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Revista Penha | abril 2017

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.


O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

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<strong>Revista</strong> Mensal<br />

Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

jf-penhafranca.pt<br />

f Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />

nr. 14<br />

abr ‘ 17<br />

3


ficha técnica<br />

Propriedade<br />

Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

Directora<br />

Sofia Oliveira Dias<br />

Coordenadora<br />

Teresa Oliveira<br />

Design e Grafismo<br />

WL Partners<br />

Fotografia<br />

André Roma<br />

Colaboração<br />

Cometa Mágico<br />

Impressão<br />

Sogapal<br />

Tiragem<br />

23.500 exemplares<br />

Distribuição Gratuita<br />

Depósito Legal 408969/16


editorial<br />

Gerir o espaço público<br />

com todos e para todos<br />

gera melhores respostas.<br />

Gerir o espaço público é criar<br />

condições para que o território<br />

corresponda às nossas necessidades<br />

e expetativas individuais e como<br />

membros da mesma comunidade. É<br />

um esforço em que o contributo de<br />

cada um deve somar ao trabalho das<br />

instituições. É certo que, por vezes,<br />

não detemos todos os instrumentos<br />

para poder intervir em defesa do<br />

interesse comum, mas procuramos<br />

dar o nosso melhor num território em<br />

que, para além das responsabilidades<br />

próprias da Autarquia, existem outras<br />

instituições a intervir.<br />

Também por isso, é importante<br />

continuar a melhorar as respostas<br />

para que, além dos mecanismos<br />

tradicionais de contacto e de interação<br />

entre a Junta de Freguesia e os moradores,<br />

surjam novas ferramentas em que<br />

cada um pode dar um contributo<br />

positivo e construtivo na gestão do<br />

nosso espaço público.<br />

É esse o sentido da aplicação<br />

I<strong>Penha</strong> que pode ser descarregada<br />

e colocada no seu telemóvel ou<br />

computador. I<strong>Penha</strong> é um sistema<br />

de georreferenciação de ocorrências<br />

no território da <strong>Penha</strong> de França, que<br />

permite a comunicação à Junta de<br />

questões relacionadas com o espaço<br />

público e os equipamentos da nossa<br />

Freguesia relacionadas com os<br />

passeios, o lixo, os jardins e espaços<br />

verdes, os bancos, os caixotes do lixo e<br />

os bebedouros, entre outros.<br />

Naturalmente, quem não quiser ou<br />

não puder utilizar o I<strong>Penha</strong> para nos<br />

comunicar alguma situação que deva<br />

merecer a nossa atenção e ação, pode<br />

continuar a fazê-lo através da linha<br />

telefónica I<strong>Penha</strong> (800 201 171) ou<br />

nos serviços da Junta de Freguesia.<br />

Gerir o espaço público com o sentido de<br />

partilha, para todos, é criar condições<br />

para que o território possa ser utilizado<br />

por todos, em segurança e com<br />

qualidade, de acordo com as regras.<br />

Fazê-lo com os contributos individuais,<br />

é decisivo para um bom resultado final.<br />

Neste nosso tempo, de ritmos<br />

acelerados e alguma superficialidade,<br />

é importante manter a proximidade<br />

à realidade e procurar responder<br />

às necessidades, às expetativas e<br />

aos desafios dos cidadãos e das<br />

comunidades. É o que procuramos<br />

fazer na <strong>Penha</strong> de França, com o<br />

I<strong>Penha</strong> e com as outras respostas.<br />

Juntos, fazemos a <strong>Penha</strong> melhor.<br />

Sofia Oliveira Dias<br />

Presidente da Junta de Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França<br />

sofia.dias@jf-penhafranca.pt<br />

1


VOU PARTICIPAR ESTA<br />

OCORRÊNCIA À JUNTA<br />

DE FREGUESIA<br />

USE O IPENHA NO SEU TELEMÓVEL! DESCARREGUE A<br />

APP PARA IOS OU ANDROID, REGISTE-SE, TIRE UMA<br />

FOTOGRAFIA, DESCREVA E PARTICIPE A OCORRÊNCIA...<br />

...OU NO SEU COMPUTADOR<br />

800 209 171<br />

...OU AINDA, LIGUE<br />

PARA A LINHA IPENHA!<br />

Juntos por uma<br />

<strong>Penha</strong> mais limpa!


O I<strong>Penha</strong> usado por<br />

uma criança de 10 anos<br />

A Ana Bárbara tem 10 anos e, por um dia,<br />

já foi Presidente da Junta de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França.<br />

Uma das suas prerrogativas foi experimentar em<br />

primeira mão a aplicação I<strong>Penha</strong>. Passados meses,<br />

ainda se lembra perfeitamente como se usa.<br />

“É fácil!” afirma logo. Não é que se lembra mesmo?<br />

E passa, acertadamente, a descrever como se faz:<br />

“Clica-se no ‘mais’, depois escreve-se o problema<br />

da rua e depois clica-se no ‘enviar’”. Tem toda a<br />

razão e, na verdade, não podia ser mais simples<br />


pop escolas<br />

E o POP Escolas <strong>2017</strong> já<br />

tem vencedores!<br />

Foi na tarde de 29 de março, às<br />

14h30, que os delegados e subdelegados<br />

de 21 turmas das seis escolas<br />

públicas da <strong>Penha</strong> de França começaram<br />

a debater as 33 propostas<br />

finalistas do POP Escolas <strong>2017</strong>.<br />

Todos, dos mais velhos aos mais pequeninos,<br />

apresentaram as suas propostas de<br />

uma forma muito serena, revelando uma<br />

grande preocupação pela qualidade das<br />

suas escolas e respeito por tudo o que<br />

ouviam, mesmo quando se percebia que<br />

havia discordâncias. O mesmo espírito se<br />

manteve quando chegou à altura do voto,<br />

dando um belo exemplo de como uma assembleia<br />

deve funcionar. Uma grande lição<br />

de democracia, portanto!<br />

Sofia Oliveira Dias, a Presidente da Junta de<br />

Freguesia da <strong>Penha</strong> de França, mostrou-se<br />

muito satisfeita por estar perante um grupo<br />

4


com “grande futuro ao nível de participação<br />

cívica” e desafiou estas crianças e jovens a<br />

não perderem a sua capacidade de intervenção.<br />

Como seria de esperar, a serenidade<br />

transformou-se em entusiasmo quando se<br />

ouviram os resultados das votações, principalmente<br />

do lado dos vencedores.<br />

E as propostas que ganharam foram:<br />

1.º ciclo: Colocação de abrigos para animais<br />

abandonados nas imediações da EB1<br />

Arqº. Vitor Palla<br />

2.º ciclo: Adquirir, instalar routers e melhorar<br />

o sinal de wi-fi na Escola Patrício Prazeres<br />

3.º ciclo: Melhorar a esplanada do bar da EB<br />

Nuno Gonçalves<br />

Ensino Secundário: Colocação de conjunto<br />

de bancos/mesa no exterior da Escola<br />

António Arroio<br />

O POP Escolas <strong>2017</strong> arrancou em novembro<br />

e envolveu mais de 500 crianças, de 25 turmas<br />

do 4.º ao 10.º ano. A execução de cada<br />

proposta não pode ser superior a mil euros<br />

e será realizada até ao início do próximo ano<br />

letivo.<br />

Agora é a altura de votar no POP <strong>Penha</strong>, o<br />

orçamento participativo da Junta de Freguesia,<br />

destinado aos maiores de 16 anos.<br />

Saiba mais em pop-penha.pt<br />

5


<strong>Penha</strong><br />

INFÂNCIA<br />

Entre os<br />

6/12 anos<br />

inclusive<br />

JOVEM<br />

Entre os<br />

13/17 anos<br />

inclusive<br />

As inscrições para a infância<br />

são GRÁTIS.<br />

Para jovens tem o valor de 15€.<br />

Inscrições: de 10 a 18 de <strong>abril</strong><br />

no Polo Morais Soares.<br />

Horário das inscrições: 9h às 18h<br />

Para mais informações:<br />

Secretaria Polo Morais Soares<br />

218 163 290<br />

jf-penhafranca.pt<br />

do rio à colina<br />

6


Chegou a Primavera<br />

e com ela novas árvores<br />

O Dia Mundial da Árvore e das Florestas<br />

festeja-se a 21 de março, acompanhando a<br />

chegada da primavera. Tal como em anos<br />

anteriores, a <strong>Penha</strong> de França cumpriu a<br />

tradição e um grupo de crianças do 1.º<br />

ciclo plantou três tílias no Jardim Bulhão<br />

Pato. Este ano a tarefa coube a alunos da<br />

escola Actor Vale.<br />

Tal como as crianças, as árvores “são uma<br />

parte fundamental do futuro de todos”<br />

disse na altura a Presidente da Junta<br />

de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França, Sofia<br />

Oliveira Dias, que ajudou na plantação.<br />

Uma memória que estes meninos não<br />

esquecerão, podendo sempre recordar: 'Eu<br />

ajudei a plantar aquelas tílias!'.<br />

falta de árvores, a população decidiu<br />

dedicar um dia à sua plantação, dia<br />

esse que não era fixo. Em Portugal,<br />

a tradição começou em 1907 com a<br />

‘Festa da Árvore’, tendo acontecido<br />

intermitentemente até à criação do<br />

‘Dia da Árvore’, em 1970, que no ano<br />

seguinte passou a ‘Dia Mundial da<br />

Floresta’.<br />

Em 2012, a Assembleia Geral das<br />

Nações Unidas aprovou uma resolução<br />

que declara o dia 21 de março como Dia<br />

Internacional das Florestas.<br />

Segundo o Instituto de Conservação<br />

da Natureza e das Florestas, o hábito<br />

de plantar árvores a 21 de março tem<br />

origem no Nebrasca (Estados Unidos da<br />

América) no final do séc. XIX. Perante a<br />

7


dia da mulher<br />

Um grande<br />

Dia da Mulher<br />

A tradição voltou a cumprir-se com<br />

uma grande celebração do Dia da<br />

Mulher na <strong>Penha</strong> de França.<br />

A manhã começou pela distribuição de<br />

flores pelas utentes de lares e centros de dia<br />

da Freguesia: a residência geriátrica Lar Dr.<br />

Virgílio Lopes, o Centro Social e Paroquial<br />

Nossa Senhora da <strong>Penha</strong> de França, o<br />

Centro Paroquial São João Evangelista e as<br />

residências do Convento de Santos-o-Novo.<br />

A Presidente da Junta de Freguesia<br />

distribuiu ainda um sem número de rosas<br />

numa das ruas mais movimentadas da<br />

<strong>Penha</strong>, a Rua Morais Soares, a igual número<br />

de mulheres agradadas com este mimo.<br />

Da parte da tarde, houve uma grande festa,<br />

com o salão do Polo Morais Soares a<br />

abarrotar de mulheres felizes. Um baile com<br />

um grupo que tocou músicas de hoje e de<br />

ontem e levou à pista uma animada plateia,<br />

uma maquilhadora, e depois um lanche para<br />

retemperar forças. Casa cheia, muita muita<br />

animação e ainda uma surpresa (ver pg 22).<br />

Vivam todas as Mulheres!<br />

8


9


APOIO AO<br />

PREENCHIMENTO<br />

DO IRS<br />

Atendimento gratuito<br />

durante <strong>abril</strong> e maio.<br />

Terças e Quintas<br />

14h00 às 17h00<br />

• Polo Morais Soares<br />

• Espaço Multiusos<br />

• Sede<br />

Polo Morais Soares<br />

Rua Morais Soares, nº 32<br />

Espaço Multiusos<br />

Avenida Coronel Eduardo Galhardo<br />

(sob o viaduto da Avenida General Roçadas)<br />

Sede<br />

Travessa do Calado, nº 2<br />

10<br />

Para mais informações:<br />

Tel 218 160 720<br />

geral@jf-penhafranca.pt


espaço público<br />

Lavagens de rua no mês<br />

de <strong>abril</strong> de <strong>2017</strong><br />

01 <strong>abril</strong><br />

Sábado<br />

Rua Morais Soares (da Praça Paiva<br />

Couceiro à Praça do Chile, dos dois<br />

lados)<br />

Praça Paiva Couceiro (lado das<br />

Lojas)<br />

03 e 04 <strong>abril</strong><br />

2.ª e 3.ª feira<br />

Travessa do Calado<br />

Calçada do Poço dos Mouros<br />

05 e 06 <strong>abril</strong><br />

4.ª e 5.ª feira<br />

Rua Marques da Silva<br />

Rua Neves Ferreira - Rua Jacinto<br />

Nunes<br />

07 <strong>abril</strong><br />

6.ª feira<br />

Operação de Limpeza no Mercado de<br />

Sapadores<br />

10 e 11 <strong>abril</strong><br />

2.ª e 3.ª feira<br />

Escola Básica Actor Vale<br />

12 e 13 <strong>abril</strong><br />

4.ª e 5.ª feira<br />

Escola Básica Oliveira Marques<br />

17 e 18 <strong>abril</strong><br />

2.ª e 3.ª feira<br />

Rua Marques da Silva<br />

Largo Alferes Francisco Duarte<br />

Rua Sebastião Saraiva Lima<br />

19 e 20 <strong>abril</strong><br />

4.ª e 5.ª feira<br />

Rua <strong>Penha</strong> de França<br />

Praça Aniceto do Rosário<br />

21 <strong>abril</strong><br />

6.ª feira<br />

Rua Cesário Verde<br />

Rua Padre Sena de Freitas<br />

22 <strong>abril</strong><br />

Sábado<br />

Rua Morais Soares (da Praça Paiva<br />

Couceiro à Praça do Chile, dos dois<br />

lados)<br />

Praça Paiva Couceiro (lado das<br />

Lojas)<br />

26 e 27 <strong>abril</strong><br />

4.ª e 5.ª feira<br />

Rua Carlos Ribeiro<br />

Rua Martins Sarmento<br />

Rua Mestre António Martins<br />

Rua Conde de Monsaraz<br />

28 e 29 <strong>abril</strong><br />

6.ª feira e Sábado<br />

Rua da <strong>Penha</strong> de França (da Rua<br />

Mestre António Martins à Rua António<br />

Maria Batista)<br />

Praça António Sardinha<br />

Rua Augusto José Vieira<br />

Rua Enfermeiras da Grande Guerra<br />

Rua do Triângulo Vermelho<br />

* Sujeito a ajustamentos.<br />

As ruas com menor movimento de peões são lavadas mês sim, mês não.<br />

Av. General Roçadas não incluída devido às obras em curso.<br />

11


vida económica<br />

Sónia Santos<br />

Arroz Doce<br />

Nasceu o Arroz Doce<br />

Rua Morais Soares, 74-A<br />

Tel: 939 463 960<br />

Chamava-se Low Cost.Come e<br />

passou a chamar-se Arroz Doce.<br />

A reinauguração do espaço, no<br />

n.º 74 da Rua Morais Soares,<br />

aconteceu no dia 23 de março.<br />

Estivemos lá para trocar<br />

dois dedos de conversa com a<br />

proprietária, Sónia Santos.<br />

E o que encontrámos foi um espaço bem<br />

mais acolhedor, convidativo e próximo<br />

do cliente. A reabertura trouxe um novo<br />

conceito e uma nova imagem: “Mantémse<br />

a lógica do self-service, muda-se<br />

inteiramente o ambiente da loja”, resume<br />

a mulher que voltou a tomar nas mãos<br />

as rédeas do seu destino.<br />

Há três anos, Sónia Santos abandonou<br />

o trabalho de escritório para gerir o<br />

espaço franchisado; agora lança-se por<br />

sua conta e risco, assumindo que alguns<br />

compromissos da marca acabaram por<br />

não se cumprir na íntegra.<br />

A história do nome, deixamos que<br />

seja Sónia a contar: “A dada altura<br />

começámos a vender muito arroz doce,<br />

uma receita especial da minha mãe.<br />

Quando pensámos num nome para a<br />

renovação da pastelaria, surgiu-me<br />

esta ideia para fugir aos nomes mais<br />

badalados. Hoje em dia é tudo “canela”,<br />

“portuguesa”, etc. Nós somos ‘Arroz<br />

Doce’! É tipicamente português, apela<br />

à tradição, ao coração, aos sabores de<br />

sempre”.<br />

E é mesmo a mãe, Maria Vitória, quem<br />

faz todo o arroz doce que a loja vende:<br />

“Ninguém faz arroz doce como ela!”,<br />

garante Sónia Santos. Os números são<br />

impressionantes: 60 taças por dia!<br />

O pastel de nata também integrou este<br />

sabor: a vitrine exibe apetitosos pastéis<br />

de nata com sabor a arroz doce, a<br />

chocolate, a morango e (brevemente) a<br />

café!<br />

Ali ao lado está uma miríade de bolos,<br />

confecionados com mestria por um<br />

pasteleiro com 30 anos de experiência:<br />

queques, bolos de arroz, merendas e<br />

outros bolos salgados, caracóis, tranças,<br />

croissants simples, com ovo, com<br />

chocolate, bolas de Berlim, jesuítas…<br />

“Conseguimos manter alguns preços,<br />

outros subiram apenas ligeiramente,<br />

na ordem dos 5/10 cêntimos. Temos<br />

um movimento incrível na Rua Morais<br />

Soares, todas as horas são boas, com<br />

população jovem, adulta, idosa, de<br />

todos os tipos. Uns vêm tomar café,<br />

outros comer um bolinho, outros vêm<br />

almoçar…”. Enfim, um corrupio.<br />

As refeições, com um custo a partir de<br />

3,99€, fazem-se de um prato de peixe e<br />

dois de carne, por dia. E pode dar-lhe a<br />

fome a qualquer dia da semana, porque<br />

a Arroz Doce está aberta de segundafeira<br />

a domingo, das 7h da manhã às 20<br />

horas.<br />

12


Jéssica e Elisabete Silva<br />

Forno da Quinta do Lavrado<br />

O local de convívio<br />

do bairro<br />

Rua José Inácio de Andrade, 12 A, Quinta do Lavrado<br />

Tel: 210 120 076<br />

Jéssica Silva e Elisabete Silva<br />

são, respetivamente, a gerente<br />

e a sócia daquele que agora é<br />

o único espaço de restauração<br />

aberto no bairro: o Forno da<br />

Quinta do Lavrado tem refeições<br />

económicas e saborosas e<br />

assume-se como o ponto de<br />

encontro oficial das redondezas.<br />

Sobrinha e tia são as mulheres ao<br />

leme de uma aventura que começou<br />

oficialmente há 12 anos, desde janeiro<br />

de 2005, mas que para elas é bem mais<br />

recente. Jéssica, com 23, e Elisabete,<br />

com 45, explicam-nos que tomaram<br />

conta do negócio há dois anos quando<br />

o avô (de Jéssica) se viu limitado nas<br />

suas capacidades para continuar a gerir<br />

o espaço.<br />

“Acabamos por funcionar como o<br />

local de convívio por excelência no<br />

Bairro da Quinta do Lavrado”, aponta<br />

Jéssica. Basta-nos olhar em redor<br />

para testemunhar isso mesmo. A sala<br />

está cheia e as conversas cruzadas<br />

conferem-lhe uma atmosfera muito<br />

própria.<br />

“O meu avô tinha uma mercearia na<br />

antiga Curraleira e esta loja foi-lhe<br />

atribuída na altura do realojamento”,<br />

explica ainda a jovem gerente. “Fomos<br />

emigrantes em Inglaterra durante<br />

cerca de sete anos e voltámos há dois<br />

anos para tomar conta do negócio”,<br />

acrescenta Elisabete.<br />

Todos os dias há pratos diferentes,<br />

com a carne e o peixe alternados em<br />

cada dia; depois há o habitual que se<br />

pode pedir sempre, como as bifanas, os<br />

pregos, os bitoques, os hambúrgueres<br />

no pão.<br />

O prato do dia custa 3,99€ e também<br />

funciona em regime de take-away. As<br />

associações e IPSS’s que trabalham<br />

no bairro são clientes assíduos desta<br />

comida para levar: “Não há razões<br />

de queixa da cozinheira, e se houver<br />

temos de ter uma conversinha, porque<br />

somos todas da mesma família!”, brinca<br />

Jéssica Silva.<br />

“As pessoas gostam de vir ao café,<br />

gostam de bolos e pastelaria e de<br />

pagar pouco pelas refeições, por isso<br />

este modelo há-de ter sempre saída”,<br />

afirma Jéssica. Sobre o bairro, ambas<br />

concordam: “Há um sentido de pertença,<br />

é quase uma aldeia, as pessoas<br />

conhecem-se praticamente todas”.<br />

No dia da nossa visita, a ementa era<br />

esparguete à bolonhesa. Ficámos a<br />

saber que também se faz arroz de<br />

marisco, tiras de choco, arroz de pato,<br />

bacalhau com natas, sempre ao mesmo<br />

preço.<br />

O pão, esse, é obra do experiente Sérgio<br />

Magalhães. Faz tudo no próprio local,<br />

desde o amassar ao cozer. O Forno da<br />

Quinta do Lavrado está aberto todos os<br />

dias menos ao domingo.<br />

13


campanha<br />

Proteger<br />

as crianças<br />

A Campanha do Laço Azul, começou em 1989 nos<br />

EUA, após um drama familiar. Apesar dos esforços<br />

de Bonnie Finney, um dos seus netos morreu em<br />

consequência dos maus tratos infligidos pelo<br />

companheiro da filha e outro acabou no hospital<br />

com uma perna partida e as mãos severamente<br />

queimadas.<br />

Depois desta tragédia, Bonnie Finney decidiu<br />

amarrar uma fita à antena do seu carro, para<br />

que “as pessoas se questionassem”. Escolheu<br />

o azul para simbolizar as nódoas negras.<br />

“Temos de proteger o que temos de mais<br />

precioso… as nossas crianças. Por favor usem<br />

um laço azul, ofereçam um aos vossos amigos<br />

e expliquem-lhe o que significa. A vida de uma<br />

criança poderá ser salva”, pede Bonnie aos cidadãos<br />

do mundo inteiro.<br />

Durante o mês de <strong>abril</strong>, milhares de<br />

pessoas usam as fitas azuis em<br />

memória dos que sofreram<br />

maus tratos e ainda como<br />

forma de apoio às<br />

famílias, promovendo<br />

uma sensibilização<br />

para a necessidade de<br />

prevenir o abuso infantil e<br />

a negligência.<br />

Ajude também a divulgar esta<br />

causa. Recorte este laço e<br />

cole-o numa janela ou noutro<br />

local visível durante<br />

o mês de <strong>abril</strong>.<br />

14


juventude<br />

Mais de 100 jovens saltaram<br />

e ajudaram a Mercearia Social da <strong>Penha</strong><br />

Mais de 100 jovens saltaram no<br />

Bungee da Festa da Juventude da<br />

<strong>Penha</strong> de França, quer de uma altura<br />

de 40 metros quer de um simulador de<br />

‘apenas’ 29 metros, quando, no final<br />

do dia, as condições de segurança já<br />

não permitiam subir à altura máxima.<br />

Nem a chuva impediu que a fila se<br />

formasse logo às 10h da manhã<br />

de sábado, dia 25, e se mantivesse<br />

constante até ao final da atividade –<br />

com vários jovens a não conseguirem<br />

participar. E como a condição para<br />

fazer Bungee Jumping era trazer um<br />

bem alimentar para a futura Mercearia<br />

Social da <strong>Penha</strong>, no final o sentimento<br />

era de realização.<br />

Mas a Festa da Juventude teve<br />

mais. Na sexta-feira 24, contou<br />

com a música da Magna Tuna<br />

Apocaliscspiana, e com animação<br />

e diversão numa noite dedicada<br />

ao futuro em que as Mentes<br />

Empreendedoras, a Associação<br />

Par - Respostas Sociais, o Clube<br />

Intercultural Europeu e a Rota<br />

Jovem promoveram iniciativas feitas<br />

por e para jovens. Houve ainda a<br />

cerimónia de entrega de diplomas aos<br />

estudantes universitários que vão ser<br />

apoiados pela Junta de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França.<br />

15


a vida na comunidade<br />

A festa dos 133 anos do<br />

Clube Musical União<br />

No dia 2 de março, o Clube Musical<br />

União (CMU) celebrou o seu 133.º<br />

aniversário. E muitos sócios, simpatizantes<br />

e convidados encheram<br />

as suas instalações para cantar os<br />

parabéns, em mais uma prova da<br />

vitalidade desta instituição centenária<br />

e fundamental para a nossa<br />

Freguesia.<br />

Longa vida ao Clube Musical União,<br />

muitos parabéns!<br />

Uma belíssima tarde<br />

na Madre-de-Deus<br />

A música de Scarlatti, Haydn e<br />

Mozart soou na igreja da Madre de<br />

Deus, interpretada pelos solistas da<br />

Orquestra Metropolitana de Lisboa.<br />

Estiveram em palco os violinistas<br />

Carlos Damas e César Nogueira,<br />

Barbara Friedhoff, na viola, e Jian<br />

Hong, no violoncelo.<br />

Mesmo sem música, convidamo-lo<br />

a visitar ou revisitar a lindíssima<br />

igreja da Madre-de-Deus, Monumento<br />

Nacional desde 1910, integrada no<br />

Museu do Azulejo.<br />

16


MUDE<br />

no Convento da Trindade<br />

9 <strong>abril</strong><br />

MUSEU CALOUSTE GULBENKIAN<br />

Exposições "José de Almada Negreiros:<br />

uma maneira de ser moderno"<br />

e "Portugal em Flagrante - Operação 1 e 2"<br />

18 <strong>abril</strong><br />

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS<br />

E SÍTIOS<br />

Roteiro do Azulejo pela Freguesia<br />

7 maio<br />

MUSEU NACIONAL DE ARTE<br />

CONTEMPORÂNEA DO CHIADO<br />

Exposição individual "Observatório<br />

de Tangentes" ou Museu do Traje, com a sua<br />

exposição permanente "O Traje em Portugal.<br />

Do séc XVIII à Contemporaneidade"<br />

e visita no parque Botânico.<br />

Inscrições até 2 dias úteis antes da data da visita, no Espaço Multiusos.<br />

Cada visita durará cerca de 2 horas.<br />

Lugares limitados.<br />

Transporte cedido pela Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França.<br />

Para mais informações: 218 100 390


gente<br />

O nosso campeão<br />

em matraquilhos<br />

Gonçalo dos Santos<br />

Tal como muitas outras histórias ligadas ao desporto, esta<br />

começa na escola. Só que não na escola que frequentava<br />

Gonçalo dos Santos, o atleta da <strong>Penha</strong> de França que vai à<br />

Alemanha disputar o Campeonato do Mundo de Matraquilhos<br />

entre 12 e 16 de <strong>abril</strong>.<br />

Na origem desta vocação está a escola onde andava a sua<br />

irmã, em que havia uma mesa desta modalidade. Como a irmã<br />

era “muito apegada ao jogo” e ambos passavam muitos finsde-semana<br />

fora de Lisboa numa terra onde os matraquilhos<br />

eram muito acessíveis, Gonçalo não teve outro remédio senão<br />

afeiçoar-se ao campo de madeira, com 22 jogadores com<br />

verdadeiros pé de chumbo.<br />

E esta questão do chumbo tem relevância. A maior parte<br />

dos leitores desconhecerá este facto, mas só em Portugal<br />

existem bonecos de chumbo nos matraquilhos. A modalidade<br />

ainda não tem estatuto desportivo, mas tem um campeonato<br />

nacional e mundial como outra qualquer, além de um circuito<br />

mundial, como o ténis. E com regras, evidentemente, que<br />

ditam que só há cinco tipos de mesa aceitáveis para estes<br />

jogos internacionais: a dos Estados Unidos da América, da<br />

Áustria, da França, da Itália e da Alemanha. Nestas, todos os<br />

bonecos são de plástico, à exceção da francesa, em que são<br />

de alumínio.<br />

dificuldade inicial em jogar nas mesas portuguesas: demora<br />

uns dois ou três jogos a adaptar-se à mesa – “as nossas<br />

dançam muito”, explica – e a partir daí fica imparável. Para<br />

se perceber quão, numa ocasião participou numa recolha de<br />

fundos para uma instituição e esteve cinco horas a jogar sem<br />

ser derrotado.<br />

Apesar da sua dedicação aos matraquilhos, não consegue<br />

viver da modalidade. Trabalha no Instituto Português do<br />

Mar e da Atmosfera e treina duas vezes por semana, muitas<br />

vezes à noite, o que implica um esforço assinalável da sua<br />

parte – apesar de ainda ter prazer com os matraquilhos,<br />

principalmente depois dos jogos, quando recorda as partidas.<br />

É um desporto que exige “reflexos rápidos, capacidade mental<br />

e rapidez”, relata, treinando para “apurar jogadas e a precisão<br />

do remate”.<br />

“Só nos EUA é possível viver disto porque os torneios têm<br />

bons prémios monetários”, explica. Gonçalo, que já foi o 60.º<br />

do ranking mundial e campeão nacional individual em ‘mesa<br />

estrangeira’, perde é dinheiro e férias com este jogo, porque<br />

se desloca a expensas suas para os torneios e campeonatos,<br />

tirando dias do seu descanso. “O máximo que ganhei num<br />

torneio foram 350 euros”, conta.<br />

No Mundial, este atleta, que já jogou matraquilhos pelo Ginásio<br />

do Alto do Pina, contará com um apoio da Junta de Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França. Muito boa sorte, Gonçalo!<br />

São as chamadas ‘mesas internacionais’, em que Gonçalo<br />

começou a jogar em 2010. Aliás, agora até tem uma certa<br />

18


escolas<br />

ESCOLA PATRÍCIO PRAZERES<br />

A second<br />

Chance of Environment<br />

ESCOLA NUNO GONÇALVES<br />

Be Healthy,<br />

Be Natural, Be Smart<br />

No dia 20 de fevereiro de <strong>2017</strong> pelas 3 da manhã o<br />

aeroporto de Lisboa foi palco de despedida para os sete<br />

alunos e as professoras Adélia Ladeiros, Sandra Gomes<br />

e Albertina de Sousa da Escola Patrício Prazeres que<br />

participaram na primeira atividade de Learning/Teaching/<br />

Training, do Programa Erasmus, projeto A second Chance<br />

of Environment do qual o Agrupamento é parceiro.<br />

O projeto ‘A second Chance of Environment’ envolve alunos<br />

e professores de Escolas de França, Grécia, Reino Unido,<br />

Turquia e o Agrupamento de Escolas Patrício Prazeres<br />

por Portugal. Se o objeto de estudo deste projeto é a<br />

preocupação ambiental e a sustentabilidade do nosso<br />

planeta a nível local face às acções do homem, ele é<br />

também, para os alunos, um veículo de transmissão de<br />

valores quanto à sua pertença Europeia. Conhecer o<br />

‘outro’, trabalhar com ele e desenvolver ações comuns,<br />

comunicando numa outra língua que não a sua, crescer<br />

enquanto jovem cidadão europeu é também uma forma de<br />

aprender fora da sua zona de conforto e da sala de aula.<br />

A Letícia, a Margarida, a Carina, as duas Marianas, o Pedro<br />

e o Rodrigo para além de participarem nas atividades<br />

ambientais e culturais organizadas pelo Collège Pierre et<br />

Marie Curie, de Rieux-Minervois, na região de Carcassonne,<br />

também puderam durante esses dias partilhar a vida<br />

familiar e escolar dos alunos franceses que os acolheram<br />

nas suas casas.<br />

Regressámos mais ricos e cheios de histórias para contar.<br />

Queremos agradecer à equipa francesa do projeto pela sua<br />

organização, que esperamos ter retribuído com a mesma<br />

qualidade no final de março quando todos os parceiros se<br />

deslocaram a Lisboa e ao Agrupamento Patrício Prazeres<br />

na nossa freguesia.<br />

Os atuais alunos do 9.º ano da Escola Nuno Gonçalves<br />

participam desde 2015/2016 no projeto Be Healthy,<br />

Be Natural, Be Smart. Este projeto, com a duração de<br />

dois anos, integra-se no âmbito dos Projetos ERASMUS<br />

e tem como parceiros escolas da Roménia, Polónia,<br />

Itália, Turquia, Grécia, Espanha e Portugal, estando a<br />

coordenação a cargo da Roménia. Em termos gerais, visa<br />

sensibilizar a população escolar para hábitos de vida<br />

saudáveis e partilhar experiências, representando a troca<br />

de boas práticas uma forma de introduzir novos elementos<br />

no currículo de cada país.<br />

Relativamente à participação portuguesa, os alunos têm<br />

vindo a desenvolver, semanalmente, diferentes atividades.<br />

Partindo do conceito de saúde da OMS, ou seja, da<br />

conceção de saúde como o bem-estar pleno do indivíduo<br />

a nível físico, mental e social, os alunos realizaram<br />

atividades relacionadas com vários modos de promover<br />

a saúde, tais como: alimentação equilibrada, qualidade<br />

do ambiente, número de horas de sono, relações sociais<br />

com os outros, prática de exercício físico regular, etc. A<br />

metodologia privilegiada assentou sempre na participação<br />

ativa dos alunos em todas as fases do projeto.<br />

Das seis mobilidades previstas para alunos e respetivos<br />

professores, cinco delas já ocorreram, tendo sido a<br />

última, em Portugal, na semana de 6 a 10 de março.<br />

Nesta semana realizaram-se, com os parceiros, atividades<br />

diversificadas e contextualizadas na história e tradições do<br />

nosso País. São exemplos destas atividades os workshops<br />

- À descoberta do pão de ló; Qual a espetada de fruta mais<br />

calórica?; À descoberta do azeite Português, a observação<br />

de Golfinhos no rio Sado, a visita ao parque de Monserrate<br />

em Sintra e uma aula de surf.<br />

Albertina de Sousa,<br />

coordenadora do projeto<br />

Maria Preciosa Silva,<br />

coordenadora do projeto<br />

19


SABIA QUE:<br />

Edith Cavell estava de férias em Inglaterra quando soube<br />

que a Alemanha tinha invadido a Bélgica, em 1914. Poucos<br />

dias depois estava de volta a Bruxelas, cuidando de todos os<br />

feridos que podia, independentemente do lado da ofensiva.<br />

Numa primeira fase da guerra, a Alemanha tomou a dianteira<br />

na frente belga, ocupando boa parte do país. Foi durante<br />

esse período que dois soldados ingleses, depois seguidos<br />

por vários outros, procuraram refúgio na escola onde Cavell<br />

ensinava. Com a sua ajuda eram depois conduzidos para a<br />

Holanda, território neutro, escapando às tropas germânicas.<br />

Com o patrocínio dos príncipes de Croy, cujo castelo se<br />

situava em território ocupado pelos alemães, foi criada uma<br />

rede clandestina de ajuda a soldados de países aliados.<br />

Uma heroína da<br />

I Guerra Mundial<br />

Durante um ano, tudo correu bem. Para Cavell, lê-se no site<br />

que a homenageia, “proteger, esconder e ajudar homens<br />

perseguidos a passar a fronteira era um acto tão humanitário<br />

como cuidar de doentes e feridos” e estava preparada para<br />

aceitar as consequências se fosse apanhada. O que acabou<br />

por acontecer: no início de agosto de 2015 foi presa e<br />

confessou sem reservas as suas atividades clandestinas.<br />

Dois meses depois foi condenada à morte por fuzilamento,<br />

a 11 de outubro, tendo a sentença sido cumprida no dia<br />

seguinte. Edith Cavell não protestou. Aliás considerou que a<br />

pena era “justa” e perdoou os seus carrascos.<br />

Perpendicular à Rua Morais Soares, a Rua Edith<br />

Cavell foi assim chamada em homenagem a uma<br />

enfermeira inglesa, heroína da I Grande Guerra.<br />

Edith Louisa Cavell era filha de um vigário anglicano, Frederick<br />

Cavell, e foi criada num ambiente de grande religiosidade.<br />

Depois de ter feito uma viagem pela Europa, começou a<br />

interessar-se pela medicina.<br />

Em 1895, conta um site que lhe é dedicado (edithcavell.org.uk),<br />

Edith volta a casa para ajudar na recuperação do pai, que<br />

estava doente. Terá sido nesta altura que decidiu dedicar-se à<br />

enfermagem.<br />

O seu assassínio correu o mundo. “A sua morte teve um<br />

grande impacto na Grã-Bretanha, no seu Império e em todo<br />

o mundo”, descreve o jornalista Nick Rigby num texto de<br />

2015, ano em que se comemoraram os 100 anos do seu<br />

fuzilamento, para a BBC. “Foram construídos monumentos<br />

em Londres, Norwich, Melbourne, em Bruxelas, e até a uma<br />

montanha no Canadá foi dado o seu nome”. Acrescentamos<br />

que também a uma rua em Lisboa, na Freguesia da <strong>Penha</strong> de<br />

França.<br />

O caso de Cavell foi usado como propaganda, com muito<br />

sucesso, “para fomentar o recrutamento de soldados”,<br />

acrescenta Rigby.<br />

Depois de passar por vários postos em Inglaterra, chega<br />

à Bélgica em 1907. Trabalha com um médico que quer<br />

profissionalizar a enfermagem que até era prestada por<br />

religiosas e vai dirigir uma escola pioneira para a formação<br />

de enfermeiras profissionais, a ‘Escola Belga de Enfermeiras<br />

Diplomadas’.<br />

A memória e o exemplo de Edith Cavell perduram. Em todos<br />

estes locais que a homenageiam, no site que lhe é dedicado,<br />

e no o Cavell’s Nurses Trust, uma instituição de caridade<br />

criada em 1917 e que apoia enfermeiras que necessitam de<br />

ajuda.<br />

20


“<br />

Foi no dia 18 de março de 1988 que<br />

Albertina Jesus Costa entrou ao serviço da<br />

CML.<br />

Sorrir é o melhor<br />

remédio<br />

caixotes em todo o Bairro da Madredeus,<br />

antes de passar o camião para os esvaziar.<br />

"Ficava sozinha praticamente toda a noite.<br />

Este serviço começava às 23h00 e acabava<br />

quando estivesse feito".<br />

Nunca houve trabalho que a assustasse:<br />

- "Desde remoção de lixos, lavagens,<br />

deservagem, fazia tudo o que havia para<br />

fazer! Não gosto de estar sempre na<br />

mesma coisa, torna-se monótono e fica<br />

mais difícil." Depois de um ano a trabalhar<br />

durante o dia, pediu transferência para o<br />

turno da noite, algo muito raro. Tão raro até,<br />

que foi a primeira! -"O Engº Mesquita (na<br />

altura Diretor do Departamento de Higiene<br />

Urbana e Resíduos Sólidos da CML) até<br />

tinha uma fotografia minha no gabinete,<br />

por ser a primeira mulher a fazer o turno<br />

da noite neste trabalho". E nunca teve<br />

problemas, nem mesmo quando puxava os<br />

Albertina tem uma coisa em comum<br />

com todos os seus colegas com quem já<br />

falámos: O orgulho que sente em fazer este<br />

trabalho. "Adoro este trabalho, é pesado,<br />

mas adoro", embora por vezes (e esta frase<br />

também a ouvimos de todos os colegas<br />

de Albertina) – "Muitas pessoas não nos<br />

ajudam, chegamos a estar a lavar um lado<br />

da rua e a ver os donos deixar os dejetos<br />

dos cães no outro...".<br />

Mas isso não esmorece uma mulher de<br />

Cinfães do Douro: "Para qualquer situação<br />

sorrir... Sorrir é o melhor remédio!".<br />

“<br />

O companheirismo<br />

não faz distinções<br />

De varrer ruas a lavagens, de puxar caixotes<br />

aos camiões da reciclagem, "acho que ao longo<br />

dos 17 anos em que estou neste trabalho já fiz<br />

de tudo" diz-nos Marina Soares. "Mas gostava<br />

muito de andar nos camiões da reciclagem",<br />

confessa. Curiosamente, e porque a vida tem<br />

destas coisas, acabou a seguir os passos do<br />

seu avô, que trabalhava na higiene urbana no<br />

concelho de Loures. Nos tempos do avô era<br />

uma profissão exclusivamente masculina, mas<br />

felizmente os tempos mudam. "É um serviço<br />

onde somos todos tratados por igual e o<br />

companheirismo não faz distinções de género",<br />

o que não invalida que na rua não tenha<br />

chegado a ouvir coisas como: "Cara bonita,<br />

mal-empregada andar na rua!".<br />

Marina gosta do que faz e fá-lo com gosto e<br />

brio. Às seis da manhã, no Barreiro, já está na<br />

paragem à espera do primeiro transporte que<br />

a há-de trazer à <strong>Penha</strong>. - "Não é fácil, mas sei<br />

que há pessoas que dão valor ao que fazemos<br />

todos os dias". Acha, porém, que "há sobretudo<br />

falta de educação, educação base, é preciso<br />

ensinar as crianças. A minha filha sabe que não<br />

deve mandar o lixo para o chão, põe sempre na<br />

minha mala, como eu também faço. Por isso é<br />

que às vezes a minha mala mais parece uma<br />

papeleira! (risos)"<br />

E se tivesse de dar algum conselho? "Há coisas<br />

pequenas, mas que têm um grande impacto<br />

no nosso trabalho. As beatas acesas que se<br />

mandam para o chão, por exemplo. Muitas<br />

vezes vão beatas acesas quando colocamos<br />

o lixo nos carros. Ainda esta semana, um dos<br />

caixotes pegou fogo. São coisas pequenas,<br />

mas se toda a gente ajudar, temos com certeza<br />

uma Freguesia bem mais limpa!".<br />

CONHEÇA OUTROS FUNCIONÁRIOS DA LIMPEZA NO FACEBOOK E SITE DA JUNTA<br />

21


evENTOS<br />

<strong>Penha</strong> na comunicação social<br />

Este mês, a Freguesia da <strong>Penha</strong><br />

de França esteve em destaque na<br />

comunicação social. A RTP1 fez uma<br />

surpresa no Dia da Mulher, com uma<br />

reportagem a partir do animadíssimo<br />

baile que aconteceu no Salão do<br />

Polo Morais Soares para o programa<br />

‘Portugal em Direto’, da conhecida Dina<br />

Aguiar.<br />

Também o jornal Público veio saber<br />

o que é a Bolsa Solidária Animal da<br />

<strong>Penha</strong>, que auxilia famílias necessitadas<br />

de ajuda para suportar os custos<br />

com os seus animais de estimação<br />

e também cuidadores de colónias de<br />

gatos assilvestrados, vulgarmente<br />

conhecidos como gatos de rua.<br />

O Bungee Jumping Solidário da Festa<br />

da Juventude, cujas ‘receitas’ reverteram<br />

para a futura Mercearia Solidária<br />

da <strong>Penha</strong> de França, foi igualmente<br />

noticiado nos jornais Correio da<br />

Manhã, Sol, jornal i e ainda na revista<br />

Time Out.<br />

100 Anos, 100 Árvores<br />

101 anos depois de Portugal ter oficialmente<br />

entrado na I Guerra Mundial, no<br />

dia 9 de março, foram plantadas oito<br />

árvores do projeto ‘100 anos, 100 árvores’<br />

no Cemitério do Alto de São João.<br />

O primeiro exemplar desta homenagem<br />

aos portugueses que participaram<br />

na I Grande Guerra foi plantado pela<br />

Presidente da Junta de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França, Sofia Oliveira Dias, e<br />

outros cinco pelo mesmo número de<br />

descendentes de antigos combatentes.<br />

Novos órgãos sociais da<br />

Associação de Sargentos<br />

No dia 15 de março tomaram posse os<br />

novos Órgãos Sociais da Associação<br />

Nacional de Sargentos. À ANS, com<br />

sede na <strong>Penha</strong> de França, a Junta de<br />

Freguesia deseja a continuação do<br />

bom trabalho para os anos vindouros.<br />

Coopescola contribui para<br />

a Loja Social<br />

"Lá dentro há mais amor que em todo<br />

o Universo inteiro" escreveu uma aluna<br />

da turma do 2.º/3.º ano da Coopescola<br />

sobre a Loja Social da <strong>Penha</strong> de França.<br />

Mas também respeito e dignidade,<br />

outros dois valores inseparáveis deste<br />

espaço onde as crianças entregaram<br />

bens recolhidos na sua escola na<br />

primeira quinzena de fevereiro.<br />

Muito obrigado!<br />

Diverte-te no bairro!<br />

Voltou o Diverte-te no bairro! Quinzenalmente,<br />

até 16 de junho, as suas<br />

crianças podem experimentar um<br />

workshop de Escrita Criativa, Karaté,<br />

Jogos Tradicionais e Hip-hop. A brincadeira<br />

irá acontecer na Quinta de Santo<br />

António e na Praça Paiva Couceiro.<br />

Entrada livre, mediante inscrição.<br />

Informações pelo 218 160 720<br />

ou geral@jf-penhafranca.pt<br />

Percurso por três conventos<br />

No Dia Internacional dos Monumentos<br />

e Sítios, a 18 de <strong>abril</strong>, o Museu<br />

Nacional do Azulejo, em parceria com<br />

a Junta de Freguesia, convida-o a fazer<br />

um percurso de visita a três conventos<br />

da zona oriental: o Convento da<br />

Madre de Deus, o Convento de Chelas<br />

e a Igreja da <strong>Penha</strong> de França. Três<br />

vivências diferentes em três espaços<br />

marcados pela azulejaria. É necessária<br />

inscrição.<br />

22


assembleia de freguesia<br />

Celebrar a festa<br />

do 25 de Abril<br />

Na Assembleia de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França, as comemorações<br />

do 43.º aniversário do 25 de Abril<br />

de 1974 começam uma semana<br />

mais cedo, no dia 17.<br />

Haverá intervenções da Mesa da<br />

Assembleia de Freguesia, dos<br />

diversos grupos parlamentares,<br />

e da Junta de Freguesia, que irá<br />

estar representada pelo Secretário<br />

Manuel Ferreira.<br />

A cerimónia, tal como aconteceu<br />

em 2016, irá contar com a presença<br />

de um militar de Abril.<br />

Também voltarão a ser ouvidos<br />

poemas, desta vez pela voz do<br />

ator João Ferrador, que declamará<br />

Sophia de Mello Breyner e José<br />

Carlos Ary dos Santos.<br />

Eu confio<br />

na Polícia<br />

Portuguesa!<br />

“<br />

Em pleno Abril mês em que comemoramos<br />

43 anos de liberdade presto a<br />

minha homenagem à Polícia de Segurança<br />

Pública, vulgarmente designada por<br />

PSP, força de segurança que protege a<br />

nossa Freguesia ao garantir a segurança<br />

interna e os direitos dos cidadãos nos<br />

termos da Constituição e da Lei.<br />

Na última sessão da Assembleia de Freguesia,<br />

em Dezembro, fomos alertados<br />

para a possível saída da 5ª divisão policial<br />

do Comando Metropolitano de Lisboa<br />

(Cometlis) que se encontra sedeada na<br />

nossa Freguesia (Av. Coronel Eduardo<br />

Galhardo).<br />

Hoje continuamos sem resposta, por<br />

quem de direito, apesar do Executivo e da<br />

Senhora Presidente da Junta de Freguesia<br />

ter oficiado o Senhor 1º Ministro e a<br />

Senhora Ministra da Administração Interna<br />

do Governo de Portugal, assim como o<br />

Senhor Presidente da Câmara Municipal<br />

de Lisboa mas em Fevereiro não obteve<br />

qualquer resposta.<br />

Os rumores de indefinição do futuro da<br />

5ª divisão policial agudizam-se até mesmo<br />

pelos próprios polícias que desconhecem<br />

se vai ser ou não encerrada.<br />

Esta situação preocupa-nos porque a<br />

insegurança aumenta na <strong>Penha</strong> de França<br />

proporcionalmente com o aumento da<br />

criminalidade consideravelmente através<br />

de furtos, roubos por esticão e a lojas.<br />

Isto com o pleno funcionamento da<br />

5ª divisão agora imagine sem a mesma.<br />

Por este ou aquele motivo, mais ou menos<br />

graves, tive que recorrer por algumas<br />

vezes na vida aos serviços da PSP e o<br />

que mais admiro é a competência e o<br />

bom senso de quem me atendeu. A gestão<br />

de conteúdos da página da PSP, no<br />

Facebook, é também um sinal de proximidade<br />

com as pessoas. Sinais inequívocos<br />

de que temos a melhor polícia do mundo<br />

como provam as conquistas da Polícia<br />

Judiciária.<br />

E como hoje houve sorteio a minha<br />

memória lembrou-se do Bernardino, o<br />

único que conheci vencedor do Totoloto,<br />

que ao acertar o 1º prémio recebeu uma<br />

bela maquia. Ele era agente da PSP e<br />

conheci-o na antiga 11ª esquadra através<br />

do amigo comum Tózé que nos apresentou<br />

anos antes. Amigos que infelizmente<br />

partiram antes do tempo.<br />

Desejo que os agentes da autoridade, tal<br />

e qual como eu, continuemos a calcorrear<br />

as ruas da nossa <strong>Penha</strong> porque todos<br />

juntos podemos mudar a política na<br />

Freguesia.<br />

Siga-nos na rede social facebook e envie<br />

as suas sugestões para:<br />

maispenha2013@gmail.com<br />

Luís M. Matias<br />

Assistente Social<br />

23


Participa na Marcha<br />

Infantil do Alto do Pina<br />

curtaS<br />

ARRLx comemora<br />

Dia da Mulher<br />

A ARRLx, com o apoio da Junta<br />

de Freguesia, manteve a funcionar<br />

uma estação de radioamador com o<br />

Indicativo de Chamada CQ7XYL, na<br />

Parada do Alto de S. João, no dia 11<br />

de março das 10h às 19h. O objetivo<br />

foi comemorar o Dia da Mulher.<br />

Exposição de trabalhos do<br />

curso de costureiras e modistas<br />

Estão abertas as inscrições<br />

para a Marcha Infantil do<br />

Ginásio do Alto do Pina.<br />

Se tens entre 6 e 12 anos e<br />

gostas de marchar, pede para<br />

te inscreverem. A morada do<br />

Ginásio do Alto do Pina é na<br />

Rua Barão de Sabrosa, 93,<br />

mas também se pode enviar<br />

um email para:<br />

ginasio.ap@gmail.com<br />

Fado nos Fidalgos<br />

A nova casa d’Os Fidalgos<br />

da <strong>Penha</strong> albergou o seu<br />

primeiro espetáculo: uma<br />

noite de fados. Casa cheia<br />

para ouvir os fadistas e apoiar<br />

esta instituição da Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França.<br />

No Polo Morais Soares e depois no Espaço Nova Atitude,<br />

esteve aberta ao público uma exposição dos trabalhos do<br />

Curso de Custureira/Modista, dinamizado pela Modatex<br />

no ENA. Parabéns a todas pelos trabalhos!<br />

Seminário de futebol no Polo Morais Soares<br />

O futebol de hoje é levado muito a sério e por isso no Polo<br />

Morais Soares aconteceu o seminário ‘Um Olhar Diferente<br />

para a Formação’. No dia 11 de março esteve em destaque<br />

o processo de formação de jovens jogadores deste<br />

popularíssimo desporto.<br />

Um ano de Refood na <strong>Penha</strong><br />

O Núcleo Refood da <strong>Penha</strong> celebrou o seu 1º aniversário<br />

no Salão Paroquial da Igreja da <strong>Penha</strong> de França. Um<br />

convívio que juntou parceiros e voluntários e serviu para<br />

agradecer o trabalho feito por todos e para passar uma<br />

tarde diferente e animada. Parabéns!<br />

Famílias Anónimas no apoio a dependências<br />

As Famílias Anónimas podem ajudar o seu agregado a lidar<br />

com dependências como o álcool e a droga. Saiba mais em<br />

familiasanonimas-pt.org, pelo telefone 214 538 709 ou o<br />

email familiasanonimas1987@gmail.com<br />

Concurso literário das Edições Vieira da Silva<br />

Para desenvolver e estimular a criação de textos<br />

literários em língua portuguesa, a Edições Vieira da Silva<br />

promove o I Concurso Literário Edições Vieira da Silva.<br />

Os contos devem ser inéditos (tema livre) e escritos em<br />

língua portuguesa, com o máximo de 2000 caracteres.<br />

Mais informações em edicoesvieiradasilva.pt<br />

24


5


A sua aplicação<br />

para participar<br />

ocorrências na<br />

<strong>Penha</strong> de França<br />

Descarregue para<br />

IOS e Android<br />

Ou aceda a ipenha.pt<br />

no seu computador<br />

Pode também ligar para<br />

a Linha I<strong>Penha</strong> através<br />

do 800 209 171

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