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muito discreto e íntimo. Todos têm respeito o suficiente uns pelos outros para não<br />
revelar identidades.<br />
Cleo fechou os olhos, dessa vez levada pela música, pelo tom sedutor de Lion e<br />
pela magia de suas mãos. Ela estava ficando excitada? Estava sim.<br />
– Eles são corajosos. Você é corajosa, Cleo? – ele perguntou, beliscando os<br />
mamilos dela por cima do corpete. – Você está com os olhos fechados? Deus…<br />
olha o que você faz com os outros só de permanecer assim, submissa diante de<br />
mim… – a voz de Lion também estava rouca. – Olha o que você faz comigo. –<br />
Impulsionou o quadril para frente e esfregou nela a ereção. – Você gosta disso?<br />
Gosta de exercer esse tipo de poder?<br />
Ela gostava? Ela gostava disso? Uma vez, Lion falou que ela tinha alma de<br />
provocadora. Será que estava certo?<br />
– Sim, senhor.<br />
– No torneio você vai deixar todos loucos, Cleo. Eu sei. E você me deixa<br />
nervoso. Abra os olhos e veja o que está fazendo.<br />
Quando ela os abriu, vários casais estavam na frente deles bebendo ponche,<br />
observando-os entretidos, excitados e felizes, uns se divertindo mais do que os<br />
outros. Para eles, era como contemplar arte em movimento. Se havia algo<br />
libidinoso nisso, Cleo não sabia, essa era a verdade; mas parecia que eles<br />
gostavam mais de sua atitude e de sua disponibilidade ao escutar Lion do que do<br />
fato que o contexto e as preliminares poderiam culminar em um ato sexual.<br />
Até que alguém na multidão perguntou:<br />
– Você vai mostrá-la ou ela é só pra você?<br />
Cleo dirigiu o olhar para a origem da voz.<br />
Prince. O príncipe, um dos amos que tinham encontrado no clube de mulheres<br />
de Lafitte, estava ali, todo vestido de branco, exceto pela máscara preta e pela<br />
gravata-borboleta vermelha. Era muito atraente e prendera o cabelo em um rabo<br />
de cavalo preto e bem alto. Sim, como uma espécie de príncipe persa.<br />
Deu um passo para frente e se colocou a um metro dela, esperando a<br />
permissão de seu amo.<br />
– Você quer que eu te mostre, lady Nala? – Lion perguntou ao seu ouvido,<br />
apertando os seios dela nas mãos.<br />
– Quer me mostrar, senhor? – Ela entendeu seu papel perfeitamente pela<br />
primeira vez. Podia ter vontade de fazer algo, mas o fundamental era que Lion<br />
também desfrutasse da situação. Ela faria topless e não importava que os outros<br />
vissem seus seios, o que importava era o que aconteceria ali. No entanto, era<br />
diferente de uma sessão particular. Ela ia se expor para deixar todos ali excitados.<br />
Homens e mulheres, indistintamente. Engoliu saliva e se preparou para a resposta<br />
de Lion.<br />
Ele sorriu e a beijou, de verdade, na bochecha. Parecia um beijo autêntico,<br />
mais sincero do que qualquer um que ele tinha dado até então, levando em conta