01 - More Than a Stranger

Mais Do Que Um Estranho – Erin Knightley 

Série Selada Com Um Beijo #1 

Adoro Romances em Ebooks -1



Para Kirk, o meu próprio herói perfeito. Por causa de você, eu sei o 

que é estar bem e verdadeiramente amada. 

Agradecimentos 

O que uma incrível jornada foi ficando este, meu primeiro livro, a 

publicação, que nunca teria sido possível sem a ajuda de um verdadeiro 

exército de pessoas! Um grande obrigado a LydiaDare, Sabrina Jeffries, 

Heather Neve, e cada um dos membros do meu grupo de crítica. Seu apoio, 

conselho, sabedoria e humor não só me manteve, mas me ajudou a 

prosperar. 

Eu sou eternamente grato ao meu agente fenomenal, Deidre Knight. 

Eu não consigo imaginar onde eu estaria sem o seu conselho, cheerleading, 

e talentos SuperAgent. Também ao meu editor maravilhoso, Kerry 

Donovan, cujos olhos e orientação qualificada especialista ajudou a fazer 

deste livro algo que será sempre incrivelmente orgulhosos. 

Por último, mas não menos importante, eu sou muito grata por minha 

família escandalosamente favorável. Um agradecimento especial ao meu 

irmão talentoso, Andy McLeroy, que compôs uma peça para piano original 

para compartilhar com os leitores do meu site que de alguma forma tomou 

as minhas palavras e os transformou em notas musicais. Graças também à 

minha irmã Kara, cuja experiência como escritor ajudou a me manter sã, e, 

finalmente, aos meus pais, cujo apoio constante tem me estimulado em 

todos os aspectos da minha vida. O mundo é verdadeiramente ilimitado 

para a pessoa cujos entes queridos acreditam neles. 




Erin Knightley 

Mais Do Que Um Estranho 

Série Sedada Com um Beijo 01 

Tradução/Pesquisa: ARE 

Revisão Inicial: Josi 

Revisão Final: Edna 

Formatação: Virginia 

Argumento 

UMA TRAIÇÃO DESCOBERTA 

Quando sua família o abandonou em Eton, Benedict Hastings 

encontrou um aliado inesperado na irmã de seu melhor amigo. Suas cartas 

o fizeram seguir em frente - até o dia em que ele teve que deixar tudo para 

trás. Anos mais tarde, Benedict viu a sua quota de intrigas, mas quando a 

traição se aproxima da sua casa, ele se volta para o seu velho amigo por um 

porto seguro.... 

UMA ATRAÇÃO INDESEJADA 

Depois de cinco anos de tortura no circuito de casamento, Lady 

Evelyn Moore está finalmente livre para viver sua vida como ela deseja. 

Então, quando seu irmão aparece com um estranho arrojado, ela se 

encontra dividida entre seus sonhos ... e seus desejos recém descobertos. 

UMA INTRIGA IRREVERSÍVEL 

Apesar de sua determinação de manter Evie à distância, Benedict não 

pode negar a atração que começou com uma correspondência secreta. No 

entanto, quando eles começam a descobrir um ao outro, os perigos do 




mundo de Benedict os encontram, ameaçando suas vidas, seu amor e tudo o 

que eles pensaram que nunca poderiam ter... 




Alyesbury, Inglaterra, 1804 

Prólogo 

Lady Evelyn Moore fez uma pausa para olhar para trás uma última 

vez antes de deslizar para a sala de música pouco usada na ala leste. 

Fechando a porta, ela sorriu. Graças a Deus ninguém tinha visto. Com o 

grande número de quartos existentes na casa de campo de sua família, ela 

teria muito tempo para ler a carta recém-chegada de seu irmão antes que 

alguém a encontrasse. Sua governanta não ficaria satisfeita, mas realmente, 

a Sra. White deveria saber que Evie nunca seria capaz de deixar tal deleite 

para depois de suas aulas. 

Ignorando o sofá banhado de sol perto da janela, ela se sentou em uma 

pilha quente de almofadas de veludo. Ela mal podia esperar para ler tudo 

sobre as últimas aventuras de Richard. Mesmo que ele tivesse ido para Eton 

somente há dois meses parecia mais de dois anos. Sem o seu cúmplice, a 

vida em Hertford Hall era consideravelmente mais maçante nestes dias. 

Não que houvesse qualquer outro lugar na Terra onde ela preferisse estar. 

Eram exatamente isso, com suas três irmãs sendo inteiramente jovens 

demais para ser de alguma utilidade para ela. Ninguém brincaria com 

crianças de quatro e de três anos de idade e os moradores locais sempre 

agiam de forma reservada com a filha de 11 anos de um marquês, as 

emoções vêm em rajadas curtas, coincidindo com a chegada do correio ou 

com suas aulas diárias de equitação. 

No dia de hoje, a chegada do correio ocasionou tudo. Rasgando o selo, 

Evie desdobrou a carta, o papel ainda frio do vento fresco de outono, e 

alisou os vincos com a palma da mão. Ela se sentou sobre seus pés e 

debruçou-se sobre as palavras de Richard. 

Depois de alguns momentos, no entanto, sua excitação começou a 

desvanecer-se, escorrendo para longe como a água de um copo quebrado, 

até que, finalmente, ela franziu o nariz em desgosto e jogou a carta longe. 

Honestamente, se tivesse que ler mais uma palavra brilhante sobre esse 

novo amigo, ela ia gritar. Ela olhou para o pedaço de papel ofensivo ao seu 




lado, seu familiar, rabisco bagunçado repetidamente mencionando o nome 

que ela já tinha começado a desprezar. 

Hastings. 

O menino tinha aparecido na primeira carta de Richard da escola - 

algo sobre suas supostas habilidades de equitação. Desde então, seu irmão 

mencionou ele mais e mais, até que esta nova carta era nada mais do que, 

Hastings isso e Hastings aquilo. 

Como se ela se importasse o quão maravilhoso Hastings era. 

Ele certamente não poderia ser um melhor amigo de Richard que ela. 

Com apenas dois anos, entre eles, Richard tinha sido seu melhor amigo 

desde...desde - bem, até ele ir para a escola, Evie não podia se lembrar de 

um único dia, que eles não estivessemum ao lado do outro. Certamente, 

desde o dia em que ela nasceu. 

Quem este Hastings achava que ele era, afinal? 

Levantando-se, saiu da sala de música, pelo corredor, até o seu próprio 

quarto. Aliviada por não ter sido descoberta pela Sra. Whiteou pior, sua 

mãe,Evie correu para a suaescrivaninha, tirou uma folha de papel, e 

mergulhou a pena no pote de tinta vermelha até então não utilizado. Com 

escrita lenta e deliberada, ela trabalhou para soletrar exatamente as palavras 

certas em sua melhor caligrafia possível. 

Caro Sr. Hastings, 

Lamento dizer-lhe que o meu irmão já tem um melhor amigo. Eu não 

me importo que você possa atirar e cavalgar bem. Além disso, eu garanto 

que você não pode cavalgar melhor do que eu. Por favor, deixe Richard em 

paz. 

Ela releu a carta e, achando-a satisfatória, cuidadosamente assinou seu 

nome. Ela meticulosamente dobrou a carta e selou com umapastilha 

gomada. Mergulhando a pena mais uma vez, desta vez na tinta preta mais 

elegante, ela simplesmente escreveu Hastings na parte superior. Depois de 

já ter escrito uma carta ao seu irmão na noite anterior, ela acrescentou um 

pós-escrito solicitando a Richard para dar a carta ao seu amigo. 

Bem, que deveria cuidar disso. 

*** 




Duas semanas depois, uma carta, com umacaligrafia desconhecida 

endereçada para Lady Evelyn, chegou ao Hall. Com as lições completas e a 

antecipação trovejando através dela, Evie subiucorrendo as escadas para 

seu quarto fechou a porta e deixou-se cair sobre a janela antes de abrir a 

carta. 

Cara Lady Evelyn, 

Em primeiro lugar gostariade dizer que, como um amigo da família 

para o seu querido irmão, eu lhe dou permissão para dirigir-se a mim 

simplesmente como Hastings. Eu espero que você também me permita 

tratá-la como Evie, pois é assim que eu penso em você, graças às muitas 

histórias do seu irmão. 

Em segundo lugar, gostaria de salientar que Richard é livre para 

fazer amizade com quem ele escolher. Como é, nos damos muito bem, 

então eu não acho que devo abandonar a nossaamizade, 

particularmenteem função das queixasda sua irmãzinha. Somos, como já 

afirmei, grandes amigos até agora. 

Em terceiro lugar, como Richard está aqui em Eton, e você está fora 

do país, eu não acho que é muito bom, você invejar-lhe um amigo. Como 

seu amigo, eu, por exemplo, gostaria que ele tivesse tantos conhecidos 

quantos iriam fazê-lo feliz. 

E, finalmente, “eu tenho certeza que você cavalga muito bem - para 

uma menina”. 

Eu sou, minha senhora, o seu mais humilde servo. 

Comendador Benedict Hastings 

Evie estava de boca aberta com a resposta impertinente. Ora, aquela 

doninha! Insinuando que ela, que amava seu irmão, acima de tudo, estava 

invejando-lhe um amigo. E, para provocá-la ainda mais,alegando já 

seremamigos tão queridos –o que só a fez doente. 

Caro Hastings, 

Você entendeu tudo errado. Richard pode ter tantos amigos quantos 

ele quiser. Você só precisa saber que ele já tem um melhor amigo. E só 

para você saber, eu tenho 11 anos de idade, e eu posso dizer quando 

alguém está me provocando. 




Atenciosamente, 

Lady Evelyn Moore. “NÃO Evie”. 

Cara Evie, 

Sim, eu vejo agora que devo ter interpretado mal o significado do que 

você escreveu (e cito): - “Por favor, deixe Richard sozinho”. Você vê, 

parece que eu tenho uma imaginação fértil e achei que você desejava que 

eu deixasse o Richard sozinho. Peço desculpas. 

Eu gostaria de propor um acordo. Eu serei amigo dele (o melhor ou 

não, cabe a ele decidir), enquanto ele estiver em Eton. Em todas as outras 

vezes, eu vou deixá-lo para você. Será que isso parece justo o suficiente 

para você? 

Aguardo a sua resposta com o coração esperançoso, sou, como 

sempre, o seu mais humilde servo, 

Hastings 

Caro Hastings, 

Certo. Só certifique-se de não visitar o Richard aqui durante as férias. 

Falando de Richard, que pena que foi ouvir dele que você quase falhou no 

exame de literatura Inglesa. Eu sugiro que você gaste menos tempo 

jogando seus esportes bobos e mais tempo estudando. 

E pare de me chamar de “Evie”. 

Lady Evelyn 

Cara Evie, 

Obrigado por sua preocupação com os meus estudos. Não tenha 

medo, eu passei nos meus exames e estarei de volta no próximo período 

para manter Richard, meu melhor amigo, como companhia. Como está o 

seu pônei, Buttercup? Você já a levou para uma boa e lenta caminhada 

recentemente, como uma pequena dama? 

Hastings 

Para sua grande surpresa, não demorou muito para Evie começar a 

ficar realmente ansiosa pelas cartas de Hastings. Ao longo dos anos, sua 

sagacidade mordaz a fez rir em voz alta, e ela passou horas a elaborar 




respostas atrevidas. Hastings nunca deixou de responder prontamente, e ela 

o considerava um de seus correspondentes mais confiáveis. 

E, em seguida, as cartas pararam de chegar. 

Depois de quase cinco anos de uma comunicação constante, um 

verdadeiro rio de correspondência que fluiu entre eles ininterrupto, de 

repente, as águas tinham secado. Não havia uma única palavra, nem mesmo 

uma pequena nota de Hastings em quase dois meses. Era positivamente 

uma grosseria - para não mencionar atípico. 

Inclinando-se para frente, tanto quanto ela poderia observar a partir de 

seu lugar no sofá do salão Rosa, Evie olhou furtivamente para a imagem do 

mordomo, através da janela da frente. O sol brilhante refletia na careca de 

Finnington enquanto ele esperava que o motorista vestido de negro 

entregassea correspondência. 

Por que quando se esta ansiosa por algo, as coisas parecem se mover 

em um ritmo extremamente lento? Ela bateu os dedos sobre os joelhos, 

desejando que os homens se movessem mais rápido. 

Honestamente, por toda a sua expectativa, é melhor que tenha uma 

carta de Hastings. Se não... Bem, ela não sabia o que ia fazer, mas ela 

certamente ia fazer alguma coisa. O menino aborrecido e sem 

consideração. Faça que o homem - ela pelo menos tinha enviado uma carta 

muito agradável em seu aniversário de dezoito anos e não cinco semanas 

mais cedo, o que era mais do que podia dizer sobre ele, que era o que ele 

tinha feito no aniversário dela. 

O qual era justamente hoje. 

Evie soltou um suspiro frustrado e afundou-se de volta nas almofadas. 

Certamente Hastings iria enviar-lhe algo para comemorar seu décimo sexto 

ano nesta terra. Para ela fazer o contrário era simplesmente impensável. 

Finalmente, a porta da frente se abriu, e Finnington arrastou-se para 

dentro. Evie rapidamente se endireitou e agarrou seu livro, fingindo ler 

enquanto ouvia os passos que se aproximavam. Quando ele parou na porta 

e limpou a garganta, ela olhou para cima, com um sorriso sereno de 

questionamento em seus lábios. "Sim?" 

- Uma carta para você, minha senhora. De Lorde Raleigh,ele 

rapidamente esclareceu, a testa enrugada traiu um toque de simpatia pelo 

espaço de um segundo antes que sua expressão voltasse para sua 

impassibilidade normal. 




Explosão. 

Explosão, explosão, explosão. Ela estava indo para matar Hastings - 

morte por bronca. Pressionando os lábios em algo que esperava que se 

assemelhasse a um sorriso, ela aceitou a carta de Richard e esperou 

enquanto Finnington se retirava da sala. Graças a Deus um homem leal 

ediscreto - foi bastante embaraçoso simplesmente notar que ele sabia que 

ela estava desesperada por noticias de Hastings. Ela não podia suportar que 

alguém suspeitasse. 

No segundo que a porta foi fechada, ela rasgou a carta, quase rasgando 

o papel grosso no processo. Seus olhos deslizaram sobre as palavras de 

Richard, caçando uma menção a Hastings. Nada. Nem uma única menção. 

Realmente, o que estava acontecendo? 

Arrastando os seus pés, ela se dirigiu para a pequena mesa de escrita 

no canto situado abaixo do retrato imponente do seu avô. Sua pompa, 

acusando um olhar entediado direto para ela, como se controlando o que ela 

iria escrever. "Oh, não olhe para mim desse jeito", ela murmurou, 

remexendo as gavetas procurando papel e pena. - Até onde eu sei, ele 

tem que vir. 

Caro desprezível, repreensível, malvado, desculpa, desculpa para 

uma não amiga, 

Estamos em nossa quarta quinzena desde a última vez que você 

colocou a pena no papel para me enviar uma carta, e agora você perdeu 

oficialmente meu aniversário. Sim, estou certa de que você pensaque é 

muito ocupado e importante agora, que tem em mãos a sua graduação em 

Eton, mas eu acredito que "rude" deve ser adicionado à esta lista, se 

quisermos descrever adequadamente o seu estado atual. 

Você deve concordar que me deve algum tipo de explicação. Se eu 

não ouvi-las antes de você vir para as cerimônias, você vai se arrepender 

dolorosamente. Realmente, você quer que o nosso primeiro encontro seja 

com animosidade? Penso que não. Agora, é melhor começar a trabalhar 

para escrever sua resposta. Vou aguardar o correio com a respiração 

suspensa para ler o que por certo, será uma explicação fascinante para a 

sua falta. 

Suacontrariada, 

Evie 




P.S. -Ocorreu-me que você poderia estar nervoso com a possibilidade 

de perder na corrida.– vamos,fique tranquilo, pois Mama me proibiu de 

trazer Epona junto. Você pode continuar (erroneamente, é claro) a 

acreditar que é um cavaleiro melhor, mais algum dia eu vou provar que 

você está errado. 




Eton College, Windsor, Inglaterra, 1809. 

Ele deveria saber. 

Benedict Hastings jogou a carta sobre a mesa, fazendo com que a 

chama de sua única vela apagasse na pequena rajada de ar... Ele deveria ter 

percebido, atrasando a carta para Evie só iria tornar as coisas muito piores. 

Sua cadeira de madeira rangeu em protesto quando ele se inclinou 

para trás e passou a mão sobre os olhos em frustração. Esta foi a loucura. 

Lá estava ele, só uma semana longe de transformar toda a sua vida de 

cabeça para baixo, e ele ainda não tinha encontrado uma maneira de 

resolver como cortar este último laço com sua antiga vida. Ele deveria ter 

feito isso há semanas, mas realmente, como ele poderia encontrar as 

palavras certas para romper o relacionamento mais verdadeiro, mais 

profundo que ele já tinha conhecido? 

Todas as suas tentativas acabaram amassadas ou queimadas, cheias de 

palavras completamente inadequadas para a garota que tinha de alguma 

forma,se tornado o seu confidente mais próximo ao longo dos anos. Evie 

sabia tudo sobre ele. 

Quase tudo. 

Ele suspirou e olhou para a sala quase vazia. Ela sabia de tudo, mas 

não da única coisa mais importante de sua vida. E ele sabia que se 

continuasse com a sua correspondência, não havia nenhuma maneira de 

manter o seu segredo dela. Sua única opção era não dizer nada. 

Há uma semana, quando a senhorita Dubois-Lisette, como ele deve se 

lembrar de chamá-la - chegou para levá-lo em seu suposto Grand Tour, ele 

não teve nenhum problema de olhar seus amigos da escola nos olhos e 

balançar a cabeça quando lhe perguntado por que ele decidiu acompanhar a 

mulher mais velha e sedutora, em vez de ir para a universidade. 

Quando ele informou a seus pais que estava pulando sobre o 

Continente para visitaratrações turísticas pelos próximos anos, eles não 

piscaram os olhos. Eles provavelmente se alegraram com a perspectiva de 

ver bem menos seu segundo filho inútil. 

Mas no momento em que ele escreveu a carta para Evie, preenchida 

com as mentiras de sua história, ele não tinha dúvida de que ela iria ver 

através dela. E, mesmo que fosse para o bem maior, ele não poderia 




suportar alimentar as mentiras para a única pessoa a quem ele praticamente 

desnudou sua alma. 

Ele bateu o punho na mesa, acolhendo a explosão de dor. Por que 

agora? Por que suas ordens tinham que ser para quinta-feira, e não para 

dois dias depois, quando ele poderia finalmente conhecer Evie em pessoa? 

Durante cinco anos ele tentou imaginá-la, primeiro como uma menina 

chata, então, como uma jovem de espírito divertido, e então. . . Bem, ele 

não sabia quando tinha acontecido, mas ultimamente visões de uma bela 

loira de olhos azuis, com um sorriso diabólico assombravam seus sonhos. 

Se ele fosse honesto consigo mesmo, havia outra razão para ele 

colocá-la de lado. Ela seria uma distração, que ele não podia se permitir. O 

caminho escolhido por eleera perigoso o suficiente sem precisar complicar 

as coisas ainda mais com uma mulher. Simplesmente não havia maneira de 

contornar isso. Sua carta precisava ser escrita de tal forma a garantir que 

ela não tentaria entrar em contato com ele novamente. 

Benedict fechou os olhos. O simples pensamento de ferir e, 

posteriormente, perder Evie roubou o fôlego e queimou seu coração. 

Decididamente, ele abriu os olhos e estendeu a mão para sua pena. Era para 

o bem maior, ele lembrou a si mesmo. Além disso, não importava o quanto 

ele significava para ela, ele certamente era apenas uma pequena parte, sem 

rosto de sua infância. Ela tinha muitas outras pessoas que se importavam 

com ela. Em poucos meses ela iria esquecer tudo sobre ele e passar para a 

próxima coisa em sua vida. 

Quando ele começou a trabalhar, suapena riscou o papel com traços 

firmes, cortando os laços que os uniam com cada palavra cruel. Embora 

soubesse que ela nunca iria perceber, ele cuidadosamente compôs a carta 

de modo que as palavras implacáveis, todas juntas, oferecessem outra 

coisa, bastava apenas ela lê-la da maneira certa. Quando, finalmente, ele 

assinou seu nome, ele descuidadamente deixou cair sua pena e releu o que 

tinha escrito. 

Estava exatamente certo e terrivelmente errado tudo ao mesmo tempo. 




Capítulo Um 

- É muito fácil fazer afirmações de grandeza equestre quando você me 

proibiu de visitar Hertford Hall. Se eu simplesmente chegasse um dia, sem 

avisar, você seria tão corajosa? 

De Hastings para Evie 

Alyesbury, Inglaterra, 1816 

Ela tinha feito isso. Ela realmente tinha feito isso, e foi tudo que Evie 

pode fazer para não explodir de emoção antes de fazer uma saída digna. 

Fechando a porta atrás de si, Evie fez uma pequena dança silenciosa de 

vitória, ali mesmo no corredor do lado de fora do estúdio de seu pai. 

Ela estava um passo mais perto de alcançar seu objetivo final. Agora 

tudo o que ela tinha que fazer era achar uma maneira. 

- Mamãe nunca vai permitir isso. 

Evie guinchou de surpresa quando sua mão voou para cobrir seu 

coração aos pulos. Quase explodindo, de onde sua irmã apareceu? - Meu 

Deus, você está tentando me matar do coração? Realmente, Beatrice, você 

não deve esgueirar-se entre as pessoas. 

- Eu não estou me esgueirando. - Você só não me viu. E como eu 

estava dizendo... 

- Eu sei o que você disse, disse Evie, franzindo o cenho. - Eu não 

posso acreditar que você está falando sobre um assunto sobre o qual você 

não sabe nada. E mesmo que você soubesse não lhe diz respeito, no 

mínimo. 

Em uma família com três irmãs mais jovens sempre por perto, Evie 

deveria saber que a sua conversa privada com o Pai não seria totalmente 

privada. Pelo menos era só Beatrice à espreita e não os gêmeos. Evie 

amava todos eles, mas ela conhecia Jocelyn e Carolyn bem o suficiente 

para perceber que, se eles tinham ouvido a conversa de Evie com o pai, 

toda a família saberia dos detalhes ao anoitecer. 

Beatrice cruzou os braços sobre o peito pequeno e voltou sua carranca 

para Evie. - Você é minha irmã, é claro que é motivo de preocupação para 




mim. E não importa se é ou não assuntomeu. Mamãe nunca vai concordar 

com sua proposta. É absolutamente ridículo. 

Deixe isso para Bea, colocar o dedo exatamente no ponto em que Evie 

estava preocupada. Após quase sete anos de trabalho ao lado de seu pai, ela 

tinha certeza de sua aprovação, e de fato ela tinha. Mas só com a ressalva 

de ganhar a aprovação de sua mãe também. Eessa era uma proposição 

muito mais difícil. 

Evie lançou um olhar furtivo para a porta do escritório, em seguida, 

passou um braço não muito delicadamente em torno do cotovelo fino de 

Beatrice e a rebocou pelo corredor. Melhor não dar chance ao Papai-ou a 

qualquer outra pessoade ouvi-las casualmente. Puxando-a para o Salão 

Rosa, Evie fechou a porta com um clique suave e virou-se para a pequena 

espiã. 

- Primeiro de tudo, a minha proposta não é ridícula, e é indelicado de 

sua parte dizer isso. Em segundo lugar, Papaié perfeitamente favorável à 

ideia, e terceiro lugar, dezesseis é um pouco velha para estar ouvindo atrás 

das portas, você não acha? 

Manchas rosadas apareceram nas bochechas de sua irmã, fazendo seus 

profundos olhos azuis ainda mais escuros. - Eu só estava passando quando 

Papai teve sua explosão, não tão favorável. Você tem que admitir que é 

uma ocorrência estranha o suficiente para justificar uma pausa atrás da 

porta. 

Ela ganhou um ponto. Não que Evie pudesse culpar seu pai. Que outra 

reação teria um pai quando sua filha anuncia que, depois de cinco 

temporadas entediantes, ela queria retirar-se completamente do mercado de 

casamentos? Após seu grito inicial de objeção, indagando sobre sua 

sanidade, Evie acabou convencendo-o com seus argumentos bem 

elaborados. Afinal, não se deve aproximar de um campo de batalha, a 

menos que esteja preparado para a batalha. 

Ela suspirou e caminhou até o sofá floral com vista para os jardins 

completamente encharcados. O céu cinza fosco lançou pouca luz na sala, 

apesar de todas as cortinas estarem abertas. - Ele estava apenas um pouco 

surpreso, só isso. Ele até chegou a ver a lógica do meu raciocínio. 

- Evie, disse Beatrice, estatelando-se nas almofadas ao lado dela, - só 

porque você ainda não encontrou o homem com quem deseja se casar, não 

significa que você nunca vai encontrá-lo. Você não pode simplesmente 




desistir.Ela ajeitou, recatadamente, a saia amarela em torno de suas pernas, 

uma das milhares de pequenas coisas que ela faziaultimamente para 

lembrar Evie que suas irmãzinhas estavam se transformando em jovens 

senhoras respeitáveis. Bem, jovens senhoras um pouco respeitáveis que 

ocasionalmente espionavam os outros. 

Evie puxou uma almofada de pompons dourados para o seu colo e 

olhou para a irmã. Ela realmente não queria ter essa conversa agora. Depois 

de sua vitória parcial com seu pai, ela tinha pensado em ir direto para a mãe 

e começar sua campanha. Mas, sem o apoio de Beatrice, e mais importante, 

o silêncio-Evie tinha pouca esperança de convencer a Mãe. 

Talvez a melhor tática fosse simplesmente ser sincera. - Você não 

deve ter ouvido muito bem se é isso que você pensa. Se você tivesse, você 

saberia que eu não estou desistindo, estou finalmente conseguindo o que eu 

realmente quero. - Estou muito feliz com as coisas do jeito que elas são. Eu 

absolutamente amo trabalhar com o Papai nos estábulos, e, para ser franca, 

parece não haver, entre toneladas de homens, um que não seja vaidoso, ou 

maçante, ou velho, ou que busque status, ou que sejasimplesmente errado 

para mim, de uma forma ou de outra. Sem ofensa para Richard ou Papai, 

mas eu prefiro muito mais a companhia de um cavalo a de um homem. 

Beatrice riu, cobrindo a boca como sempre fazia para esconder seu 

dente da frente torto. - Eu pensei ter ouvido algo sobre os modos dos 

cavalos serem superiores aos dos senhores. 

Evie trocou um sorriso com sua irmã. Pode não dizer muito para a 

população masculina da Inglaterra, mas era verdade. Em cinco temporadas, 

ela ainda não tinha encontrado um homem com quem ela poderia imaginar 

passar um mês, muito menos uma vida. Claro, ela tinha aprendido desde 

cedo que, a primeira impressão de uma pessoa pode ser completamente 

errada sobre o caráter desta pessoa. E se ela encontrasse alguém que ela 

pensava que poderia amar, só para vê-lo tornar-se apenas mais um homem 

descuidado ementiroso, com a intenção de brincar com ela?Evie serrou os 

dentes enquanto empurrava de volta as memórias que flutuavam à 

superfície, pela segunda vez naquele dia. 

Agora não era o momento de pensar em Hastings, o Traidor. 

Ela endireitou os ombros um pouco e encontrou os olhos de sua irmã. 

- Estou simplesmente procurando uma maneira de assumir o controle do 




meu próprio futuro, e não o deixando nas mãos de um homem. É tudo que 

eu sempre quis, na verdade. 

- Você diz isso, mas você nunca, sequerdeu a chance, a qualquer um 

de seus pretendentes de lutar. 

Se Beatrice soubesse como ela estava errada. As memórias 

empurraram as barreirasque Evie tinha erguido em sua mente, trazendo 

uma pontada desconfortável para o seu coração. Ela tinha dado a um 

homem muito mais do que uma chance de lutar, e ela pagou o preço. Nunca 

mais. 

Pelo menos suas irmãs nunca saberiam o quão tolaela tinha sido. Seu 

pai era a única pessoa que sabia sobre suas ações precipitadas cerca de sete 

anos atrás. Nem mesmo Richard sabia. Ela suspeitava de que o 

conhecimento de seu paisobre aquele dia tinha muito a ver com a aceitação 

de sua proposta. 

Suspirando, Evie cutucou o ombro de Beatrice, oferecendo um 

pequeno sorriso, brincalhão. - Você deveria estar feliz, você sabe. Quando 

você sair no próximo ano, você não vai ter por perto uma irmã de 

exposição. 

- Não, eu vou ter uma irmã de exposição perdendo todas as melhores 

coisas da vida. Casamento, filhos... dança. 

- Você sabe que a dança nunca foi o meu forte. Agora,caça a raposa, 

por outro lado... - Ela sorriu quando Beatrice revirou os olhos.- Bea, é a 

coisa certa para mim. Agora, você tem que me prometer que vai manter a 

boca fechada sobre meus planos, até eu descobrir a melhor maneira de falar 

com a mamãe. 

- Não há melhor maneira de apresentá-los, porque é uma má ideia. 

- Oh, pare, Evie disse, balançando a cabeça. Seria tão difícil para sua 

irmã apoiá-la? - Eu só preciso amacia-la um pouco. Papai está atrasando a 

viagem para Londres, a fim de ter um pouco mais de tempo com o novo 

caçador irlandês. Isso me deixa com sete dias para convencer Mãea me 

permitir ficar para trás e viver o meu sonho. Agora prometa que você vai 

ficar calada. 

Bea suspirou. - Muito bem, eu prometo. 

Evie soltou a respiração que ela não tinha percebido que estava 

segurando. Se fosse para ter alguma esperançacom a mãe, ela não poderia 




ter Beatrice arruinando as coisas no momento errado. - Obrigado. Eu 

espero poder confiar em você. 

- Claro que você pode. Ela se levantou e sacudiu a saia, ainda de olho 

no ceticismo de Evie. - Acho que eu deveria desejar-lhe boa sorte. 

- Oh obrigado, Bea. Eu aprecio o sentimento. 

- Sim, bem, você definitivamente vai precisar dele. 

Falando de um modo geral, Mayfair pra onde alguém ia para um baile 

muito esperado, encontrar um respeitado amigo, ou passear pela rua com 

elegância, a fim de ver e ser visto. Não erapra onde alguém ia quando a 

vida inteira desabava como se uma árvore centenária, fosse atingida por um 

único e escaldante raio, 

E, no entanto, ali estava ele. 

Em pé nas sombras, do outro lado da rua do antigo edifício imponente 

que tinha visitado poucas vezes antes, Benedict contava as janelas uma 

segunda vez. Oh, graças a Deus. Ele exalou um longo suspiro, o sopro de ar 

quente na noite fria de Londres, um testemunho visível para seu alívio. 

Richard estava em casa. 

Benedict esperou por uma pausa no tráfego do inicio da noite antes de 

cruzar a rua e subir as escadas. Embora Richard mantivesse estes quartos 

durante todo o ano, ocupou-os somente quando sua família estava na 

cidade para a temporada. As janelas iluminadas acima significavam duas 

coisas: O amigo mais antigo e mais confiável de Benedict estava em casa, e 

Hertford Hall estava desocupada. 

Ele tinha dado apenas alguns passos em direção à porta de Richard 

quando o som abafado de passos raivosos e a voz estridente de uma mulher 

chegaram até ele. Segundos depois, a porta se abriu e uma morena,de rosto 

corado invadiu o corredor. Ela agarrou suas botas contra o peito, enquanto 

seus cabelos completamente despenteados caiam pelas costas. Alheia a 

presença de Benedict, ela gritou por cima do ombro em italiano, língua que 

Benedict conhecia bem o suficiente para levantar as sobrancelhas para sua 

escolha de palavras. 

Um segundo mais tarde, Richard apareceu na porta, abotoando às 

pressas as calças amassadas. - Isabella espere! Não seja assim, meu anjo. 

*** 




Ela virou-se, apontando, um dedo longo e fino no peito de Richard. - 

Não, eu não vou mais esperar por você. Você pode ir para o diabo, 

Raleigh.Com isso, ela se virou e correu para as escadas, empurrando 

Benedictao passar, sem uma pausa na corrente de maldições em italiano 

que fluíam como água de seus lábios vermelho rubi. 

Congelado no lugar, Benedict olhou para trás em direção ao seu velho 

amigo. 

- Vejo que ainda tem aquele toque de ouro com as mulheres. 

O olhar de Richard pousou nele, piscou por meio segundo antes de 

irromper em um sorriso. - Maldição, Hastings, o gato arrastou sua bunda 

até aqui? 

Bastou ver o seu velho amigo, alguém que realmente deu atenção a 

ele, que trouxe um fio de luz para aliviar a escuridão no coração de 

Benedict. Ele cruzou os braços e arqueou uma única sobrancelha. - Sabe, 

eu não tenho certeza se estou confortável conversando com um homem 

seminu em público. Você acha que pode fazer-se decente antes de 

comentar sobre o estado da minha bunda? 

Soltando uma gargalhada, Richard fez sinal para Benedict se juntar a 

ele. - Vamos lá dentro. Eu mal posso esperar para ouvir o que te trouxe até 

minha porta esta noite depois de quase dois anos de distância. 

Richard levou-o para a pequena sala de estar e apontou para as 

garrafas de cristal sobre um aparador. - Sirva-nos algumas bebidas, Eu vou 

buscar o resto das minhas roupas. E me desculpe por chamá-lo de 

Hastings,às vezes esqueço que você prefere Benedict agora. 

- Você pode me chamar de qualquer coisa que você quiser, contanto 

que você coloque uma camisa. Ele estava feliz Richard lembrou, no 

entanto. Usar o nome de família só parecia dar-lhes mais poder sobre ele, 

por mais estranho que possa parecer para os outros. Por que ele usaria o 

nome de seu pai, quando o homem não se importava sequer que ele tivesse 

existido? O ponto era discutível, como seu pai tinha ido embora há anos, 

mas agora mais do que nunca Benedict queria, precisava-se distanciar de 

sua família. 

Quando seu amigo andou descalço pelo corredor, Benedict se dirigiu 

ao aparador e cheirouas várias garrafas. O cheiro picante de terra do uísque 

envelhecido chamou sua atenção, e ele serviu alguns dedos para cada um 

deles. Por fim, o nó de tensão em seus ombros começou a soltar um pouco. 




Ele não tinha dúvida de que Richard iria conceder-lhe o uso de Hertford, o 

paraíso que Benedict tão desesperadamente precisava para decidir o que 

diabos ele ia fazer a seguir. 

Ele se sentou na cadeira em frente à pequena escrivaninha perto do 

fogo crepitante e tomou um longo gole de uísque. Um rastro quente 

queimou até o seu intestino, mas ainda não conseguiu aquecer a parte dele 

que tinha congelado no momento em que ouviu as palavras que tinham 

mudado tudo. Ele duvidava que alguma coisa pudesse. Ele passou a mão 

sobre os olhos cansados, que ainda ardiam depois de sua viagem agitada de 

Folkestone apenas algumas horas antes. Ele nunca tinha tido uma viagem 

tão difícil em sua vida. Se ele planejava partir hoje à noite, ele teria que 

alugar um cavalo, pobre Sansão merecia um descanso. 

Ele tomou outro gole e inclinou-se contra ascostas duras de madeira 

de sua cadeira. Ele sabia o que pareceria se alguém descobrisse o que tinha 

acontecido: fuga, covardia, culpa. Mas não era nenhuma dessas coisas. 

Quase uma década a serviço da Coroa havia lhe ensinado quando retirarseera 

mais prudente, e que a hora era agora. Ele precisava se afastar até que 

ele pudesse olhar para os acontecimentos desastrosos das últimas vinte e 

quatro horas, com alguma objetividade. Ele precisava reagrupar, reavaliar, 

e depois traçar um plano. 

Ele precisava de um lugar para desaparecer, e Hertford Hall era este 

lugar. 

Ele nunca tinha ido, mas em sua mente, não havia lugar melhor para 

ir. Ao longo de seus anos em Eton, ele tinha feito um retrato de como 

Hertford Hall deve ser, a partir das descrições brilhantes de Evie da casa de 

seus pais. Ironicamente, Richard tinha lamentado as mesmas coisas que ela 

amava tanto: a solidão, a tranquilidade, a distância de Londres. Em seu 

estado abatido, Benedict sabia que era exatamente o santuário que ele 

precisava. Ele estava feliz agora por todas as vezes que Richard tinha 

sugerido que ele a visitasse. 

Agora tudo o que ele tinha a fazer era descobrir o que dizer para o 

homem. Ele podia dizer-lhe a verdade, mas Benedictconhecia o seu amigo 

o suficiente para perceber que ele ia querer ajudar, iria insistir nisso, na 

verdade. Mas esta era a sua luta. Ele não queria ninguém mais manchado 

pelas repercussões inevitáveis. 




Passos suaves no tapete anunciaram o retorno de Richard. Benedict 

endireitou-se e relaxou sua aparência, assim que Richard reapareceu, 

arregaçando as mangas de uma camisa branca simples. Empurrando toda a 

bagunça de seu cérebro, Benedict estendeu-lhe o segundo copo. - Aqui, eu 

imagino que você precisa disto depois de desagradar à fogosa Isabella. 

Richard riu, balançando a cabeça. - Fogosa de fato. Eu e 

elagostávamos da companhia um do outro por alguns meses, até agora,esta 

noite, ela me falou de uma oferta muito tentadora do Senhor Hamilton que 

ela aceitaria se eu não fizesse uma contraoferta. 

- Eu suponho que você não fez uma contraoferta? 

Richard levantou o copo e sorriu. - Eu lhe disse que esperava que eles 

fossem felizes juntos. 

- E você esperou até estarem meio vestidos para fazer isso? 

Sentando-se em uma cadeira de couro, Richard encolheu os ombros. - 

Tempo dela, não meu. Ele tomou um longo gole antes de continuar. - O que 

eu posso dizer?Eu prefiro muito mais um arranjo casual. Amantes podem 

ser um incômodo. Ela está de olho em um acordo mais permanente 

hásemanas, e eu acreditava que ela estava apenas blefando.Ele acenou com 

a bebida com desdém. - Chega de falar sobre isso. O que eu quero saber é 

quando você chegouà cidade e que diabos você está fazendo na minha 

porta? 

- Fico feliz em ver você também. Benedict se abaixou para evitar o 

pequeno livro que Richard atirou nele. - Na verdade, eu vim pedir um 

favor. 

- Agora, há algo novo. O que eu posso fazer por você, meu amigo? 

- Eu voltei para a Inglaterra, vindo direto da costa com uma questão de 

fato, e eu não posso suportar a ideia de estar sendo jogado em todo o caos 

da temporada. Você sabe que eu não vou pisar na propriedade do meu 

irmão, especialmente com a mamãe exigindo que eu faça o meu dever e 

case com umafedelha rica ou outra. 

- Todos esses anos de indiferença total, e ela acha que pode me forçar 

a obedecer assuas ordens agora? 

Benedict encolheu os ombros. - O imóvel precisava de dinheiro agora. 

Sua mandíbula se apertou. Ele não queria falar de sua família, mais do que 

o absolutamente necessário. Além disso, qualquer bom espião sabia que a 

chave para uma boa história era mantê-la simples. 




Sua cadeira rangeu quando ele se inclinou para frente, revirando o 

copo entre as mãos. - Não demorou muito para eu decidir ficar a maior 

parte do meu tempo na Inglaterra e seguir para o campo por um tempo. No 

passado, você tinha mencionado que poderia... 

O resto da frase de Benedict foi cortada quando a porta se abriu ea 

senhorita furiosa invadiu mais uma vez. Agora com os sapatos e 

devidamente vestida e seu cabelo puxado para baixo em um nó na cabeça, 

ela teria olhar respeitável se não fosse o desprezo em seu rosto. - Eu só 

queria que você soubesse que ninguém desrespeita Isabella e fica impune. 

Desfrute de suas festas esta semana, senhor. 

Com um sorriso estragando seu belo rosto, ela recuou, batendo a porta 

com força o suficiente para sacudir o mobiliário. O silêncio tomou conta do 

quarto com os dois homens olhando para a porta fechada. 

- Você sabe, disse Richard, sem tirar os olhos da porta da frente, o 

campo de repente soa bastante agradável. 

Benedict olhou para Richard, um sorriso inesperado chegando aos 

lábios. - Oh 

- Sim. E eu conheço o lugar. 




Capítulo Dois 

“Se você se lembrar, Hastings foi você quem sugeriu o compromisso 

de abster-se do Hall quatro anos atrás. Eu ficaria feliz em trucidá-lo no 

local de sua escolha. A questão é: você seria corajoso o suficiente para 

tentar?” 

De Evie para Hastings 

Evie nunca tinha notado antes, o quanto era regular o tique-taque do 

relógio. Cliq, cloq, cliq, cloq, Como o ritmo constante de um cavalo de 

batalha idoso, toda a alegria e entusiasmo tirado dele há muito tempo. 

- Há algo de errado, querida? 

Evie olhou por cima de seus irregulares e patéticos pontos de costura, 

para ver sua mãe olhando para ela, seus olhos cinzentos estranhamente 

divertidos. - Não, claro que não. 

A menos que alguém pudesse ser morto de tédio, porque, nesse caso, 

algo estava definitivamente errado. Após dois dias de busca, de 

atividadesagradáveis, para senhoritas, em uma tentativa de ganhar boa 

vontade de sua mãe, Evie estava começando a se perguntar como toda a 

população feminina da Inglaterra não se revoltava contra tal tédio 

entorpecente. Honestamente, a tortura teria sido melhor. 

Não ajudava o fato de que o dia estava mais lindo do que nunca, com 

um sol brilhante enchendo cada canto da sala de estar de sua mãe. Evie 

estava morrendo para verificar o progresso de Ronan. A nova aquisição do 

grupo era um glorioso garanhão irlandês, elegante e imponente de 1,97 de 

pelagem vermelha. Ele tinha sido uma escolha sua, e era uma tortura deixálo 

ser cuidado por outro. Claro, isso era exatamente o que ela teria que 

fazer por toda a temporada, se ela não conseguisse convencer amãea 

permitir que ela ficasse no campo. 

Colocando seu próprio bastidor ao lado dela nas almofadas do sofá 

creme, sua mãe cruzou as mãos e sorriu. - Evie, eu nunca pensei que diria 

isso, mas por que você não vai se juntar a seu pai no estábulo? 

- Não, não. Eu estou perfeitamente feliz aqui com você. Foi 

provavelmente a maior mentira que Evie já tinha dito. 




Os olhos da mãe se suavizaram, e ela estendeu a mão para pegar o 

bastidordeformado das mãos de Evie. - Vá minha querida. Gostei muito do 

seu desejo de passar algum tempo comigo, mas depois de dois dias 

assistindovocê,agitada, mexendo e fazendo uma bagunça perfeita naquelas 

pobres folhas de hera ao tentar dar um ponto, eu acho que está na hora de 

esgotar um pouco do seu desassossego. 

Oh, graças a Deus. Evie fez o seu melhor olhar para não parecer muito 

satisfeita. Seu plano de bancar a filha perfeita não estava funcionando da 

maneira que ela tinha planejado, mas aparentemente estava funcionando. 

Claramente sua mãe podia ver como Evie estava se adaptado malas 

atividades de senhoritas. Esta noite poderia ser o momento perfeito para 

apresentar sua proposta. Mas nesse meio tempo. . . - Obrigado, Mamãe, eu 

acho que vou me juntar ao Papai. 

Em menos de 15 minutos, Evie tinha colocado sua roupa de montaria 

e estava indo para o estábulo. O ar vivo da primavera foi absolutamente o 

paraíso em comparação com o conservadorismo da sala de estar. É algo 

como se fosse a liberdade. Com o sol da tarde já mergulhando em direção 

às árvores, ela não queria perder um único minuto em que poderia passar 

com o seu cavalo. 

Levantando a bainha de sua saia, ela correu ao longo do caminho de 

cascalho, pisando com cuidado, de modo a evitar as poças que sobraram da 

chuva de ontem. Ela correu metade dos últimos passos, agarrando a borda 

da porta com a mão enluvada para impulsionar-se ao virar a esquina. 

- Ufa! 

O ar saiu direito de seus pulmões quando ela colidiu em alta 

velocidade com uma parede de tijolos imóvel, mas que ela sabia que não 

deveria estar lá. Evie tropeçou, quase caindo para trás quando um par de 

mãos grandes e fortes agarrou seus braços e segurou-a. 

- Perdoe-me. Você está bem? 

A parede de tijolo falou surpreendentemente emum bom Inglês, para 

um objeto inanimado. 

O olhar de Evie viajou pelo capote cinza escuro, passando pela 

mandíbula forte com barba levemente por fazer, se fixou rapidamente em 

lábios masculinos muito convidativos antes de atingir os olhos escuros 

como veludo marrom. As palavras falharam completamente. De onde vinha 

esse homem lindo? Porsegundos intermináveis, ela ficou imóvel, paralizada 




não só em suas mãos, mas em seu olhar curioso também. Ele tinha os olhos 

mais bonitos que ela já tinha visto, como o mogno polido da mesa relíquia 

de seu pai. 

- Senhorita? Você está ferida? 

Evie piscou. Ela deveria dizer algo. Ela deveria realmente dizer 

alguma coisa. 

- Hum... Muito 

Suas sobrancelhas escuras se franziram e ele inclinou a cabeça 

ligeiramente. 

- Muito... ferida? 

- Não!Tudo bem. Eu estou bem, realmente. - Hum, obrigada.Oh 

Senhor, por que ela teve que perder o juízo justo agora? Aqui, agora, com 

um estranho lindo quase a segurando em seus braços? Ela finalmente 

entendeu o que significava ficar muda por alguma coisa, e no pior 

momento possível. 

E agora ele estava olhando para ela como se ela fosse um cavalo 

pequeno de umaparelha. - Você tem certeza? 

Evie quase riu. Tercerteza? Nem um pouco.Ela sentiu como se tivesse 

acabado de ser girada em círculos, mas demaneira nenhuma ela lhe diria 

isso. Ela deu um rápido passo para trás, afastando-se de suas mãos e se 

firmando. Foi o suficiente para perder seu calor, mas pelo menos ela ainda 

podia detectar a sutil insinuação sedutora de couro e sândalo. Ela respirou 

lentamente e ofereceu-lhe um sorriso. - Sim, eu tenho certeza. Por favor, 

aceite minhas desculpas por não olharpor onde estava indo,Senhor...? 

- Evie! 

Evie pulou, girando em torno em busca da voz inesperada atrás dela. - 

Richard! O que diabos você está fazendo aqui? 

Ela não teria ficado mais surpresa se o próprio Prinny estivesse parado 

em seus estábulos. A alegria tomou conta dela e ela abriu os braços para o 

irmão. Sorrindo, ele aproximou-se e pegou-a em um abraço de urso, 

girando-a de modo que seus pés balançavamcomo se ela fosse uma criança. 

- Richard, me coloqueno chão! A advertência não teve muito efeito, oculta 

pelo seu riso. Apenas seu irmão poderia fazê-la se sentir como uma menina 

de dez anos de idade novamente. 

Quando, finalmente, ele a colocou no chão, ela riu e deu um passo 

para trás. Evie olhou para ele, detendo-se em seu cabelo loiro despenteado 




e bochechas avermelhadas pelo vento. Ela mal podia acreditar que ele 

estava aqui no Hall, agora entre todos os tempos. - Que diabos você está 

fazendo aqui? É uma bela surpresa! 

- Bem, é bom vê-la, também, Pequeninha. Você está saindo para um 

passeio? 

- Sim, eu estava antes de bater em nosso visitante. Um amigo seu, eu 

presumo? Ela apontou para o estranho, mas congelou quando seus olhos se 

encontraram. Ele estava olhando para ela com tanta intensidade, 

instintivamente deu um pequeno passo para trás. O olhar desapareceu em 

um instante. Evie piscou em confusão. Como completamente estranho. Ela 

poderia ter imaginado a ferocidade de seu olhar? Certamente ela tinha, ela 

tinha acabado de conhecer o rapaz! Ele não tinha motivo algum pra se 

importar de uma forma ou de outra com ela. No entanto, um pequeno 

arrepio correu-lhe a espinha. 

Uma risada chamou sua atenção de volta para Richard. Ele abriu um 

largo sorriso em sua direção, balançando a cabeça lentamente. - não posso 

acreditar que não apresentei vocês dois ainda. 

Evie levantou uma sobrancelha. Ele estava tramando algo. 

Sem pensar, ela recuou um passo. O movimento só fez crescer o seu 

sorriso. Ela passou os olhos para o outro homem. Ela não queria se 

constranger em frente a ele mais do que ela já tinha. Felizmente, ele não 

estava prestando nenhuma atenção a ela. Toda a sua atenção estava 

nitidamente focada em Richard. 

Por alguma razão, seu irmão parecia desfrutar o momento. Com seu 

brilho habitualmente teatral, ele disse: - Minha querida Evie, é um grande 

prazer apresentá-la ao meu amigo, o venerado, o enigmático. 

E, naquele momento, o estranho se aproximou. 







Capítulo Três 

E não se atreva a mentir para mim, Hastings. Nossas conversas 

podem ser feitas através de tinta e papel, mas eu prometo que saberei se 

você está mentindo, e você vai se arrepender. Você enviou ou não enviou o 

maldito livro? 

-De Evie para Hastings, com a chegada de uma cópia anônima do 

Livro de Etiqueta da Sra. Seeton: Regras, direção e comportamento 

adequado para o belo sexo. 

O cérebro de Benedict tinha congelado um segundo com o choque de 

descobrir que a belíssima deusa loira era, de fato, Evie. Sua Evie. A Evie 

que era para estar em Londres, longe da casa, ele buscou refugio dentro de 

si mesmo. 

A próxima coisa que ele sabia, é que estava se lançando pra ação, 

abrindo a boca sem a menor ideia sobre o que ele diria, apenas, de repente 

muito certo de que Evie não poderia saber que ele era Hastings. - Mr. 

James Benedict, ao seu serviço, minha senhora. 

A mentira era como o vinagre em sua boca, e ele cerrou os dentes com 

o esforço para manter sua expressão neutra. Deus, o que ele fez? Seu olhar 

saltou para Richard, que estava à direita de sua irmã. Em qualquer outro 

momento, seu rosto teria sido cômico. Mas não agora. Não naquele 

momento, Benedict não podia fazer nada além de orar para seu velho 

amigo não desmenti-lo ali mesmo. 

Abençoadamente alheio à batalha silenciosa entre os homens, Evie 

sorriu. - É um prazer conhecê-lo, Sr. Benedict. E obrigado por falar, o meu 

irmão não tende a gostar de se ouvir falar. Ela bateu em Richard com o 

ombro provocando. Graças a Deus ela não olhou para o seu rosto 

congelado. Com a boca aberta,os seus olhos semelhantes aos de uma coruja 

assustada, ela teria reconhecido em um instante que algo não estava certo. 

Benedict encontrou o olhar de Richard, desejando que ele concordasse 

com o ardil. Realmente a mentira maldita tinha acabado de sair, tão natural 

como tomar um pouco de ar, mas que inferno, o que mais Benedict poderia 

ter feito? Pedaços do que dizia a terrível última carta vieram rapidamente 




de volta a sua mente. Se ela soubesse quem ele era, ela provavelmente iria 

estripa-lo, com as palavras, se ele tivesse sorte, embora ele merece coisa 

pior. 

Dane-se tudo, ele já tinha muito para lidar assim como estava, 

acrescentar um fantasma furioso do seu passado tornaria a situação ainda 

mais insuportável. 

Soltando os músculos da sua mandíbula, ele ofereceu-lhe a melhor 

personificação de um sorriso alegre. - Eu estava começando a me perguntar 

se ele simplesmente tinha se esquecido de quem eu era. 

A boca de Richard então se fechou e ele deu uma olhada em Benedict. 

- Não, ele disse lentamente, - Eu não me esqueci de quem é você, senhor 

Benedict. 

A ênfase foi sutil, mas inconfundível. Ainda assim, o pulso disparado 

de Benedict desacelerou um pouco. Richard iria acompanhá-lo, por 

enquanto, pelo menos. Mesmo enquanto ele tentava concentrar-se na farsa, 

na frente dele, a mente de Benedict correu para pensar em uma explicação 

para quando ele e Richard estivessem sozinhos. Fosse o que fosse, tinha 

que ser bem censurado. 

- Bom, deixe-me dar as boas-vindas a Hertford Hall. - Evie fez um 

pequeno movimento com o pulso, que abrangia toda a casa e as terras 

passando pela porta do estábulo. Obediente, Benedict tirou o olhar de sua 

forma atraente e examinou a paisagem como qualquer hóspede normal 

faria. Foi realmente impressionante, mais ainda do que a propriedade de 

sua própria família em Leicestershire. Com a enorme fachada de pedra 

subindo a colina levemente inclinada, ele teve o efeito de alguma forma, 

que preservar os gramados bem cuidados e as florestas ao redor e além. O 

bloco dos estábulos, que ele sabia ser a casa deatividades de criação dos 

cavalos da família, prestou uma homenagem à própria casa, com grandes 

janelas arqueadas e paredes de pedra imponentes. Não havia dúvida do 

orgulho que a família levou ao local. 

- Obrigado, minha senhora. É um prazer, finalmente ver o lugar.Ele 

poderia ter mordido a língua. Finalmente? 

Sua mão foi até a cintura elegante, que estava muito bem realçada 

pelo corte de seu traje de montar azul brilhante. - Eu não tinha percebido 

que você já era conhecido há tanto tempo. Como é que você e meu irmão 

se conhecem, Sr. Benedict? 




Uma pergunta muito boa. Ao seu lado, Richard cruzou os braços e 

inclinou a cabeça para o lado, a primeira sugestão de diversão começando a 

colorir sua expressão. Com ambos os irmãos esperando ansiosamente, 

Benedict decidiu dar a resposta mais óbvia. - Eton, na verdade. Nós nos 

encontramos nos primeiros dias. 

Como uma pessoa que passou metade de seu tempo vivendode 

mentiras, ele sabia que era melhor ficar o mais próximo da verdade 

possível. 

- Quando foi isso, exatamente? Perguntou Richard,a própria imagem 

da inocência. - Eu não consigo me lembrar. 

Ah, sim.Era evidente que ele estava começando a se divertir. 

Benedict abriu a boca para responder, mas o trote distante de um 

cavalo aproximando-se lhe deu uma pausa. Quem quer que fosse ele teria a 

gratidão eterna de Benedict. Ele virou-se a tempo de ver um cavaleiro 

solitário em um cavalo vermelho muito bonito se aproximando 

rapidamente. Embora o homem ostentasse cabelos grisalhos e Richard 

fosse loiro e tivesse a compleição um pouco mais atarracada, a semelhança 

era impossível de não se perceber. - Richard,esse é o seu pai? 

- Na verdade, é, respondeu ele, acenando bastante para o homem mais 

velho. O marquês devolveu o gesto, e os irmãos correram para 

cumprimentá-lo. 

Benedict ficou para trás, feliz pela chance de recuperar seu raciocínio. 

Granville não tinha ideia de como Benedict era grato pelo seu oportuno e 

inadvertido socorro. Ele aspirou um longo e lento bocado de ar, tentando 

acalmar seus nervos sobrecarregados. 

Depois de todos esses anos, depois de todas aquelascartas, era nada 

menos do que chocante ver Evie em carne e osso. Ouvir sua voz suave, 

clara e fugazmente sentir seu corpo ágil pressionado contra o seu. 

Mesmo no final, quando ela tinha invadido os seus pensamentos e os 

seus sonhos como uma beleza etérea indistinta, ele nunca poderia ter 

imaginado quão adorável ela era em pessoa. Todas essas emoções que ele 

tinha empurrado para os recantos mais distantes do seu espírito quase uma 

década antes, agora rugiam através de seu corpo, aquecendo seu sangue. 

Seus luminosos, quase cristalinos olhos azuis, seu sorriso atraente, mesmo 

sua pele levemente bronzeada adicionada ao seu fascínio. Era como se o 




fruto proibido tivesse sido colocado diante dele, perfeito em toda a sua 

glória intocável. 

Benedict engoliu, amaldiçoando a sua sorte infeliz. 

Por que diabos ela estava mesmo aqui? Por que não estava em 

Londres, batendo as longas pestanas com algum almofadinhaem um salão 

de baile? Ele começou a avançar, aproximando-se lentamente do trio com 

Richard abraçando e conversando com seu pai. Evie riu ao lado deles, o sol 

da tarde atrás dela transformando seu cabelo em um halo dourado sobre a 

cabeça. 

Um halo dourado? Benedict passou a mão pelos cabelos, ele tinha que 

conseguir uma contenção pra si mesmo. 

Richard deu um passo para trás e acenou.- Benedict, venha conhecer o 

meu pai. 

As implicações da declaração se abateram sobre Benedict de novo. 

Claro que a presença de Evie aqui significava que toda a maldita família 

estaria lá. Ele forçou um sorriso quando ele percorreu a distância entre eles. 

Ótimo, agora ele estava mentindo para um monte deles. Embora nunca 

tivesse se encontrado com eles, Benedict sempre os tinha respeitado. 

Richard e Evie tinham falado deles muitas vezes e com grande carinho, e 

era quase como se Benedict já os conhecesse. Eram exatamente o tipo de 

família que ele havia sonhado durante os momentos mais solitários de sua 

infância, quando seu pai o havia ignorado em favor de seus cães de caça e 

sua mãe tinha, tão completamente,sentido aversão por ele. E apesar de seu 

irmão ter sido um companheiro decente o suficiente quando eles estavam 

conduzindo os fios, tudo isso mudou quando ele foi embora para a escola e 

foi cercado por aqueles que alcovitaram para o futuro conde. 

Após as apresentações, o marquês sorriu em boas-vindas. - É muito 

bom que tenha se juntado a Richard para uma visita, Sr. Benedict. Espero 

que você se sinta em casa. 

Granville era tão jovial e acolhedor como Bendict tinha sempre 

imaginado que ele fosse. Ele era um homem bom e respeitável que não 

merecia ser enganado em sua própria casa. 

- Obrigado, meu senhor. É muito bom que o senhor tenha me 

recebido. 

Embora ele sorrisse e conversasse facilmente com os outros, 

elogiando os motivos e admirando a nova montaria do marquês, o mal-estar 




transformou o estômago de Benedict. Ele odiava esconder a verdade deles, 

mas o que ele poderia fazer? Ele tinha que descobrir uma maneira de sair o 

mais rápido possível. Ele não tinha ideia de onde mais ele podia ir, mas 

sabia que não seria certo ficar. Assim que ele achasse uma desculpa 

razoável para fazê-lo, ele iria embora. 

Por vontade própria, seus olhos se desviaram para sua bela excorrespondente. 

Ele podia enganar os outros, mas não a si mesmo. Tendo 

finalmente colocado os olhos nela, a ideia de se virar e ir embora era quase 

inconcebível. 

Logo, ele teria ido embora de suas vidas para sempre, mas só ainda 

não. 

Com a excitação inicial da chegada de seu irmão minguando, Evie não 

podia esperar para encontrar o irmão sozinho e descobrir o que realmente o 

trouxe para o Hall. Em resposta à pergunta de seu pai, Richard havia 

afirmado que estava muito entediado da cidade e queria uma mudança de 

cenário antes da temporada começar para valer. 

Faria tudo o que podia para não bufar. Richard se cansar da cidade? 

Sem chances. Enquanto subiam os degraus de pedras calcárias para a casa, 

ela esperou impacientemente pela oportunidade de questioná-lo sozinho. 

Ela lançou um rápido olhar para os seus hóspedes e mordeu o lábio inferior 

com a sensação de borboletas movendo-se dentro de seu estômago. Ela não 

podia mais esperar para ouvir sobre,quem diabos era esse Sr. Benedict e 

por que ela nunca tinha ouvido falar dele antes. 

Honestamente, não era justo que tal homem existisse na Inglaterra e 

ela ainda não tinha tido o prazer de colocar os olhos nele. Ela podia não 

querer se casar, mas certamente ela não estava morta. 

A pesada porta de carvalho se abriu nas dobradiças bem lubrificadas, e 

Finnington apareceu, inclinando a cabeça. - O aposento do Senhor Raleigh 

e uma suíte de hóspedes estão quase prontos, meu senhor. 

Evie ofereceu ao mordomo uma piscadela discreta. Nunca se deve 

subestimar a eficiência de uma equipe bem treinada. Eles provavelmente 

tinham ido trabalhar no momento em que os homens chegaram à casa. 

*** 




Granville esfregou as mãos. - Excelente. Imagino que os senhores vão 

querer recolher-se um momento. Por que não nos encontramos para 

algumas bebidas em meia hora ou algo assim? Ele virou-se para Richard e 

segurou-lhe no ombro. - Você deveria ir surpreender sua mãe antes de subir 

para o seu quarto. Ela aindaestá, provavelmente, na sala de estar. 

Finnington pode mostrar ao Sr. Benedict o seu quarto, enquanto eu vou 

refrescar-me. 

Richard concordou e Granville, o Sr. Benedict, e Finnington se 

dirigiram para a escadaria curva. Evie não poderia ter planejado melhor. 

Como Richard virou-se para o Salão Rosa, Evie atacou, agarrando-o pelo 

braço. Ela esperou até que os sons dos passos dos demais diminuíram antes 

de larga-lo.- tudo bem, coloque pra fora. O que está acontecendo? 

- O que você quer dizer? A própria imagem da indiferença,ele agarrou 

um punhado de nozes de uma taça de cristal em cima da mesa esculpida e 

jogou um pouco na boca. - Nada está acontecendo. 

- Sim, e eu sou a diretora na próxima produção de Othello. 

- Sério? Bem, bom para você, Pequena. Eu sempre soube que você 

temtalento para o dramático. Ele sorriu descaradamente, e ela sorriu apesar 

de si mesma. 

- Não seja um asno. Você não deixaria Londres tão perto da Estação 

sem uma razão. 

- Como eu disse ao papai, eu simplesmente decidi que o campopoderia 

dar um pouco de alívio da cidade. Ela pode ficar bem cansativa, você sabe. 

- Sim, eu sei, mas você sabe que existe tal coisa. - Toda a minha vida 

você não fez nada mais que cera poética sobre as ofertas da cidade. Um 

indulto da cidade, de fato. Ele deve pensar que ela nasceu ontem.- Deixeme 

ver... 

Ela cruzou os braços e inclinou a cabeça para o lado, estreitando os 

olhos. - Usando a mais científica das abordagens, tenho certeza que você 

está aqui, ela fez uma pausa dramática para fazer efeito, - por causa de uma 

mulher. 

Um sorriso tímido iluminou o rosto de seu irmão. - Sim, é claro. Isto 

nunca ia ser um grande mistério. Embora eu odeie ser tão malditamente 

previsível. 

- Se há um problema com você, com certeza temuma mulher no centro 

da questão, disse ela com conhecimento de causa. Sua estreita relação 




significava que ela sabia muito mais sobre seus vícios do que poderia ser 

adequado. 

- Palavras mais verdadeiras nunca foram ditas, mas eu nunca pensei 

que você fosse admitir isso. 

Ela fez uma careta para ele, fazendo-o rir. 

- Você não acha que eu iria perder essa, não é? Ele estava 

praticamente entregue numa bandeja de prata. Além disso, eu tenho certeza 

que você estará causandobastante problemas na semana que vem quando 

você voltar para a cidade. 

- Para sua informação, eu tenho algumas notícias muito boas. 

- Oh? - ele disse, levantando uma sobrancelha. 

Ela estendeu a mão e agarrou seu braço, incapaz de esconder sua 

excitação. 

- Eu conversei com Papai no início da semana e... 

Ela parou, apreciando a antecipação no rosto de Richard. 

- Sim? 

- Ele disse que se eu conseguir a bênção de Mamãe, eu posso ficar 

esta temporada fora. Não é maravilhoso? 

- Ficar a temporada fora? Por que você iria querer fazer uma coisa 

dessas? 

Ela bateu-lhe forte no ombro. 

- Seu grosso. Você sabe que o meu maior desejo é renunciar a caça ao 

marido e me concentrar em meu trabalho aqui. 

Ele riu e deu-lhe um abraço de um braço só. 

- Eu só estou brincando com você, Pequena. É realmente muito 

emocionante para você, embora eu não possa imaginar por que a vida no 

campo a cativa tanto.- ele estremeceu. - Dê-me a cidade em qualquer dia. 

- Sim, eu estou contando com isso. Eu tenho a intenção de fazer 

Hertford minha casa mesmo depois de você herdar, então é melhor você se 

acostumar com a ideia. Os estábulos são meu domínio, e eu pretendo 

mantê-los assim. 

Richard adotou uma expressão perfeitamente esnobe. 

- E ter uma mulher sujando as mãos com os negóciossob o meu 

comando? Nunca. 

Ela deu uma risadinha. Ele poderia ter sido representando por 

qualquer um na cidade. Realmente era bom tê-lo aqui, desde que ele não 




causasse qualquer problema antes da famíliapartir. Esse pensamento 

particular lhe deu uma pausa. Sempre que Richard estava por perto, eles 

entravam em travessuras juntos, apesar de suas idades supostamente 

maduras. Ela não deixava nada ao acaso. 

Colocando as mãos nos quadris, ela olhou-o nos olhos 

significativamente. 

- Eu tenho a bênção de Papai, mas só se eu puder conseguir a 

deMamãe também. Eu ainda não falei com ela, estou esperando apenas o 

momento certo. Nada pode dar errado entre agora e quando eles saírem. 

Estou falando sério, - disse ela, levantando uma sobrancelha para dar 

ênfase. - Eu não vou ter você e seu amigo perturbando o delicado equilíbrio 

das coisas, enquanto você está aqui. A última coisa que eu preciso é de 

mamãe e papai repensando a capacidade mental de sua prole. 

Richard soltou uma risada. 

- Você tem um jeito com as palavras, Pequena. Você tem certeza que 

não quer tentardirigir Othello? 

- Muito engraçado. Estou falando sério, no entanto. Se você fizer 

qualquer coisa para estragar tudo para mim, você vai se arrepender, eu 

garanto. 

Desta vez, Richard revirou os olhos. 

- Sim, mãe. Embora eu ache que se você quiser ser verdadeiramente 

dramática, você poderia dizer: “Você vai se arrepender do dia em que 

mexeu comigo”.- ele sacudiu o punho teatralmente para enfatizar o lamento 

- Isto tem certo charme, não você acha? 

Ela balançou a cabeça com uma careta. 

- Sim, uma boa lamentação sempre apimenta as coisas. 

Ela fez uma pausa e brincou com o punho de sua manga. Tão 

casualmente quanto conseguiu, ela disse: 

- Falando de apimentar as coisas, quem, exatamente, é esse Sr. 

Benedict? - bastou dizer o nome dele e a emoção dançou através dela. 

- Como ele disse, apenas um velho amigo. 

- Se ele é um velho amigo, por que eu nunca ouvi falar dele antes? Eu 

poderia jurar que eu sabia de todos os seus amigos, velhos ou de outra 

forma. 

- Tenho certeza de que o mencionei em algum momento. - disse ele, 

acenando com a mão no ar, desconsiderado. - Você deve ter apenas 




esquecido. E realmente, o que isso importa? Estaremos aqui apenas alguns 

dias, e então seguiremos o nosso caminho. 

Evie franziu as sobrancelhas. Ele nunca tinha mencionado o homem, 

ela tinha certeza disso. Mas talvez ele estivesse certo, ele realmente não 

tinhaimportância. 

-Tudo bem, então. Será melhor você ir refrescar-se antes de nossa 

pequena reunião. Você olha e cheira como alguém que se arrastou pelos 

estábulos. 

Richard suspirou, soando como se ele estivesse segurando a 

respiração. 

- Certo. Vou dizer olá pra mamãe antes de lavar-me, e você está indo 

recolher as meninas. Em, ele olhou para o relógio de bolso, - cerca de 30 

minutos, eu vou te ver na sala de estar. Eu espero que você readquirao seu 

entusiasmo anteriorquanto ao prazer divino da minha companhia. E não se 

preocupe mais com o mau comportamento do Richard, certo? 

Ela assentiu com a cabeça, e ele piscou antes de sair. Apesar de sua 

despreocupação com a coisa toda, ela se viu pensando que havia algo... 

Sobreo Sr. Benedict. Ela deu de ombros e começou a subir a grande 

escadaria curva. Provavelmente, não era nada. E realmente, quando alguém 

era tão bonito como ele, pode-se sair com um pouco de peculiaridade aqui 

e ali. 

Quando ela chegou ao topo da escada, a porta para um quarto nas 

proximidades foi fechada, chamando-lhe a atenção. Evidentemente, tinha 

sido dado a Sala Azul ao Sr. Benedict. 

A sensação deliciosa de antecipação deslizou através dela só com a 

ideia de vê-lo de novo, e ela mordeu levemente o lábio. Por que foi que ela 

teve o súbito desejo de ir bater à porta do homem? Ela balançou a cabeça 

com o pensamento escandaloso. 

Talvez não fosse somente com o comportamento de Richard, que ela 

devesse se preocupar. 




Capítulo Quatro 

Colocando a bravura de lado, eu sou um homem de palavra, e eu não 

iria quebrar um acordo com uma senhora. Eu também não iria quebrar um 

com você. Além disso, é muito mais divertido as brincadeiras com você por 

carta do que manter minhas boas maneiras em pessoa. Você não 

concorda? 

-De Hastings para Evie 

Quando o último criadosaiu do quarto e fechou a porta atrás dele, 

Benedict fechou os olhos e soltou um longo suspiro. 

- Graças a Deus que acabou. 

Pena que ele teve poucos minutos para tentardar uma explicação para 

Richardque não resultasse em levar um pontapé na bunda ou encontrar o 

Richard em um descampado de arma na mão. Ou pior, ser entregue para 

Evie como o mentiroso que ele era. 

Tirando o paletó, Benedict jogou-o para os pés da enorme cama de 

dossel e inspecionou o cômodo. Do outro lado da cama, uma pequena área 

de estar foi organizada em torno de uma lareira onde as toras recém-acesas 

crepitavam ruidosamente. O calor do fogo trabalhou para perseguir o frio 

da enorme sala. Enormes, janelas quase do chão ao teto forrando a parede 

de trás, eo sol da tarde derramado através de colunas inclinadas, com 

destaque para a poeira agitando-se na sala preparada na hora. 

Ele caiu sobre o banco estofado no pé da cama e passou a tirar suas 

botas. 

O que ele poderia dizer a Richard para explicar o seu raciocínio? 

Talvez devesse dizer que ele estava fugindo da lei e tinha assumido uma 

identidade falsa para evitar a captura. Ou que uma amante abandonada 

estava atrás dele. Ou que ele tinha sofrido um ataque da mente e tinha 

esquecido momentaneamente seu próprio nome. 

Ele largou a bota esquerda no chão com um baque. Não, ele devia 

dizer a Richard a verdade, ou pelo menos tanto dela quanto possível. Ele 

era o melhor amigo de Benedict, pelo amor de Deus. Ele não conseguiria 

olha-lo nos olhos, se ele começasse a empilhar mentiras. 




Uma batida forte soou na porta. - Entre, ele falou, puxando a bota 

direita. 

Richard entrou, olhando-o notavelmente revigorado. - Tudo 

resolvido? - Sim?Bom agora eu estou positivamente extasiado para saber o 

que o diabo deu em você para se apresentar do jeito que fez senhor 

Benedict.A questão foi feita sem raiva, mas com uma curiosidade genuína. 

Instalou-se em uma das cadeiras azul-e-branco com listras ao lado da 

lareira e esperou pela resposta de Benedict. 

Benedict passou a mão pelos cabelos, soltando um suspiro. -De 

maneira nenhuma, eu sei, não foi a minha decisão mais inteligente hoje. 

Mas você se lembra da correspondência que sua irmã e eu compartilhamos 

quando éramos crianças?Richard balançou a cabeça e Benedict continuou. - 

Pelo que tenho notado ao longo dos anos, ela nunca compartilhou com você 

como essa relação especial acabou. 

A sobrancelha esquerda de Richard levantou-se. - Eu tinha assumido 

que morreu naturalmente quando você deixou a escola, mas meus poderes 

surpreendentes de raciocínio dedutivo agora me levam a acreditar que não é 

o caso. 

- Não exatamente. Eu era jovem, e um idiota, e não queria a minha 

antiga vida me seguindo para a minha nova e excitantevida. Evie é um 

pouco, bem, persistente, digamos assim, e como ela não entenderia a dica 

de que eu não queria continuar a escrever, eu mandei uma carta bastante 

contundente que acabou com a correspondência.Benedict tentou não se 

encolher quando o texto desta última carta passou pela sua mente. Deus, 

depois de todos estes anos ele ainda se sentia como o pior tipo de cafajeste. 

Definitivamente era melhor que Hastings ficasse no passado, ao encontrar 

Evie. 

Richard pareceu genuinamente surpreso. - Que estranho. Ela nunca 

disse uma palavra sobre isso. 

- O que deve dizer algo sobre como se sentia sobre a carta. Eu sei o 

quão perto vocês dois são. Ela já escondeu algo de você antes? 

- Não que eu saiba, embora eu deva admitir que agora eu não tenha 

tanta certeza. Richard sentou-se para frente, esfregando as palmas das mãos 

sobre os joelhos. - Ainda assim, isso foi háquase uma década atrás, você 

realmente acha que é necessário mentir sobre seu nome? 




- Não é bem uma mentira é mais como um rearranjo, realmente. Meu 

nome do meio é James, no final das contas. Mas realmente, você gostaria 

de estar na minha pele quando ela perceber que o canalha que a chamava 

de uma "pestinha irritante de uma menina com toda a graça e decoro de 

uma mutuca" está aqui em carne e osso? 

Richard sufocou uma risada horrorizada sob sua mão. - Não, eu 

definitivamente não o faria. Porem isso não foi de todo mal feito por você 

afinal, meu amigo. Por uma questão de fato, disse ele, esfregando a mão no 

queixo, - pode valer a pena, para que eu diga a verdade a ela apenas para 

ver o que ela vai fazer com você. 

- Você concordou com a farsa quando eu me apresentei, Benedict 

lembrou. Seu tom era despreocupado, apesar da inquietação dando um 

nóem seuestômago. Com tanta turbulência em sua vida agora e tudo o que 

estava em jogo com o seu futuro, não poderia dar-se ao luxo de se distrair 

com mais um drama. 

- É verdade. Curiosamente, apesar de trazer à tona o fato de que ela 

nunca ter ouvido falar de um James Benedict, Evie parece levar nossa 

súbita aparição relativamente bem. Em vez de se preocupar, realmente. Ela 

será obrigada a aceitar mais cedo ou mais tarde. 

- Quem sabe ela vai deixar isto pra lá. 

Richard bufou. - Certamente. E eu posso esperar criar asas e alçar voo 

em algum momento na próxima hora ou assim. Quer se juntar a mim? 

Um sorriso inesperado levantou o canto da boca de Benedict. Na 

verdade era realmente um presente que Richard ainda o fazia rir, mesmo 

agora. - Tudo bem, acho que devemos levar a nossa história em frente. Eu 

posso ser um velho amigo de passagem no caminho para tomar uma nova 

posição, no norte. 

- Um acadêmico? Essa é ótima. 

- Bem, se eu fosse um nobre, eles sabem o meu nome de família, e eu 

prefiro não passar por um pároco ou militar. Simples, respeitável, e normal. 

- Eu suponho que poderia trabalhar, disse Richard, em dúvida. 

- Basta manter a história, e vou me esforçar para ser tão 

desinteressante como eu posso controlar. 

- Sim, mas o que você vai fazer de diferente? 

Benedict ignorou completamente. - E eu vou fazer tudo que posso 

para ficar fora de seu caminho, enquanto estiver aqui. 




Um som estranho passou através da porta, e os homens trocaram 

olhares. O pavor caiu no estômago de Benedict como chumbo. Ele tinha 

sido um espião por um tempo muito longo para não saber o que era um som 

suspeito quando ouvia um. Richard colocou um dedo sobre os lábios e se 

levantou da cadeira. Benedict balançou a cabeça e apontou para os pés com 

meias. Rápido como um fantasma, ele saltou fora de sua cadeira e 

atravessou a sala. 

Em um movimento rápido, ele girou a maçaneta e abriu a porta. Uma 

mulher de cabelos loiros tropeçou na sala e bateu direto em seu peito, pela 

segunda vez naquele dia. Oh Deus, Evie tinha ouvido. 

- Beatrice! Richard exclamou sua testa franzida em consternação. - O 

que você pensa que está fazendo, sua bisbilhoteira? 

Beatrice? Benedict soltou um longo suspiro de alívio que percorreu 

por ele. Rapidamente, ele empurroua intrusa para longe dele e fechou a 

porta. Era óbvio agora que ela era apenas uma sósia de sua irmã mais 

velha. Tanto seu cabelo quanto seus olhos eram escuros, e ela era de uma 

constituição muito mais leve. 

A pele pálida da garota estava ruborizada quando ela levantou os 

ombros em uma espécie de meio encolher de ombros. - Bem, eu sinto 

muito, mas quando você não veio para nos ver, eu escapei para longe de 

nossas aulas para vir vê-lo, mas logo que eu desci as escadas, você 

desapareceu no quarto de hóspedes, e então eu ouvi suas vozes, e, bem, ela 

fez uma pausa para respirar, - Eu não queria interromper se fosse uma 

conversa importante, afinal de contas. 

Os lábios de Richard estavam franzidos, e suas mãos repousavam 

sobre seus quadris; ainda sua expressão era bastante indulgente. - E o que 

você ouviu, menina impertinente? 

Ela sorriu e se voltou para Benedict, curvando-se em uma rápida 

reverência. -Olá, Sr. Hastings. É tão emocionante finalmente conhecê-lo 

pessoalmente. 

Richard e Benedict gemeram em uníssono. Caramba, esse não ia ser o 

seu dia ou sua semana. Talvez nem mesmo o seu ano. 

- Tudo bem, Bea, disse Richard, enganchando um braço sobre os 

ombros de sua irmã e levando-a para o sofá perto das janelas. - O que isto 

vai custar para você ficar quieta? 




- Por que ninguém acredita que eu posso guardar um segredo? Ela 

resmungou, conseguindo um olhar genuinamente irritado. 

- Bem, minha cara, todo mundo sabe que não se pode confiar em um 

espião. 

Benedict fez uma careta. Aquela pequena piada realmente doeu. 

Dando a ele uma agitação mental, ele refez seus passos até a cama para 

recuperar seu paletó. Se ele tinha que ter a desvantagem de ser inútil na 

frente da menina, ele poderia ao menos estar devidamente vestido dos 

joelhos para cima. - Lady Beatrice, peço desculpas que você tenha sido 

atraída para o nosso pequeno ardil. Eu sei que você não iria querer enganar 

sua irmã. 

- É assim que estamos chamando a mentira nos dias de hoje? Ela 

sorriu inocentemente enquanto falava. 

Benedict rangeu os dentes contra a réplica que surgiu em seus lábios. 

Ele precisava da menina do seu lado, ele gostasse ou não. Agarrando uma 

das cadeiras junto à lareira, ele levou-a para o sofá e colocou-a diretamente 

em frente a ela. Qualquer bom manipulador sabia que estar no nível dos 

olhos é importante quando se tenta angariar algum favor do adversário. - 

Desejo apenas poupar sua irmã a mágoa de relembrar antigas memórias. Se 

eu soubesse que ela estava na residência, eu nunca teria vindo. Como eu 

vou estar aqui apenas um curto período de tempo, com certeza você pode 

ver que eu simplesmente quis poupar seus sentimentos. 

Beatrice bufou. - Você só queria se poupar da dor de sua surra quando 

ela descobrir quem você é realmente. 

- Isso é desnecessário, Bea, advertiu Richard, seus traços, desta vez, 

parecendo sérios. 

- Diz o homem que mentiu junto. 

- Diz à garota que depende de seu único irmão para enviar suas tintas 

para pintura a óleo. 

Beatrice engasgou, recuando de horror. - O que tem isso a ver com 

alguma coisa? 

Richard recostou-se nas almofadas, presunçoso agora. - Só que, se 

você optar por tagarelarpara alguém, Evie, mamãe ou papai, ou mesmo a 

sua empregada, pois você logo vai ter que se readaptar a pintura com as 

delícias dasaquarelas. Você sabe como deveria ser apropriada a uma jovem 

senhora. 




- Mas isso não é justo! 

- Essa é a vida, minha querida. 

Um sorriso cauteloso veio aos lábios de Benedict. Beatrice olhou 

verdadeiramente chocada com a ameaça. Ele manteve a tranquilidade, no 

entanto, esperando para ver o que ela diria. 

Após alguns segundos, seus ombros magros caíram e ela deu um 

pequeno aceno de cabeça. - Muito bem. Eu não vou dizer nada a ela. Mas 

só para você saber, disse ela, endireitando-se um pouco, - não é só por 

causa das tintas. Ela quer algo muito desagradável, e eu acho que sua 

reação à presença de Hastings poderia comprometer seus planos. 

- Anotado, disse Richard, sorrindo em triunfo. - Agora, então, dê um 

abraço no seu irmão e volte para seus tutores antes de entrar em apuros. 

Benedict esperou que Richard acompanhasse a irmã até a porta. 

Apesar da escaramuça entre eles, não parecia haver ressentimento algum. 

Se tivesse sido o próprio irmão envolvido em uma batalha de vontades, 

Benedict não tinha dúvida de que as coisas teriam terminado muito pior. 

Ele apertou a mandíbula com o pensamento, empurrando Henry tão longe 

de sua mente quanto possível. Ele não queria pensar sobre o bastardo ainda, 

não com Richard na sala. 

Quando a porta se fechou, Benedict levantou-se e passou a mão pelo 

cabelo.- Bem, isso torna as coisas um pouco mais confusas. Você acha que 

ela pode manter a língua dentro da boca? 

- Eu não me preocuparia muito. Ela é um pouco mais velha do que ela 

era quando tagarelou aos nossos pais sobre aquele pequeno passeio a meianoite 

até a Rosa e oEspinho alguns verões atrás. 

- Ótimo, agora eu me sinto muito melhor. 

Richard riu e deu-lhe um tapa no ombro. - Ela quer essas tintas demais 

para arriscar. Agora, vamos falar mais sobre o assunto. Nenhum 

subornopoderia manter Jocelyn ou Carolyn quietas se elas descobrissem o 

que está acontecendo. 

Maldição. As coisas só ficavam cada vez melhores. - Talvez eu 

devesse me despedir. Isso está se tornando muito complicado. Apesar de 

Benedict disserisso, uma voz dentro dele protestou. Ele tinha apenas 

colocado os olhos em Evie, como ele poderia levantar e ir embora tão 

cedo? Em meio a todas as coisas podres em que estava atolado, ele não 




poderia ter um dia ou dois para desfrutar na presença de Evie? Em seguida, 

armazená-los como trigo para o inverno? 

Richard fez um gesto de desprezo. - Oh, não. Você não vai me deixar 

agora. Além disso, esta é a maiordiversão que eu tive em anos. Agora, 

então, eu estou ansioso para pegar alguma comida. Vamos? 

Era possível sentir alívio e temor de uma vez? - Muito bem. Deixe-me 

colocar minhas botas. 

Quando ele calçou de volta, Benedict preparou-se contra a sensação 

desconfortante de mercúrio liquido em suas veias. Doía o desejo de ver 

Evie novamente e que Deus o ajude quando ele encontrasse o alvo de sua 

ira. 

Uma vez que suas botas estavam no local, ele se levantou e acenou 

com a cabeça em direção à porta. - Mostre o caminho. 

*** 

- Ele é bonito? 

Evie, que tinha sido a primeira a chegar à sala de estar para o chá, se 

afastou da janela e levantou uma sobrancelha paraa sua irmã mais nova, 

Carolyn, cujos olhos azuis estavam arregalados com grande curiosidade. 

- Eu ouso dizer que você pode ver por si mesma em poucos 

minutos.Soltando a cortina, Evie deu a volta no sofá, alisando as saias 

volumosas do seu trajequando ela sentou. Ela não teve tempo suficiente 

para mudar, mas depois de examinar o céu, ela se perguntava se ela ainda 

poderia ter a oportunidade de montar depois de tudo. Apenas uma volta 

rápida, é claro, ela não estaria fora aopor do sol. 

A expressão esperançosa de Carolyn desapareceu, e ela se sentou no 

sofá oposto ao de Evie, os cachos loiros, parecendo salsichas emoldurando 

o seu rosto e saltando com o impacto. Sentada ao lado no sofá, a sua irmã 

gêmeaJocelyn torceu o nariz. - Isso deve significar que ele não é. 

- Jocelyn exclamou Beatrice, franzindo a testa enquanto colocava seus 

pés debaixo dela, - Evie não queria dizer tal coisa. Ela era apenas um ano 

mais velha, mas, no entanto, parecia muito mais madura, o que irritava 

continuamente suas irmãs mais novas. 

Hoje não foi exceção.Jocelyn fez uma careta de volta. - Como você 

sabe? Ele poderia ser uma espécie de ogro por tudo que sabemos. 

Evie sorriu, imaginando o belo estranho, com seus olhos cor de 

chocolate e os ombros deliciosamente largos. Um ogro ele não era. - Eu 




quis dizer exatamente o que eu disse. Ele deve descer a qualquer momento, 

e eu espero que vocês tenham boas maneiras. 

- Sim, por favor.Sua mãeentrou na sala, o vestido laranja sussurrando 

animadamente enquanto ela caminhava. - Eu gostaria muito que 

vocêstodosse comportassem bem. Ela parou atrás dos gêmeos para beijar 

suas bochechas antes de passar para inspecionar a bandeja de chá. 

- Claro, mamãe. Eu só gostaria que fosse dado um pouco de 

advertência. Eu teria escolhido a minha musselina rosa e branco em vez 

dessa coisa velha.Jocelyn escolheupara ela infelizmente,um vestido 

perfeitamente lindo, seu único pecado é que ele ostentava um arranjo verde 

em vez de rosa. 

Ciente de que a bandeja estava em ordem, a mãe sentou-se ao lado de 

Evie. - Eu certamente teria apreciado que me avisassem com um pouco de 

antecedência, querida, mas essa é a mente de um homem. Eu estou feliz 

que ele veio agora e não daqui a uma semana. Nós já estaríamos a meio 

caminho de Londres até lá, e eu teria ficado muito decepcionada com a 

falta dele. 

Evie empalideceu com menção de Londres. Como diabos ela iria 

encontrar a oportunidade de falar com sua mãe em particular com Richard 

e seu convidado causando tanta emoção? Evie sabia que não podia esperar 

muito mais tempo, ou a oportunidade iria passar. Nesse meio tempo, ela 

deve se comportar absolutamente irrepreensível. Ela discretamente 

endireitou os ombros e suavizou seu sorriso. 

- Ah, aqui estão elas, a minha querida família. 

Na saudação de Richard, as meninas se levantaram para cumprimentálo, 

rindo enquanto ele abraçou os três de uma só vez. Sua mãe e Evie 

também se levantaram, e um momento depois seu pai entrou na sala. 

Evie ficou um pouco para trás, com as meninas falando animadamente 

com Richard, suas vozes subindo uma oitava ou duas para serem ouvidas 

uma sobre a outra. Através da cacofonia, Evie, de repente sentiu-se 

compelida a olhar para a porta. O Sr. Benedict ficou do lado de fora da sala 

de desenho, seus olhos dirigidos diretamente para ela. Ela respirou 

surpresa, uma pequena emoção girou em volta de seu pescoço. 

No momento em que seus olhos se encontraram, ele desviou o olhar, 

procurando Richard. Quando ele entrou na sala, as meninas pararam de 




falar ao mesmo tempo, deixando um vácuo de silêncio que parecia ecoar no 

papel de parede cor de rosa. 

Jocelyn e Carolyn compartilhado olhares idênticos de admiração, com 

os olhos arregalados e os lábios entreabertos. Beatrice mordeu o lábio e 

corou antes de olhar para baixo, para as mãos. Atingida novamente por 

suas feições e ombros largos, Evie sabia muito bem o que suas irmãs mais 

novas deviam estar pensando. O Sr. Benedict deslocou-se sob o escrutínio 

súbito, parecendo desconfortável. Richard levou tudo na esportiva, 

estendendo a mão para o amigo. - Sr. Benedict, venha conhecer a minha 

família. 

Com seu irmão fazendo as apresentações, Evie parouao seu lado e 

observou seu hóspede. Ele cumprimentou cada um dos membros de sua 

família graciosamente, só um pouco reservadamente. Embora seus olhos 

nunca se fixassem nos dela novamente, ela se perguntou se ele poderia 

estar tão ciente dela como ela estava dele. 

Colando um sorriso em seu rosto, ela não ouviu uma palavra da 

conversa, em vez disso, ela deixou que seus olhos seguissem a linha forte 

dos ombros baixandopara seu peito largo fazendo todo o caminho até sua 

cintura fina. Ela desviou o olhar antes que seus olhos pudessem mergulhar 

mais baixo e mal resistiu ao impulso de abanar suas bochechas. 

- Evie? 

Sua cabeça se levantou para ver sua mãe olhando para ela de forma 

estranha. -Sim? 

- Eu disse você gostaria de servir o chá? 

Droga, como ela tinha perdido a pergunta? Ela sorriu para a Mãe. - É 

claro. Encolhendo-se, Evie correu para a bandeja do chá. Ela realmente 

precisava se recompor. Ela pegou o bule de porcelana delicada e serviu a 

primeiraxicara, uma coluna de vapor perfumado agradavelmente 

subindoaté seu nariz e acalmandoum pouco os seus nervos. Ela olhou de 

soslaio para o Sr. Benedict. - Como você toma seu chá, senhor? 

Ele inclinou a cabeça ligeiramente para o lado como se ela tivesse 

perguntado se ele queria caracóis com o chá. Após uma pequena hesitação, 

ele disse: - Só um pouco de leite, por favor. 

Suas sobrancelhas se juntaram brevemente antes dela suavizar sua 

expressão. Honestamente, o que ela disse para ganhar esse olhar especial? 

Ela estava começando a pensar que o homem era um pouco estranho. 




Ela assentiu com a cabeça e, no entanto, voltou sua atenção para o 

chá, enquanto Richard regalou a sua família com um conto excessivamente 

dramático sobre a pousada que tinha ficado na noite anterior. Colocando o 

creme, Evie se endireitou e deu um passo à frente para oferecer ao Sr. 

Benedicto chá. 

Ele aceitou com mais um daqueles sorrisos quase inexistentes. 

Claramente sutilezas sociais não eram o forte deste homem. Ela começou a 

voltar para o chá quando o mais leve toque de seus dedos em seu pulso nu 

aqueceu-a. - Lady Evelyn? 

Embora ele tenha imediatamente retirado a mão, ela se sentiu como se 

cera quente tivesse escorrido em sua pele, feroz, mas estranhamente 

prazeroso ao mesmo tempo. - Sim? Sua voz soava ofegante para seus 

próprios ouvidos, e ela respirou fundo. Graças a Deus a sua família estava 

preocupada com a história. 

- Como é que você toma o seu chá? Ele olhou para ela com interesse 

genuíno, e ela tardiamente percebeu que ela estava, provavelmente, dandolhe 

o mesmo olhar estranho que ele tinha dado a ela momentos atrás. 

- Um, um torrão de açúcar, sem leite. 

Ele balançou a cabeça como se fosse a conversa mais normal do 

mundo e moveu-se para a frente para sentar-se. O que na terra? Evie deu 

uma pequena sacudida na cabeça e voltou para os seus deveres de anfitriã. 

Enquanto ela servia e distribuía o chá, ela não conseguia parar de lançar 

olhares furtivos na direção do Sr. Benedict, observando suas expressões 

enquanto ele conversava com os outros. Nenhuma outra vez ele lhe 

deuoutro daqueles olhares estranhos ou lhe fez perguntas estranhas. 

Quando Evie passou a última xícara de chá para Carolyn e sentou-se 

no antigo sofáabafado, Mama virou-se para o Sr. Benedict e sorriu. - Eu 

espero que você não se importecom a natureza informal da nossa pequena 

reunião. Tendemos a ser muito relaxados quando estamos aqui no Hall. 

Ele olhou ao redor da sala iluminada e espaçosa. - Não, minha 

senhora. E devo dizer, sua casa é linda. Eu posso ver porque a senhora não 

costuma ir à cidade com um lugar como este disponível. 

- Ora, obrigado, Sr. Benedict.A mãe corou com prazer. Ela havia 

remodelado profundamente a casa ao longo dos anos, e Evie sabia que ele 

não poderia ter dado a sua mãe um elogio melhor. - Fale-nos mais sobre si 

mesmo. Eu sei pra onde você está indo, mas de onde você vem? 




- Bath, Richard interveio com a boca cheia de sanduíche de pepino. - 

Ele vem de Bath. 

O Sr. Benedict congelou por uma fração de segundo, sua xícara de chá 

a meio caminho da mesa. Pousando sua xícara, ele assentiu. - Sim,Bath, 

minha senhora.Ele apertou um guardanapo aos lábios, seus olhos voando 

para Richard antes de continuar. - Desde que deixei a universidade, no 

entanto, eu raramente me encontro fora do terreno da escola. Na verdade, 

parece que eu fui diretamente de educadoa educador, por assim dizer, e 

voltarei a encontrar-me trancado dentro das paredes de uma nova escola. 

- Bath, você diz? Todos os olhos viraram na direção de Evie. Droga, 

ela tinha acabado de falar em voz alta? 

Ela estava pensando que Richard não tinha bons amigos em Bath, que 

era por isso que ele não tinha aproveito as ofertas especiais da cidade. Ela 

tinha que dizer alguma coisa agora, para que não parecesse uma idiota. Ela 

lambeu os lábios e forçou um sorriso. – Que interessante. Eu mesmo nunca 

fui a Bath. Como minha mãe já referiu, a nossa família passa a maior parte 

de nosso tempo aqui no Hall, mas ouço que os banhos romanos são um 

fenômeno. Diz-se que as águas de lá são milagrosamente restauradoras. 

Diga-me, você utiliza as águas quando você encontrar-se na área, Sr. 

Benedict? 

Interiormente, ela fez uma careta. Bem, isso não soou tão fútil. 

- Sim, são muito atraentes. No entanto, como eu voltei tão pouco, eu 

não tenho aproveitado particularmente o que a cidade oferece. 

Evie fez uma careta. Ele fez isso de novo, deu-lhe um olhar estranho, 

ilegível. Ele estava sendo perfeitamente agradável com os pais. Quando 

normalmente ela poderia ter deixado o tema morrer, ela inclinou a cabeça 

como se estivesse muito interessado no que ele tinha a dizer. - Sério? Eu 

esperava que um residente aproveitasse bem uma oferta local. 

Ele estendeu a mão para o chá de novo, quebrando o contato visual. - 

História antiga não é realmente o meu forte, eu suponho. 

- Mas a beleza dos banhos reside em ser o passado voltando à vida, 

por assim dizer. 

Seus olhos brilharam ao encontrar os dela. - Às vezes o passado é 

melhor ser deixado para trás, eu acho. A intensidade estava de volta, 

mesmo que apenas por um momento. Ela estremeceu, não sei o que fazer 




com ele. Então ele sorriu, embora o sorriso parecesse não alcançar seus 

olhos. - Você está interessado em povos antigos, então, Lady Evelyn? 

Era difícil pensar direito com toda a força do seu olhar direcionado 

para ela. Ela não tinha percebido que sua bochecha esquerda tinha covinhas 

quando sorria. - Hum, sim, eu acho que eles são muito fascinantes. 

Infelizmente, muitas vezes encontrá-los tende a ser mais interessante do 

que as pessoas no presente. 

Percebendo imediatamente a possível interpretação da declaração, ela 

se apressou a esclarecer. - Não falando das pessoas presentes, er, da 

companhia, é claro. Eu estava falando em termos gerais. Oh meu caro, eu 

peço desculpas se tiver agora conseguido insultar a totalidade do Império 

Britânico, ela terminou fracamente. Ela realmente disse isso? Encolhendose, 

Evie mordeu um biscoito de chocolate para não fazer mais quaisquer 

comentários idiotas. 

O Sr. Bento levantou uma sobrancelha, mas acenou com a cabeça, no 

entanto, como se ela tivesse realmente feito certo sentido. Ela engoliu em 

seco e sorriu levemente para trás, em seguida, virou-se para a mãe. – Devo 

pedir mais chá? 

A mãe olhou para ela com interesse, acenando lentamente, e Evie 

valentemente reprimiu um rubor quando ela se levantou e se dirigiu para o 

cordão da campainha. Depois de todos os seus avisos para Richard, ela era 

a única a ganhar a famosa sobrancelha levantada de sua mãe. 

Evie suspirou. Tudo o que ela precisava fazer era agir como um ser 

humano normal entre agora e quando sua família partisse. Realmente, era 

pedir muito de si mesma? Seu olhar deslizou para o Sr. Benedict, agora 

envolvido em uma conversa com seu pai. O que havianele que a deixava 

tão intrigada, afinal? Ninguém nunca tinha prendido tanto a atenção dela, 

pelo menos não em pessoa. 

Ela apertou os lábios. Por mais que ela estivesse curiosa sobre o 

homem, ela se recusava a fazer papel de tola. O que ela precisava era de um 

passeio. Estar confinada em casa com a mamãe tinha claramente 

atrapalhado seu cérebro, e um passeio pelo pátiopoderia ser o que ela 

precisava. Talvez, então, o seu coração não iria correr cada vez que ela 

fizesse contato visual com o estranho enigmático. 




Como se fosse uma sugestão, ele olhou para cima e seus olhos 

imediatamente encontraram os dela. Ela respirou rapidamente e uma 

tontura repentina fez seu coração bater. 

Oh céus, ela estava em apuros. 




Capítulo Cinco 

Se minha avó recebe sempre uma carta de você, os termos do nosso 

acordo tornam-se nulos e sem efeito. Seria melhor que você fechasse todas 

as suas portas, para que eu não o encontre sozinho e aplique uma punição 

adequada para tal ingerência . 

- De Hastings para Evie 

Ele realmente precisava apanhar ar. 

Após o chá terrivelmente educado com a família de Richard, Bento 

precisava ficar longe de todos, do lado de fora, onde o ar fresco da noite 

poderia ajudar a clarear a mente. Talvez quando ele estivesse fora da casa, 

ele não conseguiria pensar em outra coisa além da deliciosa Lady Evelyn. 

Deus, ele se sentia como um degenerado maldito por sequer pensar em 

Evie nesses termos, vendo ela e Richard juntos pela primeira vez tinha 

realmente se dado conta que ela era irmã de seu melhor amigo. Ainda 

assim, simplesmente não havia como negar a atração de Benedict por ela. 

Estar na mesmasala com Evie foi uma experiência quase de sonho. 

Por todas as coisas muito pessoais que ele sabia sobre ela, suas aspirações, 

seus interesses, sua língua afiada, ocasionalmente, ele nunca havia 

considerado o quanto ele não sabia sobre ela. Ele não sabia como ela se 

mexia quando ela se sentava, alisando as mãos sobre o vestido ou batendo 

o pé levemente por baixo de suas saias. Ele nunca tinha pensado sobre qual 

o sabor de biscoito ela preferia, chocolateou como ela tomava o chá, um 

torrão de açúcar sem leite. E ele certamente nunca imaginou ouvi-la 

balbuciando sobre povos antigos. 

Um sorriso levantou o canto da boca. Seria possível que a sua 

presença aqui de alguma forma a tinha perturbado? Foi certamente 

perturbador para ele. 

O pequeno sorriso desapareceu. Ele sabia o que estava fazendo. Sem 

um pensamento consciente, ele foi deixando-se desviar das questões reais 

de sua vida. 

Ele fez uma pausa em uma das janelas, afastou as cortinas de damasco 

pesados, e descansou a testa contra o vidro frio. Toda a sua motivaçãode vir 

aqui para descobrir o que diabos ia fazer sobre a decisão impensável que 




ele tinha de fazer, e em questão de horas, tinha sido distraído. A janela 

começou a embaçar, onde sua pele tocou o vidro, e ele se afastou. 

O problema era que ele não estava pronto. Ele precisava de um pouco 

mais de tempo antes que ele pudesse olhar para a situação com qualquer 

objetividade. Não que jamais pudesse olhar a traição com qualquer 

quantidade de desapego. Impiedosamente, ele empurrou todo o calvário 

para a parte de trás de seu cérebro. 

Mais tarde. Ele iria lidar com tudo isso mais tarde. 

Ele caminhou até a porta, parando apenas o tempo suficiente para 

recuperar seu chapéu e luvas, e dirigiu-se para a liberdade. 

A luz do sol de antes tinha dado lugar a nuvens, obstruindo o sol 

poente. Ele respirou fundo, enchendo os pulmões com o ar do campo, ar do 

campoinglês infinitamente mais doce do que , digamos, ar do campo 

francês. Ele tinha perdido essa qualidade indefinível do ar Inglês. Depois 

de tudo o que aconteceu na semana passada, ele não podia lembrar porque 

sempre tinha achado emocionante deixar o país. Após os últimos anos, ele 

havia pisado em solo muito mais estrangeiro do que era saudável. 

- Oh, eu imploro seu perdão! 

A respiração de Benedictparou. Sem sequer se virar, ele já sabia quem 

era. A voz dela já estava impressa em seu cérebro, juntamente com muitas 

das cartas que tinham compartilhado através dos anos. Ela era, afinal, a 

única pessoa que havia escrito a ele em todos os seus anos em Eton. 

Suavizandoa sua expressão, ele girou nos calcanhares e baixou a 

cabeça em saudação. - Lady Evelyn. - Eu invadi a sua privacidade? 

Claro, tinha que ser ela, a única pessoa que ele deveria evitar. Ela 

parecia completamente adorável em seu traje de montar salpicado de lama, 

o rosto corado e seu cabelo ligeiramente despenteado onde saia enrolado 

abaixo de seu chapéu. Uma pequena mancha de sujeira decorado do 

queixo, e ele quase estendeu a mão para limpá-lo. Em vez disso, ele 

apertou as mãos com força por trás das costas. 

Ela sorriu para ele, de alguma forma, à procura de sol, apesar do 

tempo. - Nem um pouco. Eu estava voltando para casa depois de um belo 

passeio. Estive um pouco enfiada em casa nesta semana. Como você está 

desfrutando os jardins? 

- Acho-os bastante agradáveis. Ele ofereceu o mais breve sorriso 

possível, mais uma careta, realmente, antes de olhar para longe dela, na 




distância. Ele estava tão danado de curioso sobre ela, mas não era bom se 

envolver na sua conversa. 

Ela hesitou por um momento, e ele firmemente evitou olhar para ela. 

Finalmente, ela disse: - Eu estou contente de ouvir isso. Você é um 

entusiasta da natureza? Sua voz carregada de sugestões e com certa 

polidez, e ele firmemente reprimiu um sorriso. Quanto tempo levaria para 

sua língua afiada surgir? Ela seria capaz de esconder isso de um convidado 

de seu irmão? 

Voltando-se um pouco para longe dela, ele levantou e encolheu o 

ombro indiferente. - Não muito. 

Ela inclinou a cabeça, a sobrancelha dourada arqueando-se. - Sério? 

Não houve hesitação neste momento. - Acho que o ar livre pode ser 

bastante refrescante. Mesmo quando o tempo é menos do que agradável, o 

ar é sempre fresco e limpo, fornecido para evitar Londres. Ela teve um 

pequeno tremor, como se Londres constituísse o pior dos destinos. Claro, 

ele estava bem ciente de sua aversão à cidade, umacoisa que, na maior 

parte, ele concordava, mas ele não estava disposto a se solidarizar com ela. 

Em vez disso, ele simplesmente assentiu com a cabeça em reconhecimento 

educado. 

Ela olhou para ele por um momento, e ele desejou que ela pudesse ler 

o que estava acontecendo em sua mente. Ela esfregou a mão enluvada 

distraidamente ao longo de seu braço. - Eu acredito que você compartilha a 

preferência do meu irmão com a vida da cidade? Sua declaração foi 

pontuada pelo relincho de um cavalo a distância. 

- Eu não tenho nenhuma preferência de uma maneira ou de outra. 

- De verdade? Eu mal posso conceber um homem sem uma opinião... 

se é justificada ou não.A última frase foi ditaem um só fôlego, mas ele 

estava feliz que ele tinha pegado ela. Essa língua estavamaispróxima dela. 

- Oh? 

Ela corou ligeiramente, como o primeiro sinal de sol em uma noite 

quente de verão. - É justo que a maioria dos senhores do meu 

conhecimento tendem a expressar suas posições sobre temas bastante 

livremente, ou não tem qualquer conhecimento real para apoiar os seus 

pontos de vista. 

- É uma coisa boa uma mulher nunca fazer uma coisa dessas. 




Ela ergueu as sobrancelhas surpresa. Por que ele deixou a piada 

escapar? 

- Touché, Sr. Benedict. No entanto, as mulheres raramente forçam 

suas opiniões sobre os outros. Os homens, por outro lado, parecem fazê-lo 

em todas as oportunidades possíveis. Infelizmente, desde que os homens 

estão em uma posição de autoridade, as mulheres não têm escolha a não ser 

concordar. 

Ele fez um som que parecia bastante perto de um bufo. - Se isso fosse 

verdade. 

Seus olhos se estreitaram de forma abrupta em uma carranca. Droga, 

ele não deveria provocá-la. Ele ofereceu-lhe um sorriso conciliador. - Foi 

uma piada, Lady Evelyn, embora, aparentemente, mal executada. 

Seu rosto relaxou, e ela cruzou os braços, olhando para ele como se o 

estivesse medindo. - Eu não estava levando para o lado da brincadeira. É 

evidente que eu preciso trabalhar meus poderes de percepção. Uma rajada 

de vento puxou os fios soltos do cabelo, que caiu de debaixo de seu chapéu. 

Ele teve a súbita vontade de colocar as mechas atrás da orelha. 

- Não, você estava certa da primeira vez. Eu geralmente guardo para 

mim. Por uma questão de fato, é por isso que estas coisas se encaixam bem 

na academia. Seu coração apertou dentro de seu peito. Falando falsidades 

para a única pessoa que ele sempre tinha sido tão honesto era como 

cometer um crime contra os céus. Não era por isso que ele tinha terminado 

a sua correspondência, em primeiro lugar? Ele esperava que ela estreitasse 

os olhos e apontasse ele como o mentiroso era. 

Em vez disso, ela apenas balançou a cabeça, virando-se para olhar 

para os jardins. - Bem, normalmente, você não poderia ter escolhido um 

lugar melhor para a solidão. Exceto quando Beatrice vem ao ar livre para 

pintar, eu sou geralmente a única que passa muito tempo aqui. E realmente, 

eu estava apenas de passagem de volta pra casa. 

Ele disfarçadamente olhou ao redor. Ele não iria deixar Beatrice se 

esconder entre os arbustos em algum lugar. Ela se comportou perfeitamente 

na pequena reunião, mas irritava-o que ela sabia quem ele realmente era. 

Distraidamente, ele ofereceu a Evie um sorriso educado. - Não me deixe 

prendê-la, então. 

Apesar de suas palavras, ele podia se imaginar claramente estendendo 

as mãos para ela, deslizando-as em volta de sua cintura, e abraçando-a 




como o amigo perdido há muito tempo que era. Ele tirou esta visão de sua 

mente. 

Alheia como estava em seus pensamentos, seus olhos refletiram a 

decepção. - Bem, vou deixá-lo. Eu só queria ver o que você achou de um 

dos meus lugares favoritos no mundo. Durante o dia, as lindas plantas 

mostram sua beleza, mas à noite... Olhando para as nuvens acima deles, ela 

parou de falar, sua expressão se suavizando. À noite... O quê? 

Com os olhos evitando os dela, ele bebeu na visão de seu perfil. Ele 

ainda não conseguia se acostumar com sua beleza, massas de cabelo loiros 

cor de mel, brilhantes mesmo na luz fraca do dia nublado e elegantes, 

apesar dos efeitos de um passeio rápido, e aqueles olhos azuis expressivos 

que eram tão parecidos com os de Richard mas de alguma forma muito 

melhor. Percebendo que ele estava segurando o fôlego, ele discretamente 

expirou. 

Por fim, ela baixou o olhar para o dele. Seus olhos se arregalaram um 

pouco, mas era o suficiente para ele saber o que sua expressão traía. Anos 

de treinamento na arte do engano, e bastou uma loira, jovem e travessapara 

estragar tudo. Ele sempre soube que ela seria sua fraqueza. 

Seus lábios lentamente transformaram-se em um sorriso satisfeito. - 

Perdoe-me, Sr. Benedict, por interromper sua solidão. Aproveite a tarde, 

senhor, e eu vou vê-lo no jantar. 

Com isso, ela virou-se e se dirigiu para a casa, deixando-o de queixo 

caído atrás dela. Dane-se tudo,que o inferno, o que ela tinha visto em seu 

rosto? 

*** 

Bem, bem. 

Claramente, o Sr. Benedict tinhacerta quantidade de interesse por ela. 

Suas palavras podem ser poucas, mas seus olhos falam muito. 

Evie sentiu a sombra de um sorriso chegar aos seus lábios. Ela não 

sabia o que a tinha possuído para insinuar-se sobre ele assim. Istodeveria 

ter algo a ver com sua incapacidade denotar como ele a via. Ele passou de 

totalmente desinteressado em um minuto para olhares surpreendentemente 

intensos no outro. Ela supôs que gostaria de saber como alguém podia estar 

com um ou outro. A verdade era que ele representava um desafio, e Evie 

adorava um bom desafio. 




Particularmente quando o desafio parecia umdeus grego, dos dias 

modernos, em carne e osso. Não que isso importasse de qualquer maneira, 

forma ou aparência, mas era terrivelmente delicioso perceber que alguém 

tão bonito como ele mostrava uma certa quantidade de respeito por ela. 

Ocorreu-lhe quando ela o viu passeando pelo jardim sozinho que ele estaria 

saindo em poucos dias. Certamente não poderia ferir ceder a um pouco de 

flerte inofensivo. Mesmo sequisesse perder seu coração para ele, o que ela 

não queria, ela não teria tempo para isto. E foi bastante divertido conhecer 

um homem fora da multidão, completamente fora das suas relações. Ela 

adorou a liberdade de estar longe dos olhos curiosos e movendo as línguas 

dos fofoqueiros que enchiam cada salão em Londres nesta época do ano. 

E o toque de mistério sobre ele apenas serviu para torná-lo mais... 

Sedutor. 

Ela sorria quando caminhou para a casa e subiu as escadas para 

setrocar. Quando ela chegou ao patamar e se virou para a ala oeste, onde 

eram os quartos da família, mamãe saiu de sua sala de estar privada, 

sorrindo. 

- Como foi o seu passeio, querida? Encantador, eu espero. 

Evie desacelerou, desconfiada. Não era a própria questão que era 

incomum, mas sim a maneira em que foi feita. Sua mãe parecia o gato que 

tinha pegado o creme. Evie não sabia o que sua mãe estava fazendo, mas 

ela tinha a sensação de que não ia gostar.- Sim, bastante agradável. 

Obrigado por perguntar. 

Ela abriu a porta e tocou para sua empregada. O quarto parecia 

excessivamente quente após o ar fresco do exterior. Ela tirou as luvas, 

jogou-as na mesa, e começou a trabalhar desabotoando o casaco de lã firme 

de seu traje. A mãe seguiu atrás dela e colocou uma mão casualmente nas 

costas de uma das cadeiras em frente à lareira, passando os dedos 

preguiçosamente sobre o veludo verde musgo. - Alguma coisa interessante 

aconteceu depois? 

Ah. Claro, ela foi flagrada com o Sr. Benedict. Evie tirou o casaco e 

colocou-o em um banco próximo, cuidando para não deixar cair qualquer 

lama no tapete.- Interessante? Não que eu possa pensar. Por que pergunta? 

Sua mãe fez uma careta para a obtusidade deliberada de Evie, mas não 

estava a ponto de ser dissuadida. - Aconteceu de eu vê-la do lado de fora no 




jardim falando com o Sr. Benedict. Eu apenas queria saber o que vocês dois 

estavam falando. 

Um pequeno sinal de alerta disparou dentro da cabeça de Evie. A 

última coisa que precisava era que sua mãe pensasse que havia uma chance 

de Evie cair pelos seus hóspedes. Pelo amor de Deus, o homem pode ser 

bonito, mas ele certamente não valia a pena para fazê-la abandonar seus 

sonhos. O alarme se acalmou um pouco quando ela percebeu que ela estava 

disposta a agradecer a bondade da amizade do Sr Benedict. Mesmo que ela 

soubesse que, para aceitar a posição, fosse preciso estar solteira. 

Talvez um pequeno lembrete fosse necessário. Ela ocupou-se de 

remover o chapéu, oferecendo um sorriso perfeitamente inocente para a 

mãe. - Sua nova posição, é claro. Ele está ansioso para começar a bolsa de 

estudos. Aparentemente, a posição se abriu inesperadamente quando o 

último colega casou, e ele está bastante satisfeito com a oportunidade.Pelo 

menos, era o que Evie esperava que tivesse acontecido. Com alguma sorte, 

sua mãe não traria essa especial brincadeiracom o Sr. Benedict. 

O rosto de sua mamãe murchou, e Evie quase me sentiu culpada. - Eu 

sei. 

Um barulho na porta anunciou a chegada de Morgan. Evie deu um 

suspiro de alívio enquanto a empregada se movimentava e pôs-se para o 

lado para aguardar instruções de Evie. - Bem, eu acredito que vai tiraressas 

roupas e, talvez, tomar um banho antes do jantar. 

Sua mãe passou a mão pelos cabelos dela e assentiu. - Isso parece ser 

uma boa 

ideia. Ela caminhou até onde Evie estava, lambeu a ponta do seu 

polegar, e passou-o sobre o queixo de Evie. - Eu não acredito que, depois 

de tudo, a lama seja um bom cosmético. 

Evie torceu o nariz para o gesto. - E euque pensei que era a coisa mais 

nova. 

Sua mãe riu, a pele ao redor dos olhos cinza, enrugaram suavemente. - 

Bem, acho que isso explica muita coisa. Aproveite o seu banho, querida, e 

eu vou vê-laas oito. Ela deu um tapinha no rosto de Evie antes de se dirigir 

para a porta, depois parou um pouco antes de sair. Sua mão na maçaneta da 

porta, ela deu meia volta e disse por cima do ombro: - Não se esqueça de 

usar algo bonito. 




Logo que sua mãe caiu do quarto e fechou a pesada porta de carvalho 

calmamente com um clique, o sorriso de Evie murchou. Droga. Ela tinha 

uma suspeita de que sua mãe não tinha desistido do Sr. Benedict, depois de 

tudo. 




Capítulo Seis 

Punição adequada, certamente! Quando se trata de você, eu nunca 

vou respeitar os mais velhos. E por falar nisso, eu vou acrescentar esta 

ultima carta a minha lista de cartas para enviar a vovó Hastings. A 

pobrezinha, espero que seu coração possa lidar com a maldade de seu 

neto. 

- De Evie para Hastings 

- Meu Deus, homem, quem amarrou sua gravata, um animal 

selvagem? 

- E boa noite para você também, disse o Pai, puxando para trás a porta 

para admitir Richard em seus aposentos. Vestido em um fraque de veludo 

azul profundo com botões de prata, calças azuis e uma gravata branca 

elaboradamenteamarrada, Richard era exatamente o oposto de Benedict. - 

Pelo menos eu não pareço como se eu tivesse sido assaltado por uma 

costureira francesa. 

A boca de Richard se abriu em uma afronta simulada. - Eu quero que 

você saiba meu alfaiate, o Sr. Babcock, é tão britânico quanto eu.Ele 

acenou com a mão em desprezo na direção de Benedict e sorriu. -Por outro 

lado, nempareceque você tem um alfaiate. Onde você achou um casacotão 

simples? E essas calças, bomDeus, estacom uma bainha desfazendo na 

parte inferior da perna esquerda? 

Benedict riu. - Isto soa como se eu parecesseum acadêmico sem 

fundos ou sem o senso de moda. 

- Você pode dizer isso de novo. Você percebe que não iria matá-lo 

usar um pouco de cor de agora em diante. Afinal, eu tenho autoridade para 

dizer que as mulheres adoram um homem elegantemente vestido. 

- Vou deixar o arco-íris para você, meu amigo. Benedict tinha 

aprendido há muito tempo que o seu guarda-roupa mais simples, 

ampliavam o leque de situações em que ele poderia misturar. Além disso, 

ele preferia não ser olhado como um pavão condenado. Ele se curvou para 

procurarem sua sacola por um par de luvas de noite que ele tinha trazido. 

Colocando-as, ele deu uma última olhada no espelho. Simples, mas 




clássico. Seu físico parecia um pouco mais enfraquecido do que se poderia 

esperar de um acadêmico, mas apesar de tudo, ele faria. 

Voltando-se para Richard, ele disse: - Depois de você. 

Quando eles chegaram à sala, somente Lord Granville estava presente, 

apesar de estarem na hora certa. 

- Boa noite, meus senhores, disse o marquês, levantando-sede seu 

lugar no sofá para cumprimentá-los. - Bem, Richard, o que Benedict pensa 

sobre a caçada? 

A caçada? Benedict olhou de soslaio para o amigo. 

- Na verdade, isto fugiu completamente da minha mente. Mais cedo, 

meu pai e eu estávamos discutindo sobre seu novo caçador, o que ele 

estava cavalgando quando chegamos. Estamos muito ansiosos para colocar 

o cavalo na sua passada. Você gostaria de se juntar a nós para uma caça de 

improviso na sexta-feira? Será meramente um exercício, uma diversão 

informal. É bem no final da temporada, mas temos a certeza de nos divertir, 

no entanto. 

Beneficiar-se não era exatamente algo que Benedict poderia imaginar 

fazer no presente momento ou no futuro próximo, nessa situação. Mas claro 

que Richardnão tinha nenhuma maneira de saber as circunstâncias que 

pesavam como pedras penduradas no pescoço de Benedict. E ele ainda não 

estava pronto para confiar em seu amigo. Richard certamente não via 

nenhuma razão para que Benedict não pudesse divertir-se enquanto eles 

estivessem lá, especialmente por que Richard sabia que Benedict era um 

excelente cavaleiro. Não tendo nenhuma maneira de contornar isso, 

Benedict concordou com relutância. - A expedição de caça seria agradável. 

Seria um privilégio acompanhá-lo. 

- Excelente. Tenho certeza de que vamos ser capazes de encontrar um 

cavalo para você que vai servir. Buttercup, talvez? Richard riu doolharde 

desgosto de Benedict. 

Ele sentia muita falta do seu próprio cavalo, mas ele não tinha a 

intenção de ir perambulando pelo interior quando o deixou para trás, em 

Londres. 

- Ah, aqui estão as encantadoras senhoras agora, Granville 

interrompeu, voltando-se para assistir a sua esposa e filhas entraremna sala. 

Vestidas com seus elaborados vestidos de noite, as meninas abriram um 

largo sorriso enquanto Evie e sua mãe seguiram com mais serenidade. 




Chinelos brancos apareciam por baixo dos vestidos quando as meninas 

caminhavam, as saias balançando ao redor com cada passada, e luvas 

brancas cobriam suas mãos. 

Como se por vontade própria, seus olhos imediatamente procuraram 

os de Evie. Sua maneira tranquila foi uma mudança em comparação com 

suas irmãs mais jovens. As luzes das velas acrescentaram uma tonalidade 

dourada e suave para a sua pele levemente bronzeada e fora de moda. O 

efeito foi surpreendentemente atraente . Ele rapidamente desviou o olhar . 

Não seria bom ser capturado como tinha sido antes no jardim. 

Enquanto o marquês elogiava as meninas, Lady Granville sorriu para 

Benedict. - - Boa noite, Sr. Benedict. Está parecendo bastante descansado. 

Eu acreditoque está tenha desfrutado do seu dia? 

Benedict fez uma reverência antes de responder: - Absolutamente, 

minha senhora. Não se pode deixar de se deliciar com uma grande casa 

como esta. 

- E os jardins? Eu peguei um vislumbre de você passeando pelos 

jardins mais cedo. Seus olhos se iluminaram com interesse, e ele 

interiormente gemeu. Se ela o avistou no jardim, ele podia imaginar com 

quem ela o avistou. 

- Igualmente encantador.Ele decidiu continuar antes que ela 

perguntasse sobre sua conversa com Evie. - Por sorte, parece que eu vou ter 

a oportunidade de explorar a propriedade em geral. Lord Granville e 

Richard acabaram de me convidou para uma caçada, a ser realizada no final 

da semana. 

Um gemido escapou de Richard. No mesmo momento, as feições de 

Evie se iluminaram com prazer. - A caça? Oh, fantástico! Eu tenho estado 

positivamente engaiolada por dias. Uma caçada seria o melhor. Ela 

esfregou as mãos em antecipação. 

Richard fechou a mão sobre o ombro de Benedict. - Ah, agora você 

foi e fez. Eu estava esperando que pudéssemos passar despercebidos, sem 

que ela percebesse então eu teria uma chance na caçada. Ele baixou a mão 

e suspirou. - Agora ela vai estar lá para se mostrar. Um homem não pode 

nunca ter uma pausa? 

Benedict piscou. Evie participou de caçadas reais? Aparentemente, 

muita coisa tinha mudado desde a última carta que eles trocaram. Ele sabia 

muito bem que ela era umaamazona excepcional, mas participar ativamente 




numacaça a raposaeramuito além dos limites. Ele não sabia se deveria 

estartotalmente impressionado ou absolutamente consternado. Ele decidiu 

pelo primeiro, ela era, afinal, ainda uma peça - por enquanto. 

Evie riu para o irmão. - Oh, não seja tão desmancha-prazeres. Vai ser 

uma luta justa, eu lhe garanto.Ela sorriu inocentemente para ele. - Eu posso 

até mesmo permitir que você tenha um ponto de vantagem. 

- Minha querida, você não é apenas a própria alma da justiça e 

generosidade, Richard resmungou. Ele balançou a cabeça na direção de 

Benedict. - Meu pai nunca deveria ter permitido que ela se juntasse a nós. 

A mamãe protestou, mas Evie é um pouco, uh, obstinada, diremos? 

Ele riu quando Evie deu um tapa nele, esfregando o braço antes de 

continuar. - Bem, você o importunou por quase um ano antes de ele 

finalmente ceder às suas exigências e permitir-lhe nos acompanhar em 

nossas caçadas. Ele se voltou para Benedict. - Somente nas propriedades de 

Hertford, e quando apenasamigos íntimos da família, locais e pessoal de 

Hertford estão envolvidos. 

Os planos de Bendict para evitar falar com Evie subiram em uma 

nuvem de fumaça quando ele olhou para ela com admiração. Memórias de 

seus planos de corrida, quando ela o visitou na semana passada em Eton 

levantou um canto dos lábios. A chance de vê-la em sua glória em pessoa 

era demais para deixar passar. - Você deve ser uma amazona bastante 

notável, Lady Evelyn. 

Orgulho e prazer iluminaram os olhos cristalinos, e ele sentiu como se 

tivesse acabado de ganhar um prêmio. - Na verdade, Sr. Benedict, só desta 

vez eu vou me bajular e dizer que eu sou de fato umaamazona qualificada. 

Richard zombou. - Perita, talvez. Beirando a loucura, com certeza. 

Evie parecia não estar ofendida. - Oh, vou rezar para não ouvir os 

protestos de perdedores, Sr. Benedict. Richard esta simplesmente com 

inveja da minha aptidão e talento para a equitação. Infelizmente, o legado 

Moore do hipismo de excelência parece ter passado por cima do meu 

querido irmão. Mas o que lhe falta em habilidade, ele compensa em 

charme. Não é verdade, Richard? Sua expressão beirava o cruelquando ela 

brigava com seu irmão. 

- Muito engraçado, mas você está ignorando o verdadeiro problema da 

questão. As mãos de Richard foram para seus quadris quando ele se virou 

novamente para Benedict. - Ela sempre consegue estar na frente da área, o 




que é realmente muito chato para nós mortais. O verdadeiro problema 

surge quando ela está em primeiro lugar na cena. Se ela é a primeira a 

abordar a raposa encurralada, ela abre caminho para a coisa escapar, 

enquanto segura os cães. Ela afirma que já que ela é a “vencedora”, é a sua 

prerrogativa de fazer o que ela quer com o prêmio. É uma maravilha não 

temos raposas cobrindo suficientemente o campo. 

- Oh, isso tudo é um absurdo, como você bem sabe, ela respondeu. - 

Primeiro de tudo, eu não estou sempre na frente da área, eu estou 

simplesmente sempre à frente de você. Em segundo lugar, eu seguro os 

cães somente quando a raposa foi para o chão. Não é como se isso 

acontecesse muitas vezes. E realmente, não é divertido ficar ao redor, 

enquanto um pobre Terrier passa horas tentando cavar a coisa lamentável 

para fora. Chame este jogo de farrapo, se você quiser. Terceiro, se você 

puder olhar nos olhosdaquela pobre criatura adorável e matá-la, por todos 

esses meios, vá em frente. Ela colocou o dedo nos lábios. - É claro que 

você precisa chegar à raposa primeiro...Bem, isso é um problema, não é? 

Ela riu alegremente da expressão comicamente azeda de Richard. 

- Se isso faz você se sentir melhor, disse ela, aparentemente tendo 

piedade de seu irmão: - Eu suspeito que nós vamosarrastar a caça ao redor 

desta vez. Não vamos perseguir raposas, por isso não teremos raposas 

perdoadas. É a oportunidade perfeita para experimentar a caçada sem 

envolver dezenas de pessoas, e todos nós podemos estar de volta a tempo 

para o chá. 

- Bem, com raposa ou não, Benedict terá a oportunidade de 

testemunhar toda a farsa por si mesmo, eu tenho certeza. Será agradável, 

mas não é educado um trunfo para os convidados, afinal de contas - 

Richard sorriu triunfante para a sala em geral. . 

Lord Granville apenas balançou a cabeça para seus dois filhos mais 

velhos.- Não tenha medo, Sr. Benedict. Tenho certeza de que todos terão 

um dia agradável. 

O mordomo, vestido impecavelmente com todos os ralos cabelos da 

cabeça no lugar, entrou naquele momento e anunciou o jantar. O grupo 

moveu-se para a sala de jantar. Cada uma das gêmeas disputavam a 

oportunidade de ser escoltada por Benedict, em seguida, ficaram 

cabisbaixas ao perceberem que a honra iria para Beatrice. 




Quando ele lhe ofereceu o braço, ela olhou para ele com olhos 

astutos.- Você fez a minha irmã muito feliz, Sr. Benedict. 

Ele apertou a mandíbula por um segundo antes de responder. 

Mergulhando a cabeça para mais perto dela, ele disse em voz baixa: - É 

tudo que eu sempre quis fazer, Lady Beatrice. 

Seus olhos se arregalaram. Ela ficou em silêncio por um momento, 

quando eles entraram na longa salade jantar. Então ela se inclinou em 

direção a ele um pouco e sussurrou: - Eu me lembro do quão feliz ela 

costumava ser, quando ascartas vinham. 

- Oh? 

- E como ela ficoumelancólica quando parou. 

Quando eles se aproximaram de sua cadeira, ele encontrou os olhos 

dela. - Ninguém lamenta tanto quanto eu. É por isso que eu não gostaria de 

lembrá-la daquele tempo. Meus lábios estão selados, se os seus estão. 

Ela deu-lhe um olhar avaliador. - Eles estãoenquanto ela estiver feliz. 

Todas as tintas do mundo não valem a pena se machucar a minha irmã. 

Claramente ela tinha tido tempo para pensar na questão 

completamente. Ele respeitou sua vontade de defendersua irmã, mesmo que 

ele fosse contra ele. Ele enfrentou seus os olhos por um momento antes de 

mergulhar a cabeça em um aceno superficial. 

- Como deve ser Lady Beatrice. 

Ele pensou que ela era uma amazona experiente. 

Evie engoliu seu sorriso e sub-repticiamente lançou um olhar para o 

Sr. Benedictenquanto os lacaios serviam o segundo prato. Não importava 

que ele nunca tivesse visto ela em um cavalo ou soubessealgo sobre ela, 

apenas ver a admiração nos olhos dele tinha sido muito inebriante, de fato. 

Ela levou uma colher de sopa de ervilha à boca, tomando 

obedientemente, mas apenas registrou o sabor rico, cremoso, Cooksem 

dúvida trabalhou muito para conseguir. Em vez disso, ela estava focada no 

delicioso som da voz baixa e suave de Benedict enquanto ele conversava 

com seu irmão, discretamente, é claro. Sua mãe, sem dúvida, estava 

disposta a observar qualquer interação entre Evie e o recém-chegado. 

*** 




Era como seu próprio pequeno ballet: Pegue um pouco de sopa; sorria 

para o Papai; acene com o que sua mãe disse: roube um olhar de Benedict; 

limpe a boca com o guardanapo; faça uma pergunta a uma de suas irmãs; 

ria da resposta; roube um olhar de Benedict. 

Ela mergulhou a colher mais uma vez e ficou surpresa quando tocou 

no fundo da tigela vazia. Ela colocou o utensílio para baixo e pegou o copo 

de xerez, continuando sua espionagem sobre a borda do cristal. 

Ele não era o que se esperaria de um acadêmico. Era difícil imaginar 

seus ombros largos e magros, membros musculosos em casa, em uma 

biblioteca ou estudando. Seu físico falava de um estilo de vida mais 

rigoroso. 

Evelyn largou a taça e pressionou o guardanapo nos lábios. Ela 

assentiu vagamente, de acordo com o que o Pai estava dizendo, em seguida, 

sorrateiramente deu uma espiada nos braços de Benedict, os contornos que 

estavam apenas visíveis através de seupaletó bem justo. Estilo de vida 

rigoroso, de fato, era difícil não olhar. Ela olhou para cima, uma pergunta 

sobre seus exercícios físicos estavam na ponta da sua língua. A observação, 

no entanto, fugiu quando ela se viu olhando diretamente em seu olhar um 

pouco divertido. 

Ops, ele a pegou! 

Mortificada,ela lutou contra o rubor que ela podia sentir subindo pelo 

seu pescoço. Limpando a garganta, ela recuperou. - Então, se não é a 

comunhão com a natureza, o Sr. Benedict, de que atividades você 

gosta?Então, até que se saiu muito bem. Foi uma recuperação 

absolutamente maravilhosa depois de ter sido pega admirando-o. 

Por um momento, ela teria jurado que um brilho malicioso surgiu nos 

olhos dele antes de desaparecer por trás do interesse educado. - Há muitas 

atividades, ela imaginou a ênfase?- Eu aprecio Lady Evelyn. Enquanto 

estava na escola, pratiquei boxe, uma vez que era um esporte menos 

estruturado e que não prejudicou meus estudos. Eu gosto de desfrutar de 

um passeio ocasional através de um jardim bem cuidado e, certamente,um 

passeio com um cavalo diferente. E você, minha senhora? Quando não está 

espalhando boa vontade para a bicharadapor todo o campo, como você 

gasta seu tempo? 




Ela ficou boquiaberta com o seu comentário provocativo. De onde 

tinha vindo? Estreitando seus olhos um pouco, ela respondeu: - Além de 

resgatar animais infelizes, eu gosto de ler, andar, e... 

- Aritmética, minha senhora? Ele interrompeu com um rosto 

completamente direcionado para o seu. 

-Cavalgar, não escrever, seu imbecil. - ela respondeu sarcasticamente, 

antes que pudesse conter-se. 

Sua mãe se engasgou com a sopa no mesmo momento em que seu pai 

ficou indignado, - “Evie”- ecoou sobre a mesa de jantar. Evie 

imediatamente fechou a mão sobre a boca, horrorizada. Céus 

Misericordiosos, ela tinha chamado o homem de imbecil? 

Como ela poderia ter deixado o insulto, apesar de provocativo,era 

verdade, deixar os seus lábios? Não houve luta contra o rubor desta vez, o 

rosto estava queimando, quente como o sol de verão. Encolhendo-se, ela 

gaguejou: 

- Oh, meu Deus, eu, eu imploro o seu perdão, senhor. Foi sem 

intenção. Eu cresci usando o gracejar com o meu irmão, e, 

inadvertidamente, estendi a retórica para você. Minhas mais profundas 

desculpas, Sr. Benedict. 

Ela podia sentir os olhos aborrecidos de sua mãesobre ela do outro 

lado da mesa. Evie mordeu o interior de sua bochecha. O que havia de 

errado com ela? 

- Não faz mal, Lady Evelyn. - Benedict respondeu graciosamente, 

mantendo uma cara séria, embora ela sentisseclaramente que ele estava se 

divertindo. Ele baixou a cabeça morena em aceitação de suas desculpas e 

disse: - Por favor, perdoe a minha insolência, interrompendo-a como eu fiz. 

Ela não tinha certeza, mas ele parecia estar reprimindo um sorriso. 

Pelo menos, o homem levava isto na esportiva. Por alguma razão, ela não 

teria esperado isso. 

- Oh, eu acredito que você pode me chamar de Evie, Sr. Benedict. Eu 

ouso dizer que você ganhou esse direito. 

Um gemido escapou na direção de onde sua mãe estava sentada. Evie 

engoliu em seco e olhou para a mesa, oh, sim, sua mãe não estava 

satisfeita. Evie só podia desejarque fosse o efeito da luz bruxuleante da vela 

quedeixava o olhar de sua mãe mais irritado do que ela realmente estava. 

A mãe virou-se para o Sr. Benedict. 




- Nossa família tende a ser bastante informal quando estamos entre 

nós. Ela fez uma pausa para enviar um olhar aguçado na direção de Evie, 

mas Evie sabia que sua mãe não iria prejudicar a oferta, agora que ela havia 

sido feita. Pelo amor de Deus, por que ela não podia ter mantido a boca 

fechada? - Eu espero que essa total afronta do protocolo não o tenha 

ofendido. 

- Não, minha senhora, respondeu ele. Os cantos dos olhos enrugados 

quando ele se virou para Evie e lhe deu um largo sorriso. - Obrigado, Evie. 

Sinto-me honrado. Ninguém me chama de James, mas eu ficaria feliz se 

você me chamasse de Benedict. A maioria dos meus amigos o faz. Mais 

uma vez, a covinha vincado sua bochecha esquerda. 

Richard fez um barulho e não muito diferente de um bufo, mas Evie 

ignorou. - Você é muito gentil, Benedict.Seu estômago deu um pequeno 

salto estranho quando ela disse o nome dele. Não fazia qualquer sentido. 

Ela apenas deixou cair o senhor, mas por algum motivo, perder a 

formalidade do título parecia surpreendentemente íntimo. 

O momento foi quebrado quando Carolyn saltou. - Carolyn, você deve 

me chamar de Carolyn. 

Sua gêmeafalou apenas um segundo atrás. - Oh, por favor, me chame 

de Jocelyn! 

- Meninas! Onde estão suas maneiras? Sua mãe gritou, sacudindo a 

cabeça com a impertinência de suas meninas. Inspirando profundamente, 

ela olhou para Benedict pedindo desculpas. - Parece, Sr. Benedict, que 

todos os meus filhos desejam deixar de lado convenções. Perdido por um, 

perdido mil, eu acho. 

- É um prazer que os seus filhos já me considerem um amigo. 

Mamãe deu-lhe um sorriso de alívio, e quando ele olhou para o lado, 

Evie pegou o olhar de advertência que ela distribuía a cada uma das 

meninas, incluindo para ela. Sua mãe podia desejar que Evie fizesseparte 

do jogo, mas o céu ia ter que ajudá-la se Evie passasse um dedo do pé a 

linha de decoro. Ela realmente precisava se mostrar mais reservada, para 

não dizer mais restrita. 

- Então, qual o terceiro interesse de que você estava falando antes que 

eu tão rudemente interviesse?A pergunta de Benedict a tirou de seus 

pensamentos. 




- Desculpe-me? Oh, sim, uh, que seria a astronomia.Ela ia certamente 

dar uma impressão excelente. Poderia por favor, parar de soar como uma 

senhoritadesmiolada? Pelo menos ela tinha tido uma conversa normal com 

ele no jardim. - O campo oferece uma vista espetacular do céu noturno, 

desde que se seja paciente o suficiente para esperar por uma noite sem 

nuvens. Muitas vezes eu gosto de sentar no jardim à noite, rodeada pelos 

doces aromas de rosas, lilases, ervilha de cheiro...até mesmo o cheiro fraco 

de sempre-vivas no inverno. É o cenário perfeito para as estrelas. 

Os serviçais começaram a retirar os pratos, e Benedict esperou o 

tilintar de talheres na porcelana morrerem, antes de responder a ela. 

- Astronomia, você diz. Que incomum.Ele franziu a testa em 

pensamento.- Você já foi ao Observatório Real em Greenwich?Ele fez uma 

pausa , e Evie balançou a cabeça negativamente. - Você pode ver o céu 

como você nunca imaginou lá. Tive a sorte de visitar quando uma chuva de 

meteoros ocorreu há vários anos. Foi a coisa mais incrível que eu já 

presenciei. 

Ele era um estudante de astronomia também? Então, eles tinham algo 

em comum, afinal. A maioria dos homens acharia que o passatempo era 

tedioso e sem sentido, exceto uns os poucos oficiais da Marinha que ela 

conhecia. À medida que a conversa continuou em torno dela, ela 

encontrou-se perdida em pensamentos, as palavras ao seu redor eram um 

turbilhão sem sentido passando em seus ouvidos. Talvez enquanto Benedict 

estivesse aqui, ele se juntasse a ela no jardim, se o céu noturno estivesse 

propicio para uma noite de observação de estrelas. 

Um arrepio passou por ela ao pensarnos dois, sozinhos no escuro, sem 

nada alémdas plantas e os céus como testemunha... Ela engoliu em seco e 

olhou para o prato de cordeiro assado que um lacaio colocou à sua frente. O 

cheiro de alecrim e tomilho mal foi registrado em sua mente quando ela 

imaginou os dois entre as rosas e lilases. 

Ela mal podia esperar para as nuvens desaparecerem. 

Enquanto o público do jantar diminuía em torno dele, Ned Barney se 

mexeu na cadeira e deu mais uma olhada para porta. Onde diabo estava sua 

empregadora sanguinária? Ele estava sentado em um lugar escondido por 

*** 




quase uma hora, cuidando de uma cerveja quente e evitando 

cuidadosamente se envolver com qualquer um dos outros fregueses na sala 

escura. O pub tinha um interior escuro, cavernoso adaptado a clientela cujo 

objetivo parece ser embebedar-se ou entrar em problemas ou ambos. 

A luz do fogo mal penetrava na sala cheia de fumaça, servindo mais 

para lançar sombras bruxuleantes do que iluminação real. O ensopado de 

carneiro diante dele não ajudava a aliviar o cheiro penetrante de odor 

corporal e fumaça, assim Barney apenas tomou outro gole da sua cerveja. 

Havia um zumbido baixo de conversa e alguns gritos de raiva aleatórios, 

mas a maioria dos clientes se mantinha alheio a tudo. A regra de ouro, no 

entanto, ele firmemente observou: Não meter o nariz nos negócios dos 

outros, para que não metam no seu. 

Por fim a porta se abriu, e uma figura alta e magra entrou. Embora 

Barney não conseguisse distinguir o rosto do homem, seu brilho, as botas 

Hessian pretas e a roupa finamente adaptada destacaram-se entre o mar de 

sólidos homens da classe trabalhadora em torno dele. Sem olhar ao redor, 

ele foi imediatamente para a mesa de discussão. Com seu chapéu puxado 

sobre a testa e a gola de seu casaco puxada para cima em torno de seu 

queixo, claramente o homem desejava não ser visto, ou, mais 

particularmente, reconhecido. 

Barney balançou a cabeça, otolo do altoescalão se esticou como um 

polegar dorido. 

Quando ele se aproximou da mesa, o seu empregador não escondeu o 

olhar de escárnio que nublou seus recursos. Barney reprimiu um grunhido; 

um chefe como ele odiaria ser visto com gente como ele. Ele certamente se 

encaixava melhor como o Senhor Alto e Poderoso, do que como o homem, 

sobre o qual seus olhos correram, o cabelo castanho gorduroso de Barney, 

amarrado como sempre com um velho pedaço de couro, e seu casaco, que, 

graças aos dias de chuva, estava desconfortavelmente rígido com lama seca 

e derramava pedaços de terra cada vez que ele movia seus braços. Barney 

não estava disposto a pedir desculpas por sua aparência. 

Por tudo o que importava, Sua Alteza podia olhar para ele com toda a 

repulsa do mundo. Ele achou que era muito melhor do que o Barney, mas 

olha quem veio correndo quando Barney mandou ao homem a missiva, esta 

manhã. 




Sentado de costas para a parede, Barney levou um momento para 

varrer os olhos ao redor da sala. Se alguém tinha tomado conhecimento 

deles, ele queria saber. 

- Acabei de olhar tudo ao redor. Você tinha que atrair tanta atenção, 

seu idiota, o homem rosnou, escorregando na cadeira vazia antes de puxar a 

gola do casaco para cima. 

O pavão estava vestido daquele jeito, e ele tem a ousadia de dizer que 

Barney era o único que poderia atrair a atenção? Ele queria dizer ao homem 

onde ele deveria ir, mas é claro que iria enviar o seu dinheiro antes. 

Tentando um olhar contrito, Barney baixou o olhar e grunhiu: - Desculpe 

senhor. Queria saber o que é o quê, é tudo. 

Ele poderia dizer que seu sotaque das classes mais baixas mexia nos 

nervos do cavalheiro,isto acontecia desde o primeiro dia que se 

encontraram. 

- Pelo amor de Deus, homem, não me chame assim. Você não tem 

cérebro, afinal? 

Desta vez, Barney permaneceu mudo, olhando para sua cerveja. Foi 

melhor do que dar um murro na cara do homem. 

- Você já conseguiu encontrá-lo, então? É por isso que você me 

chamou? 

- Não, mas eu estou perto, eu sei disso. Apenas um pouquinho mais e 

ele vai ser meu. Ele se mexeu na cadeira. Agora, para chegar a razão do 

encontro. - Eu chamei você, porque euentreimuito fundo nisso. Se eu vou 

perseguir e atravessar a Inglaterra, eu vou precisar de mais recursos, é tudo. 

Ele arriscou um olhar para o seu empregador. A raiva eo desdém eram 

claros nos olhos do homem, e Barney rapidamente olhou para baixo 

novamente. Ele tomou um gole estimulante de cerveja para preencher o 

silêncio que o seu empregador deixou. 

- Eu lhe dei o que você disse que precisava. Então você já conseguiu 

afastá-lo? Ele assobiou cada palavra, e Barney se mexeu 

desconfortavelmente em seu assento. 

- Há despesas, tentando encontrar um homem que se foi para o campo. 

Eu estive pagando dos funcionários e os criados e todos os tipos de 

rastreadores. 

Depois de alguns momentos de reflexão, o homem enfiou a mão no 

bolso, retirou uma pequena bolsa de couro, e atirou-a sobre a mesa. O 




tilintar pesado foi música para os ouvidos do Barney, e ele fez um esforço 

para esconder a satisfação de sua expressão. 

- Se eu não ouvir do seu paradeiro dentro de cinco dias, eu, 

pessoalmente, irei encontrá-lo e resgatar o meu dinheiro da sua pele sem 

valor. Ele se levantou e olhou para baixo, para Barney. - Isso 

estáentendido? 

Barney, ainda sentado à mesa, encontrou seus olhos e deu um breve 

aceno de cabeça.- Sim, lor...Uh, senhor. Eu vou pegar o seu homem. 

Barney viu quando o homem virou-se com o salto de sua bota muito 

polida e caminhou até a porta. Sem olhar para trás, empurrou a porta de 

saída e foi embora. Só então Barney se permitiu um sorriso para quebrar 

sua cara. 

Inclinando-se para trás na cadeira, jogou a bolsa na mão uma vez, 

sentindo o peso da mesma, antes de embolsar o dinheiro. Soltando na mesa 

algumas moedas de seu próprio suprimento escasso,ele levantou-se. A 

reunião tinha sido melhor do que o esperado. Ele caminhou em direção à 

porta, mancando de sua perna esquerda. 

Seu empregador não percebeu que, neste momento, o trabalho tornouse 

pessoal. Tendo alguém para colocar a culpa, e sendo pago para fazer o 

que ele já teria feito,era apenas um bônus. Seu alvo estava a ponto de 

descobrir que ninguém fazia Ned Barney de tolo e se saiba bem. Ele mal 

podia esperar pelo momento em que ele faria uma visita surpresa a 

Benedict Hastings. 




Capítulo Sete 

Você pode me ameaçar o quanto quiser Evie, mas você esquece que 

eu tenho um trunfo. Você nunca iria me trair com a minha avó. Como eu 

sei disso? Porque eu iria traí-la, em seguida, com os seus pais. Dos dois, 

quem você acha que iria sofrer as maiores consequências? Nós estamos em 

jogo de xadrez, eu acredito que teria apenas que declarar xeque-mate. 

Agora, então, você estava dizendo? 


Ele tinha razão para cortar seus laços com Evie antes de embarcar em 

sua carreira cerca de sete anos antes. Se Benedict a conhecesse como 

haviam planejado originalmente quando ele se formou Eton, ele nunca teria 

sido capaz de deixá-la para trás para servir a Coroa. 

Afinal de contas, um espião deve ter o máximo de concentração para 

desempenhar o seu papel. 

Benedict fechou os olhos e baixou a cabeça para trás contra a beirada 

curva da banheira de cobre. Não é que ele tivesse esquecido 

completamente. Quando Lisette o levou para o Continente, ele tinha ficado 

acordado muitas noites, imaginando o que Evie estava fazendo e se ela 

estava ou não estava feliz. 

Queria saber se ela não o odiava. 

Eventualmente, ele tinha parado de pensar nela todos os dias, ou até 

mesmo a cada semana. Ela tornou-se uma memória distante, que vinha 

somente em raras ocasiões especiais. E agora, ali estava ele, no meio da 

situação mais impensável, precisando nada mais do que se concentrar no 

que diabos ele faria em seguida, e ele estava completamente cativado por 

ela mais uma vez. Honestamente, o que havia nessa menina, senhora, que 

parecia corroer sua força de vontade de forma tão eficaz? Ela era tão 

malditamente envolvente. Ele tinha certeza de que foi a única vez na vida, 

que uma jovem senhora se referiu a ele como um imbecil. 

Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. Realmente, era exatamente 

o tipo de coisa que ela poderia ter dito em uma de suas cartas. Ela nunca 

falhou em coloca-lo firmemente de volta em seu lugar, tampouco. Seu 

coração pulou dentro de seu peito, e ele respirou lenta e profundamente, 




enchendo seus pulmões com o vapor quente saído da água. Ele havia feito 

sua escolha, há sete anos, e agora ele tinha que viver com isso. 

Se ele pudesse ficar fora do caminho dela, ou melhor, ainda, se ela 

ficasse fora do dele, então ele poderia decidir seu próximo passo e seguir 

em frente a partir deste ponto, sem causar dor a qualquer um deles. 

Ele deslizou mais para baixo na água quase dolorosamente quente que 

lambia o seu queixo. Ele não poderia ficar fora por muito tempo. Ele 

empurrou-a de lado mais cedo, mas era hora de enfrentar seus demônios. 

Era hora de decidir o que era mais importante para ele: sua lealdade para 

com o seu país, ou para o seu sangue. 

Maldito Renault. Maldito seja por encontrar o ponto fraco de Benedict 

com a precisão de um mestre espadachim, mergulhando a ponta de sua 

espada no coração de seu inimigo. Benedictse achando tão 

sanguinariamente inteligente quando, após três anos de trabalho nos 

métodos da rede de contrabando dos irmãos Renault, ele tinha finalmente 

conseguido configurá-los para a queda final. 

Lembranças daquela noite a quase um ano oenvolveu como um 

cobertor frio, afastando o calor da água do banho: a presunção que sentia 

por ser mais inteligente que os bastardos franceses, o cheiro do ar salgado 

do mar, quandoele assobiava em rajadasfrias; o estalar dos tiros e os gritos 

dos homens que tentavam escapar dos melhores agentes da Coroa. Até o 

final da noite, doze foram capturados, dois haviam escapado, e um deles foi 

morto. 

Era para ser o seu melhor momento. Ele deveria ter se afastado como 

um herói. Em vez disso, ele foi forçado a se defender quando Jean Luc 

Renault tinha apontado uma arma para sua cabeça. Nesse momento, Jean 

Luc tinha pagado o preço final, Pierre Renault havia fugido para a noite, e 

Benedict havia perdido muito de sua credibilidade por ter perdido seus dois 

alvos. Ele sempre soube que Pierre viria depois dele, ele apenas nunca 

tinha imaginado quão inteligente o homem seria quando ele o fez. 

Benedict fechou os olhos, desejando que ele pudesse voltar de alguma 

forma e mudar o que aconteceu. O problema era o quão longe ele teria que 

voltar? Uma semana? Um mês? Para o dia que ele tinha aceitado 

ansiosamente sua primeira missão? 

Rosnando, Bento apertou os lábios e deslizou pra baixo da água. 

Agradeceu o calor abrasador, a sensação de queimação em sua pele, eo 




arrepio desagradável do líquido quente contra suas pálpebras. Era apenas 

um eco da traição que queimou calorosamente em seu intestino somente 

quatro dias antes, quando ele tinha chegado à mansão envolta em névoa 

sobre as dunas de Folkestone. 

Quando seus pulmões estavam queimando dolorosamente como sua 

pele, ele saiu da água com falta de ar. Ele tomaria uma decisão, mas não 

esta noite. Ele simplesmente não podia confiar em si mesmo para pesar as 

consequências ainda claramente. E, com uma vida inteira para viver com as 

consequências, ele pouco se importava se ele decidisse agora ou daqui a 

alguns dias a partir de agora. Nesse meio tempo, ele poderia ter preciosos 

dias para absorver todas as coisas que ele nunca teve na vida: uma família 

amorosa e alguns dias de paz no campo. 

E uma bela mulher que roubou o seu fôlego. 

- Tem algo que você não está me dizendo. 

Richard olhou por cima de seu baralho de cartas e sorriu. - Pequena, 

há muitas coisas que eu não estou lhe dizendo. É meu dever protegê-la de 

pelo menos algumas das coisas perversas que eu faço. 

Evie revirou os olhos e se afastou da moldura da porta da sala de 

bilhar. Ele conseguia ser tão obtuso quando colocavaalgo na cabeça. O 

cheiro fraco de charutos ainda pairava no ar, apesar de fazer horas desde 

que os homens tinham desfrutado de um jogo amigável depois do jantar. 

Apenas algumas velas permaneciam acesas, a maioria delas situadas em 

torno do jogo de paciência de Richard. 

Seu casaco e gravata não estavam à vista, e as mangas estavam 

enroladas torno de seus cotovelos. Tinha sido uma coisa boa o seu criado, 

Bradford, ter ficado para trás, em Londres. O homem era notoriamente 

exigente sobre o estado de roupas de Richard. 

Ela se juntou a ele no sofá, colocando os pés descalços sob a bainha 

de sua camisola e puxando um travesseiro no colo. - Eu estava pensando 

em algo muito mais imediato do que os seus encontros de fim de noite. Há 

algo estranho sobre o Sr. Benedict, e eu quero saber o que é. 

Seu convidado tinha sido muito mais sensível a ela no jantar, mas ela 

ainda sentia uma espécie de relutância sobre ele. Mais importante, ela ainda 

*** 




não se lembrava de uma única menção ao homem em toda a sua 

correspondência e conversas com seu irmão. Se ela sabia os nomes de até 

mesmo cavalos de seus amigos, ela não deveria lembrar-se de ter ouvido 

falar de um James Benedict? 

- Meu Deus, como você é lisonjeiro. Na verdade, a única coisa 

estranha sobre Benedict é que ele não parecia se importar com as minhas 

irmãs se atirando sobre ele como um bando de gaivotas em um pedaço de 

pão. Pode ser que o seu interesse em Benedict não tenha nada a ver com o 

quão estranho que ele possa parecer, e tudo a ver com a expressão melosa 

em seus olhos quando você olha pra ele no jantar? 

Evie engasgou, hesitando apenas meio segundo antes de jogar o 

travesseiro do colo para a cabeça de seu irmão. - Eu não fiz nada disso! 

Não seja ridículo. 

- Eu não estou dizendo nenhumabsurdo Pequena. Um cego não 

poderia ter deixado de notar o interesse em seus olhos. 

O calor inflamado subiu no rosto de Evie. Certamente se ela não 

tivesse sido tão óbvia. Se alguém tinha visto o que Richard afirmou ter 

visto... - Todo o interesse que tenho em Benedict é totalmente platônico, eu 

lhe garanto. Se isso. Quer dizer, eu estou apenas curiosa sobre o súbito 

aparecimento, seu e dele. 

Isso não estava indo bem. Ele assentiu com evidente descrença, e ela 

olhou para ele em troca. - Agora, pare de tentar me perturbar. Seja sério, e 

me conte mais sobre o seu amigo e porque ele acompanhou você até aqui. 

Richard suspirou e se jogou de volta para nas almofadas. - Não há 

muito a dizer. É um velho conhecido da escola. 

- É o que você disse. Mas isso não me diz nada sobre ele. Você disse 

que ele era de Bath, mas achei que não tinha amigos de lá. 

- Ele é de Bath, mas como ele disse, ele raramente, ou nunca, vai lá. 

Além disso, Benedict não é do tipo de frequentaros mesmos lugares que eu 

tanto gosto de frequentar Exatamente. - Sim, eu deduzi isto. Estou curioso 

para saber se vocês têm alguma coisa em comum. Ele não tem nada em 

comum com o seu grupo normal de amigos 

- O que é a vida sem variedade, ele perguntou, com um sacudir de sua 

mão. 

Ela quase rosnou para ele. - Pare de ser tão malditamente evasivo. 




- Assim que você parar de ser tão malditamente intrometida. Você está 

vendo mistérios onde eles não existem. Agora, chega de Benedict. Por que 

você se preocupa com ele, afinal? Você tem uma grande oportunidade 

diante de você, e você está desperdiçando-a. Por que você não falou com a 

mamãe ainda? 

Ele estava certo, é claro. 

Ela abraçou os joelhos contra o peito e suspirou. - Depois de chamar o 

nosso convidado de imbecil no jantar? Ela encolheu-se só de pensar nisso. - 

Eu preciso de pelo menos mais um dia para tentar me redimir. 

- Ou você pode estar protelando, mesmo sem perceber. Poderia ser 

porque você pode estar dando mais uma chance ao amor?Ele balançou as 

sobrancelhas sugestivamente. 

- Não diga isso, respondeu ela, com muito mais veemência do que 

pretendia. Ele recuou surpreso, e ela fechou os olhos e respirou fundo. - 

Perdoe-me. Mas eu não vou casar. Não é só por mim.Embora seu irmão 

não soubesse, ela tinha decidido há muitos anos, nunca arriscar seu coração 

em um jogo de amor. Ela nunca iria se recuperar, se ela se interessasse por 

um homem, só para vê-lo virar as costas para ela novamente. Os homens 

eram bestas volúveis ela sabia disso muito bem. 

Ela ofereceu-lhe um sorriso conciliador. - É tarde, estou cansada, e eu 

acho que é hora de deitar. Ela levantou-se e espreguiçou-se. - Você está 

subindo? 

Ele balançou a cabeça.- Eu ainda estou na hora da cidade. Durma 

bem, Pequena, e eu vou vê-la na parte da manhã. 

Ela lhe deu um abraço antes de ir para as escadas. Ela estava na 

metade quando percebeu que alguém estava descendo. Ela olhou para cima 

e parou. 

Benedict. 

Ele diminuiu a velocidade, oferecendo um sorriso hesitante. De 

alguma forma ele parecia mais elegante em sua camisa branca simples e 

calçascastanhas do que com suas roupas de noite que vestia mais cedo. Ela 

se forçou a se concentrar em seus olhos escuros e não o triângulo de pele 

exposta pelo colarinho aberto. 

- Boa noite, Evie. No silêncio da escada escura, sua voz baixa deslizou 

sobre ela como seda. 




Ele desceu os últimos poucos degraus que os separavam até que ele 

estava um degrau abaixo dela, deixando-o quase ao nível dos olhos dela. 

Várias mechas de seu cabelo úmido tinham caído na testa, e ela teve a 

súbita vontade ridícula de escová-los para trás com as pontas dos dedos. 

Será que o cabelo era tãosedoso como parecia? 

- Olá, Sr...Olá, Benedict.Ela falou baixinho, não querendo quebrar o 

silêncio do momento. O aroma picante de sândalo provocou seus sentidos, 

e ela deu um longo e lento suspiro pelo nariz. Engolindo em seco, ela 

perguntou: - Você está procurando alguma coisa? 

Ele acenou com a cabeça, sem quebrar o contato visual. - Eu pensei 

que Richard ainda poderiaestar acordado. Nenhum de nós está 

acostumadocom a hora do país ainda. Estou surpreso que ainda esteja 

acordada.Foi a primeira vez que ele realmente sustentou seu olhar, e ela 

apreciou a qualidade, quase secreta de seus olhos escuros. 

Embora ele não tenha dito nada impróprio, ela puxou a capa mais 

firmemente no lugar. Havia algo de perverso sobre estar sozinha com um 

homem sem benefíciosnão mencionáveis. O calor subiu até o pescoço com 

o pensamento. Graças a Deus pela fraca iluminação que não iria fazê-lo ter 

alguma ideia de onde seus pensamentos vagavam. 

- Eu estou subindo agora. Foi um dia emocionante, afinal de contas. 

- Sim, muito. Eu não vou prendê-la, minha senhora. Foi... uma 

aventura conhecê-la. Embora ele não tenha sorrido, sua covinha desmentia 

sua diversão. 

Ele não se moveu imediatamente, mas quando ela não disse nada, ele 

começou a se virar. Quase sem pensar, ela colocou a mão em sua manga. 

Ele congelou e seu olhar voou ao encontro do dela. Céus, o que aconteceu 

com ele que fez seu coração acelerar? Engolindo em seco, ela tirou a mão. - 

Por favor, deixe-me dizer mais uma vez o quanto eu sinto por tê-lo 

chamando de imbecil. Eu ainda não consigo acreditar que fiz isso. 

Um lento sorriso iluminou seu rosto, e ele se inclinou para frente 

conspiratório.- A senhora tem direito a sua opinião. 

Evie piscou. A conversa no jardim voltou rápido à sua mente, e ela 

reprimiu um sorriso. - Eu acho que me fiz entender, não foi? Um misto de 

prazer misturado comconstrangimento deram um nó em sua barriga. 

Lembrou-se de suas palavras. Foi muito bom saber que a sua conversa 

tinha tocado ele. 




- O pensamento me ocorreu. Ainda assim, nenhum dano foi feito. Por 

favor, não pense de novo. 

- Tem certeza? 

- Um homem pode ser colocado em seu devido lugar de vez em 

quando. Eu não acho que tenha pessoas o suficiente na minha vida que se 

sintam confortáveis para insultar-me. 

- Imagine o tipo de insultos que eu poderia dizer-lhe depois que nos 

conhecemos 

mais de um dia. 

Em vez de oferecer o sorriso que ela esperava, a expressão de 

Benedict pareceuse fechar, e ele deu um passo para trás. - De fato. Bem, 

por favor, não me deixe ficar com você por mais tempo. Desejo-lhe boa 

noite, minha senhora. 

Então, ele se virou e desceu as escadas, deixando apenas o cheiro 

fraco de sua colônia ea impressão inconfundível de um homem fugindo. 

Foi algo que ela tinha dito? Ela endireitou a coluna e começou a subir 

as escadas. Amanhã, ela iria descobrir mais sobre o enigmático Sr. 

Benedict. Ela iria obter algumas respostas ou isto a mataria. 

Ele era um idiota. E ela cheirava a limões. 

Ele não esperava por isso, mas realmente complementava sua 

perfeição. Nenhum desses agitados aromas florais teria sido certo para ela. 

Graças a Deus ela quebrou o encanto do momento, ao mencionar quanto 

tempo eles se conheciam. Se ela soubesse. 

Ele encontrou Richard na sala de bilhar, olhando para uma pilha de 

cartas na mesinhapróxima ao sofá. Ele olhou com cautela, mas sorriu 

quando viu Benedict. - Eu pensei que poderia ser Evie, voltou a me 

incomodar um pouco mais. Ele apontou para a cadeira em frente a ele, e 

Benedict sentou-se. - Eu estava certo sobre ela querer me pegar. 

Benedict realmente não gostou de ouvir isso. - Oh? 

- Sim, e ela tinha algumas perguntas sobre você, meu amigo. 

Ela não seria a sua Evie se ela não o fizesse. - É de se esperar, eu 

suponho. 

*** 




- Sim, bem, eu pensei que talvez você gostasse de sair de casa 

amanhã, longe do escrutínio constante das minhas irmãs. O que você acha? 

Benedict não suprimiu o não que veio instantaneamente em seus 

lábios. Não, ele não queria ficar longe da casa ou dos seus ocupantes. 

Claro, ele nunca poderia dizer o mesmo paraRichard. O homem não 

gostaria de saberque Benedict poderia estar olhando para sua irmã. Era o 

melhor, de qualquer maneira. Quanto menos tempo passasse com 

Evie,menos provável que descobrisse que ele era Hastings;portanto menos 

chance de causar-lhe dor ou estar sujeito a sua ira. - Isso soa como uma boa 

ideia. Para onde devemos ir? 

Richard sorriu e pegou as cartas, habilmente embaralhou-as sem 

nunca olhar para baixo. - O lugar que eu tenho em mente as meninas nunca 

sonhariam em nos acompanhar. É perfeito! 




Capítulo Oito 

Muito bem, então você me pegou. Eu admito. Eu nunca iria traí-lo. 

Não para a sua avó, nem a qualquer outra pessoa,entretanto você é um 

bobo de ligar para o meu blefe. E eu confesso que não é porque você ter 

um trunfo. É porque eu gosto muito de ser capaz de dizer o que eu quiser 

para pelo menos uma pessoa neste mundo. Realmente não existem 

segredos entre nós,há? 

- De Evie para Hastings 

Pesca. 

Enrolada no assento de pelúcia da janela perto da meia-noite do dia 

seguinte, Evie sacudiu a cabeça enquanto olhava pelo vidro embaçado a 

escuridão além. Quem iria querer pescar no clima sombrio que tinha feito 

hoje? Como se fosse uma resposta, uma rajada de vento atingiu a janela, 

salpicando algumas gotas errantes de chuva contra o vidro. 

Richard tinha levado Benedictembora logo após o café da manhã, e 

eles não haviam retornado até o anoitecer. Encharcados e exaustos, os dois 

homens haviam pedido uma bandeja em suas salas de jantar, e ela foi 

inexplicavelmente deixada de fora da coisa toda. 

Se era por sua súbita aparição, ouo fato de que ele era um mistério 

para ela, ou apenas que, quando ele olhava para ela, ela sentia alguma 

coisa... Diferente, ela simplesmente não podia negar que ela queria vê-lo 

novamente. Ela estava ansiosa para falar com Benedict novamente desde 

que lhe ocorrera que, graças à caça iminente que seu pai estava planejando, 

ela teria a oportunidade perfeita para passar algum tempo com ele. Os 

estábulos eram seu domínio; ela era exatamente a pessoa certa para ajudar 

Benedicta escolher uma montaria adequada para a caçada, e ela tinha 

planejado tirar o máximo de proveito de sua posição. 

Era perfeito. 

E agora, mesmo que ela tivesse que esperar até de manhã para por em 

prática o seu plano, ela estava inteiramente agitada para conseguir dormir. 

Ela suspirou e se levantou. Talvez um ou dois capítulos de leitura iriam 

ajudá-la a relaxar. Encolhendo-se em seu roupão, ela ergueu o castiçal da 

mesa ao lado da porta e desceu as escadas para a biblioteca. 




As lâmpadas estavam apagadas ea casa estava quase em silêncio, 

assim como estavam na noite anterior, quando ela tinha colidido em 

Benedict. Quando entrou na biblioteca, o cheiro de mofo dos livros parecia 

mais forte na escuridão. Ela não se incomodou com a iluminação de uma 

lâmpada; ela sabia exatamente a estante que ela queria. 

O círculo de luz lançado por sua vela iluminava apenas uma pequena 

fração do vasto leque de livros alojados nas muitas prateleiras diante dela. 

Tremendo um pouco, o quarto não tinha visto um fogohá algum tempo, ela 

esfregou o braço com a mão livre enquanto inspecionava suas escolhas. 

Antigos romances de aventura de seu pai, incluindo Robinson Crusoé e As 

Viagens de Gulliver, estavam misturados entre as novelas mais modernas, 

que ela preferia. Depois de procurar por alguns instantes, ela se decidiu em 

sua escolha favorita, Razão e Sensibilidade. 

Apertando a cópia usada do livro no peito com uma mão, ela levantou 

a vela com a outra e saiu da biblioteca. Ela refez seus passos para o 

segundo andar e se virou para a ala oeste, onde seu quarto estava 

localizado. 

Thump! 

Deixando escapar um pequeno guincho ao som inesperado, ela se 

virou instintivamente para a direção que ele tinha vindo. O movimento 

rápido fez com quea vela tremesse e morresse, e ela imediatamente 

mergulhou na escuridão. 

Por um momento, ela ficou imóvel, tentando ouvir as batidas de seu 

próprio coração enquanto seus olhos ajustavam-se. Acalme-se, repreendeuse. 

Provavelmente não é nada. Ainda assim, seu coração batia enquanto ela 

se esforçava para ouvir ou ver qualquer coisa. 

Thump! 

Ela começou, olhando na direção da ala leste. O que foi isso? Os 

quartos da família eram localizados na ala oeste e os alojamentos do 

serviçais estavam no andar de cima. Benedict estava sozinho atualmente 

alojado naquela ala. 

O que ele poderia estar fazendo? Um pensamento mesquinho no fundo 

da mente de Evie advertiu-lhe que não era da sua conta o que Benedict 

fazia na privacidade de seu quarto, mas não era alto o suficiente para fazêla 

afastar-se e voltar para o seu quarto. 




Em vez disso, ela foi cautelosamente na ponta dos pés em direção ao 

Salão Azul, apenas duas portas no corredor da escada. Ela se esforçou para 

dar as formas no corredor sombrio, mas, principalmente, ela estava se 

esgueirando ao longo de memória. 

- COORREETOOOOOOOO! 

Ela pulou para cima e para baixo, silenciosamente amaldiçoando a 

mesa que tinha atingido o dedo do seu pé. Será que aquela mesa sempre 

esteve lá? Deixando para trás a dor, ela seguiu em frente, prosseguindo 

mais lentamente e com cuidado exagerado neste momento. 

Thump! 

O barulho estava definitivamente vindo do quarto de Benedict. Seus 

olhos pegaram o movimento na vacilante luz que se derramava por debaixo 

da porta. 

Ela fez uma pausa para considerar suas opções. Ela poderia, ou 

melhor, ela deveria virar-se e voltar para seu quarto imediatamente. Ela 

deveria subir em sua cama e se contentar-se com alguns capítulos 

tranquilizantes de Razão e Sensibilidade antes de ir dormir. Amanhã, 

quando vir Benedict, ela deveria perguntar se ele tinha dormido bem e 

sorrir desinteressadamente quando ele respondesse que sim. 

Era realmente bastante lamentável que Evie nunca parecia fazer o que 

ela deveria. 

Endireitando os ombros, ela deu mais alguns passos, parando a vários 

metros de distância da porta. A esta distância, ela podia ouvir outros ruídos 

fracos vindos de dentro. Curvou-se e tentou saber o que estava 

acontecendo. Não adiantava, os sons eram ainda mais estranhos, agora que 

ela estava mais perto. 

Evie mordeu o lábio por um momento, sentindo como se estivesse 

espionando o homem. Tudo bem, então talvez ela estivesse espionando o 

homem, mas ele era o único que tinha atraído a atenção em primeiro lugar. 

Sim, era tudo culpa dele que ela estava do lado de fora de seu quarto no 

meio da noite. 

Realmente, ela deveria sair. O quarto lhe foi cedido para usar como 

quisesse, com uma porta para fechar comoquisesse . 

Mas ela não podia simplesmente ir embora agora, sua curiosidade 

estava absolutamente matando-a. Muito bem, ela daria uma rápida escutada 

na porta para se certificar de que ele não estava ferido ou algo assim; em 




seguida, ela estaria a caminho. Ela assentiu com a cabeça; era um plano 

razoável. Inclinando-se, ela colocou o livro eo castiçal inútil no chão antes 

de alisar e correr as mãos úmidas sobre o tecido macio de sua camisola. Ela 

respirou fundo, aproximou-se da porta e lentamente colocou o ouvido na 

madeira fria. Fazendo o seu melhor para ignorar o barulho de seu próprio 

sangue em seus ouvidos, ela tentou se concentrar em discernir os sons 

vindos de dentro. 

Ela estava apenas ouvindo ruídos e farfalhar estranhos, e então, ai 

está, outro baque. Ela franziu o cenho. Por que ele não estava dormindo? 

Não importava que ela estava acordada, rondando os corredores e 

trabalhando em sua carreira florescente em espionagem . 

Enquanto ouvia, ela olhou para seus pés descalços, que foram 

iluminados pela luz filtrada por debaixo da porta. Sombras se moviam 

suavemente à luz vacilante, deslizando para trás e para frente. Parecia haver 

um certo ritmo ao movimento. Ele estava dançando? Não, o movimento 

parecia muito... Agressivo para isso. 

Ela observou por alguns instantes antes de dar um suspiro silencioso. 

Não adiantava.Seja o que for que ele estava fazendo, ela não estava 

conseguindo descobrir isso através de uma placa de duas polegadas de 

espessura de madeira maciça ou pela tentativa de interpretar os 

movimentos vagos de sombras. Talvez ela pudesse descobrir uma maneira 

de interrogá-lo. 

Completamente frustrada, Evie se virou e começou a refazer seus 

passos, então parou com um solavanco. Ao mesmo tempo, a porta sacudiu 

em suaesquadria, o som semelhante a um tiro para ela passou por sua 

mente. Seu vestido tinha ficado preso na maçaneta da porta! 

Houve uma cessação súbita do barulho do quarto, seguido pelo som 

rápido dos passos em direção à porta. Seu coração caiu no chão. Deus do 

céu, ele estava indo para pegá-la espionando! 

Em pânico, Evie arrancou as saias de sua camisola deixando-as livre, 

subiu-as até os joelhos, e correu para a ala oeste. Quando ela chegou à 

escada, ela deslizou em torno da grade, caiu no chão e encolheu-se atrás do 

corrimão esculpido no exato momento que a porta se abriu. 

Seu coração batia forte contra as costelas, ela viu quando Benedict 

colocou a cabeça para fora e olhou cautelosamente da esquerda para a 

direita. Uma luz de velas fraca se derramava no corredor vinda do quarto 




atrás dele. Esperava desesperadamente que ela estivesse fora de seu campo 

de visão e disse uma pequena oração de agradecimento pela noite escura e 

as lâmpadas apagadas. 

Ela lutou para controlar sua respiração, com medo de qualquer 

barulho que alertasse à sua presença. Evie nunca iria se recuperar da 

mortificação se ele a pegasse espionando fora de sua porta. Lentamente, ele 

entrou no corredor. 

Quando ele surgiu, ela respirou assustada, com os olhos arregalados 

em choque. Deus do céu, ele estava praticamente nu! Ele não usava nada 

além de um par do que parecia ser calças folgada de linho. Seu torso nu 

brilhava na luz bruxuleante, ele devia estar transpirando com seu esforço. 

Seu pulso se agitou freneticamente enquanto o observava, 

despercebido, de seu esconderijo quando ele investigou o corredor fora de 

seu quarto de dormir. Seu peito parecia como se tivesse sido esculpido em 

mármore, liso e firme, com músculos bem definidos. Qual seria a sensação 

de traçar um caminhosobre todo o comprimento do seu ventre? Lutando 

contra o impulso repentino de abanar seu rosto, ela fechou os olhos por um 

momento, tentando em vão manter ao menos um pingo de decoro, não é 

fácil de fazer depois de espionar um convidado na calada da noite. 

Aparentemente por sua própria vontade, seu olho direito se abriu para 

daroutra olhada. Evie fechou novamente, desta vez colocando a mão com 

firmeza sobre os olhos. Precisava pensar em outra coisa, qualquer coisa 

para distraí-la. 

Gatinhos! 

Os gatinhos eram adoráveis, criaturas inocentes. Eles não tinham 

peitos largos e musculosos. Suas barrigas não eram planas e magras, 

tonificadase perfeitas... 

Seus olhos se abriram de novo. Claramente, a distração não estava 

funcionando. Ela deu outra olhada na direção dele, sentindo borboletas e 

uma sensação estranha no estômago. Deus do céu, não admira as mulheres 

solteiras não tinham permissão para olhar para a forma masculina. Sua 

figura magra certamente deveria ser tão boa quanto qualquer um dos 

estátuas gregas dos deuses que ela tinha vislumbrado. 

Seus pés descalços estavam em silêncio enquanto ele rondava fora do 

quarto e ele apertou os olhos na escuridão, obviamente, tentando discernir o 




agressor na escuridão. Finalmente, ele deu de ombros e voltou para seu 

quarto. 

Evie ficou mole com alívio. Se ele tivesse... 

Ela se encolheu, quando ele parou no meio do caminho e olhou para o 

chão fora do quarto. Ela prendeu a respiração, a pulsação rugindo em suas 

veias. O que ele viu? Inclinando-se, ele pegou um pequeno objeto, girando 

o produto em suas mãos. 

O sangue sumiu do rosto de Evie quando percebeu o que ele tinha 

encontrado. 

Oh Deus. 

Ela nunca poderia deixar seu quarto novamente 




Capítulo Nove 

Sempre há segredos, se pretendemos que haja ou não. Mas, se eu sou 

honesto, eu não acredito que alguém sabe muito, tanto sobre mim quanto 

você. Como, eu me pergunto, isso veio a ser o caso? 


Sentado na beira da cama perto da vela na mesa de cabeceira, 

Benedict virou distraidamente as páginas do romance que tinha sido 

abandonado fora de sua porta. Um sorriso um pouco de menino puxou os 

cantos de seus lábios enquanto considerava o objeto em suas mãos. 

Evie. Devia ter sido ela. Ele simplesmente não conseguia imaginar 

uma das jovens irmãs rondando a casa no meio da noite com a novela 

românticanas mãos. Mesmo que uma delas tenha se aventuradoaté sua 

porta, teriam certamente rido, ou de algum outro modo se entregado como 

Beatrice tinha feito quando ele chegou. 

Não, o autor do crime tinha sido ninguém menos do que a sempre 

curiosa Evie. Ela devia estar indo ou vindo da biblioteca. Ela estava apenas 

sendo intrometida, ou se ela o ouviu? O sorriso desapareceu rapidamente 

enquanto ele considerava seu descuido. 

Droga. Ele tinha que melhorarsuaatenção, se ele quisesse manter seu 

disfarce. Ele tomou como certo que, uma vez que ele tivesse sido colocado 

em uma sala em sua própria ala, ele poderia ficar sem se preocupar em ser 

descoberto. Ele tinha que ser mais cauteloso, descuido como o desta noite 

poderia tê-lo matado no mundo real. 

Ele olhou para o florete de prata que ele tinha jogado na cama às 

pressas ao ouvir o barulho do lado fora do quarto. Ele havia se concentrado 

profundamente nos rápidos e graciosos movimentos de esgrima, pulando 

pra frente e saltando pra trás, apontando e aparando um inimigo invisível. 

A prática servia mais do que apenas para manter seu corpo ágil e suas 

habilidades frescas; era para limpar a mente eo espírito de toda a desordem. 

Ele sempre tinha gostado especialmente do aspecto meditativo de praticar 

esgrima sozinho. 

Com o eixo de metal brilhando à luz das velas, ele estava muito 

contente agora que teve a prudência de abandonar a arma antes de 




investigar a causa do barulho no corredor. Ele podia imaginar o problema 

que teria surgido se ele saísse de seu quarto brandindo uma espada. Evie 

provavelmente teria gritado e atrairia toda a família para cima deles. 

Pior do que isso, poderia ter lhe dado uma pista sobre sua verdadeira 

identidade. Ela sabia muito bem que Hastings era um excelente esgrimista, 

o seu esporte favorito entre todos os que ele era proficiente. 

Com seus pensamentos focados novamente em sua feiticeira de 

cabelos dourados, o sorriso voltou espontaneamente. Ela tinha estado tão 

perto, de pé fora de seu quarto no meio da noite. O que ele teria feito se ela 

ainda estivesse lá quando ele abriu a porta? Imaginou-a como ela olhou 

para ele nas escadas em sua camisola na noite anterior, com o cabelo 

levemente trançado e colocado por cima do ombro. E se ela não estivesse 

usando nada por baixo do vestido? Sua boca ficou seca com o pensamento. 

Foi uma coisa muito boa que ela tinha recuado antes que ele abriu a 

porta . 

Balançando a cabeça, ele voltou sua atenção para o livro em suas 

mãos. O titulo em dourado piscou na luz bruxuleante. Razão e 

Sensibilidade. Deveria devolver a ela? Não. Ele queria ver o que ela iria 

fazer, em primeiro lugar. 

Ele se levantou e foi até a bacia de água que descansava sobre o 

gabinete ao lado da cama. Ele espirrou a água morna em seu rosto e no 

peito e rapidamente se secou. Olhando para cima, ele teve um vislumbre de 

sua própria expressão no espelho em acima da cômoda. Ele sorriu para si 

mesmo com diversão real. 

De repente, ele estava muito ansioso para a manhã. 

Depois do que pareceu cinco minutos de sono, Evie acordou ao som 

de sua empregada movimentando-se em seu quarto e abrindo as cortinas 

para um dia ridiculamente brilhante e ensolarado. Tudo de uma vez, a 

memória de ontem à noite assaltou. Evie gemeu e puxou as cobertas sobre 

os olhos. 

- Ugh, Morgan,está mais brilhante do que uma dúzia de sóis fora.Por 

favor, feche as cortinas. 

*** 




Houve um momento de silêncio do outro lado da colcha. Hesitante, 

Morgan disse: - Mas minha senhora,está um dia muito bom hoje. É 

exatamente o tipo de clima que você ama. E a Sra. Hargrove preparou uma 

grande festa para o café da manhã por conta do lindo dia. 

Lindo dia, seu pé. Como na terra que ela iria enfrentar Benedictnesta 

manhã? Sob a colcha, ela franziu o nariz e soltou um suspiro. Não havia 

nenhuma ajuda para ela. Ela teria que dizer algo para ele. Além do fato de 

que ela não poderia ficar debaixo das cobertas para sempre, não importava 

o quanto desejaria fazê-lo, simplesmente não estava em sua natureza deixar 

algo assim acontecer. 

Com um grande suspiro tempestuoso, Evie jogou as cobertas para o 

lado. - Por favor, diga-me, há um grande copo de chocolate quente 

esperando por mim. Se ela tivesse que engolir sapos, pelo menos ela 

poderia fazê-lo com chocolate. 

Morgan deu-lhe um olhar estranho. - Claro, minha senhora. Bem aqui 

na mesa de cabeceira, como sempre. 

À medida que se movimentava através de sua rotina matinal, Evie 

tomou um gole de chocolate e considerou o que ela diria. O pior cenário 

seria ele perguntar à mesa do café quem deixou um livro do lado de fora de 

seu quarto. Um olhar para o título e toda a família ia saber que ela era a 

culpada. Suas esperanças de ficar em casa para a temporada seria 

esmagadas antes que eles sequer terem uma chance. Não, ela tinha que 

falar com ele, em breve, antes que ele pudesse falar para a sua família. 

Antes que perdesse a coragem. 

Vinte minutos depois, Evie estava escondida no quarto de dormir ao 

lado do de Benedict, o ouvido na porta. Assim que ele entrou no corredor, 

ela queria estar pronta para atacar. Honestamente, isso não era como ela 

tinha imaginado começar o seu dia. Com seu estômago em nós e seu 

coração batendo como um tambor de batalha, ela queria acabar logo com 

isso, quanto mais cedo melhor. 

Seria realmente bom se ela tivesse alguma ideia do que,exatamente, 

ela diria ao homem. Perdoe-me, senhor, mas parece que eu deixei cair meu 

material de leitura do lado de fora de sua porta, enquanto estava 

espiandovocê ontem à noite. Seja gentil e devolva. Ou melhor ainda, eu 

dou todo o dinheiro que tenho para você não contar para os meus pais. 

Suborno funciona com a maioria dos homens, não é? Suborno sempre 




funcionou com Richard, mas era geralmente sob a forma de alimentos. 

Talvez, se as economias de uma vida não tentasse Benedict, um bolinho de 

chocolate o faria. 

Por fim, os passos no quarto deBenedictforam até a porta, seguidos 

pelo clique revelador do fecho sendo aberto. Ela contou até três, 

respiroufundo, e esperou abrir a porta. Pisando de leve, ela caminhou até o 

corredor. 

- Ora, bom dia, Benedict. Evie se encolheu quando a cabeça escura 

girou em surpresa. Mesmo para seus próprios ouvidos, sua voz soou alta e 

demasiada forçada. 

Ele virou-se para encará-la totalmente, e isso era tudo o que podia 

fazer para não corar. Mesmo que ele estivesse totalmente e devidamente 

vestido e de pé à luz do sol da manhã, tudo o que podia pensar era em seu 

peito nu coberto de suor banhado pelo brilho bruxuleante da luz de velas na 

noite anterior. Pelo amor de Deus, como poderia ela olhar nos olhos dele de 

novo? Ela forçou um sorriso enquanto se concentrava em sua orelha 

esquerda. 

- Er, bom dia para você, Evie. Eu não vi você ai. 

Ela sorriu docemente. - Oh? Eu espero não tê-lo assustá-lo. Eu 

estava... à espreitadurante a maior parte dos últimos dez minutos, 

"passando”. 

- Ah. 

Ela não conseguia pensar no que dizer em seguida. Ela havia esperado 

que, quando ela estivesse cara-a-cara com ele, as palavras certas viriam. 

Infelizmente, ela estava completamente sem inspiração. Um 

constrangimentodesconfortável entre eles; mas ela ainda estava lá como 

umacompleta idiota. Depois de um momento,Benedict deu um passo em 

direção à escada. - Eu estava indo para tomar o café da manhã, você 

gostaria de acompanhar-me. 

Um passeio amigável juntos poderia ser a coisa certa para trazer seus 

poderes de fala de volta. - Sim, muito obrigado. Vê? Ela já estava 

melhorando. Quando começaram a seguir em frente, ela se concentrou no 

intrincado padrão do tapete do corredor. Sem a força de seu olhar focado 

nela, seus batimentos cardíacos se estabeleceram um pouco. 

- Na verdade, eu estava esperando para falar com você.Há, agora, uma 

frase inteira. Talvez ela fosse apenas um pouco idiota. 




- É mesmo? Uma onda de calor infundido sua voz enquanto falava 

uma única palavra, e ela relaxou ainda mais. - Bem, então você tem toda a 

minha atenção. 

- É sobre a última noite. 

Antes que ela pudesse terminar a frase, Richard saiu de seu quarto no 

final do corredor. Viu-os imediatamente e sorriu. - Bom dia, ele falou, 

fechando a porta atrás dele e dirigindo para o seu caminho. 

Estragou tudo, agora ela iria perder a oportunidade de falar com 

Benedict antes do café. Algo semelhante ao pânico tomou conta dela. Ela 

não podia deixá-lo arruinar seus planos, falando do livro, e casualmente 

acabando com seus sonhos. Agindo por impulso, ela fingiu tropeçar, caindo 

de joelhos. 

Ele eficientemente bloqueou a visão de Richard dela, mas ela sabia 

que seu irmão estava se aproximando rapidamente. Ela agarrou o antebraço 

de Benedict e apertou, olhando para ele suplicante. - Por favor, não diga 

nada à minha família sobre o que você encontrou ontem à noite. Eu explico 

depois, eu prometo. 

Suas sobrancelhas subiram até a metade da testa. Ela só podia 

imaginar o que ele deve estar pensando. Ele abriu a boca para responder, 

mas fechou-a, antes de dizer qualquer coisa. Richard estava quase com eles 

agora, as botas pousando pesadamente no tapete do corredor atrás de 

Benedict, e ela derramou todo o seu coração em seus olhos. - Por favor, ela 

sussurrou. 

Benedict olhou em seus olhos, o seu olhar cor de chocolate estava 

ilegível. No último segundo, ele deu um pequeno aceno concordando. - Eu 

estarei esperando, disse ele, em seguida, estendeu a mão livre e envolveu-a 

em torno de seu cotovelo. 

Um alívio imenso amoleceu seu corpo, e ela o deixou puxá-la para 

cima. - Obrigado, senhor. Eu posso ser tão desajeitada às vezes. 

- Meu Deus, Evie, não é um pouco cedo para estar desmaiando?A 

forma provocativa do irmão não deu nenhuma indicação de que ele havia 

notado a conversa. 

- veja, só, Richard, Benedict respondeu. - Nunca é cedo demais para 

uma mulher desmaiar aos meus pés. Eu geralmente gosto de ter, pelo 

menos, dois desses casos antes de meio-dia. 




Oh, abençoe o homem. Ele iria segurar a língua, pelo menos por 

agora. Ela revirou os olhos enquanto pensava rápido para chegar a uma 

resposta adequada. - Como facilmente você confunde tropeço com 

desmaio. Tremo só de pensar em todas as mulheres jovens quevocê 

conhece cuja falta de jeito é confundida com respeito. Pior ainda se você é 

o único a tropeçar nelas. 

Richard riu, assim como ela tinha planejado, e eles se dirigiram para a 

sala docafé da manhã, conversando e brincando. Seu alívio por receber um 

indulto de Benedict rapidamente deu lugar à apreensão,quando Evie 

considerou o que ela diria para o homem quando estivessem sozinhos. Ela 

mordeu o interior de seu lábio, pensando no incidente. Realmente, ela não 

era a única que tinha algumas explicações a dar. O que ele estava fazendo 

em seu quarto na noite passada? Ela nunca teria sido atraída para espionálo 

se ele não estivesse fazendo movimentos e ruídos misteriosos de batidas. 

Ela observou-o enquanto ele, rindo, respondeu a algo que Richard 

dissea adorável covinha aparecendo novamente. Talvez se pudesse dar uma 

desculpa adequada para o livro do lado de fora de sua porta, eles poderiam 

ter um pouco de tempo para conversar. Puramente por razões de 

investigação, é claro. Nada a ver com a largura de seu peito esculpido ou 

sua covinha... Ou o formigamento persistente onde ele agarrou seu cotovelo 

para ajudá-la. 

- Benedict, disse ela, de repente, a inspiração mais forte. 

Os dois homens se viraram e olharam de soslaio para ela. - Ocorreume 

que você vai precisar de uma montaria adequada para a caçada esta 

semana. Se você quiser, eu posso ajudá-lo a encontrar o cavalo certo para o 

seu nível de habilidade. 

- Obrigado, Evie. Gostaria muito de receber sua ajuda. Quando você 

estará livre? 

- Não tenho nada planejado para toda a manhã. Você gostaria de ir 

para o estábulo após o café da manhã? 

Richard olhou para trás e para frente entre eles, seus olhos estreitandose 

ligeiramente. - Não há necessidade de você se preocupar em encontrar 

um cavalo para Benedict, Evie. Eu ficaria mais do que feliz de cuidar dele. 

Droga, Richard iria estragar tudo. - Ah, é mesmo? E, quando foi à 

última vez que você observou os pontos fortes e fracos do nosso estoque 

atual? 




Ela o tinha pegado, e ele sabia disso. Depois de um segundo de pausa, 

ele assentiu. - Sim, acho que você está certa. Bem, quando todos nós 

devemos nos encontrar, então? Onze e meia, talvez? 

Estragou tudo, seu irmão não ia tornar nada fácil. Evie abriu a boca 

para dizer-lhe, em termos inequívocos que não era necessário, mas 

Benedictinterrompeu. - Onze e meia está perfeito. 

Foi um esforço para não rosnar de frustração. Quando entraram na 

sala de café da manhã ensolarada, Richard assentiu concordando antes de ir 

diretamente para o aparador, que estava repleto de ovos, torradas e geleias, 

presunto, dois tipos de bolinhos e maçãs assadas e canela. Embora o cheiro 

estivessedelicioso, Evie não tinha apetite algum. 

Ela virou-se para Benedict e sussurrou: - Por que você concordoucom 

ele se juntar a nós? Eu preciso falar com você em particular. 

- E você deve, quando nos encontramos meia hora mais cedo. 

Ela recuou surpresa. Bem, ele podia ser desonesto quando ele 

colocavaisto na mente, não podia? Não era todo dia que alguém conseguia 

jogar areia nos olhos de Richard. Ela apertou os lábios para segurar uma 

risadinha. - Bem. Tudo bem, então. 

Ele não sorriu, mas um toque de sua covinha vincou o rosto bem 

barbeado. - Até então, minha senhora. 




Capítulo Dez 

Feliz aniversário, Evie. Eu desejo para você um dia de passeios, uma 

noite de observação de estrelas, e todos os bolinhos de chocolate que você 

puder comer. Talvez um dia eu possa oferecer minhas felicitações em 

pessoa, mas por agora, por favor, aceite o presente que eu contrabandeei 

para você com a ajuda de Richard. Eu vi isso e pensei em você. 


Na hora marcada, Benedict esperava no jardim, tomando banho de sol 

enquanto ele descansava em um pequeno banco de pedra. Evie estava certa; 

o jardim cheirava maravilhosamente bem, mas ela duvidava que ele tivesse 

notado se não tivesse mencionado isso antes. Respirando fundo, ele se 

inclinou para trás em suas mãos e olhou para a casa novamente. Ela estava 

atrasada. 

Ele mal podia esperar para ver o que ela iria dizer a ele. Quando ela 

olhou para ele com aqueles suplicantes, olhos azuis, ele sabia que não havia 

nenhuma maneira de negar-lhe qualquer coisa que ela pedisse naquele 

momento. 

Não que Benedict planejasse anunciar o incidente no café da manhã, 

pelo amor de Deus. Mas ele gostava de estar em uma posição onde ela 

procurou sua companhia. 

Finalmente Evie saiu da casa e caminhou em direção ao jardim. Ela 

parecia a personificação da luz do sol com seu alegre vestido amarelo. Ele 

observou enquanto ela descia os degraus do terraço caminhou em direção a 

ele. Ela tinha um jeito de se movimentar que conseguia parecer fácil e 

sedutor ao é mesmo tempo, um tipo de graça natural e evidente no balanço 

suave de seus quadris e na linha orgulhosa de seus ombros. 

Quando ele podia simplesmente observá-la assim, a tensão em seus 

ombros relaxava um pouco, eo estresse de sua vida desliza para longe como 

seda deslizando sobre cetim. É claro que ele sabia que não iria durar. No 

momento em que eles conversassem de novo, o desconforto retornaria por 

estar perto dela. 

E seria pena. 




Os seixos foram esmagados sob seus pés quando ela se aproximou, 

com um sorriso um pouco cuidadoso sobre seus lindos lábios. Ele se 

levantou para cumprimentá-la,estudando suas maneiras para dar recepção 

acolhedora e colocá-la à vontade. 

- Peço desculpas por mantê-lo esperando. Beatrice queria conversar 

comigo, e eu não poderia dizer-lhe por que estava com tanta pressa. 

Beatrice novamente. Benedict só podia adivinhar o que a garota queria 

falar. Ele inclinou a cabeça para o lado e murmurou. - Oh? Algo 

interessante? 

As bochechas de Evie floresceram com o mais belo tom de rosa. - 

Simplesmente conversa fraternal. Tenho certeza de que não seria de 

nenhum interesse para você. 

O blush era ao mesmo tempo sedutor e atormentador. O que tinham as 

irmãs conversado, para ter este efeito? Ele apostava todas as suas 

economias de sua vida que tinha algo a ver com ele, mas o que exatamente, 

ele não tinha a menor ideia. Se Beatrice havia divulgado o seu segredo, ele 

teria notado no momento em que olhasseno rosto de Evie. 

Escondendo sua curiosidade voraz por trás de um sorriso educado, 

Benedict baixou a cabeça. - Se você disser que sim, minha senhora. 

Devemos ir para osestábulos? 

Ele estava o mais perto do que era estritamente adequado, e ela teve 

de inclinar a cabeça para trás para encontrar seus olhos. O sol banhava 

seurosto,deixando seus olhos cintilantes mais brilhantes do que qualquer 

pedra preciosa jamais poderia ser. O longo e delgado pescoço ficou exposto 

a seu escrutínio, e por um breve momento, ele se perguntou o que ela faria 

se ele apertasse os lábios em seu pulso. 

Seus olhos nublaram, e ela deu uma pequenasacudida na cabeça. - Em 

um momento. Vamos dar uma volta pelo jardim. Eu gostaria de explicar o 

que aconteceu na noite passada. 

Ah, sim, o livro. Ele estava escondido em sua jaqueta, pressionado 

contra suas costelas; ainda assim ele conseguiu esquecer completamente a 

sua existência. Ela era muito, muito boa em fazê-lo esquecer de si mesmo. 

Ele puxou o volume com capa de couro para fora e entregou a ela. - 

Acredito que isto pertence a você. 




Ela corou de vermelho carmesim, algo que ele não esperava dela, mas 

continuou a encará-lo, no entanto. Sua expressão era uma estranha mistura 

de vergonha e alívio. Era mais do que um pouco cativante. 

Ela pegou o livro dele e suspirou, passando o polegar sobre a 

lombada. - Eu sinto muito, Benedict. Ouvi barulhos na noite passada no 

caminho de volta da biblioteca e fui investigar. Tenho medo de que a 

curiosidade tenha matado o gato. Ela sorriu timidamente para ele. 

Tudo o que ele não podia fazer era estender a ponta de um dedo e 

passa em sua bochecha rosada. Ele apertou as mãos ao seu lado, 

firmemente para reprimir o desejo. Em vez disso, ele começou a avançar 

em um ritmo vagaroso, levando um momento para reunir o juízo. - Eu 

imaginei tudo. Eu não queria incomodá-lo. Isto não deve voltar a acontecer. 

- Você é livre para fazer o que quiser. Fosse o que fosse que estivesse 

fazendo. 

Ele assentiu. - Quem é você para dizer. 

- E sinta-se livre para usar qualquer uma das salas ou dos salões de 

baile para as suas... atividades. Se você precisar de mais espaço. 

Ele suprimiu um sorriso. Agora ela estava xeretando. - Ora, muito 

obrigado. Agradeço a oferta. 

Ela arrancou uma folha de um arbusto bem cuidadoquando eles 

passaram e girou-a entre o polegar eo indicador. - Nós também temos 

várias peças deequipamento. 

Ele levantou uma sobrancelha. - Que tipo de equipamento? 

Ela ergueu o queixo ligeiramente, e olhou para ele com uma pitada de 

frustração. Depois de alguns segundos, ela disse: - Se você me disser o que 

você precisa, eu posso dizer-lhe se temos. 

- Eu tenho tudo que eu preciso. 

Ela jogou a folha no chão e virou-se para ele. - Pelo amor de Deus, 

você realmente não vai me dizer o que o diabo você estava fazendo? Ela 

estava tão impaciente, a sua Evie. Ela olhou para ele em tom de acusação. - 

Você está tomando uma página do livro de Richard e apenas me 

torturando? 

- Torturando-a? Eu não sei do que você está falando. Por que Richard 

iria torturar você? 

Ela sacudiu um dedo em sua direção. - Não pense que você pode me 

distrair do tema em questão. Eu sei que Richard disse que vocês dois estão 




aqui por causa de uma mulher, mas estou cada vez mais convencida de que 

há mais do que isso. Vocês dois estão aprontando alguma coisa, eu sei. 

Aparecendo sem avisar, saindoem uma misteriosa, ela bateu as mãos ao ar - 

viagem de pesca na chuva, fazendo Deus sabe o que no seu quarto de 

noite,o que é tudo muito estranho. 

Benedict piscou surpreso. Bem, ela realmente estava ficando 

desconfiada. Ele faria qualquer coisa a seu alcance para não mentir para ela 

mais do que ele já tinha feito. Talvez fosse hora de partir para a ofensiva. 

Afinal, ele tinha bastante vantagem sobre ela. Ele poderia facilmente usar o 

seu conhecimento dela contra ela. 

- Eu não tinha percebido que você se sentia tão negligenciada, Evie. 

Se você queria se juntar a nós, você só precisava pedir. Seus olhos se 

estreitaram com desconfiança, e ele se apressou em falar. - Deixe-me fazer 

isto pra você. Eu vou precisar conhecer a minha montaria antes da caçada. 

Você se importaria de me mostrar osarredores da propriedade? É um belo 

dia para um passeio. 

Os cantos de seus lábios carnudos curvaram-se para cima. - Se você 

acha quepode entrar em minhas boas graças com um pedido assim... 

- Você está certa; não importa. Vou pedir para Richard me 

acompanhar. 

Aha, ele tocou em seu ponto fraco, bem como ele pretendia. Ela 

torceu o nariz e disse: - Meu Deus, não faça isso. Você estará sujeito a 

quebrar o pescoço, se você tomar qualquer conselho dele. Não, eu vou com 

você. Isto vai me dar à oportunidade de observar a sua química com a 

montaria antes de ir para as áreas de caça. 

- Como quiser minha senhora.Ele se esforçou paraque o sorriso de 

satisfação não aparecesseno seu rosto. Senhor, mas ela era muito fácil de 

manipular. - Venha, vamos dar uma olhada em seus cavalos. 

Tendo chegado a uma trégua, eles puseram-se a caminho das portas 

escancaradas dos estábulos. Entrando no interior sombreado, ele ficou 

momentaneamente cego pelo contraste com a luz do sol brilhante de fora. 

Evie o levou direto para as baias na parte de trás. 

Como ela diminuiu a velocidade, ele prudentemente tirou os olhos de 

seu traseiro e olhou para a baia mais próxima, que continha uma lustrosa, 

égua cinza salpicada que parecia ter cerca de 1,67. - Ela é uma belaégua. 

Ela é uma boa saltadora? 




Evie riu antes de responder. - A melhor. Infelizmente para você, 

Epona é minha. 

Então, esta é a lendária Epona. Muitas cartas tinham sido dedicadas a 

égua após Evie ganha-lanoseu décimo quinto aniversário. - Epona? Como 

em ”deusa dos cavalos”? - Não é muito original, ele zomboubemhumorado. 

Ele brincava com ela sobre o apelido de anos atrás, quando ela 

tinha escrito para ele com orgulho de seu novo cavalo eo grande nome que 

ela tinha dado a ele. 

Ela colocou as mãos nos quadris, em afronta fingida e disse: - Eu era 

praticamente uma criança quando eu coloquei o nome nela. Eu tinha apenas 

quinze anos quando Papai deu-a para mim, e no momento em que eu estava 

começando a aprender sobre os deuses romanos e deusas. Eu pensei que era 

muito inteligente e sofisticado, mesmo depois de ter sido ridicularizada por 

isso pelo meu irmão e um amigo querido. Ela fez uma careta e uma nuvem 

passou sobre o seu rosto momentaneamente antes que ela desse de ombros. 

- Eu não posso mudar o nome da pobrezinha agora. Além disso, eu cresci 

gostando do nome. 

Benedict piscou. Amigo querido? Ela tinha que estar se referindo a 

ele. Então, ela ocasionalmente pensava nele em bons termos. Para falar 

dele de forma tão casual anos depois, como um quase perfeito estranho, 

bem, ele não podia negar o sentimento de prazer que o percorria. 

- Eu só estou brincando, é claro. E eu não posso falar nada, pois o meu 

cavalo é chamado Sansão. 

Ela sorriu, olhando em seus olhos. - De verdade? E você pensou em 

provocar? Que vergonha, Sr. Benedict. Que vergonha. 

- E o que vocês dois juntos tem suas cabeças? 

Richard caminhou até o centro do corredor, a suspeita em todo o rosto. 

Evie sorriu docemente. - Você não gostaria de saber? 

Elecolocou seus olhos curiosos em Benedict.Benedict apenas deu de 

ombros. Se Evie queria jogar seu jogo, ele não estava disposto a estraga-lo. 

- Bem, então, disse Richard, olhando para trás e para frente entre os 

dois. - Parece que eu vou ter que ficar por perto se eu vou acompanhar 

vocês dois. 

Benedict quase revirou os olhos. Ver Richard no papel de irmão mais 

velho protetor era totalmente bizarro. Em todos esses anos como amigos, 

ele sempre foi o canalha dos dois. Além disso, o único objetivo de 




Benedicterase aquecer um pouco na presença de Evie. Ele não tinha 

projetos com sua inocência. 

Evie não parecia nem um pouco incomodada.- Só se estivermos 

viajando a pé. Se estivermos a cavalo, você estará triste e sem esperança de 

manter-se. 

- Você é uma menina má, Richard exclamou com indignação fingida. 

- Honestamente, eu não posso imaginar que fomos criados pelos mesmos 

pais. 

- Eu sei. E pensar que eu estou relacionada a alguém tão desajeitado 

em cima de um cavalo. 

Richard riu alto e a envolveu com um braço em torno do ombro 

brincalhão. - Você me magoa, Evie; realmente você o faz. - Minha forma 

não é nada se não gloriosa. É a minha equitação que é terrível. 

Sacudindo a cabeça, Evie riu. - Oh, eu não chamaria isso de terrível. 

Apenas razoável. 

Ele estremeceu dramaticamente, retirando o braço. - Deus nos salve 

do razoável. Acho que prefiro o terrível sobre a mediocridade. 

- Sim, bem, alguns de nós iriam se contentar com decente, Benedict 

interrompeu. - É por isso que eu queria que Evie se juntasse a nós. 

Richard fez uma careta. - E o que é que isso quer dizer? O sorriso 

maroto no rosto deledizia que sabia exatamente o que ele queria dizer. 

- Significa que você ficaria feliz em colocar-me com um cavalo de 

batalha velho e cambaleante, de modo que você poderia ter a possibilidade 

de, uma vez na vida parecer ser um cavaleiro superior. 

- Que bobagem. Buttercup é uma égua perfeitamente ágil. 

O tilintar do riso de Evie tomou conta de Benedict como chuva quente 

de verão. - Você está certo de não confiar nele, Benedict. Buttercup é quase 

tão velho quanto eu. Agora, quem é malvado, querido irmão? 

- Eu disse que era de outra forma? Agora, então, vamos ver qual 

cavalo você acha que vai se adequar ao nosso Sr. Benedict. 

À medida que passou a trabalhar na tarefa que tinha em mãos, 

Benedict se deleitava com a oportunidade de observar Evie em seu 

elemento, em casa, no ar almiscarado enquanto ela os levava de 

baiaembaia, resumindo as virtudes de cada cavalo. Ele não conseguia parar 




de estudá-la, vendo o orgulho estampado em seus olhos e vendo o jeito que 

ela tocou, acariciou e falou com cada um dos cavalos que eles encontraram. 

Quando eles pararam em frente a um grande cavalo castrado preto, 

ela passou as pontas de seus dedos para baixo ao lado do pescoço 

musculoso do cavalo. Era uma gentil e doce carícia, e por um momento 

Benedict imaginou o toque em sua própria pele. Em pensamento, um 

calafrio deslizou através da sua pele acima do seu colarinho, e ele levantou 

a mão para esfregar a pele sensível de repente. 

Ela deu um tapinha no cavalo e voltou-se para Benedict. - Brutus é um 

pouco mais velho, mas ele está firme e forte. Ele era o cavalo selecionado 

por Richard até que veio Comus, não que Richard jamais tenha feito justiça 

a qualquer um deles. 

- Hey, Richard exclamou, cruzando os braços. - Eu quero que você 

saiba que Brutus e eu convivemos perfeitamente bem. Nós simplesmente 

nunca concordamos com a forma apropriada de saltar. 

- Sim, ela disse, levantando uma sobrancelha dourada. - Pobre Brutus 

insistiu no caminho correto, ao passo que você nunca teve seu equilíbrio 

certo. 

- Então ele é um bom saltador? Benedict interrompeu antes que os 

irmãos começassem de novo. 

Evie sorriu brevemente.- Um dos melhores. Você terá que ter uma 

mão firme com ele, mas eu não acho que ele vai ser demais para você lidar. 

O que você acha? 

- Eu confio em seu julgamento completamente. Se você acha que 

Brutus vai servir, então ele deve ser assim.Ele esfregou focinho de veludo 

do cavalo, eo animal relinchou alegremente em resposta. - E obrigado por 

ter tempo para me salvar das intrigas de Richard. 

Richard sorriu. - Eu não sei o que você está falando. Mas eu acredito 

que tive o bastante de estrumes dos estábulos. Vamos para casa? 

Benedict balançou a cabeça. - Eu acho que vou aproveitar para 

conhecer Brutus, se você não se importa. 

Richard balançou a cabeça e olhou para Evie. - Pequena? 

- Eu tenho trabalho a fazer. Mas eu pretendo ir cavalgar antes do chá. 

Você gostaria de ir junto? 

- Obrigado, mas eu acho que não. Após o passeio aqui e nossa 

excursão de ontem, eu acredito que eu vou ficar em casa hoje. 




- Muito bem, eu vou vê-lo no chá. 

Eles esperaram em silêncio, enquanto Richard despediu-se, ambos 

observando ele se retirar. Embora ele nãoolhasse para ela, Benedict podia 

sentir sua presença ao seu lado; ela estava a uma distância perfeitamente 

respeitável, mas perto o suficiente para ele sentir uma leve sugestão de 

limões. 

Depois de um momento, ela se virou para ele, parecendo muito 

satisfeita consigo mesma. - Você vai estar pronto em uma hora? 

Benedict levantou uma sobrancelha, não entendendo imediatamente. 

Até a compreensão ocorrer-lhe. Menina astuta. Ela tinha acabado de 

garantirque Richard não reclamasse sobre tê-lo deixado para trás. Toda 

uma tarde com apenas os dois e tudo o que teriam era um criado como 

acompanhante? 

- Eu não perderia isso. 

Droga de homem. 

Evie soprou uma mecha de cabelo de sua testa em frustração. Ele 

havia nitidamente evitado dizer-lhe algo sobre o que estava fazendo na 

noite passada. Ela tinha quase chegado de volta em seu quarto quando 

percebeu que o tinha deixado completamente fora do gancho. Ela enfiou o 

braço dentro da jaqueta de seu traje de montar e resmungou. 

- Você disse alguma coisa, minha senhora? Sua empregada olhou para 

ela um pouco estranha. 

Evie jogou um sorriso por cima do ombro. - Não foi nada, Morgan. 

Agradeço pela ajuda. Eu posso me ajeitar agora. 

Morgan assentiu e levou-a embora. Quando a porta se fechou, Evie 

começou a andar.Bendict podia a ter enganado antes, mas ela teria ampla 

oportunidade de bisbilhotar durante o seu passeio. 

Na verdade, ela teria ampla oportunidade de fazer qualquer coisa 

durante o seu passeio. Ela poderia olhar para seu perfil lindo, ouvir a sua 

voz sedosa, macia e sentir seu aroma delicioso. Não haveria nenhuma 

preocupação de sua mãe observando seu comportamento ou seus irmãos 

interrompendo-os. A agitação nervosa fazia cócegas em sua barriga. O 

homem era um enigma. Algumas das coisas que ele disse eram apenas 

*** 




ridículas. E, às vezes... Às vezes eles escorregavam para as brincadeiras tão 

facilmente como se fossem velhos amigos. 

Evie balançou a cabeça e suspirou. Era estranho como ele podia levála 

a uma reação tão forte. Como ela podia se sentir tão atraída por ele em 

um minuto, e irritada com ele no próximo? 

Um toque de luz veio da porta. Evie deu uma última olhada no 

espelho e passou a mão sobre o cintilante e profundo veludo azul de seu 

vestido antes de falar, - Entre. 

Sua mãe abriu a porta e entrou no quarto, a linha de seus ombros 

tensos sob seu vestido esmeralda. - Olá, minha querida. Espero não estar 

interrompendo você. 

- Nem um pouco. Entre. 

Mamãe fechou a porta silenciosamente atrás dela antes de voltar sua 

atenção para Evie.- Você tem um momento? Eu pensei que talvez 

pudéssemos conversar. 

- Sim, é claro. Evie olhou para o relógio dourado sobre a lareira. Ela 

deveria encontrar Benedict em menos de dez minutos, mas ele teria que 

esperar. Incerta do humor de sua mãe, Evie se sentou em uma das cadeiras 

doquarto e esperou enquanto sua mãe fez o mesmo. 

Eles se sentaram em um silêncio constrangedor por um momento. 

Evie sentou reta na cadeira, as mãos cruzadas sobre o colo como uma 

dama. Algo na postura de sua mãe fez Evie ficar nervosa, embora não 

pudesse dizer o que. Ela fez o seu melhor para transmitir confiança e 

serenidade, mas as borboletas esvoaçantes no estômago realmente não 

estavam ajudando em nada. Percebendo um barulho batendo nas 

proximidades notou que eram a própria batida de seus pés em baixo de suas 

saias, ela enrolou os dedos dentro de sua bota e desejou ficar quieta. 

- Você parecia bastante distraída no café da manhã. Eu poderia dizer 

que algo estava incomodando, mas eu não tinha ideia do que. 

- Não foi nada, mamãe.Eunão dormi bem na noite passada. 

- Então eu percebi que você estava agindo diferente por quase uma 

semana, antes mesmo de toda a emoção da chegada de Richard. Ela fez 

uma pausa, como se esperasse que Evie a contradissesse. Evie não disse 

nada. 




- Após o encontro de seu pai com o gerente da propriedade, esta 

manhã, eu mencionei a minha preocupação com ele. Ele me disse que havia 

algo que você estava pensando em falar comigo. 

- Ele disse? Evie guinchou, em seguida, limpou a garganta. Ela não 

estava preparada para fazer isso ainda, mas parece que não tinha escolha. 

- Sim, ele disse. Eu questionei sobre o que era.Ela olhou para suas 

mãos por um breve momento, depois lançou um olhar para Evie. - Evie, ele 

me contou sobre a sua proposta. 

Destruição, Destruição, Destruição! Evie freou sua reação imediata, 

engolindo o protesto que estava na ponta da língua. - E então? 

- Não posso permitir isso. 

O ar nos pulmões de Evie sumiu como se ela tivesse sido chutada no 

estômago. Não podia ser, isto simplesmente não podia ser o fim do seu 

sonho. Não, ela tinha convencido Papa e, por Deus, ela poderia convencera 

Mama. Era muito importante. Evie apertou sua mandíbula e balançou a 

cabeça. - Mamãe, você precisa me ouvir primeiro. É o que eu quero mais 

do que tudo. 

- É o que você acha que você quer.Sua mãe inclinou-se em sua 

cadeira, apertando as mãos em um gesto quase como de prece. - Evie, você 

deve saber como esta decisão vai afetar o resto de sua vida. Eu sei o quanto 

você não gosta de Londres, mas é apenas um meio para um fim. Encontre 

um bom cavalheiro, com seus próprios estábulos e você pode ter o melhor 

dos dois mundos. 

Evie se recusou a deixar suas emoções agitadas tirarem o melhor dela. 

Respirando profundamente, ela encontrou o olhar de sua mãe em sua 

frente. - Nossos estábulos não tem comparação com nenhum outro lá fora. 

E, além disso, eu já tenho o melhor dos dois mundos, Mamãe. Tenho 

família e meu trabalho aqui no Hall. 

- Ter uma família e começar uma família própria são duas coisas 

muito diferentes. Por que você é tão resistente à ideia?Frustração coloria 

sua voz como corante roxo em um copo de água. 

Sua mãe não foi a única a se sentir frustrada. As mãos entrelaçadas de 

Evie espremidas em uma bola apertada no colo. - Por que você é tão 

resistente à ideia de me ver seguir meus próprios sonhos e não os sonhos 

estabelecidos para mim por outras pessoas? 

Adoro Romances em Ebooks -101



Pressionando os lábios em uma linha fina, Mama respirou lentamente 

e exalou. - Querida, você simplesmente não se apaixonou ainda. Depois de 

encontrar o cavalheiro certo, seus sonhos vão mudar. Você não pode 

desistir e se esconder aqui. E se ele aparecer e você não o conhecer, porque 

não pode se incomodarem sair da sua concha por alguns meses? 

- Então eu acho que não era para ser. Evie escorregou para frente de 

sua cadeira, olhando a mãe diretamente nos olhos. - Realmente, mamãe, se 

eu não o encontrei em cinco estações, então eu duvido que ele vai aparecer 

em algum tipo de entrada heroica durante a minha sexta. 

- Como você pode simplesmente desistir? A sociedade irá vê-la como 

algo a ser lamentado. É isso que você quer? 

Quanto a isso, Evie suportaria. Ela tinha sofrido o suficiente os 

ditames da sociedade. - Dane-se a sociedade. O que ela já fez por mim? 

Ditando regras intermináveis e restrições para se viver, o que é o quê. Eu 

mantenho o meu trabalho escondido para agradar a sociedade, eu suporto 

uma postura terrível e fofocas nas mãos da sociedade, e tenho dado as 

últimas cinco primaveras por absolutamente nada. 

O rosto da Mãe empalideceu, e Evie sentiu uma pontada de remorso. 

Ela não tinha a intenção de ser tão brusca. - Sinto muito, mamãe. É que isto 

vem crescendo dentro de mim há algum tempo, e eu me sinto um pouco 

apaixonada pela ideia agora. 

- É claro. Depois de alguns instantes de silêncio, sua mãe levantou-se. 

Ela colocou uma mão fria no rosto superaquecido de Evie e podia ver a 

sinceridade em seus olhos. - Não é que eu não esteja do seu lado, eu estou, 

mas é que eu penso que se afastar do mercado do casamento não é a 

escolha certa. 

- Você não pode, pelo menos, pensar sobre isso? Considere os meus 

desejos? Estou quase com vinte e três anos, Mamãe. Idade suficiente para 

me conhecer. Idade suficiente para saber o que eu quero para a minha vida. 

Os olhos de Mama procuraram o rosto de Evie. Evie desejando que 

ela visse todas as coisas que ela estava sentindo, para entender que ela não 

queria viver a sua vida à mercê de um homem, alguém que podia amá-la 

num dia e virar as costas no próximo, para reconhecer que o trabalho de 

Evie, e os cavalos, estavam a salvo, previsível e significativa em sua 

própria maneira. 




Finalmente a mãe apertou os lábios e deu um curto aceno de cabeça. - 

Eu vou considerar isso. Para esta temporada somente. Por razões que não 

compreendo, seu pai é a favor, por isso estou disposta a admitir que não há 

muito o que pensar. 

Claro quea mãe não entendeu o raciocínio de seu Pai. Ela não sabia o 

que seu Paisabia ninguém sabia. Ele havia prometido manter seu segredo 

durante todos aqueles anos, quando ela tinha quase caído em desgraça, e 

ele nunca vacilou. Sua mãe nunca soubepor queseu Pai tinha tomado Evie 

sob sua asa com a tenra idade de dezesseis anos, permitindo-lhe trabalhar 

ao seu lado. Mas ela aceitou. E Evie só podia esperar que ela aceitasse isso 

também. 

- Obrigado, mamãe. Eu espero que você veja que essa é a coisa certa 

para mim. Isto é o que euquero acima de tudo. 

Alisando suas saias para baixo com a mão, sua mãe suspirou. - Você 

pode querer guardar os seus agradecimentos. Enquanto eu estou tentando 

entender o ponto de vista de seu pai, eu também farei tudo o que puder para 

fazê-lo ver omeu. 

Isso não fazia Evie se sentir bem sobre suas perspectivas. Mas o que 

ela poderia fazer? 

A mãe ofereceu-lhe um pequeno sorriso como o aço em seus olhos 

antes de caminhar até a porta. Ela fez uma pausa antes de abrir a porta, 

edeu meia volta para olhar Evie nos olhos. - Eu acho que há alguém lá fora 

para você, Evie. Eu acho que você só precisa abrir os olhos e seu coração, e 

você vai encontrá-lo. 




Capítulo Onze 

Quem sabia que você podia ser tão cheio de ideias? Obrigado uma 

dúzia de vezes pelo meu presente. Será que a minha letra está boa agora? 

A pena de cisne estáperfeitamente ajustada na minha mão, e nosso 

mordomo mantem a ponta precisamente cortada. Agora as minhas 

palavras não são apenas mais sábias com a idade, mas são mais atraentes, 

com meu mais novo presente. 


Evie estava quinze minutos atrasada para encontrar Benedict, graças à 

conversa com sua mãe. O sentimento de inquietação em seu estômago 

ainda tinha que ir embora, e uma longa cavalgada pareciam ser a coisa 

perfeita para manter sua mente livreda coisa toda. 

Os cavalos já estavam selados e esperando, e Benedict se apoiou 

contra a parede, de cabeça baixa. Ele olhou...triste, de alguma forma, como 

se estivesse equilibrando o próprio mundo em seus ombros largos. Bem, 

com o jeito que ela estava sentindo, eles seriam um belo par, de fato. 

- Eu pareço ter o hábito de fazer você esperar, disse ela em voz baixa. 

Ele olhou para cima, seus olhos escuros insondáveis como um lago 

ainda à meia-noite. - Vale a pena esperar por você, minha senhora. 

Ela sorriu ao ouvir suas palavras doces, um arrepio de prazer vibrando 

nela. - No entanto, por favor, aceite minhas desculpas. Você está pronto 

para o nosso passeio? 

- Mostre o caminho. 

Em poucos minutos eles montaram em seus respectivos cavalos e 

atravessaram a pista em direção aos campos em torno da propriedade. 

Vários metros atrás deles, um lacaio seguia discretamente. Com as coisas 

como estavam entre ela e a mãe, as aparências deveriam ser mantidas agora 

mais do que nunca. 

Eles ficaram em um silêncio sociável, e ela relaxou quando ouviu os 

sons reconfortantes da respiração dos cavalos, o ranger das selas de couro, 

eo trotar dos cascos na terra úmida. Ela se esforçou para empurrar sua 

conversa com a mamãe para a parte de trás de sua mente. Isto estava fora 

de seu alcance agora. Se preocupar com isto durante um passeio lindo e 




perfeito, com um companheiro lindo e perfeito não ia fazer as coisas 

melhorarem. 

Ao seu lado, Benedict se movia facilmente em sua montaria, como se 

tivessem participadode dezenas de passeios juntos, e ela teve de lembrar a 

si mesma para não olhar. Ele estava de costas retas, mas soltas, absorvendo 

os passos de Brutus sem esforço. Eles formavam um par bastante bonito, o 

cavalo escuro eo seu cavaleiro moreno. 

Oferecendo a Benedict um sorriso caloroso, ela disse: - Você parece 

bastante confortável na sela. Onde você aprendeu a andar? 

Benedict encolheu os ombros. - Eu aprendi sozinho. A tristeza que ela 

tinha vislumbrado antes ainda coloriu seu tom. Por que seria isso? Alguém 

poderia pensar que ele ficaria orgulhoso do feito. 

Evie olhou para seu rosto, mas não conseguia ler sua expressão. - Isso 

é realmente muito impressionante. Eu poçome gabar de minhas 

habilidades, mas eu seria inútil em um cavalo sem toda a instrução do meu 

pai. Para aprender sem um mentor deve ter sido muito difícil. 

- Sim. Às vezes, temos pouca escolha no assunto. 

- O seu pai não gosta andar? 

- Não, ele simplesmente não gostava de mim. 

Oh Deus. Evie se encolheu, não sabia o que dizer para algo assim. Era 

difícil imaginar um pai que iria virar as costas para um bom homem. Seu 

próprio pai era tão importante para ela, era impossível imaginar a vida sem 

o seu apoio. A memória fugaz de seu Pai galopando em direção a ela em 

uma noite enluarada há tantos anos brilhou em sua mente. Ele tinha sido 

tão gentil com ela, apesar de sua fúria, e tinha ajudado a seguir em frente 

com seu desgosto. Não são muitos os homens que teriam sido tão 

compreensivoscom suas filhas desobedientes de dezesseis anos de idade. 

Ela apertou os olhos fechados rapidamente e tirou esta memória de 

sua mente. Eles precisavam de uma mudança de assunto, melhor ainda, 

uma mudança de velocidade. Apontando para uma lagoa situada nas 

colinas a meio caminho entre onde estavam e da linha das árvores distantes, 

ela disse: - Este é o lugar onde a caçada começará. Gostaria de dar uma 

olhada mais de perto? 

Ao seu sinal, eles partem em direção à lagoa, pegando o ritmo de um 

trote rápido. O calor do sol ea brisa encantadora foram revigorantes. 

Cavalgando sobre o cume da colina, ela podia ver a torre do sino da igreja 




vários quilômetros fora da cidade. A grama que cobria o chão levemente 

inclinado foi finalmente ficando verde de novo, e árvores as 

orgulhosamente exibiam seus pequenos brotos e folhas recém-nascidos. Em 

uma palavra, era glorioso. 

Seu trote era cerca de metade da velocidade que Evie queria ir. Ela 

olhou para o homem em silêncio ao seu lado e sorriu. Era hora de um 

pouco de diversão. Sem uma palavra para Benedict, colocou Epona em um 

galope. Ela agarrou as rédeas com força e inclinou-se para frente conforme 

a égua aumentou sua velocidade. O vento assobiava ruidosamente por seus 

ouvidos e trouxe lágrimas aos seus olhos quando eles rasgaram todo o 

campo. As pernas de Epona batiam no chão, suas narinas, e seus músculos 

agrupados em ritmo com o seu galope gracioso. 

Evie riu com abandono na extraordinária sensação de correr sobre a 

terra. Ele nunca diminuía, não importa quantas vezes ela montasse. Ela 

sempre tinha imaginado que era assim que um pássaro deveria se sentir, 

deslizando sobre a superfície da terra com o ar fresco e limpo passando 

correndo. 

Quando finalmente chegou à lagoa, ela diminuiu o trote do cavalo 

para um trote suave, acariciando seu pescoço em aprovação. - Muito bem, 

meu amor. Não era pra se sentir maravilhosa? 

Em resposta, Epona, molhada de suor e com a respiração difícil, 

balançou a cabeça e bufou. Dando sua cabeça, a égua provavelmente 

gostaria de correr o dia todo. 

Ela olhou ao redor e procurou por Benedict, que estava a uma boa 

distância atrás. Ele segurou Brutus em um trote rápido com o lacaio ainda 

vários passos atrás dele. Era a oportunidade perfeita para vê-lo sem a 

preocupação da censura. Ele realmente era um homem bonito. Seu chapéu 

cobria principalmente seu cabelo escuro, mas ela ainda podia ver as pontas 

enrolando acima das orelhas. O corte fino de suas roupas acentua os 

ombros largos e quadris estreitos. 

Quando ele se aproximou, ela teve o prazer de ver um verdadeiro 

sorriso no rosto. Os dentes brancos brilharam sob o sol quando ele puxou 

as rédeas de Brutus e trouxe o cavalo castrado até o lado dela. - Você e sua 

égua é algo para ser visto. Será que você aproveitou a sua corrida? 

Evie sorriu suavemente. O galope para longe tinha sido a coisa certa a 

fazer. Pela primeira vez, suas feiçõesestavam completamente relaxadas. Ela 




manteve seu ritmo em um passeio suave e disse: - Sim, muito. Você não 

quer dar uma corrida você mesmo? 

- Não. Eu estou mais do que contente em vê-la em sua glória. 

Benedict deu umtapinha no pescoço de sua montaria. - Além disso, Brutus 

e eu estávamos começando a nos conhecer. Você, no entanto, esta 

claramente acostumada a Epona. Quando você está galopando assim, é 

difícil dizer onde uma termina e a outra começa. Eu posso ver porque você 

está tão orgulhosa dela. 

O prazer em seu louvor elevou o seu coração. Ela passou a mão sobre 

a crina de Epona. - Não há melhor sensação do mundo para mim do que 

andar em alta velocidade. Isto faz minha mão ter desmaios, no entanto. 

- Eu não posso imaginar o por que. No alto de uma pequena sela 

insignificante, em um enorme animal, voando em solo irregular, a galope, 

eu não posso pensar no que poderia perturbá-la sobre isso. Seu devaneio a 

fez sorrir. 

- É um mistério, disse ela, levantando um ombro em confusão 

simulada. 

Balançando a cabeça, Benedict deu uma risadinha. A tristeza de antes 

estava completamente esquecida, e ele parecia mais leve, mais feliz, 

sentado ao seu lado enquanto eles brincavam. Havia algo sobre eles, 

naquele momento, eles apenas se encaixavam. Ela deveria se sentir 

reservada ou mesmo distante com este estranho, mas em vez disso ela 

relaxou ao lado dele, adorava seus sorrisos e deleitava-se com os 

seuselogios. 

Evie deu às rédeas um pouco de movimento e definiu o ritmo para um 

passeio suave. Adiante deles, o lago brilhava ao sol da tarde, refletindo o 

céu azul alegre. Ela suspirou de prazer e olhou para Benedict. - Diga-me 

algo sobre si mesmo. 

Ele levantou uma sobrancelha. - O que você gostaria de saber? 

- Qualquer coisa, realmente. Sinto-me como se você soubesse muito 

sobre mim, enquanto eu não sei quase nada sobre você. Como a cerca...Ela 

contraiu os lábios e procurou um tópico, cuidando para evitar mais 

menções ao seu pai. Ela provavelmente deveria evitar a sua família por 

completo, apenas para ser mais seguro. - Eu sei, diga-me sobre como você 

e Richard se conheceram. 




- Vamos ver, disse ele, esfregando a mão sobre o queixo. - Richard e 

eu nos conhecemos nos primeiros anos em Eton. Como muitos de nossos 

colegas, que se tornaram amigos quando estávamos ambos compelidos a 

participar da produção escolar de Rei Lear. 

Céus, eles tinham uma longa amizade. Richard tinha escrito sobre a 

peça em sua segunda ou terceira carta depois de chegar a Eton. - Oh, eu me 

lembro de quando Richard estava naquelapeça. Meus pais ficaram ansiosos 

para vê-lo em sua primeira performance. Fiquei arrasada quando eu não fui 

autorizada a assistir, mas eu implorei por cada detalhe a eles, quando eles 

voltaram. Eu não posso acreditar que você estava nela também! Eu preciso 

saber qual parte você atuou. 

- Ai, minhas habilidades dramáticas não estavam em pé de igualdade 

com o seu querido irmão. Eu era um dos meninos infelizes enfiados em 

roupas pretas e forçado a cuidar dos atores reais. Acredito que Richard e eu 

nos ligamos por um excelente chá que eu trouxe para ele, menino de 

recados isto que eu era. 

Tentou imaginá-lo como um garoto ansioso e falhou miseravelmente. 

Era impossível imaginá-lo como nada menos do que o homem alto e 

poderosamente construído ao lado dela, especialmente depois de ter visto 

por si mesma exatamente como ele era bem constituído. Ela percebeu que 

ele estava olhando para ela, esperando que ela respondesse. - Bem, er, eu 

acho que faz sentido. Eu tenho muita dificuldade de imaginar você em 

cenacom um crânio na mão. Ela colocou o próprio braço pra fora de forma 

dramática, como se estivesse segurando o crânio em questão. 

- Certo, bem, uma vez que foi o Rei Lear e não Hamlet, eu não acho 

que teria que se preocupar com tal cena. 

Droga, ela sabia disso. Isso iria ensiná-la a não pensar em sua forma 

seminua, enquanto tenta manter uma conversa normal. Ela deixou cair o 

braço e sorriu maliciosamente para ele. - Eu estava apenas testando você. 

Claro que eu sei que a famosa cena da caveira é de Hamlet. 

Ele bufou em descrença. - Eu não acredito nem por um momento que 

você estava me testando. Que vergonha para a sua educadora por não 

ensinar uma impressionável, jovem rosa inglesa como você, a literatura 

inglesa adequadamente, disse ele com gravidade simulada. Solenemente, 

ele fez um som de desaprovação e sacudiu a cabeça. 




- Isto acima de tudo: Pra você mesmo pode ser verdade, respondeu 

ela. -Veja, eu sabia exatamente o que eu estava fazendo. Eu só queria ver se 

você era tão inteligente como seus companheiros dizem que você é. 

- A senhora protesta demais, penso eu. 

- Eu vou falar em punhais para ele, mas não vou usar nenhum, Evie 

resmungou em réplica. Ela estreitou os olhos para ele com raiva fingida, 

mas não conseguiu manter o sorriso de seus lábios. Ela estava se divertindo 

e, a julgar pelo seu sorriso largo, Benedicttambém. 

Pra falar a verdade, ela não conseguia se lembrar de uma única vez 

que havia compartilhado conversa tão alegre com um cavalheiro. Foi bom, 

mais do que bom, gracejar com ele, como se fossem amigos íntimos e não 

conhecidos recentemente apresentados. Com toda a tensão sobre a 

temporada, com sua família, ela precisava disso agora mesmo. 

Ela olhou para trás para onde Jasper seguiacom Sirius, 

obedientemente evitando observá-los. Era muito chato ter um 

acompanhante junto, mesmo que ela que tivesse insistido nisso. Ela se 

voltou para Benedict e piscou. - Vamos dar uma voltinha? Eu gostaria 

muito de ter a oportunidade de mostrar-lhe um pouco. 

- Que bela ideia, Benedict respondeu, puxando as rédeas e 

desmontando. Ele deu um tapinha no pescoço de Brutus, antes de vir para o 

seu lado. 

Evie olhou para o lacaio mais uma vez. - Jasper, por favor, cuide dos 

cavalos, enquanto o Sr. Benedict e eu exploramos um pouco. 

Ele balançou a cabeça e pulou para o chão, vindo para frente para 

tomar as rédeas. Evie virou-se para Benedict para que ele pudesse ajudá-la 

a desmontar. - Lamento dizer-lhe que não há um bloco ou toco de árvore à 

vista. Esperemos que eu não nos derrubeno chão, disse ela quando colocou 

as mãos nos ombros de Benedict. 

A sensação de seu ombro tenso, até mesmo através do tecido de sua 

jaqueta de couro e de sua luva, foi suficiente para roubar o fôlego direito de 

seus pulmões. A imagem dele não vestindo nada, somente aquelas calças 

largas voltou correndo para ela mais uma vez. Seu peito largo, os músculos 

esculpidos, estômago magro... Ela prendeu a respiração e apenas conseguiu 

manter-se com os olhos fechados. Ela sabia exatamente o que estava por 

baixo das poucas camadas de roupas que ele usava agora. Se apenas suas 

mãos estivessem tocando sua pele... 




Ele abruptamente olhou em seus olhos. Oh, não!Ela desviou o olhar, 

com as bochechas inundadas com o calor. Claro que era ridículo, mas ela se 

sentiu tão transparente como um painel de vidro. Céus, o que ele iria achar 

dela, se ele soubesse de seus pensamentos? 

Um momento depois, Benedict estendeu a mão e apertou as mãos 

firmemente em torno de sua cintura. Seus dedos em volta dela quase 

possessivamente, e seus olhos voaram de volta para seu rosto, com grande 

surpresa. 

O que ele estava fazendo? Alguns momentos antes, ela teria dito que 

ele era pouco mais do que educado com ela, mas agora sua expressão era 

tão intensa, tão familiar de alguma forma, ela não sabia o que pensar. Ele 

sustentou seu olhar, sem piscar e sem um sorriso educado para desviar a 

intimidade do momento, e Evie foi completamente incapaz de desviar o 

olhar. Ele quase parecia desafiar que ela dissesse alguma coisa. 

Ela não conseguiria dizer qualquer coisa, mesmo se a sua vida 

dependesse disso. 

Ele a ergueu então, de forma suave e aparentemente com facilidade, 

como se ela não pesasse mais do que uma criança. Ela se divertia com seu 

toque, com a sensação inebriante de estar em seus braços. Lentamente, 

suavemente, ele baixou-a para o chão, como uma pena flutuando em uma 

brisa. Quando seus pés tocaram terra firme, ela estava tão perto dele que 

suas botas quase se tocaram. Ele cheirava a sândalo novamente, e ela 

lembrou-se da sensação de seu peito sólido quando colidiram no primeiro 

dia. Sem pensar conscientemente, ela inclinou-se para ele, seus olhos 

pousaram em seus lábios. As mãos dele apertaram possessivamente a sua 

cintura. 

E então Epona moveu-se ao lado deles. 

Foi tão surpreendente como se alguém tivesse descarregado uma 

arma. Rapidamente, Evie tornou-se ciente de onde eles estavam do lacaio 

que estava a poucos metros de distância, do outro lado da Epona. Benedict 

pestanejou e endireitou-se, soltando as mãos e recuando. Sua pele ficou 

fria, sem o calor de suas mãos, e ela teve que se controlar para não 

protestar. 

Ele olhou para o lacaio e deu mais alguns passos, casualmente 

olhando para os arredores. Ela aproveitou a oportunidade para fazer um 

show sobre os seus direitos, ao mesmo tempo em que se concentrava em 




retardar seu coração acelerado e acalmar o ronco persistente de mil 

borboletas que caminhavam em seu estômago. 

Então é isso que se sente quando se é varrido pra fora de seus pés. 

Deus do céu, um toque simples e ela estava completamente perdida. 

Pela primeira vez em sua vida, ela podia imaginar como seus pais se 

sentiram quando seus olhos se encontraram anos atrás, em um salão de 

baile, em Bruxelas, e sentiram que o resto do mundo tinha caído. Talvez 

isso por isso suas amigas riam e coravam após uma única dança com um 

senhor que admiravam. Ela nunca tinha conseguido entender suas reações 

bobas, aparentemente provocadas com pouco ou nenhum incentivo. Evie 

quase riu de si mesma, aparentemente todas as suas emoções febris 

requeriam uma ajuda para descer do seu cavalo! Ela havia conhecido o 

homem de apenas dois dias, pelo amor de Deus. 

Dois dias. Como ela poderia estar tão atraída por alguém em dois 

dias? Ela deu uma respiração lenta e firme. Benedict não era para ela. Ele 

estava apenas passando por sua vida, ambos a caminho de cumprir seus 

sonhos. E muito em breve, ele teria ido. 

Quando ela olhou para cima, seus olhos imediatamente encontraram 

Benedict, e mais uma vez consciência percorreu-a. Sim, ele teria ido em 

breve, mas por agora eram só os dois. Ela olhou para a esquerda, onde o 

caminho seguia a costa bem cuidada e terminava no mirante. Na direção 

oposta, o caminho serpenteava ao longo da orla antes de desaparecer entre 

as árvores. 

A tentação de ficar sozinha foi demais. Com energia nervosa 

brilhando dentro dela, Evie virou-se para a direita. - Vamos? 

Benedict baixou a cabeça, embora seu olhar de chocolate nunca saísse 

do dela. - Como quiser, minha senhora. 




Capítulo Doze 

Mais atraente caligrafia, sim. Sabedoria, veremos. Falando de seu 

aniversário, você conseguiu tudo o que você esperava? Uma pergunta, o 

que a filha de um marquês deseja, quando ela olha para o céu à noite?. 


Droga, ele tinha pensado melhor. Ele estava bem consciente de que 

deveria ter mantido as mãos longe dela. Ele deveria ter sido mais cuidadoso 

em mantê-la a uma distância segura, mas não, na primeira oportunidade, 

ele aproveitou a oportunidade de tocá-la mais uma vez. Agora, enquanto 

caminhava ao longo do caminho de areia, ele nunca me sentiu mais 

consciente de outra pessoa em toda sua vida. As árvores ao redor deles 

eram apenasacessórias em um jogo onde toda a atenção ele dava a eles. 

De alguma forma, quando ela tocou-o, todas as suas preocupações, as 

suas circunstâncias, até mesmo os seus pensamentos, tinham escapado, e, 

por um momento no tempo, ele era apenas um homem mostrando seus 

sentidos por uma mulher com quem ele se importava. Ele honestamente 

não poderia dizer o que teria acontecido se o cavalo não o tivesse trazido de 

volta à seu juízo perfeito. 

Embora, na verdade, ele não estava realmente de volta à seu juízo 

perfeito. 

Se ele estivesse, ele não estaria desejando alcançar e acariciar a mão 

dela. Ele não estaria pensando na suavidade de seus lábios ou imaginando a 

sensação dela pressionada contra ele enquanto a beijava. O que ela faria se 

ele fizesse? Ele deu uma sacudida rápida em sua cabeça, tentando se livrar 

do pensamento ridículo. Para completar, ele entrelaçou os dedos atrás das 

costas. Ao lado dele, Evie brincava com o fecho da sua jaqueta. Era 

nervosismo, ou ela estava se sentindo inquietatambém? 

À frente, o caminho desapareceu em um bosque de árvores que 

ladeavam um lado do lago. Seu corpo zumbia com o conhecimento de que 

eles logo estariam sozinhos no passeio pela primeira vez, fora da vista da 

casa, do lacaio, até mesmo dos cavalos. Ele deve ter corrido no sentido 

oposto, mas ele não podia deixá-la ainda. Apenas um pouco mais de tempo 

com ela, mais alguns minutos sem o peso de seus ombros enquanto ele 




permitia-se ser apenas um homem, andando sozinho junto com um velho 

amigo na floresta, era assim tão terrível? 

Agora que eles finalmente estavam a sós, ele não conseguia pensar no 

que dizer a ela. Com o estado de seus nervos, porém, ele tinha que quebrar 

a tensão ou ele sairia do sério. - O lago é agradável. Ele se encolheu com o 

comentário sem inspiração. 

Ela mordeu o lábio e assentiu. - É verdade. A palavra soava pomposa. 

Depois de uma pausa, acrescentou: - Ele está bem abastecido, também... 

- Que bom. Meu Deus, ele soava como um idiota total para ela ou era 

só para ele? A súbita consciência entre eles parecia roubar-lhe a capacidade 

de manter uma conversa normal. 

- Você não pescou aqui ontem com Richard? 

Ele balançou a cabeça. - Nós fomos para o córrego para pescar trutas. 

- Ah. 

Isso foi um absurdo. Cinco anos de história entre eles, e esta foi a 

conversa que eles tiveram? Ele procurou um assunto mais estimulante, e 

quase imediatamente pensou em seu tema favorito. Ele limpou a garganta e 

mergulhou nele. - Diga-me como você veio a ser uma parte tão importante 

do negócio da sua família. 

A questão não a relaxou tanto quanto ele esperava, mas pelo menos 

ele teve sua conversa. - Cavalgar sempre foi natural para mim. Meu pai 

disse que nunca tinha visto nada parecido, que era um talento natural que 

seria um crime não incentivar. Tudo começou inocentemente, alguns 

passeios com ele através da propriedade, a corrida ocasional com Richard, 

mesmo a chance ímpar para acompanhar o Pai para inspecionar as compras 

potenciais. Isto construído lento o suficiente para que a Mãe nunca ficasse 

indevidamente alarmada. 

- Portanto, o seu pai era o seu campeão? 

Ela assentiu, afastando um galho quando eles passaram as primeiras 

árvores. O ar estava visivelmente mais frio na sombra. - Sim. Eu comecei a 

trabalhar ao lado do Papa a sério quando eu tinha dezesseis anos. Ao longo 

dos anos, acho que ele finalmente chegou à conclusão de que Richard 

sempre seria apenas um cavaleiro mediano. E eu, bem, não. 

- Não, eu imagino que você não era. Ele sorriu, mantendo os olhos na 

trilha onde ele passou por cima de uma raiz saliente. Ela nunca tinha sido 




mediana em alguma coisa um dia em sua vida, tanto quanto ele sabia. - 

Então, realmente, você tem Richard para agradecer o apoio de seu pai. 

- Não, eu... Ela parou no meio da frase, um olhar estranho em seu 

rosto.- Na verdade, acho que você está certo. Deus do céu, eu nunca pensei 

dessa forma antes.Ela torceu o nariz. - Você não precisa dizer isso a ele. 

Seu ego já é grande o suficiente para nós dois. 

Ele deu-lhe uma piscadela cúmplice. - Meus lábios estão selados, 

minha senhora. 

Ela suspirou e balançou a cabeça. - Parece que você está fazendo 

bastante disto por mim ultimamente. Devo agradecer novamente por 

manter o silêncio sobre encontrar o livro. 

- Claro.Eu sou um cavalheiro, apesar de tudo. Ela não parecia tão 

certa como ele esperava. Que preocupantes pensamentos cruzaram sua 

mente para fazer com que a pequenaruga de tensão aparecesse entre as 

sobrancelhas? Ele permitiu que a distância entre eles diminuísse um pouco. 

- Você não tem nada a temer, Evie. Tanto quanto eu sei, o livro poderia ter 

sido deixado para trás por um fantasma. 

Ela ofereceu um sorriso indiferente e fez uma pausa em frente de uma 

árvore caída. - Eu sei que parece uma coisa boba para você, mas é muito 

importante para mim. Eu devo ser absolutamente irrepreensível antes de 

minha família viajar para Londres. 

Que coisa estranha de se dizer. - Vamos, eu tenho certeza que você 

não tem nada com que se preocupar. E de qualquer maneira, eles não 

estariam mais preocupados com seu comportamento depois que você 

chegasse?Ele perguntou, oferecendo um pequeno sorriso, brincalhão. 

Ela correu um dedo de luva sobre a casca da árvore, tirando um 

pequeno pedaço. - Eu não tenho intenção de ir a Londres nesta temporada. 

- Não ir para Londres?A família dela planejava ignorar a temporada 

deste ano? Não, isso não podia acontecer, ele ouviu falar da viagem várias 

vezes desde a sua chegada. - Eu temo não estar acompanhando. O que 

exatamente é a sua intenção fazer, então? 

Ela não disse nada no começo, mas apenas olhou para ele com aqueles 

enormes olhos azuis. Ele tinha a nítida impressão de que ela estava 

avaliando ele e sua confiabilidade. Ele mostrou-se um pouco mais sério sob 

seu escrutínio. Finalmente, ela respirou fundo. - Eu convenci meu pai a me 

permitir ficar no campo nesta temporada, para que eu possa evitar 




completamente a postura tediosa do mercado de casamento. Agora eu tenho 

só que convencer minha mãe a concordar com os meus planos, e eu vou 

estar livre para fazer o trabalho que eu amo. Nesse meio tempo, eu não 

posso lhe dar qualquer motivo para ficar aborrecida comigo. 

Benedict estava ali boquiaberto de como as implicações de sua 

declaração o tocavam. Choque não começava a descrever a forma como ele 

se sentia. Ela estava desistindo de encontrar um marido? Será que ela 

pretendia enterrar-se nos estábulos, para nunca mais amar e ser amada? - 

Seu pai concordou com isso? Elogios a você ea seus poderes excepcionais 

de persuasão, minha senhora. Você deve estar muito satisfeita. 

Ele cerrou os dentes com o tom sarcástico de sua voz. Ele deveria ter 

mantido sua maldita boca maldita fechada, este problema não era de seu, 

afinal. 

Um pouco da alegria desapareceu de seus olhos, substituído por algo 

parecido com cautela. - Extremamente. Não é todo dia, senhor, que alguém 

se eleva acima das expectativas dos outros e realiza aquilo que antes 

parecia impossível. 

Ela estava falando bobagem. Ela era a mulher mais apaixonada, 

divertida e inteligente que ele conhecia, e ela queria cortar-se fora do 

mundo, como algumasvelhas solteironas secas? Ela não estava dando uma 

chance a si mesma. - Eu concordo. Claro, é preciso perguntar-se, se se 

elevou acima das expectativas ou abaixo delas? 

Ela engasgou e recuou um passo. - Que coisa ridícula de dizer, Sr. 

Benedict! Você não sabe nada sobre mim, e você pretende fazer tal 

afirmação? O que importa mesmo para você? 

Oh, como ela estava errada. Ele a conhecia. Ele conhecia bem o 

suficiente para saber que ela merecia encontrar a felicidade no amor. Ela 

estava voluntariamente enganando seu futuro fechando-se com a 

possibilidade de ficar sozinha. Ele já não tinha o luxo de tal escolha. Suas 

perspectivas haviam sido destruídas, não importa o que acontecerá quando 

ele deixar este lugar. Não por culpa dele, ele terá que passar o resto de sua 

vida como um pária envergonhado, ou sobrecarregado pelo conhecimento 

de que ele havia traído seu próprio código moral para o bem dos outros. De 

qualquer forma, ele nunca iria submeter uma mulher ao seu destino e, 

portanto, o casamento nunca estaria no cardápio. E aqui estava ela, o 

mundo a seus pés, e ela estava virando as costas para ele. 




A pequena tola. 

Ele apertou os dentes para não dizer o que ele realmente sentia. Dando 

um longo suspiro, Benedict inclinou a cabeça em deferência a ela. - Isso 

não acontece. Eu só espero que você tenha pensado nisso inteiramente. 

Ela cruzou os braços, os olhos azuis gelando consideravelmente. - 

Sabe, eu estava começando a gostar de você. É evidente que a minha 

capacidade de julgar o caráter de alguém está equivocado. Obrigado por me 

deixar ver sua verdadeira natureza em tempo hábil. 

- Se mostrar minha verdadeira natureza significa que eu apresento a 

voz da razão, então você é mais que bem-vinda, minha senhora. 

Ela franziu o rosto, como se cheirasse algo podre. - A voz da razão? 

Você deve estar delirando. 

- Delirando, correto, disse ele, imitando o movimento para cima e para 

baixo de uma escala. - É tudo uma questão de interpretação, eu suponho. 

- O que há para interpretar? Você é presunçoso o suficiente para 

assumir que eu não sei fazer a minha própria escolha. Por quê? Será que é 

porque eu sou uma simples mulher? 

- Eu nunca disse... 

- Você poderia muito bem ter, exclamou ela, a cor manchando suas 

bochechas. - Você não me conhece bem o suficiente para ter vindo com 

suas conclusões. Portanto, você deve pensar que porque eu sou uma 

mulher, eu... 

- É porque você tem muito para oferecer! 

Ambos congelaram. 

Benedict parecia ainda mais surpreso do que Evie. Com uma maldição 

murmurada, ele tirou o chapéu da cabeça e passou a mão pelo cabelo. - 

Esqueça o que eu disse. Você pode fazer o que quiser, e eu vou manter 

minhas opiniões delirantes para mim mesmo. 

Evie estava piscando, totalmente muda. Como poderia esquecer que 

ele havia dito uma coisa dessas? O prazer do seu elogio correu através de 

seu corpo, aquecendo-a de forma mais eficaz do que até mesmo o sol mais 

brilhante. - Você acha que eu tenho muito a oferecer? 

*** 




Ele corou e ruborizou e passou a mão sobre a boca dele em agitação. 

Ele deu um rápido aceno espasmódico. - Sim, é claro. Richard sempre falou 

tão bem de você. E com todos os ingratos que existem na cidade, eles 

podem usar tanto sangue fresco quanto eles podem pegar. 

Ela deu uma bufada rápida de riso antes de colocar a mão à boca. - Eu 

não acredito que você disse isso. 

- Você não concorda? 

- Claro que sim. Eu simplesmente não posso acreditar que você 

verbalizou isso. 

Eles sorriram um para o outro, a tensão de antes derreteu. Por um 

momento, nenhum dos dois falou, em seguida, Benedict pigarreou e fez um 

gesto para eles continuarem. - Vamos continuar, ou você gostaria de voltar? 

- Vamos continuar. O dia só está começando ainda. - Seu coração se 

sentia estranhamente impulsionado, como uma rolha flutuando em um lago. 

Era bom, andar calmamente ao lado dele. Somente com o som de suas 

botas no caminho de terra eos pássaros cantando ocasionalmente, era muito 

tranquilo. Era normal, como se eles tivessem ficado juntos como este antes, 

desfrutando de simplesmente estar com o outro. - Obrigado por dizer isso, 

ela disse em voz baixa, mantendo os olhos no caminho na frente deles. 

- O quê? 

- Que eu tenho muito a oferecer. Eu percebo que não sou o exemplo 

ideal de feminilidade. 

- Graças a Deus por isso. Você realmente não quer ser o ideal da 

cidade? 

Evie sorriu. Agora ele estava pegando. - Nem um pouco. Eu posso ser 

a minoria, mas estou muito feliz do jeito que eu sou. No entanto,ela disse 

com ironia, virando-se para encontrar seu olhar,- a minha natureza não 

convencional tem uma maneira de me metendo em confusão. Por exemplo, 

quando eu involuntariamente chamo um perfeito estranho de imbecil. 

Benedict riu os olhos castanhos brilhando de alegria. - Eu admito que 

foi uma experiência nova para mim. 

Com sua atenção totalmente nele, ela não viu a pedra na frente dela, 

até que ela tropeçou. Ele estendeu a mão para firmá-la, e ela engasgou com 

o contato repentino. Seus olhos se encontraram brevemente, e ela sorriu, 

antes de olhar para baixo para ver o caminho. 




Benedict não retirou sua mão. Em vez disso, ele reajustou seu aperto 

de modo que ele apoiou o cotovelo na palma da sua mão. Ela engoliu a 

vontade de rir. Ambos eram adultos. Se ele queria oferecer-lhe uma mão 

orientadora, era perfeitamente aceitável fazê-lo. Não era problema de 

ninguém só dela, se todo o seu corpo estava cantarolando com a 

consciência do homem ao seu lado. 

- Então você realmente é feliz? Sua voz era baixa e suave enquanto ele 

falava. - Quero dizer, não há nada mais que você queira da vida? 

Seu cérebro confuso se esforçou para pensar além do formigamento de 

sua mão em seu cotovelo. - No momento, eu gosto da minha vida 

exatamente como ela é.Era absolutamente verdadeiro. Ela poderia estar 

com ele assim todo dia e estava perfeitamente satisfeita. 

O caminho estreitou, e eles foram obrigados a ficar um pouco mais 

perto um do outro. Sua colônia picante misturada com a cobertura de 

musgo e os aromas terrosos envolta deles. 

Ele baixou a cabeça, levantando uma sobrancelha única. - Exatamente 

como ela é? 

Ela desacelerou para uma parada, e ele seguiu o exemplo, virando-se 

então e eles estavam face a face. Ela soube imediatamente que estavam 

mais perto do que era adequado, mas nenhum deles se moveu. Ela lambeu 

os lábios e balançou a cabeça uma vez. - Sim. Na maior parte. Por que é tão 

difícil pensar com a mão dele pressionando contra ela, quente e segura? 

As árvores acima deles chacoalharam em uma rajada de vento leve, 

manchas de sol e de luz dançavam sobre a ampla extensão de seu peito e 

ombros. - Na maior parte, ele disse o timbre profundo de sua voz quase 

uma carícia. Ele inclinou a cabeça ligeiramente, mantendo seu olhar nela o 

tempo todo. - O que é que está faltando em sua vida? 

Ontem, ela teria dito nada. Nada estava faltando em sua vida. Então, 

por que seu coração há muito adormecido, de repente protestava contra 

essa resposta? Saudade, diferente de tudo o que ela tinha sentido em anos, 

serpenteava dentro dela. Ela abriu a boca para responder a ele, mas as 

palavras não vieram aos lábios. Finalmente, ela simplesmente balançou a 

cabeça. Ela não podia pensar nisso agora, não podia responder-lhe quando 

ela mesma não sabia a resposta. 

Algumas mechas de cabelo que haviam caído livremente dosgrampos 

durante seu passeio levantaram com o vento e voaram em suas bochechas. 




Tão naturalmente como se ele tivesse feito isso milhares de vezes antes, ele 

estendeu a mão e tocou os fios errantes. Seus dedos passearam ao longo de 

sua bochecha enquanto ele enganchava osfios atrás da orelha. Ela se 

segurou perfeitamente enquanto sentia um arrepio na pele na parte de trás 

do pescoço que passou pelos seus braços. Era tudo o que podia fazer para 

não virar o rosto na palma da sua mão. 

- Nada que você poderia desejar? Ele persistiu, suas palavras quase 

um sussurro. 

O coração de Evie dava marteladas dentro de seu peito enquanto ela 

respirava seu cheiro atraente. As novas e deliciosas sensações percorrendo 

e esquentando-a de dentro para fora. Ela olhou para o seu olhar penetrante 

e escuro, perdendo-se nas profundezas de veludo. Mesmo sem querer, ela 

balançava em sua direção, levantando o queixo. Suas narinas alagaram-se 

um pouco, ele foi afetado pela sua proximidade. O conhecimento 

enfraqueceu seus joelhos ao mesmo tempo em quea encorajou. Em vez de 

responder a sua pergunta, ela balançou a cabeça lentamente, seus olhos 

nunca deixando osdele. 

Ele abaixou a cabeça apenas o suficiente para ela sentir o calor de seu 

fôlego sobre sua bochecha. A rápida ascensão e queda de seu peito traíram 

suas próprias emoções, mas ela não se afastou, não quando apenas alguns 

centímetros separaram seus lábios. Este ia ser o seu primeiro e verdadeiro 

beijo? 

- Nada, ele murmurou, passando a mão de seu cotovelo e deslizando 

até a volta de seu braço. 

Ela engoliu em seco, seu olhar caindo nos seus lábios. - Nada é 

perfeito, o Sr. Benedict. 




Capítulo Treze 

Se eu te dissesse o que eu desejo, então certamente não iria se tornar 

realidade. Eu vou dizer, porém, que os meus sonhos não têm nada a ver 

com posses, mas eu estou certo que você já sabia disso. Você realmente 

não consegue saber o que a filha de um marquês quer? 


Demorou um pouco antes de suas palavras penetrassemna névoa do 

desejo que nublava a mente de Benedict. - Senhor? 

- Benedict, disse ela em voz baixa. -Nada é perfeito, Benedict. 

Mas já era tarde demais. Tudo de uma vez, a verdade da sua situação 

voltou correndo. Ele não era Benedict, e ela não era sua Evie. Ele foi o Sr. 

Benedict, e ela Lady Evelyn. Por um momento no tempo, ele tinha 

esquecido quem ele deveria ser; esquecido o papel que ele desempenhou. 

Por mais que ele pudesse querer que as coisas tivessem terminado de forma 

diferente entre os dois, ele não podia mais mudar o passado agora que ele 

poderia escapar o drama onde ele se viu enredado. Dane-se tudo para o 

inferno, como ele poderia ter se esquecido? Como ele poderia ter se deixou 

ficar tão preso no momento? 

Ele deu um pequeno passo para trás, apenas alguns centímetros 

fisicamente, mas emocionalmente a distância era muito maior. - Você está 

absolutamente correto sobre isso, minha senhora. 

Evie piscou várias vezes, a confusão nublando seus olhos. Uma 

pequena ruga apareceu entre as sobrancelhas, e ele amaldiçoou-se por ter 

chegado tão perto dela em primeiro lugar. 

Ele ofereceu-lhe um pequeno sorriso, tentando amenizar a dor de sua 

retirada. - Jasper vai estar se perguntando o que aconteceu com a gente. Eu 

acho que talvez devêssemos voltar. 

- Sim, claro, disse ela, visivelmente restabelecendo-se. Ele poderia 

alegremente ter-se açoitado por causar a dor que ouvia em sua voz. Ele 

havia sido um tolo por achar que poderia ficar a sós com ela e não correr o 

risco de perder-se a si mesmo. Mais do que isso, ele tinha sido imprudente. 

Quando eles voltaram para casa, Benedictestava, para ser bem franco, 

ansioso para sair da companhia de Evie. Entrando no paddock, ele saltou de 




Brutus e entregou as rédeas para o lacaio que esperava. Evie desmontou 

usando o bloco de montagem de três degraus, graças a Deus. O contato 

entre os dois deveria ser mantido a um mínimo estrito. 

- Devo admitir que eu estou cansado de todo o nosso exercício de 

hoje. Eu achoque vou descansar. Posso levá-la até em casa?Ele manteve 

sua expressão suave e seu tom impessoal quando ele fez a oferta, esperando 

que ela recusasse. 

Ela estudou-o com olhos solenes, preocupados e um pouco magoados 

refletidos em suas profundezas. Ele desejou que ela não o pressionasse para 

não dificultar as coisas para ele mais do que já estavam. Depois de um 

momento ela balançou a cabeça. - Hum, não. Obrigado. Acho que vou ficar 

por mais algum tempo e ver a alguns assuntos de negócios. Descansasse, e 

eu vou vê-lo no jantar. 

Ele balançou a cabeça em resposta e conseguiu fugir para a casa, 

tomou o cuidado de não olhar para trás justamente pra desnorteada jovem 

atrás dele. Se ele parar agora, bem, ele acha que ele nunca mais seria capaz 

de afastar-se dela. 

Parado no pátio de uma velha pousada no crepúsculo, Ned Barney 

sabia que tinha encontrado a pessoa certa. Ele estava ficando cada vez mais 

perto de rastrear sua presa, e ele sentia em seus ossos que este era o homem 

que o levaria a Hastings. Diante dele, o estalajadeiro olhou para a bolsa 

tentadora de moedas que Barney segurava na mão. 

Inclinando-se conspirativamente para o homem, Barney disse: - Como 

eu disse tudo que eu preciso é uma direção. Ele sacudiu a mão, deixando o 

estalajadeiro ouvir o tilintar das moedas. 

O riso abafado era filtrado através das finas paredes cobertas de hera 

da taberna do primeiro andar. O homem olhou ao redor do pátio 

novamente, certificando-se que eles ainda estavam sozinhos. As lâmpadas 

ainda não tinham sido acesas, e as sombras pesadas cercaram tão 

eficazmente como um manto. Ele lambeu os lábios, fixando os olhos na 

bolsa de moedas na mão estendida de Barney. Finalmente, o homem 

estendeu a mão para pegar o prêmio. Barney rapidamente retirou a isca. - 

Uh, uh, uh. Você me diz queeu preciso saber, e eu lhe dou o dinheiro. 

*** 




O estalajadeiro franziu o cenho e cruzou os braços. - Como vou saber 

que você vai fazer o que disse? 

Barney sorriu. - Eu acho que você vai ter que confiar em mim. 

- Nem pensar. Eu não confio em você, tanto quanto eu poderia 

apostar, o homem respondeu. 

Barney deu de ombros e virou-se. 

- Espere! 

Ele parou, permitindo-se um sorriso rápido antes de ficar sério e girar 

para encarar o bastardo ganancioso. - Sim? 

O homem ergueu um dedo e apontou para o leste. - Eles foram para 

Hertford Hall, em Alyesbury. O cavalheiro de cabelos amarelos é filho do 

marquês. 

Triunfo! Barney fez uma pequena mesura. - Muito obrigado, senhor, 

disse ele, antes de perfurar a face do homem. O estalajadeiro caiu como 

uma pedra, em uma pilha aos pés de Barney. 

Agitando sua mão uma vez, ele se virou e mancou em direção ao seu 

cavalo, embolsando o dinheiro da bolsa. Finalmente, ele teve um destino 

certo. Ele assobiou quando montou em seu cavalo e virou-se na direção que 

o estalajadeiro tinha apontado. Agora que ele tinha um endereço, era 

apenas uma questão de tempo. 

- Como foi o seu passeio? 

Evie fez uma careta e olhou por cima da carta que ela estava tentando 

escreverna maior parte da ultima meia hora absolutamente sem sucesso. 

Beatrice estava emoldurado a porta do pequeno estúdio de Evie, com os 

olhos brilhando de curiosidade. Ou era de travessura? Com Bea, nunca se 

podia ter certeza. 

- Tudo bem, disse Evie, jogando a pena sobre a mesa. A tinta estava 

seca até agora de qualquer maneira. Toda vez que ela olhava para o papel, 

tudo o que ela podia ver era o rosto sombreado de Benedict na floresta, 

olhando para ela como se ela fosse a única pessoa no mundo. 

Ou então ela pensou que era. Aparentemente, ela tinha interpretado 

errado, terrivelmente errado. O que ela achava que era interesse era apenas 

algum tipo de atenção educada. Ou era mesmo isso? Ele poderia ter tido 

*** 




aversão dela por tudo que ela sabia. Ela realmente queria saber o que ela 

tinha feito para mudar o humor delede forma tão drástica. 

A cabeça de Beatrice inclinada para o lado enquanto ela olhava Evie 

de cima a baixo como se fosse um cavalo em um leilão. Evie sufocou o 

impulso de revirar os olhos. Oh, soberba, agora ela estava ganhando 

olhares de preocupação de uma garota de dezesseis anos de idade. Entrando 

totalmente dentro da sala, Beatrice sentou-se em uma das cadeiras verde 

com estampas azuisem frente à mesa de Evie. - Você não parece bem. 

Aconteceu alguma coisa com o Sr. Benedict? 

Evie deu um meio suspiro, meio rindo. Ela nem sequer sabe a resposta 

para essa pergunta. Não, algo que não aconteceu, e esse é o problema. De 

alguma forma, ela não pensou que Bea entenderia. - Como você sabia que 

eu estava com ele? 

- Bem, vamos ver, disse ela, levantando a mão e apontando para seu 

dedo mindinho. - Primeiro, eu vi você discutindo com ele no jardim. Ela 

mudou para o dedo anelar. - Então eu vi você fazendo olhos melosos pra 

ele. Em seguida, você passou um tempo no celeiro com ele e Richard. Em 

seguida, vocês dois cavalgaram pra Deus sabe onde com Jasper logo atrás 

de vocês. Último de tudodisse ela, vocês dois mal se falavam quando 

retornaram duas horas depois. 

Evie apenas olhou para ela, quase tão impressionadaquanto estava 

irritada. - Eu estou certa que você pode encontrar trabalho como uma espiã, 

se todo o esforço de “encontrar um marido” não funcionar.Isso é sinistro. E 

ridículo. 

O rosto de Bea murchou. Aparentemente, ela esperava elogios para o 

seu problema. - Não é ridículo! Estou preocupada com você. Você 

parece...perturbada. Benedict está te incomodando? 

Na verdade, inquieta parecia ser exatamente a palavra para descrever a 

forma como Evie estava se sentindo. Droga sua irmã sabia fazer uma 

leitura de seu humor de forma eficaz. Mas, honestamente, ela odiava não 

saber onde ela estava com o homem. Era tudo muito mais irritante desde 

que ela tinha despertado pra ele. A partir do momento que ele a levantou de 

seu cavalo, todo o seu mundo tinha balançado. Sentia-se como se nada 

mais do que um potro recém-nascido, vacilante e insegura em seu novo 

ambiente. Do nada, a lembrança de seu perfume a agrediu, trazendo 

consigo a paixão desconhecida que tinha aquecido o sangue dela quando 




seus lábios tinham estado tão dolorosamente perto dela. Ela esfregou os 

braços como arrepio em sua pele mais uma vez. Ela realmente não deveria 

estar pensando nessas coisas com olhos penetrantes de sua irmã olhando 

para ela. 

Recostando-se na cadeira, Evie fez um gesto desdenhoso. - O 

Sr.Benedict não está me incomodando nem um pouco. Nós compartilhamos 

um passeio agradável por todo o campo e voltamos quando nos cansamos. 

Nada mais, nada menos. 

Exceto pela sensação chocantemente íntima de suas mãos em sua 

cintura. Ou a leveza emocionante de ser erguida em seus braços. Ou a 

discussão esclarecedora por trás dos galhos abrigados dos carvalhos 

maciços que revestem a trilha. Ou aquele momento de parar o coração, 

quando ela pensou que ele ia beijá-la, ea saída abrupta logo após. 

Beatrice parecia totalmente convencida. - Ele não fez nada... 

Desagradável? 

Inconveniente? - Deus do céu, Beatrice, que tipo de coisa você quer 

dizer? Claro que não. Evie lutou bravamente contra o rubor que subiu até o 

pescoço, mas ainda assim as bochechas queimaram, não porque Benedict 

tinha sido inconveniente, no mínimo, mas por causa do quanto ela queria 

que ele fosse. 

Os olhos de sua irmã aumentaram ligeiramente e a maldita garota não 

perdeu nada. - aconteceu algo que você não está me dizendo. 

Evie rangeu os dentes em aborrecimento. Ela estava se sentindo 

bastante crua sobre o que tinha acontecido ou não tinha acontecido, com 

Benedict sem precisar discutir o assunto com sua irmã intrometida. - Eu 

não sei do que você está falando, Bea. E, na verdade, se ele tivesse feito 

algo impróprio, você provavelmente já saberia antes de mim, do jeito que 

você está bisbilhotando. 

A sua irmã não saltou em sua defesa como Evie esperava. Em vez 

disso, Beatrice escorregou para o fundo de sua cadeira e sussurrou: - Na 

verdade, eu sei algo sobre ele que você deveria saber. 

Claro que ela sabia. Ela provavelmente conhecia a história de vida do 

homem até agora. Evie cruzou os braços sobre o peito e fixou o olhar em 

sua irmã. - Você ficou sabendo disso por meios aceitáveis? 

- Não, mas... 




- Então eu não quero mais ouvir. Agora, você deve parar com essa 

espionagem. Eu não vou ter todos os meus movimentos sendo vigiados por 

minha irmãzinha. 

- Mas Benedict 

- É nosso convidado, e ele merece privacidade, Evie interrompeu com 

firmeza, ignorando completamente o fato de que ela tinha espionado o 

homem 24 horas antes. - Assim como eu 

- Sim, eu sei, mas ele... 

- Quero dizer que, Bea. Nem mais uma palavra. 

- Evie exclamou Beatrice, batendo a mão na mesa. - Ouça-me. É para 

o seu próprio bem. 

Oh, e agora sua irmã pensava que ela sabia o que era melhor para 

Evie? Isso era realmente demais, especialmente desde que Evie estava sem 

saber como estavam as coisas entre ela e Benedict. De repente, ela se 

levantou. - Isso é o suficiente. Você está se comportando como uma criança 

curiosa, e isso tem que parar. 

Pressionando os lábios em uma linha fina, Beatrice olhou para ela. - 

Uma criança curiosa? Tudo bem, se você não deseja saber o que eu sei, 

então eu não digo. Mas não me culpe quando você descobrir que nem tudo 

é como parece. 

Evie revirou os olhos teatralmente para sua irmã. - Anotado. Agora 

me deixe em paz, por favor. Eu tenho trabalho a fazer antes do jantar. 

Sua irmã se levantou e se dirigiu para a porta. Ela parou perto da 

janela, a luz rosa de noite iluminando todo o lado direito de seu corpo. - 

Basta ter cuidado, Evie. Eu não quero ver você se machucando. 

Sem esperar por uma resposta, ela escorregou pela porta e foi embora. 

Evie balançou a cabeça lentamente. O que será que foi isso? Seja qual for a 

intenção de Beatrice, ela só serviu para fazer Evie pensar em Benedict 

muito mais. 

No momento em que estava tranquilamente em sua cana naquela 

noite, Evie ficou perigosamente perto de ficar obcecada pelo homem. Ele 

não apareceu para qualquer jantar ou o recital de piano, dueto das gêmeas, 

enviando uma nota pedindo desculpas em seu lugar. Neste último ela não 

estava sozinha em seu desapontamento, as meninas tinham se recusado a 

dar um concerto sem o convidado de honra, mas a sua mãe insistiu que o 




show tinha que continuar. Beatrice era a única que parecia aliviada com sua 

ausência. 

Evie puxou a colcha pesada até o queixo e rolou para o lado no 

colchão macio. Tinha que vê-lo novamente. Sozinho. Se ele não iria falar 

com ela, ela não sabia o que ela ia fazer. Ela estava tão nervosa, mal se 

aguentava de aflição. Oh, a quem ela estava enganando? Ela não só precisa 

falar com ele de novo; ela precisava sentir o seu toque em sua pele. Pela 

primeira vez em sua vida, ela queria um homem a tocasse. 

Ela ainda não podia acreditar na estranha atração entre eles. Um 

estranho quase perfeito, e cada fibra do seu ser parecia em sintonia com ele, 

atraída por ele como uma abelha para o néctar. Ela mal sabia do jeito que 

ela estava sentindo. 

Em poucos dias, ele sairia para sua nova vida, e ela iria mergulhar na 

dela. Não havia futuro para eles, e ela não tinha nenhum desejo de um. Ela 

sabia bem o que significava colocar a sua confiança em um homem 

esperando fidelidade no longo prazo. Mas, entre o agora e quando ele 

partisse... 

Sozinha em seu quarto escuro, com nada a não ser os fios prateados do 

luar que deslizavam através de suas cortinas como testemunha, ela 

considerou as possibilidades. 

Ela nunca tinha beijado um homem antes. Benedict apresentou a 

oportunidade perfeita. Ele não esperava nada dela, e ele não colocaria em 

risco seus sonhos. Eles haviam chegado tão perto, tão insuportavelmente 

perto que ela quase protestou em voz alta, quando ele se afastou dela. 

Sua voz murmurou no fundo de sua mente, e ela apertou os olhos 

fechados. Nada do que você desejaria? Há alguns dias, ela teria dito 

não.Agora, havia algo que desejava. Ela queria que ele a beijasse mais do 

que qualquer coisa na sua vida inteira. 

Ela tinha que falar com ele; de alguma forma levá-lo sozinho 

novamente. Ela não achava que poderia realmente dizer-lhe o que queria, 

mas se ela pudesse pegá-lo de bom humor, e isso erarealmente fundamental 

dada as suas oscilações de humor, então talvez... 

Talvez ela pudesse convencê-lo a compartilhar um, perfeito, beijo 

inesquecível com ela. Ela estremeceu e apertou os olhos fechados. Ela só 

esperava que fosse suficiente. 







Capítulo Quatorze 

Eu tenho algumas ideias sobre o que poderia fazer você feliz. Mais 

tempo no estábulo com seu pai, com certeza, bem como, menos tempo 

sentada no piano tocando versões mutiladas de grandes clássicos. Richard 

descreveu isto em grandes detalhes, você deve saber. Talvez mais 

oportunidades de conhecer novas pessoas? Eu consigo pensar em pelo 

menos um que gostaria de conhecê-la. 


Quando a carruagem bateu ao longo da estrada esburacada que conduz 

à aldeia, Benedict resolutamente manteve os olhos treinados para fora da 

janela no campo de passagem e fora do belo, tortuoso e um pouco 

atrevidoda frente dele. Ele podia sentir Evie observando-o, seu olhar 

voando de volta para ele a cada terceira passagem: primeiro para Richard, 

então para a janela, em seguida, para Benedict. Cada vez que ela pousava 

sobre ele, era como se o sol lambesse sua pele, queimando, em um 

delicioso caminho quente onde quer que tocasse. 

E foi exatamente por isso que ele tentou evitá-la esta manhã. 

No café da manhã que tinha ficado claro que ela desejava vê-lo hoje. 

Depois de ontem, ele sabia que sua força de vontade tinha que resistir a ela 

e que eles não deveriam encontrar-se sozinhos novamente. Quando Richard 

perguntou seus planos para o dia sombrio e chuvoso, Benedictaguardou em 

silêncio até que ela relutantemente admitiu que tinha um novo livro que ela 

queria ler. Ele sugeriu uma viagem para a cidade para os dois homens, e ela 

triunfalmente anunciou que o livro que ela queria ler era uma encomenda 

recém-chegada, ela precisava pegar no livreiro daaldeia. 

Um olhar para o rosto dela e ele sabia que ela sabia que o tinha. 

- É realmente muito lindo aqui na primavera, quando as árvores estão 

todas em flor. A declaração de Evie foi simploriamente falada e soou 

conciliatória. 

Bento teimosamente continuou a olhar pela janela, embora ele mal 

tenha visto o cenário verdejante rolando lá fora. As árvores condenadas não 

tinha nada sobre ela. - Eu posso ver isso. 




- Eu nunca vou entender como Richard pode passar tanto tempo na 

cidade. Todo o congestionamento, e ar enfestado e o ruído. Eu 

simplesmente não consigo ver a atração. Para mim, este é o paraíso. 

Richard soltou uma pequena risada. - E eu nunca vou entender como 

você pode preferir tanto isolamento, o vazio ea falta de socialização. É 

absolutamente razoável esperar um homem para florescer. Você não 

concordaBenedict? 

Benedict deu de ombros e disse: - Eu prefiro pensar em mim como 

equilibrado. O tempo entre cada extremo vai impedir alguém de se tornar 

demasiado tacanho. 

Richard bufou. - Certo. Você é um cara mais tolerante, eu sei. Por que 

eu continuo me esquecendo disto? 

- Eu não posso imaginar. Você deve seguir o meu exemplo, Richard. 

Nós não queremos que você se transforme em um congestionado, 

malcheiroso, cheio de fuligem, morador da cidade, agora não é? 

- Tarde demais, eu temo, Evie brincou com um sorriso. 

Benedictolhou-a brevemente nos olhos e viu-se relutantemente 

sorrindo também. Ele rapidamente quebrou o contato e voltou seu olhar 

para a paisagem que passava. 

Pela janela, ele viu a cidade se aproximando. A grama deu lugar à 

calçada e árvores a edifícios. Não era diferente de qualquer outra que 

pontilhavam a paisagem do campo inglesa, uma pousada, um pub, uma 

padaria, e algumas lojas de roupas e acessórios. Eles passaram pela rua 

principal, a carruagem bem arqueada absorvendo a maior parte do 

empurrões entre os paralelepípedos, antes de virarem em uma rua menor e 

diminuírem até parar. 

Eles saíram, Richard primeiro, com ele ajudando Evie antes de 

Benedict descerpor ultimo. A chuva, pelo menos, tinha parado, mas as ruas 

ainda estavam pontilhadas com poças de água que escorriam de quase todas 

as superfícies. Apenas um punhado de pessoas circulavam, embora cada 

um parecia ter interesse na chegada dagrande carruagem. Na frente deles 

havia um edifício exótico, de madeira com pequenas janelas fechadas e um 

sinal verde resistia pendurado sobre a porta proclamando LIVREIRO 

DARCY. 

Ele não estava disposto a ficar preso o dia inteiro ao lado de Evie 

como um cachorrinho. Benedict virou-se para Richard e ofereceu um 




sorriso despreocupado. - Vamos passear pela cidade um pouco? Tenho 

certeza de que nós só vamosficar no caminho de sua irmã. 

Ele começou a se virar na direção oposta, quando sentiu um pequeno 

puxão em sua manga. 

- Você não vai me acompanhar? Sendo o acadêmico que você é, eu 

tenho certeza que você deve apreciar uma livraria bem abastecida. 

Ele olhou para baixo para vê-la sorrindo para ele. Ela estava 

claramente tentando manipulá-lo; ele ficou surpreso que ela não estava 

batendo aqueles cílios ridiculamente longos para ele. 

- Eu estou certo com a literatura, minha senhora. Ore, e desfrute de 

suas compras. 

Ela bateu os seus cílios em seguida. - Bem, talvez você possa colocar 

a sua escolaridade para trabalhar e ajudar-me a escolher algo novo. 

Richard sorriu e acenou com a cabeça em direção à loja. - De toda 

forma Benedict, vá. Gostaria muito de ver o que você sugeriria para a 

leitura de minha querida irmã. 

Olhando significativamente para Richard, Benedict respondeu a Evie. 

- Se é o seu desejo. Depois de você. Ele passou o braço com um gesto 

exagerado, continuando a encarar o amigo. 

O sorriso de Richard cresceu ainda mais. - Por que vocês dois não 

vãona frente? Eu vou aparecer na loja Tuttle para ver o que eles têm em 

matéria de luvas novas. 

- Certifique-se de dizer-lhes que eu disse: Olá, disse Evie com um 

abanar doce xaroposo de seus dedos. 

Benedict engoliu uma maldição. Mais uma vez, ela sabia que o tinha. 

Claro, ela não era a única a testar sua paciência. Richard era um amigo 

incrível, mas ele era, de longe, muito irreverente. Se pressionado,Benedict 

provavelmente poderia pensar em algo que Richard levasse a sério, mas no 

momento ele não conseguia pensar nada. O homem não conseguia deixar 

de ter um pouco de diversão à custa de Benedict. 

Carrancudo, Benedict arrastou-se após Evie entrar na loja, cuidando 

de manter seus olhos no edifício e fora do balanço tentador de seus quadris. 

Assim que abriu a porta, o proprietário correu imediatamente para frente 

para cumprimentá-los. O homem esbelto e finoestava obviamente bem 

familiarizado com Evie. Enquanto conversavam sobre alguns recémchegados, 

Benedict não perdeu tempo em escapar. 




O lugar era um labirinto de corredores estreitos e sinuosos em torno da 

loja apertada. Livros de todos os assuntos, idades e condição 

transbordavam das prateleiras empoeiradas. Ele teve que pisar em torno das 

pilhas de livros que se estendiam quase até o teto em vários lugares. Ele 

torceu o nariz ao sentir o cheiro de mofo que parecia ficar mais forte 

quanto mais ele se aventurou na loja mal iluminada. 

- Por favor, não se zangue comigo, Benedict. 

O apelo da fala mansa de Evie cortou direto através de sua raiva e 

atingiu o seu coração. Ele apertou os olhos fechados por um segundo antes 

de se virar para encará-la. Ela estava de pé no final do corredor, uma pilha 

de livros equilibrada na dobra do braço e um sorriso hesitante nos lábios. 

Ele sabia ali mesmo que ele nunca seria capaz de resistir a ela. 

- Eu nunca poderia me zangar com você, Evie. 

Ela sorriu lentamente e deu alguns passos em frente. - Eu não sei se 

acredito nisso, mas eu espero que, pelo menos, você me perdoe por arrastar 

você aqui comigo. 

- Quem sou eu para negar uma senhora de alguma coisa? Você me 

quis para acompanhá-la, e aqui estou eu. Nãonecessariamente arrastado. 

- Eu pensei que, como um acadêmico, que você pode desfrutar da loja. 

É muito bem abastecida. 

As lembranças da suamentiravinham à tona quando ele menos 

esperava. Ele não quis corrigi-la, mas ele não iria mentir, tampouco. - Eu 

na verdade sempre fui um amante dos livros. Quanto à loja, 

elaé...Incomum. 

Ela riu, olhando para o caos em torno deles. - Mr. Darcy é muito 

envolvido nos conteúdos dos livros para se preocupar com a organização 

deles. 

- Eu posso ver isso. É uma maravilha ele conseguir vender qualquer 

coisa. Ou achar qualquer coisa, para esse assunto. 

- Curiosamente, ele pode encontrar qualquer livro na loja em poucos 

instantes. Há muito tempo eu desisti de tentar encontrar o que eu preciso, 

em vez disso, eu simplesmente peço para ele. Isto torna a procura muito 

interessante, no entanto. 

Ela inclinou a cabeça e leu dois títulos juntos na prateleira mais 

próxima onde ela estava. - O Conde de Monte Cristo e O Declínio e Queda 

do Império Romano. Eu não posso começar a imaginar por que os dois 




estão agrupados. Ela olhou para cima e estalou os dedos. - Eu entendi! 

Ambos os livros envolvem a punição de um opressor outrora forte. Como 

eu não poderia ter visto uma correlação tão óbvia? 

Ele levantou os ombros brevemente em um gesto eu não sei, e olhou 

para a prateleira a sua direita. Ah, eu tenho um dicionário da Língua 

Inglesa e A Floresta de Montalbano. Claramente, estes dois têm muito em 

comum. 

- Oh, ela incitou, colocando a mão livre em seu quadril. 

- Eu diria que cada palavra na floresta de Montalbano pode ser 

encontrada aqui, disse ele, batendo na lombada do dicionário. Ela riu 

levemente, e ele sentiu os cantos de sua própria boca se elevar. Sentindo 

sua alegria iluminar um cantinho da escuridão dentro dele. 

- É Claro. Como eu poderia ter deixado isto passar? 

- Agora, não é culpa sua, minha senhora. Não se pode esperar que o 

sexo frágil entenda esse tipo de coisa. 

Sem perder o compasso, ela arqueou a sobrancelha esquerda e disse 

alegremente: - Se isso é o que faz a população masculina se sentir superior, 

então vou deixar isso para você. Nós mulheres preferimos usar os nossos 

talentos em esforços mais valiosos, como a criação da próxima geração. 

- É mesmo? Eu não sabia que você estava dedicando seu tempo para a 

criação da futura geração. Eu me curvo a suas aspiraçõessuperiores, minha 

senhora. Ele esboçou uma pequena mesura, e ela fez uma careta para ele. 

- Muito bem, você me pegou. Embora, eu vou dizer, sendo a irmã 

mais velha, certamente eu tenho uma influencia na educação das minhas 

irmãs. Mas, realmente, eu tenho as rédeas do negócio da família entre as 

minhas atividades. 

- Uma carreira única, se assim posso dizer. Eu não creio que já 

conheci uma senhora que estivesse interessada em trabalhar para viver. 

- Isso não é justo. Estou convencida de que há muitas mulheres que 

gostariam de atividades externas, mas nunca iriam fazê-las graças às 

restrições da sociedade. De alguma forma, eu duvido que você leu Mary 

Wollstonecraft, Uma defesa dos direitos das mulheres. 

Benedict ficou momentaneamente surpreso. Inclinando o ombro 

contra a prateleira mais próxima, ele disse: - Na verdade, eu li, mas não 

acho o mesmo de você. Ela é bastante sarcástica em sua avaliação da 

aristocracia, da qual, eu poderia apontar você é um membro. 




Evie sacudiu a cabeça. - Ela é desdenhosa da inutilidade da 

aristocracia. No caso, não é óbvio o suficiente, eu estou trabalhando em 

direção a ser um membro útil da sociedade. Estou mais diligente do que a 

maioria dos homens da minha classe. 

- Sobre isto não há discussão. Você, Evie, é diferente de qualquer 

membro da alta sociedade que eu já encontrei. 

Ela parou por um momento, ajustando a posição dos livros em seus 

braços. - Eu vou tomar isso como um elogio. Embora eu não posso dizer 

que trabalho para ganhar a vida, eu ganho uma imensa satisfação de meu 

envolvimento no negócio. Ninguém parece se importar ou entender que eu 

gosto do desafio e do propósito que a posição representa. 

- Ah, mas a criação da futura geração também não representa desafios 

e propósitos? - Ele a conhecia bem o suficiente para antecipar sua reação e 

foi recompensado com apenas a resposta que ele esperava: um revirar 

exagerado de seus olhos. 

- Claro que sim, você...Ela parou a tempo de salvar o insulto estava 

pronto na ponta da língua. Eu estava apenas mencionando que há mais de 

uma maneira de contribuir para a sociedade. 

Ele riu baixinho. - Tudo bem, eu peço uma trégua. Então, que livros 

você já encontrou? 

Ele observou fascinadosuas faces coradas e ela achatando os livros 

contra o peito. 

- Apenas alguns romances bobos. Para meninas, é claro, disse ela, 

começando a fazer a reserva. - Você encontrou alguma coisa para despertar 

o seu interesse? 

Ele não estava disposto a deixá-la ir embora nessa tentativa de evasão. 

Sua mão disparou e apanhou um dos livros a seu alcance. Ela gritou de 

espanto, mas ele a ignorou, enquanto lia o título. 

- Byron? - Ele não podia deixar de transformar seu rosto em desgosto. 

- Você lê os tratados sobre os direitos das mulheres, o que, por sinal,expõe 

o ridículo de falsas sensibilidades, e então você vai e compra um livro bobo 

de poemas românticos? 

Seu rubor se aprofundou, e ela pegou o livro de volta, deixando cair os 

outros dois livros que ela estava segurando. Ele inclinou-se para ajudá-la, 

mas ela gritou: - Não! Ele deu um passo para trás com surpresa, e ela 

rapidamente juntou-os do chão. 




Ela empurrou os cabelos caídos de sua testa com o máximo de 

dignidade que conseguiu e respirou fundo. - Como eu disse, eles não são 

para mim. Deixe-me apenas deixá-los com o Sr. Darcy, enquanto você 

procura algo que acha que eu poderia me beneficiar. 

Ele franziu os lábios em um esforço para não rir dela; ele não achava 

que ela iria reagir bem a ele depois de suadefensiva embaraçosa. Ele 

deveria saber depois que tinha deixado o livro de Austen fora de sua porta, 

que ela nutria um lado romântico. Balançando a cabeça, ele concordou. - 

Deixe isso para mim. Vou encontrar algo. 

Ela abaixou a cabeça e saiu correndo em direção ao balcão, deixandoo 

para examinar a variedade aleatória de livros em paz. Ele descobriu que 

estava sorrindo para si mesmo enquanto procurava. Ele tentou organizar os 

motivos de que precisava para desencorajar Evie de gastar mais tempo com 

ele, e não incentivá-la. Talvez um pouco de provocação estivessena lista, 

algo para quebrar a tensão criada entre eles sem realmente machucá-la. Em 

um súbito momento de inspiração, ele decidiu qual o livro. 

Ele seguiu Evie para o balcão. - Eu gostaria que o livro fosse uma 

surpresa. Espere lá fora, se você quiser, e eu vou fazer a minha compra e 

acompanhá-la em breve. 

Ela deu-lhe um olhar estranho, mas deu de ombros e concordou. 

Quando o lojista pegou sua seleção, Benedict congratulou-se para a 

esperteza de sua escolha. Qualquer coisa que ele poderia fazer para 

dissuadi-la de estar em sua companhia era um passo na direção certa... 

Especialmente porque ele parecia estar mais atraído por ela a cada 

momento que passava. 




Capítulo Quinze 

Talvez, se um dia as estrelas se alinharem, existirá alguém que eu 

poderia querer ser apresentada. Se essa pessoa também gostaria de ser 

apresentada a mim, isso é uma pergunta que eu ainda não posso 

responder. Talvez a primavera traga a resposta para isso? 


Quando se preparava para o jantar, Evie ainda estava tão furiosacom a 

piada que Benedict tinha feito com ela. Alcançando o pacote com um 

sorriso inocente mais cedo na carruagem, ela tinha rasgado o papel marrom 

ansiosamente. Depois de ler o título nitidamente impresso, ela fuzilou-o 

com um olhar. - O que é que isto deveria ser? 

Richard puxou o livro das mãos dela quando Benedictmostrou uma 

expressão ferida e respondeu: - Você não gostou? Ainda ontem estávamos 

citando Shakespeare um para o outro, então eu pensei que você poderia 

desfrutar o meu favorito das obras do bardo. 

Nestahora Richard irrompeu as gargalhadas, passando o livro para ela. 

- Ele está certo, Pequena. Eusei que você ama Shakespeare. Bem escolhido, 

meu amigo, bem escolhido. 

Ela deixou cair a brincadeira ofensiva no banco ao lado dela com 

desgosto. Ah, sim, Benedict era tão inteligente. Ela cruzou os braços e 

estreitou os olhos. - A Megera Domada. Ha. Ha. Que extremamente 

inteligente. 

- 0 quê? Achei que você adoraria uma peça que você pode se 

identificar. Benedict era todo inocência. 

Richard riu ainda mais com isso, inclinando-se para frente antes de 

balançar para trás em seu acento. Um sorriso irrompeu no rosto de 

Benedict; era tão presunçoso, ela ansiava por dar-lhe um tapa. 

Homens. E outros perguntam por que ela permaneceu solteira . 

Agora, horas mais tarde, ela assistiu em silêncio enquanto Morgan 

trabalhou para criar um penteado mais elaborado para a noite, tecendo um 

colar de pérolas entre suas tranças. Evie gostou da forma como as pérolas 

refletia a luz das velas, com destaque para os cachos que sua criada tinha 

passado um tempo para criar. 




Hoje à noite, Evie queria estar tão linda, que Benedict comeria suas 

palavras sobre o bardo. Até agora, tudo estava indo comoo planejado, sua 

criada estava fazendo um trabalho excelente, eo elegante vestido simples, 

branco que Evie usava cabia-lhe com perfeição. Ela pensou em colocar um 

pedaço de renda sobre o decote baixo e decidiu que não. Pela primeira vez 

em sua vida, ela queria atrair um homem especificamente para que ela 

pudesse fazê-lo tão louco como ele estava fazendo com ela. Pode ser 

pequeno, mas era a única retribuição que ela tinha. Ela mal podia esperar 

para ver a cara dele quando ele a visse. 

Quando, finalmente, ela estava sozinha, Evie olhou para o relógio, 

quase uma hora até o jantar. Ela suspirou e andou até a janela. Afastando 

para o lado as cortinas, ela olhou para o céu à noite, que ainda estava 

tingido com um leve laranja no horizonte distante. Quando seus olhos se 

adaptaram, sentiu um verdadeiro lampejo de prazer, as estrelas estavam de 

fora! Bem, é claro, se ela não tivesse estado tão preocupada com os dois 

idiotas na carruagem com ela no caminho de casa, ela teria percebido o céu 

azul que emergia e daria lugar a uma noite estrelada . 

Era bom demais para deixar passar. Por um capricho, ela calçou os 

sapatos e pegou um xale quente. Soprando sua lâmpada, ela fez uma pausa 

para o conforto do ar livre. 

Por algum milagre, ela fez todo o caminho até o terraço de trás sem 

ser parada por uma única pessoa. Em uma família do tamanho da dela, isto 

era uma façanha. O ar frio soprava em torno de seus tornozelos quando ela 

levantava a saia alguns centímetros antes de descer os degraus de pedra 

para o jardim. Era consideravelmente mais frio do que tinha sido em seu 

passeio, e ela estava feliz com o xale dobrado em torno de seus braços. 

Uma vez no caminho de seixos, Evie soltou suas saias e segurou as 

pontas do xale, cruzando os braços para ter mais calor enquanto ela 

caminhava em direção aos jardins em volta, assim as luzes das janelas não 

diminuiriam a vista. Ela sabia para onde ia; houve muitos momentos em 

que ela fugiu de casa para olhar para os padrões familiares de estrelas nos 

céus. 

Ela encontrou seu banco favorito, o único com uma visão desobstruída 

do céu no jardim. Embora as flores ainda não estivessem em flor, o cheiro 

de uma nova vida, a terra recém-lavrada, e aparas de relva encheu seus 

sentidos. Sentada na pedra fria e felizmente seca, ela olhou para seus pés e 




fechou os olhos. Assim como ela tinha feito quando ela era uma criança, 

ela jogou seu próprio pequeno jogo, jogando a cabeça para trás e abrindo os 

olhos para focar a primeira estrela que chamou sua atenção. 

Esta noite, não um, mas duas entraram em foco, e ela sorriu, feliz com 

a coincidência. Os alfinetes gêmeos de luz não eram senão Cor Coaroli, o 

Coração de Charles, o que significava o seu olhar foi adequadamente 

objetivona Canes Venatici, a cães de caça.Um sorriso largo apareceu em 

seu rosto. Claramente, tal coincidência tinha que significar boa sorte para a 

caça iminente. 

Dos cães de caça, ela traçou um caminho através das várias 

constelações favoritas de primavera, tendo o conforto, como sempre fazia, 

no fato de que as estrelas eram completamente confiáveis e seguras. 

Mesmo que as nuvens obscureçam a sua visão, ela sabia que as estrelas 

ainda estariam mantendo suas localizações exatas nos céus, esperando 

pacientemente até que pudessem brilhar novamente. 

Ela estava se sentindo relaxada agora, não mais obcecada com 

Benedict ou qualquer outra coisa. Ela deixou todas essas coisas 

desaparecerem e simplesmente ficou observando. Foi bom para deleitaremse 

na calma, sem sua família, os criados, ou até mesmo os cavalos 

causando algum tipo de ruído de fundo ou de outra coisa. 

- Você está tremendo. 

Ela quase pulou para fora de sua pele com a declaração em fala 

mansa, deixando escapar um estranho tipo de metade grito, metade guincho 

no processo. Mão no coração galopando, ela virou para olhar na direção da 

voz inesperada. Em um pequeno banco sob uma árvore menos de seis 

metros de distância estava sentado Benedict, tão inocentemente quanto 

poderia ser. 

- Céu Misericordioso, é a sua intenção parar o meu coração, perguntou 

Evie sem fôlego.- Você tirou a luz do dia de mim! 

Ela podia vê-lo agora, esparramado deselegantemente em todo o 

banco de madeira, sem chapéu ou luvas à vista. Ele se levantou e se esticou 

antes de caminhar em direção a ela. 

- Peço desculpas por isso. Acho que eu não pensei direito. Eu não 

quero me intrometer no seu tempo de silêncio, mas quando seus dentes 

começaram a bater alto o suficiente para acordar os mortos, eu senti que era 

meu dever falar. 




- Meus dentes não estavam fazendo tal coisa, e se você tem o dever de 

fazer alguma coisa, era me alertar da sua presença, ela respondeu irritada, o 

tempo todo tentando lembrar se ela tinha feito algo embaraçoso enquanto 

ela pensou que não estava sendo observada. Felizmente, nada me veio à 

mente. 

Benedict riu. - Touché, minha senhora. Acho que eu estava 

desfrutando um pouco do meu próprio tempo sozinho também. Posso me 

juntar a você? 

Evie olhou para baixo para o local ao lado dela no banco e fez um 

gesto. Por que ele tinha que chamar sua atenção para o fato de estar 

tremendo? Agora, a frieza do banco de pedra atravessou seu vestido com 

uma vingança, e ela se deu conta de quão frias suas próprias mãos sem 

luvas tinha se tornado. Como o homem estava se revelando irritante. 

Sentindo-se contrariada, ela disse: - Não. 

A resposta teve o efeito perverso de fazê-lo sorrir. - Vamos; não seja 

assim. Lamento pelas brincadeiras que Richard e eu fizemos à sua custa 

hoje. Eu prometo que não vou fazer nada parecido novamente. - Por favor, 

poço me juntar a você? 

Ele acabou de dizer, por favor? As sobrancelhas de Evie arquearam-se 

em surpresa. Ela fez uma nota mental para agradecer a Morgan pelo 

trabalho extra que a criada tinha feito no cabelo de Evie esta noite. 

Enquanto ela considerava sua solicitação, Evie percebeu que havia algo em 

sua maneira que parecia um tanto resignada. Ela não podia realmente 

colocar o dedo sobre o que exatamente a fez pensar assim; era apenas um 

estado de espírito o que ela sentia. 

Benedict e seu humor, mutável nem sequer começava a descrever o 

homem. No curto espaço de tempo que o tinha conhecido, parecia que ela 

já tinha visto uma dúzia de lados diferentes dele. Ela olhou para ele e 

desejou que não tivesse, para todos os seus traços menos desejáveis, 

Benedict era absurdamente bonito. Realmente, quase a fez se sentir 

inadequada. 

Evie suspirou. Seria mesquinho mandá-lo embora. Além disso, ele não 

parecia como se ele planejasseir embora, e ela não queria ir para casa ainda. 

Ela deu de ombros e deslizou um pouco para o lado. - Oh, muito bem se 

sente. Vamos ter que ir jantar em um minuto, de todo jeito. 




Benedictsegurou a cauda de sua casaca e se sentou ao lado dela. - O 

tempo não vai passar mais rápido. Ainda temos mais de meia hora antes de 

termos que voltar. 

O banco era pequeno, e Benedict estava sentado a poucos centímetros 

de distância. Em poucos momentos, ela podia sentir seu calor 

completamente. Ela fez um esforço consciente para manter seu corpo sem 

inclinar-se para o calor, mesmo que apenas uma ou duas polegadas. Em vez 

disso, ela agarrou a borda do banco de cada lado de suas saias e olhou 

novamente para os céus. O cheiro fraco de sândalo flutuou em direção a 

ela. Ela discretamente inalou o aroma picante e delicioso. 

- Você tem uma favorita? O sopro perfumado de Benedictera visível 

no ar frio quando ele fez a pergunta. 

Ela piscou. Perfume? Não, claro que não. - Um favorito quê? 

Ele inclinou a cabeça para trás e apontou para os céus. 

- Constelação?, ela perguntou. Ele acenou com a cabeça, e ela pensou 

sobre isso um minuto. - Suponho que isso depende. Hoje à noite eu estava 

particularmente feliz em ver CanesVenatici. 

Com o canto dos olhos, ela pegou suas sobrancelhas levantadas. - 

Você realmente conhece suas constelações. Impressionante, devo dizer. 

Então, por que Canes Venatici pegou suas fantasias esta noite? 

- Para ter, boa sorte na caçada que faremos, é claro. O que mais os 

cães de caça simbolizam? Ela olhou para ele com tristeza. - É a constelação 

menos distinta no céu, mas esta noite, parece adequado. Normalmente eu 

acho que poderia dizer Leo, ou talvez Canis Major. 

- Eu gosto muito de Leo pra mim. Não só é o leão é algo poderoso de 

se ver, mas é possivelmente a coisa mais fácil de ver se em toda a confusão, 

o que é útil para um leigo como eu. 

Evie riu de sua observação. - Essa confusão, como você chama, é 

muito ordenadamente distribuída, se você prestar um pouco de atenção. De 

que outra forma os marinheiros guiariam seus navios em segurança por 

todos esses anos? 

- Os homens não precisam de orientação. Todos os homens nascem 

com um senso inato de direção. Uma pena que as mulheres têm de 

depender de sinais externos, como as estrelas. Seu tom era perfeitamente 

sóbrio. 




Ela revirou os olhos. - Muito engraçado. Eu pensei que no jantar na 

outra noite você tinha mencionado que era um estudante de astronomia. 

Certamente você deve respeitar o campo. 

- Não, eu disse que eu tinha ido visitar o observatório, e você achou 

que eu era um estudante. Você nunca perguntou, e, portanto, eu nunca 

confirmei ou neguei. Infelizmente, eu não sou. Adotando um ar de auto 

importância, ele disse: - Eu, porém, tenho um grande respeito ao campo. 

- Bem, estou certo de que os astrônomos estarão muito seguros ao 

saber que você tem dado ao trabalho deles o seu selo de aprovação. 

Ele sorriu e balançou a cabeça. - Qualquer um que pode olhar para 

esses pequenos pedaços de luz, encadear três deles, e de alguma forma ter 

um urso ou escorpião inteiro, pelo menos quemtem uma imaginação muito 

ativa. 

Ela riu, gostando de suas brincadeiras. Quando ele estava assim, ele se 

sentia assim...Familiarizado de alguma forma. Havia certa facilidade entre 

eles que parecia tão natural. Seus outros estados de espírito mais pareciam 

uma peça mal ajustada da roupa. 

- Sim, você sabe todos essesfantásticos astrônomos por ai, com seus 

telescópios e quadrantes e outros instrumentos um pouco tolos. Ela fixou os 

olhos nele ele. - Eu aposto que você não vê formas nas nuvens, qualquer 

uma. 

- Isso não é verdade. Vejo regularmente nuvens em forma de nuvens. 

Alguns deles até mesmo se parecem com creme de leite. 

Neste ponto ela riu alto, sua respiração cristalizando entre eles antes 

de desaparecer na noite. Ela colocou as mãos em cada lado do seu rosto e 

balançou a cabeça. Se pudesse ser assim o tempo todo. Ele estava 

endiabradamente chato quando se fechou em copas, mas quando viu o 

outro lado dele, bem, ela gostou daqueleBenedict. Sua risada parou, e ela 

baixou as mãos para trás, para baixo no banco. 

Apenas a mão direita não tocou no banco. 

Sua mão nua tocou na de Benedict por engano, e ela engasgou com o 

contato. Sua pele estava deliciosamente quente contra seus dedos frios, e 

ela hesitou para o momento mais desprotegido antes de retirar a mão. As 

borboletas vieram à tona, causando estragos em seu estômago novamente. 

De repente, ela desejou não ter o deixado sentar-se tão perto dela. Ela abriu 




a boca para pedir desculpas, mas as palavras fugiram de sua mente, quando 

ele estendeu a mão e agarrou a sua. 

- Seus dedos estão como gelo.Ele fez a declaração de forma simples, 

com indiferença completa. Ele puxou a mão entre as dele, esfregando sua 

pele entre as palmas das mãos. 

Parecia o céu absoluto. 

Seus olhos ficaram redondos como pires, seu olhar fixo em suas mãos 

unidas. Muito Tarde, ela percebeu que sua boca ainda estava aberta, e ela 

fechou a com um clique audível. Ela não sabia o que fazer, o que dizer, 

então ela simplesmente ficou parada. A intimidade de seu toque deliberado 

foi esmagadora, ao diferente de qualquer coisa que ela já tinha 

experimentado antes. 

Com seu coração batendo em seu peito, ela não conseguia respirar 

adequadamente. O ar frio da noite não escondia nada, cada sopro de ar 

superficial era uma prova visível de sua reação a ele. 

Ela observou, hipnotizada quando ele ergueu a mão, ainda envoltana 

dele, com insuportável lentidão em direção a seus lábios. Quando ela 

percebeu o que ele pretendia, seus olhos brilharam, e ela viu que ele estava 

olhando para o rosto dela atentamente. Seus olhos fecharam, e sua boca 

ficou seca. Ele levou os dedos dolorosamente perto de sua boca, parando 

apenas uma fração de polegada de distância. Ela prendeu a respiração, 

suspensa no tempo, enquanto todo o seu ser esperou para ver o que iria 

acontecer. 

Deus do céu, ele estava realmente tentando beijá-la, desta vez? 

Através de lábios entreabertos ele lentamente puxou uma respiração 

profunda; ela podia ver seu peito subindo com a ação. Ele fez uma pausa 

pelo espaço de um segundo, embora sua expectativa fosse tão grande que 

pareciam minutos. Inconscientemente, ela se inclinou para frente, seus 

próprios lábios separando-se levemente. 

E então ele exalou. 

Sua respiração, deliciosamente quente, correram sobre a ponta dos 

dedos, até a palma da mão, e através de seu pulso. De alguma forma, o 

calor parecia correr por seu corpo inteiro antes de se estabelecer no baixo 

ventre. Ela nunca tinha sentido uma sensação mais deliciosa em toda a sua 

vida,tão prazerosa que os dedos dos pés estavam se enrolado dentro de seus 

chinelos finos. Talvez o tempo pudesse ficar parado para que ela pudesse 




realmente saborear o sentimento. Um arrepio imediatamente salpicou seus 

braços, e ela estremeceu involuntariamente. 

Seus lábios se curvaram no menor dos sorrisos. No silêncio, ele 

murmurou a poucos centímetros de sua pele, - eu pretendia aquecê-la, não 

esfriá-la ainda mais. 

Ela engoliu em seco, tentando encontrar sua voz. Respirando fundo, 

ela disse com voz rouca: - Eu prefiro pensar que você conseguiu. Eu-Eu me 

sinto muito mais quente agora. 

Seu sorriso cresceu, e ele baixou a mão. A decepção correu 

instantaneamente através de seu corpo. Não! Ela não estava pronta para que 

isso acabasse. 

Benedict deu uma olhada para a expressão de súplica no rosto e estava 

perdido. Ele não podia pensar,ele não queria pensar. Seu coração batia 

contra as costelas, abafando todo o protesto que seu cérebro tentou fazer. 

Ele tinha que ter mais. 

Sem pensar conscientemente, ele pressionou a palma da mão com seu 

joelho e estendeu a outra mão para tocar seu pescoço. Era como segurar o 

fruto proibido, agarrando o que ele nunca teve a intenção de ter. Ele 

acariciou a pele lisa, macia do oco de sua bochecha com o polegar, dandolhe 

tempo para protestar. Em vez disso, ela virou-se um pouco em seu 

toque. 

Foi todo o incentivo que precisava. 

Puxando-a para si, ele lentamente inclinou a cabeça e se inclinou até 

que seus lábios estavam tão perto que ele podia sentir seu hálito doce. Foi o 

perfume mais inebriante que ele já tinha conhecido. Ele sabia que deveria 

parar, devia deixá-la agora e escapar antes que as coisas progrediram mais. 

Mas ele não podia. Dane-se tudo, ele não podia. Ele a queria precisavadela, 

e nada poderia fazê-lo ir embora agora. 

Com um gemido, ele diminuiu a distância entre eles e pressionou seus 

lábios nos dela tão suavemente quanto pôde. O beijo foi suave e doce, e 

totalmente perfeito. Se tudo vai para o inferno amanhã e provavelmente 

iria, ele poderia se contentar em ter experimentado um momento perfeito 

*** 




no tempo. Só que... Não foi o suficiente. Seu beijo era perfeito, mas só o 

fez querer muito mais. 

Ela fez um som suave no fundo de sua garganta, e ele a apertou seus 

braços, pressionando os lábios com mais firmeza no dela. Ele virou a 

cabeça com uma leve pressão do polegar e levemente beijou o canto de sua 

boca. Ela tinha um cheiro delicioso, mas o gosto era ainda melhor. Ele 

baixou a cabeça e deu beijos ao longo de seu queixo perfeitamente 

formado, deslizando a mão mais para trás para que ele pudesse pressionar 

seus lábios na pele sensível logo abaixo da orelha, onde o polegar estava. 

Ela estremeceu com o contato, a mão dela flexionou sob sua palma, 

apertando levemente seu joelho. Era quase mais do que ele podia suportar. 

Ele voltou para a sua boca, e desta vez seus lábios estavam ansiosos 

quando ela apertou contra ele. Ele aprofundou o beijo, separando os lábios 

e passando por um lampejo de satisfação quando ela fez o mesmo. Quando 

ele enfiou a língua em sua boca, ela respondeu timidamente no início, mas 

em momentos suas línguas dançavam juntas. 

Eles se encaixavam como se fossem feitos um para o outro. Sua Evie, 

sua amiga mais preciosa, tinha sabor de esperança e de confiança, 

demasiada confiança. 

Por fim, ele terminou o beijo. Ofegante, ele encostou a testa na dela e 

fechou os olhos. Porque este momento não poderia durar para sempre? Para 

ficar aqui, segurando a mulher que ele tinha conhecido tão bem, mas ainda 

muito pouco, cercado pela escuridão suave e milhares de pontos de luz 

acima. 

Evie piscou seus olhos desfocados enquanto ele suavemente puxava 

suas mãos das dela e ficavaem pé. No momento em que ele se afastou, a 

realidade caiu sobre ele como uma onda gigantesca, inundando seus 

sentidos. Meu Deus, o que ele fez? Como ele conseguiu perder-se tão 

completamente com ela? Ele apertou a mandíbula com a auto recriminação 

que ele consumia-o por dentro. Ele tinha perdido a cabeça. 

Com toda a agitação que havia acontecido em sua vida recentemente e 

que continuava a acontecer, e ele foi e fez algo assim? Nunca poderia haver 

nada entre eles, não importava o quanto ele desejasse o contrário. E depois 

daquele beijo, Benedict realmente desejava o contrário. 

Como as coisas estavam agora, só uma coisa em sua vida era certa: 

Não importava qual a decisão que tomasse em relação ao momento de 




mudança de vida, perto das colinas de Folkestone, o resultado seria uma 

vida sem ela. Se ele seguisse seu coração, então ele nunca seria aceito na 

sociedade educada novamente. Mas se ele não defendesse o que era certo, 

então ele nunca poderia viver com ele mesmo. 

Benedict deu uma pequena sacudida em sua cabeça. Em toda sua vida, 

ele nunca tinha sonhado em como Evie seria capaz de cativar não só a sua 

mente e sua alma , mas de alguma forma, seu coração. Por que não podia 

tê-la encontrado antes? Talvez as coisas pudessem ter sido diferentes então. 

Ela olhou para ele, a confusão estampada em seu rosto. Quebrou seu 

coração vê-la parecer tão incerta. 

Ele respirou profundamente e disse: - Evie, eu sinto muito por beijar 

você. Eu não sei o que deu em mim, mas eu prometo que nunca mais vai 

acontecer. Por favor, diga que você me perdoa. 

Sua testa enrugada, enquanto falava, e ele sentiu seu estômago doer. 

Ela não ia perdoá-lo. Como poderia? As liberdades que ele havia tomado 

com ela eram terríveis, para dizer o mínimo. 

Ele se preparou para a sua raiva quando ela estreitou os olhos.- Você é 

homem. 

- Eu sei, ele disse miseravelmente. 

- Eu não posso acreditar que você está se desculpando por me beijar. 

Isto é completamente ridículo. 

Ridículo? Isso não era a reação que ele esperava dela. - O que você 

quer dizer? 

- Pelo amor de Deus, Benedict, ninguém nunca te disse que se você 

beijar uma mulher é costume elogiar o sorriso dela, pelo menos depois? Eu 

acredito que você acaba de me insultar.Ela se levantou e puxou o vestido 

para fora. 

- Insultado, como na terra que eu ia te insultar? 

- Ao pedir desculpas, você apenas indicou que se arrependeu de suas 

ações. Você poderia também ter me dito que meu beijo é ruim. 

- Evie, agora você está sendo ridícula. Eu não disse tal coisa, ele 

exclamou. O que ele deveria dizer a uma declaração como essa? - Eu 

prometo a você, você não tem um beijo ruim. 

- Bem, isso é um grande elogio, de fato. Obrigado por esclarecer isso. 

Como ele tinha conseguido estragar as coisas tão profundamente? Ele 

estava tentando fazer as coisas direito, e tudo o que ele conseguiu foi irrita- 




la ainda mais. Segurando seus ombros, ele a olhou diretamente nos olhos. - 

Ouça-me, Evie. Você tem um beijo maravilhoso. Estou apenas tentando me 

desculpar por tomar tais liberdades com você em primeiro lugar. Por mais 

que eu goste de seu beijo, não é muito cavalheiresco de minha parte. 

Ela olhou para ele, mordiscando seu pequeno lábio inferior perfeito. 

Ele podia ver a dor em seus olhos, apesar de seu tom de seriedade. Senhor, 

ele queria chutar a si mesmo. 

Ele apertou os olhos fechados, respirando fundo. Antes de tudo, fui 

para o inferno e não havia como voltar atrás, era realmente tão horrível ter 

querido um momento de verdadeira felicidade? Ele exalou e pressionou sua 

testa na dela. Ela endureceu, mas não se afastou.- Evie, ele disse em voz 

baixa: - Eu estarei partindo muito em breve. Eu estarei começando uma 

nova vida, e você tem todos os seus planos. Sabendo disso, foi errado eu 

beijar você. Não podemos ser somente amigos? 

Ela ficou em silêncio por um momento, e ele desejou saber o que ela 

estava pensando. Teria ele a machucado? Finalmente, ela disse: - Na 

verdade, eu acho que foi uma boa ideia nós nos beijarmos exatamente por 

essas razões. 

O que? Ele soltou os ombros e deu um passo atrás. - O que diabos 

você está falando? 

Ela olhou para suas mãos um momento, sua ousadia de momentos 

atrás parecendo diminuir aos poucos. - Eu não pretendo casar, Benedict. 

Mas isso não quer dizer... Isto quer dizer...Elafez uma pausa e respirou 

fundo. - Esse foi o meu primeiro beijo. Quando mais eu vou ter a 

oportunidade de... desfrutar atenções de alguém? Eu fiz um compromisso 

com o meu caminho na vida, e com você partindo em poucos dias, bem, eu 

acho que você é exatamente a pessoa certa para me beijar. 

Ele sabia que parecia um simplório, ali de pé com a boca aberta, mas 

ele não conseguia fazer nada sobre isso. Ela queria que ele a beijasse? Para 

estar juntos exatamentepela mesma razão que ele pensou em manter 

distância? Reunindo sua inteligência, ele fechou a boca e engoliu. Era 

tentador, absurdamente tentador. 

- Evie, eu gostaria muito que concordar com você, não temideia 

doquanto, mas eu nunca poderia tirar vantagem de você assim. Que tipo de 

cavalheiro que eu seria? 




Ela parecia quase frágil à luz do luar, enquanto olhava para ele, a luz 

branca banhando seu rosto de uma maneira que fez sua pele pálida ainda 

luminescente. - Eu estou tentando ser honesta com você, Benedict. Eu 

gosto da sua companhia, apesar da natureza bastante espirituosa de algumas 

das nossas conversas. Separe o que você acha que os outros esperam de 

você por um momento, e me diga se você gosta de estar comigo também. 

Havia tantas mentiras entre eles, ele não conseguia mentir sobre isso. - 

Sim. 

Ela deu um pequeno passo na direção dele. - Diga-me se você quiser 

passar mais tempo em minha companhia. 

Ela sustentou o olhar, sem piscar e,ele respondeu-lhe com sinceridade. 

- Sim. 

- Diga-me que você quer me beijar de novo. 

Ele bebeu na visão dela, memorizando a curva de seu rosto, o arco de 

seus lábios, a luz das estrelas em seus olhos. Ele sabia que não deveria 

dizer isso; ele sabia que deveria virar e deixá-la, deixar esta casa, e nunca 

olhar para trás. E assim como ele sabia dessas coisas, a verdade saiu de 

seus lábios. 

- Sim. 

Alívio espalhou-se sobre o rosto dela, e ela deu o último passo para 

acabar com a distância entre eles. Seus braços serpentearam em volta da 

cintura e ele puxou-a contra si, forte e decisivo. Os lábios dele caíram sobre 

os dela, e ele despejou tudo o que ele sentia no beijo. Ela gemeu e cravou 

as mãos em seu colarinho, puxando-os ainda mais firmemente junto a si, se 

isso fosse possível. 

Ela era sua, mesmo que apenas por um momento, como ela sempre 

foi. Ele sabia tudo sobre o seu espírito, sua personalidade irreprimível, e 

agora ele queria saber tudo sobre o seu corpo, seus lindos lábios, que se 

encaixam exatamente contra os seus; sua cintura fina, quase atravessada 

por suas mãos; eo balanço doce de seus quadris. Ele desejou que não 

houvesse nada entre eles, sem segredos, sem mentiras, sem roupas, sem 

realidades impossíveis. Suas mãos deslizaram para cima e ficaram em torno 

de seu pescoço, e ele gemeu com o prazer de seu toque. 

Ao longe, um som de raspagem pegou seus ouvidos treinados. Ele se 

esticou e se afastou alguém tinha aberto a porta do terraço. Evie deu um 

pequeno miado de protesto e se inclinou para ele mais uma vez. 




- Shh, ele respirou, colocando um dedo sobre os lábios. - Alguém está 

vindo. 

Os olhos de Evie se arregalaram, e ela olhou para a casa. A última 

coisa que qualquer um deles precisava era ser descoberto a sós no jardim. - 

É Richard, ela sussurrou, apontando para a forma de seu irmão delineada 

contra o brilho do vidro da porta atrás de si. 

Richard atravessou o terraço e parou no topo da escada. - Hastings, 

você está aqui? 




Capítulo Dezesseis 

Richard e eu estávamos discutindo o fim do mandato de ontem. Mal 

posso acreditar que esses cinco anos se passaram tão rapidamente. Nem os 

meus pais nem meu irmão estão planejando participar da cerimônia, não 

que eu esteja surpreso. Espero, no entanto, haver alguém na plateia que 

deverá sorrir para mim quando chegar a minha vez. 


Evie virou pedra nos braços de Benedictquando as palavras de seu 

irmão caíram sobre eles como um manto de gelo. Seus olhos se fixaram 

emBenedict, a confusão total empurrando para fora todos os pensamentos 

racionais. - Hastings, ela repetiu entorpecida. 

Ele não disse nada no começo. Ele não precisava. O olhar de completo 

horror em seus olhos falou mais alto do que qualquer palavra que ele 

poderia ter dito. - Evie espera... 

Ela balançou a cabeça, levantando a mão para detê-lo. Não. Isto 

simplesmente não podia ser. O medo envolvendo com dedos frios em torno 

de seu coração, roubando o fôlego. - Você é ou você não é Hastings? 

Ela queria que ele negasse. Para rir e dizer a ela que é um absurdo sem 

noção. Em vez disso, ele a soltou e soltou um suspiro irritado. - Eu sou. 

Eles haviam mentido para ela? Ambos haviam mentido para ela? O 

som de botas batendo no caminho de seixos pontuava seu pânico crescente, 

e ela olhou de volta para a casa. Ela não podia ser pega com Bened...,este 

homem, sozinha na escuridão. 

Ela tropeçou para trás, de repente desesperada para fugir. O cascalho 

rangia furiosamente sob seus pés enquanto ela lutava para manter o 

equilíbrio. 

- Benedict? Richard chamou mais alto. Ele deve tê-la ouvido. 

- Responda, ela sussurrou, raiva e mágoa borbulhando como ácido em 

sua garganta. - Ele sabe que você está aqui. 

Benedict fechou suas mãos ao seu lado e murmurou uma maldição 

negra. - Estou aqui, Richard. Apenas pegando um pouco de ar. Sua voz 

soava notavelmente segura. Se não fosse pelatensão de seus ombros e sua 




mandíbula apertada, Evie diria que havia alguma coisa estava errada. Ela 

não deveriaestar surpreendida, ele era um maldito bom ator, ao que parece. 

Ele olhou para ela, uma miríade de emoções jogadas sobre seus beijos 

ao luar. - Por favor, deixe-me explicar. 

- Não, ela retrucou cortando-lhe a súplica. Deus, ele deve ter pensado 

que ela era uma boba, alegremente aceitando cada palavra sua como 

verdade. Ela queria gritar com ele, bater nele por tê-la enganado. Mas não 

havia nada que pudesse fazer agora. Agora, mais do que nunca, ela não 

poderia ser descoberta com ele. - Vá, agora, antes que ele venha e me 

encontre. 

Ele hesitou, olhando para ela com os olhos tingidos. Seus próprios 

olhos brilhando de lágrimas, mas ela morreria antes de deixar uma única 

lágrima cair. Cruzando os braços com força sobre o peito, olhou para 

Richard.O pânico voou através dela, ele estava caminhando em direção a 

eles! Ela virou os olhos suplicantes para o mentiroso diante dela. - Por 

favor, se apresse. 

- Isso ainda não acabou, ele ameaçou, com a voz abafada, mas 

veemente. - Vamos ter uma conversa adequada. Com um grunhido de 

frustração, ele girou nos calcanhares e afastou-se. O pânico do medo de ser 

descoberta aliviou dentro dela, mas só abriu espaço para as outras emoções 

igualmente indesejáveis e turbulentas virem à superfície. Traição parecia 

encher seus pulmões, sufocando-a. 

Ela sentou no banco de pedra e pousou a testa na sua palma. Hastings. 

Seu Hastings, o que ela tinha considerado um de seus mais próximos e 

queridos amigos, um rapaz que ela tinha imaginado estar apaixonada, só 

para ter o tapete puxado tão cruelmente por debaixo dela. Seu confidente de 

todos esses anos; uma pessoa que a conhecia de trás e para frente, este era o 

homem que tinha ficado com eles nos últimos dias? O homem que tinha 

mudado o modo como ela via o mundo, quando ele alegremente lhe enviou 

a última carta, puxando o véu de seus olhos sobre a verdadeira natureza do 

homem. O chão de repente parecia girar, e ela apertou os olhos fechados, 

lutando para respirar. 

Ele havia mentido para ela, mentiu descaradamente. 

A descrença quase a paralisou. Ele tinha estado aqui todo esse tempo. 

Ele sabia quem ela era. Ele a conhecia através de dezenas, talvez centenas 

de cartas. No entanto, ele não tinha se revelado a ela. Depois que ele a tinha 




beijado aqui no jardim, olhado ela nos olhos, e passado dias conversando 

com ela, tudo isso era uma mentira? 

Em cima no terraço, Bento cumprimentou Richard com um tapa no 

ombro antes de levá-lo para dentro. Ela estreitou os olhos.Ela iria tratar de 

Richard mais tarde. Era mais do que suficiente tentar lidar com a traição de 

Benedict, especialmente com o gosto dele ainda fresco na sua língua. 

Ela não podia encará-lo. Ela não podia enfrentar qualquer um. A ideia 

de ficar sentada em frente a ele na ceia tentando manter uma conversa, 

como se nada tivesse acontecido era o suficiente para enjoa-la. Talvez 

amanhã ela estivesse à altura da tarefa de dar ao homem uma surra 

adequada. Hoje não. Toda a mágoa, raiva e traição que sentira há sete anos 

se revoltaram dentro dela. 

Ela pensou rápido. Oh, não. Oh céus, ninguém podia saber que ela 

sabia que ele era Hastings. Se Richard e Benedict estavam mantendo a 

farsa para beneficiá-la, então eles tinham que continuar fazendo isso, 

porque se seuPaidescobrisse que Hastings estava sob seu teto, ele poderia 

muito bem matar o homem. 

Um canto de sua boca se curvou para cima. Talvez não matar, mas ele 

definitivamente merecia isto, mas, no mínimo, Papa ficaria extremamente 

descontente. Só ele estava a par do constrangimento de Evie após a última 

carta de Hastings. Se Papa ficou chateado, então Mama ia gostar de saber o 

porquê. Se Mama descobrisse as ações estúpidas de Evie daquele dia, ela 

teria munição mais que suficiente para exigir que Evie continuasse 

indefinidamente no mercado de casamento. 

Afinal, se Evie tinha sido uma tola por amor, havia esperança para ela 

novamente. 

O arrepio de Evie não teve nada a ver com o ar frio da noite. Não 

podia permitir que Benedict revelasse aos outros o seu verdadeiro nome. 

Ela não iria deixá-lo arruinar a sua chance quando tudo que ela queria 

estava quase ao seu alcance. 

Explosão e caramba, não havia nada para isto. Ela tinha que falar com 

ele, sozinho. 

Mas, primeiro, ela tinha que passar por um jantar. 

*** 




De sua posição dentro da linha das árvores, Ned Barney observou a 

jovem abrir a porta de vidro do terraço e escorregar de volta para dentro da 

casa. Ela deve ser um membro da família. Suas roupas eram muito boas 

para umacriada. Não que importasse quem era ela, ele só queria encontrar 

Hastings, não algum pivete que estava sentado por muito tempo no frio sem 

um bom motivo. 

Favorecendo sua perna esquerda, ele afastou-se da árvore que tinha 

estado encostado, sua casca áspera arranhando as mãos. Esta, sem dúvida, 

era a casa correta, era grande o suficiente para um rei, muito menos um 

marquês, mas a enorme habitação criava alguns desafios. Com dezenas de 

funcionários zanzando dentro e fora, ele teria que esperar por sua presa 

para deixar a segurança do terreno. Com a sua mobilidade reduzida, não 

acreditava que ele pudesse fugir em tempo, se alguém o visse perto da casa. 

Barney puxou seu casaco de viagem desgastado mais sobre seu corpo, 

para afastar o ar da noite cada vez mais frio. Ele tinha tudo o que precisava 

para dormir na mata, mas sem o luxo de fazer uma fogueira, ele não queria 

olhar para a perspectiva a sua frente. Não, ele iria ficar na pousada esta 

noite e voltaria amanhã de manhã para retomar a sua vigília. 

Ele podia ser paciente. Ele esperou tanto tempo, afinal de contas, para 

conseguir sua vingança contra o filho da puta que tinha lhe roubado tanto. 

Ele fez uma pausa para esfregar a perna doendo, saboreando a fúria fria 

enchendo o seu peito. Quando Hastings tinha delatado e soprado toda a 

rede de contrabando para o inferno, Barney tinha evitado captura pulando 

do navio nas águasescuras do mar negro abaixo. Apesar de ter escapado 

com vida, a perna quebrada resultante da queda não tinha conseguido curar 

corretamente, e ele nunca mais seria o homem que ele era antes do ataque. 

Assim como ele nunca seria capaz de fazer o tipo de dinheiro que ele 

fez uma vez como contrabandista. Ele mancou de volta para onde havia 

deixado seu cavalo, um sorriso triste nos lábios. 

Deixe o bastardo dormirconfortavelmente esta noite. Mais cedo ou 

mais tarde ele irá aparecer, e quando o fizer, o seu adversário estaria 

esperando. 

*** 




Cansado de sua própria essência, Benedict fechou a porta de sua suíte. 

Lentamente, com cuidado, ele tirou o casaco e ergueu o seu peso em sua 

mão. Ele teria que fazer. Com toda a fúria reprimida dentro dele, ele atiroua 

com toda sua força através da sala. Espalhou-se a meio no voo e flutuou 

inofensiva para o chão do outro lado da cama. 

Ele desejou que fosse algo frágil, o precioso vaso Ming da mãe, por 

exemplo, algo que cairia no chão e quebraria em um milhão de pedaços. 

Ele esfregou uma mão pesada sobre a nuca e caiu no banco estofado, ao pé 

da cama. Mas ele não precisava quebrar nada. Não, ele tinha conseguido 

isto brilhantemente naquele maldito jardim. 

Enquanto ele vivesse, Bendict duvidava se iria apagar de sua memória 

o olhar no rosto dela. E ele não podia nem bater em Richard por 

desmascará-lo, Benedictcertamente não poderia dizer ao homem que estava 

em um beijo apaixonado com a irmã dele quando ele inadvertidamente 

arruinou tudo. 

Uma por uma, ele arrancou as botas e negligentemente deixou cair no 

chão. Medonho não poderia começar a descrever o quão miserável o jantar 

tinha sido. Evie, a pele tão branca quanto o vestido que usava, tinha 

sentado como uma estátua de mármore em frente a ele, alegando cansaço 

dos esforços do dia quando seu pai expressou preocupação. 

Ele teve que usar seus anos de formação, a fim de manter uma fachada 

normal, mesmo conseguindo rir com Richard sobre alguma coisa ridícula 

ou outra. Independentemente de quem ele estava olhando ou falando, todos 

os seus sentidos estavam em Evie, querendo que ela o perdoasseque lhe 

desse uma chance de se explicar. Para não odiá-lo. 

De alguma forma ele teve a impressão de que, para ela não odiá-lo, ela 

estava no lado mais distante do possível. E, realmente, ele não merecia 

menos. Isso, no entanto, não o impediu de querer mais. 

Ele tinha que ir para ela. Ele puxou a corrente do seu relógio e 

verificou o tempo. Era quase onze horas. Ele iria esperar mais uma hora 

para que a família e os funcionários estivessem na cama, mas não mais um 

minuto. 

Com energia nervosa ainda percorrendo o seu corpo, ele se levantou e 

começou a desabotoar sua camisa. Ele precisava limpar sua mente. Ele não 

era bom para ninguém no estado em que ele estava. Ele trocou para as 




calças leves que ele usava para praticar, acendeu mais algumas velas, e 

recuperou seu florete. 

Os movimentos eram tão familiares para ele, que ele não 

precisavapensar só movimentar. Ele se concentrou em cada respiração e 

ouviu as batidas do seu próprio coração. Avanço, avanço, Ballestra, retiro, 

retiro, recuperação. Lunge! Ele passou por todos os treinos que ele tinha 

praticado durante anos, do simples ao complexo. Ele ignorou o suor 

escorrendo, os gritos de seus músculos, os batimentos de seu coração. 

Um toque suave na porta parou o meio impulso, seu pulso trovejando 

em seus ouvidos. A esperança rugiu para a vida dentro dele enquanto ele 

ficou em pé e jogou o florete em cima da cama. Antes que ele pudesse dar 

três passos, a porta se abriu. 

E então lá estava ela. 

Evie deslizou para dentro e fechou a porta antes de se virar para 

encará-lo. Benedictengoliu, preso em seu lugar com a visão dela. Ela 

parecia como se tivesse acabado de sair da cama, usando uma volumosa 

capa branca de noite, com o cabelo trançado em uma longa trança caindo 

sobre o ombro. Ela deveria ter um olhar inocente, em vez disso, ela parecia 

um guerreiro pronto para a batalha. 

Ela era linda e quase brilhando com a força de sua fúria. 

- Você enganador, falso, infame, repugnante, covarde bastardo. 

Cada palavra empurrou uma faca mais profundo em seu peito. 

Ninguém conseguia criar um insulto como Evie. Ele baixou a cabeça 

ligeiramente. - Concordo plenamente. 

Ela hesitou pelo espaço de uma respiração, o olhar de fogo voando 

sobre seu corpo. De repente ele estava muito consciente de sua presença ali 

no seu quarto, tarde da noite, e de sua vestimenta nada além de um par de 

calças de linho fino. A julgar pela forma como o queixo engatou-se uma 

polegada ou algo assim, ele apostou que ela percebeu a mesma coisa. 

Ela respirou fundo e apontou um dedo acusador para ele. - Não pense 

que você pode falardoce concordando comigo. Você já fez uma zombaria 

comigo na minha própria casa, rindo de mim, eu confiei em você, o tempo 

todo sabendo que eu nunca iria ficar como a gente ficou no terraço se eu 

soubesse quem você realmente era, Hastings.Ela cuspiu o nome dele como 

se fosse veneno na sua língua. 




- Eu não estava zombando de você, Evie, disse ele, quase rosnando as 

palavras. 

- Não era zombaria? Bem, muito obrigado odiaria ver o que você 

acredita ser zombaria se não é isto.Suas mãos chicotearam pelo ar, 

vagamente englobando os dois ea interação que tinham compartilhado. - 

Você se aproveitou da minha ignorância, propositadamente para passar um 

tempo comigo. Por quê?Foi tão divertido brincar comigo? Um gato 

perseguindo seu rato patético? 

- Eu não brinquei com você 

- Você me beijou, ela quase gritou, interrompendo-o. - Como você 

pôde fazer isso? 

A dor nos olhos dela mergulhou a faca o resto do caminho em seu 

coração. Droga,que inferno, como as coisas haviam chegado nesse ponto? 

Como ele tinha estragado tanto a sua vida, como ele magoou uma das 

poucas pessoas no planeta que verdadeiramente significava algo para ele? - 

Eu não tenho nenhuma desculpa, Evie. Eu tentei ficar longe, mas eu não 

consegui. 

- Não, você não conseguiu, não é? Foi muito divertido brincar com a 

garota estúpida que costumava escrever-lhe. Como você e Richard devem 

ter rido de como era fácil me fazer de boba. 

A pouca luz das velas não conseguia esconder as manchas rosadas nas 

bochechas. Seus olhos estavam brilhando, pesados, com o orvalho de 

lágrimas não derramadas. Ele deu mais um passo para frente, querendo, 

irracionalmente confortá-la de alguma forma, atrai-la para seus braços e 

acalmar a dor da distância. Seu avanço só fez seus punhos se serrarem. 

- Evie, não era assim, nunca foi assim. Entrei em pânico quando 

percebi que você estava aqui. Eu pensei que sua família estava em Londres 

para a estação, e quando eu corri para você nos estábulos, tudo que eu 

conseguia pensar era o quão estúpido eu tinha sido há muitos anos, pondo 

fim a nossa amizade do jeito que eu fiz. Eu não queria machucá-la por 

trazer memórias antigas. 

- Então você mentiu? Ela balançou a cabeça, ajustando algumas 

mechas soltas de cabelo dourado de sua trança. - Que plano brilhante. 

Mentir sobre seu nome, de modo a evitar as repercussões, ao mesmo tempo 

convencer a si mesmo que é tudo para o meu próprio bem. Perdoe-me se eu 

não caio de joelhos em gratidão por seu gesto magnânimo. 




Ele rangeu os dentes. Deus, como ele queria apenas dizer-lhe tudo, a 

começar pelo que ele escreveu naquela carta amaldiçoada, derramando seu 

coração sobre tudo isso, inclusive a traição que havia balançado a sua 

própria alma. Seria então muito bom ter isso, ter uma pessoa no mundo que 

tenha acesso a todos os seus segredos e entender o que ele estava 

enfrentando. Ela podia estar com raiva, mas ele a conhecia bem o suficiente 

para saber que o seu coração iria se abrir para ele. Ele sabia, sem dúvida e 

ela o perdoaria se ele confiasse nela. 

Mas ele não podia. 

Não porque ele não confiasse nela. Não porque ela não era digna. 

Não, tanto quanto ele queria explicar por que ele fez o que fezisto seria 

apenas uma desculpa, um alivio para os seus problemas, que serviria 

apenas para lançar seus motivos sob uma luz melhor. Seria a verdade, mas, 

no fim, só causaria mais desgosto para ela. Por que ele fariaconfiar nele 

agora? Especialmente quando não havia nada pudesse fazer, nada que 

alguém pudesse fazer, para tornar as coisas melhores. 

Não, seus segredos iriam com ele, mas de alguma forma ele tinha que 

descobrir uma maneira de vencer a dor e a infelicidade de seus olhos. 

Ele deu mais um passo, mantendo seu olhar treinado no dela. - Você 

está certa. Eu era um idiota completo. Eu nunca me perdoei por essa carta 

horrível. Eu era jovem e estúpido, e houve muitos momentos em que eu 

pensei naquele momento e desejei poder desfazê-lo. 

Ela ficou ali a ferver, os braços cruzados sobre o peito de forma 

protetora. - Sim, bem, desejando você não obterá absolutamente nada. 

Você me esmagou naquele dia. Eu pensei que você fosse meu amigo, e 

você pisou no meu coração com apenas um punhado de palavras. 

- Eu sei. Foi muito infeliz de minha parte.Ele passou a mão sobre os 

músculos tensos de seu pescoço. Ele estava desesperado para fazê-la se 

sentir melhor, para acalmá-la de alguma forma. - Eu estava com medo do 

que estava sentindo por você, uma garota que eu nunca tinha visto. Eu não 

sabia como lidar com isso, e eu estava com medo de conhecê-la 

pessoalmente. Eu tinha apenas dezoito anos, e eu tomei uma péssima 

decisão. 

- E eu tinha apenas dezesseis anos, exclamou ela, as sobrancelhas 

delicadas arqueando-se com a paixão de suas palavras. 




- Sim, apenas dezesseis anos. Jovem o suficiente para me esquecer. Eu 

era apenas uma diversão para você, alguém com brincadeiras que deixavam 

você feliz. 

- Alguém proibido. Ela parou e fechou os olhos, balançando a cabeça 

em sinal de protesto. - Você não era um divertimento para mim, Benedict. 

Não era uma espécie de jogo para mim, uma vez que, aparentemente, era 

para você. 

- Não era um jogo para mim, também, insistiu ele, tomando mais um 

passo em sua direção. - Eu não estava exagerando. Eu cuidei de você. 

- Mas eu te amei! 




Capítulo Dezessete 

Todos brincando de lado, vou sempre sorrir para você, Hastings. 

Mama and Papa concordaram em permitir que eu viesse. Estes próximos 

meses serão muito longos. 


Assim que as palavras escaparam, Evie engasgou, a mão voando para 

a boca como se a chamá-las de volta. 

O próprio choque de Benedict o manteve enraizado no chão. Ela o 

amava? Amava? Ninguém nunca tinha dito essas palavras para ele. Ele 

nunca tinha conhecido o conforto do amor ou até mesmo o carinho. Seu pai 

o havia ignorado, sua mãe ativamente desdenhou dele, e seu irmão tinha 

visto Benedict como seu inferior. Ele não poderia nomear o flash prateado 

de emoção que, simultaneamente, aqueceu seu sangue e congelou seu 

coração. 

Ela o amava, e ele jogou-a de lado. À luz de sua revelação, as palavras 

daquela maldita carta passaram de dura a hedionda. Imaginou-a como ela 

deveria ter sido, uma menina bonita, animada, ferida pelos golpes de sua 

pena. E ele viu como ela estava agora, tremendo com a força de suas 

emoções, devastada por sua traição. A determinação enfiada através dele, 

quente e rápida, seus olhos como espadas de aço afiadas. 

Ele iria embora amanhã, nada o impediria. 

Ele iria até seus superiores, quando ele chegasse a Londres. Ele iria 

contar tudo a eles e deixar as coisas acontecerem naturalmente, onde 

fossepossível. Ele não iria cobrir os pecados de outro, não importa quantas 

pessoas boas seriam feridas pela verdade; não importa o quanto sua 

reputação será prejudicada; não importa o quão injustas as consequências 

seriam. 

Uma única lágrima derramada pelo rosto de Evie, e ela afastou-a com 

raiva. Deus, ele não podia suportar vê-la sofrendo tanto, sabendo que era 

tudo culpa dele. Ele estendeu a mão para ela, querendo consolá-la. Ela 

bateu nas mãos dele, recuando até que ela bateu contra a parede nas suas 

costas. - Não se atreva a me tocar. Eu disse amei, não amo. Eu não sou 




mais uma menina boba com noções ingênuas enchendo minha cabeça. 

Você pode estar certo disso. 

- Evie, eu sinto muito. Eu nunca quis machucar você. 

Ela fez uma careta para ele, desdém envolvendo-a como um manto.- 

Guarde suas desculpas para alguém que se importa. Eu não estou aqui para 

ser submetida a mais uma de suas mentiras. 

Desencostando-se da parede, ela contornou-o e foi para a poltrona 

diante da lareira. Ela agarrou o encosto alto, mantendo o mobiliário entre 

eles como um escudo. - Você me deve, Benedict. Você veio em minha casa 

como um aríete, e você me deve. 

Onde ela estava querendo chegar? Ele caminhou até onde ela estava 

permitindo-lhe manter a cadeira entre eles. - O que é que você quer? 

Evie ergueu seus ombros, inclinando a cabeça, como se para olhar 

para baixo sobre ele. A luz das velas cintilou em seus olhos, refletindo o 

fogo interior. - Você não deve contar a ninguém que eu sei quem você 

realmente é. 

Sua testa franzida em confusão. Não era nada do que ele esperava. - 

Por que não? 

Ele estudou sua expressão. Com seus lábios apertados numa linha fina 

e sua postura gelada, ela parecia ter perdido a sua fúria, e em seu lugar foi 

tomada por uma fria indiferença. Só a rápida elevação e diminuição de seu 

peito traiu sua agitação. 

- Eu não quero complicar as coisas com a minha família antes deles 

partirem para Londres. 

Ela estava mentindo. Era uma razão bastante válida, mas ele não 

acreditava nela nem por um minuto. Outra coisa estava acontecendo, ele 

apostaria sua vida nisso. Ele balançou a cabeça lentamente. - Não, há algo 

que você não está me dizendo. O que é que há? 

- Eu não sei do que você está falando. Você sabe muito bem o quanto 

é importante que os meus pais não fiquem chateados. Eu não quero que 

nada interferira com os meus planos de ficar aqui. 

- Isso é parte disto, pode ter certeza. Mas isso certamente não é a sua 

única razão. Eu te conheço melhor do que isso. 

Suas narinas e alargaram quando ela olhou para ele. - Você ousa 

presumir... 




- Sim, eu ouso. Há uma razão que você não quer que os outros saibam 

quem eu sou. Qual é ela? 

- Tudo bem, ela falou, cravando os dedos no tecido almofadado. - 

Meu pai iria chamá-lo para fora se ele souber da sua mentira. 

- Ele ficaria descontente, com certeza, mas eu duvido que ele me 

chamaria. Richard era parte do estratagema também. 

- Você está errado. Não é pelamentira; évocê. 

- Por que eu? Eu sei que você nunca falou da forma como as coisas 

terminaram. Se você tivesse falado, Richard teria sido o primeiro, a saber. 

Ela balançou a cabeça. - Richard não estava aqui. Meu pai estava, e 

ele sabe. 

- Pelo amor de Deus, Evie, foi há sete anos. Eu duvido que ele iria 

chamar um homem por escrever uma carta mal redigida, especialmente 

porque eu era pouco mais que um menino na época. 

- Você não sabe nada sobre o que ele faria. Ele despreza você, e eu 

não vou deixar você aborrecê-lo. 

- Ele me despreza? Isso não faz sentido algum. Você está deixando 

algo de fora; Eu tenho certeza disso. O que é? 

- Não é da sua conta. 

- É da minha conta, sim! Algo deve ter acontecido que faria com que 

seu paime desprezasse. Só de saber que eu mandei uma carta mal escrita 

não é suficiente para justificar essa reação. 

- Sim. 

- Não! Diga-me, Evie, ele implorou, aproximando-se ainda. - O que 

aconteceu? 

- Eu fui atrás de você, ela gritou, com os olhos piscando furiosamente. 

Benedictreagiu com surpresa. - O quê? 

- Arrumei um saco, selei meu cavalo, e eu fui atrás de você.Ela 

abaixou a cabeça, recusando-se a encarar seu olhar. - Um criado alertou 

meu pai quando o meu cavalo estava faltando de manhã, e ele montou para 

me encontrar, galopando tão rápido quanto o seu cavalo conseguia. Eu 

quase me arruinei por uma paixão tola, infantil. 

Ela olhou para cima, seu rosto crispado. - Ele foi muito gentil, apesar 

de sua fúria. Ele viu como meu coração estava terrivelmente quebrado. Ele 

prometeu manter meu segredo, e ao longo dos próximos dias, ele me 

manteve ao seu lado. Foi quando eu comecei a passar mais tempo nos 




estábulos com ele. Deu-me outra coisa para me concentrar que não fosse 

Hastings o Traidor. 

Benedictinspirou profundamente. Hastings o Traidor? Nenhuma outra 

palavra poderia tê-lovirado do avesso de forma mais eficaz. Ele sabia o que 

era sentir-se traído. Ela tinha deixado ele em pedaços desde o momento em 

que as palavras de Henry tinham chegado aos ouvidos de Benedict 

enquanto ele estava agachado no pátio escuro envolto na neblina em 

Folkestone, menos de uma semana antes. 

Ela endireitou a coluna, encontrando seus olhos em frente. - Eu não 

quero que Papai saiba que você está aqui, porque eu não quero que ele reaja 

de forma protetora. Eu não me importo se ele bater em você, mas eu não 

quero que ele sinta a necessidade de me manter ao seu lado mais uma vez. 

E eu não posso suportar ver piedade em seus olhos quando ele olhar para 

mim. 

Benedict estudou Evie, seus ombros rígidos e teimosos, os olhos 

feridos. Tudo dentro dele estava dizendo a ele que ele poderia fazer as 

coisas melhorem, acalmandoa dor e acalmando a alma dela, se pudesse 

envolvê-la em seus braços para abraçá-la e dizer pra ela com seu corpo, as 

coisas que ele não poderia dizer com palavras . 

Mas ela não iria deixá-lo chegar perto dela, não sem uma razão 

convincente. Ele se endireitou quando um pensamento lhe ocorreu. Era 

arriscado, mas o que ele teria a perder? 

- Eu vou segurar minha língua, ele disse em voz baixa, olhando-a com 

cuidado, - pelo preço de um beijo. 

Evie recuou como se ele tivesse batido nela. Como ele poderia ousar 

pedir uma coisa dessas para ela? Que tipo de homem cruel exigia tal coisa 

de uma senhora? Especialmente de alguém que tinha sido tão abusada tanto 

quanto. Com toda a frieza que sentia em seu coração, ela disse: - Você já 

ganhou o seu premio, senhor. Esta mesma noite, na verdade. 

Ele não vacilou; e não recuou, no mínimo. - É o preço do meu silêncio 

agora, minha senhora. Um beijo irá garantir a minha promessa, mas nada 

menos e eu vou dizer a seu pai tudo. 

*** 




Ela pensou em alguma coisa para dizer, qualquer coisa que 

pudesseentrar através do seu crânio grosso, indiferente. - Por que você faria 

uma coisa dessas? Não acha você já me machucou o suficiente? E eu não 

estou exagerando; meu pai te odeia pelo que você fez para sua menininha. 

- Eu não tenho nenhuma dúvida. 

Evie o amaldiçoou sob sua respiração em frustração. Ele sempre foi 

um bastardo e ela simplesmente tinha sido cega? - Você não vai fazer isso. 

Você pode ser rancoroso, mas você deve ter algum interesse em 

autopreservação. 

Seus olhos escuros perfuraram os dela como uma força física. - Se 

você se recusa a cumprir as minhas condições, então eu te juro, eu vou 

anunciar a verdade na mesa do café da manhã. Eu não vou desistir disso. Se 

você me testar, você e eu vamos pagar as consequências. 

Suas palavras foram ditas com uma calma não natural, que enviou um 

arrepio até a espinha de Evie. Ele estava falando sério. Droga, ele o faria. 

Ela sacudiu com fúria impotente. - Tudo bem, tome a sua libra de 

carne. Eu só rezo a Deus que eu nunca tenha que colocar os olhos em você 

de novo. 

Sua postura não mudou, mas sua expressão de alguma forma ficou 

gentil. Ele parecia... Aliviado? Através de sua raiva e confusão na parte de 

trás de sua mente. Por que ele parecia tão satisfeito enquanto ela esperava? 

Não havia uma pitada de presunção nas suas feições quando ele respirou 

fundo e lentamente deu a volta na cadeira. 

Movia-se como um treinador ao se aproximar de um potro arisco, 

gentilmente, deliberadamente. O candelabro banhava seu peito com luz 

dourada, acentuando os músculos rígidos sob a pele lisa. Contra sua 

vontade, seu coração começou a se agitar, o traidor maldito.Sândalos 

chegou ao seu nariz, masculino e sedutor. Ela tentou segurar ainda, mas por 

sua própria vontade, seus pés a levavam para trás, retirando-se do feitiço 

que ele lançou sobre ela. 

Seus olhos eram suaves, sua expressão inesperadamente doce quando 

ele a seguiu. Ela esbarrou na parede; não havia mais espaço para recuar. 

Preparando-se contra as emoções de repente tumultuadas dentro dela, ela 

apertou sua mandíbula e esperou. 

Ele deu um passo tão perto, eles estavam quase se tocando. Então, 

colocando as mãos contra a parede, uma de cada lado de sua cabeça, ele se 




inclinou até que seus lábios estavam a poucos centímetros dosdela, perto o 

suficiente para que a respiração se espalhasse através de sua bochecha. Foi 

além de inebriante. Seu coração disparou, seu sangue rugiu em suas veias 

quando ela se concentrou em seus lábios. Ela sabia exatamente como era 

senti-los contra os dela, e todo o seu corpo doía de senti-los mais uma vez. 

Ela lutou contra a traição de seu corpo, obrigando-se a pensar em suas 

mentiras. 

Quando os lábios dele tocaram os dela, não foi o assalto esmagador 

que ela esperava. O beijo foi protetor, dolorosamente terno. O calor se 

espalhou por ela, e ela fechou as mãos em seus lados para não tocá-lo. 

Ele afastou-se um pouco e olhou para ela, quase perto demais para ela 

se concentrar nele. - Evie, ele respirou, colocando seu rosto em suas mãos. 

- Perdoe-me. 

Ele pressionou outro beijo em seus lábios, em seguida, virou a cabeça 

para que ele pudesse beijá-la em cada bochecha. - Eu não tenho medo de 

seu pai, porque ele nunca poderia me odiar mais do que eu me odeio por te 

machucar. Inclinando a cabeça para baixo, ele beijou os cantos dos olhos ea 

ponta do nariz. 

- Eu lamentei essa cartatão logo que eu a escrevi. Ele estava 

sussurrando agora, e ele se inclinou para dar beijinhos ao longo de sua 

mandíbula. - Eu tentei ficar longe de você esta semana e manter uma 

distância entre nós, mas eu não podia. Não importa o quanto eu tentasse, eu 

simplesmente não podia. 

Sua boca encontrou a dela novamente, e desta vez, ela não podia 

resistir. Ela o beijou de volta. Como não poderia? Ele tinha invadidocada 

um dos seus pensamentos por dias. O homem que ela amou uma vez e 

perdeu estava aqui diante dela, pedindo-lhe perdão. 

Ele gemeu contra seus lábios quando ela deu a ele, envolvendo os 

braços em torno dela e puxando-a para ele. De alguma forma, suas mãos 

estavam em suas costas, explorando a extensão lisa de sua pele umedecida. 

Era difícil pensar, difícil de fazer qualquer coisa, mas sentiu que ele abriu a 

boca para ela e aprofundou o beijo.As pontas dos dedos deslizaram para 

baixo de suas costas e passearam ao longo do tecido áspero das calças 

Suas mãos desceram, seguindo o estreitamento de sua cintura e, em 

seguida, a curva de seus quadris. Ela gemeu quando ele segurou-lhe o 




traseiro e puxou-a contra ele, enviando uma onda de calor pelo corpo como 

um fogo que se espalha. 

Se ela vivesse mil anos, jamais esqueceria a sensação de seu corpo 

contra o dela, a onda de desejo com as suas línguas entrelaçadas, a leveza 

que sentiu enquanto ela se perguntava o que vinha a seguir. 

Quaisquer que sejam seus pecados, naquele momento, ele era dela. 

Ele tinha que se conter. 

Se ele não o fizesse, Evie estaria bem e verdadeiramente arruinada 

pela manhã. Seu corpo zumbiu com o pensamento, imagens vívidas dos 

dois presos em sua cama fazendo o seu pulso trovejar. Seus dedos coçaram 

para puxar o tecido de seu corpo, para destrançar seu cabelo e deixá-la nua 

em cima da colcha. 

Ele gemeu contra os lábios para a imagem, dando-lhe um pequeno 

aperto inferior. Não, ele tinha que parar com isso, deixar o seu futuro 

intacto. Era tudo o que tinha deixado de lhe dar. Ela não podia ser dele, não 

importa o quão desesperadamente ele desejava o contrário. 

Com um ato de vontade maior do que qualquer outro que ele já havia 

conseguido em sua vida, ele puxou os lábios dos dela, abraçando-a com ele 

enquanto ele ofegava por ar. Por que a coisa certa tem que fazer tão mal? 

Ele se afastou e olhou para ela, rangendo os dentes para não beijá-la 

novamente. Suas pálpebras estavam pesadas com o olhar inconfundível de 

sedução, os lábios inchados e rosados. - Você é a mais bela, irresistível e 

encantadora mulher, que eu já conheci. 

Ela sorriu lentamente, uma timidez não característica tocou suas 

feições. 

- Por favor, diga que você pode meperdoar e a minha estupidez da 

última década. 

- Eu suponho que possa. Se você realmente queria dizer isso. 

- Depois de um beijo como esse você pode duvidar do que eu sinto por 

você?Ele resistiu ao desejo de pegá-la nos braços e levá-la para a cama 

logo ali. 

- Não, eu acho que eu não posso. 

*** 




Ele esfregou as mãos para cima e para baixo os braços, incapaz de 

deixá-la ir completamente. - Eu te juro, não só não vou dizer nem uma 

palavra para a sua família, mas eu vou partir daqui amanhã. 

Uma carranca marcou seus lindos lábios. - Tão rápido? 

Ele não podia ajudar a si mesmo; ele deu um beijo em seus lábios 

mais uma vez. Deus, o que ele não daria para ter a opção de varrer tudo de 

seus pés e fazê-la sua. Ela poderia trabalhar nos estábulos até que seu 

coração estivesse satisfeito, desde que ela passasse as noites ao seu lado 

como sua esposa. Ele respirou profundamente pelo nariz antes de se afastar 

dela. 

Mas ele não estava livre, pelo menos ele não estaria até o final da 

semana. - Eu não quero correr o risco de pôr em perigo os seus planos mais 

do que eu já coloquei. E se Richard escorregarnovamente, só que desta vez 

na presença de seu pai? 

Ela suspirou e balançou a cabeça. - Você está absolutamente certo. Ela 

enfiou as mãos nas suas e apertou. - Nós nunca tivemos aquela corrida que 

nós planejamos anos atrás. 

Ele sabia que deveria partir logo. Foi uma longa viagem a Londres, e 

agora que ele tinha tomado a sua decisão sobre o que fazer, ele queria fazer 

o mais breve possível. Ele olhou nos olhos dela, bebendo o sorriso que ela 

lhe ofereceu, pra ele, não para James Benedict. Ele não podia resistir a ela. 

Ele tinha pouco a oferecer a ela, mas ele podia conceder-lhe isso. Ele 

acenou com a cabeça uma vez. - Muito bem. Eu vou gostar de andar ao seu 

lado mais uma vez. 

- Até amanhã, então. Ela chegou na ponta dos pés e deu um beijo em 

seus lábios antes de se virar e se dirigir para a porta. - Ah, e Benedict? 

Disse ela, parando diante da porta. 

- Sim? 

- Não há mais segredos entre nós, está bem? 

Se ela fizesse as perguntas certas, ele não iria mentir em suas 

respostas. Mas ele não ofereceria a informação. Além disso, com ele indo 

embora amanhã, era improvável que ele precisasse. Ele levantou um canto 

da boca e assentiu. - Você tem a minha palavra. 







Capítulo Dezoito 

Depois de cinco anos, eu finalmente vou conhecer a voz por trás das 

palavras que eu sei de cor? Uma perspectiva muito interessante devo 

admitir. Será que eu saberei quem é você quando te vires? Estranhamente, 

eu acho que sim. 


Ela tinha sido muito bem beijada na noite passada. 

Evie lutou para manter a expressão despreocupada no rosto enquanto a 

criada trançava meticulosamente o cabelo Evie em um penteado apropriado 

para a caçada. Não foi fácil. Ela queria rir como uma colegial e falar sobre 

tudo, as emoções e os beijos que ela tinha compartilhado com Benedict. 

Morgan provavelmente iria desmaiar ao ouvir do comportamento ultrajante 

de Evie . 

Todos esses anos, sua visão do mundo estava tão contaminado pelo 

fim desastroso do seu relacionamento com Hastings-Benedict. Mas esta 

manhã, depois de ter acordado de uma noite cheia de sonhos cor-de-rosa, 

ocorreu-lhe que talvez ela estivesse erradaem querer fechar-se para homens 

assim. Olhando para trás, ela percebeu o quãojovem e boba que ela tinha 

sido. 

E agora...Agora que ela estava diferente. O pedido de desculpas de 

Benedict tinha sido sincero. Ela acreditava que ele nunca tinha tido a 

intenção de machucá-la assim. Seus beijos tinham sido uma epifania. Ela 

nunca tinha pensado em casar, mas agora, tudo o que podia pensar era 

acordar comBenedict todas as manhãs, abraçando-o e sentindo seu corpo 

contra o dela. 

- Minha senhora, está tudo bem? 

Evie piscou e olhou para sua criada no espelho. - Perdão? 

- Você parece muito corada de repente, e eu odiaria pensar que você 

estava ficando doente. 

Se seu rosto não estava completamente vermelho antes, ele certamente 

estava agora. - Sim, sim, é claro que eu estou bem, Morgan. Estou 

simplesmente ansiosa para a caçada. 




Ela sorriu fracamente, e Morgan assentiu e voltou a trabalhar. Ansiosa 

para a caçada, de fato. Ela mal podia esperar para ver Benedict novamente, 

especialmente em cima de Brutus. Talvez ele não precisasse sair tão cedo. 

Outra noite não poderia machucar, sem dúvida. Talvez eles 

pudessemficarsob as estrelas mais uma vez, só que desta vez, tarde da 

noite, sem a ameaça de serem descobertos. 

Quando, finalmente, o cabelo dela foi feito, Evie dirigiu-se para a sala 

de refeições. Infelizmente, todos estavam presentes, exceto Benedict e 

Papa, que como de costume já estava nos estábulos. Ela tentou manter sua 

mente nas conversas da mesa, mas depois de um dos muitos olhares de 

curiosidade da Mama, Evie decidiu desistir. - Eu acho que vou para o 

estábulo para verificar os cavalos. 

Carolyn acenou com um pedaço de pão comido pela metade na mão. - 

Evie, diga olá para a pequena raposa bonita para nós, quando você deixá-la 

ir. 

Richard revirou os olhos para isso. - Elas não são bonitas Carolyn 

sãoparasitas! 

- Elas são tão bonitas, disse Jocelyn,com um brilho travesso em seus 

olhos azuis. - E eu gostaria de poder acariciar uma. 

Richard passou a mão sobre o rosto e olhou para Evie. - Viu o que 

você fez? Eu não ficaria surpreso se houvesse raposas em coleiras a casa da 

próxima vez que eu estiver em casa. 

Carolyn sorriu maliciosamente. - Sério? Posso ter uma raposa de 

estimação? Elas são criaturinhas adoráveis. 

Evie riu alto com a expressão horrorizada no rosto de Richard. - Elas 

não são parasitas, mas elas são selvagens, Carolyn. Talvez devêssemos ter 

um furão em seu lugar." 

Richard ergueu as mãos. - Ugh, eu desisto. Por que você não tem um 

maldito lobo aqui, enquanto você está nisso? 

Evie teve pena de seu irmão. - Não tenha medo, não vamos trazer 

nenhuma raposa, viva ou morta, de volta desta caçada. Lembre-se, esta é 

para ser uma caçada de arrasto. O mestre de caçada colocou a trilha, esta 

manhã, e pedimos para ele manter o curso relativamente pequeno. Ela deu 

um tapinha em seu braço. - Vai ser muito divertido, você vai ver. E 

realmente, não é como se você já tivesse visto a raposa, em primeiro lugar. 




O queixo de Richard caiu com a provocação. Sua cabeça girou entre 

Evie e sua mãe, antes dele exclamar com indignação fingida: - Mãe! Você 

vai deixá-la falar comigo desse jeito? 

A Mãe riu da indignação de Richard. - chega, chega, crianças. Não 

devemos brigar na mesa de café da manhã. 

Quando Evie levantou, Beatrice colocou sua xicara na mesa. - Na 

verdade, eu prefiro um local com ar fresco. Posso me juntar a você,Evie? 

Evie levantou uma sobrancelha. Beatrice odiava os estábulos. Agora, 

o que a menina queria fazer? - Sim, é claro. 

Após a pausa para pegar os seus chapéus e luvas no lugar, eles se 

dirigiram para fora. O sol atingiu o pico das nuvens de trás, clima perfeito 

para um passeio. Com eles agasalhados, desceram as escadas e pisaram no 

caminho de cascalho, Beatrice de braços dados com ela. - Eu sinto muito 

nós termos brigado no outro dia. 

Tanta coisa havia acontecido desde então, Evie tinha esquecido 

completamente sobre sua briga. - Sim, eu também. Você é minha irmã, e eu 

te amo muito. 

- E eu a você e é por isso que eu tinha que tentar de novo, quando nós 

duas não estivéssemos tão chateadas. Ela parecia inquieta, mexendo com os 

botões verdes de sua jaqueta. - Ele é o Hastings, Evie. Era isso que eu 

estava tentando dizer a você ontem. 

Ela fez uma pausa, encolhendo-se um pouco, como se esperasse uma 

explosão. Evie se encolheu também. Beatrice sabia que ele Hastings 

também? Claro. Se a sua cabeça não estivesse tão cheia dos acontecimentos 

da noite, ela teria percebido que era o que Beatrice tinha tentado avisá-la 

antes. Droga, o que dizer? Evie deveria revelar que ela já sabia, ou fingir 

ignorância? De qualquer maneira, ela tinha que ter certeza de Beatrice não 

ia dizer uma palavra a ninguém. 

Ela suspirou e acariciou a mão de Beatrice. Ela não queria mentir. - 

Sim, eu percebi isso ontem. 

Os olhos de sua irmã se arregalaram com a revelação de Evie.- Você 

está bem? Achei que você iria ficar chateada. 

- Eu estava. Mas depois que conversamos, e no final eu consegui 

entender por que ele não queria que eu soubesse que ele estava aqui. 




Caminharam alguns passos em silêncio, enquanto Beatrice apertava os 

lábios. - Você não estábraba porque eu guardei o segredo dele, antes? 

Richard me fez prometer não contar e ameaçou parar de me enviar tintas. 

- Então teremos de inventar um castigo perfeito para o nosso irmão 

incômodo, não é? 

Beatrice sorriu. - Sim, acho que sim. 

- E não, eu não estou braba. Eu tenho um grande favor a pedir, no 

entanto.Evie hesitou antes de continuar. - Se alguém perguntar, você deve, 

naturalmente, sempre dizer a verdade, mas se a questão do nome de 

Benedict não aparecer você poderia não falar nada? 

Beatrice parou e olhou para ela, confusa. Você não quer que a mamãe 

eo papai, fiquem sabendo que ele é Hastings? 

- Não, se eles não perguntarem. Se eu for completamente honesta, eu 

prefiro passar um tempo com ele, e eu odiaria estragar isso por perturbar a 

mamãe eo papai. 

Beatrice sorriu. - Ele é muito bonito, não é? 

- É verdade, disse Evie, suas bochechas aquecendo com o pensamento 

de ontem à noite. - Então, você vai ficar calada? Quero dizer, seu nome é 

Benedict, depois de tudo. 

- Muito bem. Mas só porque eu gostaria de saber mais sobre o que a 

está fazendo você corar. Muito intrigante. 

Ela sabia que ela amava sua irmã por uma razão. - Obrigado, Bea. Eu 

não vou esquecer isso. Se algum dia você precisar de mim, eu prometo 

estarei lá para você. Ela deu um abraço rápido em sua irmã. - Eu imagino 

que você não quer se juntar a mim nos estábulos, não é? 

Beatrice franziu o nariz. - Não, eu vou deixar isso para você. Vemonos 

daqui a pouco. 

Enfim sós, Evie se apressou em direção ao estábulo, ansiosa para a 

manhã começar. Quanto mais rápido a caçada começasse, mais rápido ela 

veria Benedict mais uma vez. Se ela pudesse convencê-lo a ficar por mais 

uma noite depois da caçada, quando a noite caiu e as estrelas iluminavam o 

jardim mais uma vez, as coisas poderiam ficar muito interessantes. 

Suprimindo firmemente um sorriso tonto do rosto dela, ela afastou a 

pesada porta do estábulo. No interior, uma espécie de caos organizado 

enchia o edifício. Os cavalos e as mãos estáveis estavam por toda parte, em 

vários estágios de preparação. Os sons de vozes, cavalos relinchando e som 




abafado de cachorro latindo ecoou no espaço aberto, fazendo-a sorrir. Ela 

adorava dia caçada. Ela acenou para Jasper, que estava liberando Epona de 

sua baia. Perto dali, Brutus balançou sua cauda recém-aparada com um 

lacaio verificando seus cascos. 

- Aí está, disse seu pai, olhando para cima de sua inspeção da sela de 

Ronan. Ele limpou as mãos e caminhou em direção a ela.- Um dia muito 

bom para um passeio pelo bosque, você não diria? 

- Na verdade, está. Como está Ronan esta manhã? 

O orgulho brilhou nos olhos do Pai. - Magnífico. Não estou 

inteiramente certo qual de nós dois está se mordendo mais, por assim dizer. 

Evie riu. - Bem,é melhor começar com a preparação para que 

possamos levá-lo para o campo. 

Atrás dela, a porta foi arrastada. 

Evie olhou para cima a tempo de ver Benedict chegar. Conteve o 

fôlego quando ele olhou para cima e imediatamente encontrou os olhos 

dela, como se ele soubesse exatamente onde ela estaria. Seus olhares se 

sustentaram por um momento, antes que ele levantasse uma mão em 

saudação e começasse a ir em direção a eles. Naquele momento breve, o 

hálito de Evie congelou em seus pulmões e os pelos de seus braços se 

arrepiaram. 

Oh, bom Deus, ela estava em apuros. 

- Está tudo bem, Evie? 

Evie sacudiu a cabeça. Papa olhou para ela estranhamente, as 

sobrancelhas arqueadas em conjunto. Não, ela não estava bem. Ela estava 

muito, muito longe de estar bem. Ela piscou para o pai e tentou recomporse. 

- Er, sim, tudo bem. Por que você sempre você pergunta isso? Evie 

respondeu com toda a indiferença que conseguiu reunir. 

- Somente que você parece bastante indisposta. Você está com muito 

calor? 

O ar úmido dos estábulos estava um pouco mais quente do que fora. 

Sim, essa desculpa funcionaria muito bem pra ela. - Um pouco. Eu estava 

do lado de fora no sol por alguns minutos com Beatrice. Oh, olha, lá está o 

Sr. Benedict. 




Seu pai virou-se para cumprimentar Benedict, e ela soltou um suspiro 

lento. Ela certamente não queria que seu pai a suspeitasseda direção de seus 

pensamentos naquele momento. 




Capítulo Dezenove 

Eu posso não saber pelo seu rosto, mas eu gostaria de pensar que 

deveria saber o que você diz por uma única frase, devido a natureza de 

nossa correspondência. Eu sinto como se eu conheço você melhor entre 

todos. 


Um soco no estômago. 

Esse foi o sentimento que assaltou Benedict quando ele entrou e olhou 

para cima para ver a expressão de Evie. Ela estava olhando para ele como 

se... Como se fosse algo para devorar. Nesse meio segundo de espaço de 

tempo antes dele quebrar o contato visual, a expressão tinha aquecido 

imediatamente seu sangue perto da ebulição. 

Maldição. 

Com tantas testemunhas ao redor, ele sinceramente esperava que sua 

expressão não mostrasse seus sentimentos. Algo, por exemplo, como o 

mero contato visual com Evie tinha-o feito imaginar todo o tipo de coisas 

impróprias, nenhuma das quais envolvendo roupas. Meu Deus, se alguém 

tivesse conhecimento da onda de desejo que ele sentia naquele momento, 

ele teria sido jogado para fora, e isso era o melhor dos cenários. 

Juntando-se a eles, ele cumprimentou o marquês. - Bom dia para você, 

meu senhor. Você está ansioso para o dia que temos pela frente? 

Lord Granville sorriu calorosamente e respondeu: - Não há nada no 

mundo que eu preferiria estar fazendo hoje. E você, senhor? 

- Estou muito ansioso por isso. 

E, finalmente, ele se virou para Evie.- Você está ansiosa para 

começar, Evie? 

O segredo queimou entre eles, quente e delicioso. O sorriso que ela 

deu a ele foi lento e deliberado, como se estivesse imaginando, então o que 

ela queria fazer com ele. Deus sabia o que ele estava imaginando. Ela 

lambeu seus lábios perfeitos e disse: - Oh, na verdade, eu estou muito feliz, 

Benedict. E você? 

Ele balançou a cabeça, em troca, não confiando em sua voz para falar. 




- Excelente. Eu espero que você não fique ficar para trás.As palavras 

dela eram completamente adequadas, mas a dica de luxúria em seus olhos 

foi o suficiente para fazê-lo se arrepender de sua decisão de parar as coisas 

antes que eles fossem longe demais na noite passada. 

- Para o seu bem, vou tentar manter-me, disse ele, sorrindo 

maliciosamente. 

Ela acenou para ele, eo marquês voltou a conversarsobre os 

preparativos. Precisou de muita vontade para tirar os olhos de Evie e fingir 

interesse no que seu pai estava dizendo. 

Dentro de uma hora, toda a família e um punhado de criados estavam 

reunidos no pátio e prontos para ir. Benedict evitou olhar para Evie, não 

importa o quão atraente ela parecia sentadaem Epona. Quando finalmente 

todos tinham montado ou estavam "enfiados em charretes", dependendo de 

quem foi convidado, Granville assentiu, e eles foramembora. 

Eles seguiram lentamente em direção ao lago, onde Lady Granville e 

as meninas passavam o dia. À frente, o som de risos, e um grito ocasional 

podiam ser ouvidos a partir da elegante carruagem enquanto se 

caminhavam em direção a seu destino. 

Com Richard conversando com seu pai na cabeça do pelotão, 

Benedict deixou sua montaria ficar para trás até que ele estava com Evie. 

Se não fosse o pequeno sorriso de conhecimento, tocando seus lábios, 

ninguém jamais iria adivinhar que eles tinham compartilhado tanta paixão 

entre eles na noite passada. 

Ele sorriu para ela, olhando em seus olhos brilhantes que espelhavam 

o céu tão perfeitamente, e suas bochechas ligeiramente coradas, e aqueles 

lábios, ele sabia muito bem como seus lábios eram macios. - Você está 

linda. 

O prazer iluminou suas feições, eo sorriso que ela deu em retribuição 

foi o suficiente para fazê-lo mudar sua posição na sela. - Linda o suficiente 

para mantê-lo aqui por mais um dia? 

Ele piscou em surpresa. Ontem à noite, ela não admitia discussão de 

seus planos de partir hoje. Por que a mudança? Não importava. Ele não 

podia arriscar. Quanto mais ele estava em sua companhia, mais ele queria 

estar em sua companhia. O melhor era acabar com as coisas agora, com 

uma nota positiva. Ele queria olhar para trás, para este dia por anos e sorrir 

para o dia perfeito que compartilharam antes de sua vida ir para o inferno. 




- Muito bonito me manter perto de você. Eu acho que eu estou 

extremamente carente de força de vontade quando se trata de você, minha 

querida. Eu não quero que nada aconteça paraque você se arrependa. Eu 

não poderia viver comigo mesmo se eu te machucasse. 

Ela mordeu o lábio, ajustando suas mãos sobre as rédeas. Estava claro 

que ela queria dizer alguma coisa. Benedict manteve a calma até 

que,finalmente, ela respirou fundo e disse: - Eu realmente não queria ir 

embora nanoite passada. 

Ele inspirou as palavras, saboreando o seu significado. Ela seria a 

morte dele, ele tinha certeza. Ele suspirou e olhou para ela. - Eu não queria 

que você fosse também. 

- Mas você ainda não me parou. 

- Eu pensei que estava fazendo a coisa certa. Eu estava tentando ser 

um cavalheiro. 

Ela assentiu com a cabeça e olhou para baixo, alisando com a mão o 

pescoço de Epona. Apertando os lábios, Evie olhou-o diretamente nos 

olhos. - E se eu não quiser que você seja um cavalheiro? Hoje à noite, eu 

quero dizer. 

- Evie, eu não quero que você se machuque. Quando eu partir em 

breve, eu não vou voltar.Ele não podia fazer isso. Ele tinha que seguir em 

frente, para deixá-la enquanto ela ainda estava sem envolvimento com os 

emaranhados de sua vida. 

- Mais uma razão para nós aproveitarmos o tempo que temos. Ela fez 

uma pausa por um momento antes de dizer em voz baixa: - Eu tenho a 

sensação de que as estrelas estarão visíveis novamente hoje à noite. 

Droga para o inferno, ele não deveria estar aqui agora, muito menos 

nas próximas 10 horas. Por que não podiam ter se conhecido quando ele 

estava livre para persegui-la? Ele respirou fundo, fixando-se no ritmo de 

Brutus. - Eu já fiz planos para partir no final da caçada. Minhas coisas 

foram embaladas, e Richard sabe da minha intenção. 

- Então? 

- Então ele vai me perguntar por que eu de repente decidi prolongar a 

minha estadia. Ele já sabe que eu estou ansioso para acabar com a farsa. 

Ela olhou-o com uma única sobrancelha levantada, com a cabeça 

inclinada para um lado, e a luz do sol banhou a coluna adorável de seu 

pescoço. O menor sorriso curvou seus lábios. - Vamos ver isso. 




Com isso, ela estalou a língua e partiu à frente. 

Do outro lado do campo, alguns passos na linha de árvores, Ned 

Barney está agachado no mato, observando como o par arrasta-separa 

frente para se juntar a festa. Empurrando umamecha pegajosa de cabelo de 

seu rosto, ele sentou-se e sorriu. Com aquele pedaço quente pendurado em 

frente de seu alvo, Barney não teria nenhum problema de completar sua 

missão. Benedictestava tão distraído, Barney provavelmente poderia 

caminhar até o homem, braço estendido, e pistola na mão, e ele ainda não 

ia notá-lo. 

Quando o criado tinha estado na floresta esta manhã arrastando um 

pano, Barney sabia que a sua chance estava chegando. Ele esperou até que 

o homem saiu antes de se estabelecer em uma pequena clareira não muito 

longe de uma das árvores que o homem havia marcado.Era uma boa 

localização, e ele já havia determinado sua rota de fuga por terra após o 

ataque ser feito. 

Rindo, ele lutou com seus pés, fazendo uma careta de dor, apesar de 

ter favorecido a perna esquerda. Ele retirou-se para a floresta para recuperar 

sua montaria, que ele havia deixado amarrada a um galho de árvore. Ele 

balançou a cabeça e sorriu. Isso ia ser como tirar balas de uma criança. 

Benedict apertou as rédeas enquanto observava Evie se afastar. Ela 

sentou-se ereta na sela, uma silhueta virtuosa e sedutora. Ele queria ir atrás 

da atrevidinha, mas é claro que não podia. Isso só serviria para chamar a 

atenção para eles. 

Em vez disso, ele segurou firme Brutus e observou a perda de sua 

sanidade mental, enquanto observava o movimento de seu corpo com trote 

do cavalo. O menor indício do cheiro de limão aquecido ao sol no ar, e ele 

sentiu encher os pulmões com o cheiro dela. Talvez não fosse a sua 

sanidade mental o problema. Senso comum, agora que ele sabia que tinha 

ido para fora da janela. 

*** 

*** 




À frente deles, o carro foi parando gentilmente. No momento em que 

as rodas deixaram de virar, a porta se abriu, fazendo com que o lacaio 

corresse ao redor para fornecer a mão antes das meninas poderem saltar 

para fora por conta própria. Elas sair da carruagem em uma rápida 

sucessão, cada uma escovando suas saias e ajustando seus casacos antes de 

Correrem para Benedict. Lady Granville apareceu momentos depois, com 

uma expressão exasperada sugerindo que ela já estava repensando a 

sabedoria de ter trazido o trio para passar o dia. 

No tempo que Benedict levou para desmontar, as três meninas mais 

jovens haviam se pendurado nele como um pequeno bando de pássaros. Ele 

sorriu um pouco desconfortável para elas enquanto tentava ganhar 

equilíbrio e um pouco de espaço para respirar. 

- Er, as senhoras devem estar ansiosas para passar o dia em um local 

tão glorioso. Benedict disse, disfarçadamente afastando-se um passo. 

- Ah, sim, Benedict, é tão lindo aqui. Carolyn bateu os cílios dourados 

para ele. 

- É absolutamente maravilhoso no lago. Pra falar a verdade, é uma 

maneira muito melhor de passar o dia da caçada, acrescentou Jocelyn. 

Beatrice entrou na conversa, - eu acho que seria um dia muito mais 

relaxante do que se sujando sobre um cavalo. 

- Eu imagino que vocês estão corretas senhoras, mas a caçada não vai 

durar muito. Estou confiante de que terei a oportunidade de passar bastante 

tempo aqui também. 

Foi mais verdadeiro do que ele queria admitir, caça não iria durar 

muito. Antes que ele percebesse, ele estaria de volta, na estrada para 

Londres, seu tempo aqui senão uma memória. Ele tinha aceitado o seu 

dever, mas Benedict não queria pensar sobre o futuro que se aproximava 

rapidamente. No momento, ele simplesmente queria viver a emoção da 

caçada, saboreando a antecipação da corrida ao lado de Evie finalmente. 

Com o canto do olho, ele pegou o sorriso de Richard. - É claro que ele 

vai, minhas queridas. Pra falar a verdade, ele deve ter apenas o tempo 

suficiente para que vocês possam levá-lo em uma turnê quando voltarmos. 

Benedict sorriu enquanto lançava punhais para o amigo. - Que 

maravilha. Por que o homem gostava de torturá-lo estava muito além dele. 

- Eu pensei que você tinha planejado nos deixar após a caçada. A 

declaração de Evie foi dita com total doçura, com o rosto sereno inocente. 




Ela era boa; ele daria isso a ela. 

- Não, Benedict, você não pode sair antes do jantar,Carolyn exclamou, 

enganchando o braço no dele. - Jocelyn e eu estamos aperfeiçoado nosso 

dueto de piano. Você já perdeu uma vez; por favor, diga que você vai ficar 

para o nosso desempenho desta noite. 

- Eu... ele começou a dizer, mas Jocelyn interrompeu antes que ele 

pudesse dizer uma palavra. 

- E se você ficar até a ceia, certamente não faria sentido sair tão tarde 

da noite. - Ela se virou para sua mãe, seus olhos implorando. - Por favor, 

diga-lhe que ele é bem-vindo aqui durante o tempo que ele quiser. 

- Ora, ora, disse Richard, intervindo pela primeira vez. - Se 

Benedictprecisa partir, não devemos atrasá-lo. 

Lady Granville sorriu para Benedict, mesmo enquanto 

eladesvencilhava suavemente as filhas de seus braços.- Richard está 

correto. Embora você seja absolutamente bem-vindo para ficar conosco por 

quanto tempo quiser, Sr. Benedict, mesmo que seja apenas até a conclusão 

da caçada. 

Lord Granville olhou para cima para ajustar a sela de Ronan, 

aparentemente tendo só agora notado o tema da discussão. - Por que diabos 

você quer sair após a caçada? Metade do prazer está em narrar todo o 

evento em detalhes vívidos e exagerados, depois do jantar. 

- Oh, eu estou certo que o Sr. Benedict tem assuntos mais importantes 

para atender do que os nossos rituais pós-caçada. Evie sorriu serenamente, 

embora seus olhos dançassem com alegria. - Não é verdade,Benedict? 

Todos os olhos estavam sobre ele, e ele praticamente podia ouvir o 

estalo da armadilha de Evie se fechando em torno dele. Ele limpou a 

garganta. - Eu tinha a esperança de chegar a Berkhamsted até o final da 

noite... 

- Bah, a pousada em Berkhamsted é triste, disse Granville, acenando 

com a mão desconsiderando. - E quase não vale a pena o esforço para 

adiantar apenas duas horas em sua jornada. Não, melhor ter uma boa noite 

de descanso e partir cedo. 

Com a atenção de todos em Benedict, Evie sorriu para ele. Ele era sua 

própriaraposapessoal, e ela o tinha bem e verdadeiramente encurralado. 

Mesmo enquanto ele suprimia a frustração que brotava dentro dele, parte 

dele reconheceu que sua manipulação maliciosa conseguiu algo que ele não 




podia permitir por conta própria a oportunidade de passar uma última noite 

com ela. 

Mergulhando de cabeça, ele disse: - Eu agradeço a sua hospitalidade, 

senhor, e é claro que será uma honra ficar mais uma noite. 

Após uma despedida muito entusiasmada das meninas, o grupo de 

caça estava a caminho. Eles caminharam para o ponto de encontro 

designado, onde um punhado de participantes, incluindo vários dos criados, 

estava à espera com o caçador líder e os cães. Para permitir que os animais 

se aquecessem, eles deliberadamente começaram a caçada várias centenas 

de metros de distância de onde o odor foi colocado. Com uma leve brisa 

agitando o ar, não demorou muito para que os cães estivessem indo em 

direção as árvores em busca do cheiro indescritível. A festa seguiu logo 

atrás nas florestas ao sul, e em poucos minutos haviam desaparecido entre 

as árvores. 

Benedict ouviu o farfalhar de folhas mortas sob os pés, a respiração 

dos cavalos, e o choramingar inquieto dos cães enquanto desciam mais 

fundo na floresta. Embora as árvores estivessem sem folhas, a luz do sol 

não chegou a penetrar o dossel eo ar estava visivelmente mais frio. O sol 

dos últimos dois dias não tinha sido suficiente para secar o chão da floresta, 

ea umidade das folhas molhadas permeava o ar. Conforme o 

grupoprogrediu, o sentimento de excitação e antecipação era quase 

tangível. 

Com os cascos de seu cavalo batendo ritmicamente na terra 

úmida,Benedict se viu assistindo Evie mais do que o chão na frente dele. 

Ele sentiu como se precisasse memorizar o jeito que ela estava agora, em 

seu elemento, empoleirada orgulhosamente e com confiança elegantemente 

sobre seu cavalo. Com a trança de ouro e borlas balançando de seus 

ombros, ela parecia tão brilhante quanto qualquer capitão indo para a 

batalha. 

A dor aguda de um galho de árvore raspando sua bochecha chamou 

sua atenção. Ele estremeceu e tocou a mão na bochecha machucada. 

Sangue manchou seus dois dedos quando ele olhou. Droga. Ele suspirou e 

enxugou o rosto com o ombro. 

*** 




- Grande Scott, homem, você já conseguiu se ensanguentar? Richard 

puxou as rédeas de leve a esperou por Benedict para se recuperar. Enfiando 

a mão no bolso, Richard tirou um delicado, lenço prateado e entregou. 

Benedict aceitou o pano e apertou-a contra seu rosto. - Primeiro 

sangue. Isso quer dizer que eu ganhei? 

Richard bufou. - Não se você tirá-lo de si mesmo. Eu sei que esta é a 

sua primeira vez nesta floresta, mas tente manter-se, meu velho. 

Richard riu quando ele passou à frente, mas Benedict teve a última 

palavra quando Richard passou na frente dele. Levantando o lenço entre o 

polegar e o indicador e agitando-o no ar, Benedict gritou para ele: - Devo 

manter o seu favor, então? Ora, muito obrigado, gentil donzela. Vou amá-la 

para sempre! 

Naquele momento, o primeiro cão pegou o cheiro e, imediatamente, 

uma cacofonia de uivos e latidos encheu o ar eo bando fugiu mais para o 

sul. A atmosfera mudou de uma vez, de repente carregada de emoção. 

Como num passe de mágica,toda a apreensão e agitação interna que ele 

vinha sentindo parecem ter desaparecido. Um enorme sorriso brotou 

espontaneamente no seu rosto, e ele sentiu um impulso imediato de 

antecipação. Estimulando seu cavalo, Benedict inclinou-se sobre o pescoço 

de Brutus e deixou que o sentimento familiar de alegria caísse sobre ele. 

Ele apreciava o ar frio correndo pelo seu rosto, levando embora suas 

preocupações como penas ao vento. 

O grupo seguiu livremente atrás dos cães latindo. Enquanto sua mente 

vagava, a maior parte do campo tinha ido em frente e jáestavam a uma boa 

distância. Granville estava na liderança,a sua recém-adquirida caçadora 

irlandesa correndo poderosamente no meio do mato,quando o marquês se 

inclinou pra frente na sela. À direita da Granville estava Evie, seu corpo 

movendo-se em perfeita harmonia com Epona quando ela tomou a frente. 

Benedict sorriu, o orgulho brotando dentro dele. Ela movia-se 

graciosamente como qualquer dançarina que ele já tinha visto, em 

particular com o joelho ligado na sela de amazona, que devia ser uma 

posição excepcionalmente desconfortável. 

Bento assistia em pedaços, mantendo um olho em seu próprio 

caminho também. Ele aumentou a velocidade e arqueou para a direita, 

rompendo com Richard e caindo em linha quase atrás Evie. À frente dele, 

Epona saltou sem esforço sobre uma árvore caída, subindo pelo ar em uma 




forma perfeita antes de pousar suavemente, sem perder o passo. Benedict 

sorriu quando um repique de riso feminino tocou por entre as árvores. 

Ele permitiu que sua montaria tivesse sua cabeça direcionada para o 

tronco, e ele se deliciou com a alegria incrível como Brutus saltou como se 

tivesse nascido para isso. É claro que as chances eram que ele nasceu para 

isso. O pouso foi firme, mas não tão gracioso como a égua ágil, rangendo 

os músculos ainda doloridos de Benedict. Quando Brutus voltou a 

encontrar o equilíbrio,Benedict inclinou-se para baixo e pediu-lhe mais 

rápido, fechando lentamente a distância entre ele e Evie. 

Evie nenhuma uma vez olhou para trás. Ela devia ser capaz de ouvi-lo 

agora. O bater ritmado dos cascos de Brutus era incompatível com o 

próprio passo da sua montaria, e ela certamente sabia que Benedict estava 

ganhandodela. As pernas de Epona esticavam longas e rápidas, 

constantemente impulsionando o cavalo e cavaleiro para frente e, 

finalmente, passado o marquês. Benedictouviu mais risos de Evie quando 

eles passaram adiante. Sua alegria era contagiante, e logo Benedict podia 

distinguir o som do riso de seu pai, provavelmente, o som de sua derrota. 

Benedict viu-se sorrindo enquanto constantemente pressionava para frente. 

O uivo dos cães ecoou pela floresta, alertando-os desta vez para o 

leste. Separados por apenas alguns metros,Benedict e Evie correram sobre 

o terreno lamacento. Em umapequenaclareira, Evie finalmente arriscou um 

olhar para trás, e Benedict ficou gratificado ao ver seus olhos se 

arregalarem momentaneamente com a visão dele sobre os seus calcanhares 

antes deles se estreitarem de novo rapidamente e ela virou a atenção para 

frente de forma abrupta. 

Ele nem sequer tentou parar o riso que escapou de seus lábios. Ela 

espiou para trás novamente, e ele viu como ela baixou a postura ainda mais 

e pareceu exortar Epona para ir mais rápido. 

Normalmente, ele não teria coragem de ir tão rápido através de terreno 

desconhecido, mas ele sabia que Evie estava perfeitamente em casa e ele 

ficou logo atrás dela na rota. 

- Você está trapaceando, ela gritou por cima do ombro. - Você tem 

que encontrar o seu próprio caminho! 

Ele riu na cara dela. - Tudo é justo no amor e na caça à raposa, minha 

senhora! 




Eles estavama uma boadistancia à frente dos outros agora, Evie 

deitada em Epona com determinação evidente em todos os seus 

movimentos. Tinham saído do curso dos cães e estavam apenas correndo 

uns dos outros agora. Benedict pairava baixo em sua montaria, facilmente 

absorvendo o tranco brusco, sem uma únicavez limpar toda a lama que os 

cascos de Epona arremessavam em seu rosto. Ele vislumbrou uma abertura 

na mata à frente e sabia que ela deveria estar indo em direção à clareira. 

Esta seria sua melhor chance para usurpar sua liderança. Quando eles 

romperam a última das árvores, ele empurrou Brutus mais rápido. O bater 

dos cascos dos cavalos ecoou por entre as árvores, como um trovão. Ela 

manteve sua liderança, mas com um pouco mais de tempo, ele poderia 

alcançá-la. 

Crack! 

Antes que sua mente processasse o som ou o que ele significava, 

Benedictpuxou as rédeas e catapultou-se de sua montaria para o chão 

macio, gramado. Sua força ainda era grande demais para permanecer em 

pé, mas ele instintivamente compensou dobrando seu corpo e rolando, sem 

problemas ficando agachado defensivamente. 

Foi segundos antes de seu cérebro alcançar e ele percebeu o que tinha 

acontecido. 

Maldição, um tiro! 

Ele desesperadamente repassava os segundos de cena no início de sua 

mente. Oh Deus, Evie! 

Enquanto ele tinha freado ao romper do disparo, Epona, ainda a 

poucos metros à sua frente, tinha disparado com o som, e Evie tinha caído. 

Na sua mente, ele assistiu em câmera lenta enquanto ela voou pelo ar, 

desaparecendo de vista na grama alta da clareira. 

Por favor, deixe-a ficar bem! 

Xingando bruscamente, ele correu na direção de onde ele tinha visto a 

sua queda, o tempo todo lançando olhares em todas as direções, tentando 

encontrar um inimigo invisível, o seu pulso acelerado a uma velocidade 

insuportável. Ele estimava que o tiro tivesse vindo de pelo menos uma 

centena de metros de distância, talvez até duzentos. O atirador tinha 

provavelmente usado um rifle Baker então ele teria tempo suficiente para 

escapar depois de dar o tiro. 




Seu coração batia em seu peito, o medo dando a ele uma explosão de 

velocidade e substituindo a necessidade de cautela. Sem pensar, ele tinha 

voltado para a sua formação, agindo por instinto. Ele se manteve baixado 

no chão, bem escondido no mato. De sua posição agachado, ele teve um 

vislumbre do azul marinho da roupa de Evie vários metros à frente dele. 

Meu Deus, ela não se movia. 

O terror estava alojado em seu peito, pressionando o ar de seus 

pulmões quando ele correu para ela, ansiosamente lançando olhares sobre 

os ombros procurando o adversário escondido. Teria de algumaforma 

Renault o localizado? Como isso era possível? Isso tudo era culpa dele. 

Evie não tinha nada a ver com isso, além de confiar o suficiente para 

montar ao lado dele. Benedict simplesmente tinha que ter sido a vítima. O 

medo apertou seu coração; se ela estivesse morta, então ele poderia muito 

bem ter puxado o gatilho em si mesmo. 

Ele caiu de joelhos ao lado dela, afundando um pouco na terra 

saturada. Ele viu imediatamente que seu braço estava pendurado 

anormalmente abaixo do ombro, fora da linha da trança de ouro eda costura 

do ombro. Seu estômago revirou-se violentamente, ela tinha deslocado o 

ombro, não havia como dizer quais os outros ferimentos que tinha sofrido 

na queda. 

Prendendo a respiração, Benedict sentiu o pulso na gola do casaco de 

equitação. Imenso alívio, mais profundo do que qualquer coisa que ele 

jamais tinha sentido em sua vida caiu sobre ele, com a batida constante do 

seu coração. Ele respirou profundamente por alguns segundos, tentando 

retardar o seu próprio ritmo cardíaco e pensar. Ele puxou a mão dele e 

congelou. 

O sangue fresco, vermelho e molhado, manchado as pontas dos dedos. 







Capítulo Vinte 

Por que você não me escreveu, Hastings? São os seus exames de fim 

de semestre que o mantem tão ocupado? 


Evie lutou para emergir do nevoeiro de incompreensão que fluía ao 

seu redor. Ela podia ouvir a voz de um homem, tenso e preocupado 

enquanto ele tentava acordá-la, mas ela estava completamente impotente 

para responder. Um flash de dor queimou seu braço, e ela engasgou 

involuntariamente. 

- Evie! Você pode me ouvir? Onde você está ferida? 

A dor abafava a voz dele, suavizando as palavras como se elas fossem 

ditas debaixo d'água. A queimadura se espalhavapelo seu ombro, descendo 

pelo braço e pra fora através de seu peito. Ela desejou que o nevoeiro 

voltasse pra ela agora, a camada isolante de neblina que havia 

misericordiosamente protegido da crescente onda de dor. 

O que havia de errado com ela? A última coisa que ela conseguia se 

lembrar era de estar voando no ar sobre Epona e depois... Nada. Meu Deus, 

tudo doía. E por que se sentia tão molhada e com frio? Ela gemeu e tentou 

abrir os olhos. Parecia uma tarefa impossível, parecia que nada estava 

funcionando corretamente. Depois de um esforço hercúleo, sua pálpebra 

esquerda se abriu, seguida da direita, e ela tentou focar o rostoborrado 

acima dela. 

- Evie, você está bem?Ela podia ouvir o alívio na voz de Benedict 

neste momento. - Diga-me o que dói. 

- Meu braço, minhas costelas, minha cabeça... Tudo, ela gemeu, 

fechando os olhos e tentando enrolar o corpo em uma bola protetora. A dor 

do movimento foi esmagadora, tonturas e náuseas a agrediram 

simultaneamente como se alguém tivesse girado como um pião. Ela engoliu 

em seco antes de perguntar: - O que aconteceu? 

Benedict ficou em silêncio por um momento antes de responder pra 

ela. - Alguém disparou uma arma.Você também foi jogada ou caiu de 

Epona. 




Os olhos de Evie se abriram novamente. - Disparou uma arma? Oh 

não, ela tudo Epona,Ela está bem?Com a névoa em seu cérebro diminuindo 

ainda mais, o pânico aumentou dentro dela. 

Ela tentou sentar-se para olhar em volta, mas Benedict a segurou firme 

no lugar. Ela engasgou com a dor causada pela luta e se acalmou. 

- Acalme-se Evie, pelo amor de Deus. Seu ombro está deslocado, e 

Deus sabe o que mais pode estar ferido. Epona está bem, eu lhe garanto. 

Ele parecia tão pálido e preocupado,o pânico alojado em sua garganta. Suas 

roupas estavam cobertas de lama e folhas, e seu cabelo desgrenhado estava 

empurrado ao acaso da testa. Ele parecia anos mais velho do que quando 

eles estavam montando. 

- Eu sinto muito, Evie. Eu nunca imaginei que algo assim aconteceria. 

Assim que os outros vierem, eu vou caçar o bastardo. Ele vai pagar por 

isso; Juro pela minha vida. 

Ela rangeu os dentes contra uma onda de dor. Quando ela passou, ela 

de repente percebeu o que ele estava dizendo. - Você quer dizer que 

alguém fez isso de propósito? Alguém realmente disparou contra nós? 

- Eles não estavam apontando para você, Evie. 

As sobrancelhas dela se uniram em confusão. Ou era um acidente ou 

não era. O que ele queria dizer com eles não estavam apontando para ela? 

Em seguida, sua mente confusa pegou seu significado. - Você? Eles 

estavam atirando em você? Por quê? 

A dor era estonteante, e ela lutou contra a escuridão invadindo o 

perímetro de sua visão. 

A angústia cintilou no rosto sujo de Benedict, e ele baixou a cabeça e 

pousou na mão, ele passou a parte traseira de sua mão sobre os olhos. 

Finalmente, ele levantou os olhos assombrados dos dela. - Sim, acho que 

sim. Eu nunca, em mil anos sonhei que viriam atrás de mim. Eu nem sabia 

que alguém me viu. 

Ele não estava fazendo sentido. O que estava acontecendo? Sua mente 

estava muito confusa para processar as ramificações do que ele estava 

dizendo. Ela olhou, sem entender para ele antes que um som nas 

proximidades chamasse sua atenção. 

O chão tremeu eo som de cascos batendo na terra repleta de detritos 

agrediu seus ouvidos. Benedict olhou na direção do som e, em seguida, de 




volta para ela.- Eu tenho que ir encontrá-lo, Evie. Vou explicar tudo 

quando eu voltar, mas eu não posso deixar o canalha fugir. 

Ele deu um beijo em sua testa, em seguida, levantou-se para 

cumprimentar o cavaleiro. Evie tentou se concentrar. - Benedict, espera. 

Não estou entendendo... 

A última frase foi dita em um fio fino de ar quando Evie escorregava 

de volta para a névoa do esquecimento. 

Benedict acenou com as mãos para avisar Richard quando ele 

atravessou aclareira. 

- Evie está ferida. Eu acredito que o ombro esquerdo está deslocado, 

gritou ele laconicamente. - Ela está inconsciente, então eu não sei muito 

mais sobre sua condição. Cuide dela, eu vou atrás de quem disparou o tiro. 

O horror no rosto de Richard era quase demais para Benedictlidar. De 

repente ele sentiu como se tivesse sido virado do avesso. O rosto 

normalmente jovial de seu amigo estava branco e seus olhos brilharam com 

o pânico. 

- O que diabos aconteceu? Richard perguntou quando ele puxou seu 

cavalo para parar. Ele pulou de sua montaria com movimentos 

desajeitados, seus olhos nunca deixaram sua irmã. Caindo de joelhos além 

dela, seu olhar passou rapidamente da mancha de sangue se espalhando 

sobre a gola de seu casaco para a posição estranha de seu braço. Ele 

apertou os olhos fechados, cobriu a boca brevemente com a mão, e engoliu 

em seco. Depois de um segundo, ele abriu os olhos e começou a trabalhar 

sentindo o restante de seus membros através de suas roupas em um esforço 

para descobrir lesões invisíveis. Com sua voz embargada, ele perguntou: - 

Quem fez isso? Por quê? 

O próprio estômago de Benedict se apertou. - Me desculpe Richard. 

Acho que quem atirou em nós estava apontando para mim. Eu nunca sonhei 

que eles poderiam vir atrás de mim. 

- Quem? Do que você está falando?Richard parecia completamente 

desnorteado. 

- Um homem que conheço da França, que tem umarixa... Ele 

empurrou as duas mãos pelos cabelos. Como isso podia estar acontecendo? 

*** 




- Eu não sei o que aconteceu, mas estou prestes a descobrir, disse ele 

severamente. 

Montando em Brutus, ele virou o cavalo e saiu correndo, deitado 

sobre o pescoço do cavalo, como os galhos das árvores passando por ele. 

Ele incitou o animal fortemente, com muito medo, mas já era tarde demais. 

Como podia ter sido tão estúpido? E pensar que ele nunca tinha 

considerado queRenault iria tentar encontrá-lo. Ele teria apostado sua vida 

que ninguém o tinha visto naquela noite em Folkestone. O que ele fez em 

vez disso foi apostar com a vida de Evie. . Deus, ele era o mais vil dos 

idiotas. Seu sangue gelou quando ele imaginou a cena novamente em sua 

cabeça: Evie caindo, seu corpo amassado e os olhos de Richard ao ver sua 

irmã ferida. 

Tão estúpido possivelmente até mesmo mortal. 

Ali mesmo, enquanto corria pela floresta em desespero, Benedict 

prometeu a si mesmo apenas duas coisas. Primeiro, ele iria deixar a família 

de Richard imediatamente, para nunca mais trazer o caos ou conflito para 

asua doce vida no campo novamente. E, segundo, ele iria encontrar quem 

quer que tenha perpetrado este ataque. 

E quando o fizesse, eles pagariam. 

Quando ele chegou ao topo da colina, avistou um cavalo e cavaleiro 

desaparecer no bosque de árvores próximo. A distância era grande demais 

para discernir características distintivas;ele pegou apenas um relance fugaz 

de uma figura escura em cima de um cavalo de cor escura. 

A raiva cresceu dentro dele; naquele momento ele sabia que não havia 

nada que ele não faria para se vingar do atirador. Ele tinha poucas armas 

com ela, apenas um punhal e uma pistola escondida, nenhum dos quais era 

muito bom a menos que fosse de perto. Com a fúria que fluía através de 

suas veias, se fosse para chegar mais perto que isso, seria para um combate 

corpo-a-corpo. Ele queria sentir cada golpe com seus punhos e saborear o 

contato que iria acabar com o seu adversário. 

E o homem iria cair. 

Ele cavalgou rapidamente através da clareira, mas teve que diminuir o 

ritmo quando mergulhou nas árvores. A vegetação era mais grossa do que 

tinha sido nas áreas de caça, e ele foi forçado a desacelerar ainda mais 

quando encontrou um matagal mais denso. Inclinou-se para desviar de um 

galho baixo pendurado. 




Crack! 

Droga! 

Ele quase podia sentir o vento da bala que assobiava inofensivamente 

através das folhas do ramo onde ele tinha se escondido embaixo. Brutus, 

com o som, começou a dançar nervosamente embaixo dele. Desta vez, o 

tiro foi disparado de uma distância muito mais próxima, e ele estava certo 

de que tinha vindo da sua frente e dadireita.Praguejando, ele saltou para o 

chão e rapidamente amarrou as rédeas em uma muda nas proximidades. Ele 

deu um tapinha no pescoço de Brutus, consternado, pois ele precisava do 

cavalo demais para deixá-lo escapar do perigo. 

Agachado, ele correu metade,e se arrastou a metade na direção do tiro, 

feliz com a lama que agora cobria as suas roupas. 

Bang! 

Benedict abaixou a cabeça com o segundo tiro que enviou um spray 

de sujeira e folhas apenas alguns metros à frente dele. O tiro, que soou 

como se viesse de uma pistola, desta vez, foi disparado de perto. Ele estava 

perto agora. Apesar do perigo, ele não ia retardar o seu progresso. Os 

arbustos à frente dele sussurravam, e ele concentrou sua atenção na direção 

do som. 

Através da moita, ele conseguia visões intermitentes do homem, 

imagens desconexas do covarde tentando montar em seu cavalo como rifle 

preso à sela. Finalmente, ele teve uma vista lateral clara do homem, e 

reconheceu imediatamente seu adversário. 

Ned Barney dane-se tudo 

Seja o que Deus quiser agora, ele acabaria com o bastardo neste 

momento. Se Barney conseguisse escapar de novo antes que Benedict 

opegasse, Benedict perderia preciosos minutos correndo de volta para seu 

próprio cavalo. A vantagem poderia ser suficiente para Barney ter uma 

chance de escapar dele, e Benedict seria amaldiçoado se deixasse isso 

acontecer. O canalha não sabia ainda, mas ele ia dizer a Benedict 

exatamente o que ele queria saber. 

E o desgraçado ia sofrer no processo. 

Abandonando sua tentativa de manter baixado, Benedict surgiu do 

mato e Barney girou sua montaria e chicoteou o flanco do cavalo. Benedict 

agarrou a bota de Barney, um aperto tênue do qual ele chutou e lutou para 

se livrar, gritando com o cavalo para ir. Quando o cavalo se pôs em 




movimento,Benedictjogou a outra mão para cima, ficando com as duas 

mãos segurando firmemente na bota de couro imundo. Com seu corpo 

arrastando no chão, ele se esforçou para permanecer ao lado do animal de 

modo a não ser atropelado, o tempo todo torcendo e puxando a perna de 

seu inimigo. 

Os pés de Benedict tentaram se fixar no gramado liso sem sucesso, e 

ele foi arrastado ao lado como uma boneca de pano. Enquanto ele lutava, 

seu quadril foi quase imediatamente esmagado contra um toco de árvore. O 

impacto arrancou a perna da calça já arruinada e infligiu cortes dolorosos 

em sua perna direita, mas ele mal registrou o trauma. Toda a sua existência 

estava concentrada na perna em suas mãos e sua intenção de derrubar 

Barney. 

Barney gritou de dor quando Benedicto agarrou ainda mais apertado e 

tentou torcer o corpo todo numa tentativa de torcer seu joelho novamente. 

Inclinando-se sobre a sela, Barney se agarrou a garganta do cavalo com um 

braço. Com a mão livre, ele bateu em Benedict, esmurrando a sua cabeça e 

ombros da incômoda posição. Benedict absorvia cada golpe, ignorando o 

ataque, enquanto ele continuava sua tentativa de trazer Barney para baixo, 

com este propósito único de espírito. 

- Deixe-me ir, bastardo sangrento!O desespero de Barney estava claro 

em seu comando, pela voz rouca com que gritou. 

Asúplica arrancada de um lugar de fraqueza, só serviu para fortalecer 

a determinação de Benedict. Foi como o último berro de um antílope que 

estava sendo derrubado por um predador faminto. 

Por fim, Benedict deu uma forte torção e Barney gritou em agonia. 

Em reação à dor, o torso de Barney balançou para trás arqueando a espinha 

quando ele jogou a cabeça para trás com um rugido e agarrou sua perna 

com a mão. Durante todo o tempo Benedict segurou firme enquanto o 

cavalo continuou a correr pela floresta a um ritmo alarmante, arrastando-o 

no meio da lama e das folhas que cobriam o chão da floresta. De repente, 

um ramo bateu no pescoço exposto de Barney com um baque nauseante, e 

ambos Barney e Benedict foram empurrados violentamente do cavalo e 

jogados ao chão. 

Momentaneamente atordoado, o vento golpeou-o, Benedict estava 

ofegante tentando em vão respirar enquanto estrelas tomavam sua visão. A 

cessação súbita do ruído do galope do cavalo indo pra longe fez seus 




ouvidos zumbirem. Por vontade própria o seu corpo se contorcia no chão, 

sua mandíbula travada aberta e os pulmões tentavam superar a paralisia 

temporária. Quando, finalmente, sua respiração voltou, ele se esforçou para 

posicionar-se defensivamente. Ele não podia deixar Barney obter a 

vantagem. Ele não podia falhar quando as apostas eram tão altas. 

Benedict pôs-se de joelhos, mantendo uma posição longe e protegendo 

sua cabeça com os punhos erguidos. Seu olhar fixo em Barney, que estava 

deitado de bruços no chão nas proximidades e ele percebeu de imediato que 

Barney não estava se movendo. 

- Levante-se, seu covarde, Benedict gritou, cuspindo as palavras com 

todo o ódio que ferveu dentro dele. 

Barney permaneceu imóvel. Benedict sentou-se nos calcanhares por 

um momento, ofegante. Ele observava com cautela, assegurando-se que 

Barney não estava esperando por ele, pronto para emboscar Bendict quando 

ele baixasse a guarda. Finalmente ele permitiu que suas mãos caíssemao 

seu lado. Ele podia detectar uma respiração muito superficial, mas o braço 

direito de Barney estava dobrado em um ângulo impossível. Se o homem 

estivesse consciente, seria impossível para ele não mostrar alguns sinais de 

aflição. 

Ofegante, Benedict lutou para ficar de pé e cambaleou. 

Cautelosamente, ele agarrou o ombro de Barney e rolou-o. Um olhar para a 

pele púrpura do pescoço de seu inimigo e ele não pôde deixar de 

estremecer. O prejuízo causado pelo impacto era com certeza doloroso e 

debilitante, pelo menos por certo tempo, mas o som contínuo de sua 

respiração fez Benedict se sentirrazoavelmente confiante de que danos 

sérios tinham sido evitado. No mínimo, a traqueia de Barney ainda estava 

intacta, o que era algo bom. 

Claro, qualquer lesão que sofreu o bastardo mereceu. 

Mãos nos quadris, Benedictpensou no que fazer com o prisioneiro. Ele 

poderia amarrar o homem, mas não era muito provável que ele escaparia. 

Não, seria melhor deixá-lo onde estava enquanto Benedict recolhia os 

cavalos. Com um joelho torcido, braço quebrado, e traqueia ferida, Barney 

não chegaria muito longe se ele acordasse. 

E isso não aconteceu, Barney não tinha acordado ainda quando 

Benedict voltou com os dois cavalos um curto período de tempo mais tarde. 

Apesar de ser a última coisa que ele queria fazer no mundo, ele decidiu 




amarrar Barney na sela e levar o homem de volta à Hertford Hall. Lá, ele 

seria capaz de obter atendimento médico, mas se ele iria fazê-lo antes ou 

depois de Benedict interrogar o bastardo, ele não tinha decidido. 

Richard e sua família precisavam saber que o autor do crime tinha 

sido capturado. Além do fato de que eles gostariam de saber para a sua paz 

de espírito, Benedictnão tinha dúvida de que o marquês era também o 

magistrado local. Não era uma conversa pra qual ele estava ansioso. 

Ele içou o peso morto de Barney desgraciosamente na sela e o 

amarrou o melhor que pôde. Ele montou seu próprio cavalo e partiu para a 

casa. Olhando para o homem sem vida ao lado dele, Benedict balançou a 

cabeça em desgosto. 

- Então, como você me encontrou,Barney? 

Não importa realmente. A responsabilidade de levar o homem vil de 

Hertford Hall era dele e só dele. À frente, vinham dois homens a galope em 

direção a ele, e Benedict reconheceu um deles como o criado tinha 

escoltadoele e Evie em seu primeiro passeio. Ele apertou a mandíbula e 

endireitou a postura. Era hora de encarar a música. 




Capítulo Vinte e Um 

Por favor, me perdoe Evie. Eu gostaria de poder explicar por que 

devo deixar a nossa correspondência, mas não posso. Você pode 

simplesmente confiar em mim? 

De Hastings para Evie; escrito, mas queimado antes de postado. 

Quando Evie acordou a segundavez, o ambiente tinha mudado 

consideravelmente. Foram-se o casaco de montaria grosseiro, a lama mole 

e o ar fresco da primavera. Agora ela estava reclinada contra sua própria 

cama em uma camisola de algodão macio. O estalar e crepitar de um fogo 

ardente desnecessário na lareira era o único ruído na tranquilidade do 

quarto. 

Céus, ela estava quente. 

Por que diabos tinha um fogo crepitando? O suor umedeceu sua pele, 

e ela moveu-se desconfortavelmente em um esforço para encontrar um 

local mais fresco nos lençóis. Instantaneamente a dor rasgou-lhe o ombro, e 

ela engasgou e imediatamente congelou. 

- Evie! Fique quieta, querida. Como você se sentemeu anjo? A voz da 

mãe era tensa, com medo, e excepcionalmente nervosa. Suas mãos frias 

roçaram o rosto de Evie e Evievirou o rosto na palma da mão da mãe e 

abriu os olhos. 

- Meu Deus, eu me sinto quente. A voz de Evie estava um pouco 

rouca. Sua boca estava seca como poeira. Como se sua mãe pudesse ler a 

sua mente, um copo de água fresca apareceu nos lábios de Evie, e ela bebeu 

profundamente. Ela nunca havia provado água tão boa em sua vida. 

Lambendo os lábios, ela fez um balanço de suas terminações nervosas 

antes de acrescentar: - E fedida. Totalmente fedida. 

A mãe sorriu um pouco com isso, apesar de não atingir os olhos 

tensos. - Sim, eu suspeito que você deve se sentir um pouco fedida. Eu 

imagino que ser jogada de um cavalo não deve ser nada agradável. 

Evie gemeu. - É tão ruim quanto parece, então? 

Sua mãe afagou-lhe a mão e suspirou. - Você teve bastante sorte, se 

pode se chamar assim. Seu braço foi deslocado, mas o médico foi capaz de 




colocá-lo no lugar, e ele não acredita que haverá qualquer dano duradouro. 

Há, também, uma contusão bastante grande em suas costelas, mas ele tem 

certeza de que é superficial, e felizmente, nenhum osso foi quebrado. Há 

um nódulo em sua cabeça que deve ter resultado de sua queda. Há um corte 

de aparência muito desagradável no seu pescoço e vários arranhões 

menores cruzando seu rosto. Você também tem algumas contusões, mas 

essas vão desaparecer em breve. 

Bem, isto é tudo? 

Sua mãe fez uma pausa, sacudindo a cabeça enquanto seus olhos 

passavam sobre vários ferimentos de Evie. - É exatamente por isso que eu 

nunca queria que você fosse a caçada. Eu sei, eu sei, disse ela, colocando as 

mãos para cima quando Evie abriu a boca para falar. - Mas eu tinha que 

dizer isso. 

- Esta não é exatamente uma circunstância normal, poderia ter 

acontecido em um passeio. Realmente, com que frequência se é baleado? A 

caça a raposa dificilmente poderia ser responsabilizada por seus ferimentos. 

Com umalembrança repentina Evie se esforçou para sentar-se, ignorando a 

dor que ardia como brasa. - Benedict! Ele estáseguro?Dor e confusão 

rodaram dentro dela como se fossem uma névoa em uma tempestade que se 

aproxima. Seu estômago revirou quando ela se lembrou de seu rosto pálido 

com medo, os olhos sérios e arrependidos. 

O que ele fez? 

A mãe dela agitou as mãos em advertência. - Deite-se, Evie. Pelo 

amor de Deus, você certamente irá arruinar o trabalho do médico. 

Evie deitou-senovamente, mas persistiu. - Benedict, Mamãe? O que 

aconteceu depois que eu, hum, desmaiei de novo? 

A mãe apertou os lábios. - Eu acho que vou buscar Richard para você. 

Ele vai querer saber como você está, e ele saberá melhor como responder a 

quaisquer perguntas que você possa ter.Ela se inclinou e beijou Evie na 

testa. Apertando a mão boa de Evie, ela disse: - Meu Deus, mas você deu 

um susto em todos nós. Lembre-se de não se sobrecarregar. 

Ela se levantou graciosamente da cama e saiu do quarto. 

Assim que a porta se fechou, Evie começou a se preocupar. Teria 

Benedict voltado? Ele tinha encontrado a pessoa que havia atirado contra 

eles? Onde ele tinha nos metido? O que ele poderia possivelmente ter feito 

para justificar uma resposta tão extrema? Ela não conseguia entender nada. 




Alguém realmente disparou contra eles. 

Evie sacudiu a cabeça com incredulidade persistente. De todos os 

finais para a caçada que se poderia imaginar, essa possibilidade, 

certamente, nunca tinha passadopor sua mente. Com um suspiro, ela 

decidiu avaliar a extensão dos seus ferimentos e empurrou as cobertas para 

trás com a mão direita. O ar, apesar de quente, era consideravelmente mais 

frio contra sua pele sem a colcha pesada. Ela nunca conseguiu entender por 

que um fogo deve ser aceso sempre que alguém fica doente ou ferido. 

Honestamente, não era como se se pudesse suor pra longe um ombro 

deslocado. 

Olhando para baixo, ela fez um balanço das contusões já vivas 

manchando seu braço. Ela encolheu-se, era uma visão bastante horrível. O 

que era mais pela sensação de que, o resto de seu corpo estava tão ruim 

quanto, se não pior. Esticou o pescoço o melhor que pôde para tentar obter 

uma boa visão de seu ombro ferido, mas não havia nada para ver. Alguém a 

tinha vestido com sua camisola, e umabandagemtinha sido colocada para 

segurar-lhe o braço para cima. 

Bem, isso deve ser um belo acessório para seu próximo vestido de 

baile. 

A batida interrompeu sua inspeção. Seu irmão abriu a porta antes que 

ela pudesse manda-lo entrar e correu direto para o seu lado. 

- Oh meu Deus, Evie. Como você está se sentindo?Ele sentou-se 

cuidadosamente ao lado da cama. Ele tocou levemente o dorso de sua mão, 

como se estivesse com medo de machucá-la. 

- Eu estou bem, Richard. De verdade eu estou. Enquanto eu não me 

mover, ela emendou silenciosamente. - Por favor, diga-me o que 

aconteceu? Será que Benedict pegou o culpado? E por falar em Benedict, 

disse ela, estreitando os olhos para ele antes de continuar em um sussurro 

feroz, - Ou devo dizer Hastings, você poderia me dizer o que em nome de 

Deus está acontecendo? 

Richard vacilou com sua vulgaridade incomum. - Como você sabe? 

Esqueceisto não importa. Evie, ele começou, então parou e soltou a 

respiração. Ele cobriu os olhos com a mão brevemente antes de encontrar 

seus olhos de novo. 

- Eu não estou inteiramente certo do que está acontecendo. Benedict 

não voltou. - Ele ergueu a mão com o seu alarme.Estou certo de que ele 




pode cuidar de si mesmo, por isso não perca um minuto de seu pensamento 

com ele. Se ele voltar, eu pedi para ser alertado no momento que seu cavalo 

estiver à vista. Temos bastante para... discutir 

Evie sentiu como se tivesse levado um soco no estômago. Se ele 

voltasse? Ele tinha dito a ela que estaria de volta. Certamente ele não iria 

apenas abandoná-la... 

Certamente, nada. O que ela sabe mesmo sobre o homem? Ele poderia 

ser um pirata sanguinário, por tudo o que ela sabia. 

Como o silêncio se estendeu entre eles, Richard parecia cada vez mais 

agitado. - Deus é minha testemunha, eu nunca imaginei que ajudar um 

velho amigo poderia trazer prejuízos para a minha família, a ninguém! Eu 

nem sei o que está acontecendo. Ele só disse que um homem que conhece 

da França tem umarixa com ele, o que isso significa. 

- França? A voz de Evie soou estridente para seus próprios ouvidos. - 

Quando é que ele já foi para a França? Um sentimento de sufocação 

começou a deixá-ladoente. Ela tinha confiado em Benedict. Ela tinha 

compartilhado intimidades com o homem. E se ela tivesse interpretado mal 

o seu caráter? 

O rosto de Richard ficou vermelho escuro. - Ele viveu no continente 

durante anos e, aparentemente, só retornou agora. Ele me disse que queria 

ficar longe da cidade para ter um pouco de paz e sossego. Jamais me 

perdoarei por permitir que ele viesse para Hertford Hall. 

Ela deu um suspiro aflito, tentando compreender a nova informação. 

Ele viveu no continente. Ele tinha inimigos, pelo amor de Deus. O que 

mais ela não sabia sobre ele? 

Richard inclinou-se em direção a ela, agarrando a mão boa. - Eu não 

sei o que aconteceu.Eu não sei como eles o encontraram ou porque eles o 

procuraram. Inferno, eu nem sei quem "eles" são! Eu tenho feito nada a não 

ser pensar nisso desde o tiroteio, e nada parece fazer sentido! 

Inquieto, ele se levantou e começou a andar. Evie sinceramente 

desejou que ela pudesse atirar pra longe as roupas de cama e caminhar 

aolongo da sala junto com ele. 

Após seus anos de correspondência, ela tinha pensado que o conhecia 

tão bem. Ela aceitou suas razões para mentir sobre seu nome e acreditou 

quando ele disse que era para protegê-la. Mas e se era para proteger a si 




mesmo? E se ele estava se escondendo de alguma pessoa nefasta o tempo 

todo? 

Ela pensou que estava se apaixonando pelo homem dos seus sonhos, 

mas o homem tinha sido imaginação sua o tempo todo. Ela apertou sua 

mão machucada sobre os olhos. Ela tinha caído, tudo bem. Ela tinha caído 

em suas mentiras. Quase toda palavra que saia da sua boca era uma fraude 

tinha sido um disparate absoluto. 

Por quê? Afinal, eles tinham compartilhado, por que ele fez isso com 

ela? 

As lágrimas que brotaram espontaneamente nos olhos 

surpreendeuEvie, certamente, não era o tipo regador. Limpou-as com raiva. 

Ela lutou para respirar normalmente. Que bobinha que ela tinha sido. Que 

tolice pensar que ele poderia ter tido algum tipo de interesse por ela, 

quando o tempo todo ele estava mentindo descaradamente. Ela estremeceu 

interiormente com a quão estúpida ela deve ter parecido. 

-Vá embora, Richard. Eu gostaria de ficar sozinha, se você não se 

importa.Ela limpou mais algumas lágrimas com as pontas dos dedos. 

- Evie começou Richard. 

- Não! Richard, eu não quero ver seu rosto agora.Ele parecia tão aflito 

que ela acrescentou:- Talvez mais tarde, mas agora eu quero que você 

saia.Afinal, ela nunca tinha faladopra ele da traição de Hastings, assim 

Richard não poderia saber o quanto ele a feriu, trazendo o homem para a 

casa dela. 

- Se é isso que você quer...Ele parou, dando-lhe um momento para 

contradizer o que era realmente o que ele queria. Quando ela não disse 

mais nada, continuando a olhar para ele com toda a dor e raiva que sentia, 

levantou-se lentamente e se arrastou para a porta. 

Olhando para ela cabisbaixo, ele suspirou e disse: - Mais uma coisa. 

Papai assumiu que foi um caçador que atirou em você. Por favor, não 

vamos desiludi-lo desta opinião. Será muito mais fácil para ele se isto for 

simples. E realmente, eu... eu não posso suportar que eles saibam. 

Evie olhou para ele com rebeldia por um momento, antes de dar um 

breve aceno de cabeça. Richard inclinou a cabeça em reconhecimento e 

recuou, fechando a porta atrás de si. 

Ela suspirou alto e inclinou a cabeça para trás, de repente pesada sobre 

o travesseiro. 




Ela desejou agora ter dito a seu pai sobre Hastings no momento em 

que descobriu a verdade. Se ao menos ela tivesse invadido a sala de jantar, 

apontado um dedo, e o declarado um impostor, pelo menos, então ela 

poderia vê-lo corretamente castigado. 

Ela apertou as mãos nos olhos. Ela não iria chorar por ele novamente. 

Ele não valia a pena. E qual era o ponto? O dano à sua família foi feito. Ela 

não queria vê-lo novamente. Ela nem queria ouvir o nome dele, ou 

qualquer outro apelido, ele decidiu ir. 

Tanto quanto lhe dizia respeito, ele podia ir embora e nunca mais 

voltar. 

Agora, se ela pudesse convencero seumaldito coração disso. 

Benedict, seu prisioneiro, e um dos criados de Granville cavalgavam 

em silêncio em direção à fazenda. O outro homem tinha ido antes para 

atualizar os outros da captura. Quando eles se aproximaram dos estábulos, 

Dunley, o criadochefe, correu ao encontro deles, com o rosto sério e 

vincado. 

Benedict desmontou rapidamente e entregou as rédeas. - Por favor, 

envie para Lord Raleigh ao mesmo tempo. Eu preciso falar com ele o mais 

depressa possível.Dunley assentiu quando ele aceitou as rédeas. - Eu avisei 

do seu retorno no momento que Brutus surgiu. Ele olhou incerto para o 

homem desconhecido caído sobre o cavalo. 

- Eu vou cuidar do nosso hóspede, Dunley. Obrigado por receber 

Brutus. 

Benedict esperou até Dunley balançar a cabeça e sair antes de 

desamarrar Barney da sela e transportar o homem ainda inconsciente para 

baixo. Barney gemeu e se mexeu inquieto quando Benedict empurrou-o 

não muito gentilmente. 

A curta distância, a porta da casa se fechou. Ele olhou para cima para 

ver um Richard furioso precipitando-se em direção a ele, ainda usando as 

roupas manchadas de lama da caçada. Foi-se o casaco vermelho ea gola da 

camisa, agora em ruínas, estava aberta no pescoço, enquanto as mangas 

haviam sido empurradas para cima. A julgar pelo seu cabelo 

cuidadosamente despenteado, ele deve ter passado as últimas horas 

*** 




enfiando as mãos por ele como geralmente fazia quando estava estressado 

ou preocupado. 

Embora a raiva fosse esperada e completamente merecida, os nervos 

de Benedict ainda reagiram, ele não só parou de andar, mas também 

inconscientemente deu um pequeno passo para trás. 

- Richard, por favor, me diga como Evie está Seu apelo foi cortado no 

meio da frase por Richard, que não tinha abrandado quando ele se 

aproximou e deu um soco forte no queixo de Benedict, fazendo-o voar para 

trás. Ele aterrissou com força no cascalho, o peso combinado de si mesmo e 

Barney levando-o para o chão ea respiração saiu toda de seus pulmões. 

Barney gemeu novamente, o impacto, sem dúvida, sacudindo seus 

ferimentos. 

Richard estava sobre Benedict, seu peito arfando enquanto ele fechava 

e abria os punhos. - Como você se atreve a voltar para esta casa? Como 

você ousa perguntar pela minha irmã, como se não fosse você a razão pela 

qual ela esta ferida! Deixe este bastardo degenerado e saia da minha frente. 

Benedict sentou-se em silêncio atordoado por um instante, chocado 

com a explosão de violência de seu amigo, mesmo considerando as 

circunstâncias. Em todos os seus anos juntos, Benedict nunca tinha visto 

nenhuma vez Richard atingir outro homem a não ser em um salão de boxe. 

Ele manteve os olhos sobre Richard com cautela quando ele ergueu 

Barney do seu colo e o colocou a seus pés. - Richard, eu... 

Mas Richard não estava interessado em nada disso. - Eu não quero 

ouvir as suas desculpas. Pra falar a verdade, eu não quero nunca mais ver 

seu rosto novamente, você me entende?As veias do pescoço se destacaram 

com a violência de sua reação, enquanto suas mãos permaneceram fechadas 

em punhos ao lado do corpo. 

A condenação nos olhos de Richard fez Benedict estremecer, e tentou 

respirar para passar a vergonha esmagadora. Ele tinha que fazer Richard 

entender por que ele tinha vindo pra cá, por que ele foi forçado a se retirar 

enquanto ele pensava no seu próximo passo. Ele pesava suas opções, 

considerando simplesmente virar e partir como seu amigo claramente 

queria. Mas a verdade era que Richard merecia mais do que isso. 

Era hora de dizer tudo a Richard, não importa o quão condenável 

fosse. 




Ampliando sua postura e se preparando para outro ataque, Benedict 

disse calmamente: - Eu não vou ir embora até você ouvir toda verdade. 

- A verdade? Bem, isso é novo, vindo de você. Você vai sair quando 

eu mandar você sair. Você não tem nada o que dizer sobre isso. Nada!A 

mão de Richard cortava o ar, com irritação, dando ênfase. 

Benedict levantou as mãos, as palmas para fora, de forma 

conciliadora. - Eu mereço todos os seus sentimentos de ódio. Eu admito 

isso, mas você merece saber a verdade por que eu vim pra cá. Ela merece 

saber. 

As narinas de Richard brilharamcom a referência de Evie. - Como se 

você tivesse o direito de falar sobre o que ela merece. Vamos falar sobre o 

que você merece, Benedict. Vamos falar sobre as mentiras que você me 

contou, a traição da amizade, ou, eu não sei. Ele fez um gesto de desgosto 

para o homem deitado inconsciente no chão. - Como sobre o maníaco 

homicida que você trouxepara minha casa. 

- Eu não nego qualquer uma das suas acusações, Richard. Se é o seu 

desejo, nós podemos falar sobre tudo o que eu mereço e então mais. Mas 

não, disse ele, enfatizando a palavra claramente, - até que eu diga o que 

aconteceu para nos levar a esse momento. Apenas cinco minutos, Richard, 

e você pode fazer o que quiser comigo, inclusive me banir de ver você ou 

sua família novamente. 

Richard cruzou os braços e olhou em silêncio para ele. 

Tomando isso como aquiescência, Benedict respirou fundo e disse 

calmamente: - Vamos levá-lo, ele acenou com a cabeça na direção de 

Barney, inteligente o suficiente para não admitir ainda que ele sabia o 

nomedo homem,- para algum lugar onde ele poça ser detido, e eu vou 

explicar tudo. O que acontece a seguir é com você. 

Apertando a mandíbula, Richard assentiu e afastou-se para os 

estábulos, deixando Benedict para juntar Barney e segui-lo. Suspirando 

profundamente quando sentiu sua integridade e honra desmoronar como 

poeira, ele se inclinou para recuperar Barney, atirou-o por cima do ombro, 

e seguiu Richard para o interior fresco do celeiro. 

Ele tinha apenas uma chance de fazer tudo certo. 




Capítulo Vinte e Dois 

Eu não estoume divertindo com sua falta de cartas pra mim. Se eu 

disse algo para ofendê-lo, você deve me castigar corretamente. Eu não 

posso suportar ser submetida ao tratamento do silêncio. 


Foram as vozes que haviam atraído a atenção dela. Enquanto Evie 

estava acostumada aos gritos femininos ocasionais de excitação ou até 

mesmo argumentos, ouvir vozes masculinas alteradas era completamente 

incomum. 

Benedict, ele deve estar de volta. 

Ela tentou ignorar a onda de emoção que a agrediu; ela se recusou a 

admitir os seus sentimentos. Em vez disso, ela forçou-os para longe e 

aspirou profundamente. Ela sabia muito bem que era para ficar parada na 

cama, pelo menos por alguns dias. Seria o auge da insensatez para ela se 

levantar agora, particularmente sem ninguém por perto para ajudá-la. Sua 

mãe teria um ataque completo se ela sequer pensasse que Evie estava 

pensando em deixar o leito tão cedo. 

Mas, como os gritos continuaram, ela estava positivamente morrendo 

para saber o que diabos estava acontecendo lá fora. 

Decidindo que sair da cama era certamente preferível à morte por 

curiosidade, e profundamente esperando que sua mãe 

estivesseevidentemente do outro lado da casa, ela levou um momento para 

se preparar para a viagem através do quarto até a janela. Um par de 

respirações profundas e uma fervorosa oração para a segurança e discrição 

depois, ela estava pronta para ir. 

Ela cuidadosamente afastou a colcha, atento para não abalar seu braço 

ferido ou fazer movimentos bruscos, e, lentamente, ela mudou para a 

posição sentada. As tonturas tomaram conta com a mudança de posição, e 

ela ficou sentada até que o quarto parou de girar. Ela provavelmente 

deveria ser inteligente e seguir o conselho do médico e permanecer em 

repouso na cama por um dia ou dois. Ela soltou um suspiro resignado. Sua 

curiosidade, muitas vezes levou a melhor sobre ela, no entanto, e ela era 

suficientemente honesta consigo mesmo para admitir que este era um 




desses momentos, especialmente quando ela só conseguia pensar em uma 

pessoa susceptível de desencadear uma competição de gritos . 

Depois de um minuto de sentada para garantir a tontura passou, ela 

levantou-se com seus pés descalços, segurando a cabeceira da cama para 

manter o equilíbrio com a mão direita. Mais uma vez a tontura tomou conta 

dela, e ela agarrou-se à madeira, pressionando seu rosto contra ela enquanto 

seu corpo lutava para recuperar o equilíbrio. Talvez não fosse a melhor 

ideia que teve,sair da cama e arrastar-se através do quarto para a janela e 

escutar o que estava acontecendo lá fora. No entanto, ela estava já fazendo 

agora. 

E furiosa. 

E curiosa sempre curiosa. 

Finalmente, ela se sentia firme o suficiente para se afastar da cabeceira 

da cama e arrastar-se ao longo do leito em direção à janela. Quando 

finalmente ela chegou ao seu destino, ela abaixou-se com gratidão sobre as 

almofadas maravilhosamente grossas do assento da janela. A área era muito 

mais fria do que a sua cama, e ela saboreou o ar refrescante contra sua pele. 

Enquanto lutava para relaxar, ela levou um momento para perceber que ela 

já não ouvia os gritos do lado de fora. 

Ela rapidamente puxou as cortinas e explorou os jardins abaixo de sua 

janela. Os olhos dela rapidamente se fixaram em um trio de homens: um 

estava no chão, e dois, obviamente, Richard e Benedict, estavam frente a 

frente. Suas posturas pareciamestar muito tensa, quase pronta para lutar. 

Então, ele tinha realmente voltado. 

Ela não podia separar a raiva do alívio que corriam simultaneamente 

através de seu corpo. Por mais que o desprezasse, ela não queria vê-lo 

morto. Ferido seria bom, mas certamente não morto. 

Ela podiaestar desenvolvendo...Sentimentos pelohomem,indesejáveis 

sentimentos, mas esses sentimentos tinham sido mortalmente feridos com 

um tiro. E eles nunca teriam se desenvolvido, em primeiro lugar, se ela 

soubesse quem ele realmente era. Ela olhou para sua tipoia e ataduras e 

estremeceu. Ela não podia suportar a ideia de como o dano poderia ter sido 

pior se o atirador tivesse uma pontaria melhor. 

Na verdade, o que a assustou mais de tudo, além do fato óbvio de que 

havia um atirador, foi que toda a sua família tinha estado completamente 

vulnerável. Poderia facilmente ter sido seu irmão ou pai. Ela podia 

Adoro Romances em Ebooks -201



imaginar sua mãe e irmãs esperando tranquilamente perto do lago, sua irmã 

Beatrice pintando à distância, enquanto os gêmeos faziam colares com as 

primeiras flores. Ela podia imaginar a mãe lendo no mirante, esperando 

inocentemente pelo retorno triunfal de seu marido dos dois filhos mais 

velhos. Todos eles tinham acabado de estarassim...Vulneráveis! Nenhuma 

outra palavra descrevia realmente tão bem o seu estado. 

Seria a descontração de sua família alterada pela provação para 

sempre? Seu pai tinha ficado furioso e preocupado. Ele tinha enviado todos 

os homens disponíveis na perseguição, mas nenhum deles tinha a vantagem 

que Benedicttinha. O rosto de seu pai estavasulcado e pálido quando ele 

tinha vindo vê-la por alguns momentos antes de voltar para os estábulos 

para aguardar noticias. Sua mãe também estava ansiosa, e Evie nunca tinha 

visto seu irmão em tal estado. Ela se perguntou o que as meninas estavam 

fazendo, pois sua mãe não queria que elas a sobrecarregassem com uma 

visita ainda. 

Ela olhou para as figuras através da janela, tentando obter uma visão 

clara de suas expressões. Ela estava frustrada com a distorção do vidro, 

mas não se atreveu a abrir as janelas e alertá-los para o seu público. 

Enquanto ela observava, Richard virou-se de repente e saiu para os 

estábulos. Benedict pegou o corpo do terceiro homem antes de seguir 

Richard. Ela viu quando os três desapareceram pela porta aberta da 

estrutura, desejando desesperadamente estar a par de tudo o que eles 

estavam falando. 

Exausta, ela deitou-se sobre os travesseiros do banco. A dor de seus 

ferimentos não era mais distinta, e todo o seu corpo agora doía 

terrivelmente. 

Será que ela realmente se importavacom o que estava acontecendo 

entre os três homens? Será que algo realmente importa? O estrago já estava 

feito, e nada iria mudar isso. Suas pálpebras se tornaram insuportavelmente 

pesadas, e com um sentimento de discórdia ainda em seu coração, ela 

adormeceu. 

Benedict estava aliviado, por mais de uma razão, por ouvir que o 

médico ainda não tinha deixado o local. Ele estava começando a se 

*** 




preocupar já que Barney ainda não havia voltado à consciência, e Benedict 

realmente precisava interrogá-lo. Mas, mais importante, ele se sentiu muito 

melhor sabendo que o médico já havia tratado Evie. Graças a Deus, o 

homem havia sido trazido tão rapidamente. 

Ele fechou a porta da sala de armazenamento que serve tanto como 

uma sala de exames como uma cela de prisão. Richard, que tinha ficado em 

silêncio desde que entrou no prédio, caminhou em direção aos jardins. 

Benedictseguiu vários passos trás, não querendo forçar seu amigo 

chegando muito perto. 

A tensão se estabeleceu no estômago de Benedict como uma pedra 

quente. O que diabos ele vai dizer? Como ele ia colocar em palavras a 

experiência que mudou toda a sua vida no espaço de uma respiração? Ele 

nem sabia por onde começar. 

Era a mais cruel das ironias que Richard tenha escolhido o mesmo 

banco queBenedict e Evie tinham compartilhado na noite anterior. Em vez 

de luar,estava iluminado com forte luz solar, que deslumbrou da pedra 

branca. Ontem à noite, ele estava se escondendo e em fuga, ao passo que 

agora ele expôs quem ele realmente era. 

Ele teve que empurrar conscientemente as imagens de seu tempo 

juntos para fora de seuspensamentos para que ele pudesse se concentrar na 

conversa por vir. Flashes dela rindo de sua tolice, de sua respiração 

acelerada ao seu toque, de seus grandes e expressivos olhos azuis quando 

ele aquecia-lhe a mão, no entanto, passou pela sua mente. Ele quase podia 

sentir os lábios debaixo dele, e ele fechou os olhos contra o doloroso prazer 

dela. 

Obrigou-se a imaginá-la como ele a viu pela última vez: quebrada no 

chão da floresta, pálida, lesionada, e sem vida. As imagens terríveis fizeram 

o trabalho. Benedict estava pronto para reviver o pesadelo no qual ele tinha 

tropeçado naquela noite em Folkestone. Enfrentando Richard,Benedict 

endireitou os ombros e molhou os lábios. Seu amigo lançou um olhar hostil 

para ele e em silêncio esperou que ele começasse a falar. 

- Na noite em que eu vim até você,eu tinha tido a pior experiência da 

minha vida inteira. Fechando os olhos, ele começou com o dia em que 

deixou a escola, e não deixou nada de fora. 

*** 




- Você é um maldito agente secreto? 

Benedict se assustou com a explosão de Richard. Perdido em sua 

história, ele tinha quase esquecido que alguém o estava escutando. Ele 

piscou focando em seu velho amigo, cujo rosto estava corado e os olhos um 

pouco vermelhos. Benedict estremeceu, a culpa pela decepção de longa 

data o agrediu. - Desculpe-me, eu nunca ter te dito nada. Se isso faz você se 

sentir melhor, eu nunca disse a ninguém. Nem a minha família, nem aos 

meus amigos, nem a minha equipe. 

- Eu nem sei quem você é! Richard levantou-se do banco e começou a 

andar, passando as mãos pelo seu cabelo com força. - Deus, Evie estava 

certa o tempo todo. Ela sabia que algo estava errado sobre a gente ter 

aparecido sem avisar nada, como fizemos. Ela sabia, e ela me avisou, e 

idiota que eu era, eu desdenhei dela. Eu até ri de suas teorias. E agora ela 

está deitada na cama, ferida, danificada, machucada. Sua voz falhou. 

Benedict sabia que ele devia estar atormentado pelo pensamento de sua 

irmã ferida. Não era nada em comparação com o tormento que sentia. 

Ninguém poderia se sentir tão horrível como ele estava. 

Benedict deu um passo para frente impensadamente para confortá-lo, 

e Richard esticou o braço para detê-lo.- Não faça isso! Não se aproxime de 

mim. Você brinca de espião para o governo, fazendo de bobos os que o 

amam no processo. Você mentiu para mim; você tem mentido para mim 

por Deus sabe quantos anos. 

- Richard... - Benedict começou, mas Richard cortou. 

- Não! Eu entendiaonde você quer chegar. Sua profissão maldita o 

levou a entrar em alguns problemas ao longo do caminho. Por causa de 

seus próprios erros, você arrastou a sua família, e agora minha família, para 

a bagunça. Eu não... 

- É isso mesmo, Richard, Benedict cortou em voz alta. Ele ficou 

aliviado que Richard parou de falar e esperou, embora com um olhar mortal 

na direção de Benedict. Ele respirou fundo e continuou - Não foi a minha 

profissão que causou o problema. Isso era o que eu estava tentando dizer. 

Por favor, deixe-me terminar. Assim que eu o fizer, vou embora e eu nunca 




mais vou bater na sua porta de novo, se é isso que você quer. Ele implorou 

com os olhos para Richard ouvi-lo. 

Richard cruzou os braços e ergueu a sobrancelha esquerda, 

presumivelmente sua sugestão para Benedict continuar. 

Benedict fechou os olhos por alguns instantes com alívio e se forçou a 

desenterrar exatamente o que tinha acontecido naquela noite. Em instantes, 

ele podia sentir o ar frio e úmido em sua pele, sentir o cheiro da maresia, 

ouvir o barulho distante das ondas. Ele também podia sentir o medo 

doentio em seu estômago que ele tinha experimentado ao ouvir as vozes na 

casa de campo. Ele respirou fundo e continuou. 

- Alguns anos atrás, eu estava tentando me infiltrar em umarede de 

contrabando que operava entre Folkestone e Wimereux. Consegui e em 

alguns meses fui capaz de identificar os líderes da operação, os irmãos 

conhecidos pelos nomes de Pierre e Jean Luc Renault. Uma noite, quase 

um ano atrás, eu contatei-os, os convenci de que eu tinha um funcionário de 

alto escalão que queria vender importantes e valiosas informações, mas ele 

iria fornecer as informações apenas para o chefe da operação. 

- Os irmãos Renault eram gêmeos, e eu sabia que, aonde um ia, o 

outro viria a seguir. Quando chegaram a Folkestone a bordo do melhor 

navio o mais rápido, os nossos agentes estavam prontos e esperando. A 

maioria de seus homens foi capturada, mas na luta, Jean Luc se virou para 

mim, e eu fui forçado a matá-lo. Pierre conseguiu escapar, para desgosto 

dos meus superiores. 

Benedict arriscou um olhar para Richard, mas sua fachada de pedra 

não revelou nada.Benedict passou os dedos pelos cabelos emaranhados. - 

Durante meses, eu não ouvi nada dele, e eu pensei que ele tinha se 

enterrado em algum buraco de rato na França. Então, na semana passada, 

recebi a informação de um dos meus contatos queRenault tinha voltado 

para a Inglaterra e estava treinando uma nova equipe. 

- Depois do que aconteceu no ataque, eu não podia correr o risco de ir 

aos meus superiores, a menos que eu estivesse certo de que a informação 

estava correta. Assim, na manhã seguinte sob o manto da escuridão, eu 

montei para o lugar onde ele supostamente estava ficando para investigar. 

Meu contato estava correto. Ouvi Renault falando com outro homem sobre 

uma próxima remessa. 




Ele fez uma pausa, revivendo as emoções que tinha experimentado na 

madrugada tranquila. Depois de um momento, Richard interrompeu seus 

pensamentos errantes. - Qual é o ponto? Então você correu para este 

Renault, virou cauda, e levou-o aqui? 

Benedict sustentou o olhar e balançou a cabeça. - Eu estava prestes a 

sair para relatar minhas descobertas, quando ouvi uma voz que me parou de 

frio. Ele engoliu o nó que se alojava em sua garganta. Ele podia se lembrar 

das palavras exatas que ouviu em resposta a consulta de Renault sobre o 

próximo embarque: Eu lhe asseguro, eu pretendo ver isso feito com toda a 

pressa possível. 

- Richard era Henry. 

Richard piscou.- Henry.O seu irmão, Henry? O sanguinário Conde de 

Dennington? 

Benedict assentiu. - Deixei a cidade com o coração pesado, não sabia 

o que eu ia fazer, e decidi que precisava de tempo para pensar em tudo 

antes de tomar uma decisão. A minha principal preocupação era que eu não 

queria ser encontrado pelo Ministério da Guerra, ou qualquer um, até que 

eu saber o que ia fazer. Eu não acreditava até hoje que havia alguma 

maneira do meu irmão ou Renault saber que eu estava lá. Mas, agora ficou 

completamente óbvio que eu estava errado. 

Sua história finalmente terminou, Benedict abaixou a cabeça, 

permitindo que toda a magnitude da verdade se estabelecesse em torno 

deles como uma camada de geada no inverno. Richard não disse uma 

palavra; ele nem sequer fez um som. Benedict silenciosamente fez uma 

breve e fervorosa oração de que a verdade seria, no mínimo, suficiente para 

ajudarRichard a entender por que Benedict tinha feito o que ele fez. 

Quando finalmente Benedict olhou para cima, apreensivo, quase com 

medo do que ele iria ver no rosto de Richard,foi com uma sensação 

bastante desagradável de validação que viu o choque no rosto pálido de 

Richard. Não querendo forçá-lo de qualquer forma, Benedict esperou 

pacientemente até que Richard falou primeiro. 

- Maldição. Richard balançou a cabeça lentamente, depois olhou 

Benedict nos olhos quando ele disse de novo: - Eu não sabia. Claro, como 

eu poderia saber? Você deveria ter me dito. Poderíamos ter pensado a 

algum outro plano, que não envolveria colocar em risco a minha família. 




Richard virou-se para longe dele, caminhando vários passos e 

passando a mão pelo cabelo em agitação novamente. - Droga, Benedict! 

Poderíamos ter ido para outro lugar, em algum lugar onde não teria 

arrastado a todos que prezo para baixo com a gente. 

Ele virou-se bruscamente, cortando sua mão no ar. - Não, isso não é 

desculpa para suas ações. Lamento pela situação terrivelmenteabsurda em 

que você entrou realmente eu lamento. Mas simplesmente não compensam 

os danos que a minha irmã agora carrega, ou as lágrimas choradas pela 

minha mãe, ou a invasão que meu pai sentiuao ter seu filho agredido na sua 

própria propriedade. Falando nisso, meu pai acredita que o atacante era um 

caçador. É minha intenção que ele continue a acreditar, é simplesmente 

mais fácil e menos traumático. Eu vou deixá-lo pensar assimeu vou lidar 

com a questão inteiramente. 

Benedict estava mais do que feliz por ter a família de Richard 

acreditandonaquele cenário em particular. Embora ele duvidasse disso, era 

também a sua esperança que Evie não soubesse a extensão da suamentira. 

Sua cabeça doía ao pensar nela o odiando. Ele baixou a cabeça ligeiramente 

em um aceno abreviado, não completamente pronto para ser deixado fora 

do gancho proverbial. - Eu sei que o que aconteceu de forma alguma 

justifica ser desonesto com você e sua família, mas eu só queria que você 

soubesse o que vem acontecendo na minha vida, e o que me fezprocurar 

você para pedir ajuda, embora não sendo honesto com você. 

Benedict levantou os ombros e disse simplesmente: - Era o meu 

irmão. Eu não estava pensando direito. 

Richard caminhou lentamente de volta para ele. Benedict desejou 

saber o que o homem estava pensando. Ele só olhou tão... Derrotado. 

Deus,Benedict sentiu como se fosse o inferno. Ele desejou que 

houvesse alguma maneira de desfazer tudo o que tinha acontecido. - Eu 

profundamente, profundamente lamento minhas ações. Eu queria nunca ter 

vindo com este plano ridículo, inventado em um piscar de olhos. E eu 

pensei que sua família estava fora até que chegamos não que isso torne as 

coisas melhores. Eu espero que você acredite em mim quando eu digo que 

se eu tivesse tido qualquer indicação que seria seguido, que você corresse 

qualquer perigo, eu nunca teria vindo pra cá. 

A figura machucada de Evie se materializou em sua mente de novo, 

exatamente como ele a tinha visto pela última vez, deitada de bruços no 




chão da floresta. Era uma dor física para ele; ele levou sua mão primeiro 

para o peito e depois para a cabeça em uma vã tentativa de aliviá-la. Ele 

desejou que pudesse ir até ela, para vê-la inteira acordada. Tudo o que ele 

realmente queria no mundo era que ela estivesse saudável e vibrante de 

novo, do jeito que ela tinha estadona noite passada,quando haviam se 

sentado no banco ao luar. 

Um milhão de anos atrás. 

- O que você vai fazer agora? Richard caiu exausto no banco, 

colocando o cotovelo no joelho e apoiando o queixo na mão. 

- Eu preciso acabar com isso. Eu não vejo que eu tenha outra escolha. 

Eu aceitei o fato de que meu irmão é um bastardo traiçoeiro. Ele passou a 

mão sobre o rosto. Encolhendo os ombros, ele continuou.- Eu preciso 

encontrar meu irmão e prendê-lo. Eu ainda sou um oficial da Coroa, e é 

meu dever entregar qualquer traidor que eu descobrir. 

Richard sentou-se reto. - Entregá-lo? Por traição? Benedict, sua 

família será arruinada! O título será perdido, e você e sua família nunca 

mais vão ser capazes de pôr os pés na sociedade refinada de novo. 

E lá estava ela, a verdadeira razão de ter levado tanto tempo para 

chegar a umadecisãosobre o que ele tinha que fazer. 

Ele podia ver a percepção aparecendo no rosto de Richard. Benedict já 

tinha pensado em tudo isso. Voltarcom Henry seria uma sentença de morte 

para sua família. O título, as terras, a renda e qualquer respeito que ele ou a 

sua família, uma vez exigiu iria se dissolver como açúcar em água fervente. 

Mas ele não era um hipócrita. Se o seu irmão estava envolvido em 

atividades ilegais, não poderia tratá-lo de forma diferente do que ele faria 

com qualquer outro criminoso que tinha denunciado ao longo dos anos. 

Ele só desejava apenas ter deixado antes essa caçada sangrenta. 

A raiva subiu mais uma vez dentro dele, e usou toda a sua força de 

vontade para não esmurrar o objeto inanimado mais próximo. Ele 

particularmente queria espancar o canalha inconsciente que trouxe o 

conflito para Hertford Hall. Claro, era o seu próprio irmão que ele 

realmente queria pegar. 

A traição queimava no fundo de seu intestino. Depois de dedicar anos 

para proteger os cidadãos britânicos e a segurança nacional, o seu próprio 

irmão estava jogando tudo o que ele amava ao vento. Henry tinha colocado 

o ganho monetário à frente de todos os outros, e para quê? Ele já tinha um 




título, terras extensas, várias casas, e criados em grande quantidade. 

Mesmo que ele estivessefalido, não era nada que com um bom 

gerenciamento da propriedade e apertandoalguns cintos não se poderia 

consertar. Ou, se tudo o mais falhasse, havia uma verdadeira pletora de 

herdeiras que ficariam felizes em engordar seus cofres em troca do título de 

condessa. 

Benedictse lembrou do seu irmão mais velho, com joias e roupas 

finas, comprando a melhor carne de cavalo e meios de transporte, 

estocando suas adegas e armários de licor com as variedades mais antigas e 

mais raras. Com escárnio percebeu que Henry nunca pessoalmente nunca 

se sacrificou para o bem dos outros, especialmente os moradores humildes 

de suas terras. Ele nunca iria desistir de qualquer um de seus próprios 

confortos, independentemente da necessidade ou obrigação. 

Com uma expressão grave e um coração que se sentiu como se tivesse 

sido esculpido em mármore desmoronando, Benedict olhou seu amigo nos 

olhos. - Eu não tenho escolha, Richard. Meu irmão tem que pagar por suas 

transgressões. 

Richard segurou o olhar dele por um momento, então suspirou 

profundamente. - Você tem que fazer o que acha que é certo. Espere até 

que estebastardo acorde para que você possa interrogá-lo. Diga Dunley o 

que você precisa. E pegue Brutus, ele irá atendê-lo bem até que você poça 

recuperar Sansão. 

Richard levantou-se e diminuiu a distância entre eles. Ele parou a 

poucos metros de Benedict, a hesitação ea incerteza escrita em seu rosto. 

Por fim, ele limpou a garganta.- No entanto eu sinto por você agora, eu 

espero que você não se mate. 

Benedict sorriu sem graça. - Isso faz de nós dois. 




Capítulo Vinte e Três 

Meu maior arrependimento é que eu não pude encontra-la antes, mas 

o momento da minha partida não é a minha escolha. Você pode me 

perdoar? 

De Hastings para Evie, jogou na lareira antes mesmo endereçada. 

Evie olhou para a sólida e irritantemente imóvel porta talvez pela 

centésima vez na última hora. Por que seu irmão não veioaté ela? 

Pareciamanos desde que ela tinha visto Richard e Benedict desaparecerem 

nas cavalariças, e ela estava ansiosa para descobrir o que havia acontecido 

entre eles. 

Esticou o pescoço de um lado para outro, estava rígida e dolorida por 

ter dormido no assento da janela. Ela provavelmente ainda estaria lá, se a 

empregada não a tivesse acordado cacarejando como uma galinha mãe com 

ela e ajudado Evie a voltar para a cama. Evie havia extraído a promessa de 

Morgan não contar amãe sobre o incidente, graças a Deus, e para buscar 

Richard. 

Foi difícil conter a vontade de ir encontrar seu irmão por si mesma, 

quando ele não tinha vindoatender a sua convocação. Ela soltou um suspiro 

impaciente e tentou se concentrar no livro em suas mãos de novo. Ela 

estava olhando para a mesma página por meia hora e ainda não tinha ideia 

do que estava escrito nele. 

Finalmente, verificou-se uma batida de leve na porta. Jogando o livro 

de lado, ela gritou: - Entre! 

Empurrando a porta aberta uns poucos centímetros, Richard enfiou a 

mão e acenou com um lenço branco pra lá e pra cá. - Eu vim em paz. 

Apesar da melancolia em sua voz, suas travessuras ganharam um 

suspiro de Evie. Balançando a cabeça, ela gritou: - Oh, venha aqui. 

Ele empurrou a porta para entrar e caminhou para sua cabeceira. Ele 

parecia cansado e tenso, mas conseguiu esticar os lábios em um arremedo 

de sorriso, ele se aproximou dela. Puxando para perto sua cadeira, sentouse 

com os joelhos quase tocando o colchão, ele perguntou: - Esta tipoia é 




realmente a ultima moda. Eu acredito que pode ser o início de uma 

tendência. 

Ela sorriu com sua tentativa, mas indiferente ao humor. - Ah sim, 

prefere enquadrar o rosto, não concorda? 

- Absolutamente. Ele se inclinou ligeiramente. - Como você está se 

sentindo? 

- Terrível. Dolorida, com certeza. 

- Eu suponho que é de se esperar. Pelo menos não está mais tão 

terrivelmente quente aqui. 

- Sim, eu estou muito mais confortável agora. 

Um momento estranho de silêncio pairou entre eles. Ela não tinha 

certeza de como perguntar a ele o que ele e Benedict haviam discutido. 

Então, eu estava espionando você e percebi que você e Benedict estavam 

envolvidos em uma discussão. O que foi aquilo? Especialmente quando ela 

tinha estado tão zangada com ele a última vez que eles tinhamconversado. 

Ela ainda estava com raiva, mas no momento, ela estava mais curiosa. 

Curiosidade sempre superou qualquer outra emoção em seu livro. Ela 

ofereceu-lhe um pequeno sorriso e pegou sua mão. 

- Estou me sentindo um pouco confinada aqui, engaiolada como uma 

galinha manca. O que está acontecendo no mundo lá fora? Qualquer 

palavra de Benedict? Por mais que tentasse as palavras não soaram tão 

casuais quanto ela esperava. Na verdade, elas pareciam cair por terra com 

um baque audível. 

Os músculos ao redor dos olhos de Richard se apertaram, e ele apertou 

a mão dela. Todos os traços de jovialidade tinham ido embora quando ele 

respondeu. - Ele foi embora daqui. Não há necessidade de se preocupar 

ainda mais. Duvido que ele vá cruzar seu caminho novamente. 

Excelente. Perfeito. Exatamente o que ela esperava ouvir. 

Ela balançou a cabeça rapidamente em reconhecimento e mentalmente 

lavou as mãos para o homem. Pelo menos ela tentou. Oh, quem ela estava 

enganando? Se essas eram as palavras que ela queria ouvir, por que seu 

estômago estava embrulhado em reação à notícia? Se ela realmente não 

tinha vontade de vê-lo novamente, a simples menção de seu nome não iria 

enviar um arrepio de excitação para a parte de trás do seu pescoço. 

Se o que Richard disse era verdade, ele não estava voltando. 

Nunca mais. 




Bem, claro que não, por que deveria? Eles mal se conheciam, 

diferente dascartas e bastava olhar para todos os problemas que a sua visita 

tinha causado a sua família. Pensou em seu passeio juntos pela 

propriedade...de suas mãos segurando-a pela cintura e levantando-a para 

ele, então, demorando um pouco mais do que deveriam. Seus dedos 

formigavam com o pensamento de sua respiração acariciando sua pele nua 

ontem quando eles se sentaram sob as estrelas. E depois haviam os beijos 

cada vez mais doces e apaixonados. 

Fechando sua mão em um punho, ela não pôde deixar de perguntar: - 

Onde ele está indo? 

Richard ficou em silêncio por alguns segundos, olhando pela janela 

para o anoitecer. - Ele foi encontrar seu irmão. 

Suas sobrancelhas se juntaram. - O conde? O que ele tem a ver com 

tudo isto? O disparate sobre o francês foi uma mentira também? 

- Muita coisa, na verdade. Ele soltou um suspiro reprimido e pousou o 

queixo na palma da mão, o cotovelo apoiado no joelho sem graça. - É tudo 

muito complicado. Sim, Benedict mentiu para nós, mas ele estava passando 

por uma provação muito séria e só queria ter um pouco de paz para 

trabalhar com isso. Ele nunca imaginou que iria trazer problemas à nossa 

porta. 

Ela sentiu uma pequena onda de riso histérico subir. - Problemas? 

Sem problemas! Somente um pequeno acidente, isso é tudo. Realmente, 

nada mais que um ferimento superficial.E para tornar o dia ainda melhor, 

as lágrimas arderam em seus olhos mais uma vez. Brilhante. 

Realmente, ela se orgulhava de sua capacidade de manter a 

compostura, e aqui estava ela se rasgando por um homem muito estúpido, 

que não tinha feito nada mais do que colocar sua vida de cabeça para baixo, 

duas vezes. Ela engoliu o caroço alojado em sua garganta. 

- Oh, Pequena, não chore. Ele não vai voltar aqui. Ele não vai lhe 

causar dor nunca mais. 

Richard queria dizer as palavras como confiança, mas por alguma 

razão inexplicável, só causou mais tristeza dentro dela. Ele 

desajeitadamente afagou-lhe a mão para confortá-la e disse: - Eu sinto 

muito que você teve que passar por isso. Por que você não descansa um 

pouco agora? 




Ela assentiu com a cabeça, dando uma fungada. Ela não queria 

descansar, mas ela realmente não queria Richard sentado lá para vê-la 

chorar como uma boba. Ela engoliu em seco novamente, e disse: - 

Descansar seria bom. Obrigado por ter vindo me ver. E, por favor, me 

mantenha atualizada sobre... qualquer coisa. 

Richard levantou-se e beijou-lhe a testa antes de sair. Ele pegou o 

lenço do bolso e ofereceu a ela com um meio sorriso. Ela aceitou com 

gratidão o lenço oferecido e rapidamente começou a limpar as lágrimas. 

Enquanto ela o observava seu recuo para trás, ela esmagou o quadrado fino 

de linho em seu punho e desejou parar seu choro tolo. 

Era mais fácil dizer do que fazer. 

Enquanto o crepúsculo dava lugar à noite eo ar ficavafrio, Benedict 

permaneceu imóvel entre o emaranhado de árvores onde ele estava 

escondido durante a maior parte daúltima hora. Seus olhos estavam 

treinados na luz bruxuleante derramadas de uma das janelas do segundo 

andar. Quando ele tinha deixado o estábulo horas antes, ele tinha feito o 

caminho para a aldeia, mas de repente girou com Brutus e correu de volta. 

Ele não tinha sido capaz de ir embora. 

Ele simplesmente não podia ir embora sem vê-la primeiro. 

Após o longo e cansativo dia, a família aparentemente se recolheu 

mais cedo. Uma a uma, as luzes nas janelas foram apagadas, até que apenas 

um se manteve, Evie. Era agora ou nunca. 

Com Brutus amarrado firmemente nas proximidades, Benedict partiu 

a pé em direção à casa. Ele se manteve abaixado, enquanto corria pelo 

gramado e contornava os estábulos. 

Tanto quanto ele sabia, Barney permanecia firmemente dentro da sala 

de armazenamento onde ele o havia deixado horas antes. Demorou quase 

uma hora, e alguma insistência menos do que gentil, mas Benedict 

finalmente extraiu a informação de que precisava de um assaltante que 

virou informante grogue e com dor. 

O que ele ficou sabendoera pior do que o inicialmente esperado: seu 

próprio irmão tinha contratado Barney para vir atrás dele. Benedict tinha 

sido visto na aldeia por um dos homens de Renault, fugindo na escuridão 

*** 




da madrugada, como se os cães do inferno estavam em seus calcanhares. 

Temendo que Benedictfosse estragar as coisas para ele, ele tinha enviado 

Barney para fazer com que Benedict fossesilenciado. 

Havia alguma sido deixada alguma humanidadeno homem que tinha 

brincado a seu lado como uma criança? 

De acordo com Barney, seu irmão estava realmente bastante perto. O 

homem tinha falado de uma reunião em um pub que tinha ocorrido há 

vários dias. Henry foi aparentemente ficar em uma mansão pouco usada, 

que servia como pavilhão de caça em uma de suas propriedades mais ou 

menos a meio caminho entre Hertford Hall e London. Benedictconseguia 

lembrar vagamente de visitar o local quando ele tinha cerca de oito ou nove 

anos antes do novo pavilhão ser construído onde as áreas de caça eram 

mais ricas em uma de suas outras propriedades. 

Quando ele saiu da sala de interrogatório, ele foi surpreendido ao 

encontrar Richard a espera nos estábulos. Com o rosto sombrio, ele deu um 

breve aceno de cabeça. Richard ofereceu um simples: - Boa sorte, antes de 

voltar para a casa, deixando Benedict para fazer os planos que precisava 

para partir. Benedict apreciou tanto o sentimento, bem como ausência de 

interferência de Richard. Não que ele poderia imaginar Richard sair 

correndo para ajudá-lo após o tumulto que havia causado, mas ainda assim 

ele estava feliz em ser deixado por sua própria conta, isto era algo que tinha 

que fazer sozinho. 

E agora aqui estava ele, indo atrás do homem de novo. Droga, se ele 

não estava realmente começando a odiar a si mesmo. Mas ele não podia ser 

ajudado, ele simplesmente tinha que vê-la com seus próprios olhos, para se 

certificar de que ela estava se recuperando e sendo cuidada, antes que ele 

pudesse continuar. 

Quando ele se aproximou da casa, decidiu tentar as portas para a 

biblioteca. Ele cuidadosamente, calmamente tentou a maçaneta, 

surpreendentemente estavaaberta. Quem teria pensado que a sorte estaria 

com ele pela primeira vez? Silenciosamente, ele abriu a porta e entrou. Ele 

andou pela casa, subindo as escadas e pelo corredor até a porta do outro 

lado do quarto de Richard. 

Ele fez uma pausa, com o coração batendo em seus ouvidos quando 

respirou calmamente e levantou a mão para a maçaneta de latão e torceu. 




Evie devia estar dormindo. 

Ela mudou de posição na cama, em uma vã tentativa de se sentir 

confortável. Era tarde, e ela tinha sofrido com um dia bastante horrível e 

desgastante. Seu ombro, embora bastante melhor, ainda doía como o diabo, 

ea dor latejante de suas costelas deixava qualquer posição desconfortável. 

O sono iria oferecer alívio, mas ela simplesmente não conseguia acalmar 

sua mente o suficiente para descansar. 

O livro que ela tentou ler provou ser inútil como uma distração e 

agora estava descartado na cama ao lado dela. Realmente, ela não sabia 

tinha se incomodado. Sua mente estava tão preocupada, o pensamento de se 

concentrar em algo tão trivial como uma novela foi realmente muito 

ridículo. 

Com um suspiro, ela inclinou-se para soprar a vela, quando um 

barulho na porta a fez parar. 

O que foi isso? 

Ela pensou que toda a sua famíliajá estava na cama. Ela ficou em uma 

posição mais ereta e olhou em confusão momentânea quando a porta foi 

aberta. 

Oh Meu Deus, será que o atacante escapou? O medo percorreu-a 

quando uma figura escura entrou no quarto. Ela suspirou, eo som fez com 

que o intruso se virasse para encará-la. 

Benedict! 

Ela instintivamente sentou-se, então, gritou com a dor no seu ombro. 

Benedict correu através do quarto para ela. 

- Evie, ele sussurrou ferozmente, olhando angustiado, - você está 

bem? 

Ele estava ao seu lado em momentos, cobrindo seu rosto com as mãos, 

como se fosse completamente normal para ele fazê-lo. O calor de suas 

mãos contra sua pele surpreendeu-a, e por alguns segundos, sua mente 

ficou completamente em branco. Nesse momento, sentiu o seu toque suave, 

maravilhoso... Certo. 

A pontada no ombro quando ela começou a levantar a sua mão para 

cobrir dele foi como um balde de água gelada. O choque deu lugar à raiva e 

*** 




ela puxou o queixo pra longe. Ele imediatamente deixou cair as mãos na 

cama e se endireitou. 

- O que você está fazendo aqui?Ela sussurrou. Quem ele pensava que 

era andando em seu quarto como se fosse o dono do lugar? - Você não 

deveria ter vindo. 

Os nervos do homem! 

Ela pegou as cobertas com a mão direita e puxou-as até o peito. 

Graças a Deus ele não tinha como saber que seu estômago estava dando 

cambalhotas em tê-lo em seu quarto. Era quase doloroso para ela olhar para 

sua expressão ferida. 

- Sinto muito.Eu sei que não deveria estar aqui, disse ele, afundandose 

no colchão. - Eu tinha que te ver, para me certificar de que você está 

inteira. 

Ela fez uma careta. - Por pouco, não graças a você. Ela se esforçou 

para colocar algum espaço entre eles, era muito difícil se concentrar com 

ele sentado tão perto, olhando para ela do jeito que estava, como se ele 

realmente se importasse com ela. 

- Eu sei, é tudo culpa minha. Ele passou a mão sobre os olhos, 

cansado. Tudo é culpa minha. Eu não teria vindo, mas eu fiz uma promessa 

que eu iria explicar tudo, e eu quero fazer valer essa promessa. E eu queria 

dizer adeus. 

Seu temperamento esquentou. Ele veio para dizer adeus, não é? Para 

salvar sua consciência antes de ir embora? Bem, ele estava sem sorte. - 

Você deveria ter partido, esta é a verdade. Eu não posso acreditar que já 

confiei em você Benedict ou Hastingsou o que diabos você está se 

chamandohoje. 

- Eu sei que eu menti para você, Evie. 

- Sim, eu também. Eu não tinha percebido o quanto você estava 

mentindo 

Ele fixou seu olhar escuro diretamente sobre ela, inabalável à luz das 

velas, e ela tentou ignorar a sinceridade que ela viu em seus olhos. - Eu não 

posso te dizer o quanto estou triste por ter sido falso com você e sua 

família. Não é possível para eu expressar a magnitude do meu 

arrependimento. Tudo o que posso dizer é que eu realmente sinto muito, 

Evie. 




Ela estava amolecendo em relação a ele, e de repente ficou furiosa. - 

Desculpas não podem ajudar meu ombro, Benedict. Desculpas não podem 

desfazer o medo ea ansiedade que minha mãe e meu pai tiveram hoje. Você 

despertou problemas em algum lugar, e então veio correndo para se 

esconder como uma criança atrás das saias da mãe. Se você tivesse alguma 

honra, você teria enfrentado os seus problemas de frente, não teria trazido 

para nossa porta. Você é um covarde, mentiroso e uma fraude completa. 

O rosto de Benedict empalideceu consideravelmente, com a raiva que 

sentia era como se tivesse mergulhado um punhal no coração dele. Ela 

colocou as mãos trêmulas sob a colcha. 

- Não é tão simples assim. Eu vim para explicar por que eu vim pra cá, 

ele murmurou com uma expressão encoberta. 

- Ah, não precisa. Meu irmão explicou tudo. 

- Tudo? Ele parecia incrédulo. Ele não deve ter pensado que Richard 

contaria seus segredos. - Você sabe sobre o meu irmão? 

- Sim, sim, disse ela, acenando com a mão desconsiderando. - Seu 

irmão, a França, o homem com uma rixa. Eu lhe asseguro, ele explicou 

tudo. 

Algo em sua expressão mudou, como uma vela que está sendo 

apagada. Suas feições tornaram-se mais duras, ele ficou mais abatido quase 

diante de seus olhos. Ela olhou para baixo, focando a maldita tipoia. Ela 

não deveria se sentir mal, ela era a pessoa que tinha sido injustiçada. 

- Certo. Ele se levantou e olhou para ela. - Se eu tivesse que fazer tudo 

de novo, eu teria feito exatamente como você disse. Mas eu fiz as minhas 

escolhas. Eu tenho que viver com as consequências. 

- E, aparentemente, assim como eu, disse ela. A dor que ela viu em 

seu rosto era de partir o coração, mas ela simplesmente não podia deixar 

passar a enorme sensação de traição. - Deus, Benedict, você já partiu meu 

coração uma vez. Por que você teve que fazer isso de novo? 

- Nunca foi minha intenção te machucar. Sua voz era feroz e baixa. - 

Quando eu era jovem, eu lidei com coisas terrivelmente erradas. Agora... 

Bem, agora eu sou apenas um bastardo. 

Ela não ia discordar dele. - Por que você não vai? 

- Eu vou. Eu sou.Obviamente não é de nenhuma utilidade para você, 

mas eu precisava oferecer minhas desculpas. Mesmo que seja tarde demais 

para desfazer a dor para você e sua família, vou fazer o que puder para 




acertar tudo.Quase para si mesmo, ele acrescentou,- não importa as 

consequências. 

Ele se levantou e trocou olhares com ela. Ela sentiu seu olhar todo o 

caminho até os dedos dos pés, que involuntariamente enrolaram com a sua 

proximidade. Depois de um momento, ele baixou a cabeça e disse 

calmamente: - Não vou incomodá-la novamente. Tenho apenas uma 

sugestão. Se você ainda tem aquela última carta que lhe enviei, olhe outra 

vez. Meu arrependimento estava lá para você todo o tempo; você tinha que 

ler nas entrelinhas. 

O simples pensamento de ler a carta dilacerante novamente virou seu 

estômago. Ela desviou o rosto dele, fechando os olhos para não vê-lo ir 

embora. Passos lentos o levaram embora. Quando a porta se fechou, ela 

abriu os olhos e, olhando para o lugar em sua cama, onde ele tinha sentado 

e de repente sentiu-se vazia e sem rumo. 

Por que ele tinha que dizer tal afirmação estranha de despedida? Isso 

não importa.Ele se foi, e ela não queria pensar nele novamente. Inclinandose, 

ela apagou a vela. Quando ela estava de volta na escuridão, ela tentou 

bloquear a imagem de sua expressão aflita quando ela o chamou de 

covarde. Não era justo que ela tivesse sido a única prejudicada, ainda, de 

alguma forma a simpatia continuou surgindo por trás de sua raiva. Era 

melhor que ele tivesse ido embora agora. Ela nunca teria de se preocupar 

com o homem novamente. 

Deitado na cama dura e com um pouco de cheiro de mofo de uma 

pousada à uma hora de Hertford Hall, Bendictmanuseou um pedaço de 

tecido em suas mãos, pensativo. O monograma ricamente bordado com fio 

de prata estava muito mais desgastado desde que Richard tinha entregado a 

Benedict mais cedo naquele dia, quando ele tinha arranhado seu rosto. A 

mancha de sangue causada pelo ramo agora era indistinguível da variedade 

de manchas que lenço tinha sofrido desde então. Imaculado só algumas 

horas antes, agora estava completamente em farrapos 

Muito apropriado. 

*** 




Benedict saudou a raiva queimando lentamente que atravessou o seu 

sangue como um veneno. A condição do lenço estava igual a de sua vida 

pessoal, e, com exceção de si mesmo, havia apenas uma pessoa para culpar. 

Henry. 

Ele ainda estava tendo dificuldade em se confrontar com a 

profundidade da traição de seu irmão. Já era ruim o suficiente quando seu 

irmão estava envolvido apenas no contrabando. Era quase além da 

capacidade de Benedict compreender que Henry tinha enviado um 

assassino atrás de sua própria carne e sangue, a fim de manter suas 

atividades desprezíveis em segredo. 

Como poderia Henry ter descido tão baixo? 

Benedict nunca tinha sonhado que seu irmão pudesse ir a tais 

extremos. Quando Benedict havia fugido, ele nunca considerou que seria 

Henry, seu próprio irmão que iria rastreá-lo como um animal. 

Deus, ele tinha sido tão cego. 

Com um suspiro profundo, ele enfiou o tecido no bolso do paletó e 

estendeu-se no colchão, tentando ficar confortável o suficiente para ter 

algumas horas de sono. Normalmente, demorava um pouco para ele pegar 

no sono, mas com o cansaço pesando sobre todo o seu corpo, ele estava 

mais preocupado em acordar do que adormecer. 

Seu irmão estava a poucas horas de distância. Se Benedict tivesse 

forçado, ele poderia terchegado ao amanhecer. Não o faria, no entanto. 

Infelizmente, ele admitiu que, descansando ele estaria mais bem preparado 

para o encontro. Ele se irritou bastante por ter que parar a noite, mas ele 

precisava dormir. 

Desesperadamente. 

Seu corpo estava gritando por uma pausa depois da intensidade do dia. 

E após o confronto com Evie, suas emoções precisavam de uma pausa. Seu 

corpo ansiava por um banho quente para relaxar seus músculos doloridos, 

mas ele se preparou para os confortos duvidosos da cama dura. 

Quando ele relaxou cada um de seus músculos, por sua vez, 

estimulando seu corpo a ceder ao sono, ele não poderia ajudar, mas se 

perguntou se Evie estaria pensando nele. Ela deve estar amaldiçoando o dia 

em que coloquei os olhos nela. 

Ele pensou que se ela sabia sobre a traição de seu irmão, ela podia de 

alguma maneira, entender como Benedict conseguiu segurar a verdade em 




seu peito. Em vez disso ela foi apenas tão...irreverente. Uma pequena parte 

dele, em algum lugar lá no fundo, tinha morrido um pouco. Qualquer 

esperança de que ela pudesse entendê-lo, de que ela poderia, pelo menos, 

não odiá-lo, tinha estalado e morrido. 

Tudo o que restava era a escuridão. 

Ele desejou que houvesse alguma maneira de ter tudo, justiça, amor, 

felicidade, honra. Se isso fosse possível, ele iria lançar-se a seus pés e 

implorar por misericórdia e perdão. Ele endureceuquando um peso estranho 

se estabeleceu em seu peito. Amor.Meu Deus, ele estava apaixonado por 

ela. Ele respirou lentamente, deixando a compreensão lavá-lo como água 

da chuva. 

Ele faria tudo o que podia fazer para acertar as coisas de longe. Ele 

não a merecia, e Deus sabia que ela provavelmente o odiava, mas isso não 

significava que ele iria parar de lutar por ela. 




Capítulo Vinte e Quatro 

Como você pode ser tão cruel? Eu estou quase pensando em não ir 

vê-lo de todo. No mínimo, vou negar-lhe o meu sorriso durante a 

cerimônia. Ninguém deve estar sorrindo para você, mas pelo menos um 

deve estar certamente franzindo a testa. 


Na manhã seguinte, o dia amanheceu tão escuro e sombrio como o 

humor de Evie. O vento tinha chutado para cima e as nuvens tinham 

fechado erradicando quaisquer vestígios dos belos dias que haviam 

apreciado naquela semana, antes do caos, é claro. Evie queria andar pelo 

quarto dela como ela sempre fazia quando estava em desacordo, mas é 

claro que ela ainda estava presa na cama dela, uma prisão tão eficaz como 

Newgate. 

O único vislumbre de boa notícia foi que a dor em seu ombro e 

costelas tinha diminuído mais do que o esperado. Ainda doía quando ela se 

movia, mas a ausência da maior parte da dor física constante deixou sua 

mente livre para explorar toda a dor emocional envolvendo-a como 

Londres em nevoeiro. Seus pensamentos estavam centrados diretamente 

sobre o mentiroso desprezível que os tinha deixado ontem. Como poderia 

ele ter tão descuidadamente trazido perigo à sua porta? Como ele poderia 

ter pensado ser aceitável mentir para a sua família? Para ela? 

Ela fechou os olhos. Esse era o ponto crucial da questão. Ela tinha de 

alguma forma permitido que ele se metesse em suas afeições. Ela abriu um 

olho. Ela supôs que essa declaração não era totalmente precisa. Se ela fosse 

honesta consigo mesma, ela sabia que ele tinha tentado evitar suas 

atenções, pelo menos no início, e ela tinha sido a única persistente. 

Como uma tola, ela achava que havia algum tipo de mistério 

emocionante por trás da fachada legal, um grande romance, o belo estranho 

desapareceu tragicamente, talvez. Ela cobriu o rosto com a mão e esfregou 

os olhos. 

Que tola, boba, pequena idiota. 




Suspirando, ela deixou cair a mão e tamborilou com os dedos sobre o 

colchão, meditando. Embora ela evitasse, ela se perguntou o que o traidor 

estava fazendo agora. Ele estava certamente fora para enfrentar seu inimigo 

e tentar levar o homem à justiça. A vibração de medo percorreu-a quando 

ela imaginou o encontro. Como é que o seu irmão se encaixava na 

situação? E se houvesse mais pessoas atrás dele, mais pessoas dispostas a 

matá-lo onde ele estaria? E se ele já estivessemorto? 

Ela parou com essa linha de pensamento e fez algumas respirações 

para seacalmar. Pelo amor de Deus, ela o tinha visto apenas na noite 

passada. E realmente, para alguém que estava tão zangado ela estava muito 

preocupada com ele. Ela não conseguia superar a incômoda sensação de 

que algo terrível estava para acontecer, ou já tinha acontecido, a Benedict. 

Ele não estava em busca de um assassino? 

Ela deu umapequena sacudida na cabeça. Não era para ela se 

preocupar, ele tinha feito sua cama; agora podia deitar nela. Ela tinha 

outras coisas em que pensar. 

Ela ouviu umabatida de leve na porta, e gritou: - Entre, à espera de ver 

Morgan a esta hora da manhã. 

Em vez disso, sua mãe abriu a porta e deu um sorriso hesitante. - Oh 

bem, você está acordada. Eu não queria incomodá-la, mas eu queria ver 

como você estava se sentindo esta manhã. Ela virou-se para fechar a porta 

antes de caminhar para a cabeceira de Evie. Seu vestido cor champanhe 

sussurrou lindamente quando ela se aproximou e abaixou-se graciosamente 

para a cama. 

- Bom dia, mamãe, Evie ofereceu um sorriso indiferente.- Não 

completamente terrível. Quando eu movimento meu ombro dói um pouco, 

mas o resto da dor está bem mais fraco esta manhã, graças a Deus. Atipoia 

segurando o seu braço no lugar já estava deixando-a louca, mas pelo menos 

o nó em sua cabeça tinha diminuído. As contusões ao longo de seus braços, 

no entanto, estavam florescendo em todos os tipos de cores 

impressionantes. Ela fez uma careta, não era uma aparência atraente. 

- Bem, eu estou aliviada ao ouvir que você está se sentindo um pouco 

melhor.Ela passou a mão sobre a testa de Evie. - Não importa qual...cores 

que você tenha esta manhã. 

Evie fez uma careta. Ela não estava olhando para frente para 

osestágios de amarelo doentio que iriam seguir os roxos vivos e azuis. 




A mãe hesitou um instante, depois limpou a garganta. - Seu pai e eu 

temos conversado, e decidimos que o melhor é ficar em Hertford até que 

você esteja curada. Sua mãe fez uma pausa e fixouos olhos cinzentos 

inflexíveis em Evie. - Uma vez que você estiver melhor, vamos todos para 

Londres para a temporada. Como uma família. 

E assim de repente, seus sonhos foram arrebatados dela. Evie piscou 

rapidamente, lutando para manter a compostura. Outro buraco se abriu em 

seu coração,exatamente ao lado do local onde Benedict já havia 

ocupado.Ela ia perder tudo de uma vez? - Mas, Mamãe... 

Sua mãe levantou uma mão firme. Seus olhos brilhavam como aço sob 

a luz fraca da manhã nublada.- Nada de, mas. É hora de deixar para trás 

essa tolice. A vida nos estábulos e em cima de um cavalo não é vida para 

uma senhora. E eu vi você esta semana. Eu vi o jeito que você olhou para o 

Sr. Benedict. Você não está tão desinteressado na perspectiva do casamento 

como você quer nos fazer acreditar. 

Um alarme brotou dentro dela, e ela se esforçou para sentar-se ereta. - 

Você não pode... 

- Sim, eu posso, interrompeu. - E eu vou. Seu pai e eu concordamos, 

Evie. Queremos o melhor para você, e você não vai achar ninguém 

escondida aqui no Hall. 

Seu tom não admitia discussão, e Evie não estava em condições de 

lutar. A mãe dela se levantou e apertou os lábios frios na testa de Evie.- 

Você pode ficar com raiva de nós agora, mas um dia você vai nos 

agradecer. 

Quando sua mãe se endireitou, a porta se abriu. 

- Perdão minha senhora, eu não sabia que você estava aqui, exclamou 

Morgan, mergulhando numa rápida reverência. Ela equilibrava uma 

bandeja entre o quadril e na mão esquerda, a mão direita ainda descansando 

na maçaneta. Seus olhos voando e para trás entre Evie e sua mãe, ela sentiu 

claramente a tensão. 

- Está tudo bem; eu estava de saída,Mama respondeu. Voltou-se para 

Evie.- Descanse querida. Eu estarei de volta para verificar mais tarde, 

depois de eu ter atendido algumas coisas. 

Quando a mãe de Evie saiu, Morgan largou a bandeja e foi abrir as 

cortinas. Evie observou-a em silêncio. Tão abatida com suas emoções, ela 

não podia se imaginar aparentando alegria. 




Foi tudo em vão. Todo o seu trabalho duro, todos os seus argumentos 

cuidadosos e bem-definidos, todos os planos foram arrebatadosde uma só 

vez. A fúria consumia dentro dela, e ela sabia que havia apenas uma pessoa 

para culpar: Benedict Hastings 

*** 

Benedict acordou em uma corrida. Em um momento ele estava 

inconsciente; no seguinte, ele estava sentado na cama, ofegando com o suor 

escorrendo da testa. Ele lentamente se tornou ciente de onde ele estavaum 

quarto anódino, desconhecido em uma pousada no caminho para enfrentar 

o irmão. Ele deitou-se,aspirando lenta e profundamente, e enxugou a 

umidade da testa com as costas da mão. 

Ele pegou seu relógio na mesinha ao lado da cama e olhou para o 

mostrador na penumbra. Eram sete horas. Se ele selou seu cavalo e saiu no 

próximo quarto de hora, ele poderia estar na propriedade Dennington já ao 

meio-dia. Apesar de sua exaustão, ele queria chegar o mais depressa que 

possível. 

Caramba, como tinha chegado a este ponto? Um peso pesado, chumbo 

estava em seus ombros. Não havia nada sobre o dia que estava vindo, 

inferno, o futuro era previsível, ele olhou para frente. Ele empurrou as 

cobertas para o lado e sentou-se, colocando os pés descalços no chão de 

madeira frio. Ele ficou lá por um momento, passando as mãos pelo cabelo 

úmido antes de massagear os músculos tensos no pescoço. 

Era isso. 

Ele ainda não tinha decidido o que iria realmente fazer uma vez que 

estivesse cara a cara com Henry. Ele supôs que iria depender da reação de 

Henry a ele. Na melhor das hipóteses? Ele balançou a cabeça. Não havia 

melhor cenário. Essa opção tinha ido encerrado quando Henry decidiu 

atacá-lo. Então, qual era a alternativa mais palatável? Essa era a nova 

pergunta. 

Ele se levantou, acendeu uma vela, e jogou um pouco de água fria na 

bacia da cômoda em seu rosto. As gotas escorriam pelo seu peito nu em 

regatos. Ele apoiou os braços sobre a mesa, deixando cair o queixo no 

peito, olhando para as trilhas de água, mas sem realmente vê-los. Havia 

realmente apenas uma escolha. 




De uma forma ou de outra, ele levaria seu irmão à justiça. E que a 

justiça iria vingar a mágoa que Evie tinha sofrido. 

Ele afastou-se da mesa e arrastou em sua camisa antes de recuperar 

seu alforje da cadeira solitária doquarto. Ele sentou-se na cama e abriu o 

compartimento do lado de fora, que continha os itens que ele manteve com 

ele em todos os momentos casoprecisasse. Ele cuidadosamente retirou sua 

adaga. Como sempre, a arma foi meticulosamente limpa e bem polida. Ela 

brilhava ameaçadoramente à luz das velas enquanto examinava a lâmina. 

Satisfeito, ele empurrou-a no suporte especialmente montado em sua bota 

direita. 

Em seguida, ele pegou sua pistola. Ele prefere espadas muito mais que 

pistolas, mas ele era prudente o suficiente para estar preparado com ambas 

as formas de combate. A arma estaria carregada e pronta quando ele 

estivesse. Ele colocou-a em sua cintura nas costas e puxou o paletó para 

esconder. 

Ele colocou de lado sua bolsa e ergueu a espada com a bainha do seu 

lugar de descanso ao lado da cama. Este era o seu forte. A espada era onde 

ele se sentia mais confiante, onde ele sabia que o seu adversário iria 

enfrentar a derrota, sem falhar. Se ele fosse forçado a lutar contra o seu 

irmão, a espada seria sua escolha. Todos esses anos que ele tinha 

imaginado que ele estava lutando contra o seu irmão ou pai, ele nunca 

havia realmente enfrentado qualquer um deles. Se isto viesse a acontecer 

hoje, esta seria a arma que ele escolheria. 

E ele iria ganhar. 

Depois de prender a espada à cintura, ele reuniu seus pertences de 

forma eficiente, apagou a vela, e partiu para os estábulos. 

Aviagem foi um borrão, Benedict não poderia ter dito uma única 

característica da jornada. A cada passo dado na direção de seu irmão, sua 

determinação fortalecida. Ele reviveu quase a cada minuto o que tinha 

passado a sós com Evie. Ele ouviu seu riso claramente, sentiu sua pele 

macia, experimentou todas as emoções. Ele não podia decepcioná-la agora. 

Ele poderianunca mais ser capaz de vê-la, tocá-la, senti-la, saboreá-la 

novamente, para dizer a ela que a amava, mas por Deus que iria fazer o 

certo por ela. 

Quando chegou mais perto da propriedade, ele resolutamente a 

empurrou de seus pensamentos para se concentrar na tarefa à frente. Em 




sua mente, ele tirou fora os possíveis cenários e nunca encontrar um final 

satisfatório. Traição, beligerância,grosseria, era tudo o que ele esperava 

encontrar quando confrontado com o seu irmão. 

E o sangue,sempre havia a chance de ter sangue. 

Por fim, ele chegou ao desvio pouco utilizado que o levaria ao antigo 

pavilhão de caça. Seu ritmo diminuiu, e ele pediu cautela a Brutus ao seguir 

em frente, com cuidado para observar a sua volta, à frente, e tudo mais. 

Brutus pareceu sentir seu humor e jogou sua cabeça algumas 

vezes,inquieto. Benedict deu um tapinha no pescoço do cavalo, mas 

manteve a sua atenção em seu entorno. 

Os galhos das árvores, cobertos de anos de negligência, estenderam a 

mão para varrerem seus ombros e pescoço e, efetivamente, mantiveram a 

sua visão do pavilhão obscurecida. Ocaminho de pedra inclinado para 

cima, seguia a curva ao longo da colina, e ele lembrou-se então que o 

pavilhão tinha uma vista espetacular sobre o campo por trás dele. Se a 

memória estivesse boa, a parte frontal da estrutura estava bastante 

obscurecida pela vegetação em torno dele. 

Ele estava perto, agora o cheiro acre de fumaça de madeira invadiulhe 

as narinas. Ele diminuiu a marcha, enquanto opavilhão ainda estava 

fora de vista, e desmontou. Ele levou um tempo para fazer uma 

duplachecagem em cada uma de suas armas. Satisfeito, garantiu que Brutus 

ficasse preso a um galho de árvore nas proximidades, com corda suficiente 

para o cavalo pastar confortavelmente enquanto esperava. A corda em si foi 

amarrada em um nó corredio fácil que poderia ser rapidamente desfeito 

caso ele precisasse fazer uma retirada rápida. 

Ele decidiu se esquivar para a floresta e se aproximar da casa do lado 

onde ele estava razoavelmente certo de que não seria observado. Ele se 

encolheu ao ouvir seus passos feitos sobre as folhas mortas e galhos caídos, 

mas continuou a se arrastar ao longo o silenciosamente possível. Depois de 

alguns minutos, ele foi capaz de vislumbrar relances das paredes de tijolo, 

mas eles eram difíceis de distinguir, graças a um espesso tapete de hera 

obscurecendo a maior parte do edifício, com exceção das pequenas janelas 

e algumas áreas próximas ao telhado. 

Quando a propriedade estava em uso há cerca de vinte anos atrás, os 

motivos perto do pavilhãoeram muito bem mantidos. Assim que ele entrou 

na linha de árvore que delineavam o quintal, ele fez uma pausa e examinou 




o seu entorno. Graças a Deus pela negligência da propriedade. As silvas e 

arbustos crescidos ofereceram cobertura suficiente para que ele se 

aproximasse com segurança do pavilhão. 

Ele concentrou-se nas janelas da casa, examinando cada portal para 

algum sinal de movimento. A chaminé ao lado da cozinha estava 

vomitando um fluxo constante de fumaça branca no obscuro céu nublado. 

Sombras moviam-se ocasionalmente passando pelo vidro, e ele não tinha 

nenhuma maneira de saber quantos criadosestavam alojados lá dentro. 

Benedict balançou a cabeça em desgosto; seu irmão podia estar escondido, 

mas ele aparentemente tinha trazido uma comitiva junto com ele para 

satisfazer as suas necessidades. 

Ele escorregou para a frente da casa, agachando-se embaixo de cada 

janela que se deparou. Quando ele estava mais distante da agitação da 

cozinha, ele cautelosamente levantou a cabeça e olhou para a pequena 

biblioteca que ele lembrava vagamente de sua juventude. O quarto 

apareceu não estar sendo utilizado, com lençóis brancos ainda cobrindo o 

punhado de móveis deixados para trás. 

Ele olhou pela janela gasta pelo tempo, a pintura que uma vez foi 

branca descascoue expos a madeira cinza. Agarrando os montantes, ele 

deu-lhe um bom puxão para o caso de,por algum milagre, a janela estivesse 

destrancada; não estava. 

Tanta coisa para dar sorte. 

Ele rapidamente tirou o casaco e envolveu-o em torno de sua mão 

esquerda, e enrolou-o em seu braço. Ele mirou, desviou o rosto, e quebrou 

com punho o vidro. O tilintar do vidro caindo até o chão parecia tão alto 

quanto uma explosão na parte da manhã. 

Ele congelou, seu estômago revirando enquanto ele se agachava com a 

mão no punho da pistola e ouvindo qualquer som de alarme. Nada. 

Depois de uma batida, ele estendeu a mão envolta na jaqueta pelo 

buraco na vidraça e levantou o trinco. Retirando o seu braço, ele sacudiu a 

moldura para fora. A abertura ficou menor do que ele esperava, mas ele 

pulou e forçou seu caminho através dele de qualquer forma, apenas 

absteve-se de proferir as palavras de maldição que surgiram em seus lábios 

na luta. Por fim, ele entrou e ele fez uma pausa mais uma vez com um 

ouvido atento para a porta fechada que levava para a casa em geral. Os sons 




de movimento dentro do pavilhão eram filtrados para dentro do quarto e 

tinha sido provavelmente o criado que havia espionado na cozinha. 

Antes de abrir a porta, ele checou ao redor e pegou sua pistola da 

cintura. Ele não tinha a intenção de usá-la, mas havia algumas coisas que 

colocam o temor a Deus em um homem, como estar olhando para o cano de 

uma arma engatilhada. Segurando a arma em sua mão direita, ele virou 

lentamente a maçaneta da porta, que era resistente ao movimento graças ao 

mal uso de duas décadas. Prendeu a respiração e com infinito cuidado e por 

milímetros a cada momento, começou a puxar a porta para abri-la. 

De repente, a porta caiu sobre ele, jogando-o no chão. Seu corpo, já 

ferido daluta de ontem na floresta com Barney, gritou de dor quando seu 

quadril direito bateu primeiro, seguido por seus ombros antes que sua 

cabeça caiu no chão com um baque. 

Quando uma figura alta passou por cima dele, Benedict chutou forte 

pegando o homem na parte de trás dos joelhos e tirando o seu equilíbrio. 

Benedict rolou rapidamente sobre a sua barriga e ficou de pé. O agressor, a 

quem Benedict reconheceu como o lacaio de seu irmão, Nigel, recuperou o 

equilíbrio e voltou para ele, balançando um gancho de esquerda. 

Benedict bloqueou o soco, enquanto revidava com um jab na barriga 

do seu oponente. Nigel arquejou quando o ar foi eliminado, e ele se dobrou 

automaticamente. Benedict aproveitou a posição e jogou os braços ao redor 

do pescoço de Nigel, e garantiu efetivamente que a sua cabeça ficasse 

presa. Ele apertou a garganta do lacaio com toda a sua força. 

Clique. 

Ao som de uma arma sendo engatilhada atrás dele Benedictcongelou 

seu sangue dentro de suas veias. 

Maldição. 

Evie ouviu o repicar do relógio no corredor. Um, dois, três, quatro, 

cinco... O que ela estava fazendo acordada ainda a esta hora? A súbita 

ausência de som fez o silêncio ainda mais pronunciado. Seria possível o 

silêncio ser alto? Na completa escuridão sua atenção se desviou para o som 

de sua própria respiração. 

Dentro e fora, dentro e fora. 

*** 




Ela colocou a mão na testa, apertando as têmporas com o polegar eo 

dedo médio. Ela estava ficando louca. 

Era meia noite, e então ela se sentou, olhando para a escuridão e 

avaliando os sons do relógio de pêndulo. À medida que o tempo passava, 

ela ficava cada vez mais ansiosa, ansiosa com o seu futuro, ansiosa sobrea 

cura do seu corpo, mas também com o homem responsável pelos seus 

ferimentos. 

Ela tentou..., oh, ela tentou simplesmente expulsar Benedict de sua 

mente e lavar as mãos. Ela certamente se recusou a ler a carta novamente 

como ele sugeriu. Mas quase imediatamente, seu rosto solene eseussuaves 

olhos de chocolate se materializaram em sua mente, e ela se viu 

refletindosobreo que ele estava fazendo, como ele estava enfrentando seus 

demônios sozinho. O olhar de assombro em seus olhos quando ele saiu 

ficou com ela, junto com a incomoda sensação mau agouro que não queria 

ir embora. 

As pessoas estavam tentando prejudicá-lo, e ele tinha ido atrás deles 

sozinho. 

Um som no corredor chamou sua atenção. O barulho fraco de arrastar, 

umsussurro, parecia ter origem do outro lado da porta. Ela sentou-se 

rapidamente, ignorando a pontada de dor em seu ombro ela chutou e jogou 

de lado as cobertas. Ela fez uma pausa, seus pés pairando acima do chão, e 

ouviu o som de novo. 

Lá estava ele! 

E se Benedict tinha retornado? Ela pulou para o chão e correu para a 

porta, mas parou a tempo de impedir-se de abrir a porta quando o 

pensamento de que poderia ser um intruso entrou em sua cabeça. E se 

alguém tinha vindo à procura de Benedict? 

Ela estremeceu e afastou-se da porta, seu olhar piscando ao redor da 

sala mais tentando lembrar do que olhando realmente. O que ela poderia 

usar como uma arma? Seus olhos foram para a lareira, ao lado da lareira, o 

atiçador! Ela correu para pegar a barra de ferro, testou a solidez em sua 

mão, em seguida, com um gesto de satisfação voltou para a porta. Seu 

coração acelerou o ritmo, e ela podia ouvir o martelar do sangue em seus 

ouvidos quando hesitou novamente com a mão na maçaneta da porta . 

Os ruídos ainda estavam lá, e tinhamais, ela tinha certeza de que agora 

eles vinham apenas do outro lado da porta. Ela se preparou,respirou fundo 




algumas vezes, e abriu a porta,brandindo, simultaneamente, o atiçador na 

frente dela enquanto gritava: - Quem está aí? 

Ela ouviu um grito, viu uma grande sombra, e bateu nela com o 

atiçador. A arma bateu solidamente contra o alvo, provocando um gemido 

de dor que combinou com o seu próprio, quando a manobra abalou o seu 

corpo. 

- Evie! O que em nome de Deus que você está fazendo? Você poderia 

ter me matado! 

- Richard Ela deixou cair o atiçador e estendeu a mão para ele na 

escuridão. - Oh meu Deus, você está bem? Sinto muito! Espere um 

segundo, não, eu não estou! O que quer dizer com o que estou fazendo? O 

que você está fazendo rondando essa hora da noite? Mesmo você deve 

concordar que tenho o direito de ser um pouco arisca após os eventos 

recentes. Seu peito arfava enquanto seus pulmões tentavam se lembrar de 

como respirar. 

- Pelo amor de Deus, vamos sair do corredor, vamos acordar alguém 

com todo esse barulho. Ele pegou o atiçador caído antes de guiá-la de volta 

para seu quarto. 

Evie recuperou sua capa e colocou sobre os ombros enquanto Richard 

foi até a lareira e acendeu uma vela nas brasas. Com isso, ele acendeu mais 

algumas velas no candelabro antes de se sentar em uma das cadeiras em 

frente à lareira. Ele esfregou seu ombro com uma careta e fez sinal para que 

ela tomasse a outra cadeira, o que ela fez sem argumento. 

- Então, o que você tem a dizer em sua defesa? Por que você estava se 

arrastando do lado de fora da minha porta,me assustando ao amanhecer? 

Evie enfiou os pés frios debaixo dela e esperou por sua resposta. Assustá-la 

como ele tinha feito, ele tinha que ter uma boa desculpa. 

Richard estava completamente vestido,até mesmo usando suas botas e 

luvas. Soltando seu ombro, ele se inclinou para frente e passou o seu dedo 

sobre atipoia em seu braço esquerdo. Seus olhos pousaram lá quando ele 

respirou fundo e disse baixinho: - Eu estava partindo. Eu estava tentando 

decidir se devia dizer-lhe ou não. 

- Partindo? Você está voltando para Londres? Richard, não estou te 

culpando, realmentenão. Você não tem necessidade de deixar esta casa. 

Ele levantou os olhos para ela, a luz do fogo escondendo os olhos 

vermelhos e injetados de sangue que ela sabia que estavam. - Por favor, não 




fique zangadacomigo,Pequena. Você, eo resto da família, claro, vocês 

todos significam tudo para mim. Eu me sinto terrível sobre o que 

aconteceu,e eu farei o que puder para te compensar. Mas a verdade é...A 

voz de Richard parou, e seu olhar cintilou de volta para suas mãos, que 

estavam agora descansando em seu colo. 

- Sim? 

- A verdade é que Benedict está em uma situação horrível. Realmente 

inimaginável. Eu sei que deveria odiá-lo, e eu até disse que ele nunca seria 

bem-vindo aqui novamente, mas com toda a honestidade, não posso odiálo. 

Ele é um dos meus amigos mais antigos, e eu não posso sequer imaginar 

o estresse da situação que ele está vivendo. 

- Ele fez uma má escolha ao esconder de mim a extensão do problema 

quando pediu minha ajuda. Ele cometeu um enorme erro arrastando toda a 

nossa família com ele. Mas eu também sei que nunca foi sua intenção. Ele 

é um homem bom, e acho que eu simplesmente não posso abandoná-lo 

quando ele precisa de uma ajuda a mais. Richard apertou os lábios e 

continuou a olhar para o seu colo. 

- Oh, graças a Deus, murmurou Evie. 

Os olhos de Richard se ergueram para ela comsurpresa, e ela deu de 

ombros, impotente. - Bem, ele causou estragos totais e absolutos na minha 

vida, mas eu não quero vê-lo morto. O canalha tem estado em minha mente 

todos os dias ao que parece, e eu estou tremendo sobre isso, eu vou precisar 

saber se ele está bem. 

Os olhos de Richard estavam afiados, mas ele segurou a língua. Ela 

respirou fundo e continuou. - Eu realmente o odeio agora, mas... Ela 

levantou o ombro direito em meio encolher de ombros e o deixou cair 

molemente. - Eu duvido terei uma boa noite de sono até pelo menos saber 

que o homem está vivo. Um pouco espancado seria bom, se você puder 

controlá-lo, ela não pôde deixar de acrescentar. 

- Então você não está indignadapor que eu quero ajudálo?PerguntouRichard, 

incrédulo. Sua testa estava franzida, e ele não 

pareciacomovido por sua tentativa deleviandade. Ele nunca pareceu mais 

sério em sua vida. 

Evie estendeu a mão direita e apertou seu antebraço. - Acho que 

deveria ser, mas sinceramente, eu estou mais do que um pouco aliviada. 




Pelo que me lembro, você pode montar como uma menina, mas você atira 

como um soldado. 

Ele sorriu brevemente e recostou-se na cadeira. Ele olhou para a vela 

bruxuleante um momento, com o coração pesado. Virando a cabeça para 

olhá-la nos olhos, ele disse: - Seu irmão mandou aquele louco atrás dele. 

- O que foi? - O que você disse? Evie endireitou-se com a declaração 

inesperada. 

- Benedict descobriu que seu irmão estava trabalhando com um grupo 

de contrabandistas. As palavras derramaram-se em uma corrida, e ela 

lutava para manter-se. - Depois, ele precisava de algum temposobre o 

assunto e sobre a necessidade de entregar o seu próprio irmão como traidor. 

Infelizmente, Dennington decidiu tomar o assunto em suas próprias mãos, e 

contratou esse assassino para caçar Benedict como uma espécie de caça 

selvagem. Richard estava balançando a cabeça, com uma expressão de 

incredulidade persistente em seu rosto. 

Chocada nem sequer começava a descrever como Evie se sentia. Com 

as sobrancelhas juntas e sua boca aberta, ela se sentou ali, tentando digerir 

o que Richard estava dizendo. Lentamente, ela balançou a cabeça. Não 

admira que Benedict parecesse tão magoado quando ela tinha ignorado sua 

menção ao envolvimento de seu irmão na coisa toda. O que ele devia 

pensar dela? 

Ela encontrou os olhos de Richard a tristeza puxava para baixo os 

cantos de sua boca. - Seu próprio irmão, a sua própria carne e sangue. 

Como, como pode ser isso? Como alguém pode tentar prejudicar seu 

próprio irmão?Atiçador de ferro no ombro, não obstante, é claro. Mas, 

realmente, eu morreria por qualquer um de vocês. Seu coração apertou 

dolorosamente com empatia pelo que Benedict deveria ter sentido ao 

perceber que o perigo estava dentro de sua própria família. 

O amor que ela tinha por sua família era forte e inquebrável. Tentando 

imaginar um deles traindo a magnitude que era como tentar imaginar a 

sensação da neve caindo, depois de ter apenas vivido no deserto. Você 

sabia que o fenômeno existia, mas estava simplesmente além da sua 

capacidade imaginar. 

De repente, seu cérebro fez uma conexão perturbadora. - Espere um 

momento. Mas você não me disse que ele estava indo encontrar o irmão 




dele? E agora você está me dizendo que é o próprio homem que tentou 

matá-lo? 

Richard balançou a cabeça bruscamente. 

Meu Deus 

Se ele está indo para uma briga entreirmãos,Dennington já 

demonstrou, aparentemente, que não têm escrúpulos ao apontar uma arma 

para Benedict, mas Evie não conseguia imaginar que Benedict poderia 

fazer o mesmo. Ela não tinha dúvidas de Benedict podia cuidar de si 

mesmo com qualquer outra pessoa, mas... Quando ele tivesse que fazer 

isso, e se Benedict não conseguisse se defender contra a sua carne e 

sangue? 

- Você tem que detê-lo! Ele deve ir direto para as autoridades. 

Richard, você tem que detê-lo! Ela não esconder o sentimento de pânico 

crescente. Ela levantou-se sem conseguir descansar. 

Richard estava tão bem. - É tarde demais para detê-lo, Pequena. Ele 

partiu a mais de um dia e meio atrás, e de acordo com o homem que estava 

interrogando, Dennington está escondido em um antigo pavilhão de caça 

em sua propriedade a meio caminho daqui para Londres, a poucos 

quilômetros ao sul de Amersham. Eu sei que estou atrasado demais para ser 

de muita utilidade para ele, mas eu simplesmente preciso tentar. Eu o 

deixei sair daqui, sabendo que ele estava entrando em uma situação 

perigosa, e eu nunca vou me perdoar se eu pelo menos não tentar ajudá-lo. 

Evie olhou para a expressão abatida de seu irmão. Olhando para ele 

agora, ela achava difícil lembrar o seu rosto jovial de apenas dois dias atrás. 

A luz da vela jogada em suas feições destacava a boca desenhada e 

adicionava profundidade nas sombras sob seus olhos. Ela não conseguia se 

lembrar de outro momento em que ele parecia tão perturbado. 

- Eu acho que é a coisa certa a fazer, Richard. Ela estendeu a mão e 

colocou-a em sua manga. - Eu... eu espero que você saiba que eu não culpo 

você. Eu estava com raiva antes, e eu falei precipitadamente. Você não 

podia saber; afinal de contas, ele era seu amigo, e você confiava nele. 

Ele baixou a cabeça em reconhecimento. 

- E há mais uma coisa.O calor inundou suas bochechas com o que ela 

estava a ponto de admitir, mas ela precisava que ele soubesse. - Benedict 

não está tão a frente quanto você pensa. Ele... veio me ver ontem à noite. 




Ele disse que não poderia sair sem a garantia de que eu estivesse bem. 

Então, ele está pouco mais do que um dia na sua frente. 

As sobrancelhas de Richard subiram até a metade de sua testa, mas 

não houve condenação em seus olhos. - Obrigado, Pequena. Estou feliz que 

você tenha me dito. 

Quando ele se virou para a porta, ela perguntou: - Quando é que eu 

vou ouvirnoticias suas? 

Ele girou de volta e deu de ombros. - Depois de tudo o que tiver 

queacontecer, acontecer, eu vou ir para Londres. Vou enviar uma nota 

quando eu souber de alguma coisa. 

Ela tentou ignorar o nó de ansiedade que se formou como um tijolo no 

estômago. - Isto vai me matar sentar aqui e esperar. Ela olhou impotente 

para atipoia, embalando seu braço ferido. 

- Eu sei, disse ele, acariciando seu ombro direito. - Eu prometo enviar 

noticias, logo que eu puder. 

Dane-se tudo. Ela faria qualquer coisa para ir com Richard, para tentar 

ajudar de qualquer forma que podia, mas montar um cavalo em sua 

condição seria tolice. Ela levantou-se e deu-lhe um abraço de um braço 

apertado, ignorando a pontada de protesto de seu ombro quando ele 

apertou-lhe a volta. 

- Tenha cuidado - ela sussurrou ferozmente. Enquanto ela o observava 

sair, ela tentou não pensar no que poderia acontecer se seu irmão não 

chegasse a tempo de ajudar. 

- Depressa, Richard 




Capítulo Vinte e Cinco 

Estou feliz por não estar lá para ver a carranca em seus lábios, 

especialmente sabendo que eu era a causa de sua infelicidade. Eu prefiro 

ser jogado na prisão por machucá-la. 

De Hastings para Evie, rasgada em pedaços pequenos antes de jogar 

no lixo. 

Gotejar. Gotejar. Gotejar. 

A incessante gotejar foi a primeira coisa que chegou ao subconsciente 

de Benedict. O gotejar repetitivo era extremamente irritante, mas ele não 

conseguia saber de onde ele estava vindo. Sua mente trabalhava 

lentamente, tentando dar sentido ao ruído que parecia fora do lugar em seu 

quarto. 

E por que ele estava tão frio? Em todos os lugares, ele sentia frio. O ar 

úmido na pele dele estava frio, mas não tanto quanto a pedra implacável 

onde ele estava deitado. A mente confusa de Benedict identificou 

lentamente a situação incomum. Por que ele estava deitado na pedra? 

Ele despertou rapidamentequando ele percebeu que estava na adega. 

A tontura o percorreu quando ele sentou-se depressa demais. Ele 

parou por um momento, até que o sentimento passasse, em seguida, olhou 

para o seu entorno. Penumbra. Havia muito pouca luz no lugar, mas o fato 

de que havia alguma luz significava que era manhã. Ele podia ver o 

contorno escuro das lajes que cobriam o chão, assim como o arco em forma 

de barril do teto baixo de pedra. A água estava pingando em um ritmo lento 

em algum lugar no outro extremo da sala. Sufocando um gemido, ele 

balançou as pernas em volta e encostou-se na parede de pedra áspera. 

Ontem não foi um bom dia. 

Inferno, sua cabeça doía só de pensar nisso. Quando Nigel e seu 

comparsa, um homem corpulento com o nome de William o tinham 

capturado, prontamente o jogaram na adega que o velho conde tinha 

encomendado há cerca de trinta anos antes. Foi construídano lado inclinado 

da terra não mais do que vinte passos da parte de trás da casa. 




Nigel, aparentemente, ainda irritado com a pequena questão da 

tentativa de Benedict de sufocá-lo, tinha sorrido agradavelmente antes 

golpeá-lo com um soco em seu queixo. O impacto tinha jogado 

Benedictcontra a parede do fundo, onde sua cabeça tinha batido 

dolorosamente contra a pedra antes que dele cair no chão. Felizmente, ele 

realmente não se lembrava de bater no chão, ele só sabia que tinha sido o 

caso quando, algum tempo depois, ele não tinha como saber quanto tempo 

havia passado, tinha acordado em uma pilha no chão. 

Sem luz para iluminar o ambiente, ele havia cuidadosamente 

explorado o espaço polegada por polegada, na esperança de encontrar uma 

saída. Quando as batidas da cabeça dele tinham ultrapassado até mesmo as 

batidas do seu coração, ele sabia que tinha que parar. A escuridão teria 

desorientado mesmo sem a tontura, mas com o obstáculo adicional da 

exaustão puxando-o como uma força física, ele finalmente decidiu ceder 

aopedido que seu corpo gritava para descansar. 

De algum modo "descanso" deve ter se transformado em sono 

completo. Alongando, ele piscou e focou na faixa de luz que vinha do 

pequeno espaço entre a porta ea soleira de pedra. A porta eraconstruídacom 

madeiras toscas protegidas com dobradiças de ferro e umagrande 

fechadurade bronze. Com quase 30 anos de idade, a porta de madeira 

poderiaestar apodrecida o suficiente para ele arrebentar. Era duvidoso, mas 

ainda possível. 

Cautelosamente, ele se levantou em uma posição sentada, as mãos 

pressionando contra a fria, rocha úmida. Felizmente, a dor de cabeça 

parecia começar a recuar, embora ainda doesse fortemente. Com o máximo 

cuidado, ele levantou o corpo, de modo que ele ficoucom as mãos nos 

joelhos, e se preparou para levantar. Como uma onda de dor tomando 

conta, ele sentou-se sobre os calcanhares e pressionou a palma da mão na 

testa. 

Se ele saísse desta situação, ele ia viver a sua vida com uma única 

prioridade, nunca mais batercom a sua cabeça novamente. 

Cerrando os dentes, ele levantou o joelho direito, então plantou seu pé 

firmemente no chão. Ele apoiou a mão em seu joelho e, depois de respirar 

profundamente,ergueu-se. Por um momento, ele alegrou-se com a falta de 

dor, mas depois de uma pulsação, ele desabou novamente. Ele cambaleou 




até a parede e encostou-se a ela, respirando superficialmente até que o 

sentimento diminuiu. 

Bem, até que tinha ido bem. 

Na escuridão silenciosa, ele disse: - Certo. Agora o quê? 

Não surpreendentemente, não houve resposta. Ele se arrastou até a 

porta, apoiando-se contra a parede com uma mão enquanto se movia. 

Cautelosamente, ele pressionou a mão contra a porta sentindo-a tão sólida 

como no dia em que foi feita. 

- Droga, ele murmurou baixinho. Ele não esperava, mas foi uma pausa 

agradável. O passo seguinte foi chutar a coisa, mesmo achando que faria 

sua cabeça doer,mas é temporário, ele lembrou a si mesmo. A dor era uma 

sensação fugaz no esquema das coisas. Era fácil de dizer, mas realmente 

difícil convencer-se desta verdade, quando confrontado com a perspectiva 

de deliberadamente infligir em si mesmo. 

- Na contagem de três, ele murmurou. Ele engoliu em seco, respirou 

fundo e começou a contar. - Um, dois, três! 

Bang!Seu calcanhar caiu sobre a porta com toda a força que conseguiu 

reunir. A madeira estremeceu poderosamente, mas, para sua imensa 

insatisfação, nada aconteceu. Cacete. Ele rosnou com raiva, olhando para a 

porta firme e fez o seu melhor para ignorar o furioso latejar em sua cabeça. 

- Eu não faria isso se eu fosse você, uma voz abafada avisou do outro 

lado da porta. 

Benedict congelou, surpreso. Um guarda? Seu irmão tinha postado um 

guarda do lado de fora do porão? Bem, é claro que fazia sentido, mas de 

alguma forma ele não tinha de maneira nenhuma o antecipado. Maldição 

pensou sombriamente. Andando para trás até que suas costas tocaram a 

parede, então ele permitiu-se deslizar para baixo da pedra bruta em sua 

parte traseira. 

Que diabos Henry estava esperando, afinal? Certamente, o homem 

não tinha nenhuma razão para atrasar ainda mais, a menos que ele estivesse 

esperando para matar Benedictde fome. Seu estômago roncou alto, talvez 

essa fosse a tática que Henry planeja empregar. Seu irmão nunca tinha 

gostado de sujar as mãos. 

Pelo menos ele não tinha antes. Benedict apertou sua mandíbula. As 

palavras de Henry voltaram para ele, tão claramente como se Benedict 

estivesse do lado de fora da janela em Folkestone novamente, respirando o 




ar salgado do mar. Eu lhe asseguro, eu pretendo ver isso feito com toda a 

pressa possível. 

Ao som da voz de seu irmão com entonações nasais, com seu Inglês 

do Reiperfeitamente adequado em contraste com o forte sotaque francês de 

Renault, o mundo de Benedict subitamente balançou, e ele se agarrou 

desesperadamente ao parapeito da janela para se equilibrar. Ele ficou lá 

cambaleando, lutando para respirar enquanto sua visão se estreitava e suas 

entranhas se torciam como o mastro de um navio em ruínas em ventos 

fortes. 

Benedict cerrou os punhos ao seu lado, renovando a sua promessa 

para Evie e para si mesmo de fazer seu irmão pagar pelo caos que suas 

ações tinham causado em tantas vidas. 

Um ruído de raspagem na porta chamou sua atenção. O som de metal 

sobre metal, seguido de uma chave na fechadura! 

Virando-se para enfrentar a porta, Benedict se preparou. Ele estava 

prestes a descobrir o que o seu irmão tinha em mente para ele. 

Sentada na cama, logo depois das sete da manhã, Evie mediu 

mentalmente seu quarto, tentando afrouxar o nó de apreensão que se 

instalara em seu peito. Fazia duas horas desde que Richard tinha ido 

embora, ea luz sombria de mais um dia nublado filtrava através da janela. 

Apesar de exausta, ela tinha conseguido dormir apenas em trechos rápidos 

desde que seu irmão havia partido. 

Evie olhou para a porta ao som de uma batida. - Entre. 

Sua mãe abriu a porta, olhando reservadamente. - Como você está 

hoje? 

Era difícil não fazer uma careta para a mãe. Ela queria estar furiosa 

com a mãe por estar no caminho de suas esperanças para o futuro, mas com 

a ameaça dos desafios enfrentadospor Richard e Benedict, ela empurrou 

esses sentimentos para o fundo de sua mente. Haveria tempo para isso mais 

tarde. Além disso, ela sabia que sua mãe pensava que ela estava fazendo o 

melhor para ela. - Estou me sentindo razoavelmente melhor. 

A mãe parou ao pé da sua cama. - Richard partiu para Londres esta 

manhã. Ele deixou uma nota, e eu pensei que você gostaria de vê-la. Ela 

*** 




entregou o papel dobrado para Evie e cruzou os braços. - Você parece 

exausta, querida. Por que você não descansa mais um pouco? Eu estarei de 

volta em algumas horas para ver como você está. 

Evie balançou a cabeça, e sua mãe saiu, fechando a porta atrás dela. 

Evie desdobrou a carta e leu o conteúdo. A carta simplesmente declarava 

que Richard tinha voltado para Londres, em um assunto urgente e indicava 

que iria vê-los quando eles viessem para a cidade. Não houve menção de 

Benedict, o pavilhão de caça, ou Lord Dennington. 

Benedict, Richard, ela mesma, eles eram mentirosos, todos eles. Toda 

essa confusão estava transformando-os no que ela mais odiava. E 

fisicamente doía enganar seus pais sobre onde Richard estava e por que o 

incidente tinha acontecido. Foi assim que Benedict tinha se sentido quando 

tinha sido forçado a mentir para ela? 

Evie se perguntou como seu pai se sentia em relação a bagunça. Até 

onde ela sabia, ele pensava que o homem que atirou contra eles era 

simplesmente um caçador que tinha disparado sobre eles por engano, 

pensando que eles eram uma manada de veados. Ele não a tinha visitado 

desde o dia em que foi ferida, e ela não se atrevia a perguntar a sua mãe o 

que ele estava fazendo. Embora tivesse havido ampla atividade no pátio 

naquela manhã, com vários homens indo e vindo a cavalo, Evie tinha 

certeza de que seu pai ainda estava na residência. 

Ela nunca se sentira tão impotente em toda a sua vida. Ela olhou para 

baixo, para a tipoia em seu braço, em silêncio e de forma criativa ela 

amaldiçoou o ferimento coberto. Se ela não tivesse sido ferida, Benedict 

não estaria perseguindo o irmão através do campo para caçá-lo. E seu 

próprio irmão não teria ido atrás dele, correndo pra uma situação perigosa e 

desconhecida. Ela sabia que era irracional. Foram as ações de Dennington 

que tinham provocado a ira de Benedict, e Benedict eventualmente decidiu 

denunciar o traidor, ela estando envolvida ou não. 

Mas isso não importava. A lesão representou tanto o catalisador que 

tinha incitado Benedict, eo obstáculo que a impedia de fazer qualquer coisa 

para ajudar. O pior de tudo serviu como a manifestação física da 

desonestidade de Benedict para ela e sua família. 

E ela odiava. 

Agitação além da medida, Evie jogou de lado os lençóis, saiu da cama 

e foi direto para a caixa que continha as cartas de Benedict. De repente, ela 




sentiu a necessidade de ver a sua escrita, ler as suas palavras, palavras 

honestas e descobrir como ela se sentia sobre elas quase uma década 

passada de sua última correspondência. Era hora de enfrentar a última 

carta, como ele havia pedido. 

Mas primeiro, ela queria ler as outras,as que tinhama feito rir e sentirse 

tão ligada a ele. Depois de sua traição, ela tinha a intenção de destruir 

todas elas, mas quando ela estava na frente das chamas bruxuleantes de sua 

lareira, ela descobriu que não poderia fazê-lo. Ela disse a si mesmaque 

deveria mantê-las como um lembrete de como as palavras doces poderiam 

se transformar em uma dor terrível, mas no fundo, ela sabia que era porque 

ela não podia perdê-lo completamente. Em vez disso, ela deixou as cartas 

servirem como um conto de advertência para que ela nunca mais se 

deixasse enganar por um homem novamente. 

Localizando o pacote, ela voltou para sua cama e puxou as cobertas. 

Ela desatou a fita azul em torno delas e olhou para a escrita familiar dos 

enunciados com o seu endereço no topo da carta. Ela alisou os dedos sobre 

seu próprio nome,sentindo uma explosão totalmente inesperada de 

emoções. 

Hastings... Seu Hastings. Seu Benedict. 

Ela abriu a carta e começou a ler. 

Cara Evie, 

Na ausência de uma parcela de acompanhamento da sua carta que 

recebi hoje, permita-me lembrá-la que ainda estou à espera da amostra de 

bordado que você me prometeu em sua carta no mês passado. "A casa de 

um praticamente analfabeto, um idiota machista” seria a peça perfeita 

para animar o meu dormitório, você não concordaria? 

Uma a uma, ela as leu e no momento em Evie emergiu das cartas, era 

quase nove. O calor fez cócegas em seu rosto e ela passou a mão em uma 

lágrima errante. 

Ela o amava. 

Ela provavelmente sempre o amou, e ela provavelmente sempre o 

amaria. Não importava como ele chamava a si mesmo, ou os segredos ele 

tinha que carregar. Ele era dela, e ela o amava. 




Ela pensou nas circunstâncias que cercavam o fiasco inteiro. Se o que 

Richard disse era verdade, Benedict ia denunciar seu irmão. Ela sabia o que 

isso queria dizer, não importa o quanto sua mente tentasse fugir da 

possibilidade. 

Sua família estaria arruinada. 

Se o conde de Dennington fossedenunciadopor ser um traidor, a 

família seria destituída do título e tudo o que vinha com ele. Benedict não 

seria autorizado a colocar os pés em uma sociedade civilizada nunca mais. 

Ela engoliu em seco. Então, o que isso significava para ela? Antes que 

ela pudesse responder a essa pergunta, ela tirou a última carta infame do 

fundo e lentamente a desdobrou. Era distinta, facilmente reconhecível pela 

forma ímpar que ele a tinha dobrado. 

Evie, 

Durante anos, eu suportei o constante incômodo de sua língua afiada. 

Você é, para ser franco, apenas como uma praga irritante de uma menina 

com toda a graça e decoro de uma mutuca comum. Eu tive-a com a 

suaconstante e impertinente intimidação de sua caneta venenosa e de seu 

raciocínio infantil. Eu pensei que, apesar de ser uma mulher, que eu 

poderia melhorar a sua mente com o curso de nossa correspondência. Eu 

estava errado. Portanto, eu estou lavando minhas mãos. 

Hastings 

Ela jogou a coisa de lado, não querendo olhar para ela nem um 

momento mais. Por que ele queria que ela lesse aquilo uma vez mais? Ele 

queria esfregar sal em suas feridas? Sua última correspondência havia 

quebrado seu coração, e ele tinha ensinado a ela que nenhum homem podia 

ser confiável. No entanto, ele parecia tão sincero quando a deixou, como se 

a carta fosse revelar algo maravilhoso. 

Cerrando os dentes, em um esforço para afastar as ridículas lágrimas, 

ela olhou para a folha levemente amarelada de papel. Suas palavras de 

despedida passaram pela sua mente. Leia nas entrelinhas. Ela franziu os 

lábios e considerou o pedido, então, finalmente, pegou a página mais uma 

vez. Era inútil. Não havia uma única linha desenhada no papel. Ela não viu 

nada que pudesse delinear algo importante ou especial. 

Ela estava prestes a atirá-lo no chão, quando um pensamento lhe 

ocorreu. Alisou o papele olhou para as dobras incomuns. Uma dobra dupla 




correu para o lado esquerdo da página, capturando a primeira letra de cada 

linha ao longo do caminho. Oh meu Deus. 

M-e - P - e-r - d-o - e. 

Ela suspirou, levando uma mão à boca. Lá estava claro como o dia. 

Uma sensação estranha fluindo através dela, como se alguém deixasse um 

raio de sol na parte mais escura de seu coração. Ele estava dizendo a 

verdade sobre a carta. Ele deve ter tido uma razão para escrevê-la em 

primeiro lugar. É evidente que ele não quis dizer o que ele escreveu. 

Evie sacudiu a cabeça com espanto, adequando a forma como ela 

olhava para tantas coisas. 

Ela o amava. Ela iria desistir de tudo o que conhecia para estar com 

ele, ela seria a única pessoa afetada pela decisão. Mas não seria. Tinha que 

pensar em suas irmãs. Ela nunca poderia fazer algo que pudesse prejudicar 

as chances delas de casamento, e unir o nome da família com a de um 

traidor poderia ter repercussões devastadoras. 

Seu coração apertou dolorosamente. Como isso pode estar 

acontecendo? Como ela podia encontrar o homem com quem ela queria 

estar,apenas para vê-lo ser tirado dela antes que eles sequer tivessem uma 

chance? Ela fechou os olhos, apertando o punho à boca. 

Ela não podia tê-lo. A verdade se estabeleceu em torno dela e gelou 

como um manto de neve. 

Mas, mesmo que ela não pudesse ficar com ele, Evie tinha que tentar 

ajudá-lo. Ela podia não ser capaz de lutar contra seus inimigos, mas ela 

podia libertar sua mente e limpar sua consciência, dizendo-lhe que ela o 

perdoava. Sua última conversa, quando ela estava cheia de raiva e 

ressentimento, não poderia ser a última que compartilharam. Doía-lhe 

profundamente saber que ela o tinha magoado com a sua insensibilidade. E 

Evie não podia ficar semdizer pra ele que ela o tinha perdoado. Ela tinha 

vivido muitos anos ferida por uma traição que ela não tinha entendido; ela 

não podia condená-lo ao mesmo destino. 

Quando ela abriu os olhos, estava com uma nova determinação. Com 

sua opinião formada, ela jogou de lado as cobertas e balançou as pernas pra 

fora. O desconforto persistente em seu ombro vagamente registrado, de tão 

concentrada que estava em sua determinação. Ela caminhou até o guardaroupa, 

abriu as portas, e tirou um pequeno saco de viagem. 







Capítulo Vinte e Seis 

A França é muito solitária, sem as suas cartas para me fazer 

companhia. Você já pensou em mim? Não passa um dia que eu não pense 

em você. 

De Hastings para Evie, nem mesmo foi colocado no papel. 

Depois do silêncio sufocante do porão vazio, o som da porta raspando 

contra a pedra, uma vez que abriu foi chocante, para dizer o mínimo. 

Benedict olhou contra a luz do dia ofuscante que inundou o vazio e os seus 

olhos, iluminou o quarto como um raio congelado. Ele lutou para ver 

quando uma figura escura encheu a porta. Maldição, ele odiava estar em 

total desvantagem. 

- Olá, Benedict. Que bom que você se juntou a nós.A voz anasalada de 

Henry estava tingida com mais arrogância do que Benedict lembrava. - Eu 

creio que você está desfrutando de suas acomodações? 

Em pé com as costas contra a parede a vários passos da porta, 

Benedict recusou-se a morder a isca. - Henry. Ele balançou a cabeça em 

saudação. Logo abaixo da superfície, o seu sangue rolou furiosamente em 

suas veias. Este era o homem que tinha trazido dor para Evie. Este foi o 

homem que trouxe vergonha para a família. Tudo o que havia de errado em 

sua vida naquele exato momento era responsabilidade direta de Henry. 

- Siga-me, por favor. Estou muito interessado em ouvir por que você 

tentou entrar em minha casa, e eu prefiro conversar no conforto de meu 

estúdio. Nigel aqui vai acompanhá-lo. Henry saiu da porta, eo lacaio 

desmedido tomou seu lugar, fazendo sinal para Benedict se juntar a eles. 

William estava esperando a alguns passos mais atrás. 

Benedict rangeu os dentes com a ordem, mas seguiu obedientemente. 

Com uma desvantagem tão distinta, ele tinha que manter a cabeça no lugar 

até que a oportunidade para atacar se apresentasse. Quando ele saiu do 

porão, Nigel ficou um passo imediatamente atrás dele, e William 

permaneceu à distância com o que, Benedict podia ver agora, uma pistola 

na mão. 




Juntos, eles caminharam até a colina com a casa e entraram pelas 

portas de vidro duplo nos fundos. As portas levavam diretamente para um 

pequeno estúdio. Uma vez dentro, Benedictolhou em volta. As prateleiras 

que revestiam a maioria do espaço da parede na sala estavam quase vazias 

com a exceção de várias camadas de poeira. O tapete luxuoso que uma vez 

tinha forrado o chão de madeira não estava mais lá, assim como qualquer 

um dos apetrechos normais que se poderia esperar para ver em um estúdio. 

Henry caminhou ao redor da pequena mesa e sentou-se, lançando as 

abas de seu casaco com um toque, como se estivesse nas melhores salas de 

Londres em vez de um triste, malconservadopavilhão de caça. Uma vez 

sentado, ele fez um gesto para Benedict sentar na cadeira restante, que foi 

posicionada em frente à mesa. 

- Obrigado, eu preferiria ficar em pé, Benedict respondeu 

laconicamente. Realmente, toda a situação parecia bastante absurda. Do 

que o seu irmão estava brincando? 

Henry apertou os lábios em desgosto, em seguida, olhou para além de 

Benedict e fez um movimento coma mão. Imediatamente uma grande mão 

desceu sobre o ombro de Benedict e implacavelmente o fez sentarna 

cadeira. 

- Pensando bem, acho que vou me sentar, disse ele gracejando. Se 

seus anos de formação lhe ensinaram alguma coisa, foi que seu irmão não 

tinha nada de irreverente em face de sua “superioridade". Sem dúvida que 

eraum mau conselho insultar o homem e usar quase todas as cartas em um 

só momento, mas Benedict simplesmente não conseguia ajudar a si mesmo. 

Henry deu um sorriso claramente falso e recostou-se na cadeira, 

pressionando as pontas dos dedos em um campanário. - Estou em xeque 

esperando para saber por que você entrou na minha casa. 

Henry ergueu as sobrancelhas com polidez simulada, olhando para ele 

com expectativa. Benedict olhou para ele por um momento. Ele estava 

falando sério? O homem estava brincando? Benedict não estava com 

disposição para jogos. 

Ele cruzou os braços e disse sem rodeios: - Depois que Barney falhou 

em sua tentativa de assassinato, ele gentilmente me forneceu o endereço de 

seu empregador. Imagine minha surpresa quando a casa acabou por ser o 

pavilhão de caça que tem sido da família há anos. 




O olho direito de Henry piscou ligeiramente, e suas narinas 

perceptivelmente.- Tentativa de assassinato? Não diga bobagens. Barney 

tinha ordens de trazê-lo para mim, e ele foi muito bem pago para fazer o 

serviço. Não há necessidade de ser tão dramático. 

- Ele atirou na nossa festa de caça sem qualquer provocação. Uma 

jovem senhora, e eu quero dizer uma Lady, pois seu pai é um Marques, ela 

teve o extremo infortúnio de ser jogada de sua montaria assustada, sofrendo 

assim ferimentos graves. Seu estômago se apertou enquanto ele falava. Ele 

nunca iria perdoar Henry por causar sua dor. - Eu te asseguro a minha 

imaginação não desempenhou nenhum papel nos ferimentos da senhora. 

Benedict assistiu com surpresa, quando o rosto de Henry empalideceu 

visivelmente ao saber dos ferimentos de Evie. Interessante. Embora ele não 

tivessedemonstrado nada em sua expressão, a mente de Benedict correu 

para reavaliar as possibilidades que ele não tinha considerado antes. Talvez 

Barney tivessesido desonesto. Poderia ter sido uma retaliação pelo o papel 

de Benedict na queda do império do contrabando com o qual Barney lucrou 

tão generosamente. 

Henry se inclinou para frente, olhando Benedict no olho. - Na minha 

palavra de cavalheiro, nunca foi minha intenção que alguém se 

machucasse. Eu contratei Barney para encontrá-lo uma vez que você 

desapareceu e para trazê-lo para mim, nada mais, nada menos. 

Henry levantou-se e começou a andar lentamente atrás da mesa, com 

as mãos cruzadas atrás das costas. - Bem, isso é lamentável. Na verdade, eu 

espero que a senhora se recupere. Barney vai ter que ser... recompensado 

tanto por sua lealdade quanto por sua capacidade de realizar as minhas 

instruções. E também parece que as vieram a tona entre nós. Ele parou e 

colocou as mãos na parte superior do encosto da cadeira. De olho em 

Benedict, ele disse: - Você foi visto em Folkestone por um dos homens de 

Renault. 

Benedict assentiu, não confiando em si mesmo para falar ainda. Seus 

dentes rangeram em fel de seu irmão por mencionar a filiação com Renault 

de forma tão casual. 

Henry franziu os lábios. Ele provavelmente estava surpreso que 

Benedict não estava negando que ele estava lá. - Você trouxe 

muitosproblemas para si mesmo. Renault quer falar com você, mas eu 




pensei que as coisas poderiam ir mais calmamente se eu pudesse encontrálo 

antes. Ele começou a andar mais uma vez. 

- Seu senso de lealdade familiar não conhece limites. 

Henry girou para encará-lo. - Sim, é melhor não esquecer. Sem mim, 

esta família estaria em ruínas agora. 

Afrieza do bastardo. - Graças a você, esta família está em ruínas! 

Benedict se levantou, mas foi golpeado para baixo por um dos homens de 

Henry atrás dele. Benedict rosnou de frustração. Em sua fúria, ele tinha se 

esquecido da sua presença. 

- Sem mim, Renault o teria caçado como um cão. 

- Por que não o deixou? Benedictgritou, o ressentimento correndo em 

suas veias como alcatrão preto. - Teria sido mais fácil assim. 

Henry fez uma pausa e olhou para ele com espanto. - Seu bastardo 

ingrato. 

- Ingrato, sim. Bastardo, infelizmente não. Eu ainda sou seu irmão de 

sangue puro, não importa o quanto isso me entristece admiti-lo. Você 

trouxe vergonha para todas as nossas cabeças. 

Henry recuou como se tivesse sido socado, com os ombros magros 

rígidos.- Então esse é o agradecimento que eu recebo. Eu tento ajudá-lo, e 

você cospe na minha cara. 

Benedict bufou de escárnio. - Ajudar-me? Ao se unir com um 

criminoso frio? E não apenas qualquer criminoso, mas o homem que 

gostaria nada mais do que ter o prazer de assistir pessoalmente aminha 

morte. Perdoe-me se eu sou incapaz de expressar adequadamente minha 

gratidão. 

- Você só tem que se culpar. Quando você decidiu trair essa escória, 

oque você pensou que aconteceria? Porque eu concordei com seus termos, 

ele não vai vazar o seu nome às autoridades. Ele quer os bens que você 

roubou dele, mas ele não vai matar você. 

Benedict ficou rígido em seu assento. Espere um segundo, o que ele 

quis dizer? Será que Henry achava que Benedict era o único que 

trabalhavapara Renault? Ele cautelosamente considerou a possibilidade. É 

isso que seus anos mentindo para sua família sobre sua profissão lhe 

renderam? Se o seu irmão acreditava que ele tinha que se curvar à Renault 

para proteger não só a família, mas Benedict... 




- Mande seus homens saírem para que possamos conversar de homem 

para homem. 

Henry jogou-lhe um olhar incrédulo. - Eu pareço um idiota para você? 

Eu... 

- Pelo amor de Deus, faça com que me amarrarem à cadeira se você 

quiser, mas precisamos falar em particular. Ele fixou um olhar teimoso no 

Henry e sentou-se em silêncio, o tempo todo suplicando mentalmente para 

o seu irmão fazer o que ele pediu. 

Henry olhou para ele de forma crítica, por um momento, os lábios 

franzidos em pensamentos. Mais do que tudo, os olhos escuros refletiam 

confusão, como se estivesse incerto sobre o que fazer a seguir. Não era uma 

expressão que Benedict teria esperado de seu irmão, o conde. Finalmente, 

Henry deu um aceno de cabeça e instruiu seus homens para amarrar 

Benedictfirmemente à cadeira. Uma vez que as amarras estavamseguras, 

ele acenou e mandou-os para fora da sala, admoestando-os a ficar do lado 

de fora da porta. Quando a porta fechou, ele fez sinal para que Benedict 

continuasse com deferência exagerada. 

Benedict decidiu, naquele momento, ele tinha encerrado com os 

segredos. Ele tinha encerrado com o dolo, com uma vida dupla e de mentir 

para sua família e amigos. Parecia que toda a decepção em sua vida foi o 

que o levou a este ponto, estar amarrado a uma cadeira no escritório de seu 

irmão, perdendo a confiança de um de seus amigos mais antigos, e de ter 

causado dor irrevogável para a mulher mais importante em sua vida. 

Ele se lembrou de Evie sentada no banco de pedra no jardim, à luz do 

luar. Inocente. Indigna de mentiras, especialmente quando as coisas 

culminaram em homens depravados aparecendo com intenções assassinas. 

Indigna de um ter homem como ele em sua vida. 

Ele ergueu os olhos para seu irmão com o novo foco. - Eu juro para 

você sobre o túmulo de nosso pai que o que eu vou dizer é a verdade 

absoluta e completa. Fui recrutado pelo Ministério da Guerra para atuar 

fora da escola. Minha habilidade com a esgrima chamou a atenção, e as 

minhas habilidades atléticas, combinadas com o meu status social e francês 

fluente me fizeram um candidato perfeito para me tornar um agente da 

Coroa. 

As sobrancelhas de Henry dispararam em sua testa, surpreso. Benedict 

apressou-se não querendo dar-lhe a oportunidade de interromper. - Eu 




conheci Renault quase um ano atrás, quando eu estava infiltrado em sua 

operação. Meu trabalho resultou na captura e prisão de muitos dos seus 

principais homens. Ele escapou à prisão, mas durante o caos, o seu irmão 

se virou para mim, e eu não tive escolha a não ser matá-lo. 

- Eu sabia que Renault iria querer vingança, mas eu pensei que a 

minha verdadeira identidade estava segura. Quando eu soube que ele tinha 

montado um acampamento de novo, eu fui investigar. Foi quando eu ouvi 

você falando com ele. 

Henry ficou mudo por um momento, olhando para Benedict como se 

estivesse tentando ler sua mente. - Você está mentindo. 

Benedict balançou a cabeça lentamente. - Eu sabia que a propriedade 

estava passando por dificuldades, e eu pensei que você queria uma saída 

fácil. Eu passei a última semana em agonia, chegando a um acordo com o 

fato de que eu teria que te entregar aos meus superiores e destruir a nossa 

família no processo. 

Então, todos os seus segredos foram agora postos a nu. Deus, ele 

desejava ter sido tão honesto assim com Evie. Ele balançou a cabeça. Ele 

tinha que se concentrar no presente. 

Henry simplesmente olhou para ele por um momento, antes de cair 

pesadamente na cadeira. Benedict estava bem consciente de que, ao admitir 

que ele estava a serviço da Coroa, ele tinha efetivamente terminado com a 

sua carreira de espionagem. Claro que, como ele havia sido comprometido 

por Renault, em verdade, ela já havia acabado. Curiosamente, ele não tinha 

sentimentos de pesar sobre deixar pra trás esta parte da sua antiga vida. Ele 

só desejava ter tomado essa decisão antes de ter causado tantos danos às 

pessoas que ele gostava. 

Henry ergueu os olhos para Benedict. - Eu pensei que você fosse um 

traidor. Ele tinha provas, na forma de cartas que você tinha escrito para ele. 

Benedict pensou por um momento antes de compreendertudo. Ele quis 

dizer as cartas enviadas antes do ataque. Elas parecem muito contundentes 

de fato. - O que foi que ele propôs? Qual é exatamente a natureza do seu 

relacionamento? 

- Não foi tanto o que ele propôs, mas sim o que ele precisava, Henry 

respondeu um tanto enigmaticamente. 

Que diabos isso quer dizer? - No caso de você ter esquecido, você é o 

maldito Conde deDennington. Como foi falado pra mim repetidamente 




enquanto crescia, existem muito poucas pessoas que podem exigir algo de 

você. Estou bastante certo de que Renault não seria um deles. 

Henry tocou o tinteiro elegante que descansava sobre a mesa, evitando 

o olhar de Benedict. Quando finalmente falou, suas palavras foram 

cuidadosamente escolhidas e silenciosamente pronunciou. - Ele ameaçou 

não só revelar você como um traidor, mas destruir o meu nome também. 

Ele tinha feito o seu dever de casa. Ele sabia sobre a dívida em que a 

propriedade está mergulhada. Ele me pegou por besteiras. 

Benedict soltou um longo suspiro. Ele se sentiu um pouco doente 

consigo mesmo, uma sensação que foi lamentavelmente se tornando mais e 

mais comum, comos acontecimentos recentes que haviam se desenrolados. 

- O que ele quer? 

- Supervisionar a distribuição de alguns carregamentos de mercadorias 

contrabandeadas, basicamente terminar o trabalho, ele disse que você 

concordou em fazer. 

Por fim, ele sentiu um alívio cauteloso se propagar através de seu 

corpo como água fria; o alívio nasceu simplesmente por saber que seu 

irmão não tinha voluntariamente se juntado a uma rede de contrabando, que 

ele não teria que arrastar o nome de sua família no meio da lama. Tão forte 

era o alívio que ele poderia esperar, quem sabe um dia ser capaz de ver 

Evie novamente. 

- Eu temo que eu tenha cometido um grave erro, Henry murmurou. 

- Você fez o que pensou que tinha que fazer. 

- Não, você não entende. Henry engoliu em seco. - Eu não estou 

falando sobre o passado. Eu estou falando do futuro imediato. Eu...eu 

aviseio Renault. É por isso que eu estava segurando você aqui. Avisei o 

Renault, assim como ele me instruiu, e ele sem dúvida vai estar aqui muito 

em breve. 

Oh meu Deus. Benedictse sentou em choque mudo por um momento, 

tentando entender as ramificações direito. - Ele está vindo para cá? Agora? 

Ele soltou uma série de palavrões, lutando contra as amarras que o 

seguravam na cadeira. - Henry, homem, pelo amor de Deus, quanto tempo 

temos? Ele vai me matar onde eu estou, provavelmente nós dois! 

Henry levantou-se e correu para a porta.- Solte-o,Nigel, rápido! 




O lacaio assustado olhou incerto de Henry para Benedict. O clima na 

sala era muito diferente de quando tinha fechado a porta, e seu cérebro 

parecia estar tendo problemas para processar a mudança. 

Henry olhou para ele, exasperado. - Agora Nigel. 

Quando Henry olhou inquieto em seu relógio de bolso, o coração de 

Benedictquase parou. Ele tinha a terrível sensação de que não estavam 

lidando com horas, mas com minutos apenas até que seu inimigo chegasse. 

Só um milagre poderia ajudá-los agora. 

Caro Papai, 

Nós estivemos aqui antes, mas muita coisa mudou desde então. Devo 

dizer-lhe que o Sr. Benedicté, de facto, o Sr. Benedict Hastings. É uma 

história muito longa, que eu prometo irei contara, mas agora eu preciso 

que você saiba apenas que eu estou ido vê-lo. Não temas, porque Richard 

está com ele agora, e eu vou pedir para Richard me acompanhar até em 

casa quando a minha tarefa estiver concluída. Eu o amo com todo meu 

coração, papai. Devo dizer-lhe que eu o perdoei. Tem havido tanta falta de 

comunicação entre nós; Eu preciso que ele ouça essas palavras dos meus 

lábios. 

Oito anos atrás, quando eu parti para encontrá-lo, eu estava fora de 

mim com a minha própria dor e com a traição. Desta vez é para tirar a 

culpa da mente dele e impedir que ele viva com essa mesma dor. Por favor, 

não se preocupe comigo, e peço- lhe para não tentar vir atrás de mim. 

Quando eu voltar, eu prometo viver a minha vida com a alegria de ter 

conhecido o amor, mesmo que brevemente. Isso não quer dizer que eu não 

vou estar com o coração partido, mas eu, pelo menos, já não vou estar 

vivendo com medo e dúvida. 

Com amor e esperança de compreensão, 

Evie 

- Eu não sei, minha senhora. Talvez eu deva perguntar para lorde 

Granville. 

Evie tentou não mostrar o alarme que sentiu com as palavras de 

Dunley. Sob nenhuma circunstância seus paispoderiam saber o que ela 

*** 




estava fazendo até que ela já tivesse partido. Tendo banido sua criada de 

seu quarto para Evie poder "descansar", ela estava contando ter pelo menos 

duas horas antes que alguém descobrisse a sua ausência ea carta em cima 

de seu travesseiro. Ela olhou para seu criado de longa data com o seu olhar 

mais autoritário. - Dunley, você sabe muito bem que eu atuo no lugar de 

meu pai. Ele está muito ocupado no momento, e eu gostaria de dar um 

passeio pelos arredores. 

Ela estava muito feliz por ter pensado em pegar um xale para colocar 

sobre a tipoia no braço esquerdo. Ela não queria que o criado visse que ela 

ainda estava sofrendo os efeitos da queda. Embora o desconforto tivesse 

diminuído de forma significativa, ela achava melhor manter o braço livre 

de traumas no passeio. 

- Sim, minha senhora, é apenas que... 

- Mr. Dunley, ela interrompeu bruscamente. O homem fechou a boca e 

engoliu. - Os estábulos foram meus domínios por anos. E não éatribuição 

sua questionar meus desejos. Gostaria que Epona fosse selada e que você a 

trouxesse para mim imediatamente. Está entendido? 

Os olhos de Dunley estavam tão grande como pratos de jantar. Ela 

nunca tinha falado, em toda a sua vida, com qualquer um dos funcionários 

dessa forma. Ela engoliu a sensação de culpa que sentia; sua missão era 

importante demais para se preocupar em ofender alguém. 

- Ainda assim, minha senhora... 

- Ah, aí está você. 

Beatrice. Ela estava na porta, a luz cinza suave do dia nublado 

delineando sua forma pequena. Ela caminhou pra frente propositadamente, 

seus chinelos em silêncio sobre o chão de terra. Evie não sabia o que pensar 

sobre chegada de sua irmã. Ela tinha causado problemas para Evie no 

passado, mas Evie pensava que as coisas tinhammelhorado depois da 

última conversa. 

- Estava procurando por mim? Evie manteve sua expressão neutra, 

apesar do mal-estar raspando seus nervos já desgastados. 

- Sim. Papai enviou-me para perguntar-lhe em quanto tempo você 

acha que pode estar de volta. Ele queria que você estivesse presente para a 

reunião com o gerente da propriedade. Seus olhos eram perfeitamente 

inocentes, suas palavras precisamente sinceras. 




Quando Dunley olhou de Beatrice para Evie esperando sua resposta, 

Beatrice piscou e ofereceu um sorriso impertinente. Amor pela abençoada 

intromissão da irmã inchou dentro do peito de Evie, e ela ofereceu-lhe um 

sorriso agradecido. 

- Obrigada, Beatrice. Estou pensando em fazer uma caminhada longa 

e agradável com Epona, então não me espere por horas ainda. Diga a Papai 

para agendar a reunião para o final da tarde, se ele não se importar. 

- Como você quiser. 

Evie virou os olhos impassíveis para o criado. - A sela, Mr. Dunley? 

Ele acenou com a cabeça e desapareceu na sala anexa. Evie correu 

para o lado de sua irmã e envolveu-a em um grande abraço, gratapor 

finalmente se sentir bem o suficiente para fazê-lo. - Você é maravilhosa; 

você sabia disso? 

Beatrice a abraçou de volta antes de se afastar. - Eu não sei por que 

você está saindo, mas tenho certeza de que tem a ver com Benedict. 

Evie assentiu, piscando para conter as lágrimas. - Sim. Eu o amo. 

Devo ir com ele. 

- Bem, então, é melhor começar a se mexer. Vou cobrir você, até onde 

eu sou capaz, você deve ganhar algumas horas, pelo menos. E eu vi onde 

escondeu o seu saco no jardim. Eu coloquei um pouco de pão e biscoitos 

que surrupiei da cozinha no caso de você ficar com fome. 

Quando ela tinha se tornado uma menina tão doce? Evie ofereceu-lhe 

um sorriso sincero. - Eu não vou esquecer isso, Bea. Obrigado. 

Ela assentiu com a cabeça uma vez, beijou o rosto de Evie, em 

seguida, retirou-se dos estábulos de volta para a casa. 

O criado reapareceu, carregando a sela em seus braços e se dirigiu 

para baia de Epona. Ela ofereceu-lhe um pequeno sorriso conciliador. - 

Obrigado, Dunley. Eu já fui muito paparicada ao longo dos últimos dias, 

então me perdoe se eu sou muito sensível. Você não precisa se preocupar. 

Eu sei dos meus limites, e eu quero simplesmente dar uma volta a cavalo, 

literalmente. 

Ele acenou com a cabeça novamente e partiu para fazer seu trabalho. 

Graças a Deus. 




Capítulo Vinte e Sete 

Se eu soubesse por que você escreveu aquela carta horrível. Tentei vir 

atrás de você, mas Papa interveio. Agora eu nunca vou saber por que você 

me traiu. 

De Evie para Hastings, composto mentalmente quando seu pai a 

levou para casa. 

O bater de cascos de cavalos fora da casa era inconfundível. Benedict 

e Henry congelaram no lugar, seus olhos fixos um no outro. Eles haviam se 

mudado do escritório para a sala da frente, freneticamente tentando se 

preparar para o próximo confronto. Era muito cedo. Eles não tinham tido 

tempo de chegar a um plano adequado ou qualquer plano, na verdade. 

- Merda! Henry assobiou, um olhar de pânico tomando conta dele. 

A mente de Benedict correu. - Tudo bem, isso é o que vamos fazer. 

Faça o seu homem abrir a porta e levá-lo para o seu estúdio. Diga-lhe que 

estou sendo mantido no porão, e peça-lhe para acompanhá-lo até lá. 

Quando você abrir a porta, empurre-o e feche a porta.-O plano é casual na 

melhor das hipóteses, mas quais são as opções? 

Henry estava puxando a cortina para trás, tentando obter um 

vislumbre de Renault. - Isso não faz nenhum sentido. Há apenas um 

homem lá fora. Renault viaja sempre com pelo menos dois de seus 

companheiros. O que ele está planejando? 

Benedict correu para a janela e puxou o tecido de lado para obter um 

ponto de observação. O cavaleiro freou, desmontou e caminhou a passos 

largos em direção ao portão da frente. 

Gratidão ao contrário de qualquer coisa que ele já tinha experimentado 

caiu sobre ele como um maremoto. - Richard exclamou Benedict, 

reconhecendo altura e a forma de caminhar de seu amigo enquanto ele se 

aproximava da casa. Ele deixou cair a cortina e caminhou até a porta. O 

alívio percorreu-o como uma droga. - Richard, ele exclamou novamente 

quando abriu a porta, ignorando o estrondo, uma vez que se chocou contra 

a parede. 

Richard parou de uma vez, assustado. Benedict não se lembrava de ter 

se sentido tão aliviado, grato, amado, e apreciado em toda a sua vida. Ele 




viu quando o olhar de choque se transformou em confusão nos olhos do 

amigo. Richard correu para a porta, e Benedict agarrou sua mão em um 

aperto de mão sincero antes de puxá-lo para um abraço e um tapa sonoro 

em suas costas. 

Ele engoliu em seco, tentando manter suas emoções sob controle. De 

todas as perguntas que rodavam em sua cabeça, a única que ele conseguiu 

fazer foi: - O que você está fazendo aqui? 

Richard parecia mais do que um pouco confuso. - Eu pensei que 

estivesse vindo para ajudá-lo, mas parece que minha ajuda não é 

necessária. O seu irmão ainda está aqui? 

- Na verdade, eu estou senhor. Henry apareceu na sala e curvou-se de 

forma inteligente para Richard, que por sua vez, parecia como se tivesse 

mordido um limão. 

Benedict levantou as mãos. - Aconteceu muita coisa desde que eu 

cheguei aqui. Henry não tinha ideia de que Renault queria me matar. 

Renault o convenceu de que eu era o traidor, e ele ameaçou arruinar a 

família se Henry não executasse as suas instruções. Ele olhou para trás e 

pra frente entre os dois homens. A expressão ofendida de Henry falou 

claramente da traição, enquanto Richard abriu a boca transmitindo 

incredulidade. 

- Eu sinto muito, Henry, mas eu não tenho nenhum segredo com 

Richard. E Richard, eu gostaria de ter mais tempo para explicar, mas a 

Renault estará aqui em breve, e eu não tenho nenhuma dúvida de que ele 

irá me executar alegremente aqui onde estou se não tivermos um plano. 

Embora eu aprecie a sua presença aqui mais do que você poça imaginar, 

você deve sair rapidamente daqui, você tem que ter ido antes que ele 

chegue. 

Richard levantou uma sobrancelha. - Depois de acordar as quatro 

horas da manhã, andar meio caminho para Londres a uma velocidade que 

eu realmente não recomendo, apenas para me reunir com você, você não 

pode pensar que eu vou virar as costas e correr agora, pelo amor de Deus. 

Ele passou por eles. - Ofereça-me uma bebida, e vamos ao que interessa. 

Apesar de tudo, Benedict abriu um sorriso. Ele estaria em débito com 

o seu amigo para o resto de sua vida. Ainda assim, ele não podia 

simplesmente deixar o homem caminhar cegamente em face do perigo. - 

Richard, estes homens não são seus amigos bebedores de rum. Eles 




mataram homens por muito menos do que as coisas que eu fiz para eles. 

Eles não hesitaram em cortar sua garganta. 

- Ainda melhor, eu não vou ter que me preocupar com a minha 

maldita consciência quando as coisas ficarem incivilizadas. As palavras de 

Richard foram simplistas, mas a determinação nos olhos dele era 

inconfundível. 

Benedict assentiu uma vez e sabia que seu olhar mostrava toda a sua 

gratidão.- Bem, então, vamos adiar o estudo. Esperemos que a inspiração 

nos ataque e nós vamos realmente chegar a um plano viável. Ele seguiu 

pelo corredor sem esperar que os outros homens concordassem. O caminho 

todo, sua mente estava girando furiosamente tentando chegar a uma 

estratégia. Renault estava vindo aqui para buscá-lo. O francês teria de 2 a 4 

homensarmados e totalmente capazes para o combate. Benedict não tinha 

intenção de matar, ou mesmo ferir alguém se pudesse evitá-lo. Ele queria 

que eles os capturassem para que pudessem entregá-los para o escritório, se 

possível. 

Os três homens entraram na sala e se espalharam, Richard e Henry 

tomando as duas cadeiras na frente da escrivaninha, enquanto Benedict 

sentou-se atrás dele. O quarto era muito quente e silencioso então ele olhou 

para os dois homens nos olhos. 

- Primeiro eu quero dizer que as minhas escolhas na vida, e as 

decepções depois, me levaram a este momento. Henry, eu deveria ter 

confiado em você como meu irmão, meu único irmão, e contado a verdade 

sobre a minha carreira. Essas escolhas resultaram em um homem bastante 

perigoso aparecendo em sua porta e envolvendo você e toda a propriedade 

Dennington nessedesastre. Suas escolhas em matéria de lado,eram em 

última análise o seu desejo de retaliar contra mim que nos trouxe a este 

momento. 

Ao aceno solene de Henry, Benedict voltou sua atenção para Richard. 

Seu amigo tinha sido parte de sua vida por tantos anos; quase todas as 

memórias escolares dele. - Richard. Ele fez uma pausa, lutando para 

encontrar as palavras certas. - Richard, eu não posso expressar a minha 

tristeza por trazer esta luta à sua porta. Nunca vou me perdoar por causar 

dor a Evie. E simplesmente não há maneira de expressar a minha gratidão 

pela sua presença aqui. Seu apoio, tanto física quanto emocionalmente, é 

bem, deixe-me dizer obrigado. Do fundo de minha alma, obrigado. 




Ele respirou fundo e seguiu em frente com o assunto. - Agora, eu 

tenho lidado com Renault nestes meses. Ele é cruel e perigoso, e temos de 

ter muito cuidado ao lidarmos com ele. Bento virou-se para Richard. 

- Henry avisou Renault, e ele espera me ver sob o controle de Henry. 

Henry originalmente estava me segurando na adega, localizada a poucos 

passos descendo a colina atrás do pavilhão. Aqui está o que eu tenho em 

mente Benedictinstruiu-os sobre o plano quetinha se formado em sua 

cabeça. Se eles estivessem comsorte, ninguém iria se machucar e, ao cair 

da noite, eles teriam os franceses a caminho de Londres. Tudo o que 

podiam fazer neste momento era manter o plano e rezar para que tudo desse 

certo. 

Três horas mais tarde, todos estavam no local quando o barulho dos 

cascos dos cavalos anunciou a chegada de Renault. Richard, que estaria 

agindo como um dos criados de Dennington ao lado de Nigel olhou para o 

irmão de Benedict de seu postona porta da frente. 

Era realmente uma pena isso ser realmente mortal e não um encontro 

noClubeJackson. Depois do caos em que Dennington tinha envolvido sua 

família, porém de forma não intencional, Richard adoraria a oportunidade 

de espancar o homem. Mas isso era real, e eles eram aliados com um 

inimigo comum se aproximando rapidamente. 

Dennington passou a mão trêmula pela testa, manchas de suor 

umedeceram sua sobrancelha. Ele parecia um coelho assustado, pronto para 

fugir ao primeiro sinal de perigo. Droga, se Dennington não superar seu 

maldito nervosismo, ele iria por tudo a perder. O plano deles era fraco na 

melhor das hipóteses, mas eles estavamempenhados agora, e Richard, por 

exemplo, ia fazer tudo ao seu alcance para dar certo. 

- Respire fundo homem, disse Richard em voz baixa. - Confie no 

plano. 

Dennington olhou para cima e encontrou os olhos de Richard. Ele 

respirou fundo e assentiu com a cabeça bruscamente. 

Richard suprimiu o desejo de esganar o homem. Nada de grave, 

apenas o suficiente para solta-lo um pouco. - Dennington confia em seu 

irmão. Ele sabe o que ele está fazendo. 

*** 




Um sorriso irônico cruzou a fachada rígida de Dennington. - Acho que 

é hora de eu começar a confiar nele. Se eu tivesse feito isso antes,nada 

disso estaria acontecendo. 

- Exatamente, disse Richard, balançando a cabeça em aprovação. Um 

pouco de medo deixou o rosto do conde. Agora, ele apenas olhava 

consternado. Era uma ligeira melhora, pelo menos. - E ele está à espreita no 

porão, pronto para atacar quando chegar o momento certo. Renault e seus 

homens não terão a menor chance. 

William estava de guarda do lado de fora do porão, mantendo a 

aparência de que Benedict era um prisioneiro. Para que o plano 

funcionasse, Renault tinha que acreditar que tudo estava em ordem. Se ele 

fosse colocado na ofensiva, as coisas ficariam bem ruins num piscar de 

olhos. 

Passos se aproximaram da porta da frente, e Richard deu uma última e 

calma respiração. Era isso. Nigel assentiu uma vez antes de puxar a porta 

aberta antes mesmo de Renault bater, e ele conduziu o francês e seus três 

homens para a sala onde Richard e Dennington já esperavam. O homem na 

frente era, sem dúvida, Renault. Seu nariz grande era ligeiramente torto 

exatamente como Benedict tinha descrito. Seu cabelo negro estava 

penteado para trás, e seu olhar escuro fixado exatamente sobre Dennington, 

ignorando completamente Richard. 

O homem alto magérrimos atrás dele parecia ser o homem que 

Dennington havia descrito como Armand, eo companheiro de cabelos 

brancos tinha que ser Charles. O terceiro homem, cuja espessura, 

construção muscular e cabelos loiros de areia não correspondiam a 

nenhuma das descrições de Dennington ou Benedict, pendurou-se mais 

próximo à porta. 

Sem prelúdio, Renault perguntou: - Ele está aqui? 

Dennington empalideceu visivelmente sob o escrutínio de Renault. - 

S-sim, disse ele, com a voz embargada ligeiramente. - Ele está no porão 

descendo o morro. 

Richard mordeu o interior de sua bochecha, estreitando os olhos para 

o conde. Recomponha-se, Dennington. 

- Eu gostaria de vê-lo.O sotaque francês de Renault parecia 

excepcionalmente pronunciado dentro dos limites do pavilhão de caça 

Inglês. 




Dennington acenou com a cabeça e fez um gesto para a porta. - Claro. 

Estamos mantendo-o na antiga adega atrás da casa. Se você me seguir, eu 

vou levá-lo até ele. 

O rosto de Renault contorceu-se com a sugestão. - Eu não tenho 

nenhum desejo de chapinhar na lama até a sua adega. Traga-o aqui, se você 

quiser. É muito mais civilizado. 

O rosto de Dennington traiu um toque de pânico, e Richard rangeu os 

dentes para não intervir. As coisas já estavam se desviando de seu plano e 

eles não tinham um plano real para contingências. 

- Algum problema, Dennington? A calma na voz grave de Renault foi 

arrepiante. Ele estava começando a suspeitar que as coisas não estavam 

como deveriam estar? O peso da arma enfiada na cintura de Richard daria 

pouco conforto se os quatro franceses se voltassem contra eles agora. 

- Não! Claro que não. Nigel, Denningtongritou, e seu criado apareceu 

imediatamente na porta. - Por favor, escolte meu irmão da adega. Tome 

cuidado para que ele seja... devidamente contido. Por favor. 

- Sim, senhor. Nigel virou-se e saiu da sala. 

Renault acenou para um dos seus homens. - Lawrence, talvez você 

deva acompanhar Monsieur Nigel. Outro conjunto de mãos pode ser útil. O 

homem chamado Lawrence assentiu e correu para fora do quarto. 

À medida que os minutos passavam Richard não podia fazer nada 

além de assistir o suor brotar na testa de Dennington. Cada tique-taque do 

relógio de pêndulo era como bater de palmas, eo conde ficou mais e mais 

agitado a cada balanço do pêndulo. 

Richard desejou que o conde de mantivesse a calma, ficar de fora e 

esperar pelo seu irmão para se adaptar ao novo plano. Seu coração pulou 

quando Dennington deu um passo para a porta. 

- Eu vou ver o que estáretendo-os. 

- Sente-se! 

Ao comando de Renault, Dennington imediatamente caiu para trás na 

cadeira como um cão treinado. 

Renault colocou uma mão pesada no ombro do conde. - Não estamos 

com pressa. Por favor, não se incomode. 

Um barulho arrastado no corredor chamou a atenção de Richard, e ele 

virou-se a tempo de ver William aparecer na porta, com os olhos treinados 

sobre Dennington. Um olhar para o seu mestre, e William saltou parafrente, 




atacando o mais próximo dos homens deRenault,Charles. Richard mal deu 

um passo antes de William pousar um soco na têmpora do homem. 

Não! 

- Sacré bleu A maldição pairou sobre o caos que se seguiu quando 

Renault virou, deixando cair a mão do ombro de Dennington. O conde 

fugiu de seu assento, tropeçando para trás. Na frente dele, Charles balançou 

a cabeça como um cão e virou paraWilliam.Maldição, não havia como 

voltar atrás agora. Richard correu para o corpo a corpo e dirigiu-se para 

Armand. 

- Armand, en garde! Renault gritou, brandindo uma pistola que 

parecia ter se materializado a partir do ar.Armand respondeu 

imediatamente, derrubando sua cadeira em sua corrida para levantar e tirar 

sua pistola. 

Richard ficou em desvantagem,balançando suas mãos no ar. Droga, 

ele deveria ter tirado sua própria maldita pistola, mas seu primeiro instinto 

foi de lutar. William defendia-se, bem como, ofegava enquanto levantava 

as palmas das mãos viradas para fora. Charles olhava furiosoenquanto 

limpava o rosto e com sangue, rapidamente sacou sua própria arma. 

Movendo-se rapidamente o movimento quase parecia um borrão, ele atacou 

William com a coronha da pistola, batendo na testa do criado. O sangue 

correu pelo rosto de William antes mesmo que ele tivesse caído de joelhos. 

Dennington proferiu um som, simples horror estrangulado e seus 

olhos se arregalaram quando ele olhou boquiaberto paraos ferimentos de 

seu criado. Richard começou a reagir, mas Armand imediatamente acenou 

com a arma para ele. 

- Vá em frente, monsieur. Eu ficarei muito feliz em te matar. 

Richard parou, rangendo os dentes com fúria impotente. O sorriso no 

rosto do francês mostrou o quão feliz o homem ficaria por colocar uma bala 

no peito de Richard. William gemeu, pressionando a mão na cabeça 

ensanguentada. 

- Aqui, deixe-me ajudá-lo com isso.O tom educado de Charles, com 

seu sotaque francês melódico, era arrepiante. Quando William virou-se 

para olhar para ele aturdido, Charles virou-se para ele de novo, desta vez de 

pregando-lhe diretamente na têmpora direita. Como uma árvore abatida, 

William caiu parafrente, batendo com a cara no chão de madeira 

empoeirada. 




Richard se sentiria pior pelo homem, se o tolo não tivesse começado a 

coisa toda. Um som suave chamou sua atenção para o conde, que tinha 

ficado tão branco quanto um lençol. Ele sentou-se pesadamente no sofá, 

visivelmente engolindo. Quando seus olhos encontraram os de Richard, 

Richard quase podia ouvir seus pensamentos. Primeiro William, quem era 

o próximo? 

- Qual é o significado disso? Você tem coragem de tentar me enganar, 

seu estúpido?Renault cuspiu furiosamente, os nós dos dedos ficaram 

brancos onde ele agarrou a pistola. 

Dennington levantou as mãos, com os olhos pulando de lá pra cá entre 

os canos das pistolas de Renault e de Charles. Ele abriu a boca para falar, 

mas não saiu nada,somente um gemido. 

Richard aproveitou que a atenção dos franceses estava no conde e 

chegou lentamente por atrás,pelas costas. O metal quente estava encostado 

em suas costas, zombando com a sua proximidade. 

- Vamos, Renault retrucou, apontando para a porta. - Vocês dois, do 

lado de fora. Mãos ao alto! 

Richard congelou ao comando quando o olhar negro de Renault 

pousou sobre ele. Se ele se movesseagora, Richard não tinha dúvida de que 

se juntaria a William no chão. Com raiva, ele colocou as mãos novamente 

pra cima,caminhou para o hall de entrada e saiu pela porta da frente. 

Quando passou por Armand, o francês levantou ocasaco de Richard e 

pegou a pistola de onde estava escondida em suas costas. Todo o corpo de 

Richard ficou tenso, mas Armand apenas riu quando ele colocou a arma em 

sua própria cintura e empurrou-o para frente. 

Maldito. Maldito. Maldito. Inferno. 

Uma vez fora, eles se espalharam e encararam um ao outro mais uma 

vez. Dennington balançou um pouco, olhando fixamente para o cano da 

pistola de Renault. Quando seu olhar desviou entre os três inimigos, a 

mente de Richard girou com os possíveis cenários de ataque. Infelizmente, 

cada caminho levou a um beco sem saída, literalmente. 

- De joelhos, vocês dois, disse Renault, cuspindo as palavras. 

Henry e Richard trocaram olhares antes de fazer o que ele estava 

mandando. As coisas estavam muito longe de qualquer possibilidade de 

serem planejadas. 

Renault caminhou até Dennington. - Onde está o teu irmão? 




- Eu não sei, exclamou o conde com a voz muito mais alta do que o 

habitual. 

Cruelmente Renault bateu no rosto com o cano de metal da pistola, 

fazendo-o voar de lado no cascalho.O sangue derramado no chão era um 

rio vermelho, chocantemente gritante contra o cascalho branco do caminho. 

As mãos de Richard se fecharam ao seu lado. Se ele se movesse agora, um 

dos idiotas malditos segurando uma arma para ele, certamente iria puxar o 

gatilho. 

- Não minta para mim! Onde ele está? 

Dennington, de bruços no cascalho afiado, permaneceu em silêncio e 

cobriu o rosto com as mãos. Richard não podia culpar o homem por sua 

reação. No entanto com a raiva que Renault estava a verdade só iria piorar 

as coisas. O sangue manchou os punhos outrora brancos da camisa dele, e 

Richard teve a súbita imagem de um touro ferido fortalecendo seu matador 

sanguinário. 

Depois de alguns segundos de silêncio, Renault atacou com o pé, 

chutando o conde profundamente em seu rim direito. Décio gritou de dor, 

enrolado em uma bola protetora. 

- Onde está o teu irmão? Você mandou me chamar para que eu 

pudesse pegá-lo, então onde está ele? 

- Aqui, Renault. 

De pé na porta da casa, Benedict sentiu a fúria quente como lava 

derretida em suas veias enquanto observava a cena na frente dele. Seu 

irmão jazia caído no chão aos pés da Renault; Richard estava de joelhos a 

poucos metros com as mãos congeladas em seus lados. 

Ao som da voz de Benedict, Richard imediatamente tomou vantagem 

da distração e se lançou para o mais próximo dos dois inimigos,Armand. 

Sua cabeça pegou o homem desavisado na barriga e derrubou-o no chão. 

Com o impacto, a pistola de Armand disparou. A bala bateu 

inofensivamente nas árvores sem causar danos. Enquanto os dois brigavam 

no chão, Renault e Charles balançavam suas pistolas descontroladamente 

entre Richard, Henry, e agora Benedict. Duas pistolas eram pelo menos 

melhor do que três. 

*** 




Henry tentou se arrastar para trás em suas mãos e pés, mas conseguiu 

apenas chamar a atenção de Renault. O francês se lançou para o colarinho 

de Henry e arrastou-o para os seus pés na frente dele, usando-o como 

escudo humano. Embora o proposito de Benedict fosse nunca vacilar, seu 

dedo no gatilho imediatamente relaxou. 

Maldição. 

Renault sorriu. - Parece, senhor Hastings, que estamos em um 

impasse. Eu tenho a vida do seu irmão em minhas mãos. Muito apropriado, 

olho por olho, um irmão para irmão. Não havia dúvida na malícia fria nos 

olhos do francês. O coração de Benedict bateu em seu peito, mas ele não se 

mexeu até mesmo uma fração de uma polegada. 

- No entanto, Renault continuou sua voz enganosamente calma, - se 

eu matá-lo, você certamente vai me matar. O que é que você sugere, eu me 

pergunto? 

Benedict considerando seu inimigo através dos olhos semi-serrados. A 

resposta surgiu facilmente aos lábios. -Um duelo. 

- Um duelo? Renault riu ironicamente.- Você espera que eu lute com 

você até a morte? Mas, claro, monsieur. O que será, pistolas ou espadas? 

Eu lhe asseguro, eu sou muito mais experiente do que o meu irmão era. 

Você não é páreo para mim ou qualquer outro, assim você pode escolher. 

- Espadas, Benedict respondeu laconicamente. 

- Como eu sei que os seus amigos não vão simplesmente tentar me 

matar se eu conseguir?Os olhos de Renault se estreitaram. 

- Do mesmo jeito que eu sei que seus homens vão me deixar se eu for 

o vencedor. Somos todos cavalheiros aqui, e nós temos padrões. Em um 

duelo honrado, o vencedor deve ser respeitado. Agora, eu assumo o seu 

homem aqui será o seu padrinho? Benedict acenou para Armand, que tinha 

sido apanhado por Richard. 

- Mas é claro. E eu suponho que seu irmão será o seu?Renault 

perguntou com condescendência divertida. 

- Você está errado. Richard, você me daria honra, por favor? 

Os olhos de Richard aumentaram momentaneamente de largura, e ele 

balançou a cabeça rapidamente. 

- Excelente. Senhores, por favor, deponham suas armas e vamos tomar 

os nossos lugares. Eu acredito que ocaminho será suficiente. Benedict 

baixou a arma primeiro, e Richard ficou de pé. 




Renault empurrou Henry pralonge, fazendo-otropeçar, a fim de mantêlo 

em seus pés. Lentamente, Renault baixou sua própria arma e deu um 

passo para trás.- Onde está Lawrence? Ainda que a arma permanecesse 

apontada para o chão, Benedict não tinha dúvida de que ele estava prestes a 

atacar à menor provocação. 

- Não se preocupe, ele está vivo. Ele está sendo atendido por Nigel. 

Renault acenou com a cabeça e, finalmente, lançou fora sua arma. 

Cautelosamente, todo mundo ficou no lugar. Com Henry em pé na 

frente da porta e os padrinhos atrás de seusafilhados, Henry gritou: - 

Pronto! 

Ambos Benedict e Renault brandiram suas espadas. Henry levantou a 

pistola de Benedict para o céu e disparou o único tiro. 

O duelo havia começado. 




Capítulo Vinte e Oito 

Você nunca vai parar de assombrar meus sonhos? Eu sinceramente 

espero que não. 

De Hastings para Evie, falado no silêncio da madrugada um ano 

depois de sua última carta para ela. 

Olhando para o chão recém pisoteado levando a uma garagem 

maltratada várias milhas fora de Amersham, Evie respirou aliviada com a 

visão. Tinha que ser ele. O desvio parecia exatamente como o velho 

agricultor ao sul da pequena aldeia havia descrito. 

Ela diminuiu Epona para um trote quando virou o nariz do cavalo o 

caminho. Ela há muito havia abandonado a tipoia e aproveitou o ritmo mais 

lento para esfregar seu ombro. Ela sentia dores em lugares que nunca tinha 

sentido antes, de maneiras que nunca tinha experimentado antes. Nada 

porém, doía tanto quanto seu coração. Ela só podia esperar que não fosse 

tarde demais. 

Durante o passeio, ela libertou a mente do desconforto e reviveu a 

respiração dele em sua pele, sua voz de seda em seu ouvido, seu calor 

contra seus lábios. Ela recordou o amor que ela tinha nutrido por ele todos 

esses anos atrás. Ela nem sabia que era o que era até agora. Não é à toa que 

ela tinha estado tão oprimida, tão absolutamente perturbada com sua carta 

final. Ele foi o seu primeiro e seu único amor, e ela lutaria por ele agora. 

Ela passou a mão sobre os olhos cansados e olhou o caminho à frente 

deles. O caminho fazia uma curva o que tornou impossível ver o que estava 

por vir. Quem saberia para onde ela estaria indo? Ela tinha pouco a seu 

favor como medida de proteção, por isso, manter a discrição era 

provavelmente, a melhor tática. Instando Epona para fora do caminho, ela 

dirigiu-se para dentro da floresta, mantendo o caminho à vista. 

O que foi isso? Ela puxou as rédeas, parando Epona em suas trilhas. 

Sons estranhos e indistintos vinham pela floresta da direção da casa. Um 

flash de movimento chamou sua atenção. Ela pressionou os calcanhares nos 

flancos de sua montaria, e avançou em direção à borda da clareira. Alguma 

coisa estava acontecendo, e ela tinha que saber o quê. Por fim, ela podia ver 




uma clareira e, em seguida, a casa, e ela puxou as rédeas antes de romper 

com a cobertura fornecida pela floresta. 

O choque de aço retiniu claramente através do ar. Ela rapidamente 

colocou de lado as folhas que bloqueavam a sua visão e engasgou quando 

viu dois combatentes esgrimindo. Benedict! Ela instou Epona ainda mais 

perto, até que ela estava quase na linha das árvores. À sua frente, os 

homens empunhavam suas armas, seus movimentos graciosos e mortais. As 

lâminas brilhavam com uma velocidade estonteante quando eles atacavam 

e contra-atacavam, golpeavam e se defendiam. 

Como se combinassem, seus pés moviam-se para frente e para trás, 

joelhos dobrados e postura ampla para o equilíbrio ideal. As camisas de 

ambos os homens estavam começando a escurecer com o suor. 

Ela moveuos olhos para longe da luta por tempo suficiente para fazer 

um balanço dos outros assistindo o duelo. Ela reconheceu Richard, eo 

homem em pé ao lado de seu irmão tinha uma semelhança bastante notável 

com Benedict. Tinha que ser o conde. Outros dois homens estavam de 

alerta nas proximidades. 

Incapaz de manter os olhos longe de Benedict por muito tempo, ela 

voltou sua atenção para a luta. Ela não sentia nenhuma dor física naquele 

momento, nada. Cada fibra do seu ser focada nos movimentos dos dois 

homens presos em batalha. 

Os movimentos de Benedicteram tão graciosos como em uma valsa, 

cada movimento deslizando suavemente para o lado. Seu adversário era 

menor, mais compacto, e ele executou suas manobras como um ferreiro 

empunhava seu martelo. O contraste era impressionante, e seu coração 

bateu insuportavelmente dentro de seu peito. 

E se o outro homem cansar Benedict? E se Benedict escorregar ou 

cair, ou seu alvo se afastar? Tudo dentro dela desejava gritar, para fazê-los 

parar. Mas ela não se movia ou faziaqualquer som. Ela não seria 

responsável por distrair Benedict, não quando a distração podia levar a 

lesões. 

Ou pior, muito pior. Evie levou a mão à boca e esperou. 

*** 




Renault era melhor do que Benedict esperava, facilmente contrariando 

todos os seus movimentos, colocando-o na defesa várias vezes. Ele se 

concentrou com dificuldade em aprender a técnica de seu adversário e ficou 

satisfeito quando ele rapidamente começou a ver um padrão na forma como 

o outro homem lutava. 

FinalmenteBenedict teve a mão superior, e seus movimentos 

tornaram-se mais fortes e dinâmicos. Renault foi recuando mais do que 

avançandoagora, eo sorriso diabólico foi diminuindo. A confiança do 

francês começou a vacilar, e sua técnica começou a sofrer. Ele começou a 

atacar com frustração, golpes desajeitados que Benedict facilmente 

aparava. 

De repente, Benedict viu sua chance, e ele atacou com uma segunda 

intenção. Exatamente como ele queria, Renault respondeu com uma 

réplica, em que ele estava aberto a poderosa contrarréplica de Benedict. Ele 

sabia que a vitória era dele quando sua lâmina afundou-se na carne do lado 

de Renault, tirando um grunhido de dor agonizante. 

Benedict rapidamente retirou a sua espada e se afastou, ofegante. A 

mão esquerda de Renault foi imediatamente para lado ferido onde o sangue 

estava rapidamente florescendo. 

Benedict inclinou a cabeça ligeiramente, - O primeiro sangue, senhor. 

A vitória é minha. Peço que, por favor, retire-se e os seus homens desta 

propriedade de uma vez. 

- O primeiro sangue, Renault cuspiu. - O que isso tem a ver com 

alguma coisa? Este é um duelo até a morte. 

Benedict olhou para o homem ferido, em silêncio, considerando-o. - 

Eu não tenho vontade de matá-lo,Renault, assim como eu não tinha vontade 

de matar seu irmão. Estou convencido de que a batalha está ganha, e eu 

acho que você gostaria de receber minha benevolência. Agora eu lhe 

digonovamente: Vá embora deste lugar,senhor. 

Renault endireitou-se, grunhindo com o esforço, e olhou-o em silêncio 

por alguns segundos. Finalmente, ele abaixou a cabeça. - Merci, Monsieur 

Hastings. 

Graças a Deus. Benedict assentiu e se virou para ir embora. Ele não 

tinha dado dois passos quando ouviu o rugido rouco de Renault e girou 

para vê-lo estocar para frente com sua espada. Benedict virou sua própria 

espada, ele sabia que era tarde demais para parar o ataque. 




Crack! 

- Não! 

Evie correu do esconderijo naclareira, gritando quandoBenedict e seu 

oponente caíram juntos no chão. O irmão de Benedict segurava uma pistola 

enfumaçada em suas mãos, enquanto Richard e um dos homens 

desconhecidos lutavam por outra pistola. 

Querido Deus, será que o conde atirou em seu próprio irmão? Isto não 

podia ter acontecido; simplesmente não podia acontecer. Suas últimas 

palavras não poderiam ser palavras de raiva, seu último encontro não podia 

ser cheio de animosidade. Ela tinha que chegar até ele. Ele tem que estar 

vivo! Ela instou Epona mais rápido, parando apenas quando chegaram 

aolimiteda parede baixa de pedra que revestia um lado docaminho. Sem se 

importar com a sua dor, ela desceu para a parede antes de saltar para o chão 

correndo para Benedict . 

O segundo homem desconhecido já havia alcançado os dois homens 

caídos e puxou oponente de Benedict de cima dele com um gemido, 

arrastando-o a vários metros de distância. 

Ela tinha chegado tarde demais. Ela podia ver o sangue encharcando a 

camisa, o tecido fino grudado em seu torso arfante. Seu estômago se 

apertou violentamente com o cheiro enjoativo, metálico agarrado a ele 

como uma aura. Ela queria sentir seu cheiro de sândalo; ela queria tirar dele 

o cheiro horrível de sangue. Ela caiu no chão a seus pés, desesperadamente 

feliz que ele ainda estava respirando. 

- Benedict! Benedict, diga alguma coisa. Qualquer coisa. Ela agarrou 

seu ombro com a mão direita, sacudindo-o com força. Lágrimas pingando 

de seus olhos e seu olhar caiu em seu belo rosto desfigurado. 

Ele piscou e olhou para ela como se ela fosse um fantasma. - Evie? 

Ela assentiu com a cabeça bruscamente.- Benedict, você foi baleado. 

- Evie, o que você está fazendo aqui? Sua mão foi para a parte de trás 

de sua cabeça, e ele fez uma careta. 

Ele estava delirando? Desorientado? Ela colocou as mãos em cada 

lado do rosto e disse com sinceridade:- Você não me ouviu? Você levou 

um tiro. 

*** 




Ele deu um pequeno sorriso e balançou a cabeça, encolhendo-se 

novamente. - Não, Renault foi baleado. Eu só bati a cabeça quando fomos 

derrubados no chão. 

O coração martelando de Evie congelou completamente antes de rugir 

de volta à vida. Poderia ser verdade? Ela olhou para o sangue na camisa 

dele, incerta. - Mas o sangue... 

Benedictsentou-se e bateu a mão sobre o peito. - É dele, não meu.Ele 

estendeu a mão para tocar seu rosto, e ela apertou em sua palma da mão 

quente e suja. - Eu estou bem, Evie. Eu asseguro. 

O alívio atingiu-a tão forte que a deixou tonta e ela caiu sobre ele. 

Passos se aproximaram, se intrometendo no momento deles. Evie olhou 

para cima para ver o conde de pé sobre eles. Ele olhou para Benedict, sua 

expressão aturdida. - Ele ia matá-lo. Ele iamatá-lo pelas costas. 

- Eu sei. Eu sei. Henry, você salvou a minha vida. Benedict olhou para 

ela de novo e deu um beijo em sua bochecha. - Eu volto logo, querida. Não 

se mova. 

Levantou-se e esmagou seu irmão em seu peito, abraçando-o com 

força enquanto as pernas de Dennington pareciamestar para fora. Ela não 

entendia o que estava acontecendo, mas sabia que eles tinham 

compartilhado uma relação tensa. Parecia que eles tinham acabado de se 

encontrar novamente. Evie levantou-se e virou-se, dando-lhes um pouco de 

privacidade. 

Ela olhou para Richard, que estava olhando para ela de cara fechada. 

Ele não parecia nada satisfeito ao vê-la. Um homem saiu da casa, e seu 

irmão entregou a pistola que estava mirando no inimigo e correu até ela. 

- O que em nome de Deus que você está fazendo aqui? Papai pode 

muito bem matá-la quando descobrir o que você fez. Apesar de suas 

palavras duras, ele passou um braço ao redor dela e lhe deu um abraço 

rápido e apertado. 

Ela ignorou a queimadura persistente de seu ombro, depois de ter se 

acostumado a ela horas atrás. - Eu não poderia ficar de fora. Eu tinha que 

vir, para lhe dizer que eu o perdoo. 

Ele balançou a cabeça, desaprovando claramente. - E isso não poderia 

ter esperado alguns dias? Você poderia ter se matado. 




- Deixe-a estar, Richard. Benedict deixou o seu irmão de lado e veio 

para ficar ao lado de Evie. - Eu gostaria de ter uma conversa com sua irmã, 

se você não se importa. 

Ele e Richard encararam um ao outro, travando uma batalha 

silenciosa. Por fim, Richard deu um passo para trás e acenou com a cabeça. 

- Acertemas coisas entre vocês. Nós vamos cuidar de tudo aqui. 

Benedict assentiu e pressionou a mão firmemente nas costas de 

Evie,orientando-a para dentro. Ele a levou até as escadas e um quarto com 

cheiro rançoso. - Eu preciso me limpar. Você pode me dar um minuto? 

Ela assentiu com a cabeça, não confiando em sua voz após as 

violentas emoções que ela tinha experimentado em tão pouco tempo. Ele 

desapareceu pela porta, e ela desabou na cadeira dura posicionada no canto. 

Ela pensou que o havia perdido. Quando ela viu o sangue cobrindo-o, 

seu mundo foi destruído, caindo ao redor de seus ombros, como vidro 

quebrado. Sem sombra de dúvida, ela sabia que não poderia viver sem ele. 

O que ela vai fazer? Ela não poderia arruinar as perspectivas de casamento 

de suas irmãs por causa de suas próprias escolhas. Era o suficiente saber 

que ele estava vivo e seguro, mesmo que ela não poderia estar com ele? 

Seu coração se apertou com o pensamento. Ela apertou os olhos fechados. 

Ela faria o que tinha que fazer para o bem de sua família. 

Talvez eles fossem pegar suas penas mais uma vez e partilhar as suas 

vidas através de tinta e papel. Istoserviu bem durante anos, e pode ser a 

única maneira de tornar a vida suportável quando ela o perder. 

- Posso entrar? Ela olhou para cima para vê-lo emoldurado na porta. 

Vestindo uma camisa branca limpa que parecia um pouco pequena demais 

para ele, ele parecia um novo homem, com o cabelo molhado, sua pele 

limpa, a barba raspada. Sustentando seu olhar, seus olhos eram de uma só 

vez brincalhões e brusco. 

Demorou alguns segundos para Evie perceber que ela tinha parado de 

respirar completamente. Graças a Deus ela estava sentada. Rapidamente ela 

respirou desesperada por ar, tentando ao mesmo tempo se convencer deque 

o homem diante dela não era uma aparição. Sua boca de repente seca, ela 

engoliu em seco e disse baixinho: - Sim, por favor. 

Seus olhos nunca deixaram os dela quando ele atravessou a sala para o 

sofá onde ela estava sentada e abaixou-se ao lado dela. 




- Evie, disse ele, muito calor infundindo sua voz, ela realmente corou. 

Ele lambeu os lábios e começou de novo. - Por favor, permita-me 

apresentar-me. Meu nome é BenedictHastings, e eu sou um velho amigo de 

seu irmão. Eu espero que você meperdoe à falta de apresentação adequada. 

Seus lábios se curvaram um pouco para cima, e ele estendeu a mão 

para pegar a mão dela. O toque era uma pluma e tão agradável que ela 

fechou os olhos e estremeceu. Era tão perfeito o momento que ela estava 

relutante em abrir os olhos. E se fosse um sonho? 

Ele tocou um dedo em seu queixo, e suas pálpebras se abriram. 

Definitivamente, não era um sonho. 

- Benedict, ela começou a dizer, mas ele colocou um dedo suave sobre 

os lábios. 

- Por favor, deixe-me dizer uma coisa. Ela fechou a boca e assentiu 

com a cabeça, e ele baixou o dedo e reivindicou a mão livre.- Evie, não 

tenho o direito de pedir o seu perdão pela decepção que eu trouxe para a 

sua vida. Não foi justo com você eu me apresentar como alguém que eu 

não era, forçando assim toda a sua família a participar de um ardil, sem o 

benefício do conhecimento ou escolha. Se eu tivesse que fazer tudo de 

novo, eu teria corrido na direção oposta. Mas eu não posso desfazer o que 

está feito, porém eu queira. E eu desejo poder, por favor, não se engane. 

Ele fez uma pausa e olhou para longe dela, seu olhar voando ao redor 

da sala. Seus próprios olhos baixaram, e ela estudou as mãos unidas. Ela já 

o tinha perdoado em seu coração, mas ainda era de alguma forma 

gratificante ouvir o remorso em sua voz. Ela sabia que ele nunca poderia 

ter desejado que as coisas se desenrolassem daquela maneira, mas foi 

reconfortante ouvi-lo dizer isso, no entanto. 

Havia uma pequena parte dela, que estava relutante em reconhecer, 

que desejava que ele não tivesse se arrependido de conhecê-la. Ela olhou 

fixamente para suas mãos juntas e esperava que fosse mais do que apenas 

um toque reconfortante de um velho amigo. Ela queria que ele implorasse 

por ela como ela fez. Ela queria que ele sentisse a mesma intensidade de 

sentimentos em relação a ela que agora giravam dentro de seu próprio 

coração. 

- Evie, olhe para mim, disse ele suavemente, levantando a mão aos 

lábios e pressionando um beijo firme sobre o interior de seu pulso. 




Seus olhos voaram até encontrar os seusno momento em que seus 

lábiostocaram sua pele sensível, a intimidade do gesto não podia ser negada 

. 

Ela prendeu a respiração e nem sequer tentouacalmar seu coração. Ele 

colocou a palma da mão dela contra seu própriorostoe cobriu a mão dela 

com a sua. Seu rosto estava quente, a pele lisa e macia. A sensação de tocar 

o rosto dele só poderia ser descrito como delicioso. Lentamente, ele 

abaixou as mãos unidas e respirou fundo. 

Quando voltou a falar, seu tom era visivelmente mais leve. - Mas eu 

seria um mentiroso se dissesse que me arrependi de tudo nesse plano 

malfadado. Fiquei espantado quando você correu contra mim naquele 

primeiro dia. Ele sorriu brevemente antes de olhar para ela 

interrogativamente.- Você já se perguntou por que eu sempre respondia às 

suas cartas? 

Cautelosamente Evie assentiu. Como ela poderia não questionar por 

que um estudante dois anos mais velhotinha interesse na menina sem rosto 

escondida no campo? 

- Você foi a única pessoa que sempre escreveu pra mim. Minha 

família não poderia ter se importado menos com o meu bem-estar. Eu não 

tinha cartas de casa como os outros meninos tinham paraentretê-los com 

anedotas e as últimas fofocas. Quando cheguei a Eton, eu era um menino 

solitário,isolado que estava grato por ter encontrado um amigo de verdade 

pela primeira vez em sua vida. 

- E então veio uma carta mal-humorada da irmã do meu novo amigo. 

Evie, você deveria saber como foi cômico para mim. Mas, ao mesmo 

tempo, eu temia uma pessoa que podia amar seu irmão tão ferozmente, e 

com avidez. Ele ofereceu-lhe um sorriso divertido, que ela 

devolveuconscientemente. 

- E então eu escrevi de volta. Ele encolheu os ombros. - Eu 

propositadamente estimulei você, na esperança de obter uma nova carta de 

você. Certamente funcionou. 

- O que aconteceu, Benedict? Eu vi a mensagem nas entrelinhas, mas 

o que levou você a enviá-la em primeiro lugar? Ela apertou a mão ao 

peito.- Você partiu o meu coração naquele dia. E todos os dias, depois 

disso, na verdade. A dor de sua traição suavizou ao longo do tempo, mas 

nunca tinha realmente a deixado. 




Ele balançou a cabeça lentamente, apertando os lábios. - Eu era um 

burro estúpido de dezoito anos de idade, e eu cuidava de tudo abissalmente. 

O governo recrutou-mepara ser um agente da Coroa, e eu tive que quebrar 

os laços com a minha antiga vida antes de passar para a nova. 

Um agente da Coroa? Sua expressão deviaser deincredulidade, porque 

ele sacudiu a cabeça. - Eu vou dizer-lhe absolutamente tudo sobre esse 

tempo da minha vida mais tarde. Basta dizer,que eu fiz tudo errado, e 

realmente não há palavras para expressar o quanto lamento ter 

temachucando. 

- Quando as coisas explodiram na minha cara na semana passada, eu 

tolamente me virei para o meu amigo mais antigo para me ajudar. Fiquei 

arrasado quando eu pensei que o meu irmão tinha propositadamente se 

unido com um homem que não era apenas um traficante conhecido, mas 

um homem que queria me ver morto. Eu tinha uma escolha a fazer: eu 

poderia entregar Henry às autoridades e efetivamente destruir a minha 

família eo condado deDennington, ou eu poderia manter o meu silêncio e 

destruir a minha honra, a minha integridade, e minha autoestima. 

Evie apertou suas mãos. Como se poderia escolher entre essas opções 

horríveis? Ele havia passado por tanta coisa. Ela estava vorazmente curiosa 

sobre ele ser um agente da Coroa, mas ela não queria interrompê-lo, não 

ainda, não quando ele parecia tão perto... Dealguma coisa. Ela assentiu com 

a cabeça, encorajando-o a continuar. 

- Eu precisava de tempo para enfrentar a situação. Eu não podia dizer 

a ninguém, nem mesmo a Richard, tudo o que havia acontecido. Quando eu 

fiquei cara a cara com você, eu fiquei abalado. Primeiro foi o choque de ver 

você, eu acreditava que sua família estava em Londres. Depois disso, eu 

fiquei admirado com você. Eu estava esperando uma intelectual grosseira, e 

encontrei uma mulher cativante elinda. 

Ele me achou cativante? 

Ele deu um pequeno meio sorriso.- A respiração foi tomada 

diretamente de meus pulmões. Com tudo o que estava acontecendo na 

minha vida, no entanto, eu me tornei completamente preocupado com a 

minha antigacorrespondente. O sorriso em seu rosto desvaneceu-se 

rapidamente para uma careta. - Eu perdi o meu foco, e no processo você foi 

ferida. Estou muito triste por isso. Sinto muito por um monte de coisas. 




Ela encontrou-se suprimindo um sorriso inesperado. Ele estava aqui 

com ela agora, e ela não queria maisse debruçar sobre os males do passado. 

Ela levantou uma sobrancelha e disse com altivez fingida: - Você deveria 

mesmo. No caso de você não saber, levar um tiro e ser jogada de um cavalo 

não é uma experiência nada agradável. Eu realmente não recomendo. 

Não havia dúvida no flash instantâneo de alívio em seus olhos cor de 

chocolate. Ele sorriu maliciosamente para ela. - Considere-me instruído, 

minha senhora. 

- E devo dizer-lhe, disse ela, querendo acertar as coisas: - Eu 

realmente não sabia o que estava falando quando disse que eu sabia sobre o 

seu irmão. Eu não sabia até mais tarde. Desculpe-me se eu o feri com a 

minha falta de preocupação. 

Ele fechou os olhos pelo o espaço de uma respiração antes de 

encontrar o seu olhar e acenou com a cabeça uma vez. - Obrigado por isso. 

Ela olhou-o nos olhos, deixando-o ver em sua alma. - Eu te perdoo. É 

por isso que eu vim. Eu precisava que você soubesse que eu te perdoo. E 

que eu te amo. Ela não estava pronta para expressar essas palavras ainda. 

Ela saboreou a alegria que se espalhou sobre o seu rosto. - Eu acho 

que essas são as palavras mais doces que eu já ouvi. Ainda melhor do que 

quando eu descobri que o meu irmão era um cúmplice relutantede Renault. 

Henry pensou que ele estava me protegendo, acredite ou não. 

Ela engasgou.- De verdade? Então você não tem que denunciá-lo? A 

esperança transbordou dentro dela. Isso significava que ela poderia têlo?Ele 

iria querê-la? Sua mente voou com a possibilidade. 

Benedict balançou a cabeça. - Vamos ter que ir ao Ministério da 

Guerra e explicar toda a bagunça pra eles, mas estou confiante que as 

coisas vão funcionar bem, e ninguém será o mais sábio. 

- Então você está livre? Não há nada com que se preocupar? 

- Nada que não possa ser tratado. No momento, a minha maior 

preocupação é que os nossos irmãos estão lá embaixo, me impedindo de 

fazer todas as coisas com você que eu não podia, quando havia segredos 

entre nós. Na verdade, disse ele, abrindo os braços e mantendo as mãos de 

modo a atraí-la contra ele, - Eu gostaria de nada mais do que explorar 

exatamente o quão pouco poderia haver entre nós. 




Evie realmente gostou do som disso. Pressionada contra seu peito 

comoestava, ela achou difícil se importar que sua família estivesse tão 

perto. 

Recuando, ele levantou as mãos dela e beijou-as uma de cada vez. - 

Eu admito, eu sou um pouco chateado com alguma coisa em mim. 

Ela piscou, tentando ver além da imagem dos dois entrelaçados na 

cama. - E o que, por deus, é isso? Ela estava feliz que a miséria e seriedade 

foram abandonando a sua expressão. A emoção correu através dela 

enquanto ele distraidamente esfregou os polegares sobre os topos de suas 

mãos. 

- Você prometeu anos atrás que quando nos encontrássemos você me 

reconheceria por uma única frase. Eu dei-lhe muitas frases, meu amor, e 

vocêainda não me conhece. Como pode ser isso? 

Seu coração cantou com carinho, ele a tinha chamado de meu amor! - 

Oh, Benedict, eu sabia que era você, eu só não sabia que eu te conhecia. 

Meu coração tinha certeza de meus sentimentos; minha alma sentia que 

você era meu par. Inexplicavelmente, eu me apaixonei por um estranho no 

espaço de poucos dias, apenas para descobrir que o estranho era minha 

alma gêmea que conheço metade da minha vida. 

Um sorriso se espalhou lentamente em seus lábios cheios, com um 

sorriso tão aquecido e cheio de promessas que o calor inundou seu corpo 

inteiro. Sem outra palavra, ele retirou as mãos dela e apertou-as atrás de seu 

pescoço. Lentamente, ele puxou-a para si até que seus lábios estavam a 

menos de uma polegada de distância. 

Apertando a testa dela, ele sussurrou: - Me perdoa? 

Sem um momento de hesitação, ela respondeu: - Com todo o meu 

coração. 

Seus lábios se abriram em um delicioso sorriso antes que ele 

pressionasse sua boca com força contra a dela, beijando-a com toda a 

paixão reprimida que vinha crescendo entre eles desde o dia que James 

Benedict tinha entrado em sua vida. 

E ela o beijou de volta, com todo o amor que ela possuía pelo seu 

querido Sr. Benedict Hastings. 







Epílogo 

Um ano mais tarde 

Evie cumprimentou o mordomo quando entrou pela porta da frente, 

passando-lhe o casaco. - Obrigado, Grayson. Hastings está em seu estúdio? 

Oh espere. Não me diga. Que pergunta boba é claro que ele está. 

- É verdade, minha senhora. Ele sorriu brevemente antes de mudar a 

sua expressão para uma indiferença digna. Ele não era tão esplêndido como 

o mordomo de seus pais, mas estava perto. Em poucos anos, ele poderia 

ultrapassar Finnington. 

- Obrigado, Grayson, disse ela por cima do ombro enquanto se dirigia 

para o estúdio. Ela fez uma pausa para se recompor antes de abrir a porta e 

entrar.Quando ela cruzou o tapete, Benedict levantou os olhos do trabalho. 

Um sorriso iluminou seu rosto rapidamente. 

- Olá, minha adorável esposa. Como você está hoje? 

Ela devolveu o sorriso enquanto caminhava ao redor da mesa e disse 

bruscamente: - Oh, eu estou bem. Você está muito ocupado hoje? 

- Estou muito ocupado todos os dias, respondeu ele com um pouco de 

movimento de cabeça. - Henry me pediu para olhar alguns números para 

ele da próxima colheita. Ele acredita que, salvo um desastre,sobra o 

suficiente para fazer alguns reparos para alguns dos inquilinos deste ano. 

As coisas estão melhorando muito mais rápido do que esperávamos. 

O orgulho inchou dentro dela, o que é um homem inteligente e ela 

havia se casado com ele.- Bem, é claro que elas estão. Com você 

supervisionando a gestão das propriedades, ele é obrigado a prosperar, 

disse ela lealmente. 

Ele riu e empurrou sua cadeira para trás da mesa. - Caramba, que fé 

você tem em minhas habilidades. Ele estendeu a mão para ela, e quando ela 

asegurou, ele a puxou para o seu colo. 

- Bem, eu aprendi que existem muitas coisas em que você... se destaca 

- disse ela, meneando suas sobrancelhas sugestivamente. Ela gemeu de 

prazer quando ele a recompensou, pressionando seus lábios nos dela e 

beijando-a. Seus beijos fizeram com que borboletas se agitassem dentro 




dela, e ela se deliciava com a sensação. Talvez eles pudessem terminar a 

conversa lá em cima... 

- A que devo o prazer de sua companhia? Como estão as coisas nos 

estábulos? - Ele acariciou seu pescoço, fazendo-a rir quando ele passou a 

língua em toda a sua orelha. 

- Eu não sei, na verdade. Eu nunca fiz isso nos estábulos. 

Ele se afastou surpreso. - Você não fez isso? Por que não? 

Pouco depois de seu casamento em junho, Benedict a surpreendeu 

com a locação de uma adorável mansão a menos de seis quilômetros de 

Hertford Hall. Ele queria que ela tivesse a opção de ajudar o pai nos 

estábulos sempre que ela quisesse. Ela tinha ficado em êxtase com o gesto, 

pois eram seus pais, que até então tinha estado menos entusiasmados com o 

caos que Benedict trouxe para suas vidas, e desde que se mudou, ela passou 

dois dias por semana no Hall. 

- Bem, eu comecei o dia com uma conversa com minha mãe. É muito 

útil para uma mulher ter sua mãe tão perto, você sabe - ela o informou 

antes de plantar um beijo na ponta do nariz. 

Benedict sorriu e deu emsua cintura um pequeno aperto. - E com o 

que foi que sua mãe a ajudou hoje? 

- Bem, vamos apenas dizer que eu queria confirmar algo com ela. E 

ela o fez. 

- Ela fez o quê, meu amor? - Perguntou ele distraidamente, 

preocupado puxando a renda dobrada acima do corpete. 

- Confirmar o que eu suspeitava. 

Ela sentiu o momento em que os músculos de Benedictse apertaram, e 

ele se afastou para olhá-la nos olhos. 

- Evie, você está...? - Sua voz sumiu quando ele não conseguiu fazer a 

pergunta que estava na ponta da língua. 

Ela abriu um largo sorriso agora e acenou com a cabeça. - Eu estou 

grávida, ao que parece. 

Benedict soltou um grito e, embalando Evie suavemente em seus 

braços, saltou da cadeira e fez um giro rápido. Eles riram juntos, e ele a 

colocou no chão e beijou-a novamente. 

Quando, finalmente, ele se afastou, ele tinha uma expressão muito 

presunçosa em seu rosto. - Bem, então, o presente que eu comprei para 

você não poderia ter chegado em um momento mais oportuno. 




- Um presente? Para mim? Oh, por favor, você tem que me dizer o que 

é. - Ela olhou ao redor, mas ela não viu nada fora do comum em seu 

estúdio arrumado. 

Ele riu e pegou sua mão. - Não está aqui. Siga-me, por favor. 

Ele a levou para fora da porta de vidro que dava para o terraço 

generoso nos fundos. E lá estava ela não poderia ter perdido. Um 

telescópio! E não apenas qualquer telescópio. - Oh minha nossa, é um 

Telescópio de Newton - ela exclamou. 

Ele acenou com a cabeça orgulhosamente. - O próprio. Escrevi para 

um certo astrônomo, talvez você já ouviu falar dele, um Sr. John Herschel? 

Ela gritou de prazer. - John Herschel? É só o mais famoso astrônomo 

do nosso tempo. Isso é positivamente extraordinário! 

Ele apertou a mão dela, rindo enquanto ele continuava. - Eu pensei 

que você poderia saber dele. Eu quero que você saiba que este é o modelo 

exato que ele havia construído para sua própria irmã. Eu queria o presente 

perfeito para comemorar o aniversário do nosso encontro. Não importa o 

quão complicado as circunstâncias, é o que nos uniu. Naquela noite, no 

jardim dos seus pais foi quando eu soube que eu queria você para sempre. 

Ela sentia-se tão cheia de felicidade e boa vontade, ela não podia 

acreditar. Ela colocou as mãos em cada lado do rosto de Benedict e olhou 

em seus olhos.-Obrigada, meu querido marido. Você me deu tudo o que eu 

já esperava da vida, e mais. Eu nunca vou deixar de ser grata pelo dia em 

que você entrou na minha vida de novo. Valeu a pena cada solavanco, 

contusão, e desgaste ao longo do caminho. Não importa o nome, não 

importa a posição na vida, é você que eu amo. 

- E eu te amo, disse ele, enquanto puxou-a para outro beijo. - Só não 

se surpreenda se enquanto você estiver olhando para o céu, eu vou olhar 

para você.Você, minha querida Sra. Hastings, é toda a beleza,orientação e 

luz que eu sempre vouprecisar. 

Fim 




Por favor, continue a ler para uma pré-visualização do próximo 

delicioso romance, 

*** 

A Taste for Scandal - por Erin Knightley 

- Compra uma maçã, chefe? A melhor que há em Londres. 

Richard fez uma pausa quando uma mulher de meia-idade, gorda 

usando um lenço sobre os cabelos escuros cruzou o seu caminho. 

Oferecendo seu sorriso mais encantador, ele disse, - A melhor em Londres, 

você diz? Bem, eu não tenho nenhuma dúvida de que elas são, madame. No 

entanto, estou sem apetite para maçãs. Se você tivesse dito bolinho. Eu 

adoro um grande bolinho.Ele piscou para ela, e ficou satisfeito ao ver um 

blush colorir suas bochechas bronzeadas. - Eu vou, no entanto, comprar 

uma para o seu próximo cliente. 

Ele atirou-lhe uma moeda, e riu quando ela pegou. - Isso é mesmo 

muitodecente rapaz. Tem certeza que eu não posso lhe oferecer nada 

mais?Ela deu uma sacudida no seu amplo seio e ele riu e balançou a 

cabeça. 

- Tentador, minha senhora, mas, infelizmente, temo que você seja 

muito jovem para mim. Ela riu alto com isso, e ele esboçou uma leve 

inclinação de cabeça. - Desejo-lhe um bom dia. 

- Cor, 'tis com certeza será, agora! 

Ele sorriu e seguiu em frente, evitando um homem jovem e 

desengonçado que passou correndo. Todos pareciam se mover com um 

grande propósito, gritando para ser ouvido acima dotilintar das carruagens 

e do trotar dos cascos dos cavalos. Teve uma vez, ele procurou a palavra 

certa, charme frenético. 

O que foi isso? 

Richard se ergueu derepente, olhando ao redor. Ele podia jurar que 

tinha ouvido uma mulher gritar. Em torno dele, os vendedores apressados 

continuaram a oferecer os seus produtos enquanto veículos retumbavam 

*** 




ruidosamente para cima e para baixo na rua de paralelepípedos. Ninguém 

mostrava qualquer sinal de que tinha ouvido um grito de angústia, também. 

Ainda assim, ele tinha certeza de que tinha ouvido. Ele apertou o 

passo a luz do sol brilhante que refletianas vitrines ao redor enquanto ele 

espiava os interiores. Nada de errado na loja de especiarias ou loja do 

fabricante de velas. Caminhando para frente, Richard olhou para a pequena 

padaria passando a loja de especiarias bem a tempo de ver um grande 

homem de roupas escuras avançando sobre uma jovem mulher que estava 

atrás do balcão de cintura alta. Seus olhos estavam arregalados com o 

choque quando ela apertou as mãos sobre a boca. 

Dane-se tudo, a saca estava indo para atacá-la! 

Sem pensar duas vezes, Richard empurrou a porta e saltou sobre o 

homem, batendo contra as costas que eram tão sólidas como uma porta de 

estábulo. Richard tinha a vantagem de começar a correr, e seu impulso os 

fez bater no balcão em uma nuvem de açúcar em pó e maldições. Juntos, 

eles caíram no chão de madeira com um baque, bolos choveram sobre eles 

como vidro e cerâmica quebrada nas proximidades. Meu Deus, o homem 

era um boi, facilmente o dobro do tamanho da moça delicada que gritou e 

correu para fora quando eles se debateram no chão. 

Tocando o cotovelo entre as omoplatas do homem, Richard deu um 

soco sólido na parte inferior das costas do atacante. A dor explodiu em seus 

dedos e Richard amaldiçoou e apertou sua mão. Maldição, talvez o homem 

fosse feito de madeira, afinal. O “Porta de Estábulo” grunhiu e se 

contorceu, gritando com voz rouca para sair. 

Como se Richard fosse ter misericórdia do homem com pouca moral e 

se isso não fosse uma palavra, ele deve ser bem maldito. Atacar uma 

mulher indefesa, em plena luz do dia era totalmente inconcebível. Para a 

boa medida, Richard enterrou seu cotovelo com força na espinha de seu 

oponente. Não era todo dia que alguém tinha a oportunidade de resgatar 

uma senhora e lutarcom o vilão grosseiro. 

- Eu vou buscar ajuda! A mulher gritou, e ele olhou por cima do 

ombro a tempo de vê-lacorrer para porta e desaparecer. O “Porta de 

Estábulo” aproveitou a oportunidade para girar e desferir um forte soco 

contra atêmpora de Richard, jogando-o contra os armários roxos que 

revestiama parede. O barulho de mais pratos quebrando entraram em 




confronto com o zumbido nos ouvidos de Richard quando ele reagiu, 

lutando com o homem maior para manter a sua posição. 

Richard finalmente enganchou seus braços em torno dos cotovelos do 

salafrário e prendeu-os para trás das costas do criminoso. Ofegante, com o 

cabelo pendurado inerte em seus olhos, Richard garantiu o seu domínio 

sobre o homem lutando debaixo dele. Ele não estava indo a lugar nenhum. 

- O que maldição que você acha que está fazendo? Tire suas mãos 

sujas de cima de mim, seu louco. 

Em vez de responder, Richard simplesmente apertou seus braços, 

puxando os braços de seu oponente ainda mais para trás. Ele ajustou sua 

posição e assim ficou mais ou menos sentado no homem. O “Porta de 

Estábulo”estava tenso e estalou debaixo dele, gemendo de dor enquanto 

Richard o puxava bruscamente para cima. O canalha tinha um bom soco de 

direita; olho esquerdo de Richard doía como o diabo. Ele estalou a língua e 

disse: - eu não lutaria, se eu fosse você. Isto só vai me fazer puxar mais 

forte, caso você não tenha notado. 

Richard riu quando a canalha rosnou em frustração. Ele não tinha tido 

tanta diversão desde a faculdade. As coisas sempre foram assim 

enervantemente civilizadasnoClube Masculino Jackson, passaram-se 

séculos até ele ser capaz de se soltar. Ele não era um brigão, mas ele 

certamente podia entrar em uma briga. Como ele tinha acabado de provar. 

Ele sorriu para si mesmo, jogando a cabeça em uma tentativa de tirar o 

cabelo de seus olhos. 

A porta da frente se abriu, fazendo com que o sino situado acima dela 

retinisse violentamente com a entradada mulher e dois homens que 

tropeçaram para dentro da sala. Ela era menor do que ele tinha pensado, 

ofuscada pelos dois brutamontes ao lado dela. Ela teve uma sorte dos 

diabos por ele ter aparecido quando ele fez. 

- É ele, ali, ela ofegava, apontando para onde Richard e seu prisioneiro 

estava deitado no chão. Bastante óbvia, em sua opinião. Quem mais, 

exatamente, eles iriam pensar que era o autor do crime? O rato no canto? 

Agora que a ajuda chegou, Richard aliviou o aperto e levantou. A 

cavalaria correu para frente, cada um segurando um dos braços do intruso e 

puxou não muito gentilmente. Era nada menos do que ele merecia. Não se 

pode sair por aí aterrorizando mulheres inocentes, pelo amor de Deus. 




- Ele não, a menina da loja gritou. Ela apontou o braço na direção de 

Richard, seu dedo estendido acusador. - Ele! 

- Ele? Eu? 

*** 

Jane observou com satisfação quando Mr. Black e o vigia libertaram 

Emerson e abordaram o homem enlouquecido no chão. Ele resmungou 

nitidamente quando um dos homens apoiou um joelho em suas costas. 

Bom.Ela esperava que estivesse doendo. Como ele se atreviaa invadir sua 

loja e atacar seu primo assim. Ela nunca tinha ficado tão feliz em ver 

alguém em sua vida, e ela ainda não tinha sido capaz de cumprimentá-lo 

corretamente. 

Com o coração ainda batendo dolorosamente no peito, ela voltou sua 

atenção para Emerson, que estava sacudindo os braços e movendo o 

pescoço de um lado parao outro. Ele estava coberto dotopo do cabelo curto 

beijado pelo sol até suas pesadas botas de trabalho de couro marrom com o 

precioso açúcar que momentos antes estava sobre as suas belas guloseimas. 

- Oh céus, Emerson, está tudo bem? Ela não estava disposta a aproximar-se 

dele, já que ele ainda estava de pé ao lado do atacante lunático. 

Ele lançou um olhar de desgosto para onde os homens tinham brigado, 

vidro e porcelana esmagado sob suas botas enquanto andava. A visão da 

porcelanachinesa de sua mãe quebrada no chão era quase o suficiente para 

levá-la às lágrimas, mas Jane não queria chorar. Ela não daria ao criminoso 

a satisfação de vê-la chateada assim. O delicado padrão pervinca piscou 

para ela dos cacos espalhados nas pranchas de madeira, e ela apertou sua 

mandíbula lembrando suamãe oferecendo-lhe uma amostra de biscoitos 

recém-assados de gengibre do prato agora destruído. Ela notou com 

satisfação que o homem enlouquecido ainda deitado no chão com o rosto 

pressionado em uma pasteleira cheia de creme, ainda tinha que recuperar o 

fôlego. Ela esperava que ele estivesse muito dolorido na parte da manhã, 

quando ele acordasse em Newgate. 

Olhando para longe da fonte de toda a agitação em sua loja, olhou 

para o gabinete danificado e deu um suspiro de alívio. Pelo menos algumas 

das peças queridas sobreviveram, incluindo sua peça favorita, o grande 

vaso no lugar de honra na prateleira de cima do armário. Agradeço ao 

Senhor por pequenos favores. 




Emerson envolveu-a em um abraço caloroso, com o peito 

surpreendentemente sólido, um conforto para seus nervos abalados. 

Afastando-se, ele ofereceu-lhe um sorriso tranquilizador. - Eu vou viver, 

pode estar certa. Você está bem?Isso deve ter-lhe dado um susto. Estou 

feliz por estar aqui, assim você não teve que enfrentá-lo sozinho. 

Ele parecia tão diferente, com seu corpo magro agora preenchido com 

músculos e sua pele bronzeada. Ele certamente tinha crescido, desde a 

viajem para fora tantos anos atrás. Mas seu sorriso fácil e olhos verdes 

claros estavam exatamente como ela se lembrava deles. Ela poderia ter 

gritado com alívio por tê-lo em casa. 

- Eu não estou tão assustado quanto irritado. Eu não via você há anos 

e sou emboscado antes mesmo de começar a dizer olá. Eu sinto muito. 

- Você o conhece? 

Apergunta estrangulada e rouca veio do homem no chão, e Jane e 

Emerson viraram-se juntos para olhá-lo. Ele parecia sustado, o cabelo loiro 

e as migalhas dos doces coladasno seu rosto vermelho. Açúcar em pó 

revestia suas surpreendentemente bem ajustadas roupas. Aparentemente a 

vida de crime paga bastante bem. 

- Eu pensei que ele estava atacando-a, ele falou, então esticou a cabeça 

para olhar para seus captores. - Eu pensei que ele estava atacando ela. Eu 

estava tentando ajudar, pelo amor de Deus. 

Ignorando a blasfêmia, Jane não conseguia parar o ronco deselegante 

de descrença. 

- Certo, meu querido primo, depois de anos no mar, veio aqui para 

Londres para me atacar. 

- Eu não sabia que você conhecia a maldita! 

Ela fez uma careta para sua linguagem vil quando Mr. Black bateu em 

seu lado com a ponta da bota em advertência. Quem ele pensava que era, 

dizendo algo assim em sua própria loja? Além disso, o que importava se ele 

era seu primo ou um cliente, atacar uma pessoa inocente era imperdoável. - 

Então você escolheu atacar primeiro e perguntar depois? Ela não estava 

com vontade de deixar o homem seguir o seu caminho sem um castigo que 

era devido. Em sua experiência, isto acontecia muitas vezes. Ela cerrou os 

dentes, afastando as poderosas emoções evocadas pelas injustiças do seu 

passado. Erguendo o queixo, ela se dirigiu aos seus dois salvadores. - 




Senhores, este homem é um incômodo e um lunático. Por favor, leve-o para 

longe. 

Não muito gentilmente, os dois homens arrastaram o homem horrível 

a seus pés. Ele era um pouco mais alto que ela tinha percebido, e ela deu 

alguns passos involuntários para trás. Apesar de suas roupas extravagantes, 

ele parecia forte e poderoso, e ela não queria nada com o homem. 

Especialmente com o olhar de fúria escurecendo seus olhos injetados de 

sangue. Ele olhou como se ficasse feliz em jogá-la no Thames se fosse 

dado até mesmo uma polegada de margem para a manobra. 

- Eu não sou um louco, ele rosnou, sacudindo os braços contra as 

mãos que o prendiam. - Eu sou o maldito Conde de Raleigh!

01 - More Than a Stranger

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