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Manual de Direito Processual do Trabalho

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meramente formais e jurídicos que, nesse caso, não se prestam para ponto <strong>de</strong> apoio à fuga<br />

das responsabilida<strong>de</strong>s.” (TRT – 3 a R. – 3 a T. – Ap. n. 1547.2003.105.03.00-7 – rel. Paulo<br />

Araújo – DJMG 15.6.04 – p. 15)<br />

“Grupo econômico familiar — Redirecionamento da execução — Responsabilização <strong>de</strong><br />

sócia. Comprovada a existência <strong>de</strong> grupo econômico familiar, sem que as empresas con<strong>de</strong>nadas<br />

no título executivo tenham efetua<strong>do</strong> o pagamento ou garanti<strong>do</strong> a execução, afigura-se<br />

regular o seu redirecionamento em <strong>de</strong>sfavor <strong>de</strong> pessoa física que, apesar <strong>de</strong> não constar <strong>do</strong><br />

quadro societário <strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>mandadas, figura ou figurou como sócia <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>las.<br />

Agravo <strong>de</strong> petição da executada a que se nega provimento.” (TRT – 9 a R. – Seção Especializada<br />

– rel. Des. Rubens Edgard Tiemann – 2.2.10 – Processo n. 8957/2004.015.09.00-6)<br />

(RDT n. 2 – fevereiro <strong>de</strong> 2010)<br />

No mesmo senti<strong>do</strong>, é o Enuncia<strong>do</strong> n. 3 da 1 a Jornada Nacional <strong>de</strong> Execução<br />

Trabalhista, realizada em novembro <strong>de</strong> 2011, in verbis:<br />

“EXECUÇÃO. GRUPO ECONÔMICO. Os integrantes <strong>do</strong> grupo econômico assumem a<br />

execução na fase em que se encontra.”<br />

Como a responsabilida<strong>de</strong> das empresas <strong>do</strong> grupo é solidária, o cre<strong>do</strong>r trabalhista<br />

po<strong>de</strong>, na execução, optar que esta prossiga em face <strong>de</strong> qualquer das empresas <strong>do</strong><br />

grupo. Nesse aspecto, <strong>de</strong>stacamos as seguintes ementas:<br />

“Execução — Responsabilida<strong>de</strong> solidária. Em se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> solidária, é<br />

da<strong>do</strong> ao cre<strong>do</strong>r exigir e receber o total da dívida <strong>de</strong> qualquer um <strong>do</strong>s <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res solidários<br />

— art. 904 <strong>do</strong> CCB.” (TRT – 15 a R. – SE – Ac. n. 20061/2000 – rel. Luiz Antônio Lazarim<br />

– DJSP 12.0.2000 – p. 15)<br />

“Responsabilida<strong>de</strong> solidária — Execução. Em se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> solidária, o<br />

cre<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> cobrar a dívida toda <strong>de</strong> qualquer um <strong>do</strong>s <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da<br />

capacida<strong>de</strong> patrimonial <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les. A escolha <strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r é livre e ao <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r solidário<br />

que pagar sozinho o débito po<strong>de</strong>rá cobrar <strong>do</strong> outro eventual prejuízo, porém perante o<br />

foro competente.” (TRT – 3 a R. – 2 a T. – Ap. n. 587/2002 – rel. Hegel <strong>de</strong> B. Boson – DJMG<br />

5.4.2002 – p. 15)<br />

14. Da frau<strong>de</strong> à execução no Processo <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

Assevera o art. 792 <strong>do</strong> CPC:<br />

“A alienação ou a oneração <strong>de</strong> bem é consi<strong>de</strong>rada frau<strong>de</strong> à execução:<br />

I – quan<strong>do</strong> sobre o bem pen<strong>de</strong>r ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a pendência <strong>do</strong> processo tenha si<strong>do</strong> averbada no respectivo registro<br />

público, se houver;<br />

II – quan<strong>do</strong> tiver si<strong>do</strong> averbada, no registro <strong>do</strong> bem, a pendência <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> execução,<br />

na forma <strong>do</strong> art. 828;<br />

III – quan<strong>do</strong> tiver si<strong>do</strong> averba<strong>do</strong>, no registro <strong>do</strong> bem, hipoteca judiciária ou outro ato <strong>de</strong><br />

constrição judicial originário <strong>do</strong> processo on<strong>de</strong> foi arguida a frau<strong>de</strong>;<br />

IV – quan<strong>do</strong>, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r ação<br />

capaz <strong>de</strong> reduzi-lo à insolvência;<br />

V – nos <strong>de</strong>mais casos expressos em lei.<br />

1128 Mauro Schiavi

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