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Amos e Masmorras - Lena Valenti

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– E a Karen?<br />

– Também.<br />

– Vocês receberam os baralhos?<br />

– Recebemos. Hoje mesmo vou buscá-los no correio daqui de Washington.<br />

Eles não usariam endereços, nem nomes, nem sequer telefones que pudessem<br />

ser rastreados ou registrados por alguém alheio à organização do torneio.<br />

– Perfeito. Você teve alguma notícia do meio?<br />

– Nas duas noites que saímos, nós encontramos alguns praticantes e, como<br />

sempre, há uma máxima discrição entre todos. Não tem muito o que averiguar. A<br />

Rainha das Aranhas esteve em Nova York na semana passada. Dizem que ela<br />

convidou mais dois casais do fórum.<br />

A Rainha das Aranhas percorria as boates de BDSM e fetiche dos Estados<br />

Unidos e se encontrava com os jogadores do fórum. Ela marcava encontros e<br />

festas secretas para que se conhecessem entre eles, pudessem praticar um pouco<br />

e comprovar pessoalmente suas próprias habilidades.<br />

Lion não sabia se a Rainha das Aranhas tinha ou não consciência de para quem<br />

ou para o que estava trabalhando, mas sabia que ela aproveitava muitíssimo,<br />

aplicando castigos aos submissos e submissas.<br />

Era uma jogadora das grandes.<br />

– Entendi, Nick. Se você não tem mais notícias, então nos vemos no torneio.<br />

– Sim, senhor. Até mais.<br />

– Até mais, Nick.<br />

Lion desligou o telefone e apoiou as costas no encosto da poltrona.<br />

Era quinta-feira, e o treinamento de Cleo estava indo muito bem.<br />

Ele a observou dormir no sofá, coberta por uma toalha de banho. Do jeito que<br />

tinha saído da “piscuzzi”, Cleo caiu no sono entre alguns espasmos. O orgasmo<br />

tinha sido muito intenso e ela estava esgotada pelo esforço que fizera pela manhã.<br />

O sexo consumia muita energia, e o BDSM colocava à prova a condição física<br />

das pessoas.<br />

Seus cabelos vermelhos se espalhavam pelo braço do sofá. Ele admirou a<br />

beleza do semblante dela. Deus, Cleo estava despertando seu lado dominador de<br />

uma forma que ele nunca tinha adotado com nenhuma submissa.<br />

Ele já estava notando em seu interior, no próprio âmago. A vontade de jogar,<br />

de ultrapassar todos os limites e de quebrar todos os protocolos.<br />

Queria beijá-la e fazer amor com ela. Eles precisavam dormir juntos e ver<br />

como funcionavam como um casal, mas ele não sabia se era ou não era certo<br />

porque ele estaria se beneficiando de algo que ele tinha desejado por toda a<br />

vida…<br />

Ele tinha Cleo. O que mais poderia querer?<br />

Quando a missão acabasse, ele ia precisar de colhões para assumir para ela o<br />

que ele nunca assumira para nenhuma outra: que ele a amava desde sempre e

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