Biblia Hebraica
41 Ergamos nosso coração e nossas mãos para Deus que está no alto. 42 Transgredimos e nos rebelamos, e não nos perdoaste. 43 Tu Te revestiste de furor e nos perseguiste; sem piedade exterminaste. 44 Tu Te envolveste em uma nuvem, de forma que nehuma prece possa atravessá-la. 45 Tornaste-nos escória e refugo perante os povos. 46 Todos nossos inimigos escancararam contra nós suas bocas. 47 Desolação e destruição nos trouxeram armadilhas e desespero. 48 Meus olhos derramaram torrentes de lágrimas pela queda da filha do meu povo. 49 Meus olhos jorram sem parar, sem descanso. 50 Enquanto o Eterno olha dos céus e observa, 51 meus olhos refletem dor, por causa de todas as filhas da minha cidade. 52 Fui caçado como um pássaro por meus inimigos gratuitos; 53 tentaram cortar minha vida, jogando-me numa cova, e a cobriram com pedras. 54 Água cobriu minha cabeça e pensei: 'Estou perdido!' 55 Do fundo da cova clamei por Teu Nome, ó Eterno! 56 Ouviste minha voz; não feches Teu ouvido a meus soluços e meu pranto. 57 Tu Te aproximaste de mim quando Te chamei e disseste: 'Não temas!' 58 Pleiteaste minha causa, ó Eterno; redimiste minha vida! 59 Viste o mal que me causaram, portanto julga minha causa. 60 Viste todos os seus atos de vingança, tudo que arquitetaram contra mim, 61 ouviste seus insultos e tudo que tramaram.
62 Ao longo de todos os dias, seus pensamentos e pronunciamentos são voltados contra mim. 63 Quando descansam ou levantam, sou tema de suas canções irônicas. 64 Retribui-lhes conforme a obra de suas mãos! 65 Enfraquece seus corações; que sobre eles recaia Tua maldição! 66 Persegue-os com furor e os destrói de sob os céus, ó Eterno! 4 1 Ó! Quão repleto de impurezas se tornou o ouro, e como se conspurcou o metal que era tão puro! Espalhadas pelos cantos das ruas estão as pedras consagradas. 2 Os filhos de Tsión, que eram tão preciosos a ponto de valer seu peso em ouro, são agora menos prezados como se fossem meros vasos de barro, produzidos pelas mãos de oleiros. 3 Até os chacais oferecem o peito para amamentar suas crias, mas a filha de meu povo se tornou insensível como o avestruz do deserto. 4 Apega-se de sede ao palato a língua dos que precisam ser amamentados; crianças buscam ansiosas alimento, mas ninguém as atende. 5 Costumavam alimentar-se de guloseimas; agora, porém, perecem desoladas pelas ruas. Foram criadas entre púrpuras; agora, porém, rolam na poeira. 6 Na verdade, a iniquidade da filha do meu povo é maior que o pecado de Sodoma, que foi destruída em um instante sem que mãos mortais a tocassem. 7 Seus príncipes eram mais puros que a neve, seus rostos mais alvos que o leite, seus corpos mais bronzeados que corais e seus perfis eram entalhados como safiras. 8 Agora, porém, seu semblante está mais escuro que o breu; nas ruas nem são mais reconhecidos; sua pele está colada aos ossos e, de tão seca, parece um tronco sem seiva. 9 Menos sofreram os vitimados pela espada que os que são abatidos pela fome, pois estes sangram perfurados, enquanto aqueles (perecem) pelas colheitas (devastadas) do campo. 10 Mãos de mulheres, cheias de compaixão, cozinharam seus próprios filhos, que se tornaram seu alimento quando ocorreu a destruição da filha do meu povo.
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42 Transgredimos e nos rebelamos, e não nos perdoaste.<br />
43 Tu Te revestiste de furor e nos perseguiste; sem piedade exterminaste.<br />
44 Tu Te envolveste em uma nuvem, de forma que nehuma prece possa atravessá-la.<br />
45 Tornaste-nos escória e refugo perante os povos.<br />
46 Todos nossos inimigos escancararam contra nós suas bocas.<br />
47 Desolação e destruição nos trouxeram armadilhas e desespero.<br />
48 Meus olhos derramaram torrentes de lágrimas pela queda da filha do meu povo.<br />
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50 Enquanto o Eterno olha dos céus e observa,<br />
51 meus olhos refletem dor, por causa de todas as filhas da minha cidade.<br />
52 Fui caçado como um pássaro por meus inimigos gratuitos;<br />
53 tentaram cortar minha vida, jogando-me numa cova, e a cobriram com pedras.<br />
54 Água cobriu minha cabeça e pensei: 'Estou perdido!'<br />
55 Do fundo da cova clamei por Teu Nome, ó Eterno!<br />
56 Ouviste minha voz; não feches Teu ouvido a meus soluços e meu pranto.<br />
57 Tu Te aproximaste de mim quando Te chamei e disseste: 'Não temas!'<br />
58 Pleiteaste minha causa, ó Eterno; redimiste minha vida!<br />
59 Viste o mal que me causaram, portanto julga minha causa.<br />
60 Viste todos os seus atos de vingança, tudo que arquitetaram contra mim,<br />
61 ouviste seus insultos e tudo que tramaram.