />

Assim quando abri minha boca para responder, a porta se abriu, Fox e<br />

Logan amontoaram na varanda.<br />

Gostava dos amigos de Nixon. Eu realmente gostava. Mas naquele momento,<br />

queria socá-los.<br />

Fox se jogou em uma cadeira da varanda. — Ei, os bifes não estão prontos<br />

ainda?<br />

Se Nixon estava irritado com a interrupção, ele fez um bom trabalho<br />

escondendo. — Eu não sei. Os grãos verdes estão no fogão?<br />

— O que isso tem a ver com o bife? — Fox abriu sua lata de cerveja<br />

Guinness.<br />

— Não há nada. Uma dessas cervejas é para mim?<br />

Torcendo seu sorriso em falsa indignação, Fox olhou entre mim e Logan em<br />

rápida simulação. — Você está vendo isso? Você vê o que ele me faz passar? Não<br />

acumule informações essenciais, cara. As informações querem ser livres.<br />

— Nós simplesmente colocamos. — Logan ofereceu, colocando uma lata no<br />

alto da prateleira do lado da grelha.<br />

— Que diabos, uma resposta direta. Bebida! Obrigado, senhor. — Nixon<br />

entregou os bifes e eles assobiaram bem alto. — Seus serviços para esta grande<br />

nação não serão reconhecidos.<br />

Logan riu enquanto se sentava. Eu teria rido, também, se não tivesse tão<br />

frustrada. Estava presa a um nó o dia todo, e apenas quando comecei a falar com<br />

Nixon, os amigos dele tinham entrado. Quanto tempo tenho que esperar para<br />

terminar nossa conversa? Fox e Logan mostraram todos os sinais de acampar aqui<br />

até que a comida acabasse. Desisti quando Nixon abriu sua lata de Guinness.<br />

Enquanto os bifes chiavam na churrasqueira afastada, os rapazes bebiam suas<br />

cervejas e tentei meu melhor para desfrutar do meu vinho.


Finalmente, Nixon virou a cabeça para anunciar. — Eu vou checar os<br />

legumes e buscar os pratos. Alguém pode tomar conta?<br />

Logan se aproximou da churrasqueira e Nixon entrou no apartamento. Com<br />

um sorriso torto, Fox imediatamente se virou para mim, como se tivesse esperado<br />

para esta janela de oportunidade.<br />

— Ah, Finalmente a sós. — ele ignorou o bufar de Logan. — Há algumas<br />

coisas que você deve saber sobre seu novo meio-irmão.<br />

Imagens de ontem novamente brilharam espontaneamente em minha<br />

mente, e a palavra meio-irmão de repente parecia unhas num quadro negro.<br />

— Então o que você quer ouvir primeiro? Talvez a vez que ele quase foi<br />

preso por atentado ao pudor?<br />

Fiquei boquiaberta. O... O que?<br />

Por cima do ombro, Logan atirou um olhar ilegível para mim. Devo ter<br />

parecido tão chocada quanto me senti.<br />

— Oh, sim. Estávamos todos no restaurante, e nosso pedido estava<br />

demorando muito, então ele foi encontrar a garçonete. Depois desapareceu,<br />

também. Acabou que ele a encontrou, sem dúvida... No beco nos fundos. — Fox deu<br />

uma gargalhada. — Ele tinha tirado e exibido muita coisa bem antes, mas o carma<br />

finalmente o pegou.<br />

Eu estava além de horrorizada. Claro, Nixon estava longe de ser<br />

inexperiente com mulheres, eu soube disso desde que nos conhecemos. Mas nunca<br />

pensei que era um maldito maníaco sexual. Alguém que vivia só para pegar novos<br />

pedaços excitantes de bunda. Alguém que faria qualquer coisa para transar...<br />

Pensei que ele tivesse algum respeito, alguns padrões.<br />

— Também foi naquele ano, onde ele esteve todo obcecado com sexo a três.<br />

— Fox continuou. — Algumas histórias bem legais aqui. Não tenho certeza<br />

qual é a melhor, aquela sobre as contorcionistas ou sobre as gêmeas suecas<br />

idênticas. — ele tocou os dedos nos lábios por um segundo. — Bem, falar sobre as<br />

gêmeas, provavelmentenão é apropriado. Não tenho certeza porque elas<br />

precisavam de mais um, quando elas poderiam jogar ping-pong 15 com...<br />

— Fox!<br />

15 Ping-pong: Um ato sexual envolvendo três pessoas. Uma pessoa fica de quatro, enquanto umafode<br />

sua boca a outra fode a buceta ou anús.


Todos nós assustamos até mesmo Logan. Nixon olhou da porta com um<br />

punhado de pratos e um rosto tempestuoso.<br />

— Você quer comprar um bilhete só de ida desta varanda, cara? Posso te<br />

dar um gancho de direita se não calar a boca. — a voz de Nixon era quase um<br />

rosnado.<br />

O sorriso de Fox tinha desaparecido. Ele levantou as mãos em sinal de<br />

rendição meio sério, embora o efeito tenha sido arruinado por ele ainda segurar a<br />

lata de cerveja.<br />

— Está bem, cara. Merda. Toma um calmante.<br />

Mas era tarde demais. O dano já tinha sido feito.<br />

Ontem à noite, quando Nixon tinha sussurrado tão gentilmente, coisas sujas<br />

no meu ouvido, eu tinha pensado que era especial. Pensei que ele me queria. Eu<br />

devia ter adivinhado. Ele era apenas um jogador que perseguia qualquer coisa com<br />

dois seios e uma bunda. Ele havia dito tudo o que eu queria ouvir. Eu tinha<br />

comprado a linha, e o anzol com peixe. Como pude ter sido tão estúpida? Eu estava<br />

realmente assim tão desesperada?<br />

Piscando para conter as lágrimas, engoli tentando firmar minha voz.<br />

— Desculpe. Eu, hum... Sinto uma enxaqueca chegando. Vou me deitar.<br />

Sem esperar por uma resposta, corri para dentro do meu quarto e fechei a<br />

porta.


Capítulo 11<br />

l<br />

Nixon<br />

Quando Avery desapareceu dentro do apartamento, tudo que eu queria<br />

fazer era matar Fox. Mas uma acusação de homicídio seria terrível na minha ficha<br />

de serviço. Apenas carreguei meu prato cheio esentei-me à mesa da sacada. Eu não<br />

queria que nem Avery ou os caras pensasse que eu estava perseguindo ela. Talvez<br />

bastante proteína e carboidratos fossem sufocar a raiva fervendo no meu<br />

estômago.<br />

Fox riu quando se sentou ao meu lado com o seu prato cheio.<br />

— Você é louco mano?<br />

Então, novamente, o assassinato podia não ser um plano tão ruim, afinal. Eu<br />

pensei que iria apenas colocar o temor de Deus a este garoto, mas, aparentemente,<br />

deixou escapar a lição de sua cabeça vazia. Estreitei Fox com o olhar.<br />

— Você nunca sabe quando calar a boca?<br />

— Puxa, cara, você levantou do lado errado da cama ou o quê? Eu estava<br />

apenas brincando. — Fox tocou a língua em um pedaço de batata cozida, então<br />

soprou sobre ela. — Por que você se importa tanto? Não é como se Avery fosse<br />

pedaço de bunda que você está tentando impressionar.<br />

Esfaqueei violentamente meu bife, mal passado e sangrento.<br />

— Ele não quer ficar mal na frente de sua nova meia-irmã. — Logan<br />

murmurou ao redor de sua boca cheia de comida. Silenciosamente agradeci por me<br />

mergulhar em uma desculpa conveniente. Então retomei quando ele continuou.<br />

— Mas você tem que admitir, foi meio engraçado.<br />

Virei-me para olhar para Logan. — Não, eu realmente não estava brincando.<br />

Logan me deu um olhar estranho. — Hum... Desculpe?


Droga. Talvez eu precisasse diminuir um pouco. De suas perspectivas, eu<br />

estava pirando sobre algumas histórias estúpidas. Eles não tinham ideia do quanto<br />

Fox tinha intencionalmente acabado com minha foda. Quantos dias de persuasão e<br />

frustração sexual que ele tinha mandado por água abaixo...<br />

— Avery está na família agora. — disse Fox. — Conhecer as merdas<br />

vergonhosas sobre você é algo absolutamente natural, homem. Eu estou apenas<br />

vendo se funciona mais rápido.<br />

Mas quando Fox falou assim, foi impossível manter minha boca fechada.<br />

— Eu não me importo com o que você pensa que está fazendo. — rebati.<br />

Basta parar.<br />

Felizmente, antes que pudesseaprofundar, o temporizador zumbiu na cozinha. As<br />

vagens estavam cozidas. Que significava que...<br />

— Merda, estamos perdendo o jogo. — eu disse. — Vocês vão à frente. Vou<br />

pegar as coisas.<br />

Eles grunhiram a afirmação e entraram. Coloquei o resto da comida da<br />

churrasqueira no prato que trouxe para Avery, depois entrei. Servi-me de alguns<br />

vegetais e deixei o prato dela próximo a pia da cozinha. Quando me sentei no sofá,<br />

notei que a porta do quarto estava fechada.<br />

Durante todo o jogo de basquete, Fox e Logan xingavam ou aplaudiam em<br />

pontos adequados, mas eu mal conseguia concentrar. Não tinha ideia de como<br />

terminou a pontuação. Até a comida que provei parecia sem graça. Tudo o que<br />

euconseguia pensar era Avery, estava escondida em seu quarto. Ela estava<br />

chateada ou apenas enjoada? Será que ela me odeia? Por que ela me odiaria? Se<br />

estivesse chorando? A ideia sentou como um pedaço de chumbo quente nas<br />

minhas entranhas. O que diabo ia fazer?<br />

Quando Fox e Logan finalmente saíram, coloquei nossos pratos na máquina<br />

de lavar e reaqueci a comida que tinha guardado para Avery: um bife de lombo<br />

perfeitamente preparado, com vagem, e as batatas que estavam apenas<br />

ligeiramente queimadas. Então bati na sua porta.<br />

Depois de um minuto desconfortável, ela se abriu. Pode ter sido minha<br />

imaginação, mas pensei que seus olhos pareciam um pouco vermelho. Ela olhou<br />

para o prato na minha mão como se estivesse cheio de lesmas.


Finalmente ela pegou, com um: — Obrigada. — quase inaudível, e começou<br />

a fechar a porta.<br />

— Avery, espere. Podemos conversar? — perguntei.<br />

Agora, ela estava olhando para mim como se eu fosse uma lesma. — Não há<br />

nada para falar.<br />

Puta que pariu. Eu estava encalhado em um território desconhecido sem<br />

sequer uma bússola.<br />

— Você está chateada ou algo assim?<br />

Esperava que ela não ficasse ofendida com a minha confusão. E se ficasse,<br />

pelo menos que deixasse cair uma sugestão sobre o que eu deveria fazer.<br />

— Por que eu estaria chateada? — respondeu, olhando e soando<br />

completamente zangada.<br />

Eu balancei a cabeça, ainda totalmente perdido. Eu não sei querida, é por<br />

isso que perguntei porra. Por que as mulheres não podiam vir com um<br />

manual? Como fui de herói a zero à esquerda, em uma única noite? Eu levei uma<br />

facada, à única coisa que conseguia pensar.<br />

— Tudo o que Fox estava falando... Tudo isso foi há muito tempo atrás. Eu<br />

amadureci muito desde então.<br />

Seus olhos eram tão serenos e cansados como moedas antigas. Exaustos<br />

demais para se importar. — Obrigada novamente pela comida. — ela finalmente<br />

murmurou.<br />

Então, antes que pudesse sair outra palavra, ela fechou a porta na minha<br />

cara.<br />

Sabendo que era melhor não bater novamente, me retirei para o meu quarto<br />

para uma reflexão séria. Uma coisa era certa, eu teria um trabalho enorme. Foi um<br />

golpe de má sorte, Avery ouvir toda a lavagem da minha roupa suja logo após nós<br />

finalmente nos envolvermos. Ao julgar a quão magoada e enojada ela parecia mais<br />

cedo, provavelmente pensou que eu era o maior babaca que já andou no planeta. E<br />

talvez eu fosse, quando era mais jovem, mas não era agora. No entanto, como eu<br />

poderia fazê-la acreditar que tinha mudado?<br />

Jogando-me na minha cama, gemi frustrado em vários sentidos. Eu ainda<br />

queria transar com ela até que gritasse meu nome, mas esta situação exigiria um


monte de reparação se quisesse mesmo vera doce buceta novamente. Querido<br />

Deus, eu queria ver.<br />

Na manhã seguinte de sábado, depois da minha corrida com Logan, saímos<br />

para tomar nosso café da manhã habitual, e caminhei até a floricultura na Avenida<br />

Orange. Percebi que não podia dar errado, comprar algumas flores. Esse<br />

movimento era clássico por uma razão, certo? Eu perguntei ao caixa o que ele<br />

poderia recomendar. Rosas não, elas querem dizer romance, e tampouco um<br />

grande buquê. Apenas algo brilhante e colorido que você daria para uma<br />

amiga. Provavelmente pensando que eu era um diota, ele me vendeu três talos de<br />

flores roxas e amarelas e um pequeno vaso de vidro.<br />

Escondi as flores no meu quarto até que Avery saiu para estudar com seus<br />

amigos, depois, as deixei em sua mesa de cabeceira e comecei a fazer o almoço.<br />

Normalmente, eu teria apenas arranjado um sanduíche de peru, mas tinha com o<br />

objetivo ganhar Avery mais uma vez. Táticas de meia boca não contariam para esta<br />

operação. Depois de pensar, decidi que espaguete de frango com molho de tomate<br />

caseiro atingiria um bom equilíbrio entre "por que se preocupar" e "estranho<br />

exagero”.<br />

Preparei uma panela enorme, comi um prato, em seguida, preparei o Xbox e<br />

me acomodei para acumular conquistas. Isso ia ser um dia chato; com a minha<br />

sorte, Avery voltaria assim que eu deixasse o apartamento, então não podia sair de<br />

casa até segunda ordem.<br />

No momento que desisti e fui para a cama naquela noite, Avery ainda não<br />

tinha chegado.<br />

Saí do meu quarto no domingo de manhã e a encontrei comendo cereal na<br />

mesa de jantar. Ela me viu e parou de mastigar por um momento. Segurei a<br />

vontade de perguntar se ela tinha sido abduzida por alienígenas. Se nós<br />

entrássemos em uma discussão, só iria distrair do meu objetivo.<br />

Finalmente, ela engoliu um bocado de cereais e disse:<br />

— As flores são realmente bonitas. Obrigada. — sua voz era suave, quase<br />

tímida, ou talvez resguardada.<br />

Perguntas zumbiam na minha mente: Onde diabo você estava? Passou a<br />

noite, ou simplesmente chegou tarde? É porque você está chateada comigo?<br />

Recordar Avery de sua ação aparentemente caprichosa parecia incoerente, e ela


poderia pensar que eu estava tentando me meter em sua vida ou algo assim.<br />

Finalmente eu apenas balancei a cabeça e disse:<br />

— Que bom que você gostou delas. — mas não pude resistir e acrescentei:<br />

— Então... Você ficou até tarde com seus amigos?<br />

— Oh. Hum, sim. Nós assistimos alguns filmes no apartamento de<br />

Heather. Eu não queria preocupá-lo. Eu deveria ter mandado uma mensagem. —<br />

ela mexeu com as mãos por um segundo. — Apenas não pensei nisso.<br />

Se ela estivesse dizendo a verdade, isso significava que não tinha ficado fora<br />

especificamente para me evitar. Se estivesse mentindo, isso significava que estava<br />

me evitando, mas não queria que eu compreendesse esse fato. De qualquer forma<br />

parecia um progresso. Decidi tomar minhas pequenas vitórias onde eu poderia<br />

encontrá-las.<br />

— Legal. — respondi. — Bem, eu vou sair. Provavelmente estarei de volta<br />

para o jantar, mas se não, há sobras de espaguete na geladeira.<br />

Avery concordou e a deixei sozinha. Ela parecia tocada por meu gesto, mas ainda um<br />

pouco distante, e me perguntava quanto caminho ainda tinha pela frente.<br />

a<br />

No dia seguinte, quando estava indo para a cama, notei que a luz<br />

ainda estava brilhando sob porta do quarto de Avery. Bati, e depois de uma longa<br />

pausa, ouvi o seu chamado.<br />

— O quê?<br />

— Posso entrar?<br />

— Sim.<br />

Abri a porta e vi Avery debruçada sobre sua mesa, vestindo moletom e uma<br />

camiseta, com o rosto banhado no brilho de seu laptop. Um livro grosso estava<br />

aberto em seu cotovelo e mais três empilhados nas proximidades.<br />

— Você está ocupada? — perguntei.<br />

— O que lhe parece? — então ela suspirou esfregou sua testa entre o<br />

polegar e os outros dedos. — Estou cansada, desculpe. Eu só estou arrependida de


ter aceitado essa quarta turma. Tenho que entregar um trabalho quarta-feira, e<br />

tenho um milhão de outras coisas para fazer, mas meu cérebro simplesmente<br />

desliga cada vez que olho para esta maldita linha de trabalho.<br />

Fui até ficar atrás dela, me apoiei na parte traseira de sua cadeira de<br />

escritório. — Parece que você precisa de uma pausa.<br />

— Não. — ela gemeu, arrastando a palavra em várias sílabas. — Isso é<br />

exatamente o oposto do que eu preciso. Eu tenho que tomar coragem e acabar com<br />

isso!<br />

— Apenas dez minutos. Isso vai ajudá-la a se concentrar, eu prometo. —<br />

Comecei a massagear seus ombros e ela fez um pequeno, barulho surpreso, que<br />

rapidamente se transformou em um gemido misto de dor e prazer. Eu murmurei,<br />

— Nossa, você está dura como uma tábua.<br />

— Eu não estou... Surpresa... — a vozdela veio em rajadas tensas enquanto<br />

meus dedos cavaram mais fundo nos músculos rígidos. — Estou sentada aqui... Há<br />

cinco horas... Ah, por que você parou?<br />

Sentei-me na cama e dei uma batidinha. — Vamos. A menos que eu continue<br />

todos os nós, simplesmente se espalharão nos músculos novamente, e você estará<br />

de volta onde você começou. — eu não tinha ideia se era ou não verdade, mas fazia<br />

sentido o suficiente.<br />

Sua boca se contorceu em ceticismo. Finalmente, porém, ela saiu de sua<br />

cadeira e colocou a face para baixo sobre a cama. Montei a bunda dela, rezando<br />

para meu pau não fazer uma aparição nos próximos dez minutos, e retomei a<br />

massagens na sua parte superior das costas. Ficamos em silêncio, quebrados<br />

apenas por um chiado ocasional ou suspirar de Avery.<br />

Depois que tinha trabalhado meu caminho até a parte baixa das costas, me<br />

arrisquei.<br />

— Ei.<br />

— Hum?<br />

Houve uma imprecisão sonhadora em seu tom de voz e me perguntei se a<br />

tinha acordado.<br />

Respirei fundo e mergulhei de cabeça na sinceridade. — Na noite de sextafeira<br />

passada, Fox disse um monte de coisas sobre mim. — quando ela não reagiu,<br />

continuei, — Eu não vou mentir dizendo que nada disso aconteceu. Mas está tudo


no passado. Eu não sou mais aquele cara. — bufei uma pequena risada. — Você<br />

tem que entender que eu era jovem e idiota. Mesmo antes de eu ter o meu tridente,<br />

mencionei que estava fazendo meu treinamento de pré-seleção, e as meninas<br />

faziam fila em volta do quarteirão para tirarem suas calcinhas. Isso não significava<br />

nada para ninguém. Elas só queriam ficar com um SEAL, como se fôssemos troféus<br />

e nós aceitamos as suas ofertas. Inferno, a maioria dos caras ainda agem assim.<br />

Avery não disse nada. Sua respiração veio suavemente, ela nem sequer<br />

abriu os olhos. Mas eu sabia que estava ouvindo cada palavra que disse. O que<br />

mais, ela queria estar convencida. Caso contrário, não teria ficado tão chateada<br />

com o meu passado. Tudo que eu tinha que fazer agora era apenas me concentrar.<br />

— Dormir com alguém foi divertido por alguns anos. Mas eu não poderia<br />

importar menos sobre esse tipo de coisa agora. Tudo isso está no passado. Eu<br />

posso prometer uma coisa. — inclinando para falar em seu ouvido, abaixei a minha<br />

voz a um murmúrio íntimo. — Se fizermos isso, e eu quero dizer realmente fazer<br />

isso... Será só você e eu. Ninguém mais. Eu não compartilho, e espero que você<br />

também não. — meus lábios roçaram seu pescoço, e a ouvi engatar uma respiração.<br />

— Então você não tem nada para se preocupar.<br />

A minha massagem tornou mais suave e mais sensual. Gradualmente<br />

minhas mãos varreram mais para fora, roçando os lados de seus seios através da<br />

fina camisa de algodão. Com uma onda de calor, percebi que ela não estava usando<br />

um sutiã. Espalhei beijos sobre seu pescoço e ombros os tornando cada vez menos<br />

casto. Logo suas bochechas estavam vermelhas e as costas subiam e desciam com<br />

respirações rápidas. Quando me atrevi a correr minhas mãos sob seus seios, senti<br />

que os mamilos tinham endurecido em pequenos pontos, e ela não me impediu.<br />

Queríamos um ao outro. Nós dois sabíamos que não havia nenhuma<br />

maneira que ela não pudesse sentir a dureza pressionando sua bunda bem<br />

torneada. Quando comecei a empurrar sua camiseta para cima, ela se contorceu<br />

virando entre as minhas pernas e ajudou a tirá-la. Minha respiração ficou presa na<br />

visão de seus seios perfeitos. Tinha sido apenas alguns dias desde que tive Avery<br />

pela primeira vez debaixo de mim, mas pareciam meses. Dividido entre o desejo de<br />

me apressar e o desejo de saboreá-la, a despi lentamente, beijando cada polegada<br />

de pele nua. Com exceção de alguns murmúrios suaves de prazer, ela ficou tão


silenciosa quanto um ratinho. Quando estava ajoelhado entre suas pernas, olhei<br />

para ela.<br />

— Tem certeza de que está tudo bem?<br />

Ela assentiu com a cabeça lentamente, suas bochechas coradas e lábios<br />

rosados separados, não queria perder mais tempo. Eu respirei, saboreando o<br />

cheiro de sua excitação, então coloquei o beijo mais gentil possível em seu<br />

clitóris. Ela gemeu e se contorceu. Incapaz de segurar comecei a lamber com<br />

determinação. Logo as unhas deixaram uma trilha de formigamento no meu couro<br />

cabeludo, oprimido, mas ainda desesperado por mais. Pela primeira vez na minha<br />

carreira militar, me arrependi de ter cabelo curto, porque isso significava que ela<br />

não podia meter os dedos no meu cabelo. Seus gritos subiram alto até que ela<br />

quase chorou, cada músculo tremendo quando o orgasmo tomou conta dela. Isso<br />

só aguçou meu apetite, eu não podia esperar mais um segundo para finalmente ter<br />

tudo dela. Me levantei e coloquei meus braços sob os ombros e joelhos.<br />

— O que? — ela murmurou ainda confusa com o prazer.<br />

— Preciso de você na minha cama — eu disse com a voz rouca. Quando me<br />

endireitei, ela rangeu e se agarrou a minha nuca. — Não se preocupe. Eu entendo<br />

você.<br />

Embriagado com desejo a levei para o meu quarto e a deitei. Senti seus<br />

olhos ardentes em mim enquanto corria para tirar minhas roupas. Rolei uma<br />

camisinha e seu suspiro misturou com meu gemido quando alinhei meu pau até<br />

sua entrada e empurrei para dentro, tão lento que senti como uma tortura celestial.<br />

Sua pele já brilhava com um fino de suor. Normalmente gostava de foder por trás,<br />

mas para a minha primeira vez com Avery, queria ver seu rosto. Ver seus longos<br />

cílios escuros tremendo, sua boca aberta enquanto gemia, de modo que soubesse<br />

que ela estava gostando disso tanto quanto eu. Eu nunca tinha trabalhado tão duro<br />

para fazer sexo na minha vida. Não cozinhava para as mulheres ou levava flores ou<br />

lhes mandava massagens. Então, agora, ia perfeitamente saborear os frutos do meu<br />

trabalho. Eu ia assistir Avery desmoronar debaixo de mim. Ela desmoronou de<br />

novo e de novo e de novo. Até que caímos no sono agarrados, com um braço em<br />

volta de sua cintura fina e o outro ao redor de sua cabeça sedosa.<br />

Na manhã seguinte, acordei com a cama vazia, o cheiro persistente de<br />

Avery, e o som distante de água correndo no banheiro. Ela deve ter escapado em


algum momento durante a noite. Talvez se sentisse estranha por transar comigo<br />

novamente, talvez dormir juntos ainda era muito íntimo para ela. Ou talvez ela<br />

tenha acordado antes. Seja qual for seu motivo para me deixar, eu já a queria<br />

novamente. Agora que tinha tido um gostinho de Avery, eu não poderia dar a ela a<br />

chance de mudar de ideia sobre mim. Precisava dela na minha vida, precisava de<br />

seu toque seu gosto e agradá-la todos os dias necessários. Apenas o pensamento de<br />

suas curvas nuas, úmidas e ensaboadas, fez meu pau se contorcer. Sem preocupar<br />

em me vestir, rolei para fora da cama e fui para corredor juntar-me a ela.


Capítulo 12<br />

l<br />

Avery<br />

Um grande vapor com perfume de Hibisco saía do chuveiro. Minhas mãos<br />

mantiveram uma pausa no meu cabelo lavando-o, a espuma grossa do shampoo<br />

escorreu por meus braços, enquanto pensava sobre ontem à noite. Parte de mim,<br />

inferno, grande parte de mim, ainda não podia acreditar no que tinha acontecido.<br />

Eu fiz sexo com Nixon. Sexo incrivelmente extasiante, suado, que era ainda<br />

melhor do que minhas fantasias. Sentia-me lânguida mais ainda cheia de energia,<br />

esgotada e ainda alegre. Minha buceta ainda estava dolorida e os músculos dos<br />

meus quadris e pernas igualmente cansados. De um modo estranho, senti que era<br />

meio gratificante... Até mesmo sensual. Como uma memória gravada no meu corpo.<br />

Eu tinha ganhado aquelas dores e eram dores de prazer. Toda vez que me movesse<br />

hoje, me lembraria de como foi bom sentir Nixon dentro de mim.<br />

Minha respiração já estava vindo um pouco mais rápido. Apesar do ar<br />

quente, úmido, percebi que tinha apertado meus mamilos. Merda, o que é que este<br />

homem que fez comigo? Ontem à noite, eu não podia sequer manter o controle de<br />

quantos orgasmos que tive, mas aparentemente nada era suficiente quando se<br />

tratava de Nixon. Só de pensar em seu toque me fez querer tudo de novo.<br />

Fora de todos os cenários que imaginei quando me mudeificar viciada a ele<br />

definitivamente não era um deles. Eu tinha medo de que "vício" fosse a palavra<br />

certa para isso. O que vai acontecer? Ele inventou isso tudo sobre o compromisso e<br />

a monogamia?<br />

A cortina de chuveiro fez um som suave. Corri para lavar o sabão do meu<br />

rosto a tempo de ver Nixon dar um pequeno passo sob o spray na minha frente.<br />

— O... O que está fazendo? — gaguejei meus olhos colados ao seu corpo<br />

lindo. Cada gota de água e a ondulações de seus músculos brilhavam com a


umidade. Provavelmente eu parecia com uma menina de escola excitada com um<br />

show da banda dos meninos.<br />

O invasor no chuveiro apenas sorriu para mim, não se importando com meu<br />

tumulto interior. — Ei, eu só queria conversar. Posso ficar? Por favor?<br />

Desarmada, eu consegui olhar nos seus olhos ao invés de mais para o sul.<br />

Ele foi extremamente gentil ao longo dos últimos dias... Nós precisamos conversar.<br />

Ele realmente quis dizer tudo o que disse ontem à noite? Minha curiosidade, para<br />

não mencionar que estava tão cansada de viver em um estranho ambiente tenso,<br />

finalmente superou tudo isso.<br />

— Bem. — disse, cedendo. — Falar sobre o que?<br />

— Como você está se sentindo. Muita coisa aconteceu entre nós, nos últimos<br />

dias.<br />

— O eufemismo do século. — bufei.<br />

Ele me deu um olhar exasperado. Mas havia algo mais, algo que parecia<br />

quase como afeição. Eu não tinha certeza se deveria confiar em mim para ler essa<br />

expressão corretamente.<br />

— Esse negócio de família ainda te incomoda? — ele perguntou. — O fato de<br />

que sou seu meio-irmão... ou qualquer outra coisa?<br />

— Você quer dizer meu meio-irmão, ponto final? Sim... Já falamos sobre isso.<br />

— suspirei. — Ainda estou tendo dificuldade para entender como você não está<br />

preocupado.<br />

— Não é uma ligação de sangue. Nem sequer é uma ligação direta através do<br />

casamento, realmente. Você praticamente precisa de um maldito fluxograma para<br />

explicar para as pessoas.<br />

—Sim mas nós... — eu não sabia o que dizer.<br />

Em vez disso, eu só torci minhas mãos, com medo que elas impulsionassem<br />

para seu perfeito peitoral e acabássemos transando outra vez em vez de conversar.<br />

Tão insistente como o calor entre minhas pernas estava ficando, precisávamos<br />

discutir nossa relação. Precisávamos ter certeza de que estávamos na mesma<br />

página antes de voltarmos... Puta que pariu! Nixon nu é um perigo para a minha<br />

sanidade.<br />

— Ford e Emma estão na mesma situação que a nossa, na verdade, eles<br />

estão muito mais próximos do que nós, e eles estão noivos, pelo amor de Deus. Meu


pai e Cynthia deram a eles sua bênção. — com um sorriso gentil, ele descansou a<br />

mão no meu ombro. — Nós não temos nada para nos envergonhar. Ninguém<br />

pensaria mal de nós. Ninguém nem se importaria.<br />

— É mesmo? Você está dizendo que vai dizer que sou sua namorada em<br />

público?<br />

Ele piscou, olhando confuso. — Por que não? Pode levar algum tempo para<br />

me acostumar, mas...<br />

— Você diria agora a seus amigos que estamos namorando?<br />

— Fox e Logan podem ir se foder. — Nixon fez uma pausa. — Especialmente<br />

Fox. No final do dia, eu tenho uma garota incrível, e eles não têm nada além de suas<br />

mãos. — a testa dele tocou minha; mesmo com o ar carregado de vapor, podia<br />

sentir sua respiração escapando em meus lábios. — Avery... Ontem à noite foi fora<br />

do normal... Foi diferente em um nível totalmente novo para mim. Quero realmente<br />

acreditar nisso.<br />

Você tem um bom número de exemplares para comparação, não é? Eu<br />

pensei. De alguma forma, porém, não tinha o mesmo veneno como antes. Sua longa<br />

lista de conquistas selvagens tinha perdido muito do seu poder sobre mim. O<br />

desejo nos olhos dele por mim, Avery Palmer, era honesto demais para ser<br />

qualquer coisa menos que irresistível.<br />

— Ontem à noite... Foi bom para mim, também. — finalmente admiti. Outro<br />

eufemismo do século. Quase me assustou o quanto nós combinamos. Além de<br />

qualquer coisa que tinha experimentado. Eu mal podia acreditar que o que tinha<br />

sentido com Nixon e o que senti com meu namorado do colegial sequer existia no<br />

mesmo universo. Para chamar os dois atos de, "sexo" parecia ser um descuido<br />

grave da língua inglesa.<br />

Embalando minha cabeça em uma mão, ele me puxou. Seu beijo era<br />

afetuoso, quase sensível nos lábios. Não casto, não podia imaginar Nixon me<br />

tocando sem deixar de me excitar, apenas inocentemente sensual. Apenas um<br />

beijo, em vez de um primeiro passo em direção para algo calculado. Mas o spray<br />

tinha molhado nossas bocas e antes que percebesse, nossas línguas estavam<br />

deslizando um contra a outra. A outra mão dele descendo até meu quadril. Quando<br />

ele se afastou, nós estávamos respirando mais rápido.


— Eu sabia. — eu disse, rindo apesar de mim mesma. — Eu sabia que você<br />

não veio aqui só para conversar. Caso contrário você poderia ter esperado cinco<br />

minutos, até que eu estivesse fora do chuveiro.<br />

— Não estava mentindo. Eu realmente queria vê-la. — ele beijou logo<br />

abaixo da minha orelha. — Mas admito que... Uma Avery nua, molhada foi um<br />

grande bônus. —outro beijo, mais baixo em cima do meu pulso vibrante. —<br />

Poderia realmente me culpar por querer isso? — ele mordiscou suavemente minha<br />

clavícula, em seguida lambeu o ponto sensível com a língua. — Por ser incapaz de<br />

ficar longe de você? — seu polegar esfregou círculos sobre o vinco onde minha<br />

coxa encontra meu quadril. Mesmo o toque sutil provocou direto para meu clitóris.<br />

Eu mordi meu lábio. — Nixon tenho... Oohh... Tenho aula daqui à uma hora...<br />

— Tire o dia de folga. — a boca dele desceu para o meu mamilo, sugando<br />

com sua língua cintilando quente. Um gemido alto rasgou minha garganta. Talvez<br />

tivesse caído se sua outra mão não tivesse me segurando pelas costas.<br />

— Você é mal. — eu engasguei. — Você é mal e preciso de você... Para me<br />

foder agora.<br />

Ele me deu um sorriso que implorava para ser esbofeteado. — Eu posso<br />

viver com isso. Só vou pegar uma camisinha. — ele começou a puxar a cortina do<br />

chuveiro do lado para sair.<br />

Algo me fez agarrar seu cotovelo. — Espere. Eu, hum... — quase não podia<br />

acreditar que estava prestes a dizer isto. —Eu não tenho nenhuma doença, e não<br />

consigo engravidar, então se você também não tem nenhuma doença...<br />

Seus olhos se arregalaram. —Tem certeza?<br />

— Sem mais espera. Eu quero você agora. E quero, — eu engoli. — Eu quero<br />

saber como é.<br />

O choque já foi substituído por um sorriso pervertido. —Quer dizer que<br />

você quer sentir meu pau dentro de sua doce buceta?<br />

As palavras sujas foram como um choque elétrico. Rapidamente assenti com<br />

a cabeça e disse. — Sim. — minha voz tão rouca, que quase não pude reconhecê-la.<br />

Nixon me puxou para um beijo ardente, em seguida me fez virar para<br />

encarar torneira. Apoiando-me no azulejo da parede... Enquanto ele empurrou<br />

para dentro de mim. Curvei-me para frente, ofegante enquanto ele me enchia<br />

polegada por polegada me tirando o fôlego, tão grosso, tão comprido que parecia


interminável. Finalmente seu abdômem definido encontrou minha parte de trás,<br />

ele apenas se retirou para bater de volta. Eu gemia em êxtase, dedos enrolaram<br />

contra a porcelana lisa da banheira. Ele estabeleceu um ritmo, castigando meus<br />

quadris com marteladas, seus lábios e dentes na minha nuca, os dedos esfregando<br />

meu clitóris trabalhando em círculos, e eu o estimulei com meus gritos imperfeitos.<br />

Ontem à noite, tinha amado sentir o peso de Nixon em cima de mim. Ver seu<br />

rosto e saber que estava observando o meu, os beijos profundos, compartilhando<br />

nossa respiração, sua língua na minha boca ecoando os movimentos do seu pau.<br />

Perdemo-nos um no outro. Ficar de bruços desse modo me senti... Primitiva.<br />

Diferente, mas igualmente bem. O tamborilar do jato quente do chuveiro<br />

apenas adicionou a ilusão, como se nós estivéssemos transando em uma<br />

tempestade de verão. Cada posição e cenário tinham seu próprio sabor, descobri<br />

rapidamente, e olhei para frente para explorá-las com Nixon. O prazer<br />

incandescente enrolou no meu estômago, mais e mais apertado, pronto para<br />

quebrar, e eu gemi,<br />

— Estou gozando! Oh, mais forte!<br />

— Sim, madame. — ele rosnou.<br />

Senti seus dedos deixando marcas em meu quadril e palpitações de seu pau<br />

dentro de mim. Ficamos assim por um minuto, Nixon empurrou lentamente, me<br />

deixando saborear cada tremor quente enquanto deixava sair seu orgasmo. Eu<br />

podia sentir seu peito largo, musculoso, arquejar contra minhas costas. Havia algo<br />

incrivelmente erótico e sensual sobre a sensação de seu corpo duro pressionando<br />

por cima do meu.<br />

Estiquei meu pescoço, olhei por cima do ombro e sorri para ele. Não um<br />

tímido ou inquieto sorriso, como estava usando há alguns dias atrás, mas um<br />

brilhante, cheio de dentes e real. Ele me deu o mesmo olhar.<br />

Em seguida, se virou completamente e se empurrou para longe, rindo, me<br />

senti quase tonta.<br />

— Agora eu tenho que tomar outro banho, — eu ri, repreendendo. Antes<br />

que pudesse pedir, eu adicionei, — e não, você não pode ajudar. Pelo menos me<br />

deixe fazer minhas duas aulas hoje. Só temos três ausências justificadas e eu não<br />

quero perdê-las por causa de sexo. — Não importa o quão insanamente incrível o<br />

sexo seja.


— Certo droga. Atire-me para fora, por que não? — com um sorriso torto,<br />

Nixon me deu um último beijinho na boca e saiu do chuveiro. —Eu vou fazer o café.<br />

— Gosto dos meus ovos com a gema para cima. — disse alegremente atrás<br />

dele.<br />

Meu período de seca estava oficialmente banido. Tive mais orgasmos nas<br />

últimas vinte e quatro horas do que nos seis meses atrás. Correr atrás do tempo<br />

perdido, anos de sexo morno e celibato frustrado, tenho certeza de que vai ser<br />

divertido. E no fundo do meu coração, ainda havia uma pequena esperança. Um<br />

sentimento de que esta coisa entre nós, seja lá o que fosse, poderia realmente se<br />

tornar algo mais do que apenas físico.<br />

Talvez isso fosse só um pensamento. Mas eu queria esperar para ver.


Capítulo 13<br />

l<br />

Nixon<br />

Depois que Avery voltou para casa, passamos o resto da terça-feira juntos,<br />

então quarta-feira de manhã e à noite. Poucas horas aqui, algumas horas lá, e o<br />

tempo que podíamos roubar entre os estudos de Avery. Parecia estávamos nos<br />

esgueirando, com rapidinhas escondidas como um casal de colegiais, mas não me<br />

sentia tão relaxado e satisfeito em anos. Era incrível como, apenas em poucas<br />

semanas atrás, o pensamento de alguém invadindo meu espaço tinha feito meu<br />

sangue ferver. Agora eu estava feliz que Avery tinha-se mudado e ainda mais feliz<br />

que confiava em mim.<br />

Na quinta-feira a tarde, nós tiramos proveito das aulas só na parte da<br />

manhã de Avery, para ficar abraçados no sofá o resto do dia. Na TV um estúpido<br />

reality show sobre competições de bolo, nenhum de nós estávamos prestando<br />

muita atenção. Meus pés estavam apoiados na mesa do café. Avery estava deitada<br />

na dobra do meu braço, com a cabeça aconchegada no meu peito, respirando como<br />

se estivesse meio dormindo enquanto eu acariciava seu cabelo. Como as mulheres<br />

conseguem ter seus cabelos tão macios? Shampoo especial? Algo a ver com<br />

estrogênio?<br />

— Eu estive pensando sobre algo. — Avery murmurou sem abrir os olhos, e<br />

por um momento absurdo, pensei que ia ler a minha mente. — Onde você<br />

aprendeu a cozinhar?<br />

Flexionei meus dedos em seu cabelo ondulado, passando delicadamente as<br />

pontas dos meus dedos sobre o couro cabeludo e senti quando ela tremeu um<br />

pouco.<br />

— No serviço militar.


— De verdade?<br />

Olhei para ela. Ela provavelmente não podia ver minhas sobrancelhas<br />

levantadas, mas podia me sentir mudar de posição ligeiramente. — Sim, realmente.<br />

—É tão surpreendente? — perguntei.<br />

— Bem, você sabe. — a mão dela fez um movimento vago. — A maioria das<br />

pessoas acha que cozinhar é feminino. Achei que você seria... — ela tentou<br />

despistar.<br />

— O que, não é muito viril saber como me alimentar? — brinquei. — Você<br />

tem que aprender habilidades práticas nas forças armadas. Costurar, limpar, Lavar,<br />

engomar, primeiros socorros, coisas assim. Quero dizer, quem mais vai fazer isso?<br />

— Eu sempre pensei que havia... Não sei um pessoal ou alguém para<br />

cozinhar para vocês.<br />

— Às vezes existem. Mas quando você está numa missão remota, escondido<br />

em uma caverna ou caminhando pela floresta, saber como fazer rações comestíveis<br />

é muito útil. — eu ri. — É sempre engraçado ver o doloroso despertar dos novos<br />

recrutas. Especialmente os idiotas tipo “superiores e orgulhosos”. Eles pensam<br />

que o serviço vai ser como vida real de Call of Duty 16 , toda coragem e glória... Ah,<br />

você deveria ver a cara deles quando descobrem que sua mãe não vem junto com<br />

eles. Sempre alegra o meu dia.<br />

Avery começou a rir, se contorcendo contra mim, até que não pude deixar<br />

de rir, também. Ouvi meu celular tocar, por cima de suas risadinhas. Tirei do meu<br />

bolso. Não reconhecendo o número, respondi cauteloso.<br />

— Olá?<br />

— Suboficial Nixon Bennett?<br />

Avery se afastou inquieta e percebi que enrijeci inconscientemente<br />

endireitando minhas costas. Havia alguns oficiais cuja classificação, você poderia<br />

ouvir pelo telefone, e este era um deles.<br />

— Sim, senhor. A que devo a honra?<br />

— Calma filho. Sou o Capitão Harry Sutherland.<br />

Capitão Sutherland? Semelhante, ao líder geral da Naval Special Warfare<br />

Group ONE? O homem que supervisionou um quarto de todas as Forças Especiais<br />

16 Call of Duty, é uma série de jogos de videogames, os primeiros jogos lançados tem como cenário a<br />

Segunda Guerra Mundial.


da Marinha já existente? Perguntando-me se deveria ter-me borrado todo, quase<br />

perdi o que ele disse em seguida.— Estou ligando para informá-lo que você está<br />

sendo premiado com uma estrela de prata.<br />

Levei um momento para engolir. — Desculpe-me, senhor?<br />

— Por seu desempenho em sua última missão na Síria.<br />

Lambi meus lábios de repente ressecados. — Essa missão foi cumprida por<br />

causa de meus companheiros de equipe, senhor. Tudo o que consegui devo ao<br />

trabalho árduo deles.<br />

Ele deu uma risada seca. — Essa é uma boa frase. Certifique-se de incluí-la<br />

em seu discurso de aceitação.<br />

Não havia nada para dizer sobre isso. — Obrigado, senhor.<br />

— Seu vôo para Arlington NAS North Island parte às 07h00min de amanhã.<br />

Um carro da Marinha vai estar às 06h15min em frente ao endereço fornecido para<br />

buscá-lo. Você retornará às 20h00min no sábado.<br />

— Sim, senhor.<br />

Apesar da euforia que ameaçava sufocar a minha voz, não pude evitar<br />

pensar que isso era terrível no momento. Claro que fiquei muito feliz, afinal de<br />

contas este prêmio era a terceira maior condecoração por bravura nas Forças<br />

Armadas dos Estados Unidos, mas também estava odiando ter que sair, bem<br />

quando Avery e eu finalmente tínhamos feito algum progresso. Nós nem sequer<br />

podíamos passar grande parte da noite juntos, desde que eu tinha que estar pronto<br />

para a ação em menos de onze horas. Ah, bem. O dever me chama... Não que eu<br />

pudesse dizer ao Pentagon para aguentar até que eu tranquilizasse minha situação<br />

com minha mulher.<br />

— Tenho certeza de que não preciso lembrá-lo que os negócios do SEAL<br />

nunca são divulgados, mesmo no caso de honras militares. Seu comandante de<br />

equipe e seu líder de pelotão já foram notificados, e vamos lidar com a imprensa a<br />

nossa própria maneira, então você pode considerar-se sob uma ordem de sigilo até<br />

segunda ordem.<br />

Esquecendo-me de que ele não podia me ver, concordei e respondi.<br />

— Entendido, senhor.<br />

— Bom. Tenha um bom dia filho, e parabéns. — o telefone clicou em tom de<br />

discagem.


Desliguei ainda um pouco atordoado e Avery voltou a se aconchegar ao meu<br />

lado.<br />

O que foi isso? — ela perguntou. Eu podia sentir seu coração batendo<br />

acelerado.<br />

—Uh... — mesmo que os detalhes não fossem informações classificadas, eu<br />

estava muito relutante em dizer a Avery; Não queria ela me admirando novamente<br />

sobre essa coisa toda de herói na vida real. — Eu tenho que sair da cidade amanhã<br />

de manhã. Muito cedo.<br />

Sua mão apertou firme meu bíceps. — Você sendo enviado novamente?<br />

— O que? Não. É só por uns dias. Eu vou estar de volta no final do sábado à<br />

noite. — dei-lhe um beijo no topo de sua cabeça. — Eu te diria, mas... Negócios da<br />

Marinha. Você sabe.<br />

— Sim, eu entendo. — o tom dela estava resignado, não era feliz, mas<br />

também não era magoado. Ela sabia que não deveria pressionar para obter<br />

detalhes. E mais, sabia que eu era casado com meu trabalho.<br />

Mas eu ficaria arrasado se deixasse que Avery se sentisse em segundo plano.<br />

Eu dei nela outro aperto, depois me levantei.<br />

— Como estávamos falando sobre comida... Eu tenho que fazer as malas<br />

rapidinho, mas depois disso, você quer fazer o jantar?<br />

Ela se espreguiçou e deixou escapar um ruído. — Com certeza. Você esta a<br />

fim de que?<br />

— Você. — disse, abaixando minha voz. Em seguida, adicionei um tom<br />

normal. — Mas carne refogada com arroz é aceitável em segundo lugar.<br />

— Hmm... — em vez de rir ou monstrar a língua para mim, Avery olhou<br />

maliciosamente pensativa. — Comida primeiro.<br />

— Isso significa que você será a sobremesa?<br />

— Talvez. Agora vá se preparar para sua grande missão secreta, Major<br />

pervertido. Eu vou começar a cortar os legumes.<br />

— Isso é Suboficial Pervertido para você, civil. — disse enquanto caminhava<br />

para o meu quarto.<br />

Rapidamente dobrei minhas roupas brancas e alguns pares de meias e<br />

cuecas em minha mala, já suprimindo um sorriso de antecipação. Eu parecia estar<br />

sorrindo muito estes dias.


Depois de jantar mais cedo e assistir metade de um filme, fomos para a<br />

cama. Mas não dormimos. Eu estava mais que disposto há perder uma hora<br />

preciosa de sono para segurar Avery firme, balancei dentro dela até que tremeu<br />

abafando seus gemidos contra meu pescoço. Nós lentamente, pressionamos<br />

suavemente pele com pele, muito parecido como fazer amor.


Capítulo 14<br />

l<br />

Avery<br />

Um beijo leve foi plantado na minha testa, me desloquei debaixo das<br />

cobertas esfregando os olhos.<br />

— Você está indo embora? — murmurei apertando os olhos na silhueta de<br />

Nixon. A luz pálida do amanhecer tornava difícil dizer, mas ele parecia já vestido e<br />

pronto para ir.<br />

Ele acariciou meu cabelo. — Sinto muito, querida. Não quis acordá-la.<br />

— Hum... Não, está tudo bem. — me sentei para espreguiçar e, após um<br />

momento de confusão, me lembrei de que acabamos no quarto de Nixon ontem à<br />

noite. — Me deixe vestir meu pijama e vou te acompanhar.<br />

Seus dentes brilharam em um sorriso travesso. — Você não precisa se<br />

vestir. Eles vão ligar quando o carro estiver na frente, então não é como se<br />

ninguém fosse esperar no corredor, para ver sua bundinha.<br />

— Pervertido. — ainda assim, eu tive que rir. — Normalmente eu iria<br />

discutir com você... Mas não quero atrasá-lo. Então não se acostume com as<br />

despedidas nuas, está bem?<br />

Senti seus olhos em todo o caminho, enquanto o acompanhava até a porta<br />

da frente. Ele pegou sua mala e compartilhamos um beijo de despedida,<br />

persistente, seu calor agridoce me obrigou a ter coragem de dizer.<br />

— Já estou com saudades. — eu sabia que seu trabalho era secreto e ele não<br />

tinha nenhuma liberdade na programação de suas funções, mas não era muito<br />

reconfortante.<br />

Ele tocou sua testa a minha. — Eu, também. Mas estarei de volta amanhã<br />

por volta das oito e meia, está bem? É só por uma noite.


Após o som de seus passos desvanecerem no corredor, fechei a porta.<br />

Depois fui pegar meu pijama no chão do quarto e comecei a me preparar para a<br />

aula. Não querendo ficar no apartamento vazio, mesmo com a TV ou o meu laptop<br />

para acompanhar, decidi sair mais cedo e tomar café da manhã no Starbucks em<br />

vez de comer minha tigela habitual de cereais aqui. A amigável agitação me<br />

ajudaria a controlar o sentimento de solidão.<br />

No saguão, uma loira familiar estava de pé na parede da caixa do correio,<br />

vasculhando um feixe de envelopes e revistas. Diminui a minha caminhada,<br />

fechando os olhos enquanto tentava lembrar de onde a tinha visto antes, então<br />

parei quando de repente percebi.<br />

Era a mulher que Nixon estava transado em cima da mesa de jantar quando<br />

eu tinhamudado. Eu quase não reconheci Pam com todas as suas roupas. Não que<br />

deixassem muito a imaginação. Ela usava uma blusa de corte baixo, listrada de<br />

preto e branco e uma minissaia de lycra preta com “Pete's Sports Bar" escrito em<br />

letras brancas em toda a parte traseira extremamente apertada. Uau. Esse<br />

uniforme é... Interessante. Ainda bem que não tenho que trabalhar lá.<br />

Quando ela se virou, me viu, deu um sorriso brilhante.<br />

— Oh, é você!<br />

— Eu, hum... Não sabia que nós vivíamos no mesmo prédio. — eu disse,<br />

sorrindo timidamente.<br />

Conhecendo a velha amiga de foda do meu namorado, estava além de<br />

estranho, mas ajudou que a parte do “namorado” ainda estava no ar. Menos de uma<br />

hora desde que eu dei um beijo de adeus a Nixon, e já não conseguia parar de<br />

pensar em vê-lo novamente amanhã à noite.<br />

— Moro aqui do lado, na verdade. Unidade 6-06. — ela estendeu a mão,<br />

exibindo as unhas vermelha. — Oi, eu sou a Pam.<br />

Isso eu sabia, mas não importa, não é preciso dizer que Nixon tinha<br />

colocado um nome para seu rosto. Ou seus seios enormes. Sentindo-me um pouco<br />

mais relaxada agora, apertei a mão dela.<br />

— Eu sou Avery,a nova meia- irmã de Nixon... — eu disse, evitando a<br />

palavra namorada. Isso não era fácil quando eu ainda estava em êxtase sobre o<br />

nosso relacionamento.<br />

— Sim, me lembro de você. — ela riu. — De há algumas semanas.


O nervosismo que tinha começado a desaparecer veio correndo de volta.<br />

— Heheh. Então, uh...<br />

A procura de um tópico não relacionado à nudez, eu disse a primeira coisa<br />

que me veio à mente.<br />

— Você tem o primeiro turno hoje? — eu não tinha ouvido falar de Pete,<br />

mas um lugar que fazia suas garçonetes se vestir assim, não diria que eles estariam<br />

abertos antes do almoço.<br />

— À tarde, na verdade. Acabei de picar o ponto.<br />

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Oh, Uau. Isso parece difícil.<br />

— Sim, ontem à noite foi um verdadeiro pé no saco. — ela suspirou. — Mas<br />

pelo menos tenho algo para ansiar. Estou saindo em algumas horas para encontrar<br />

Nixon.<br />

— O que?<br />

Eu não poderia ter ouvido isso de verdade... Eu poderia?<br />

Pam deu um sorriso endiabrado, a ponta da sua língua enfiou-se entre os<br />

dentes. — Eu sei certo! Vamos passar um fim de semana juntos em Lás Vegas. Não<br />

é romântico?<br />

Minha boca abriu e fechou como um peixe. Arrancado fora d’água, degolado<br />

vivo, incapaz de ver o gancho dentro da minhoca até que fosse tarde demais.<br />

Claramente o passado de Nixon, não era realmente passado. Ele me enganou. Me<br />

usou. “Fodemos meia dúzias de vezes nos últimos dias, desde que eu tinha sido<br />

estúpida o suficiente para acreditar em sua conversa fiada, só nós dois". Ele me<br />

enganou uma vez, deveria ter vergonha... Eu deveria ter.<br />

Meu estômago se agitou e um dolorido nó construiu na minha garganta.<br />

Comsúbito horror, percebi que estava a ponto de chorar na frente da Pam. Uma<br />

mulher não, uma das muitas mulheres que Nixon.<br />

— Eu... Eu tenho que ir. — engasguei minha voz embargada e fugi escada<br />

acima sem nem sequer esperar o elevador.<br />

Seis lances de escada, e estava chorando. De jeito nenhum eu poderia lidar<br />

com uma aula hoje. Eu estava muito esgotada para deixar o apartamento<br />

novamente. Mas ao mesmo tempo, era muito doloroso ficar. Cada polegada<br />

quadrada deste lugar me fazia lembrar Nixon. A cozinha, onde ele cozinhou para<br />

mim, o sofá onde ficamos abraçados e curtimos tardes de sono. O chuveiro, onde


ele tinha banido o último dos meus medos. A cama onde me fez gritar em êxtase,<br />

até meu quarto estava contaminado. Seu perfume no ar e as constantes memórias<br />

me deixaram com náuseas. E porque tecnicamente éramos parentes, eu não podia<br />

nem chamar meus amigos e lamentar adequadamente. Nixon tinha contado com<br />

esse fato para manter minha boca fechada?<br />

Tentando não perder o dia inteiro abri o meu livro de Análise de Mercado,<br />

mas as palavras e figuras nadaram na página. Nem mesmo a TV podia distrair.<br />

Sentia-me muito esgotada para me concentrar e muito irritada para ficar sentada<br />

quieta. Por horas andei agitada pelo apartamento, meu estômago revirando, até<br />

que uma batida forte fez meu coração disparar. Eu corri para secar minhas<br />

lágrimas e fui para a porta, esperando que não parecesse tão horrível quanto me<br />

sentia.<br />

— Ei! — Fox disse logo que abri. — Como vai querida?<br />

Logan acenou um olá, de onde ele estava atrás de Fox. Ele estava segurando<br />

o que parecia ser caixas de três grandes pizzas.<br />

Olhei para eles, sem expressão.<br />

— O que vocês estão fazendo aqui?<br />

Se Fox pensou que eu estava sendo rude, ele não demonstrou. — Nixon<br />

mandou uma mensagem para vir e te fazer companhia enquanto ele está fora.<br />

— Não sabíamos que saborvocê gostava, então tem uma de queijo extra,<br />

uma de pepperoni e uma vegetariana. — acrescentou Logan.<br />

Meu estômago roncou com o cheiro delicioso, e percebi que não tinha<br />

chegado a comer. Estava muito triste e chorando o dia todo? Eu realmente não<br />

estava-me sentindo bem para interagir socialmente, mas por outro lado, precisava<br />

jantar. Provavelmente não poderia espantar esses caras sem entrar em detalhes,<br />

que preferia não comentar. Finalmente recuei e abri a porta, tentando não soar<br />

muito sombria, quando disse.<br />

— Entre.<br />

Fox colocou as caixas de pizza no balcão da cozinha, e abriu o armário de<br />

bebidas.<br />

— Qual veneno quer, Avery? Rum e Coca-Cola? Isso cairia bem com pizza.<br />

— Claro, tanto faz.


Ficar bêbada soou como uma excelente maneira, de parar de pensar no<br />

imbecil do Nixon. Não importa como faria isso. Mas uma parte triste, masoquista<br />

de mim ainda estava faminta com o som do seu nome. Enquanto Fox misturava as<br />

bebidas Logan transferia as fatias de pizza nos pratos, tão casualmente quanto<br />

possível, perguntei. — Então... O que Nixon esta fazendo, afinal?<br />

Os dois fizeram uma pausa para compartilhar um breve olhar. Logan mexeu<br />

com o cortador de pizza inquieto. Fox deu de ombros e voltou para derramar<br />

refrigerante, dizendo. — Nós provavelmente o conhecemos tanto quanto você.<br />

Olhei para parte de trás da cabeça de Fox. Sim, aposto. Você ficaria surpreso<br />

com o que sei.Mas o que eu esperava? Claro, seus melhores amigos manteriam seus<br />

segredinhos sujos para ele, provavelmente era a regra número um do código dos<br />

rapazes. Ou talvez ainda não soubessem o que Nixon estava tramando. De qualquer<br />

forma, todas as minhas suspeitas foram confirmadas. O terrível peso sombrio que<br />

me esmagou o dia todo pressionou novamente. Mas agora, meus sentimentos de<br />

traição tinham crescido de tristeza para raiva impotente.<br />

Sentamos com nossas pizza e bebidas no sofá, e após um breve debate, os<br />

rapazes escolheram um filme estupido de ação. Cinco minutos depois, Fox<br />

começou a fazer piadas sobre o filme. Logo me juntei a eles também, criticando<br />

amargamente cada personagem masculino no lugar de quem eu realmente queria<br />

reclamar. Como Nixon se atrevia a me tratar assim? Claro, um leopardo não muda<br />

suas marcas, mas isso não o torna inocente ou suas vítimas culpadas. Não foi culpa<br />

minha. Qualquer mulher poderia ter ficado cega por suas besteiras. Com cada gole<br />

de álcool, me sentia um pouco mais ousada e falava um pouco mais alto.<br />

— Por que a maioria dos homens são... Horríveis porcos, mentirosos? —<br />

finalmente perguntei no meio de uma cena de interrogatório tenso. — Por que as<br />

mulheres aturam suas merdas? Por que continuam a fazer isso? Deveriam desistir<br />

deles. Vou ser uma lésbica, ou uma freira, ou... Ou algo assim.<br />

—Falo por todos os homens não gay, quando digo que nós sentimos que se<br />

vá. — brincou Fox. Ao contrário de Logan, que parecia entediado ou<br />

desconfortável, ele pensou que minha leve confusão irritada era hilariante. —<br />

Mas se você vai começar a jogar no outro time, posso pelo menos assistir?<br />

Logan franziu a testa. — O que diabos há com você, cara?<br />

— É um mistério para a história.


O tom de Fox foi leviano. Mas Logan não pareceu nem um pouco divertido.<br />

De alguma maneira, a expressão dele tornou-se sombria quando pegou o controle<br />

remoto. — Ela está chateada e você está muito ocupado dirigindo seu próprio filme<br />

pornô para ouvi-la.<br />

— Não é? — Fox claramente não esperava que fosse sério. — Cara, eu não<br />

estava...<br />

Logan pausou o filme e se virou para Fox. — Mesmo que ela estivesse bem,<br />

você está sendo muito desrespeitoso.<br />

— Uh...<br />

— Se eu fosse falar com você sobre um problema pessoal, gostaria que te<br />

pedisse para ver meu pau?<br />

Em algum momento que parei de mastigar, atordoada. Este foi o mais longo<br />

discurso que já tinha ouvido de Logan. Uau... Ele parecia irritado. Ele se importa<br />

com meus sentimentos?<br />

Fox piscou, olhando para frente e para trás entre nós. — Desculpe. — ele<br />

disse timidamente. — Eu estava apenas tentando alegrar o ambiente.<br />

— Da próxima vez que você tiver uma ideia, tente passá-la primeiro em sua<br />

cabeça grande.<br />

— Tudo bem, droga! Eu disse que estava arrependido. Erro de cálculo. —<br />

Fox tomou um gole de sua bebida.<br />

O olhar de Logan voltou para mim e finalmente engoli meu último pedaço<br />

de pizza, que tinha virado um desagradável empapado.<br />

— Não faz qualquer sentido se punir por algum desgraçado que tenha<br />

considerado — ele disse. — Não o deixe arruinar os homens para você... Viver bem<br />

é a melhor vingança, certo? Continue procurando por sua própria felicidade. Deixeo<br />

virar pó.<br />

O que? O cara que nunca abre a boca acaba por ser secretamente Dear<br />

Abby 17 ?Quando pensei que Logan tinha um desenvolvimento técnico, ele mostrou<br />

todo outro lado: tão amável, tão rápido para me defender, tão sério me fazendo<br />

sentir melhor. Isso foi nada menos que desmantelar a verdade. Mas claro nenhum<br />

deles sabia que o babaca que tinha quebrado o meu coração era seu melhor amigo.<br />

Ainda relutante em deixar a minha guarda, neguei com a cabeça.<br />

17 Dear Abby é uma coluna de conselhos fundada em 1956 por Pauline Phillips.


— Não adianta. Todos os homens são iguais. Eu apenas... Eu estou farta.<br />

— Você me daria uma chance para provar que está errada?— Logan<br />

perguntou.<br />

— Como você faria isso?<br />

— Deixaria levá-la a um encontro. Amanhã à noite.<br />

Olhei para o Logan, mas não consegui perceber qualquer indício de que ele<br />

estava brincando. Eu definitivamente não esperava essa evolução hoje. Até Fox<br />

parecia um pouco surpreso.<br />

— Uh... — comecei, sem saber como terminar.<br />

Logan sorriu. Aparentemente meu silêncio, foi lisonjeiro. — Você já foi a<br />

The Pointe antes?<br />

— Não, mas já ouvi falar. — eu disse e imediatamente me senti idiota. Não<br />

havia como eu não pudesse ter ouvido falar dele. The Pointe era um dos<br />

restaurantes mais caros na ilha de Coronado, na praia de Glorietta Bay. Dei uma<br />

olhadela para Fox novamente. — Ele esta falando a verdade?<br />

Tão a sério como nunca o tinha visto, Fox respondeu. —Você não tem nada<br />

com que se preocupar. Logan é um rapaz bom. Somos companheiros há anos, e eu<br />

nunca o vi dormindo com qualquer uma. Ele só teve duas namoradas, ambas muito<br />

sérias, e as tratava como rainhas.<br />

Isso não foi bem o que eu quis dizer. Mas foi o que eu precisava saber, e<br />

Logan não pareceu ofendido por falarmos dele, como se não estivesse presente. Ou<br />

como se estivesse em um julgamento. Acho que ele não me culpa por estar com um<br />

pouco de suspeita nesse momento.<br />

Certo, então Logan não era um prostituto em fúria. Que já o colocaram<br />

várias centenas de pontos à frente de Nixon. Mas isso era o suficiente? Logan na<br />

verdade me queria, ou sentiu pena? E eu o queria? Seria só um casinho patético<br />

para esquecer?<br />

Ou estava pensando demais sobre isso? Ele não estava pedindo para casar<br />

com ele, pelo amor de Deus. Era só um encontro. Por que não deixar um homem<br />

bonito doce, me levar para um jantar chique? O simples ato de voltar para o jogo<br />

do romance poderia ser bom para mim. Pelo menos, eu ficaria fora de casa. Uma<br />

noite de estudo perdido valeria a distração, e seria um impulso a minha auto<br />

estima. Provavelmente encontraria alguma perspectiva valiosa, sobre todas as


minhas emoções em conflito em relação a Nixon. E talvez, apenas talvez, realmente<br />

fosse possível restaurar minha fé nos homens.<br />

Ah, o que diabos... Você só se vive uma vez.<br />

Já me sentindo incentivada, concordei. — Certo. Eu adoraria ir.


Capítulo 15<br />

l<br />

Nixon<br />

Mesmo que tinha pegado um vento favorável e consegui estar de volta à Ilha<br />

Norte quase uma hora mais cedo, minha pele ainda arrepiava com impaciência. Nas<br />

últimas 36 horas, mal tive tempo para respirar, quanto mais ligar para Avery, tudo<br />

o que eu queria, era ver como ela estava, ouvir sua voz. Eu nem sabia. Nunca tinhame<br />

afastado de uma mulher assim antes. Quando nós tínhamos parado na porta da<br />

frente e ela disse, "Já tenho saudades", automaticamente respondi, "Eu também" e<br />

fui surpreendido com o quanto eu realmente quis dizer isso. Agora tudo o que<br />

conseguia pensar era voltar para casa novamente. Avery girando ao som da porta,<br />

me dando um sorriso animado, correndo para os meus braços para um beijo...<br />

Finalmente cheguei à entrada principal do prédio. Peguei minha mala em<br />

uma mão, saudei o motorista com a outra e fui para dentro antes mesmo que o<br />

carro da Marinha tivesse voltado para a rua principal. Subi pela escada de dois em<br />

dois degraus ao mesmo tempo, muito impaciente para esperar pelo elevador. Ao<br />

abrir a porta da frente, chamei.<br />

— Estou de volta! — quando nenhuma resposta veio, olhei em volta. —<br />

Avery?<br />

Ainda nada. Mas ouvi um breve gotejamento de água, então deixei a mala na<br />

porta de entrada e virei o corredor do banheiro. Bingo.<br />

Os lábios vermelhos acetinados se separaram em concentração, Avery<br />

inclinou-se perto do espelho para pintar uma linha consistente ao longo de sua<br />

pálpebra, que brilhava de bronze à luz fluorescente. Seus cílios eram longas ondas<br />

de fuligem negra. Uma bolsa prateada cheia de escovas, frascos e pincéis estava em<br />

cima da pia. Eu tinha visto mulheres passando maquiagem algumas vezes,<br />

geralmente quando ficava a noite em suas casas, que não era algo frequente, mas<br />

parecia sempre um projeto de arte meticulosa e eu nunca tinha visto de perto


antes. Na verdade, ainda não me interessava com o que Avery estava fazendo. Eu<br />

só queria vê-la.<br />

Ela era uma deusa: elegante e intensa e atraente, tudo ao mesmo tempo. O<br />

vestido vermelho vinho agarrava a suas curvas e mergulhando em um baixo V para<br />

revelar as primeiras ondas de seu decote. O tecido era sólido até seus seios, mas<br />

transparente e laçado onde cobria seus ombros e pescoço; insinuando a pele macia<br />

abaixo, era de alguma forma mais tentadora do que apenas revelá-la sem rodeios.<br />

O cabelo dela caía em suas costas em ondas brilhantes. As correias de seus<br />

saltos altíssimos acariciavam os tornozelos magros. Entre o vestido, que terminava<br />

apenas acima do joelho, e esses saltos, as pernas pareciam bem torneadas e firmes.<br />

Já imaginei elas envolvidas em torno da minha cintura, seus calcanhares<br />

mexendo, me estimulando a impulsionar mais rápido, mais profundo...<br />

— Uau, querida, você está incrível. — sorrindo, fui para trás dela,<br />

estendendo a mãos para envolver sua cintura. Eu queria pressionar contra sua<br />

bunda deliciosa e deixá-la sentir exatamente o quanto gostei de sua roupa. —<br />

Espero que esteja tudo bem tirar tudo isso, por que...<br />

Avery evitou quase se inclinado dentro da prateleira de toalhas para fugir<br />

do meu alcance.<br />

Ops. Parece que interrompi o ritual misterioso.— O que? Fiz você borrar sua<br />

maquiagem ou algo assim? Desculpe-me.<br />

Ela fez um barulho irritável.<br />

— Eu não falo. — resmunguei. — Querida. O que há de errado?<br />

Sem fazer contato visual, ela finalmente respondeu. — Estou ocupada. — a<br />

voz dela estava nivelada.<br />

— Sim, eu vejo isso. — provoquei. — Qual é a ocasião? Quer sair hoje à noite<br />

ou algo assim?<br />

Geralmente eu gostava de ser o único a fazer planos, e agora estava<br />

esgotado da viagem. Mas qualquer coisa que envolva Avery ainda contava como<br />

uma agradável surpresa.<br />

— Não. — ela molhou o pincel pequeno debaixo da torneira, tocando<br />

levemente isso em seu pó compacto e começou a passar na outra pálpebra preta.<br />

— Uh... Tudo bem. — meu bom humor desvaneceu rapidamente a vista da<br />

incerteza. — Então por que você toda arrumada?


Por que tinha de jogar Vinte Perguntas com ela para descobrir? Por que ela<br />

não me olhava? Talvez tivesse posto sua melhor roupa "sexy" só para me dar as<br />

boas-vindas, mas esta estranha tensão no ar estava realmente me fazendo duvidar<br />

disso.<br />

— Por que, minha roupa é da sua conta? — ela respondeu casualmente.<br />

OK, isso é... Agora sabia que não era apenas minha imaginação, algo estava<br />

definitivamente errado. Mas não sabia qual era o problema, ou de onde tinha<br />

vindo. Só tinha desaparecido por dois dias. Só por uma noite. O que diabo pode ter<br />

mudado? Isto não podia ser culpa minha, eu não estava nem fisicamente presente,<br />

pelo amor de Deus amor. Mas ela estava agindo como se me odiasse. Finalmente<br />

desisti e perguntei. — Você está com raiva de mim? Eu fiz algo errado? — nem a<br />

menor pista para me ajudar a descobrir o que estava acontecendo aqui.<br />

— Me diz você. —ela pegou um frasco pequeno e borrifou alguma coisa<br />

clara no seu pincel e, em seguida, limpou na toalha de papel, deixando uma mancha<br />

preta desarrumada.<br />

— Huh? — Ora porra. Não era nem uma resposta. — Sobre o que está<br />

falando? Eu pelo menos posso ter uma dica aqui? — minha paciência com este jogo<br />

estava ficando sem combustível.<br />

Sem dizer uma palavra, Avery fechou o zíper da bolsa de maquiagem e<br />

levou-a para o quarto dela. Esforcei-me para esperar no corredor ao invés de<br />

segui-la. Mas quando elavoltou, apressou-se passando direto, mantendo distância.<br />

—Onde diabo vai? — quase gritei. Não queria xingar, mas poderia me<br />

desculpar mais tarde. Depois que descobrisse quem era essa garota e que tinha<br />

feito com Avery.<br />

Ela parou na porta da frente, uma mão sobre a fechadura e a outra<br />

segurando a bolsa enfeitada com contas pretas. Pela primeira vez naquela noite,<br />

ela me olhou diretamente nos olhos. Foi um clarão de puro ódio.<br />

— Você realmente quer saber? Tudo bem. Tenho um encontro com o Logan.<br />

— ela virou-se e saiu. — Então não me espere.<br />

Com isso, bateu a porta atrás dela... Deixando-me em silêncio, atordoado<br />

como uma espécie de resposta. Ela tinha que estar brincando comigo. Por que... Eu<br />

não tinha nenhuma outra explicação para o que aconteceu.


O que tinha acontecido? Lentamente, caminhei para a sala de estar e<br />

afundei no sofá. A TV estava desligada, mas fiquei olhando para ela de qualquer<br />

maneira. Este sentimento era pior que helicóptero descendo sobre território<br />

inimigo. Pelo menos eu estaria preparado para essa situação. Nenhum dos meus<br />

treinamentos tinha abrangido qualquer coisa sobre mulheres. O que fazer quando<br />

sua namorada te paralisa ao sair de sua própria casa? De repente me senti como na<br />

casa de um estranho.<br />

Era inquietante, como os significados de "casa" e "Avery" já tinham<br />

começado a esbarrar um no outro. Antes de Avery se mudar, eu nunca fui<br />

particularmente ligado a meu apartamento; era só onde pendurava meu chapéu<br />

quando não tinha nada melhor para fazer. Ele só se tornou especial porque ela<br />

estava aqui. E quando ela saiu, alguma coisa tinha ido com ela. Uma coisa que eu só<br />

podia sentir pelo vazio inexpressivo deixado para trás.<br />

Eu pensei que pudesse perder Avery antes, quando a conheci, não quando<br />

eu tinha assumido que ela estava me esperando. Aquilo não era nada comparado<br />

com o que eu estava sentindo. A necessidade de ir atrás dela e arrasta-lá arranhou<br />

através de mim. Mas era mais do que uma reação possessiva, eu estava<br />

absolutamente intrigado pelo que tinha acontecido. Não havia explicação racional<br />

para isso. Eu estava tão ansioso para voltar para casa para estar com ela. O que<br />

diabo tinha acontecido em dois dias malditos? Eu precisava ligar para Logan, ou<br />

melhor, ainda, ir até a seu apartamento e dar um soco bem na cara. Se ele me<br />

escapasse, iria localizá-los e exigir saber o que estava acontecendo.<br />

Mas até eu sabia que era uma ideia estúpida, quando via uma. Ir atrás de<br />

Avery e depois brigar com um dos meus melhores amigos apenas me faria perder a<br />

razão. Eu precisava acalmar e obter um controle sobre as minhas emoções, antes<br />

de chegar perto de qualquer um deles. Eu estava com o humor para dizer coisas<br />

que nunca poderia voltar atrás. Estava sentindo falta de algo, era claro. Então, eu<br />

esperaria. Talvez Avery me desse ao mínimo uma maldita explicação para o que<br />

diabos estava acontecendo quando voltasse. Se ainda assim ela não quisesse falar,<br />

iria massacrar Logan. Ele não fazia ideia do tipo de território que tinha entrado,<br />

porque eu não iria compartilhar com meus amigos. De qualquer forma, precisava<br />

esfriar cabeça e ter alguma perspectiva, antes de tomar outra vez esta situação.


Tinha que haver algum tipo de explicação e perder a cabeça seria apenas<br />

estragar mais as coisas com Avery.<br />

Mas eu ainda não pude resistir em enviar uma mensagem para Logan:<br />

Não se esqueça de que ela é minha meia-irmã. Se alguma parte de você tocar<br />

nela, eu vou arrancar a porra da sua mão.<br />

Um momento depois, meu telefone zumbiu com a resposta de Logan:<br />

10-4 “Ok, entendido.”


Capítulo 16<br />

l<br />

Avery<br />

Naquela noite eu tinha cuidadosamente me vestido para matar, querendo<br />

impressionar, Logan. Nixon foi nada mais do que um lapso de julgamento. Eu já<br />

estava saindo deste sonho ruim, e em breve, esqueceria tudo sobre Nixon e quão<br />

estúpida fui. Acredito, porém que tudo ficou mais difícil, quando ele chegou em<br />

casa mais cedo. Só o som de sua voz mexeu comigo. Quem ele esperava enganar<br />

com esse falso ato inocente? Ele realmente achou que eu era tão estúpida? Talvez<br />

achasse, afinal, fui estúpida o suficiente para confiar nele em primeiro lugar. Mas<br />

minha recuperação com certeza foi rápida. Sabia que ele iria tomar em seus braços,<br />

se eu não tivesse afastado alguns centímetros. Valeu a pena ser orgulhosa, certo?<br />

Estar estável?<br />

Enquanto dirigia para The Pointe, disse a mim mesma que era uma rainha<br />

forte, imponente e Nixon estava totalmente abaixo de minha atenção. Nem sequer<br />

valia a pena ficar zangada. Fui até a entrada da frente, entreguei a chave para o<br />

manobrista, e tentei andar como se possuísse articulação.<br />

Mas até uma rainha iria desacelerar para admirar este lugar. Era lindo, um<br />

dos restaurantes mais chiques que já estive. Pequenos lustres de cristais<br />

marcavam o teto com raios de luzes douradas. O piso de madeira e painéis em<br />

cinza suave criou uma atmosfera intimamente confortável. As janelas salientes em<br />

duas paredes ofereciam uma vista incrível do mar praticamente de qualquer lugar<br />

no restaurante. Cada mesa tinha uma toalha de linho nevada, uma vela flutuante e<br />

uma única rosa escarlate.<br />

Eu dei meu nome de Logan para a hostess e ela me guiou até à varanda. Não<br />

muito abaixo de nós, ondas pretas reluziam sob o luar, o silêncio, enchendo o ar,<br />

acalmando a pressa. Avistei Logan em uma mesa perto da grade, com uma garrafa


de champanhe em um balde de gelo. Ele estava sentando-se, e levantou-se<br />

novamente a me ver, com os olhos arregalados.<br />

— O garçom virá daqui a pouco. — disse a hostess com um sorriso. — Por<br />

favor, aproveite a sua noite.<br />

Enquanto ela se apressou de volta ao seu posto na entrada, Logan puxou<br />

minha cadeira. Acomodei-me no assento baixo de pelúcia, e ele sentou-se.<br />

— Espero que não se importe que eu tenha pedido a bebida. — ele acenou<br />

na direção do champanhe. — A propósito, você está linda.<br />

— Você também não está nada mal. — respondi com um sorriso<br />

provocante.<br />

Era verdade, o melhor da beleza natural do rapaz-tímido, Logan claramente<br />

tinha senso de moda. Um terno de risca de giz carvão, uma camisa cinza clara e<br />

gravata azulada. Seu bom gosto para roupas definitivamente acrescentou alguns<br />

pontos para seu crescimento total.<br />

Enquanto eu olhava o cardápio, Logan derramou champanhe nas taças.<br />

Finalmente decidimos por uma salada caprese 18 para acompanhar, marsala de<br />

vitela com cogumelos porcini para ele, e pato em conserva com molho de amoras<br />

para mim.<br />

— Então. — ele disse depois que fizemos o pedido. — Sei que este é seu<br />

último semestre na UCSD, é mais ou menos isso? Fale sobre você.<br />

— Uh... Bem, eu...<br />

Família era um tema óbvio para quebrar o gelo. Mas mesmo que antes eu<br />

tivesse compartilhado muito com Nixon, não queria falar sobre o câncer da minha<br />

mãe morta e histerectomia no primeiro encontro. Por alguma razão estranha, eu<br />

não estava tão confortável com Logan, como estive com meu meio-irmão idiota.<br />

Acho que até meus instintos não eram imunes a erros. Erros enormes,<br />

terríveis...<br />

A salada caprese pousou na nossa frente. Percebi que estava distraída e<br />

forcei meu foco para voltar a conversa.<br />

18 Salada caprese, salada italiana feita de mussarela fresca, tomate, manjericão temperado com sal<br />

azeite.


— Bem, eu sou uma designer de moda, e eventualmente quero um blog<br />

sobre conselhos de beleza e notícias ligadas à moda. Ano passado estudei em<br />

Londres. — escola e trabalho eram temas geralmente seguros.<br />

— Você foi criada aqui?<br />

— Sim, em Irvine. Papai conheceu Cynthia, que é a minha madrasta, em um<br />

In-N-Out Burger. — eu ri um pouco. — É praticamente a história mais 'sulista da<br />

California' que já ouvi.<br />

Ainda tinha deixado de dizer o nome mãe, e Logan foi gracioso o suficiente<br />

para não mencionar isso.<br />

— Foi um romance de colegas de trabalho? Os olhos que se encontram por<br />

cima da fritadeira? — ele perguntou em vez disso, os lábios equivocados.<br />

— Não, mas você sabe, eu não estou... Totalmente certa do que papai faz. —<br />

eu ri novamente. — Sua empresa faz semicondutores. Ele tem algum tipo de<br />

posição de gestão desconhecida.<br />

O garçom escolheu aquele momento para reaparecer e estabelecer dois<br />

pratos fumegantes. Aproveitei a oportunidade para alterar o assunto.<br />

— Quanto a você? — perguntei, levantando uma garfada de pato para os<br />

meus lábios. — Sempre esteve nas forças armadas?<br />

— Basicamente. Eu larguei a faculdade e entrei na Marinha, quando tinha<br />

vinte anos depois me tornei fuzileiro, quando tinha vinte e dois. — ele ficou em<br />

silêncio quando começou a cortar sua vitela. Apenas quando pensei que tinha<br />

cometido um erro, levantando a questão de seu trabalho, Logan continuou. —<br />

Estou pensando em desistir no próximo ano ou dois. Acho que tive um bom<br />

passeio.<br />

— Então por que quer parar agora?<br />

Ele deu uma bufada tranquila e uma risada. — Bem... Isto não é um grande<br />

tema para o primeiro encontro, mas já que perguntou... Quero sossegar em breve.<br />

Ter esposa, filhos, o pacote completo. Eu gosto da vida de fuzileiro, mas não é o<br />

lugar para um homem de família.<br />

Uau, claro que não esperava essa resposta. Mas fazia sentido.Eu assenti<br />

lentamente.


— Eu entendo. Você está longe de casa o tempo todo, e seu horário é<br />

impossível de prever. Se você tivesse uma família, realmente seria difícil lidar com<br />

o tipo de riscos que assume.<br />

Ainda mais um motivo para estar feliz, que tudo o que tive com Nixon tinha<br />

acabado. Seria terrível me apaixonar por ele e depois vê-lo sair em missões<br />

perigosas, o tempo todo. Sentada em casa, como um das donas de casa em um<br />

documentário da Segunda Guerra Mundial, solitária e ansiosa, rezando para que a<br />

próxima carta que eu recebesse não começasse com: Lamentamos informar-te...<br />

Minha garganta apertou com o pensamento de Nixon morrendo milhares de<br />

milhas longe de mim, tinha que parar de ficar nervosa. Claro, a morte sempre era<br />

uma tragédia terrível, mesmo para um idiota como Nixon. Mas não fui eu quem<br />

tinha escolhido para me juntar as forças armadas. Se ele queria galopar ao redor<br />

em lugares exóticos e levar um tiro, então ele poderia ir em frente. Eu não devia<br />

deixar nada sobre ele partir meu coração.<br />

Tarde demais, percebi que Logan tinha acabado de dizer uma coisa, e eu<br />

estava ocupada sonhando acordada com Nixon. Mais uma vez.<br />

— Meu pai fez isso. — Logan estava no meio da resposta. — Estou<br />

orgulhoso dele agora, mas quando eu era criança, não me importava sobre honras<br />

e operação. Odiava não ser capaz de jogar com o meu pai. — ele olhou para seu<br />

champanhe por um momento e depois tomou um gole. — Então eu realmente<br />

quero fazer parte da vida dos meus filhos.<br />

— Bem, eu concordo. O que é o objetivo de casar e ter filhos, se você nunca<br />

consegue ver qualquer um deles? Mas... — eu tentei e não consegui imaginar este<br />

tanque corpulento vendendo carros usado ou sentado em um quarto em fazenda.<br />

— O que você faria em vez disso?<br />

— A Marinha já me abordou para uma posição de instrutor. Minha posição<br />

vai subir o que significa melhor salário, e eu poderei aplicar para um posto<br />

permanente para onde eu queria viver. — ele fez uma pausa. — Talvez perto de<br />

San Diego.<br />

Eu estava imaginando esse aspecto? Não tentei analisar o comentário de<br />

San Diego. Mesmo como uma possibilidade de vaga, planejar sua carreira em torno<br />

de mim seria verdadeiramente estranho para um primeiro encontro.<br />

Provavelmente foi uma coincidência. Sua família vivia nas proximidades, ou ele


ironicamente desfrutava de luzes de Natal em palmeiras, ou queria ficar perto de<br />

seus amigos, tão difícil quanto era acreditar que alguém pudesse gostar de Nixon<br />

tanto assim.<br />

Merda estou pensando nele outra vez! Forcei-me a sorrir para Logan.<br />

—Você tem tudo planejado, hein? — arrisquei, estendendo a mão para<br />

descansar meus dedos em sua mão. — Eu acho que é bom que você saiba o que<br />

quer.<br />

Logan piscou, depois sorriu e esfregou o polegar sobre os nós dos meus<br />

dedos.<br />

— Não há nada de errado em saber, há?<br />

— Bem, não, e... É agradável. Ouvir um cara com menos de trinta anos falar<br />

sobre seu futuro, quer dizer.<br />

Embora parecesse que estivesse com muita pressa de se casar. Mesmo que<br />

eu tenha achado o lado sério de Logan cativante, ainda era um pouco demais para a<br />

minha vida agora. Se eu quisesse sobreviver no jornalismo de moda, teria uma<br />

tonelada de trabalho pela frente.<br />

Mas Ei, então se tivessem uma mísera incompatibilidade? Não é grande<br />

coisa. Não era como se estivesse me casando com ele no curso da meia-noite. Este<br />

encontro era apenas por diversão. Experimentar um ao outro para ver se nos<br />

encaixávamos. Realmente foi muito bom finalmente interagir com um homem<br />

adulto, em vez de um menino crescido que só queria beber, transar e explodir as<br />

coisas, como se sua vida fosse um jogo.<br />

Quase timidamente, Logan puxou sua mão para esfregar a parte de trás do<br />

pescoço.<br />

— Então você disse que você estudou no exterior? Como foi?<br />

— Londres foi incrível. — eu suspirei. — Tive aulas com todos esses<br />

professores famosos, e até fui a alguns eventos da semana de moda...<br />

Falamos sobre meu trabalho escolar e aspirações enquanto terminávamos<br />

nosso prato principal. Não era novidade que, Logan não sabia muito sobre moda.<br />

Mas prestou muita atenção a tudo o que eu disse, respondendo sempre com<br />

perguntas bem consideradas e observações, me incentivando na direção por mais<br />

detalhes. Tendo em vista seu interesse aparentemente genuíno, era impossível de


me preocupar que estava falando muito sobre mim. Provavelmente nunca estive<br />

em um encontro tão agradável.<br />

Mas apenas "agradável". Eu não senti nenhuma faísca, ou calor intenso que<br />

cantarolava entre Nixon e eu, sempre que nossos olhos se encontravam. Quanto<br />

mais tentava concentrar em Logan, mais encontrava minha mente vagueando para<br />

Nixon. O homem sentado à mesa a luz de vela a beira-mar, com sorriso suave e<br />

olhos cor de avelã convidativa, me fazia sentir nada mais do que um irmão, tudo<br />

isso enquanto eu ansiava por meu meio-irmão. O que havia de errado comigo?<br />

Como eu poderia conseguir? Minha frustração distraída cresceu até que me<br />

levantei do meu lugar.<br />

— Pode segurar esse pensamento? — perguntei, tendo apenas uma vaga<br />

ideia do que tinha falado. — Eu já volto. Preciso ir ao banheiro.<br />

Muito nervosa para esperar pela resposta de Logan, me apressei para<br />

dentro do restaurante.<br />

Felizmente, não havia mais ninguém no banheiro. Com as mãos apoiadas em<br />

ambos os lados da pia em mármore preto, olhei para o espelho, tentando fazer meu<br />

melhor para me recompor. Eu tinha que respirar. “Pare de se culpar”. Admirei a<br />

consolidação, recuperando meu legítimo orgulho, me lembrei de o que Nixon tinha<br />

feito e era por isso que estava aqui com Logan e quão melhor eu estava do que com<br />

aquele mentiroso safado. Mas não importava quantas vezes repeti silenciosamente<br />

eu sou uma deusa filha da puta, isso não durava. Debaixo desse vestido<br />

glamouroso, este rosto cuidadosamente maquiado, sabia que não havia nada mais<br />

que uma garota triste e confusa. Aparentemente, porém, toda essa besteira de<br />

beleza ainda era o suficiente para enganar os homens.<br />

Meus pensamentos voltaram ao apartamento, Nixon tinha parado no seu<br />

caminho e olhado para mim como água no deserto. Bem, isso era muito mal para<br />

ele. Eu estava inatingível. Se ele me queria, deveria ter pensado nisso antes de<br />

mentir sobre os negócios da Marinha, para ir para Lás Vegas no fim de semana<br />

para transar com Pam.<br />

Mas... Droga, em um pequeno momento, eu queria Nixon de volta. Odiava<br />

nós dois por isso. Nos conhecêssemos a menos de um mês, e ele já tinha deixado<br />

grandes impressões digitais em todo o meu coração. Mesmo quando estava em um<br />

jantar romântico, em um belo restaurante cinco estrelas com outro homem, não


conseguia parar de pensar sobre esse idiota. O que mais queria, pelo amor de<br />

Deus? Logan foi fantasticamente perfeito. Bonito, bondoso, atencioso, maduro. Ele<br />

tinha uma vida centrada. No entanto, era evidente que não podia dizer o mesmo<br />

de mim. Aqui estava eu, escondida no banheiro como uma colegial cujo namorado<br />

a tinha deixado mesmo antes do baile.<br />

Certo, então era totalmente patética. Tudo bem. Eu podia lidar com isso.<br />

Tinha que voltar lá antes que Logan pensasse que estava tendo algum problema<br />

médico humilhante. E para fazer isso, tinha que me lembrar de por que vim neste<br />

encontro em primeiro lugar.<br />

Precisando inflamar, a necessidade de não me importar, a necessidade de<br />

reacender meus motores e queimar esse veneno, busquei uma imagem que me<br />

enchesse de raiva. Mas tudo o que pude pensar foi, em Nixon rindo com Pam sobre<br />

como tinham me enganado, ele beijando seu pescoço, em seu espalhafatoso quarto<br />

de hotel em Vegas, acariciando os seios dela, muito maiores do que os meus,<br />

fechando os olhos com um gemido enquanto ele deslizava dentro dela, só me fez<br />

sentir vontade de vomitar, toda a bile. Nenhum alívio. Talvez este doença<br />

desaparecesse com o tempo, mas agora, doía tanto que eu não aguentava.<br />

Eles provavelmente batizaram cada superfície plana de seu quarto no seu<br />

hotel brega, pensei e lágrimas voltaram num piscar de olhos. Cerrei os dentes e me<br />

apressei para voltar ao restaurante, quase batendo a porta do banheiro.<br />

Quando me aproximei a nossa mesa, Logan perguntou. — Quer sobremesa?<br />

Eu estava admirando os figos cozidos com mel.<br />

Engoli em seco, desejando que a minha voz não me revelasse. — Isso parece<br />

bom, mas... De repente não estou-me sentindo tão bem. Podemos acabar a noite<br />

mais cedo?<br />

Ele arqueou as sobrancelhas e me preparei para a pergunta sobre o que<br />

estava errado. Mas tudo o que ele disse foi. — Oh, claro. Sinto muito, que você não<br />

esteja se sentindo bem. Deixe-me pagar a conta.<br />

Depois sinalizar para nosso garçom e pagar a conta, Logan segurou meu<br />

cotovelo enquanto andamos para o posto do manobrista. Seu comportamento<br />

cavalheiresco só me fez-me odiar ainda mais. Ele não se encaixava em qualquer<br />

uma das minhas bagagens emocionais. Estava sendo tão bom para mim e não


conseguia nem me sentir feliz com isso, e ele não tinha ideia. Isso era muito injusto<br />

para todos os envolvidos, e culpa de tudo isso era de Nixon.<br />

Quando chegamos a minha caminhonete Dodge verde-floresta, Logan fez<br />

uma pausa, olhando para mim.<br />

— Você está bem para dirigir? Ou quer uma carona?<br />

— Não, estou bem. — isso era uma mentira deslavada, mas agora não<br />

queria companhia. Eu tinha muito em que pensar. E possivelmente chorar. Olhei<br />

para minhas unhas pintadas de bordô. — Desculpe por isso. Diverti-me muito, eu<br />

só...<br />

— Ei, não se preocupe. As coisas acontecem. — Logan se inclinou<br />

ligeiramente, como se quisesse me dar um beijo na testa, depois hesitou e apertou<br />

minha mão em vez disso. — Sinta-se melhor, ok?<br />

— Vou tentar — eu disse incapaz de devolver o sorriso.


Capítulo 17<br />

l<br />

Nixon<br />

Tão imperfeito quanto os últimos dois dias tinha acabado, meus<br />

pensamentos estavam caóticos para qualquer chance de sono. Deitei na cama,<br />

olhando para o teto, meus ouvidos se animando com cada ruído aleatório que<br />

pudesse indicar Avery voltando para casa. Minha raiva por Logan tinha<br />

desaparecido em uma estranha acidez, escura. Na verdade, fiquei mais irritado<br />

comigo mesmo do que qualquer outra coisa. Nunca tinha pensado em sair com<br />

Avery, mostrando-lhe a cidade, cortejando-a como Logan estava fazendo agora. Eu<br />

pulei direto para a fase de "belos sapatos, quer transar?”.<br />

Em minha defesa, a abordagem direta sempre funcionou bem para mim.<br />

Talvez um pouco bem demais, conseguia facilmente uma buceta sempre que<br />

precisava então não me preocupei muito com práticas como jantar e um encontro<br />

no cinema. Até algumas horas atrás, eu tinha assumido que Avery não se importava<br />

com nosso namoro... Não convencional. Mas agora, não tinha tanta certeza.<br />

Foi por isso que ela estava chateada? Ela se sentiu desvalorizada, enganada<br />

ou algo assim? Pensou que eu a tinha usado para o sexo sem oferecer qualquer<br />

romance em troca? A inquietação começou a construir no fundo do meu peito.<br />

Aquela sensação ainda inexpressiva de um desastre iminente: o silvo de bolhas de<br />

ar da mangueira do meu tanque de mergulho, o estalo de um galho de uma árvore<br />

sombria atrás de mim, o sussurrar de um companheiro dizendo foda-se! Antes que<br />

o mundo desabasse. O momento em que um homem tinha que deixar de lado todos<br />

os seus planos obsoletos a altura dos acontecimentos.<br />

Não sei se o meu momento com Avery já tinha passado ou ainda estava por<br />

vir. Se eu tivesse uma chance de resgatar nosso relacionamento, não podia deixar<br />

escapar por entre meus dedos. Mas e se eu não vi esse momento chegando? Será<br />

que eu reconheceria se tivesse chegado? E...


Eu tinha imaginado esse clique? Sentei-me para ouvir. Não, a trava da porta<br />

frente estava definitivamente sendo aberta. Mas era apenas 09h15min. Por que<br />

Avery estava voltando tão cedo? Evidentemente, o encontro não tinha ido bem.<br />

Senti algo parecido com otimismo, que imediatamente virou culpa, pela esperança<br />

que ela tivesse tido uma noite ruim.<br />

Os saltos altos estalaram na cozinha por um segundo então mudou para<br />

batidas rápidas e leves, através da sala de estar e corredor. Antes que eu pudesse<br />

levantar, a porta do quarto de hóspedes bateu. Direto para cama, hein?<br />

Aparentemente ela ainda não estava interessada em falar comigo.<br />

Descansei minha testa contra o batente, deixando o corte da madeira<br />

angular entre as minhas sobrancelhas. Eu queria socar qualquer coisa até meus<br />

dedos sangrarem. Tudo o que estava acontecendo com Avery, começou devagar,<br />

mas com certeza estava-me deixando louco. Não conseguia entender essa estranha<br />

tensão que havia surgido entre nós, e o não saber era quase tão ruim quanto a<br />

distância em si. Se ela apenas falasse por dois minutos, tenho certeza de que<br />

poderíamos trazer as coisas de volta como costumavam ser. Poderia descobrir o<br />

que tinha levado ela para Logan e consertar. Eu estava disposto a fazer qualquer<br />

coisa, mas até que soubesse o que fazer, estava em ponto morto.<br />

Inquieto, passei o resto da noite lutando para dormir, dolorosamente<br />

consciente da presença de Avery a poucos passos no fim do corredor.<br />

Quando o primeiro brilho pálido da aurora mostrou através das cortinas,<br />

desisti de ficar na cama e comecei a me vestir. Sem me preocupar com o café da<br />

manhã ou em tomar um banho, desci as escadas para o estacionamento do<br />

condomínio. Eu podia ter caminhado até casa do Logan em menos de meia hora,<br />

era só descer a rua lateral que corria ao longo da praia, onde nós movimentávamos<br />

todos os sábados, mas minha paciência também estava triturada para esse tipo de<br />

atraso. Eu queria respostas agora, e se não podia falar com Avery, teria que falar<br />

com Logan. Esperava que ele pudesse me explicar o que diabo estava acontecendo.<br />

Em cinco minutos e estava estacionando na calçada e batendo bem forte na<br />

porta dele.<br />

— Bom dia. — eu disse assim quando ele abriu.<br />

Logan piscou. Provavelmente surpreso, por ver assim no raiar do dia. Mas<br />

sua única resposta foi: — Oh, Ei. Eu estava fazendo um café. Quer um pouco?


— Parece ótimo.<br />

Ele deu um passo para trás para me deixar entrar, em seguida fechou a<br />

porta, enquanto me sentei na sua mesa de jantar.<br />

— Sem açúcar e um pouco de creme, certo?<br />

— Sim.<br />

Ele não perguntou por que eu tinha vindo ainda. Deixamos o silêncio cair,<br />

ininterrupto, exceto pelo silvo borbulhante da máquina de café, e Logan se<br />

movendo na cozinha, até que ele se sentou na minha frente com duas canecas<br />

fumegantes na mão.<br />

— Obrigado. — eu disse, pegando a minha.<br />

Logan acenou com um silencioso sem problema. Seu olhar era calmo, mas<br />

podia ler a pergunta nele. Agora que estávamos finalmente prontos para<br />

conversar... Queria saber por onde começar.<br />

Talvez não tenha pensado nesta pequena missão para coletar de<br />

informações até o final. Eu não poderia tratar Logan como um parceiro, e<br />

interrogá-lo, só iriam complicar as coisas. Ele não precisava saber que eu gostava<br />

de Avery, mais do que gostava, se eu quisesse ser brutalmente honesto comigo, ou<br />

que tínhamos transado como coelhos nas últimas semanas. Eu não podia-me dar o<br />

luxo de levantar as sobrancelhas fazendo perguntas estranhas agora. Desde que<br />

nós consigamos conversar novamente, não queria Avery me esfolando vivo. Ela<br />

recentemente superou a vergonha que tinha do nosso relacionamento, e agora não<br />

queria nada comigo, era muito difícil prever como ela reagiria se eu contasse<br />

nossos problemas por toda a cidade. Eu precisava de calma. Portanto, isso não<br />

poderia ser uma reunião de estratégia aberta entre aliados. Em vez disso, era mais<br />

como espionagem. Fantástico. Eu adoro mentir ao meu melhor amigo.<br />

— Então... Eu te disse para fazer companhia Avery enquanto estivesse fora.<br />

— eu disse, tentando soar como nada mais do que um irmão mais velho em<br />

questão. — Não pensei que iria sair com ela.<br />

Logan fez uma pausa, com a caneca no meio do caminho para a boca. — Oh.<br />

Sim. — ele pousou a caneca novamente. — Não se preocupe com isso.<br />

— Eu vou preocupar com minha família se eu quiser. — minha voz tinha<br />

saído mais dura do que eu pretendia, mas Logan não pareceu ofendido.<br />

— Isso é legal. — ele disse simplesmente.


Na verdade, seus lábios arquearam um pouquinho. Ele estava pensando que<br />

isso era engraçado? Acho que eu estava agindo como um idiota, mesmo assim. Não<br />

há uma seção total de códigos de irmãos, sobre não mexer com as irmãs das<br />

pessoas?<br />

— Não estamos namorando. — Logan continuou. —Tivemos um encontro.<br />

Extraordinário.<br />

— E não passou de nada, além disso?<br />

Ou propositadamente esperou para fazer seu movimento até que eu tivesse<br />

virado as costas?<br />

Olhando um pouco confuso, ele encolheu os ombros. — Bem... Sim, certeza.<br />

Qual é a razão de pedir a uma garota para sair num encontro, se você não está<br />

tentando fazer um momento?<br />

Várias respostas óbvias vieram à mente. Mas o Logan nunca foi um cara de<br />

foder e fugir.<br />

— Eu acho. — eu disse lentamente.<br />

— Mas as coisas não chegaram a esse ponto. — ele bebeu seu café. — Se<br />

chegarem ... Isso seria o fim do mundo? Você me conhece, cara. Eu nunca a<br />

machucaria.<br />

Quase me matou admitir isso, eu sabia que ele estava certo. Logan era bom<br />

rapaz. Concordei, levantando as sobrancelhas para deixá-lo saber que ainda estava<br />

em julgamento.<br />

— É justo. Então, como as coisas foram ontem à noite? — eu queria Logan<br />

pensando que eu estava pescando uma desculpa para bater nele, em vez de pistas<br />

sobre por que Avery me odiava, ou por uma fagulha de esperança, de que não<br />

perderia Avery em breve por me odiar. — O que vocês fizeram?<br />

Logan não mentia para mim, mas era mais esperto o suficiente para<br />

escolher as palavras com cuidado. — Nada de especial. Jantamos no The Pointe.<br />

Puta merda! The Pointe? Esse cara não deixa nada ao acaso.<br />

— Ah, é isso? — bufei amargamente. Comparado ao Romance do senhor<br />

aqui, eu pareço um completo chato.<br />

— Juro por Deus. Só falamos sobre nossas carreiras, as aulas de Avery e<br />

coisas assim. Estava em casa segura na hora de dormir. — Logan tinha entendido<br />

completamente mal minha reação fria, e eu não estava disposto a corrigi-lo. Ele


hesitou, olhando para o seu café, antes dizer lentamente: — Ela é... Fácil de<br />

conversar. Queria manter a conversa leve, mas antes que percebesse, estava<br />

contando a ela, como queria deixar o SEALs. E todos os meus motivos.<br />

—Quer dizer a coisa de se casar?<br />

— Sim. — ele suspirou. — Que quero ser um bom marido e pai. Enquanto<br />

eu ainda for um SEAL, não posso lidar com isso.<br />

— O que Avery pensou de seu plano? — minha curiosidade foi provocada.<br />

— Concordou totalmente. Ela disse que não gostaria de assumir uma<br />

relação séria com alguém que vai embora tantas vezes... Pode acabar sumindo para<br />

sempre. — Logan balançou a cabeça. — Ela parecia chateada apenas com o<br />

pensamento. Eu me senti meio mal para falar sobre isso.<br />

Ele sentiu-se mal? Mantendo meu rosto completamente em branco, bebi um<br />

gole longo de café ainda escaldante, acolhendo a queimadura. Não sabia o que<br />

dizer sobre isso. Diabo nem sabia o que pensar. O exército era a minha vida. Não<br />

queria escolher entre ser um SEAL e manter Avery. Com essas palavras que disse<br />

para Logan ontem à noite, ela podia ter arrancado meu intestino.<br />

Fez sentido ela se sentir dessa maneira. Em nossa primeira conversa séria,<br />

ela disse que se tivesse um filho, não queria que ele crescesse sem uma mãe, como<br />

ela cresceu. E se ela se importasse comigo, iria querer passar nosso tempo junto<br />

sem stress. Não ia querer se separar por meses a fio, solitária e doente de<br />

preocupação se eu iria chegar em casa com o corpo em um saco. É claro que, se não<br />

se importasse comigo...<br />

Levantei-me de repente, deixando meu copo meio cheio sobre a mesa.<br />

— Obrigado pelo café. Tenho que ir agora, mas vou te ver no próximo<br />

sábado. No lugar de sempre.<br />

Logan assentiu com a cabeça, resmungando em reconhecimento. Ele estava<br />

me dando um olhar estranho? Tanto faz. Eu realmente não dou a mínima agora. Fui<br />

até a porta, então fiz uma pausa e olhei para trás.<br />

— Eu estou confiando em você com Avery, por enquanto. Mas se você<br />

machucá-la, não vai sobrar muito de você para ser identificado.<br />

— Eu sei. Eu ainda tenho sua mensagem de ontem à noite. — ele arqueou<br />

seus lábios novamente. — Eu posso ler em voz alta se me esquecer de temer a sua<br />

ira vingativa.


Dei uma risada sem graça e sai antes de quebrar alguma coisa.<br />

Dirigi para o condomínio, estacionei e caminhava para dentro, então parei e<br />

me virei para a praia em vez disso. Uma boa corrida dura limparia a minha cabeça,<br />

apesar de saber que provavelmente não.<br />

Talvez o problema fosse que minha cabeça já estava clara. Não importa o<br />

quanto pensasse sobre isso, todos os sinais apontavam para mesma direção: Avery<br />

não tinha futuro comigo. Mais precisamente, eu não tinha nada para lhe oferecer.<br />

Só ficaríamos presos em um padrão de exploração, certamente teríamos alguns<br />

meses de sexo alucinante, mas depois eu iria embarcar para Deus sabe onde e por<br />

quanto tempo. E nós giraríamos em círculos, sem nenhuma chance para<br />

estabilidade ou mudança, até que a Marinha me mandasse pastar. Que tipo de vida<br />

que era essa?<br />

Em longo prazo, apenas não consegui ver nada para nós. Mas foi fácil<br />

imaginar ela e Logan juntos. Ele foi a escolha mais objetivamente inteligente.<br />

Esse conhecimento sentou pesado no estômago como um solitário chumbo.<br />

Ontem à noite, ou esta manhã, me perguntei, quando e como seria a minha chance<br />

de acertar as coisas. Mas todo esse tempo, eu tinha entendido mal o que estava<br />

realmente em jogo aqui. Este momento na verdade não era sobre perder ou ganhar<br />

Avery. Tratava-se de sua felicidade. Se Logan a faria feliz, se seria um<br />

homem melhor para ela, eu teria que engolir. Apenas deixar ela livre.<br />

Eu me virei e comecei a correr para casa. Agora que tinha decidido encarar<br />

os fatos e fazer o que era certo, senti uma estranha sensação de paz. Ou talvez fosse<br />

apenas um vazio.


Capítulo 18<br />

l<br />

Avery<br />

A atitude de Nixon definitivamente tinha mudado. Ele estava... Mais frio. Não<br />

frio, mas não havia sua paquera habitual, também. Evidentemente alguns dias<br />

tinham satisfeito seu apetite pela atenção feminina, e nem sequer tentou acertar as<br />

coisas comigo. Aparentemente tudo o que tivemos para os cinco minutos que<br />

estamos juntos não valeria nem um pensamento. Ou talvez estivesse<br />

choramingando porque perdeu Pam. As coisas estavam obviamente muito sérias<br />

entre eles, se ele estava voando para outra cidade só para passar o tempo com ela.<br />

Então, por que eles não invocaram a cláusula de exclusividade em seu<br />

relacionamento? Talvez porque Nixon era incapaz? Independentemente do motivo,<br />

a atenção de Nixon tinha gradualmente se afastado, até que desapareceu.<br />

Enquanto agonizava com meu sentimento, tive que encarar os fatos. Fui um<br />

caso passageiro para ele. Uma novidade. Era mesmo hora de seguir em frente. Não<br />

queria começar nada com Logan, o capítulo Nixon da minha vida tinha acabado.<br />

Tivemos uma boa diversão, e o sexo foi incrível, tive a desagradável sensação de<br />

que eu iria lutar para encontrar aquele padrão para o resto da minha vida, mas<br />

tudo estava acabado.<br />

E talvez isto tenha sido uma bênção disfarçada. Se nossa relação estava<br />

condenada ao fracasso desde o início, então era melhor acabar tudo antes que<br />

pudesse ficar séria... Antes que meu coração estivesse mais ligado ao seu. Quanto<br />

mais cedo arrancasse esta atadura, tudo em uma explosão rápida de agonia, mais<br />

cedo eu poderia desfrutar do ar na minha pele novamente.<br />

Na semana seguinte, tentei meu melhor para fazer isso. Passei longas horas<br />

no centro de San Diego. Indo para a aula e os horários de atendimento dos meus<br />

professores na biblioteca, ficava fora até tarde com os meus amigos, qualquer coisa<br />

para ficar ocupada e longe do nosso apartamento. Eu queria concentrar em minha


vida e deixar a vida que tinha começado com Nixon. Tentar enterrar ou negar essas<br />

memórias seria impossível. Tudo o que podia fazer era dar espaço para respirar.<br />

Deixar os meus sentimentos desvanecer naturalmente ao longo do tempo.<br />

Embora esquecer fosse mais difícil quando eu ainda estava presa vivendo<br />

com o cara. Virar no corredor e inesperadamente ver seu rosto não deixava de<br />

reabrir as minhas feridas. Mas cada vez, doía menos e a cura seria mais rápida.<br />

Tudo o que podia fazer era esperar até o final do semestre. Eu podia lidar com isso,<br />

era apenas alguns meses mais.<br />

Quem diria? Talvez nessa altura, poderíamos ser algo como amigos.<br />

a<br />

Na tarde de sexta-feira, enquanto estava sentada na cama, trabalhando no<br />

meu laptop, ouvi uma batida tranquila, mas firme.<br />

— Sim? — eu disse relutante em deixar meu ninho quente de linho.<br />

A porta abriu-se para revelar um olho azul. — Eu vou dar uma corrida na<br />

praia. Quer vir junto?<br />

Meu primeiro impulso seriaperguntar o que ele tinha na manga. Mas agora,<br />

eu tinha começado a me sentir melhor em ver Nixon em torno do apartamento.<br />

Esta seria uma boa oportunidade para conversar cara a cara. Amigos fazendo<br />

exercício pode ser divertido. Ao menos, ia ter um bom treino hoje.<br />

— Claro — respondi, — só vou trocar.<br />

— Legal. Encontramos na sala de estar. — seus olhos desapareceram e a<br />

porta se fechou.<br />

Pulei da cama, puxando meu cabelo em um rabo de cavalo, troquei minha<br />

calça esfarrapada por uma calça capri de ioga e uma blusa azul-marinho. Mesmo<br />

que ultimamente tivesse um pouco mais confortável com Nixon, ainda não estava<br />

pronta para vestir um short de ginástica e top na frente dele.


Mas meu queixo caiu quando dobrei o corredor e o vi esperando ao lado do<br />

sofá. Evidentemente ele não sentia as mesmas reservas sobre a roupa, como eu.<br />

Além de seus tênis de qualidade, usava apenas um short vermelho que pendia de<br />

seus quadris, revelando uma trilha escura de pelos e os profundos vincos<br />

musculosos ao longo de ambos os lados do seu abdômen. Tudo levando meus olhos<br />

direto até...<br />

Eu engoli a baba. Podia ver através do short, o contorno de seu longo e<br />

grosso pau do outro lado da sala, e o pouco que não podia ver, minha memória<br />

estúpida, traidora preenchia para mim. O resto de Nixon era apenas como uma<br />

distração. Seu peitoral perfeito implorava para ser beijado e lambido. Suas coxas<br />

podiam causar acidentes de trânsito. Cada parte do seu corpo incrível me lembrava<br />

de todas as coisas pecaminosas que ele tinha feito.<br />

Por que eu? Não tinha passado nem cinco minutos, e já estavaxingando por<br />

concordar com o pedido de Nixon. Esse desgraçado estava praticamente me<br />

provocando, nossa corrida amigável seria nada menos que uma tortura erótica.<br />

Talvez um meteoro atingisse a terra antes de chegar à pista de corrida? Eu só podia<br />

esperar.<br />

Descemos a escada e saímos para o dia quente e abafado de setembro. Eu<br />

não tinha ideia de aonde estávamos indo, então não podia andar na frente, mas<br />

segui atrás de Nixon, sua bunda tensa atraiu meus olhos como um ímã. Então fui<br />

para o lado dele, tentando fazer o meu melhor para ignorar o corpo quente,<br />

musculoso a menos de dois passos de mim.<br />

Surpreendentemente, ficou mais fácil quando nós realmente atingimos o<br />

caminhoao longo da borda da praia. Eu poderia dizer que Nixon tinha abrandado<br />

por minha causa, mas ele ainda era o Senhor Fitness, e tive de me concentrar, se<br />

quisesse acompanhá-lo. Quando minhas pernas e pulmões começaram a arder,<br />

tirei lentamente da minha cabeça os pensamentos pervertidos. Tudo o que existia<br />

era o impacto dos meus sapatos no chão. As ondas azuis esverdeadas apenas<br />

alguns quilômetros. As gaivotas grasnando, o barulho dos carros distantes. Era<br />

quase pacífico.<br />

— Você vai sair com o Logan de novo? — Nixon perguntou de repente,<br />

quebrando meu devaneio.


— Huh? — a pergunta levou um segundo para ser processada. — Oh. Ah, eu<br />

não sei. Provavelmente não.<br />

— Por que isso?<br />

Tudo bem... Nenhuma coisa estranha em tempo recorde. — Por que não<br />

quero. — respondi categoricamente. Talvez tenha sido um pouco rude, mas Nixon<br />

foi primeiro me bisbilhotando.<br />

— Oh. — parecia que ele não sabia como responder a isso. Assim que<br />

resolvi voltar à tranquilidade, Nixon começou falar. — Você vai terminar a escola<br />

em dois meses, certo? Têm planos para depois da formatura?<br />

Se eu não o conhecesse bem, podia ter pensado que ele estava conversando<br />

comigo. Ele apenas estava para conversa fiada?<br />

— O que já falei. Começar um blog, escrever sobre moda e beleza, conseguir<br />

dominar o mundo em cinco anos ou menos.<br />

— Você pensa... Em se casar?<br />

De onde diabos vêm isso? Perguntei-me. Então, tudo de repente ficou claro:<br />

Nixon estava tentando fazer as pazes. Tentando ajudar a nos tornarmos amigos, e<br />

eu esperava que pudéssemos ser. Nesse caso, não poderia ficar irritada com ele,<br />

mesmo se ultrapassasse “o interesse educado na minha vida" e caísse bem no<br />

território "intrometido". Eu estava mais que disposta a chegar a um acordo.<br />

— Às vezes, em uma espécie 'devaneio ocioso' — respondi. — Mas nem por<br />

isso. Não me vejo casada ainda. Agora, quero focar na construção da minha carreira<br />

e só... Você sabe divertir. Ver até onde a vida me leva.<br />

— Hum.<br />

Agora ele parecia pensativo. Mas não comentou mais nada e logo o silêncio<br />

caiu novamente.<br />

Depois viramos e começamos a correr em direção ao condomínio,<br />

finalmente senti coragem o suficiente para disparar a sua própria pergunta para<br />

ele.<br />

— E você? Você quer ser um cara doméstico?<br />

Nixon piscou para mim. Depois de um longo momento, ele respondeu.<br />

— Eu... Posso estar aberto a isso. Se a mulher certa aparecer.


Estávamos a menos de meio quilômetro de casa e meus pulmões estavam<br />

pegando fogo, mas ainda tive de colocar uma pergunta para fora. Antes pudesse ter<br />

medo, perguntei. — Pam é a mulher certa?<br />

Ele parou em seu caminho e olhou para mim. — Que diabos você está<br />

falando?<br />

Livrando-me da surpresa, tropecei uma parada ao lado dele. Meu coração<br />

estava batendo acelerado de emoção e cansaço. Quando eu tinha ensaiado este<br />

confronto na minha cabeça, esperava que Nixon reagisse com culpa ou até mesmo<br />

raiva. Sua resposta dura me deixou confusa.<br />

Tentando não notar o suor na pele bronzeada, falei. — Quando você saiu da<br />

cidade... Você me disse foi a trabalho, mas... — o estresse apertou em torno de meu<br />

estômago e coluna vertebral, como se estivesse revivendo aquela conversa horrível<br />

no saguão de novo. Tentando não explodir em lágrimas enquanto Pam ficou<br />

parada, alheia, com seu punhado de lixo publicitário e sorriu infantilmente<br />

animada. Antes que minha voz pudesse falhar, empurrei todas as palavras para<br />

fora em uma respiração: — Eu encontrei Pam depois que você saiu e ela disse que<br />

estava indo se encontrar com você, para uma escapadela romântica.<br />

Nixon abriu e fechou a boca, sem palavras. O choque no rosto lentamente<br />

deu lugar à fúria incandescente.<br />

— Essa cadela de duas caras. — ele rosnou finalmente. — Não toquei nela<br />

desde o dia em que você se mudou. Inferno, nós mal conversamos. Quando você<br />

disse que não queria que eu levasse mulheres para casa, eu disse a Pam que não<br />

podia mais vê-la. Disse que minha meia-irmã tinha-se mudado e estava tentando<br />

ser respeitoso. Pam lançou corretamente um ‘foda-se’. Foi uma cena ruim. — ele<br />

deu um meio rosnando, passando os dedos pelo seu cabelo. — Mas se estava<br />

cozinhando essa besteira venenosa, ela é ainda pior do que eu pensava.<br />

— Ela... Ela mentiu? Só para me irritar? — minha cabeça estava girando.<br />

— Então você realmente não?<br />

Porra. Bela maneira. Toda aquela destruição sentimental porque estava se<br />

sentindo uma puta maliciosa sobre a perda de seu amante? Minha raiva aumentou,<br />

mas a desliguei rapidamente. Eu não ia deixar isso arruinar este momento<br />

também.


Minha decisão foi recompensada instantaneamente quando a expressão de<br />

Nixon caiu em algo mais suave, e ardente. Algo um pouco desesperado<br />

esperançoso.<br />

— Não dormi com ninguém desde que nos conhecemos. Juro pela minha<br />

vida. — ele estendeu a mão para apertar o meu ombro. — A única mulher que<br />

quero é você.<br />

Meu coração acelerou com suas palavras, e algo abaixo, também vibrou com<br />

seu toque. Mas tentei manter meus pés no chão um pouco mais.<br />

Independentemente de quão sincero ele parecia, ainda precisava de mais algumas<br />

respostas.<br />

— Então o que estava fazendo na semana passada?<br />

Ele pressionou seus lábios juntos, então suspirou e acenou com a cabeça.<br />

— Está bem. Este é o dia para revelar tudo, não é?<br />

Enquanto andávamos para casa, Nixon finalmente me contou tudo sobre sua<br />

viagem: a medalha, o Pentágono, a ordem de sigilo, tudo.<br />

— Tive de manter meu paradeiro em segredo. — finalizou. — Caso<br />

contrário eu teria contado tudo. — ele sorriu para mim, o primeiro sorriso real que<br />

tinha visto desde nossa luta na semana passada. — Na verdade, estou quebrando o<br />

protocolo agora, mas... Há coisas mais importantes.<br />

Quando chegamos ao apartamento. Com uma concessão para as minhas<br />

pernas doloridas, pegamos o elevador. Mas quando chegamos ao sexto andar,<br />

Nixon marchou direto passando nosso apartamento e começou a bater na porta ao<br />

lado, como se tivesse tentando arrombá-la.<br />

— O que diabos você está fazendo? — corri atrás dele, me perguntando se<br />

tinha perdido o juízo.<br />

Pam abriu a porta vestindo short preto mostrando seu traseiro e um<br />

tubinho metálico violeta que mal continham os enormes seios. Puta merda, onde<br />

esta o ataque de cegueira espontânea quando preciso de um? Eu me coçava para<br />

dar a esta pobre mulher uma repaginada, mas isso seria muita bondade. Após a<br />

implosão de minha relação com Nixon, o sofrimento no inferno da moda era o<br />

mínimo que ela merecia.<br />

— Que porra é essa, Pam? — Nixon rosnou antes que ela pudesse falar. —<br />

Como diabos você sai espalhando merda por aí sobre viajar comigo?


— Ah, isso. — sua expressão confusa rapidamente se transformou em<br />

irritação. — Se você tem toda a história, porque vem arrombar minha porta?<br />

Nixon fez um gesto para mim. Ela me lançou um olhar ácido e segurei a<br />

vontade de me mexer.<br />

— Por que você deve a ela um pedido de desculpas.<br />

O riso dela soava mais como um grito. — Eu? Devo a ela? Depois você me<br />

deixou como uma batata quente para ir transar com sua própria irmã? Sua buceta<br />

foi feita de ouro ou algo assim, ou você apenas tem um fetiche por incesto?<br />

— Você sabia que estávamos juntos? — resmunguei. De repente, tudo fez<br />

sentido. A única razão que Pam inventaria um encontro amoroso com Nixon era se<br />

soubesse que eu estava com ele, caso contrário, esse tipo de mentira não me<br />

machucaria. Ela tinha que saber...<br />

— O tempo todo. — seu lábio enrolou completamente indignado. —<br />

Querendo ou não. Nossos apartamentos compartilham uma parede, lembra? Eu<br />

podia ouvir suas merdas quase todas as noites.<br />

— Então escorregasse um bilhete debaixo da nossa porta pedindo para<br />

abaixar o tom. — Nixon cuspiu. — Um pequeno inconveniente não te dá o direito<br />

de mexer com a vida de outras pessoas.<br />

— Sim, eu disse uma mentira. Queria irritar a pequena Senhora Perfeita. Do<br />

que adiantou? — ela levantou as mãos em sinal de rendição, mas desafiando. —<br />

Não lamento. É você quem o está fodendo.<br />

— Não se atreva a se fazer de mártir aqui. — a voz de Nixon tinha abaixado<br />

em um rosnado. — Se você tem um pingo de decência.<br />

Com um olhar que poderianos transformar em pedra, Pam bateu a porta na<br />

nossa cara.


Capítulo 19<br />

l<br />

Nixon<br />

Voltei atormentando para o nosso apartamento, mal conseguia ouvir os<br />

passos de Avery a minha direita sobre o sangue batendo em meus ouvidos.<br />

Confrontar Pam só tinha me enfurecido mais. Pensei que pudesse me vingar,<br />

esfregando em seu nariz suas cruéis mentiras desesperadas, mas era impossível<br />

envergonhar, alguém sem vergonha na cara. Ela estava convencida de que estava<br />

certa e que estávamos errados. Como poderia aquela puta me olhar diretamente<br />

nos olhos, cheio de arrogância e dizer que não tinha o direito de estar com raiva?<br />

Depois da maneira como ela tinha tratado a pessoa mais importante no meu<br />

mundo?<br />

Sentindo Avery ao meu lado, me virei para encará-la. Ela olhou para mim<br />

como se não tivesse ideia do que aconteceria depois.<br />

Seus olhos continuavam correndo pelo meu corpo suado, quase nu. Eu tinha<br />

visto ela várias vezes excitada o suficiente para reconhecer o calor em seu olhar.<br />

Mas ela também parecia envergonhada, com dúvidas, talvez até com medo. De<br />

mim? De nós?<br />

Eu não falei nem a toquei. Apenas olhei para seu rosto até que estivesse<br />

pronta para qualquer pergunta terrível que estava pesando. Eu só podia imaginar o<br />

que estava acontecendo na cabeça de Avery agora. Cada palavra de conforto ou<br />

desejo que eu poderia imaginar parecia ser a coisa certa a dizer. Se eu estragasse<br />

este momento, levaria muito tempo até ter outra chance, e não suportava mais<br />

qualquer espera.<br />

Ela engoliu seco. — Estava... Pam estava certa? Somos repugnantes? — ela<br />

abaixou o olhar, todo o caminho até o tapete. — O que fizemos foi errado?


— Oh... Avery. Não. Deus, não. — estendi a mão, colocando os fios de<br />

cabelos que havia escapado de seu rabo de cavalo atrás da sua orelha. — Alguma<br />

vez se sentiu mal?<br />

Se ela se odiava por dormir comigo, eu não tinha certeza que poderia lidar<br />

com isso.<br />

Uma longa hesitação. — Não. — ela finalmente disse, e soltei a respiração<br />

que não sabia que estava segurando. — Pareceu certo. E... Nunca me senti tão bem<br />

antes.<br />

Suas palavras me encheram de calor. Mas a diversão temporária no mundo<br />

não mudaria o que eu tinha que fazer. Em longo prazo, ainda não éramos<br />

compatíveis. Saber o quanto ela tinha desfrutado por estarmos juntos apenas<br />

tornou mais difícil para deixá-la ir. Lentamente assenti com a cabeça, a emoção<br />

rolando no meu estômago.<br />

Ela voltou a me olhar novamente, apenas seu sorriso tímido a evaporar-se<br />

em preocupação. — O que está errado?<br />

Acho que sou mais fácil de ler do que pensava. Como uma tática de atraso,<br />

fui até a geladeira pegar uma garrafa de água para cada, tomando um longo gole<br />

enquanto descobria a melhor maneira de responder.<br />

— Vamos lá. Se estamos bem com isso, por que você estava me evitando?<br />

Eu suspirei. — Conversei com Logan no domingo passado.<br />

— Logo após nosso encontro? — parecia que ela não sabia se devia rir ou<br />

ruborizar em humilhação.<br />

— Sim. E coloquei um monte de coisas em perspectiva. — balançando a<br />

cabeça, me preparei para a parte mais dolorosa. — Logan... É muito melhor para<br />

você do que eu.<br />

Ela piscou, abrindo ligeiramente a boca. — É melhor para mim? O que isso<br />

significa?<br />

— Ah, bem... — eu buscava uma explicação. Não esperava que ela lutasse<br />

sobre fatos concretos. — Não é óbvio? Logan é estável. Ele quer deixar o SEALs. Ele<br />

quer ter uma vida real, casar um dia.<br />

Ela levantou a mão dela. — Não. Cale-se.<br />

— Tudo o que eu quis dizer...


— Eu disse calado. — seus olhos faiscaram, ao se aproximar até que ficou de<br />

igual para igual comigo. Um metro de cinquenta e sete centímetros de pura<br />

indignação. — Não ouviu nada do que disse na praia? Não estou pronta para ser a<br />

mulher de alguém agora.<br />

— Mas o que acontece quando você estiver pronta?<br />

— Então compreenderei isso por minha própria busca! Você não pode<br />

decidir o que é melhor para mim. Eu decido. Eu e só eu. E tenho todo o direito de<br />

escolher você, se for o que eu quiser.<br />

Isto foi terrível. Como sempre conseguia irritá-la bem quando estava<br />

tentando alcança-la? O que diabos eu ia fazer agora? Como eu poderia salvar isto.<br />

Espere um minuto. Eu estava tendo alucinações, ou Avery apenas tinha dito que se<br />

quisesse me escolheria?<br />

—Se eu quiser isso significa que quero a sua carreira, também. Por que eu<br />

sei que ser um SEAL é parte de você. Se você desistisse agora, ou se nunca tivessese<br />

alistado, você não seria o homem que amo.<br />

Algo se agarrou meu peito. A velha palavra com A finalmente saiu da toca. Mas<br />

assim que disse isso, percebi que amor era a única palavra para o que eu sentia por<br />

ela.<br />

— As pessoas pensam que minha carreira é estúpida. — ela moveu-se, não<br />

percebendo minha epifania atordoada, ou não se importando. — Mesmo quando as<br />

pessoas não dizem em voz alta, vejo isso em seus rostos. Mas a moda e o blog ainda<br />

são meu sonho, e jamais pediria para você desistir do seu. Nunca iria querer que<br />

colocasse de lado essa parte de si mesmo. Não por mim, e nem por qualquer um. —<br />

ela cortou a mão através do ar. — Eu vim para esta relação com os olhos abertos.<br />

Eu sabia onde estava-me metendo. Então não tente me proteger das<br />

minhasdecisões.<br />

Sem fôlego, finalmente, Avery silenciou, quando apenas tinha acabado de<br />

me rasgar em um novo imbecil. Tudo o que podia fazer era olhar para ela. Rosto<br />

corado, e cabelo suado saltando para fora de seu rabo de cavalo, me olhando<br />

claramente com paixão...<br />

Nunca tinha visto ela tão bonita.<br />

Incapaz de resistir a um único segundo mais, peguei a em meus braços e a<br />

beijei como se minha vida dependesse disso. Ela chiou em estado de choque, então


derreteu contra meu corpo, sua boca abrindo para a minha com um doce suspiro.<br />

Mesmo o leve toque de suas mãos apoiadas em minhas costas levantava um<br />

arrepio. Ela acalmava e provocava meus nervos, tudo ao mesmo tempo. Deus, eu<br />

disse que queria isto. Eu não era nada sem isso. Como sobrevivi tanto tempo sem o<br />

gosto dela? Esta última semana e meia pareceu ser um ano. Suprimi um gemido de<br />

desapontamento quando Avery puxou para trás.<br />

— Não, não que isso não seja bom, mas... O que está acontecendo? — ela<br />

perguntou.<br />

— Você disse tudo que eu precisava ouvir. — respondi, ecoando a nota<br />

áspera do desejo na voz dela. Atei nossos dedos e comecei a andar para o meu<br />

quarto. A tentação de apenas fodê-la aqui no tapete da sala estava aumentando,<br />

mas queria ela na minha cama. Entre beijos que lutei para manter curtos,<br />

continuei. — Se eu puder me casar com você um dia, serei o homem mais sortudo<br />

do mundo. E nunca te deixarei sozinha uma vez que for minha.<br />

— Mas tem seu trabalho.<br />

— Nenhum homem fica no SEAL para sempre. Fisicamente se exige muito.<br />

Tenho dois, talvez três anos antes que meu corpo não aguente mais. — no limiar do<br />

meu quarto, fiz uma pausa para olhar em seus olhos irrefreáveis. — Então, quando<br />

esse momento chegar... Se ainda me quiser, vou fazer você minha. E não vou a<br />

qualquer lugar.<br />

Com um riso alegre, ela se atirou nos meus braços. O beijo foi toda a<br />

resposta que eu precisava.<br />

A deitei na cama, tirar sua roupa era o meu lazer, bebendo de cada polegada<br />

das suas curvas perfeitas e macias. Quando estava nua aos meus olhos famintos,<br />

me ajoelhei sobre ela e fechei minha boca em seu mamilo, sugando e passando<br />

rapidamente minha língua nele. Seu suspiro rouco me motivou. Deixei minha mão<br />

deslizar entre suas pernas, um leve toque apenas foi suficiente para fazê-la se<br />

contorcer, e senti que estava tão molhada como nunca tinha estado. Querendo<br />

sentir ainda mais, empurrei dois dedos dentro e atingindo seu ponto G. Ela gritou<br />

quando meu polegar subiu a rodear seu clitóris.<br />

Suas mãos agitaram em meus ombros, tentando fracamente me afastar.<br />

— Pare por um minuto. — ela ofegante.<br />

Eu rapidamente puxei meus dedos. — Eu machuquei você?


— Não, mas se você continuar, eu vou...<br />

Meus olhos se arregalaram. — Já?<br />

— Sentisua falta. — timidamente ela mordeu o lábio, mas sorriu feliz um<br />

sorriso que fez meu peito doer tanto quanto meu pau. — Eu quero você dentro de<br />

mim. Quero que goze comigo.<br />

Mudei-me para beijá-la, sentindo seu sorriso contra a minha boca e<br />

empurrei para dentro lentamente, até que ela cruzou os tornozelos nas minhas<br />

costas e me puxou até bater no fundo. Peguei dica e comecei a me empurrar o<br />

máximo que pude. Gemendo em voz alta, ela me arranhou tão faminta com essa<br />

conexão como eu estava. Nossas línguas dançavam até estava tonto com falta de<br />

oxigênio, me forcando a separar para um suspiro rápido antes de mergulhar de<br />

volta em sua boca.<br />

Meus olhos fecharam enquanto me concentrei atraído pelo barulho<br />

intoxicante que ela fazia. Todos os meus sentidos estavam cheios até a borda: o<br />

suor em sua pele aveludada, seus gritos de prazer já subindo para o seu pico, sua<br />

buceta apertada e escorregadia segurando meu pau como se pedisse para ele<br />

nunca sair de novo, seu cheiro de shampoo floral e o almíscar de sua excitação<br />

outra coisa que era simplesmente excepcional, Avery.<br />

— Nixon... Eu vou.<br />

Suas palavras dissolveram em um gemido melodioso. A sensação das<br />

paredes de sua buceta pulsando em êxtase ao redor do meu pau me empurram<br />

sobre a borda. A beijei duramente, bebendo seus gemidos e me afogando em seu<br />

calor, seu cheiro, sua paixão.<br />

Em todas as minhas aventuras sexuais loucas, nunca tinha feito amor com<br />

uma mulher antes. Nunca pensei que faria. Mas havia uma primeira vez para tudo.


Epílogo<br />

l<br />

Avery<br />

O mestre de cerimônia limpou sua garganta e chamou.<br />

— Avery Palmer.<br />

Fiquei em pé, afastando rapidamente o tassel 19 do meu rosto e comecei a<br />

subir as escadas até o palco. Em meio a aplausos gerais, virei discretamente um<br />

pouco para ouvir o grito característico de Cynthia que estava na parte de trás do<br />

auditório. Toda a família tinha vindo para minha graduação... Exceto o homem que<br />

eu mais queria ver.<br />

Eu esperava que Nixon pudesse voltar, mas seu último e-mail dizia que sua<br />

missão de treinamento iria durar mais algumas semanas. Nenhum de nós podia<br />

fazer nada. Nosso primeiro destacamento como um casal tinha sobreposto com<br />

minha cerimônia de formatura, e quando o governo disse para Nixon ir, ele foi.<br />

Embora sua ausência tenha adicionado um toque agridoce para este<br />

momento, não fiquei ressentida. Esta era a sua vida, seu emprego dos sonhos, e eu<br />

estava feliz por fazer parte da sua própria felicidade. A visão de Nixon imponente<br />

em sua roupa azul de missão tinha acendido um fogo de orgulho no meu coração...<br />

Para não falar de outros lugares. O que tinha de tão sexy nos homens de uniforme?<br />

Talvez devesse escrever meu primeiro post no blog sobre a psicologia<br />

estética da moda militar.<br />

Minha mente vagou de voltar para manhã que eu tinha dado um beijo de<br />

despedida nele, sorrindo através de minhas lágrimas. Ele parecia tão<br />

impressionante, cada centímetro protetor, forte, altruísta para aqueles que ele<br />

servia e feroz para os seus inimigos. O elegante paletó de seus botões ousados era<br />

19 Tassel: ornamento pendente, usado em vestimentas como cortinas e outros artigos.


interrompido apenas pelas medalhas de combate brilhando em seu coração, e o<br />

emblema oficial na sua manga esquerda. Nixon tinha me explicado o que<br />

significava cada símbolo. No colarinho, uma gravata perfeito com nó simples<br />

contra a camisa fina, branca como a neve. Na cabeça um quepe branco com enfeites<br />

dourado e uma borda preta rígida. Sua calça preta vincada e sapatos de couro<br />

completaram a imagem de força definida. Pura masculinidade, disciplinado, mas<br />

nunca domado.<br />

Quando aceitei meu diploma e apertei a mão do mestre de cerimônia, houve<br />

uma explosão renovada de palmas. Olhei para o meio da multidão, confusa e ouvi<br />

um assobio. Meus olhos cortaram acima apenas para ver o mesmo uniforme que<br />

tinha visto indo embora há dois meses. Nixon estava esperando fora do palco, com<br />

um enorme buquê de rosas vermelhas na mão.<br />

Sem hesitação, corri escada abaixo e me joguei em seus braços. Ele me<br />

pegou no ar e girou, me beijando apaixonadamente, e a multidão irrompeu em<br />

aplausos tumultuados. Em meio a ruídos animados, Nixon me pegou no colo<br />

colocando buquê sob meus joelhos e me carregou para fora da cerimônia de<br />

formatura. Só podia imaginar o que nossa família estava pensando, mas se Nixon<br />

não se importava, eu também não me importaria.<br />

— Há uma sala de aula nesse corredor à esquerda. — sussurrei no seu<br />

ouvido. — Ninguém deve estar usando-a hoje.<br />

— Deus, eu te amo. — ele murmurou sua voz já ligeiramente áspera.<br />

Levou apenas uns minutos para encontrar uma sala de aula vazia,<br />

destrancada. Nixon me colocou no chão e empurrou uma cadeira sob a maçaneta.<br />

— Calcinha fora. — ele ordenou enquanto se desfazia de seu cinto.<br />

Apressei-me para passar minha calcinha púrpura por meus sapatos e deixala<br />

cair no piso, seguida por meu capelo e a beca. Eu sabia onde Nixon estava indo<br />

com isso, não podia esperar para senti-lo, também. E tanto quanto eu queria seu<br />

corpo todo nu pressionado contra o meu também queria evitar desafiar o destino.<br />

Se alguém passasse e pegasse um vislumbre de nós...<br />

Gritei quando ele me pegou novamente e me sentou na mesa do professor.<br />

Com uma mão forte, quente atrás das minhas costas, ele subiu a saia do meu<br />

vestido de formatura.<br />

— Está pronta? — ele perguntou.


Segurei seu olhar, esperando que pudesse ver o quanto precisava dele, tanto<br />

no meu coração, como de meu corpo.<br />

— Desde o segundo que vi você.<br />

— Avery... Senti tanto sua falta. — me abraçando apertado, ele se empurrou<br />

facilmente, e nossos gemidos misturaram. Seu pau grosso desapareceu dentro de<br />

mim até que estava totalmente enterrado. — Esperei tanto tempo...<br />

— Sete semanas e três dias, e... Oh... Dez horas. — cada estalo afiado de seus<br />

quadris, provocou profundo prazer dentro da minha buceta até a base do meu<br />

crânio.<br />

— Só isso? — senti sua risada mais no meu peito do que no meu ouvido. —<br />

Parece até mais do que meu último período de seca.<br />

— Nossas sessões de sexo por telefone não foram suficientes?<br />

— Ah, elas foram incríveis. — ele ofegou. — Era minha mão e não era o<br />

suficiente.<br />

As faíscas de prazer construíram mais quente e mais quente, mais rápido e<br />

mais rápido, iluminando todo o meu corpo.<br />

— E... Eu... Também —consegui responder antes de não poder falar mais.<br />

Ele mudou sua mão de meu quadril para esfregar meu clitóris com o<br />

polegar, e isso bastou. Quase gritei minhas pernas em torno de suas costas e meus<br />

dedos ondulando em meu salto alto enquanto tremia com o prazer esmagador.<br />

Meus olhos trêmulos fecharam, e cai sobre a mesa do professor quase com o<br />

cotovelo desossado quando tentei me apoiar. Levei um segundo para notar que<br />

Nixon tinha se ajoelhado.<br />

— O que está fazendo? — eu ofeguei, lutando para me sentar e olhar para<br />

ele. — Temos que voltar para lá!<br />

A cabeça desapareceu debaixo da minha saia... Enquanto ele apoiava meus<br />

tornozelos escorando em seus ombros. — Você precisa tomar um banho primeiro...<br />

Não quero minha porra pingando em toda sua calcinha na frente de nossos pais.<br />

Antes que pudesse dizer outra palavra, senti ele me limpar com um tecido<br />

em toda a minha carne sensível, aparentemente, limpando a bagunça. Então sua<br />

boca talentosa foi trabalhar e voltei a perder a fala. Meu clitóris estava ainda muito<br />

sensível do meu último orgasmo, podia sentir cada lambida e me contorcia com<br />

sua língua astuta. O menor movimento jogou meus nervos trêmulos como cordas


de harpa dedilhada. Não demorou muito até que coloquei meus dedos em minha<br />

boca, mordendo firme para abafar meus gritos.<br />

Nixon se levantou e limpou o rosto em sua manga, sorrindo com meu estado<br />

ofegante e despenteado.<br />

— Precisa de uma mão?<br />

— Cale a boca. — Dei a ele um olhar indiferente, mas ainda estava muito<br />

eufórica para reunir qualquer aborrecimento real. —Você não precisa de mim para<br />

te dizer como você é bom.<br />

— Mas gosto sempre de ouvir isso.<br />

Ele ofereceu um cotovelo para eu me apoiar enquanto voltava a vestir<br />

minha calcinha.<br />

Rapidamente retoquei minha maquiagem, não estava ruim, embora meu<br />

gloss tenha ficado horrivelmente manchado, e recolhi meu capelo e a beca. Então<br />

levei Nixon de volta ao auditório, onde a recepção tinha começado.<br />

Opa... Ficamos fora mais tempo do que eu pensava.<br />

Cynthia e Russ estavam falando com um dos meus professores no palco. Na<br />

mesa de refresco ao longo da parede, estavam Emma e Ford examinando a seleção<br />

de ponche barato e cookies. Nixon caminhou para trás de seu irmão e colocou uma<br />

mão em seu ombro.<br />

Ford virou-se, piscando, depois riu. — Você saiu sorrateiramente filho da<br />

puta! Você podia ter pelo menos dito ao seu irmão onde estava vindo.<br />

— Como se você pudesse manter um segredo. — Nixon sorriu. — Sem se<br />

casar, quero dizer.<br />

Ford deu um olhar significativo para a Emma. — O fato de eu não ter-lhe<br />

contado antes, permite você o chamar de filho da puta agora. Ele vai ser seu<br />

cunhado em breve, você terá esse privilégio.<br />

Mantendo o rosto incrivelmente reto, Emma assentiu com a cabeça para os<br />

dois. — Eu não vou esquecer disso.<br />

Nixon bufou, indelicadamente e voltou-se para Ford. — Então como está a<br />

fazenda nos dias de hoje?<br />

Enquanto eles começaram a recuperar o atraso das notícias do negócio de<br />

família, Emma piscou para mim pelas costas deles. A mensagem era clara: transou,<br />

hein? Tentei não mostrar meu embaraço. Em vez disso, apontei para o meu


pescoço e levantei as sobrancelhas: eu sou não a única. Emma olhou assustada e<br />

ajustou seu lenço de seda fino para cobrir a marca da mordida roxa lá. Depois, do<br />

nosso constrangimento desabamos em risos, fazendo com que Ford nos desse um<br />

olhar estranho.<br />

Emma chegou perto para me envolver em um abraço caloroso, e perfumado.<br />

— Mamãe e eu estamos morrendo de vontade de comer uns bons frutos do<br />

mar, então Russ quer levar todos para jantar no Truluck. — ela sussurrou em meu<br />

cabelo despenteado. — Mas assim que os cinquentões forem para a cama... Deveme<br />

alguns detalhes suculentos. Vendem bebida para você?<br />

— Como se eu não fosse contar tudo de qualquer maneira. — eu não<br />

conseguia tirar o sorriso idiota do rosto. Por pura suculência, a minha história<br />

definitivamente não decepcionaria.<br />

— Podemos nos livrar dos rapazes e ir para o bar do hotel. — Emma<br />

finalmente soltou seu sorriso cheio de afeto. — É tão bom te ver novamente.<br />

Finalmente percebendo nossa pequena festa na mesa de refresco, Cynthia<br />

acenou freneticamente e começou a arrastar o Russ em nossa direção. Peguei na<br />

mão de Nixon para chamar a atenção dele e sorri para meus padrastos, ansiosa<br />

para acolher a todos em minha nova vida. Éramos definitivamente uma família<br />

pouco convencional, mas a melhor pensei...<br />

Fixando-me em recuperar o atraso de tudo o que tinha perdido ao longo dos<br />

últimos meses, não conseguia tirar o sorriso do meu rosto. Eu tinha meu diploma<br />

na mão e meu homem de volta são e salvo. Nada poderia-me deixar triste hoje, nem<br />

mesmo a expressão confusa no rosto do meu pai enquanto caminhava em nossa<br />

direção. Obviamente, ele não tinha perdido a exibição pública de afeto por Nixon.<br />

Bem, pai, eu pensei. Você é quem devia agradecer por não ser capaz de me<br />

sustentar. Logo após agradecer Russ e Cynthia por propor uma solução fabulosa.<br />

A mão de Nixon apertou meu quadril, e me apoiei nele o Melhor. Colega. De<br />

Quarto. Do. Mundo.


Fim

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