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Amos e Masmorras - Lena Valenti

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também não queria isso a deixou mais tranquila.<br />

– Ainda que essa decisão de não dividir não vá estar em nossas mãos caso a<br />

gente perca os duelos, lembra? Os monstros vão poder mandar no que bem<br />

entenderem.<br />

– Verdade. Mas não vamos chegar a esse ponto. Vamos encontrar todos os<br />

baús.<br />

– Você está muito segura da sua capacidade, senhorita Connelly.<br />

– E você não está da sua?<br />

– Eu considero que vamos encontrar outros participantes. Tenho que levar isso<br />

em conta. E você também deveria considerá-los, pequena. – Pegou no nariz dela<br />

como se ela fosse uma menina e sorriu com ternura.<br />

Cleo pestanejou, intrépida. Calcinha ao chão. Incrível. Lion a assustava e a<br />

deixava sem argumentos quando se comportava daquele jeito.<br />

“Continuo sólida ou me derreto?”, perguntou a si mesma.<br />

Lion pegou no queixo dela e ergueu um pouco seu rosto. Sentada como estava,<br />

ele era ao menos duas vezes maior que ela.<br />

– Gosto dos seus lábios brilhando assim. Você se maquiou?<br />

– É…<br />

– Sim. Você é naturalmente muito bonita, Cleo. Mas é só se maquiar um<br />

pouco… e você chama muito mais a atenção. São seus olhos.<br />

– O que… o que tem eles? – perguntou, assustada.<br />

– Seus olhos… Sabe como são?<br />

– Hmm… grandes?<br />

– Grandes… isso. Me diz, Cleo… – estava se embebendo dela –, você tem<br />

mais alguma dúvida? Mais alguma objeção?<br />

– Não bata nos meus peitos nem no meu rosto, senão eu arranco seus dentes.<br />

A imagem de Cleo revidando uma bofetada sexual ou tirando seus dentes<br />

como uma sádica fez com que ele a soltasse e emitisse uma incrível gargalhada.<br />

– Do que você está rindo? – perguntou, admirada. – Estou falando sério, Lion.<br />

Nada de agressões desse tipo ou…<br />

– Ou o quê? – Tão rápido quanto ele a havia soltado, girou o banquinho dela e a<br />

encurralou entre ele e o balcão da cozinha. – O que, bruxinha? O que você vai<br />

fazer?<br />

– Por que tantos diminutivos carinhosos? – Cleo sentiu seu hálito de menta e<br />

lembrou que ele era viciado em Halls. – Você me deixa nervosa. Está ficando<br />

mais dócil, senhor?<br />

– Eu nunca fico dócil, Cleo – ronronou, passando o dorso de seus dedos na<br />

bochecha dela. – Sou sempre duro.<br />

Um ponto para o gigante.<br />

Ficaram em silêncio, se olhando. Cleo não sabia o que estava acontecendo, e<br />

se soubesse, não queria pensar muito a respeito.

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