02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A ementa do acórdão, da lavra do Ministro Sepúlveda Pertence,<br />

explicita a orientação perfilhada:<br />

583/2051<br />

“Lei <strong>de</strong> Arbitragem (L. 9.307/96): constitucionalida<strong>de</strong>, em tese, do<br />

juízo arbitral; discussão inci<strong>de</strong>ntal da constitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários<br />

dos tópicos da nova lei, especialmente acerca da compatibilida<strong>de</strong>,<br />

ou não, entre a execução judicial específica para a solução <strong>de</strong> futuros<br />

conflitos da cláusula compromissória e a garantia constitucional<br />

da universalida<strong>de</strong> da jurisdição do Po<strong>de</strong>r Judiciário (CF, art.<br />

5º, XXXV). <strong>Constitucional</strong>ida<strong>de</strong> <strong>de</strong>clarada pelo plenário, consi<strong>de</strong>rando<br />

o Tribunal, por maioria <strong>de</strong> votos, que a manifestação <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong><br />

da parte na cláusula compromissória, quando da celebração do<br />

contrato, e a permissão legal dada ao juiz para que substitua a<br />

vonta<strong>de</strong> da parte recalcitrante em firmar o compromisso não ofen<strong>de</strong>m<br />

o artigo 5º, XXXV, da CF. Votos vencidos, em parte — incluído<br />

o do relator — que entendiam inconstitucionais a cláusula<br />

compromissória — dada a in<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> seu objeto — e a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a outra parte, havendo resistência quanto à instituição<br />

da arbitragem, recorrer ao Po<strong>de</strong>r Judiciário para compelir a<br />

parte recalcitrante a firmar o compromisso, e, consequentemente,<br />

<strong>de</strong>claravam a inconstitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispositivos da Lei 9.307/96<br />

(art. 6º, parág. único; 7º e seus parágrafos e, no art. 41, das novas<br />

redações atribuídas ao art. 267, VII e art. 301, inciso IX do C. Pr.<br />

Civil; e art. 42), por violação da garantia da universalida<strong>de</strong> da jurisdição<br />

do Po<strong>de</strong>r Judiciário. <strong>Constitucional</strong>ida<strong>de</strong> — aí por <strong>de</strong>cisão<br />

unânime, dos dispositivos da Lei <strong>de</strong> Arbitragem que prescrevem a<br />

irrecorribilida<strong>de</strong> (art. 18) e os efeitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão judiciária da sentença<br />

arbitral (art. 31)” 21 .<br />

Por maioria <strong>de</strong> votos, o STF afirmou a compatibilida<strong>de</strong> da<br />

cláusula compromissória com a Constituição, reconhecendo-se à<br />

parte contratante o direito <strong>de</strong> recorrer ao Judiciário para compelir<br />

o recalcitrante a firmar o compromisso, sob pena <strong>de</strong> se substituir a<br />

manifestação <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> por <strong>de</strong>cisão judicial (Lei n. 9.307/96,<br />

arts. 6º, parágrafo único, 7º e seus parágrafos, art. 41, que conferiu<br />

nova redação aos arts. 267, VII, e 301, IX, do CPC, e art. 42).<br />

Reconheceu-se, ainda, <strong>de</strong>sta feita por unanimida<strong>de</strong>, a constitucionalida<strong>de</strong><br />

dos dispositivos que preveem a irrecorribilida<strong>de</strong> e estabelecem<br />

efeitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão judiciária da sentença arbitral.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!