02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>de</strong>cretos <strong>de</strong>clarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal<br />

Fe<strong>de</strong>ral (CF 1967/69, art. 42, VII) 28 .<br />

A questão <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser suscitada pelas<br />

partes ou pelo Ministério Público, po<strong>de</strong>ndo vir a ser reconhecida<br />

ex officio pelo juiz ou tribunal 29 . Perante o tribunal a <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> somente po<strong>de</strong>rá ser pronunciada “pelo<br />

voto da maioria absoluta <strong>de</strong> seus membros ou dos membros do órgão<br />

especial”, como disciplinado no art. 144, V, da Constituição<br />

<strong>de</strong> 1967/69 30 .<br />

A exigência <strong>de</strong> maioria absoluta dos votos para a <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leis pelos tribunais, introduzida pela<br />

Carta <strong>de</strong> 1934 (art. 179) e reproduzida nas subsequentes (CF <strong>de</strong><br />

1937, art. 96; CF <strong>de</strong> 1946, art. 200; CF <strong>de</strong> 1967/69, art. 116; CF<br />

<strong>de</strong> 1988, art. 97), ensejou polêmica sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o juiz<br />

singular pronunciar-se sobre a inconstitucionalida<strong>de</strong> 31 . Prevaleceu,<br />

todavia, o entendimento que afirmava a competência do juiz<br />

singular para apreciar a controvérsia constitucional 32 .<br />

1522/2051<br />

2.2. Requisitos objetivos<br />

Não há disciplina minu<strong>de</strong>nte da questão constitucional, no<br />

controle inci<strong>de</strong>nter tantum. O Decreto n. 848, <strong>de</strong> 1890, consagrou<br />

fórmula segundo a qual, “na guarda e aplicação da Constituição e<br />

leis fe<strong>de</strong>rais, a magistratura fe<strong>de</strong>ral só intervirá em espécie e por<br />

provocação da parte”. A Lei <strong>de</strong> Organização da Justiça Fe<strong>de</strong>ral<br />

estabeleceu, no art. 13, § 10, que “os juízes e tribunais não aplicarão<br />

aos casos ocorrentes as leis e regulamentos manifestamente<br />

inconstitucionais”. Textos constitucionais a partir <strong>de</strong> 1934 estabeleceram<br />

que a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>, nos<br />

tribunais, somente po<strong>de</strong>ria ser proferida pelo voto da maioria absoluta<br />

dos juízes.<br />

A exigência quanto à <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

dos atos manifestamente inconstitucionais não foi recebida pela<br />

legislação subsequente, tendo-se assentado, entre nós, como regra,<br />

a recomendação <strong>de</strong> um certo self-restraint 33 , por parte do magistrado.<br />

Esse postulado conjuga-se, normalmente, com a máxima<br />

segundo a qual “o juiz <strong>de</strong>ve abster-se <strong>de</strong> se manifestar sobre a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!