11.04.2017 Views

Manual de Direito Processual do Trabalho

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

mensalmente em parcelas que se somam ao aluguel mensal. Disso <strong>de</strong>corre<br />

que, ao final <strong>do</strong> contrato, o cliente será o proprietário <strong>do</strong> bem. Tem-se,<br />

pois, que a parte adquire mês a mês aquele patrimônio, não haven<strong>do</strong><br />

por que não se aplicarem em tais casos as mesmas regras da alienação<br />

fiduciária.”<br />

Penhora<strong>do</strong> o bem grava<strong>do</strong> com leasing, o oficial <strong>de</strong> justiça <strong>de</strong>verá mencionar<br />

tal situação no auto <strong>de</strong> penhora, bem como <strong>de</strong>verá intimar a instituição financeira<br />

da penhora.<br />

25.11. Penhora <strong>de</strong> crédito<br />

Ensina Maria Helena Diniz (171) que crédito sob o enfoque <strong>do</strong> <strong>Direito</strong> Civil é “a)<br />

direito <strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r <strong>de</strong> exigir a prestação <strong>do</strong> <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r; b) prazo para pagamento.” Sob<br />

o aspecto <strong>do</strong> direito comercial, <strong>de</strong>staca a autora que é confiança na solvabilida<strong>de</strong>.<br />

Como salientam Bruno Garcia Re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> e Mário Vitor Suarez Lojo (172) , “a<br />

penhora <strong>de</strong> crédito torna-se mais útil ao processo nos casos em que o executa<strong>do</strong><br />

não dispõe, <strong>de</strong> imediato, <strong>de</strong> dinheiro ou <strong>de</strong> bens que possam ser converti<strong>do</strong>s<br />

rapidamente em pecúnia. O crédito que virá sofrer a penhora, representa a própria<br />

expressão pecuniária.”<br />

A penhora <strong>de</strong> crédito é disciplinada pelo Código <strong>de</strong> Processo Civil, cujo art. 855<br />

assim dispõe:<br />

“Quan<strong>do</strong> recair em crédito <strong>do</strong> executa<strong>do</strong>, enquanto não ocorrer a hipótese prevista no art. 856,<br />

consi<strong>de</strong>rar-se-á feita a penhora pela intimação:<br />

I – ao terceiro <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r para que não pague ao executa<strong>do</strong>, seu cre<strong>do</strong>r;<br />

II – ao executa<strong>do</strong>, cre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> terceiro, para que não pratique ato <strong>de</strong> disposição <strong>do</strong> crédito.”<br />

Nos termos <strong>do</strong> art. 856 <strong>do</strong> CPC: “A penhora <strong>de</strong> crédito representa<strong>do</strong> por letra <strong>de</strong><br />

câmbio, nota promissória, duplicata, cheque ou outros títulos far-se-á pela apreensão<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, esteja ou não este em po<strong>de</strong>r <strong>do</strong> executa<strong>do</strong>. § 1 o Se o título não for<br />

apreendi<strong>do</strong>, mas o terceiro confessar a dívida, será este ti<strong>do</strong> como <strong>de</strong>positário da<br />

importância. § 2 o O terceiro só se exonerará da obrigação <strong>de</strong>positan<strong>do</strong> em juízo a<br />

importância da dívida. § 3 o Se o terceiro negar o débito em conluio com o executa<strong>do</strong>,<br />

a quitação que este lhe <strong>de</strong>r caracterizará frau<strong>de</strong> à execução. § 4 o A requerimento<br />

<strong>do</strong> exequente, o juiz <strong>de</strong>terminará o comparecimento, em audiência especialmente<br />

<strong>de</strong>signada, <strong>do</strong> executa<strong>do</strong> e <strong>do</strong> terceiro, a fim <strong>de</strong> lhes tomar os <strong>de</strong>poimentos.”<br />

Conforme o art. 857 <strong>do</strong> CPC: “Feita a penhora em direito e ação <strong>do</strong> executa<strong>do</strong>,<br />

e não ten<strong>do</strong> ele ofereci<strong>do</strong> embargos ou sen<strong>do</strong> estes rejeita<strong>do</strong>s, o exequente ficará<br />

sub-roga<strong>do</strong> nos direitos <strong>do</strong> executa<strong>do</strong> até a concorrência <strong>de</strong> seu crédito. § 1 o O<br />

exequente po<strong>de</strong> preferir, em vez da sub-rogação, a alienação judicial <strong>do</strong> direito<br />

(171) DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico. São Paulo: Saraiva, 1998. v. 1, p. 328.<br />

(172) Op. cit., p. 190.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Processual</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 1253

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!