02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong>ve especificar a amplitu<strong>de</strong> da<br />

medida, o prazo <strong>de</strong> sua duração, as condições <strong>de</strong> execução e, se<br />

for o caso, o nome do interventor (art. 36, § 1º, da CF).<br />

A intervenção se realiza sob o permanente controle político<br />

do Congresso Nacional, que, se não estiver funcionando, <strong>de</strong>verá<br />

ser convocado extraordinariamente (art. 36, §§ 1º e 2º). O Congresso<br />

Nacional po<strong>de</strong> aprovar a medida, po<strong>de</strong> aprová-la mas <strong>de</strong>terminar<br />

a sua sustação e po<strong>de</strong> rejeitá-la e suspendê-la <strong>de</strong> imediato,<br />

tornando ilegais os atos praticados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> intervenção<br />

26 .<br />

A intervenção será requisitada pelo Supremo Tribunal<br />

Fe<strong>de</strong>ral, pelo Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça ou pelo Tribunal Superior<br />

Eleitoral, em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ou <strong>de</strong>cisão<br />

judicial (art. 34, VI, da CF).<br />

A intervenção po<strong>de</strong>, ainda, resultar <strong>de</strong> provimento <strong>de</strong> ação<br />

<strong>de</strong> executorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral, proposta pelo Procurador-Geral<br />

da República perante o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (EC n. 45/<br />

2004), ou <strong>de</strong> representação por inconstitucionalida<strong>de</strong> para fins interventivos,<br />

também proposta pelo Procurador-Geral da República<br />

perante a mesma Corte. Esta última modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção<br />

tem por fim exigir o cumprimento pelos Estados dos princípios<br />

constitucionais sensíveis. A Lei n. 12.562, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

2011, dispõe sobre o procedimento a ser seguido nessas duas<br />

hipóteses <strong>de</strong> intervenção. A representação do Procurador-Geral da<br />

República <strong>de</strong>ve apresentar a prova da ação ou da omissão atribuída<br />

ao Estado-membro e <strong>de</strong>ve, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, especificar as<br />

providências que se espera sejam tomadas como resultado da procedência<br />

da representação. A lei admite que se <strong>de</strong>fira liminar, facultando<br />

que, antes, se ouçam as autorida<strong>de</strong>s envolvidas. A oitiva<br />

<strong>de</strong>ssas autorida<strong>de</strong>s é necessária, contudo, antes do julgamento do<br />

mérito da ação. Como ocorre nas ações abstratas perante o STF, o<br />

legislador <strong>de</strong> 2011 também admite que se requisitem informações,<br />

ouçam-se peritos e se convoquem audiências públicas. A <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> mérito — pela procedência ou improcedência do pedido — <strong>de</strong>ve<br />

reunir o voto <strong>de</strong> pelo menos 6 ministros numa ou noutra<br />

direção (maioria absoluta). O art. 11 da Lei n. 12.562/2011 não<br />

<strong>de</strong>ixa dúvida sobre o caráter imperativo, para o Presi<strong>de</strong>nte da<br />

República, da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> se realizar a intervenção. O dispositivo<br />

1127/2051

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!