11.04.2017 Views

Manual de Direito Processual do Trabalho

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

§ 1 o São requisitos <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong> da cumulação que:<br />

I – os pedi<strong>do</strong>s sejam compatíveis entre si;<br />

II – seja competente para conhecer <strong>de</strong>les o mesmo juízo;<br />

III – seja a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para to<strong>do</strong>s os pedi<strong>do</strong>s o tipo <strong>de</strong> procedimento.<br />

§ 2 o Quan<strong>do</strong>, para cada pedi<strong>do</strong>, correspon<strong>de</strong>r tipo diverso <strong>de</strong> procedimento, será admitida<br />

a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo <strong>do</strong> emprego das<br />

técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam<br />

um ou mais pedi<strong>do</strong>s cumula<strong>do</strong>s, que não forem incompatíveis com as disposições sobre<br />

o procedimento comum.<br />

§ 3 o O inciso I <strong>do</strong> § 1 o não se aplica às cumulações <strong>de</strong> pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> que trata o art. 326.”<br />

O referi<strong>do</strong> dispositivo encaixa-se perfeitamente ao Processo <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, que<br />

a<strong>do</strong>ta como regra geral a cumulação <strong>de</strong> pedi<strong>do</strong>s num único processo (cumulação<br />

objetiva), pois diversas parcelas trabalhistas <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> um mesmo contrato <strong>de</strong><br />

trabalho.<br />

d.2.) Pedi<strong>do</strong> alternativo<br />

Diz-se alternativo o pedi<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> o autor preten<strong>de</strong> um ou outro bem como<br />

objeto <strong>do</strong> processo.<br />

Ensina Nelson Nery Junior (28) :<br />

“Pedi<strong>do</strong> alternativo é aquele que versa sobre obrigação alternativa <strong>do</strong> réu<br />

(art. 252; CC/ 1916, 884). A qualificação <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> é dada pela natureza<br />

da obrigação exigida <strong>do</strong> réu. A regra é o autor pedir a con<strong>de</strong>nação <strong>do</strong><br />

réu no cumprimento da obrigação, <strong>de</strong> forma alternativa, como previsto<br />

na lei ou contrato. Mas, ainda que o autor não faça pedi<strong>do</strong> alternativo, o<br />

juiz, ao julgar proce<strong>de</strong>nte o pedi<strong>do</strong>, facultará ao réu o cumprimento da<br />

obrigação <strong>de</strong> forma alternativa. A alternativida<strong>de</strong> respeita ao réu, pois é<br />

ele quem <strong>de</strong>ve cumprir a obrigação <strong>de</strong> forma alternativa.”<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, dispõe o art. 325 <strong>do</strong> CPC, in verbis:<br />

“O pedi<strong>do</strong> será alternativo quan<strong>do</strong>, pela natureza da obrigação, o <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r pu<strong>de</strong>r cumprir<br />

a prestação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong>. Parágrafo único. Quan<strong>do</strong>, pela lei ou pelo contrato, a<br />

escolha couber ao <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r, o juiz lhe assegurará o direito <strong>de</strong> cumprir a prestação <strong>de</strong> um<br />

ou <strong>de</strong> outro mo<strong>do</strong>, ainda que o autor não tenha formula<strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> alternativo.”<br />

Como exemplos, temos os pedi<strong>do</strong>s alternativos <strong>de</strong> adicionais <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong><br />

ou periculosida<strong>de</strong>, nulida<strong>de</strong> da alteração contratual ilícita (art. 468 da CLT) ou<br />

rescisão indireta <strong>do</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho (art. 483 <strong>do</strong> CLT).<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, dispõe a seguinte ementa:<br />

“Responsabilida<strong>de</strong> solidária ou subsidiária — Pedi<strong>do</strong> alternativo — Ente público. Conten<strong>do</strong><br />

a inicial pedi<strong>do</strong> alternativo quanto à responsabilida<strong>de</strong> solidária ou subsidiária <strong>do</strong> ente<br />

(28) NERY JUNIOR, Nelson. Código <strong>de</strong> Processo Civil comenta<strong>do</strong>. 10. ed. São Paulo: RT, 2007. p. 557.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Processual</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 549

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!