02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

7 Vale assinalar, porém, que os a<strong>de</strong>ptos do direito natural ten<strong>de</strong>m a afirmar<br />

que o po<strong>de</strong>r constituinte originário está limitado por ele, conforme se vê em<br />

Sieyès, no quinto capítulo <strong>de</strong> Que é o Terceiro Estado?, em que diz que a<br />

nação e, pois, o po<strong>de</strong>r constituinte originário “existe antes <strong>de</strong> tudo, ela é a origem<br />

<strong>de</strong> tudo. Sua vonta<strong>de</strong> é sempre legal, é a própria lei. Antes <strong>de</strong>la e acima<br />

<strong>de</strong>la só existe o direito natural” (A Constituição burguesa: qu’est-ce que le<br />

Tiers État, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Liber Juris, 1986, p. 117).<br />

8 A propósito, o art. 5º, XLIV, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988: “Constitui<br />

crime inafiançável e imprescritível a ação <strong>de</strong> grupos armados, civis ou militares,<br />

contra a or<strong>de</strong>m constitucional e o Estado Democrático”.<br />

9 V. Klaus Stern, Derecho <strong>de</strong> la República Fe<strong>de</strong>ral alemana, Madrid: CCE,<br />

1987, p. 316.<br />

10 A propósito, Stern, Derecho, cit., p. 318.<br />

11 As frases são <strong>de</strong> Sánchez Agesta, coligidas por Carrió, Notas, cit., p. 249.<br />

12 Böckenför<strong>de</strong>, Estudios, cit., p. 176. O autor lembra, no mesmo lugar, que<br />

“significativamente na Alemanha que se seguiu a 1933, não se intentou, nem<br />

era possível, incorporar o po<strong>de</strong>r do Führer que Hitler assumiu numa Constituição,<br />

nem se intentou elaborar uma Constituição para esse Führerstaat”.<br />

13 Cf. Manoel G. Ferreira Filho, O po<strong>de</strong>r constituinte, cit., p. 54.<br />

14 A passagem da IV para a V República na França, em 1958, por meio <strong>de</strong><br />

uma lei constitucional, votada pelo parlamento, autorizando o Gen. <strong>de</strong> Gaulle<br />

a elaborar, diante <strong>de</strong> certo quadro <strong>de</strong> princípios, uma Constituição e submetêla<br />

a referendo, ilustra caso <strong>de</strong> exercício <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r constituinte originário a pretexto<br />

<strong>de</strong> reforma política. Sobre o episódio: Bur<strong>de</strong>au, Hamon e Troper, Droit<br />

constitutionnel, Paris: LGDJ, 1997, p. 419-424.<br />

15 Na pureza da técnica, a este tipo <strong>de</strong> Constituição é que cabe chamar <strong>de</strong><br />

Carta constitucional, historicamente expressão do po<strong>de</strong>r constituinte monárquico<br />

da época da Restauração.<br />

16 Os que enten<strong>de</strong>m ter sido a EC n. 1/69 uma autêntica nova Constituição,<br />

tem-na como outorgada pela Junta Militar que governava o País à época.<br />

17 Na doutrina, José Afonso da Silva (<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> direito constitucional positivo,<br />

São Paulo: Malheiros, 2008, p. 41-42), como também Alexandre <strong>de</strong> Moraes<br />

(<strong>Direito</strong> constitucional, São Paulo: Atlas, 2008, p. 9) e Pedro Lenza<br />

(<strong>Direito</strong> constitucional esquematizado, São Paulo: Saraiva, 2008, p. 22),<br />

sustentam que a Constituição <strong>de</strong> 1967 foi outorgada. Apontam que, não obstante<br />

a aprovação do texto constitucional em assembleia integrada por representantes<br />

políticos, não houve liberda<strong>de</strong> efetiva para alterações <strong>de</strong> substância<br />

do texto apresentado pelo governo militar para discussão. A classificação<br />

a que essa nota se refere mantém-se, porém, entendido que se firma no<br />

critério formal <strong>de</strong> o texto resultar <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> assembleia formada por<br />

representantes populares.<br />

18 Por vezes, faz-se um plebiscito sobre uma ou várias opções constitucionais<br />

fundamentais a serem <strong>de</strong>finidas e, em seguida, elabora-se a Constituição a<br />

partir da escolha popular. Isso ocorreu na Itália, em 1946, e na Grécia, em<br />

1974, quanto à escolha entre monarquia ou república. No Brasil, o plebiscito<br />

sobre essa mesma opção fundamental foi levado a cabo <strong>de</strong>pois da entrada em<br />

173/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!