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irmã, gostou de você…<br />
– E vai gostar de você também, por ser minha acompanhante oficial.<br />
– Você é tão importante assim no mundo do BDSM, Lion?<br />
– Não é uma questão de ser ou não ser importante. – Lion esvaziou a taça de<br />
vinho e se inclinou para frente. – É porque eu nunca formei um casal. E alguns<br />
praticantes que conheço, e que com certeza estarão por lá, vão achar estranho.<br />
– Nunca? Você nunca permaneceu com uma mesma submissa?<br />
– Nunca por mais de dois dias seguidos. E agora vou estar em um dos torneios<br />
BDSM mais importantes do mundo com uma garota que ninguém conhece. Eles<br />
vão achar que você é muito valiosa para mim, a ponto de eu permitir que você<br />
participe comigo. Por isso, você vai despertar o interesse de todos os monstros e<br />
dos amos protagonistas. Por esse mesmo motivo, os Vilões ficarão de olho em<br />
você. Você tem todos os requisitos para ser escolhida. Os submissos que<br />
cruzarem com a gente no torneio vão querer saber mais sobre você, de onde<br />
veio, quais são suas técnicas… Vão se perguntar: “O que ela tem que eu não<br />
tenho?”.<br />
– Nossa… – Cleo revirou os olhos. – Você arrasa tantos corações assim,<br />
senhor?<br />
– É o que acontece quando as pessoas criam expectativas.<br />
“Sei”, ela teve vontade de responder. Mas era evidente que Lion evitava<br />
qualquer vínculo emocional com seus “pares”. Ela gostava disso? Não gostava?<br />
Queria ser diferente? A relação com ela era um tanto quanto anormal, de<br />
trabalho, mas o sexo entre eles tinha um objetivo: a infiltração. Pelo bem de sua<br />
saúde emocional, ela não deveria se esquecer disso jamais.<br />
– Então jamais, eu tenho que me esforçar bastante, hein? – Mesmo assim…<br />
maldito, com quantas mulheres será que esse amo do demônio já tinha estado?<br />
– Tem sim.<br />
Cleo levantou a taça de água e brindou por ele: pela vaidade e pela falta de<br />
escrúpulos. De ambos.<br />
– Então vou me esforçar… – Franziu uma sobrancelha vermelha e sorriu<br />
como uma sedutora. Ela sabia atuar melhor do que ninguém. Acabaria<br />
surpreendendo, porque era muito competitiva. – Vou te impressionar… senhor.<br />
– Não tenho a menor dúvida – assegurou ele, sorrindo mais relaxado.<br />
– Não queremos que a sua reputação, depois que tudo isso terminar, fique<br />
arruinada, não é? Vou dar o melhor de mim. E também o pior. – Piscou um olho.<br />
– Você deixa todas chorando quando vai embora… Só espero não ter que brigar<br />
com nenhuma para limpar seu nome.<br />
– Eu também espero – sorriu sem vontade.<br />
– Não se preocupe. Sua lista de submissas no final do caso será tão grande<br />
quanto é agora.<br />
– Touché. Mas tem uma coisa que você não entendeu: eu não tenho submissas,