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Amos e Masmorras - Lena Valenti

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ficassem cara a cara. – A gente chora e se recupera. É como uma catarse.<br />

Outros ficam tão acabados depois de uma sessão de BDSM, que ficam<br />

deprimidos durante alguns dias. Eles se livram de tanta merda e ficam tão vazios<br />

que não sabem lidar com a paz interior que sentem.<br />

– Eu estou bem. Só… Só dolorida. – Secou as lágrimas com o dorso das mãos.<br />

Dolorida prazerosamente. Sentia-se ardendo, mas também muito, muito sensual<br />

e acesa para qualquer coisa.<br />

– Percebi.<br />

– Olha… você me beijou naquela hora. Me beijou – recriminou. – Podemos<br />

nos beijar quando estamos interpretando amo e submissa? Tudo bem com isso? –<br />

perguntou, insegura.<br />

Lion sorriu ao perceber que ela voltava a ter lágrimas nos olhos, mas eram<br />

lágrimas purificadoras. Limpou-as absorvendo-as com os lábios.<br />

E ela ficou como uma estátua ao se dar conta de que Lion estava cumprindo<br />

sua promessa: “Quando você chorar, eu vou beber suas lágrimas”.<br />

– Para mim, sim. Se precisar fazer, eu faço – explicou. – Eu queria te beijar,<br />

Cleo.<br />

– Precisava me beijar?<br />

– Você é uma submissa muito especial e muito sexy – murmurou ele sobre sua<br />

bochecha. – Você se entregou, Cleo. Claro que eu queria te beijar. E vou te beijar<br />

sempre que eu quiser.<br />

– Por que você diz isso?<br />

– Porque sim.<br />

Ela baixou os olhos e voltou a se apoiar no peito dele. Não falaria com ele<br />

sobre aquilo; os beijos eram sempre algo mais. Se eles tivessem que se beijar, se<br />

beijariam de novo, mas da próxima vez ela tomaria o controle, não seria pega de<br />

surpresa.<br />

– Foi tão intenso… – Cleo murmurou sobre sua pele. – Minha pele está doendo,<br />

dói lá embaixo, e minha bunda… Minha pobre bunda… – choramingou entre<br />

risadas. – Você deixou minha bunda parecendo um tomate, seu bruto.<br />

Lion começou a rir.<br />

– Ontem você me ofendeu. Como submissa, você deve acatar os castigos, e<br />

imaginar que vai ter gente nos observando. Você não pode me ofender e<br />

permanecer impune. Você tem que aprender a agir como se exige no torneio.<br />

– Eu sei – gemeu ao sentir que a pele de seu órgão íntimo estava se roçando<br />

com… minha nossa! – Ops…<br />

– Oh! – Lion apresentou um sorriso aberto e olhou para baixo. – Ele está<br />

acordado desde que você chegou ao jardim.<br />

Cleo engoliu saliva. Sim, ela tinha se dado conta que Lion estava quase sempre<br />

preparado.<br />

– Está doendo? – ele perguntou.

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