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Amos e Masmorras - Lena Valenti

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irmã, gostou de você…<br />

– E vai gostar de você também, por ser minha acompanhante oficial.<br />

– Você é tão importante assim no mundo do BDSM, Lion?<br />

– Não é uma questão de ser ou não ser importante. – Lion esvaziou a taça de<br />

vinho e se inclinou para frente. – É porque eu nunca formei um casal. E alguns<br />

praticantes que conheço, e que com certeza estarão por lá, vão achar estranho.<br />

– Nunca? Você nunca permaneceu com uma mesma submissa?<br />

– Nunca por mais de dois dias seguidos. E agora vou estar em um dos torneios<br />

BDSM mais importantes do mundo com uma garota que ninguém conhece. Eles<br />

vão achar que você é muito valiosa para mim, a ponto de eu permitir que você<br />

participe comigo. Por isso, você vai despertar o interesse de todos os monstros e<br />

dos amos protagonistas. Por esse mesmo motivo, os Vilões ficarão de olho em<br />

você. Você tem todos os requisitos para ser escolhida. Os submissos que<br />

cruzarem com a gente no torneio vão querer saber mais sobre você, de onde<br />

veio, quais são suas técnicas… Vão se perguntar: “O que ela tem que eu não<br />

tenho?”.<br />

– Nossa… – Cleo revirou os olhos. – Você arrasa tantos corações assim,<br />

senhor?<br />

– É o que acontece quando as pessoas criam expectativas.<br />

“Sei”, ela teve vontade de responder. Mas era evidente que Lion evitava<br />

qualquer vínculo emocional com seus “pares”. Ela gostava disso? Não gostava?<br />

Queria ser diferente? A relação com ela era um tanto quanto anormal, de<br />

trabalho, mas o sexo entre eles tinha um objetivo: a infiltração. Pelo bem de sua<br />

saúde emocional, ela não deveria se esquecer disso jamais.<br />

– Então jamais, eu tenho que me esforçar bastante, hein? – Mesmo assim…<br />

maldito, com quantas mulheres será que esse amo do demônio já tinha estado?<br />

– Tem sim.<br />

Cleo levantou a taça de água e brindou por ele: pela vaidade e pela falta de<br />

escrúpulos. De ambos.<br />

– Então vou me esforçar… – Franziu uma sobrancelha vermelha e sorriu<br />

como uma sedutora. Ela sabia atuar melhor do que ninguém. Acabaria<br />

surpreendendo, porque era muito competitiva. – Vou te impressionar… senhor.<br />

– Não tenho a menor dúvida – assegurou ele, sorrindo mais relaxado.<br />

– Não queremos que a sua reputação, depois que tudo isso terminar, fique<br />

arruinada, não é? Vou dar o melhor de mim. E também o pior. – Piscou um olho.<br />

– Você deixa todas chorando quando vai embora… Só espero não ter que brigar<br />

com nenhuma para limpar seu nome.<br />

– Eu também espero – sorriu sem vontade.<br />

– Não se preocupe. Sua lista de submissas no final do caso será tão grande<br />

quanto é agora.<br />

– Touché. Mas tem uma coisa que você não entendeu: eu não tenho submissas,

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