11.04.2017 Views

Manual de Direito Processual do Trabalho

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

) Judiciais: são fixa<strong>do</strong>s pelo juiz quan<strong>do</strong> a lei for omissa, por exemplo, o<br />

prazo <strong>de</strong> 48 horas concedi<strong>do</strong> pelo juiz para a reclamada juntar aos autos carta<br />

<strong>de</strong> preposição; o prazo <strong>de</strong> cinco dias para o reclamante manifestar-se sobre a<br />

contestação e <strong>do</strong>cumentos, etc.;<br />

c) Convencionais: são os prazos fixa<strong>do</strong>s pelas próprias partes <strong>de</strong> comum acor<strong>do</strong>.<br />

Somente os prazos dilatórios po<strong>de</strong>m ser fixa<strong>do</strong>s pelas partes. Como exemplos:<br />

a suspensão <strong>do</strong> processo a requerimento das partes pelo prazo por elas fixa<strong>do</strong>,<br />

diante da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tentativa <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, dispõe o art. 218, § 1 o , <strong>do</strong> CPC:<br />

“Os atos processuais serão realiza<strong>do</strong>s nos prazos prescritos em lei. § 1 o Quan<strong>do</strong> a lei for<br />

omissa, o juiz <strong>de</strong>terminará os prazos em consi<strong>de</strong>ração à complexida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ato.”<br />

d) Peremptórios: também <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s fatais. São os prazos <strong>de</strong> natureza preclusiva,<br />

os quais não po<strong>de</strong>m ser altera<strong>do</strong>s por vonta<strong>de</strong> das partes. Tais prazos não se<br />

prorrogam;<br />

e) Dilatórios: são os prazos não preclusivos. Admitem prorrogação pela solicitação<br />

da parte ou por <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> juiz. Outrossim, po<strong>de</strong>m ser fixa<strong>do</strong>s<br />

pelas partes em comum acor<strong>do</strong>.<br />

6. Da contagem <strong>do</strong>s prazos processuais<br />

Os prazos processuais são conta<strong>do</strong>s, como regra geral, excluin<strong>do</strong>-se o dia <strong>do</strong><br />

começo e incluin<strong>do</strong>-se o dia <strong>do</strong> vencimento. Se o dia <strong>do</strong> vencimento for feria<strong>do</strong> ou<br />

dia não útil, o término prorrogar-se-á para o primeiro dia útil. Caso o dia <strong>do</strong> início<br />

seja feria<strong>do</strong> ou não útil, o prazo somente se iniciará no primeiro dia útil subsequente.<br />

Assim, por exemplo, se o prazo começar a fluir na sexta-feira, como sába<strong>do</strong> e <strong>do</strong>mingo<br />

não são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s dias úteis, a contagem somente se iniciará na segunda-feira<br />

subsequente.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, a seguinte ementa:<br />

“Agravo <strong>de</strong> instrumento — Prazo judicial — Notificação ou intimação em sába<strong>do</strong> — Enuncia<strong>do</strong><br />

n. 262/TST. Intimada ou notificada a parte no sába<strong>do</strong>, o início <strong>do</strong> prazo se dará no<br />

primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. Agravo <strong>de</strong> instrumento a que<br />

se nega provimento.” (TRT – 3 a R. – 1 a T. – AI n. 295/2001.022.03.40-9 – rel a M a Laura F.<br />

Lima <strong>de</strong> Faria – DJMG 19.12.03 – p. 8) (RDT n. 2 – Fevereiro <strong>de</strong> 2004)<br />

No mesmo lastro, a Súmula n. 01 <strong>do</strong> TST:<br />

“PRAZO JUDICIAL – Quan<strong>do</strong> a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação<br />

com efeito <strong>de</strong> intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será conta<strong>do</strong> da segunda-feira<br />

imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se<br />

seguir.” (RA n. 28/1969, DO-GB 21.8.1969)<br />

Nesse mesmo senti<strong>do</strong> também a Súmula n. 385 <strong>do</strong> C. TST:<br />

“FERIADO LOCAL. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE FORENSE. PRAZO RECURSAL.<br />

PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. Cabe à parte comprovar, quan<strong>do</strong><br />

da interposição <strong>do</strong> recurso, a existência <strong>de</strong> feria<strong>do</strong> local ou <strong>de</strong> dia útil em que não haja<br />

expediente forense, que justifique a prorrogação <strong>do</strong> prazo recursal.”<br />

474 Mauro Schiavi

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!