02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

preso em flagrante por tráfico <strong>de</strong> entorpecentes, veiculada pelo art. 44 da<br />

mencionada Lei 11.343/2006, consubstanciaria ofensa aos princípios da dignida<strong>de</strong><br />

da pessoa humana, do <strong>de</strong>vido processo legal e da não culpabilida<strong>de</strong><br />

(CF, artigos 1º, III e 5º, LIV e LVII). Aduziu que incumbiria ao STF a<strong>de</strong>quar<br />

a esses princípios a norma extraível do texto do art. 5º, XLIII, da CF, a qual<br />

se refere à inafiançabilida<strong>de</strong> do tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes e drogas afins.<br />

Nesse sentido, asseverou que a inafiançabilida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>ria e não <strong>de</strong>veria,<br />

por si só, em virtu<strong>de</strong> dos princípios acima citados, constituir causa impeditiva<br />

da liberda<strong>de</strong> provisória e que, em nosso or<strong>de</strong>namento, a liberda<strong>de</strong> seria regra<br />

e a prisão, exceção. Consi<strong>de</strong>rando ser <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> questionável o<br />

texto do art. 44 da Lei 11.343/2006, registrou que, no caso, o juízo homologara<br />

a prisão em flagrante do paciente sem <strong>de</strong>monstrar, concretamente, situações<br />

<strong>de</strong> fato que, vinculadas ao art. 312 do CPP, justificassem a necessida<strong>de</strong><br />

da custódia cautelar. Após, o julgamento foi suspenso ante o pedido <strong>de</strong> vista<br />

do Min. Cezar Peluso”.<br />

483 José Joaquim Gomes Canotilho e Moreira Vital, Constituição da<br />

República Portuguesa anotada, Coimbra: Coimbra Ed., 1984.<br />

484 Rogério Lauria Tucci, <strong>Direito</strong>s e garantias individuais no processo penal<br />

brasileiro, 2. ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 349.<br />

485 STJ, RHC 4.274, Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, julgado em<br />

7-2-1995, DJ <strong>de</strong> 20-3-1995, p. 6145; RHC 10.220, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado<br />

em 13-3-2001, DJ <strong>de</strong> 23-4-2001, p. 164.<br />

486 Cf. Hans Jarass e Bodo Pieroth, Grundgesetz für die Bun<strong>de</strong>srepublik<br />

Deutschland — Kommentar, München, 2004, art. 104, p. 1163.<br />

487 RE 136.239, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgado em 7-4-1992, DJ <strong>de</strong><br />

14-8-1992.<br />

488 Rogério Lauria Tucci, <strong>Direito</strong>s e garantias individuais no processo penal<br />

brasileiro, cit., p. 350 e s.<br />

489 HC 78.708, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ <strong>de</strong> 16-4-1999.<br />

490 Apud Min. Sepúlveda Pertence, HC 78.708, DJ <strong>de</strong> 16-4-1999.<br />

491 HC 68.929, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgado em 22-10-1991, RTJ, 141,<br />

n. 2, p. 512.<br />

492 HC 75.257, Rel. Min. Moreira Alves, julgado em 17-6-1997, DJ <strong>de</strong><br />

29-8-1997.<br />

493 HC 77.135, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgado em 8-9-1998, DJ <strong>de</strong><br />

6-11-1998.<br />

494 HC 78.708, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ <strong>de</strong> 16-4-1999.<br />

495 Cf. HC 79.244/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ <strong>de</strong> 24-3-2000: “Se<br />

o objeto da CPI é mais amplo do que os fatos em relação aos quais o cidadão<br />

intimado a <strong>de</strong>por tem sido objeto <strong>de</strong> suspeitas, do direito ao silêncio<br />

não <strong>de</strong>corre o <strong>de</strong> recusar-se <strong>de</strong> logo a <strong>de</strong>por, mas sim o <strong>de</strong> não respon<strong>de</strong>r às<br />

perguntas cujas respostas entenda possam vir a incriminá-lo” (HC 79.244/<br />

DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ <strong>de</strong> 24-3-2000).<br />

496 HC 80.949, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 30-10-2001, DJ<br />

<strong>de</strong> 14-12-2001.<br />

871/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!