02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

117 Juan Gavara <strong>de</strong> Cara, El sistema, cit., p. 1.<br />

118 Gavara <strong>de</strong> Cara, El sistema, cit., p. 25.<br />

119 Cf. Francisco Rubio Llorente, Derechos fundamentales y principios constitucionales,<br />

Barcelona: Ariel, 1995, p. 220.<br />

120 Caso Bran<strong>de</strong>nburg v. Ohio 395 U.S. 444 (1969), em que um comício da<br />

Ku Klux Klan advogou a luta entre raças. Firmou-se que propugnar por uma<br />

ação ilegal somente está fora da proteção da Primeira Emenda se “o discurso<br />

é dirigido a incitar ou a produzir iminente ação ilegal” (p. 447).<br />

121 A propósito, Ernesto Lipmann, Os direitos fundamentais na Constituição<br />

<strong>de</strong> 1988, São Paulo: LTr, 1999, p. 86-87. José Afonso da Silva refere-se a<br />

armas como os instrumentos “que <strong>de</strong>notem, a um simples relance <strong>de</strong> olhos,<br />

atitu<strong>de</strong>s belicosas ou sediciosas” (<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> direito constitucional positivo,<br />

São Paulo: Malheiros, 1999, p. 240). Oportunamente, o autor esclarece que<br />

essa exigência do <strong>de</strong>sarmamento não dá entrada a que agentes públicos submetam<br />

os participantes da reunião ao constrangimento <strong>de</strong> revistas para aferir<br />

a satisfação da exigência constitucional. Está claro, no entanto, que se houver<br />

indícios <strong>de</strong> presença <strong>de</strong> pessoa armada, será possível não apenas revistá-la,<br />

mas também retirá-la da reunião. A esse respeito, é <strong>de</strong> salientar que a<br />

presença avulsa <strong>de</strong> pessoas armadas que concorrem à reunião não <strong>de</strong>ve ser<br />

causa necessária <strong>de</strong> dissolução do encontro, mas, <strong>de</strong> acordo com o princípio<br />

da proporcionalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve ensejar, antes, medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarmamento ou a exclusão<br />

do grupo, se forem suficientes para assegurar a or<strong>de</strong>m pacífica da reunião.<br />

Do contrário, como anota Pontes <strong>de</strong> Miranda, os que estão <strong>de</strong>sarmados<br />

per<strong>de</strong>riam o direito <strong>de</strong> se reunir por conta do comportamento ilícito <strong>de</strong> outros,<br />

que, estes sim, <strong>de</strong>vem sofrer a interferência do Po<strong>de</strong>r Público. Esse é também<br />

o parecer <strong>de</strong> J. Celso <strong>de</strong> Mello (O direito, cit., p. 161), que diz: “Contudo, se<br />

apenas um ou alguns estiverem armados, tal circunstância não terá o condão<br />

<strong>de</strong> obstar a reunião, <strong>de</strong>vendo a Polícia intervir para <strong>de</strong>sarmá-los, ou, então,<br />

afastá-los da assembleia, que se realizará e prosseguirá normalmente com os<br />

que se acharem <strong>de</strong>sarmados”.<br />

122 A propósito, Alexandre <strong>de</strong> Moraes, <strong>Direito</strong>s humanos, cit., p. 168; J. Celso<br />

<strong>de</strong> Mello Filho, O direito, cit., p. 161; Gavara <strong>de</strong> Cara, El sistema, cit., p.<br />

12.<br />

123 Cf. Gavara <strong>de</strong> Cara, El sistema, cit., p. 13, citando jurisprudência do<br />

Tribunal <strong>Constitucional</strong> espanhol.<br />

124 Nesse sentido, José Afonso da Silva, <strong>Curso</strong>, cit., p. 240.<br />

125 Gavara <strong>de</strong> Cara, El sistema, cit., p. 39, citando <strong>de</strong>cisões do Tribunal <strong>Constitucional</strong><br />

espanhol.<br />

126 Nesse sentido, Gavara <strong>de</strong> Cara, El sistema, cit., p. 44.<br />

127 Cf. Gavara <strong>de</strong> Cara, El sistema, cit., p. 5.<br />

128 Gavara <strong>de</strong> Cara, El sistema, cit., p. 6.<br />

129 Na Corte Europeia <strong>de</strong> <strong>Direito</strong>s Humanos já se afirmou, com ênfase, esse<br />

caráter <strong>de</strong> direito a ação do Estado ínsito à liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> reunião. No caso<br />

Ärzte fur das Leben v. Austria (ECHR Series A, vol 139 — transcrito também<br />

em R. A. Lawson e H. G. Schermers, Leading cases of the European<br />

Court of Human Rights, Mijmegen: Ars Aequi Libri, 1997, p. 264-267), a<br />

467/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!