02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

À comissão processante compete realizar as diligências necessárias<br />

relativas à imputação feita ao Presi<strong>de</strong>nte da República,<br />

<strong>de</strong>vendo observar o princípio do contraditório e da ampla <strong>de</strong>fesa.<br />

Se a comissão <strong>de</strong>cidir pela procedência da imputação, concluirá<br />

os trabalhos com a apresentação <strong>de</strong> libelo acusatório. A <strong>de</strong>fesa<br />

será intimada para contestar o libelo.<br />

O julgamento será presidido pelo Presi<strong>de</strong>nte do Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral. A con<strong>de</strong>nação somente po<strong>de</strong>rá ser proferida se,<br />

em votação nominal, 2/3 dos senadores se manifestarem nesse<br />

sentido.<br />

1287/2051<br />

7.4. Renúncia ao mandato no processo <strong>de</strong> crime <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong><br />

Controvérsia relevante diz respeito ao prosseguimento ou<br />

não do processo <strong>de</strong> crime <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> no caso <strong>de</strong> renúncia<br />

ao cargo <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte da República.<br />

A doutrina tradicional consi<strong>de</strong>rava que o processo <strong>de</strong> impeachment<br />

não po<strong>de</strong>ria ter seguimento no caso <strong>de</strong> renúncia ou<br />

afastamento voluntário do acusado, tendo em vista o caráter eminentemente<br />

político do processo.<br />

No caso do impeachment do Presi<strong>de</strong>nte Collor, houve por<br />

bem o acusado apresentar a renúncia após iniciado o julgamento<br />

perante o Senado Fe<strong>de</strong>ral. Colocou-se então uma questão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m,<br />

no julgamento, que foi <strong>de</strong>cidida no sentido <strong>de</strong> sua continuida<strong>de</strong>,<br />

tendo em vista que ainda lhe po<strong>de</strong>ria ser aplicada a pena <strong>de</strong><br />

inabilitação para o exercício do cargo. No julgamento pelo<br />

Senado, foi-lhe aplicada a pena da inabilitação para o exercício <strong>de</strong><br />

função pública pelo prazo <strong>de</strong> oito anos (Resolução <strong>de</strong><br />

30-12-1992).<br />

A <strong>de</strong>cisão proferida no mandado <strong>de</strong> segurança impetrado<br />

perante o Supremo Tribunal referendou a que fora adotada pelo<br />

Senado, assinalando-se que, no sistema da Lei n. 1.079, <strong>de</strong> 1950,<br />

o impeachment admite a aplicação <strong>de</strong> duas penas: perda do cargo<br />

e inabilitação, por oito anos, para o exercício <strong>de</strong> função pública.<br />

Daí ter-se concluído que “a renúncia ao cargo, apresentada na sessão<br />

<strong>de</strong> julgamento quando já iniciado este, não paralisa o processo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!