02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

(...)<br />

O que vejo, aqui, embora enten<strong>de</strong>ndo não ser <strong>de</strong> bom aviso,<br />

naquela medida <strong>de</strong> discricionarieda<strong>de</strong> que há na grave <strong>de</strong>cisão a<br />

tomar, da suspensão cautelar, em tese, é que a simbiose constitucional<br />

a que me referi, dos dois sistemas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong><br />

da lei, permite não <strong>de</strong>ixar ao <strong>de</strong>samparo ninguém que<br />

precise <strong>de</strong> medida liminar em caso on<strong>de</strong> — segundo as premissas<br />

que tentei <strong>de</strong>senvolver e melhor do que eu <strong>de</strong>senvolveram os Ministros<br />

Paulo Brossard e Celso <strong>de</strong> Mello — a vedação da liminar,<br />

porque <strong>de</strong>sarrazoada, porque incompatível com o art. 5º, XXXV,<br />

porque ofensiva do âmbito <strong>de</strong> jurisdição do Po<strong>de</strong>r Judiciário, se<br />

mostre inconstitucional.<br />

Assim, creio que a solução estará no manejo do sistema difuso,<br />

porque nele, em cada caso concreto, nenhuma medida provisória<br />

po<strong>de</strong> subtrair ao juiz da causa um exame da constitucionalida<strong>de</strong>,<br />

inclusive sob o prisma da razoabilida<strong>de</strong>, das restrições impostas ao<br />

seu po<strong>de</strong>r cautelar, para, se enten<strong>de</strong>r abusiva essa restrição, se a<br />

enten<strong>de</strong>r inconstitucional, conce<strong>de</strong>r a liminar, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> dar aplicação,<br />

no caso concreto, à medida provisória, na medida em que,<br />

em relação àquele caso, a julgue inconstitucional, porque abusiva”<br />

52 .<br />

601/2051<br />

Nesse caso, o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral optou por não suspen<strong>de</strong>r<br />

as normas impugnadas, tendo em vista que não seriam inconstitucionais<br />

prima facie, em razão do entendimento dominante<br />

no Tribunal sobre o cabimento <strong>de</strong> limitação ao po<strong>de</strong>r cautelar do<br />

juiz. Reconheceu, porém, que a jurisdição ordinária po<strong>de</strong>ria, nos<br />

casos concretos, afastar a aplicação das normas se, na sua aplicação,<br />

elas se revelassem incompatíveis com o princípio da proteção<br />

judicial efetiva.<br />

Controvérsia assemelhada afeta a exigência legal <strong>de</strong> caução<br />

para concessão <strong>de</strong> medidas cautelares.<br />

No julgamento da ADI 975/DF, o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral<br />

apreciou a constitucionalida<strong>de</strong> do art. 5º da Medida Provisória<br />

n. 375, em 23-11-1993 — MP não convertida em texto legislativo,<br />

que previa que a <strong>de</strong>cisão concessiva <strong>de</strong> medida liminar ou<br />

cautelar <strong>de</strong>via “estabelecer, quando necessário, como condição da<br />

eficácia da concessão, a prestação <strong>de</strong> garantia acauteladora do interesse<br />

exposto a risco’’. Por <strong>de</strong>cisão majoritária, o Tribunal rejeitou<br />

a arguição <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> em relação ao referido

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!