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Amos e Masmorras - Lena Valenti

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tiver de gritar, pode gritar, Cleo. Se tiver de chorar, pode chorar. E se não<br />

aguentar, lembre-se da senha.<br />

– Scar.<br />

– Sim. – Ele voltou a passar os polegares pelos mamilos dela e logo deslizou os<br />

dedos por sua cintura, suas costas e seu quadril. Ficou com os olhos cravados na<br />

vagina e usou os dedos para abri-la com cuidado.<br />

“Ai… Meu Deus”, pensou Cleo. Ele só queria olhar; não enfiou o dedo em<br />

lugar nenhum e nem a acariciou por dentro. Abriu-a como se fosse um pêssego<br />

para olhar a cor e a textura. Mas ela sentiu que estava molhada e que começava<br />

a pulsar.<br />

– Você tem uma cor muito rosada. Quando o sangue se acumular aqui por<br />

causa das palmadas e chicotadas, vai ficar inchado e de uma cor vermelhovibrante.<br />

Vai ficar muito sensível. Flagelar essa região serve para que o sangue<br />

seja bombeado para as zonas erógenas e a pessoa tenha plena consciência dessa<br />

parte do corpo. Quando você ficar pronta, pode chegar a um orgasmo com um<br />

simples sopro – assegurou, oferecendo leves carinhos. – É muito bonita, Cleo –<br />

elogiou-a, com tato e cuidado.<br />

Ela suspirou profundamente quando ele parou de tocá-la, e exalou com um<br />

“muito obrigada”.<br />

– Vamos começar – falou Lion, pegando um flogger com várias tiras. – Em<br />

primeiro lugar, você não pode tentar rotular o que está sentindo. Sei que é<br />

angustiante estar amarrada e imobilizada sabendo que alguém vai bater em você,<br />

mas sou eu: Lion. Prefiro cortar minha mão fora do que te machucar de<br />

verdade. Então… – Sentiu o peso das tiras e as olhou com atenção. – Não tente<br />

classificar o que você vai sentir. Não tem dor. Não tem prazer. Tem uma coisa<br />

muito mais poderosa e potente do que isso. – Deixou que as tiras do flogger<br />

acariciassem o corpo dela e passassem por seus mamilos. Eles reagiram e<br />

ficaram duros. – Isso. Você responde muito bem, Cleo.<br />

– Ah… Obrigada, senhor.<br />

– O que eu vou fazer, e o que você vai sentir, pode parecer doloroso; mas é<br />

uma dor para atingir um prazer sublime. O objetivo não é fazer sentir dor, é fazer<br />

você voar. Você não tem que se aterrorizar com uma sessão de BDSM ou com<br />

um castigo. Você pode pensar nisso como se fosse uma cena de um filme de<br />

suspense, na qual você não sabe o que vai acontecer. Você vai sentir um tapa, e<br />

depois, no mesmo lugar, dois beijos ou duas lambidas; apanhar, e depois sentir<br />

um carinho reconfortante. E a soma de tudo isso, a soma dos sentimentos com<br />

esse contraste de dor e de prazer é o que faz do BDSM algo tão incrível. Sexo<br />

selvagem e doçura infinita, suavidade e dureza, o inferno e o céu… Imagine uma<br />

discussão e depois o quanto é incrível a reconciliação. É a mesma coisa: depois<br />

que você é flagelada e castigada, a melhor coisa é que cuidem de você e te<br />

mimem. – Inclinou-se sobre ela e lhe deu um beijo fugaz nos lábios. – Vou cuidar

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