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– Você me conhece, senhor? – Ela deu um gole em seu ponche.<br />
– Conheço.<br />
– Por isso você é um amo tão bom, senhor – continuou elogiando, com um tom<br />
doce e afável. – Um bom amo deve saber, em todos os momentos, quais são as<br />
necessidades de sua submissa – repetiu uma das bases da dominação e da<br />
submissão.<br />
– Você quer ser uma submissa de verdade, lady Nala? – Lion se aproximou<br />
dela, irritado e confuso. – Porque se quiser, posso fazer você apanhar em público<br />
como Brutus está fazendo com aquela garota de peruca branca. Olha como está<br />
a bunda dela: tão vermelha que parece que vai estourar – grunhiu, roçando nos<br />
lóbulos da orelha dela com os lábios. – E observe como ela está gostando. Tenho<br />
certeza de que, se ele encostar entre as pernas dela, ela vai gozar. – E foi isso o<br />
que fez um outro amo. Ele se aproximou dos dois, e Brutus deu permissão para<br />
que ele a tocasse. A jovem gozou como uma louca desenfreada.<br />
– Se isso te fizer feliz, senhor – respondeu Cleo, assustada com as<br />
demonstrações públicas que estavam sendo feitas no salão entre amos e<br />
submissas.<br />
– Ah é, lady Nala? – Parou atrás dela, e acariciou seus ombros até deslizar as<br />
mãos por seus braços. Beijou-a na garganta, e ela tentou se afastar como se a<br />
proximidade dele a assustasse, ou pior, a repelisse; mas se conteve depressa e se<br />
obrigou a relaxar. Lion nunca tinha sido recusado antes. E Cleo tinha dado nele a<br />
primeira, mas leve, bofetada. – Veja aquela ama ali. Está dando com o açoite no<br />
peito do submisso mascarado e sem camisa. Ele reclama, mas depois que o<br />
açoite atinge sua pele, observe o que ele fala.<br />
Cleo prestou atenção.<br />
– O que ele fala, pequena?<br />
– Fala: “Obrigado, domina” – respondeu Cleo, com as pupilas dilatadas.<br />
– Você se considera capaz de fazer isso? De se expor em público e de<br />
agradecer o que eu fizer? – Ele acariciou sua barriga plana e depois foi subindo<br />
as mãos até cobrir seus seios.<br />
Cleo apertou as pálpebras por uns décimos de segundo, mas depois se obrigou<br />
a abri-las. Diante deles, já estavam vários voyeurs.<br />
– Na sua frente, nesta sala, há homens e mulheres que estão desejando<br />
contemplar seu lindo corpo. – Continuou golpeando-a com a língua. – Como você<br />
pode ver, tem de tudo: mulheres e homens, jovens e velhos, gay s e lésbicas; tem<br />
obesos e obesas, magros e magras, altos e baixos, muito musculosos e muito<br />
fofos… O BDSM é como a vida. Tem de tudo. – Passou os lábios pela nuca dela,<br />
enquanto apertava e relaxava a mão sobre os seios dela. – Mas eles não têm<br />
medo nenhum de expor seus corpos ou de se mostrar do jeito que realmente são<br />
diante dos outros. Eles aceitaram a si mesmos e aceitaram seu prazer. São livres.<br />
Alguns você nunca viu na vida; outros, vai ver muito pouco. O mundo do BDSM é