02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

inviabilizou seu comparecimento. 3. Nomeação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensor dativo para atuar<br />

em momento importante do processo, cuja inicial contém quatrocentas páginas.<br />

Satisfação apenas formal da exigência <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa técnica ante a impossibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> atuação eficiente. Or<strong>de</strong>m concedida”.<br />

148 Neste sentido, a Súmula 523 do STF: “No processo penal, a falta da <strong>de</strong>fesa<br />

constitui nulida<strong>de</strong> absoluta, mas a sua <strong>de</strong>ficiência só o anulará se houver<br />

prova <strong>de</strong> prejuízo para o réu”. Cf. também o RHC 59.563, Rel. Min. Clóvis<br />

Ramalhete, DJ <strong>de</strong> 16-4-1982, p. 3406; RHC 59.503, Rel. Min. Clóvis Ramalhete,<br />

DJ <strong>de</strong> 12-4-1982, p. 3210.<br />

149 Cf. HC 84.022/CE, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ <strong>de</strong> 1º-10-2004; HC<br />

83.411/PR, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ <strong>de</strong> 11-6-2004; RHC 79.460/SP, Rel.<br />

para o acórdão Min. Nelson Jobim, DJ <strong>de</strong> 18-5-2001.<br />

150 Nesse sentido, o julgamento do RHC 87.172/GO, em que a Suprema<br />

Corte, em atenção à ampla <strong>de</strong>fesa e ao art. 185 do CPP, <strong>de</strong>terminou a nulida<strong>de</strong><br />

do interrogatório judicial do acusado quando ausente seu <strong>de</strong>fensor: “(...)<br />

Ré interrogada sem a presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensor, no dia <strong>de</strong> início <strong>de</strong> vigência da<br />

Lei n. 10.792, <strong>de</strong> 2003, que <strong>de</strong>u nova redação ao art. 185 do Código <strong>de</strong> Processo<br />

Penal. Sentença que, para a con<strong>de</strong>nação, se valeu do teor <strong>de</strong>sse interrogatório.<br />

Prejuízo manifesto. Nulida<strong>de</strong> absoluta reconhecida. Provimento<br />

ao recurso, com extensão da or<strong>de</strong>m a corréu na mesma situação processual.<br />

É causa <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> processual absoluta ter sido o réu qualificado e interrogado<br />

sem a presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensor, sobretudo quando sobrevém sentença<br />

que, para o con<strong>de</strong>nar, se vale do teor <strong>de</strong>sse interrogatório” RHC 87.172/GO,<br />

1ª Turma do STF, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 15-12-2005, DJ <strong>de</strong> 3-2-2006.<br />

151 Inq 2424-QO-QO, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ <strong>de</strong> 24-8-2007.<br />

152 Cf. HC 69.001, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgado em 18-2-1992, DJ <strong>de</strong><br />

26-6-1992, RTJ, 140 (3)/865.<br />

153 Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a <strong>de</strong>núncia<br />

ou a queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e or<strong>de</strong>nará a<br />

citação do acusado para respon<strong>de</strong>r à acusação, por escrito, no prazo <strong>de</strong> 10<br />

(<strong>de</strong>z) dias.<br />

154 Neste sentido, o HC 67.714, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, DJ <strong>de</strong> 15-3-1991,<br />

p. 2646: “A ratio subjacente à orientação jurispru<strong>de</strong>ncial firmada pelo Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral consiste, em última análise, — afirmou Celso <strong>de</strong><br />

Mello — em dar eficácia e concreção ao princípio constitucional do contraditório,<br />

pois a inocorrência <strong>de</strong>ssa intimação ao <strong>de</strong>fensor, constituído ou dativo,<br />

subtrairia ao acusado a prerrogativa <strong>de</strong> exercer, em plenitu<strong>de</strong>, o seu irrecusável<br />

direito a <strong>de</strong>fesa técnica. É irrelevante a or<strong>de</strong>m em que essas intimações<br />

sejam feitas. Revela-se essencial, no entanto, que o prazo recursal só se<br />

inicie a partir da última intimação”.<br />

155 Cf. HC 70.763, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, DJ <strong>de</strong> 23-9-1994; HC 86.879,<br />

Rel. para o acórdão Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s, DJ <strong>de</strong> 16-6-2006; HC 85.948, Rel.<br />

Min. Carlos Britto, DJ <strong>de</strong> 1º-6-2006; HC 84.409, Rel. Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s,<br />

DJ <strong>de</strong> 19-8-2005; HC 84.768, Rel. para o acórdão Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s, DJ<br />

<strong>de</strong> 27-5-2005, Inq. 1.656, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ <strong>de</strong> 27-2-2004.<br />

156 HC 70.763, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, DJ <strong>de</strong> 23-9-1994.<br />

844/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!