02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Também nesses casos, a suspensão <strong>de</strong> execução da lei ou do<br />

ato normativo pelo Senado revela-se problemática, porque não se<br />

cuida <strong>de</strong> afastar a incidência <strong>de</strong> disposições do ato impugnado,<br />

mas tão somente <strong>de</strong> um <strong>de</strong> seus significados normativos. E significados<br />

não são textos.<br />

Todas essas razões <strong>de</strong>monstram a ina<strong>de</strong>quação, o caráter<br />

obsoleto mesmo, do instituto da suspensão <strong>de</strong> execução pelo Senado<br />

no atual estágio do nosso sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

constitucionalida<strong>de</strong>.<br />

Tais processos “sem partes formais” somente têm sentido se<br />

as <strong>de</strong>cisões mais relevantes neles proferidas forem dotadas <strong>de</strong><br />

eficácia contra todos.<br />

Alguns autores chegam a sustentar que a eficácia erga<br />

omnes constitui apanágio dos processos objetivos.<br />

Esse parece ser, também, o entendimento do Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1977, vem afirmando a eficácia geral<br />

da <strong>de</strong>cisão proferida em representação <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>,<br />

como autêntico apanágio do seu caráter objetivo.<br />

Somente nos anos <strong>de</strong> 1974/75 começou o Supremo Tribunal<br />

Fe<strong>de</strong>ral a <strong>de</strong>finir a sua doutrina da eficácia erga omnes da <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> proferida no processo <strong>de</strong> controle<br />

abstrato <strong>de</strong> normas 46 .<br />

O parecer do Ministro Rodrigues Alckmin foi emitido em<br />

consulta formulada pelo Diretor-Geral da Secretaria do Supremo<br />

que manifestava dúvida sobre a execução da sentença proferida na<br />

Representação n. 878, relativa à Lei n. 7.214, <strong>de</strong> 13-11-1968, do<br />

Estado <strong>de</strong> Goiás, <strong>de</strong>clarada inconstitucional por infringência <strong>de</strong><br />

princípio sensível (CF 1967/69, art. 10, VII, e).<br />

A orientação adotada, que reconhecia eficácia erga omnes à<br />

pronúncia <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong> controle abstrato<br />

<strong>de</strong> normas, foi aprovada pelo Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong><br />

Regimento do Supremo, Ministro Luiz Gallotti (5-8-1974), e, posteriormente,<br />

pelo Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal, Ministro Eloy da Rocha<br />

(19-12-1974) 47 .<br />

Àquela época já tramitava no Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral<br />

consulta formulada pelo Senado com vistas a esclarecer o papel<br />

que haveria <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar no controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>,<br />

mormente se haveria <strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r todos os atos <strong>de</strong>clarados<br />

1925/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!