02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

seleção qualificada das questões constitucionais <strong>de</strong> maior relevância e consistência,<br />

atuando como verda<strong>de</strong>iros agentes <strong>de</strong> representação social e <strong>de</strong> assistência<br />

à cidadania. Cabe igualmente ao Procurador-Geral da República, em<br />

sua função precípua <strong>de</strong> Advogado da Constituição, a formalização das<br />

questões constitucionais carentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e socialmente relevantes.<br />

Afigura-se correto supor, portanto, que a existência <strong>de</strong> uma pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

entes social e juridicamente legitimados para a promoção <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong><br />

— sem prejuízo do acesso individual ao controle difuso —<br />

torna <strong>de</strong>snecessário e pouco eficiente admitir-se o excesso <strong>de</strong> feitos a processar<br />

e julgar certamente <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> um acesso irrestrito e individual ao Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral. Na medida em que se multiplicam os feitos a examinar<br />

sem que se assegure sua relevância e transcendência social, o comprometimento<br />

adicional da capacida<strong>de</strong> funcional do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral constitui<br />

inequívoca ofensa ao interesse público. Impõe-se, portanto, seja vetada<br />

a disposição em comento”. A jurisprudência do STF reforça que o cidadão<br />

não possui legitimida<strong>de</strong> ativa ad causam para arguir o <strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong><br />

preceito fundamental, em razão da inexistência <strong>de</strong> norma autorizadora para<br />

tanto. Nesse sentido, cf. ADPF 138-MC, Rel. Min.Celso <strong>de</strong> Mello, DJ <strong>de</strong><br />

7-5-2008.<br />

20 O Projeto <strong>de</strong> Lei n. 6.543 <strong>de</strong> 2006, que tramita na Câmara dos Deputados,<br />

e busca superar o veto presi<strong>de</strong>ncial, dispõe: “Art. 1º O art. 2º da Lei n. 9.882,<br />

<strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1999, passa a viger acrescido do seguinte inciso III e §<br />

3º: III — qualquer pessoa lesada ou ameaçada <strong>de</strong> lesão por ato do Po<strong>de</strong>r<br />

Público. § 3º A propositura da arguição pelas pessoas referidas no inciso III<br />

do caput <strong>de</strong>ste artigo <strong>de</strong>verá observar os requisitos fixados no Regimento Interno<br />

do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, exigindo-se que a questão constitucional<br />

discutida no caso atenda aos mesmos requisitos exigidos para a caracterização<br />

da repercussão geral a que se refere o § 3º do art. 102 da Constituição”.<br />

21 A jurisprudência do STF reforça que o cidadão não possui legitimida<strong>de</strong><br />

ativa ad causam para arguir o <strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong> preceito fundamental, em<br />

razão da inexistência <strong>de</strong> norma autorizadora para tanto. Nesse sentido, cf.<br />

ADPF 138-MC, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, <strong>de</strong>cisão monocrática, julgamento<br />

em 30-4-2008, DJ <strong>de</strong> 7-5-2008.<br />

22 O tema foi tratado em palestra proferida sobre a “Ação Civil Pública”, na<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, em Porto Alegre, no dia 7 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 2005.<br />

23 Cf. também a Lei n. 11.418/2006, que trata da repercussão geral em recurso<br />

extraordinário.<br />

24 Cf. ADI 127, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, DJ <strong>de</strong> 4-12-1992, ADI 96, Rel.<br />

Min. Celso <strong>de</strong> Mello, DJ <strong>de</strong> 10-11-1989.<br />

25 Cf. ADPF 126-MC, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, <strong>de</strong>cisão monocrática, julgamento<br />

em 19-12-2007, DJ <strong>de</strong> 1º-2-2008.<br />

26 Cf., supra, capítulos específicos sobre a ADI e a ADC.<br />

27 Informativo STF n. 561, 28-9 a 2-10-2009.<br />

28 A par da ilegitimida<strong>de</strong> ad causam, o art. 4º, § 1º, da Lei n. 9.882/99<br />

converteu-se na maior causa <strong>de</strong> negativa <strong>de</strong> seguimento <strong>de</strong> arguições <strong>de</strong><br />

1709/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!