11.04.2017 Views

Manual de Direito Processual do Trabalho

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Hely Lopes Meirelles (150) :<br />

“Manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança é o meio constitucional posto à disposição <strong>de</strong><br />

toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacida<strong>de</strong> processual, ou universalida<strong>de</strong><br />

reconhecida por lei, para a proteção <strong>de</strong> direito individual ou<br />

coletivo, líqui<strong>do</strong> e certo, não ampara<strong>do</strong> por habeas corpus ou habeas data,<br />

lesa<strong>do</strong> ou ameaça<strong>do</strong> <strong>de</strong> lesão, por ato <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>, seja <strong>de</strong> que categoria<br />

for e sejam quais forem as funções que exerça.”<br />

Diz o art. 5 o , LXIX, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral:<br />

Conce<strong>de</strong>r-se manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança para proteger direito líqui<strong>do</strong> e certo, não ampara<strong>do</strong><br />

por habeas corpus ou habeas data, quan<strong>do</strong> o responsável pela ilegalida<strong>de</strong> ou abuso <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r for autorida<strong>de</strong> pública ou agente <strong>de</strong> pessoa jurídica no exercício <strong>de</strong> atribuições <strong>do</strong><br />

Po<strong>de</strong>r Público.<br />

No mesmo senti<strong>do</strong>, dispõe o art. 1 o da Lei n. 12.016/09:<br />

“Conce<strong>de</strong>r-se-á manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança para proteger direito líqui<strong>do</strong> e certo, não ampara<strong>do</strong><br />

por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, qualquer<br />

pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio <strong>de</strong> sofrê-la por parte <strong>de</strong><br />

autorida<strong>de</strong>, seja <strong>de</strong> que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. § 1 o<br />

Equiparam-se às autorida<strong>de</strong>s, para os efeitos <strong>de</strong>sta Lei, os representantes ou órgãos <strong>de</strong><br />

parti<strong>do</strong>s políticos e os administra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s autárquicas, bem como os dirigentes<br />

<strong>de</strong> pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício <strong>de</strong> atribuições <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público,<br />

somente no que disser respeito a essas atribuições. § 2 o Não cabe manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança<br />

contra os atos <strong>de</strong> gestão comercial pratica<strong>do</strong>s pelos administra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> empresas públicas,<br />

<strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> economia mista e <strong>de</strong> concessionárias <strong>de</strong> serviço público. § 3 o Quan<strong>do</strong> o<br />

direito ameaça<strong>do</strong> ou viola<strong>do</strong> couber a várias pessoas, qualquer <strong>de</strong>las po<strong>de</strong>rá requerer o<br />

manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança.”<br />

O novo texto da lei esclarece que a ilegalida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> partir <strong>de</strong> qualquer autorida<strong>de</strong><br />

pública, seja <strong>de</strong> que categoria for e sejam quais forem as funções. Há níti<strong>do</strong> propósito<br />

da Lei ao não restringir a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> writ em razão da natureza<br />

da autorida<strong>de</strong> pública ou <strong>de</strong> suas funções.<br />

A <strong>do</strong>utrina tem classifica<strong>do</strong> o manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança como sen<strong>do</strong> uma ação<br />

constitucional, <strong>de</strong> natureza mandamental, processada por rito especial <strong>de</strong>stinada<br />

a tutelar direito líqui<strong>do</strong> e certo contra ato <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> pratica<strong>do</strong> com ilegalida<strong>de</strong><br />

ou abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />

Nos termos <strong>do</strong> art. 2 o da Lei n. 1.016/09, consi<strong>de</strong>rar-se-á fe<strong>de</strong>ral a autorida<strong>de</strong><br />

coatora se as consequências <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m patrimonial <strong>do</strong> ato contra o qual se requer o<br />

manda<strong>do</strong> houverem <strong>de</strong> ser suportadas pela União ou entida<strong>de</strong> por ela controlada.<br />

Conforme o art. 3 o da Lei n. 1.016/09, o titular <strong>de</strong> direito líqui<strong>do</strong> e certo <strong>de</strong>corrente<br />

<strong>de</strong> direito, em condições idênticas, <strong>de</strong> terceiro po<strong>de</strong>rá impetrar manda<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

segurança a favor <strong>do</strong> direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo <strong>de</strong> 30<br />

(150) MEIRELLES, Hely Lopes. Manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança. 22. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. p. 21-22.<br />

1490 Mauro Schiavi

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!