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Amos e Masmorras - Lena Valenti

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Foi a primeira vez que ele viu Cleo e conheceu sua bondade.<br />

Estava ansioso para ver a reação dela quando o encontrasse à sua porta.<br />

Naquela noite ela não o esperava. Mas o quanto antes se acostumasse com a<br />

presença e com o papel dele, mais convincentes eles seriam no Dragões e<br />

<strong>Masmorras</strong> DS. E isso, no fim das contas, era o mais importante. Não o que ele<br />

pudesse sentir por Cleo; seria melhor guardar aquilo para ele.<br />

Abriu a porta do jipe e pegou as duas malas militares pretas, uma em cada<br />

mão.<br />

A casa e a cama da sua nova e desejada companheira o esperavam.<br />

Uma antiga amiga. Uma futura agente.<br />

E sua atual escrava.<br />

Ainda que, por enquanto, fosse apenas para prepará-la para a missão.<br />

Fazia vinte minutos que o senhor Montgomery tinha saído da sua casa, dez que<br />

ela havia vomitado, dois que tinha limpado tudo e um que tinha voltado a tomar<br />

um banho.<br />

Mas continuava chorando, sem soluços, sem gemidos; só chorava. Seus olhos<br />

pareciam uma cachoeira. Sua casa estava em silêncio, vazia, ou a vazia era ela?<br />

Tanto fazia… sentia-se sozinha como nunca.<br />

Quando ela ouviu a campainha pela segunda vez, esperava encontrar-se de<br />

novo com o vice-diretor do FBI. Ele poderia ter se esquecido de algo.<br />

Mas quando ela abriu a porta sem nem mesmo verificar a câmera e deu de<br />

cara com o corpo forte e alto de Lion, quase teve um treco.<br />

Ele segurava uma mala em cada mão e a olhava preocupado.<br />

Vestia jeans largos, um par de Adidas Casual brancos e uma camiseta preta da<br />

marca Que Delícia, bem colada, o que ressaltava sua excelente forma física.<br />

Abaixo dos olhos azul-escuros tinha olheiras, e a barba de três dias escurecia<br />

tenuemente seu queixo, escondendo sua peculiar covinha.<br />

Ela sentiu raiva ao vê-lo. Estava em uma situação muito incômoda. Ele<br />

deveria chegar no dia seguinte e aparece assim, de repente, à meia-noite, na<br />

porta do seu pequeno mundo. Ela estava com os olhos inchados de chorar e<br />

sentindo-se muito frágil. Lion precisava vê-la daquele jeito?<br />

– Oi, Cleo. Abra a porta – pediu ele, em tom gentil.<br />

As lágrimas brotaram de novo e ela começou a choramingar de forma<br />

humilhante. Não podia se dar ao luxo de desmoronar assim diante dele.<br />

– Não faz isso, Cleo, não… não chora. Abra a porta. – Lion sabia que a<br />

encontraria assim; mas as lágrimas de Cleo quando criança não eram nada se

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