02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Dessa forma, cuidou o legislador para que a <strong>de</strong>cisão, que é<br />

dotada <strong>de</strong> efeito vinculante e <strong>de</strong> eficácia erga omnes, seja <strong>de</strong> conhecimento<br />

geral.<br />

Havendo <strong>de</strong>cisão cautelar, o pedido <strong>de</strong> informações às<br />

autorida<strong>de</strong>s responsáveis pela omissão, quanto ao mérito da ação,<br />

somente será solicitado após a publicação acima referida.<br />

A duplicida<strong>de</strong> do pedido <strong>de</strong> informações, para a cautelar e<br />

para a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva, po<strong>de</strong> permitir que o relator dispense o<br />

segundo pedido, se suficiente àquelas prestadas com o fito <strong>de</strong> informar<br />

o julgamento da liminar. Essa orientação vem sendo adotada<br />

também em alguns processos <strong>de</strong> ação direta <strong>de</strong><br />

inconstitucionalida<strong>de</strong>.<br />

5. A DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE<br />

INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO<br />

O Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>ixou assente, na <strong>de</strong>cisão<br />

proferida no Mandado <strong>de</strong> Injunção n. 107, da relatoria do Ministro<br />

Moreira Alves, que a Corte <strong>de</strong>ve limitar-se, nesses processos,<br />

a <strong>de</strong>clarar a configuração da omissão inconstitucional, <strong>de</strong>terminando,<br />

assim, que o legislador empreenda a colmatação da lacuna.<br />

Tal como a <strong>de</strong>cisão proferida na ação direta por omissão, a <strong>de</strong>cisão<br />

tem, para o legislador, caráter obrigatório. Ambos os instrumentos<br />

buscam a expedição <strong>de</strong> uma or<strong>de</strong>m judicial ao legislador,<br />

configurando o chamado Anordnungsklagerecht (“ação mandamental”)<br />

54 <strong>de</strong> que falava Goldschmidt 55 . Assim, abstraídos os<br />

casos <strong>de</strong> construção jurispru<strong>de</strong>ncial admissível 56 e <strong>de</strong> pronúncia<br />

<strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> parcial que amplie o âmbito <strong>de</strong> aplicação da norma 57 ,<br />

<strong>de</strong>veria o Tribunal limitar-se, por razões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m jurídico-funcional,<br />

a constatar a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> da omissão<br />

do legislador 58 .<br />

No mesmo sentido, afirmou a Corte <strong>Constitucional</strong> alemã,<br />

já no começo <strong>de</strong> sua judicatura, que não estava autorizada a proferir,<br />

fora do âmbito da regra geral, uma <strong>de</strong>cisão para o caso concreto,<br />

ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar qual norma geral haveria <strong>de</strong> ser editada<br />

pelo legislador 59 . Também o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>ixou<br />

assente, na <strong>de</strong>cisão proferida no Mandado <strong>de</strong> Injunção n. 107, que<br />

a Corte não está autorizada a expedir uma norma para o caso concreto<br />

ou a editar norma geral e abstrata, uma vez que tal conduta<br />

1744/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!