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contínua, de estar na vida daquela bruxa de cabelos vermelhos e olhos verdes.<br />
Cleo tinha sido a única mulher que ele desejara de verdade. E a única que ele<br />
nunca teve. E saber que tinha um outro cara interessado nela o deixava frustrado<br />
e o afligia com a sensação de ciúmes pela primeira vez. Ele não suportava a<br />
mentira, mas era o ciúme que o consumia: saber que Cleo tinha estado com outro<br />
na jacuzzi ou que tinha provado o outro de muitas outras maneiras… porra, não<br />
aceitava essa ideia nada bem. Quando ele decidira treiná-la, não tinha pensado<br />
em como seria difícil aceitar que a pequena Cleo também já tinha tido seus<br />
relacionamentos. Por isso ele continuava bravo, mais com ele mesmo do que<br />
com ela.<br />
E como ele não era dono do passado dela, não poderia alterar os fatos. No<br />
entanto, ele estava com ela ali. Desfrutava de Cleo naquele momento, no<br />
presente, ainda que fosse em níveis sexuais e que, provavelmente, ela estaria no<br />
seu futuro por, pelo menos, mais uns dez dias.<br />
Ele aproveitaria da melhor forma que conhecia.<br />
– Você tem razão – ele reconheceu.<br />
Ela fechou a boca, emudecida, e logo voltou a abri-la.<br />
– Perdão, o que você disse? – Aproximou o ouvido da boca dele. – Pensei ter<br />
ouvido um pedido de desculpas…<br />
Lion sorriu friamente.<br />
– Não vou mais voltar a esse tema do seu amante. Satisfeita? Devemos nos<br />
preocupar em te preparar a tempo para o torneio.<br />
Cleo fechou os olhos e aceitou a concessão como um pedido de desculpas.<br />
Lion a desejava, dava pra notar na sua forma de olhar pra ela e de se<br />
concentrar nela. Sim, era muito melhor manter o foco. Mas antes ela precisava<br />
esclarecer algo.<br />
– Você ainda está bravo? Juro que não menti pra você.<br />
Ele apertou os dentes. “Não importa, Magnus agora não importa… só ela.”<br />
Só Cleo e o treinamento.<br />
– Você vai entender sua mentira. A personalidade da submissa deve ser<br />
respeitada, e não modelada. Temos que cuidar dela, ajudá-la a se encontrar, a se<br />
sentir cômoda consigo mesma. – Respirou fundo e se aproximou do corpo dela.<br />
Levantou uma das mãos, acariciou a bochecha dela, como um pedido de<br />
desculpas. O que era aquilo? O que fazia com que ele não pudesse deixar de<br />
tocá-la?<br />
– Você não se lembra? Já falei que não sou mentirosa. Não importa o que você<br />
ache.<br />
– Shh. – Claro que importava.<br />
– Lion… É que… – “Magnus e eu não temos nada. Foi invenção minha.” Ela<br />
não tinha motivo pra dar aquele tipo de explicação. Mas a cara de Lion quando<br />
escutou o que Tim falou foi impagável. E ela se sentia mal por ele, como se o