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Amos e Masmorras - Lena Valenti

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camiseta preta dele. – Levante os braços, senhor. – Passou a camiseta por seu<br />

abdome até tirá-la pela cabeça.<br />

Agradecido por não ter que inventar explicações sobre o que queria fazer, ele<br />

obedeceu. Lion não ousava se mexer. Mantinha uma postura agressiva diante<br />

dela: o pescoço inclinado sutilmente para a frente, como se fosse devorá-la a<br />

qualquer momento; os braços abertos, as mãos no quadril dela…<br />

Um guerreiro que queria receber sua recompensa.<br />

– Suas sardas… – murmurou ele, levantando uma das mãos e passando o<br />

indicador pelo nariz dela. – Sua boca…<br />

Cleo abriu a boca quando o dedo passou por seu lábio superior. Eles se olharam<br />

durante longos segundos, como se tivessem chegado a um acordo, e então Lion<br />

colocou o dedo dentro da boca dela. Cleo o lambeu e o chupou.<br />

– Ai, caralho… – O agente abriu as calças com a mão que estava livre,<br />

enquanto tirava e colocava o dedo na boca apetitosa da fada. – Não pare. Você<br />

faz eu querer gozar rápido. Não… você não é boazinha comigo.<br />

– E nem você comigo. – Cleo pegou-o pelo pulso e mordeu seu dedo com<br />

força.<br />

As calças de Lion deslizaram pelas coxas grossas e duras até pararem nos<br />

tornozelos, como se fossem só um monte de pano azul.<br />

– Você está me mordendo, pequena?<br />

Ela confirmou, alegre, com o dedo entre os dentes.<br />

Lion chutou suas calças e tirou o dedo da boca dela, decidido a substituí-lo pela<br />

própria boca.<br />

Ele ficou só com a cueca Hugo Boss branca e maravilhosa.<br />

Cambaleando, entre beijos e mordidas nos lábios, eles tropeçaram e caíram na<br />

cama.<br />

– Estava doido pra te beijar, Cleo… – ele murmurou sobre os lábios dela. Não<br />

pronunciava muito bem as palavras, mas dava para entender, ou pelo menos ele<br />

achava que dava. – Não… não penso em outra coisa desde que te vi hoje de<br />

manhã. É uma… grande merda.<br />

– Sério? Por que é uma merda? Eu gosto que você tenha pensado assim…<br />

também queria te beijar.<br />

Ele ficou bem quieto depois da confissão e tirou os cabelos dos olhos dela.<br />

– Desde quando, Cleo?<br />

– Pfff. – Estava com cara de perdida entre as lembranças e o efeito do<br />

Hurricane. – Não sei… – O álcool fazia mesmo a pessoa perder a vergonha. –<br />

Não me lembro, senhor. Faz muito tempo… Depois achei que seria algo ruim e<br />

já não quis mais. Mas depois, sempre que te via… eu queria te dar um beijo. Sou<br />

patética, não sou?<br />

Lion pestanejou uma vez; começou a rir, e ela também, mas nem sabiam do<br />

que estavam rindo.

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