Biblia Hebraica

lucianomelofranco
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11.04.2017 Views

olhos".' – e David se levantou e, sorrateiramente, cortou a orla do manto de Saul. 5 Depois disso, porém, o coração de David o agitou por ter cortado a orla (do manto) de Saul, 6 e disse aos seus homens: 'Que o Eterno me guarde de fazer tal coisa ao meu senhor, o ungido do Eterno, estendendo a minha mão contra ele, pois ele é o ungido do Eterno!' 7 E com estas palavras David conteve os seus homens, e não lhes permitiu levantar-se contra Saul. E Saul levantou-se da caverna e prosseguiu pelo caminho. 8 Depois, David se levantou, saiu da caverna e gritou por detrás de Saul, dizendo: 'Meu senhor, o Rei!' – e Saul olhou para trás, e David inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou. 9 E David disse a Saul: 'Por que dás ouvidos às palavras dos homens que dizem que David quer o teu mal? 10 Eis que hoje os teus olhos viram que o Eterno te pôs hoje na minha mão na caverna, e disseram-me que te matasse, mas a minha mão te poupou, porque eu disse: 'Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois ele é o ungido do Eterno.' 11 Olha, meu pai (sogro), e vê bem a orla de teu manto na minha mão! Por ter cortado a orla de teu manto e não ter te matado, saiba e veja que não há na minha mão nem mal nem transgressão nenhuma, e que não pequei contra ti; tu, porém, andas à caça da minha vida, para tirá-la de mim. 12 Que o Eterno julgue entre mim e ti, e que o Eterno me vingue de ti, porém a minha mão não será contra ti. 13 Como diz um antigo provérbio: 'Dos iníquos procede a iniquidade' – porém a minha mão não será contra ti! 14 Atrás de quem saiu o rei de Israel? A quem persegues? A um cão morto, a uma pulga! 15 O Eterno será juiz e julgará entre mim e ti, e verá e advogará a minha causa, e me defenderá da tua mão.' 16 Quando David acabou de falar todas estas palavras a Saul, Saul disse: 'É a tua voz, meu filho David?' – e Saul levantou a sua voz e chorou. 17 E disse a David: 'Tu és mais justo do que eu, pois tu me recompensaste com o bem e eu te recompensei com o mal. 18 E tu me contaste hoje que agiste bem comigo, pois o Eterno me entregou na tua mão, mas tu não me mataste. 19 Acaso aquele que encontra seu inimigo deixá-lo-ia partir em paz no seu caminho? Que o Eterno te pague com o bem pelo que me fizeste hoje! 20 Agora, eis que bem sei que certamente hás de reinar, e que o reino de Israel será estabelecido na tua mão. 21 E agora, jura-me pelo Eterno que não exterminarás a minha descendência depois de mim e que não destruirás o meu nome da casa de meu pai!' 22 E David jurou a Saul, e Saul foi para a sua casa, e David e seus homens subiram à fortaleza. 25 1 E Samuel faleceu, e todo Israel se reuniu, e prantearam-no e o sepultaram na sua casa, em Ramá. E David se levantou e desceu ao deserto de Paran. 2 E havia um homem em Maon, que tinha as suas possessões no monte Carmel. E o homem era muito poderoso – tinha

três mil ovelhas e mil cabras – e estava tosquiando suas ovelhas no Carmel. 3 O nome do homem era Nabal [Naval], e o nome de sua mulher, Abigail [Avigáil]. E a mulher era sensata e formosa, porém o homem era duro e maligno nos seus atos, e era da casa de Calev. 4 E David ouviu no deserto que Nabal estava tosquiando as suas ovelhas, 5 e David enviou 10 moços, e David disse aos moços: 'Subi ao Carmel e chegai a Nabal e indagai da sua paz, em meu nome. 6 E direis: Que tu vivas, e que tu tenhas paz, que a tua casa tenha paz, e que tudo que tens tenha paz! 7 Agora, ouvi que tens tosquiadores. Ora, os pastores que tens estavam conosco, não os escarnecemos, nem nada lhes faltou, todos os dias que estiveram no Carmel. 8 Pergunta aos teus moços e o dirão a ti. Portanto, deixa que estes moços achem graça em teus olhos, porque viemos num dia festivo. Dá, pois, aos teus servos, e a David, teu filho, o que achares à mão.' 9 E chegaram os moços de David e falaram a Nabal todas aquelas palavras em nome de David, e esperaram. 10 E Nabal respondeu aos servos de David, e disse: 'Quem é David, e quem é o filho de Ishai? Há hoje muitos servos que fogem, cada um de seu amo. 11 Tomaria eu o meu pão, a minha água e a carne dos animais que abati para os meus tosquiadores, e os daria a homens que não sei de onde vêm?' 12 E os moços de David voltaram ao seu caminho, regressaram, vieram e lhe contaram conforme todas estas palavras. 13 E David disse aos seus homens: 'Que cada um prenda a sua espada' – e cada um prendeu a sua espada, e David também prendeu a sua espada, e uns 400 homens subiram atrás de David, e 200 ficaram com a bagagem. 14 E um dos moços avisou a Abigail, dizendo: 'Eis que David enviou mensageiros do deserto, para saudar o nosso amo, porém ele os desprezou. 15 E os homens nos têm sido muito bons, não nos escarneceram, nunca demos pela falta de nada, todos os dias que andamos com eles quando estávamos no campo. 16 Serviram-nos de muro, ao nosso redor, de dia como de noite, todos os dias que estávamos com eles apascentando as ovelhas. 17 E, agora, saiba e veja o que deves fazer, porque já foi determinado o mal que atingirá o nosso amo e toda a sua casa, e ele é um homem desprezível demais para se poder falar com ele.' 18 E Abigail se apressou, e tomou 200 pães, dois odres de vinho, cinco ovelhas preparadas, cinco medidas de trigo tostado, 100 cachos de passas e 200 pastas de figos, e os pôs sobre os jumentos. 19 E disse aos seus moços: 'Ide adiante de mim, eis que vos seguirei' – e ela não contou ao seu marido Nabal. 20 E ela montou num jumento e desceu pela encosta do monte, e eis que David e seus homens desciam ao seu encontro, e encontrou-se com eles. 21 E David dizia: 'Em vão tenho guardado tudo quanto este tem no deserto, e nada lhe faltou de tudo quanto tem, e ele me pagou mal por bem. 22 Assim faça Deus aos inimigos de David, e outro tanto, se até a luz da manhã eu deixar (que sobreviva) de tudo que ele tem um único ser que urina na parede.' 23 E Abigail viu a David, e apressou-se e desceu do jumento, e prostrou-se sobre o seu rosto diante de David e se inclinou à terra, 24 e lançou-se aos seus pés e disse: 'A culpa é minha, meu senhor! Deixa que a tua serva fale aos teus ouvidos e ouve as palavras da tua serva! 25 Meu senhor, não tomes conhecimento deste

olhos".' – e David se levantou e, sorrateiramente, cortou a orla do manto de Saul. 5 Depois disso,<br />

porém, o coração de David o agitou por ter cortado a orla (do manto) de Saul, 6 e disse aos seus<br />

homens: 'Que o Eterno me guarde de fazer tal coisa ao meu senhor, o ungido do Eterno,<br />

estendendo a minha mão contra ele, pois ele é o ungido do Eterno!' 7 E com estas palavras David<br />

conteve os seus homens, e não lhes permitiu levantar-se contra Saul. E Saul levantou-se da<br />

caverna e prosseguiu pelo caminho.<br />

8 Depois, David se levantou, saiu da caverna e gritou por detrás de Saul, dizendo: 'Meu senhor, o<br />

Rei!' – e Saul olhou para trás, e David inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou.<br />

9 E David disse a Saul: 'Por que dás ouvidos às palavras dos homens que dizem que David quer<br />

o teu mal? 10 Eis que hoje os teus olhos viram que o Eterno te pôs hoje na minha mão na<br />

caverna, e disseram-me que te matasse, mas a minha mão te poupou, porque eu disse: 'Não<br />

estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois ele é o ungido do Eterno.' 11 Olha, meu pai<br />

(sogro), e vê bem a orla de teu manto na minha mão! Por ter cortado a orla de teu manto e não ter<br />

te matado, saiba e veja que não há na minha mão nem mal nem transgressão nenhuma, e que<br />

não pequei contra ti; tu, porém, andas à caça da minha vida, para tirá-la de mim. 12 Que o Eterno<br />

julgue entre mim e ti, e que o Eterno me vingue de ti, porém a minha mão não será contra ti.<br />

13 Como diz um antigo provérbio: 'Dos iníquos procede a iniquidade' – porém a minha mão não<br />

será contra ti! 14 Atrás de quem saiu o rei de Israel? A quem persegues? A um cão morto, a<br />

uma pulga! 15 O Eterno será juiz e julgará entre mim e ti, e verá e advogará a minha causa, e me<br />

defenderá da tua mão.'<br />

16 Quando David acabou de falar todas estas palavras a Saul, Saul disse: 'É a tua voz, meu filho<br />

David?' – e Saul levantou a sua voz e chorou. 17 E disse a David: 'Tu és mais justo do que eu,<br />

pois tu me recompensaste com o bem e eu te recompensei com o mal. 18 E tu me contaste hoje<br />

que agiste bem comigo, pois o Eterno me entregou na tua mão, mas tu não me mataste.<br />

19 Acaso aquele que encontra seu inimigo deixá-lo-ia partir em paz no seu caminho? Que o<br />

Eterno te pague com o bem pelo que me fizeste hoje! 20 Agora, eis que bem sei que certamente<br />

hás de reinar, e que o reino de Israel será estabelecido na tua mão. 21 E agora, jura-me pelo<br />

Eterno que não exterminarás a minha descendência depois de mim e que não destruirás o meu<br />

nome da casa de meu pai!' 22 E David jurou a Saul, e Saul foi para a sua casa, e David e seus<br />

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25 1 E Samuel faleceu, e todo Israel se reuniu, e prantearam-no e o sepultaram na sua casa,<br />

em Ramá. E David se levantou e desceu ao deserto de Paran. 2 E havia um homem em<br />

Maon, que tinha as suas possessões no monte Carmel. E o homem era muito poderoso – tinha

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