02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

75 No julgamento do RC 1.468 o STF assim se expressou: “... a Carta <strong>de</strong><br />

1969 dava competência à Justiça Militar para julgar os crimes contra a segurança<br />

nacional (artigo 129 e seu § 1º); entretanto, a Constituição <strong>de</strong> 1988, substituindo<br />

tal <strong>de</strong>nominação pela <strong>de</strong> crime político, retirou-lhe esta competência<br />

(artigo 124 e seu parágrafo único), outorgando-a à Justiça Fe<strong>de</strong>ral (artigo<br />

109, IV). 3ª) Se o paciente foi julgado por crime político em primeira instância,<br />

esta Corte é competente para o exame da apelação, ainda que reconheça<br />

inaplicável a Lei <strong>de</strong> Segurança Nacional. MÉRITO: 1. Como a Constituição<br />

não <strong>de</strong>fine crime político, cabe ao intérprete fazê-lo diante do caso concreto e<br />

da lei vigente. 2. Só há crime político quando presentes os pressupostos do<br />

artigo 2º da Lei <strong>de</strong> Segurança Nacional (Lei n. 7.170/82), ao qual se integram<br />

os do artigo 1º: a materialida<strong>de</strong> da conduta <strong>de</strong>ve lesar real ou potencialmente<br />

ou expor a perigo <strong>de</strong> lesão a soberania nacional, <strong>de</strong> forma que, ainda que a<br />

conduta esteja tipificada no artigo 12 da LSN, é preciso que se lhe agregue a<br />

motivação política. Prece<strong>de</strong>ntes” (RC-segundo 1.468/RJ, Rel. p/ o acórdão<br />

Min. Maurício Corrêa, DJ <strong>de</strong> 16-8-2000; cf. também HC 78.855/RJ, DJ <strong>de</strong><br />

26-5-2000, e HC 74.782/RJ, DJ <strong>de</strong> 27-6-1997, ambos relatados pelo Ministro<br />

Ilmar Galvão; HC 73.451/RJ, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ <strong>de</strong> 6-7-1997.<br />

Sobre crimes polítícos cf., nesta obra, Da não extradição <strong>de</strong> brasileiro e da<br />

não extradição <strong>de</strong> estrangeiro por crime político ou <strong>de</strong> opinião no Capítulo<br />

<strong>Direito</strong>s Fundamentais <strong>de</strong> Caráter Judicial e Garantias Constitucionais no<br />

Processo.<br />

76 Cf. nesta obra o Capítulo sobre Controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>.<br />

77 Pet.-AgRg 693, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ <strong>de</strong> 1º-3-1996 (A circunstância<br />

<strong>de</strong> o Presi<strong>de</strong>nte da República estar sujeito à jurisdição da Corte, para os feitos<br />

criminais e mandados <strong>de</strong> segurança, não <strong>de</strong>sloca para esta o exercício da<br />

competência originária em relação às <strong>de</strong>mais ações propostas contra ato da<br />

referida autorida<strong>de</strong>).<br />

Pet. 3.433, Rel. Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s, DJ <strong>de</strong> 1º-8-2005 (Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão<br />

ou ampliação da competência expressa do STF quando esta resulta implícita<br />

no próprio sistema constitucional).<br />

MS-AgRg 24.099/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ <strong>de</strong> 2-8-2002 (A competência<br />

do STF para julgar mandado <strong>de</strong> segurança contra atos da Mesa da<br />

Câmara dos Deputados — art. 102, I, d, 2ª parte — alcança os atos individuais<br />

praticados por parlamentar que profere <strong>de</strong>cisão em nome <strong>de</strong>sta).<br />

MS-AgRg 24.099/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ <strong>de</strong> 2-8-2002 (Se o ato<br />

do Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> sua função na<br />

Mesa Diretora da Casa Legislativa, <strong>de</strong>ve ser analisado pelo STF).<br />

MS 24.997, Rel. Min. Eros Grau, DJ <strong>de</strong> 1º-4-2005 (O Presi<strong>de</strong>nte da 1ª Câmara<br />

do Tribunal <strong>de</strong> Contas da União é parte legítima para figurar no pólo<br />

passivo <strong>de</strong> mandado <strong>de</strong> segurança quando o ato impugnado reveste-se <strong>de</strong><br />

caráter impositivo).<br />

MS 23.452, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, DJ <strong>de</strong> 12-5-2000 (Compete ao STF<br />

processar e julgar mandados <strong>de</strong> segurança e Comissões Parlamentares <strong>de</strong> Inquérito<br />

constituídas no âmbito do Congresso Nacional ou no <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong><br />

suas Casas).<br />

1383/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!