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Manual de Direito Processual do Trabalho

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da CLT), já que se trata <strong>de</strong> medida recursal que tem por objetivo uniformizar a<br />

jurisprudência <strong>do</strong> TST. Nesse senti<strong>do</strong>, a seguinte ementa:<br />

“Embargos — Conhecimento — Inviabilida<strong>de</strong>. É inviável o conhecimento <strong>de</strong> recurso<br />

<strong>de</strong> embargos quan<strong>do</strong> a parte embargante não consegue <strong>de</strong>monstrar o preenchimento <strong>de</strong><br />

qualquer um <strong>do</strong>s requisitos <strong>do</strong> art. 894 da CLT. Embargos não conheci<strong>do</strong>s.” (TST – SBDI-<br />

1 – E-RR n. 6299/2002.900.02.00-9 – rel. José Luciano <strong>de</strong> C. Pereira – DJ 12.11.04 – p.<br />

703) (RDT n. 01 – Janeiro <strong>de</strong> 2005)<br />

O recorrente <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>monstrar, no corpo <strong>do</strong>s embargos, a divergência havida<br />

entre as turmas <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, bem como pedir reforma<br />

da <strong>de</strong>cisão.<br />

O prazo para oposição <strong>do</strong>s embargos é <strong>de</strong> oito dias, sen<strong>do</strong> este mesmo prazo<br />

para contrarrazões.<br />

Os embargos são recebi<strong>do</strong>s somente no efeito <strong>de</strong>volutivo.<br />

Aos embargos para o TST, aplica-se o regime <strong>do</strong> <strong>de</strong>pósito recursal e das custas<br />

processuais.<br />

Nos termos <strong>do</strong> § 3 o <strong>do</strong> art. 894 da CLT:<br />

“O Ministro Relator <strong>de</strong>negará seguimento aos embargos:<br />

a) se a <strong>de</strong>cisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência <strong>do</strong> Tribunal<br />

Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ou <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, ou com iterativa, notória e atual<br />

jurisprudência <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, cumprin<strong>do</strong>-lhe indicá-la;<br />

b) nas hipóteses <strong>de</strong> intempestivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>serção, irregularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representação ou <strong>de</strong><br />

ausência <strong>de</strong> qualquer outro pressuposto extrínseco <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong>.”<br />

Nos termos <strong>do</strong> § 4 o <strong>do</strong> art. 894 da CLT, da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>negatória <strong>do</strong>s embargos<br />

caberá agravo, no prazo <strong>de</strong> oito dias.<br />

2.9. Do recurso extraordinário no âmbito trabalhista<br />

O recurso extraordinário constitui medida recursal constitucional <strong>de</strong>stinada a<br />

dar efetivida<strong>de</strong> ao texto constitucional e assegurar a vigência <strong>do</strong> texto constitucional<br />

quan<strong>do</strong> este for contraria<strong>do</strong> por <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong>s Tribunais que estão abaixo <strong>do</strong> STF.<br />

Conforme Tostes Malta (180) , o recurso extraordinário tem origem no Judiciary<br />

Act americano <strong>de</strong> 1798, que, entre outras atribuições, <strong>de</strong>u competência à Suprema<br />

Corte para <strong>de</strong>cidir a propósito da valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lei em confronto com a Constituição.<br />

Assevera o art. 102 da CF:<br />

“Compete ao Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, precipuamente, a guarda da Constituição, caben<strong>do</strong>-<br />

-lhe: [...] III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas <strong>de</strong>cididas em única ou<br />

última instância, quan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cisão recorrida: a) contrariar dispositivo <strong>de</strong>sta Constituição;<br />

b) <strong>de</strong>clarar a inconstitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trata<strong>do</strong> ou lei fe<strong>de</strong>ral; c) julgar válida lei ou ato <strong>de</strong><br />

governo local contesta<strong>do</strong> em face <strong>de</strong>sta Constituição.”<br />

(180) TOSTES MALTA, Christovão Piragibe. Prática <strong>do</strong> processo trabalhista. 30. ed. São Paulo: LTr, 2007. p. 469.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Processual</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> 1039

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