11.04.2017 Views

Manual de Direito Processual do Trabalho

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

se aplican<strong>do</strong> o procedimento da CLT. Não obstante, aplica-se a sistemática recursal<br />

<strong>do</strong> Processo <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

Dispõe o art. 6 o da Lei n. 12.016/09:<br />

“A petição inicial, que <strong>de</strong>verá preencher os requisitos estabeleci<strong>do</strong>s pela lei processual, será<br />

apresentada em 2 (duas) vias com os <strong>do</strong>cumentos que instruírem a primeira reproduzi<strong>do</strong>s<br />

na segunda e indicará, além da autorida<strong>de</strong> coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à<br />

qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.<br />

§ 1 o No caso em que o <strong>do</strong>cumento necessário à prova <strong>do</strong> alega<strong>do</strong> se ache em repartição ou<br />

estabelecimento público ou em po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> que se recuse a fornecê-lo por certidão<br />

ou <strong>de</strong> terceiro, o juiz or<strong>de</strong>nará, preliminarmente, por ofício, a exibição <strong>de</strong>sse <strong>do</strong>cumento<br />

em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da or<strong>de</strong>m, o prazo <strong>de</strong> 10<br />

(<strong>de</strong>z) dias. O escrivão extrairá cópias <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento para juntá-las à segunda via da petição.<br />

§ 2 o Se a autorida<strong>de</strong> que tiver procedi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa maneira for a própria coatora, a or<strong>de</strong>m far-<br />

-se-á no próprio instrumento da notificação.<br />

§ 3 o Consi<strong>de</strong>ra-se autorida<strong>de</strong> coatora aquela que tenha pratica<strong>do</strong> o ato impugna<strong>do</strong> ou da<br />

qual emane a or<strong>de</strong>m para a sua prática.<br />

§ 4 o (VETADO).<br />

§ 5 o Denega-se o manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei n. 5.869,<br />

<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1973 — Código <strong>de</strong> Processo Civil.<br />

§ 6 o O pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança po<strong>de</strong>rá ser renova<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> prazo <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>ncial,<br />

se a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>negatória não lhe houver aprecia<strong>do</strong> o mérito.”<br />

A petição inicial <strong>do</strong> Manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong>ve observar os requisitos <strong>do</strong>s<br />

arts. 319 e 320 <strong>do</strong> CPC, inclusive com a indicação <strong>do</strong> valor da causa, não se aplican<strong>do</strong><br />

o art. 840 da CLT.<br />

Há entendimentos no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que o manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança impetra<strong>do</strong> em face<br />

<strong>de</strong> ato judicial não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indicação <strong>do</strong> valor da causa, pois a autorida<strong>de</strong><br />

judiciária está isenta <strong>de</strong> custas. Além disso, não há conteú<strong>do</strong> econômico <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, <strong>de</strong>staca-se a seguinte ementa:<br />

“Manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança — Valor da causa. O manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança que visa apenas à<br />

fixação <strong>de</strong> competência para a apreciação <strong>de</strong> reclamatória trabalhista não tem conteú<strong>do</strong><br />

pecuniário, pelo que é totalmente <strong>de</strong>spicienda a atribuição <strong>de</strong> valor à causa, além <strong>do</strong> que<br />

o ato impugna<strong>do</strong> <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> manifestação judicial <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> vinculada à União, e esta<br />

é isenta <strong>de</strong> custas.” (TRT – 12 a R. – SBDI – Ac. n. 12797/2002 – rel. Go<strong>do</strong>y Ilha – DJSC<br />

13.11.2002 – p. 160) (RDT n. 12 – <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2002)<br />

Não obstante, pensamos que a inicial <strong>do</strong> manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong>ve constar<br />

o valor da causa, pois a toda causa <strong>de</strong>ve contar um valor ainda que ela não tenha<br />

conteú<strong>do</strong> econômico, nos termos <strong>do</strong> art. 291 <strong>do</strong> CPC, in verbis:<br />

“A toda causa será atribuí<strong>do</strong> um valor certo, ainda que não tenha conteú<strong>do</strong> econômico<br />

imediatamente aferível.”<br />

Outrossim, embora silente a Lei, aplica-se ao Manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> Segurança o regime<br />

das custas judiciais, previstas na CLT.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Processual</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 1497

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!