02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>de</strong>cidir a espécie à vista do que restar assentado no julgamento da<br />

questão constitucional.<br />

Sem dúvida, o inci<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong>ria ensejar a separação da<br />

questão constitucional para o seu julgamento não pelo Pleno do<br />

Tribunal ou por seu Órgão Especial, mas, diretamente, pelo STF.<br />

Em vez <strong>de</strong> cisão funcional no plano horizontal, tal como prevista<br />

no art. 97 da CF, ter-se-ia uma cisão funcional no plano vertical.<br />

Daí o inevitável símile com a técnica consagrada nos mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> controle concentrado <strong>de</strong> normas, que <strong>de</strong>termina seja a<br />

questão submetida diretamente à Corte <strong>Constitucional</strong> toda vez<br />

que a norma for relevante para o julgamento do caso concreto e o<br />

juiz ou tribunal consi<strong>de</strong>rá-la inconstitucional (cf., v. g., Constituição<br />

Austríaca, art. 140 (1); Lei Fundamental <strong>de</strong> Bonn, art. 100, I,<br />

e Lei Orgânica da Corte <strong>Constitucional</strong>, §§ 13, n. 11, e 80 e s.).<br />

Todavia, as diferenças eram evi<strong>de</strong>ntes.<br />

Ao contrário do que ocorre nos mo<strong>de</strong>los concentrados <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>, nos quais a Corte <strong>Constitucional</strong><br />

<strong>de</strong>tém o monopólio da <strong>de</strong>cisão sobre a constitucionalida<strong>de</strong> ou a<br />

inconstitucionalida<strong>de</strong> da lei, o inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

não alteraria, em seus fundamentos, o sistema difuso <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>, introduzido entre nós pela Constituição <strong>de</strong><br />

1891. Juízes e tribunais continuariam a <strong>de</strong>cidir também a questão<br />

constitucional, tal como faziam anteriormente, cumprindo ao<br />

STF, enquanto guardião da Constituição, a uniformização da interpretação<br />

do Texto Magno, mediante o julgamento <strong>de</strong> recursos<br />

extraordinários contra <strong>de</strong>cisões judiciais <strong>de</strong> única ou última<br />

instância.<br />

A proposta apresentada pelo Deputado Aloysio Nunes Ferreira<br />

continha uma novida<strong>de</strong> específica em relação às propostas<br />

anteriores, pois permitia que o próprio tribunal encarregado <strong>de</strong> julgar<br />

a questão constitucional provocasse o pronunciamento uniformizador<br />

do STF.<br />

Nesse caso, em vez <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir a questão constitucional, na<br />

forma do art. 97, a Corte a qua po<strong>de</strong>ria provocar um pronunciamento<br />

<strong>de</strong>finitivo do STF sobre a questão. Introduzir-se-ia, assim,<br />

modificação significativa no chamado “mo<strong>de</strong>lo inci<strong>de</strong>ntal”<br />

<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>. Ao lado da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

1651/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!