01 - Nick Push

E eu sinto falta dela.
Deus, eu a perdi.
Então, um dia, minha mãe me liga com a notícia de que
coloca uma sombra sobre tudo.
Meu pai está no hospital.
Ele tinha sofrido um acidente vascular cerebral.
Os médicos ficam na frente da minha mãe e eu, enquanto
eles jogam fora termos que eu só tinha lido enquanto pesquisava
a doença. Aparentemente, o acidente vascular cerebral e a
falência dos rins andam de mãos dadas, resultando em todo o
seu corpo sendo desligado. Nós sabíamos que estava chegando,
mas ainda assim, ouvir as palavras e ver acontecer é uma outra
experiência. A mamãe pergunta sobre voltar a fazer diálise, mas,
nesta fase, vai ser inútil e sob recomendações médicos e a pedido
da meu pai, a melhor coisa a fazer seria, fazê-lo o mais
confortável possível.
Em outras palavras: continuar a vê-lo morrer.
Por semanas eu deixo o skate de lado.
Eu trabalho o menos possível.
Eu passo cada momento livre em seu quarto de hospital
certificando-me de que ele está, o mais confortável possível.
Lentamente, eu assisto a vida, a luz, a esperança de deixar
seus olhos. E no meu coração, eu sei que ele já se foi, mas o sinal
sonoro constante de seus monitores me lembram que ele ainda
está segurando.
Ainda lutando.
Ainda esperando.
Então, num domingo, Chazarae bate na porta do quarto do
hospital.